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ano EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

manual
do educador
© 2014 ZOOM Editora Educacional Ltda.
Rua Cyro Correa Pereira, 2.400 - Bairro CIC
Curitiba – PR – CEP 81460-050 – Brasil
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Diretor-presidente: Marcos Wesley de Amorim Ribeiro.


Vice-presidente: Victor Barros.
Diretora de gestão educacional e produção editorial:
Maristela Lobão de Moraes Sarmento.
Produção editorial: Ana Pelegrini, Mariane Genaro e
Vera Lúcia Rocha.
Edição de texto: Ana Pelegrini.
Revisão: Paulo Roberto de Morais.
Pesquisa iconográfica: Letícia Palaria e Sueli Costa.
Design gráfico: Arthur Sacek, Cleber Carvalho, Giovana Matheus
e Marília Castelli.
Ilustração: Cleber Carvalho e Tom Bojarczuk.
Design de produto: Arthur Sacek, Gabriel Mendonça,
Jéssica Ferrari, Kevyn Tuleu, Matheus Pessôa, Rafael Munhoz
e Victor Daga.
Autores: Jefferson Feitosa, Vinicius Signorelli, Antônio José Lopes
Bigode e Viviane Azeredo Noguchi.
Leitura crítica: Luís Carlos de Menezes e Maria Tereza Perez Soares.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Programa ZOOM Educação Tecnológica: 3. ano: educador /


Jefferson Feitosa [et al]. - - 1. ed. - - Curitiba, PR: ZOOM
Editora Educacional, 2014. (Programa ZOOM Educação Tec-
nológica)

ISBN 978-85-7919-519-8
ISBN 978-85-7919-498-6 (Obra completa)

1. Ensino Fundamental. 2. Interdisciplinaridade na educação.


3.Tecnologia. l. Signorelli, Vinicius. Il. Bigode, Antônio José
Lopes. IIl. Noguchi, Viviane Azeredo. lV. Título. V. Coleção.

CDD – 370.115
SUMÁRIO
CAIXA LEGO ®............................................................ 3
Situação-problema. . .............................................. 9

TORRE....................................................................... 10
Situação-problema. . .............................................. 16

FURADEIRA............................................................... 17
Situação-problema. . .............................................. 22

PONTE LEVADIÇA.................................................... 23
Situação-problema. . .............................................. 29

BONECO TRAPEZISTA............................................. 30
Situação-problema. . .............................................. 36

CHUTADEIRA............................................................. 37
Situação-problema. . .............................................. 43

ESCAVADEIRA.. ......................................................... 44
Situação-problema. . .............................................. 50

TELESCÓPIO............................................................ 51
Situação-problema. . .............................................. 57
1
LIMPADOR DE PARA-BRISA.................................... 58
Situação-problema. . .............................................. 64

EQUILIBRISTA........................................................... 65
Situação-problema. . .............................................. 71

CATA-VENTO............................................................. 72
Situação-problema. . .............................................. 78

VENTILADOR............................................................ 79
Situação-problema. . .............................................. 85

PÁSSARO BATEDOR DE ASAS............................... 86


Situação-problema. . .............................................. 92

VARA DE PESCAR. . .................................................. 93


Situação-problema. . .............................................. 98

CAMINHÃO VARREDOR............................................ 99
Situação-problema. . .............................................. 106

CARRO MOTORIZADO.............................................. 107


Situação-problema. . .............................................. 113
2
CAIXA LEGO®
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Conhecer o kit LEGO® 9686.
∙∙ Identificar as peças deste kit e algumas das
montagens que serão construídas ao longo do ano.
∙∙ Construir uma montagem livre utilizando o motor
e o suporte de pilhas.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Formas e quantidades.
∙∙ Classificação.

Competências em foco
∙∙ Formular e resolver problemas.
∙∙ Modelar.
∙∙ Comunicar.

Desenvolvimento da aula
Esta aula destina-se a apresentar aos alunos o kit LEGO 9686, como ele é e está organizado,
e as peças que o compõem. A seção “Construir” desafia-os a criar, com as peças deste kit,
uma montagem livre que utilize o motor e o suporte de pilhas. Na seção “Analisar” eles são
convidados a mostrar sua construção às outras equipes. E a seção “Continuar” propõe aos
alunos um novo desafio, que é o de continuar explorando as peças deste kit LEGO inventando
outras engenhocas com o motor e o suporte de pilhas.

Ponto de atenção
Considerando que a montagem é livre e a organização das equipes também, relembre ou
apresente aos alunos as funções de cada um dos membros da equipe, que nesta aula serão
compartilhadas por todos. Destaque que o construtor participa do planejamento e da construção
da montagem; o apresentador elabora o roteiro do que será comunicado às outras equipes; e o
organizador identifica e separa as peças necessárias para a montagem e organiza-as em suas
respectivas bandejas ao final da aula.

3
CONECTAR
Esta aula destina-se a apresentar aos alunos o
kit LEGO® 9686.

A seção “Conectar” dá a eles as boas-vindas


ao Programa ZOOM Educação Tecnológica e os
convida a conhecer algumas das montagens
que eles construirão ao longo do ano.

Incita-os também a conhecer as peças que há


neste kit e como ele se organiza, por meio da
observação do formato da caixa e das informa-
ções que há no rótulo. Estimule-os, portanto, a
compreender o esquema de distribuição e de
organização das peças em bandejas, que são
os compartimentos que acondicionam as peças
de um mesmo tipo, a manusear as peças e a
experimentar alguns encaixes.

4
CONECTAR
Apesar do desafio a eles proposto de selecionar
uma das peças representadas no fascículo do
aluno e elaborar hipóteses a respeito de seu
uso, não se espera que os alunos se apropriem
do nome das peças, tampouco de sua função,
neste primeiro momento. A ideia é que eles
entrem em contato com elas.

Você pode mediar este primeiro contato lan-


çando questões como:

Vocês (re)conhecem estas peças?

Vocês são capazes de explicar o uso de


cada uma delas?

Quais destas peças chamaram mais a


atenção de vocês?

Na opinião de vocês, por que as peças


estão organizadas em bandejas?

Por que é importante classificar e


organizar as peças?

AMPLIANDO O TRABALHO

Matemática: A apresentação de uma caixa com (ou duas elipses) e sugerir aos alunos que iden-
mais de 300 peças como é a deste kit é uma tifiquem qual a melhor maneira de classificar
excelente oportunidade de explorar atividades as peças em questão, considerando estes dois
de classificação. Você pode estimular os alunos grupos: o das vigas e o das peças azuis.
a refletir sobre a organização das peças do kit
em compartimentos e a levantar hipóteses so- Espera-se que os alunos concluam que algumas
bre os atributos das peças que compartilham destas peças ficarão na intersecção dos conjuntos.
a mesma bandeja.

Por exemplo, no kit há vários tipos de vigas e


várias peças azuis: há pranchas azuis, vigas em
“L” pretas e azuis, vigas brancas, vigas com furos
azuis. Você pode desenhar na lousa dois círculos Vigas Peças azuis

5
CONSTRUIR
A seção “Construir” desafia os alunos a criar,
com as peças deste kit, uma montagem livre
que utilize o motor e o suporte de pilhas. Consi-
derando ser este o primeiro contato deles com
o motor, é importante orientá-los nas experi-
mentações sugeridas no fascículo do aluno, cujo
objetivo é fazê-los explorar esta peça, antes do
planejamento de suas montagens.

É comum que os alunos, quando solicitados a


utilizar o motor, encaixem-no na montagem sem
estabelecer relação com as outras peças. Daí a
importância de orientá-los a conectar o motor
ao suporte de pilhas, a observar que há furos
no motor e a aprender a identificar a cruzeta,
distinguindo-a dos demais furos. A cruzeta é
responsável por transmitir o movimento do
motor para a montagem.

Quando solicitados a encaixar um eixo no furo


do meio, que é a cruzeta, a ligar o motor e a
observar o que acontece, é importante que os
alunos percebam, portanto, que é esta conexão,
de um eixo ao motor, que transmite movimento
para a montagem.

Não deixe de destacar que os demais furos,


embora não transmitam movimento, são res-
ponsáveis por conferir sustentação à montagem.
Encerrada a etapa de exploração do motor,
deixe que os alunos criem livremente suas mon-
tagens com o motor e o suporte de pilhas. Neste
primeiro momento, não se espera que todas as
equipes consigam construir uma montagem com
movimento. A ideia é que os alunos analisem
suas construções na próxima etapa e, então,
tentem novamente.

6
ANALISAR CONTINUAR
Esta seção convida os alunos a analisar suas A proposta desta seção é oferecer uma nova
construções e a apresentar o que eles construí- chance aos alunos de construir uma montagem
ram às outras equipes, contemplando o roteiro livre que utilize o motor e o suporte de pilhas,
sugerido no fascículo do aluno. com base na análise, agora, do que deu certo e
do que não deu em suas montagens anteriores.
Lembrem-nos de fotografar sua montagem. Este
será um procedimento adotado em todas as A ideia é que eles construam algo simples e
aulas do Programa ZOOM Educação Tecnológica. rápido, e, quando a montagem estiver con-
cluída, deem um nome e criem uma história
para ela. Solicite às equipes que apresentem à
classe suas narrativas e conduza a eleição da
construção mais criativa.

Ao final desta aula, e caso ainda haja tempo


para mais um desafio, proponha aos alunos
que o tempo de organização das peças no kit
seja cronometrado:

Será que vocês se lembram em que


bandeja do kit cada uma das peças
utilizadas nesta montagem deve ser
guardada?

Querem mais um desafio?

Qual será a equipe que organizará a caixa


mais rapidamente de modo correto?

7
CONTINUAR

Na última etapa, os alunos são desafiados a


CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
motorizar a furadeira e adaptar o suporte de
pilhas, de modo a torná-la mais parecida com
História, Língua portuguesa e Geografia: Por se
uma furadeira real.
tratar de aula introdutória, cujo objetivo é apre-
sentar aos alunos o kit LEGO® 9686, é possível
Para isso, substituem a manivela do mecanismo
estabelecer uma conexão com estas disciplinas,
e adicionam um motor com conectores.
explorando com os alunos a história da LEGO. A
LEGO foi criada em 1934 na Dinamarca, um país
escandinavo localizado no norte da Europa. Você
pode sugerir aos alunos, portanto, após indicar a
localização da Dinamarca em um mapa-múndi,
uma pesquisa a respeito deste país. Outra opção
é propor uma pesquisa sobre a história da LEGO.

8
SITUAÇÃO-PROBLEMA

A situação apresentada nesta aula exige que debate comparando-as e analisando a adequa-
os alunos pensem em uma ou mais soluções ção de cada uma delas para resolver o proble-
que possam ajudar os irmãos Arthur e José a ma apresentado:
enfrentar o calor deste verão. Você pode es-
∙∙ O que vocês construíram?
timulá-los a pensar nestas soluções conver-
∙∙ Que peças do kit LEGO® vocês utilizaram
sando com eles a respeito de suas próprias
para movimentar a engenhoca construída?
vivências:
∙∙ Por que vocês optaram por construir esta
∙∙ Na cidade em que vocês moram faz muito montagem e não outra?
calor no verão? Só no verão ou em outras ∙∙ Quando você e sua equipe se decidiram
estações do ano também? por esta solução, vocês ficaram satisfeitos?
∙∙ O que vocês fazem para se refrescar? Vocês se esforçaram para encontrá-la?
∙∙ Há algum utensílio em suas casas que ∙∙ E como vocês se organizaram para
tenha esta função? encontrá-la?

Deixe que os alunos construam livremente em Ao final da aula, solicite aos alunos que des-
equipe a engenhoca que, na opinião deles, po- montem suas construções e organizem seus
deria ajudar os irmãos Arthur e José a enfrentar kits LEGO.
o calor deste verão, e peça que, ao término da
Possível solução: Um tipo de ventilador moto-
montagem, as equipes apresentem as soluções
rizado ou não.
encontradas. No final, você pode promover um

9
TORRE
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Explorar a construção de torres.
∙∙ Apresentar os sete diferentes tipos de
conectores que há no kit LEGO® 9686.
∙∙ Resolver o desafio de construir uma estrutura
alta e estável utilizando os conectores.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Medida de comprimento.
∙∙ Instrumentos de medida.
∙∙ Rigidez do triângulo.

Competências em foco
∙∙ Formular e resolver problemas.
∙∙ Modelar.
∙∙ Argumentar.

Desenvolvimento da aula
A proposta da seção “Conectar” é despertar o interesse dos alunos para o tema desta aula,
cujo desafio é construir em equipe a torre mais alta que eles conseguirem. A seção “Construir”
instiga-os a pensar a respeito do que é necessário para construir, com as peças do kit LEGO, uma
torre alta e com uma estrutura firme e apresenta a eles os sete diferentes tipos de conectores
que há neste kit 9686. A seção “Analisar” é destinada à observação das torres construídas
pelas equipes e explora a medição delas. Na seção “Continuar” os alunos são desafiados a
aperfeiçoar a torre que construíram.

Ponto de atenção
Atenção especial ao uso dos conectores. Nesta aula, os alunos serão apresentados aos sete
diferentes tipos de conectores que há no kit 9686 e convidados a refletir sobre as características
e a função de cada um deles.

10
CONECTAR
De modo a estimular o interesse dos alunos
para o tema desta aula, lance questões como
as sugeridas a seguir e, então, explore o texto,
as imagens e o boxe “Você sabia...” da seção
“Conectar” com eles:

Alguém já subiu em um edifício muito


alto? Que edifício era este? Como foi esta
experiência?

O que é importante considerar na


construção de um edifício?

Qual a importância da base em uma


construção? E da estrutura?

AMPLIANDO O TRABALHO

Ciências: Há uma variedade de conceitos e


relações que explicam o fato de edifícios altos,
como a torres, ficarem em pé: a força de gravi-
dade, por exemplo, é um deles, assim como as
características do solo, que é o que determina
se as fundações de um edifício serão mais ou
menos profundas. Nesta aula é possível, portan-
to, ampliar o trabalho explorando as diferentes
tecnologias aplicadas na construção de edifícios,
inclusive os diversos materiais utilizados nestas
construções.

11
CONSTRUIR
O desafio desta seção “Construir” é a montagem
em equipe da torre mais alta que os alunos
conseguirem.

Como é provável que eles estejam ávidos por


explorar o material, permita que todos os mem-
bros das equipes atuem como construtores.
Nesta montagem, as funções de apresentador
e de organizador podem ser estabelecidas, por
exemplo, por meio de sorteio ou de outra com-
binação entre você e as equipes. Não deixe de
salientar, porém, que sempre haverá reveza-
mento de funções.

12
CONSTRUIR
Definidos o desafio e a organização das equipes,
estimule os alunos a refletir a respeito do que
é necessário para construir, com as peças do
kit LEGO®, uma torre alta e com uma estrutura
firme. E a identificar, dentre as peças do kit
LEGO, quais são aquelas que permitirão a eles
construir a torre mais alta que conseguirem.
A seguir, apresente os sete diferentes tipos
de conectores que há neste kit LEGO 9686 e
convide os alunos a testar seu uso, conforme
sugerido no fascículo do aluno.

13
ANALISAR
Ao analisar a torre que eles construíram é im- Na última proposta sugerida no fascículo do
portante que os alunos concluam: aluno, que é a medição das torres de todas as
equipe empilhadas, você pode explorar esta
∙∙ No tocante às bases, por exemplo, que são medição pela visualização, debatendo a vali-
elas que conferem estabilidade à construção dade de métodos de medição indireta, como a
e que bases mais largas, com uma maior área comparação do que se quer medir com outro
de apoio, suportam estruturas mais altas. objeto, e utilizando intuitivamente a propriedade
transitiva: se a > b e b > c → a > c.
∙∙ Em relação às peças por eles utilizadas,
em detrimento de outras, que, no universo
LEGO®, são os conectores que conferem
estabilidade (ou firmeza) às vigas em uma
construção alta.

Ainda a respeito dos conectores, incentive-os


a explicar por que eles escolheram um ou dois
(ou três) determinados tipos, em detrimento
dos outros, descrevendo as diferenças entre
eles e utilizando a nomenclatura adequada.
Espera-se que eles observem e concluam que
cada conector tem uma função específica. Os
conectores com eixo, por exemplo, permitem
que as vigas tenham mais liberdade de movi-
mento, enquanto os conectores com fricção
deixam as vigas mais firmes.

Na escolha da torre mais alta, espera-se que os


alunos: discutam entre si e utilizem estratégias
de medição direta (adotando instrumentos de
medida convencionais: fita métrica, régua, tre-
na) e indireta (sem instrumentos de medida);
utilizem e explorem unidades de medidas de
comprimento mais usuais no contexto diário;
reconheçam a importância social das medidas.

14
CONTINUAR
A seção “Continuar” propõe um novo desa-
fio aos alunos, que é o de aperfeiçoar a torre
que eles construíram para que ela resista a um
terremoto. A ideia é que você dê um leve cha-
coalhão na mesa, seguido de outro mais forte,
de modo a testá-las. A seguir, discuta com os
alunos a respeito das soluções por eles criadas
que fizeram com que as torres resistissem (ou
não) a este chacoalhão.

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES

Língua Portuguesa, História e Geografia: O


tema desta aula pode ser estudado sob outras
perspectivas. É possível explorar, por exemplo,
contos de fadas que façam referência a torres
de castelos ou tratar da importância dos fa-
róis (que são também um tipo de torre) para
a navegação.

15
SITUAÇÃO-PROBLEMA

Promova a leitura compartilhada desta situa- ∙∙ A engenhoca por vocês construída


ção-problema e da imagem apresentada e, permitirá o resgate de um passarinho por
então, retome a fotografia e as informações vez ou de todos ao mesmo tempo? Como
da Tokyo Sky Tree disponíveis nesta aula para se dará este resgate?
que os alunos possam imaginar onde o ninho ∙∙ Os passarinhos serão resgatados com
de pássaro (e com pássaros!) avistado pelo segurança?
Daniel se encontra. A compreensão da altura
e da distância em que ele está pode auxiliá- Neste momento, aproveite para explorar a es-
-los na hora da construção: trutura das construções também:

∙∙ Onde o ninho de pássaro (com pássaros!) ∙∙ Que peças foram utilizadas na construção
avistado pelo Daniel se encontra? Trata-se que melhor soluciona o problema
de um local muito alto e distante? apresentado e como elas foram
∙∙ Que engenhoca vocês poderiam construir conectadas?
para ajudar o Daniel a resgatar os pássaros ∙∙ Há alguma peça nesta construção que seja
do topo da torre? mais importante que as outras?
∙∙ Que características esta engenhoca deve ter?
Ao final da aula, solicite aos alunos que des-
Quando as construções estiverem prontas, montem suas construções e organizem seus
oriente as equipes a apresentar as soluções kits LEGO®.
por elas encontradas:
Possíveis soluções: Uma vareta longa com uma
∙∙ Como vocês resolveram o desafio? O que garra ou um recipiente em forma de concha.
vocês construíram?

16
FURADEIRA
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Construir uma furadeira e motorizá-la utilizando
o motor do kit LEGO® 9686.
∙∙ Desenvolver noções de movimento circular.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Rotação.
∙∙ Movimento circular.

Competências em foco
∙∙ Formular e resolver problemas.
∙∙ Modelar.
∙∙ Argumentar.

Desenvolvimento da aula
Nesta aula os alunos são desafiados a construir uma furadeira (seção “Construir”) e motorizá-la
utilizando o motor do kit LEGO 9686 (seção “Continuar”). A seção “Conectar” procura despertar
o interesse deles para o tema, convidando-os a pensar sobre o que é um motor e o que ele faz.
E a seção “Analisar” propõe que eles examinem e compreendam como funciona o mecanismo
que eles construíram.

Ponto de atenção
Atenção especial para o modo como os alunos incorporarão o motor e o suporte de pilhas na
furadeira que eles construíram. É comum que os alunos, quando solicitados a utilizar o motor,
encaixem-no na montagem sem estabelecer relação com as outras peças.

17
CONECTAR
Promova a leitura conjunta ou compartilhada
do texto e explore com os alunos as imagens
apresentadas nesta seção. A ideia é despertar
a curiosidade dos alunos para o tema desta
aula. As perguntas a seguir podem auxiliá-lo
nesta tarefa:

O que mais chamou a atenção de vocês


no texto? Por quê?

O texto apresenta alguma informação


que vocês não conheciam antes? Qual?

Você sabem o que é um motor? E vocês


são capazes de explicar o que ele faz?

Vocês sabiam que os controles de video


game têm motor? E que os celulares
também têm?

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES

História: Uma conexão possível com esta disci-


plina é, por exemplo, a história do motor: quando
e onde ele foi criado? Quem o inventou? Como
fazíamos sem motor antes? Há informações a
este respeito disponíveis em: <http://bit.ly/1z4miEE>.
(Acesso em: out. 2014.)

18
CONSTRUIR
Nesta aula os alunos são desafiados a construir
uma furadeira com as peças do kit LEGO® 9686
e motorizá-la utilizando o motor deste kit. Ainda
que o desafio de motorizá-la seja proposto apenas
na seção “Continuar”, os alunos são informados
já nesta seção de que eles utilizarão o motor. É
importante, portanto, que você os oriente a não
incorporar o motor nesta etapa.

19
ANALISAR
A proposta desta etapa é estimular os alunos a
analisar e entender como funciona o mecanismo
que eles construíram. Leia com eles, portanto,
o texto que trata das engrenagens para que
eles possam compreender quais são as funções
delas neste mecanismo e, então, responder às
questões sugeridas no fascículo do aluno.

Na resposta à primeira questão, espera-se que


os alunos registrem que o número de dentes da
engrenagem maior é 40 e da menor é 8.

Na segunda, espera-se que eles estabeleçam


que a razão 40 para 8 é igual a 5 (ou 40 : 8 =
5), ou seja, uma volta da engrenagem maior de
40 dentes equivale a 5 voltas da engrenagem
menor de 8 dentes.

Ao girar a manivela, é importante que os alunos


observem a velocidade de rotação do eixo e
percebam que a troca das engrenagens interfere
na velocidade de funcionamento do mecanismo.

20
CONTINUAR
Esta seção desafia os alunos a motorizar a fu-
radeira construída por eles.

O fascículo do aluno sugere que eles incorporem


o suporte de pilhas ao modelo para que ele
seja utilizado como suporte de mão. Mas não
diz como eles devem incorporá-lo. Observe,
portanto, se os alunos substituirão a manivela
e adicionarão um motor com conectores.

21
SITUAÇÃO-PROBLEMA

A situação apresentada nesta aula exige que ∙∙ A construção está bamba? O que vocês
os alunos pensem em uma ou mais soluções poderiam fazer para reforçá-la?
que possam ajudar o Joaquim a fazer um ∙∙ Ela alcança uma boa altura?
furo, com a furadeira de seu pai, no alto da ∙∙ O Joaquim conseguirá utilizá-la sem a
parede, para pendurar o retrato da banda de ajuda de outra pessoa?
que ele mais gosta. É importante que eles
compreendam que o Joaquim não alcança Quando as montagens estiverem concluídas,
este local sozinho e que os móveis em que oriente as equipes a apresentar as engenhocas
ele poderia subir para fazer este furo estão construídas por elas socializando as ideias que
todos bambos: as orientaram neste projeto e asseguraram sua
estabilidade e a segurança do Joaquim:
∙∙ Vocês já viram alguém pendurando um
quadro? Quem? Vocês se lembram de que
∙∙ Que peças foram usadas nas construções
quadro era este?
mais firmes e estáveis?
∙∙ Onde este quadro foi pendurado?
∙∙ Há alguma peça que seja mais importante
∙∙ Que ferramentas e/ou utensílios esta
do que as outras nos quesitos segurança e
pessoa utilizou para pendurá-lo?
estabilidade? Qual(is)?

Enquanto os alunos planejam o que montar,


Ao término das apresentações, oriente os
circule pela classe lançando alguns questiona-
alunos a desmontar seus projetos e organizar
mentos a eles que os auxilem a construir algo
as peças nos kits LEGO®.
que ajude o Joaquim a alcançar o local deseja-
do de forma segura e operar a furadeira de seu Possível solução: Uma escada bem estruturada.
pai. As palavras-chave aqui são segurança e
estabilidade:

22
PONTE LEVADIÇA
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Construir uma ponte levadiça utilizando as peças do
kit LEGO® 9686.
∙∙ Analisar o mecanismo que faz a ponte levantar.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Alavanca.
∙∙ Paralelogramo.
∙∙ Operações aritméticas.
∙∙ Noções de peso e força.

Competências em foco
∙∙ Modelar.
∙∙ Formular e resolver problemas.

Desenvolvimento da aula
A seção “Conectar” convida os alunos a refletir o que as pontes têm em comum e como e por
que elas surgiram, para, então, apresentar a eles dois tipos de ponte: as móveis e as levadiças.
A seção “Construir” propõe a montagem de uma ponte levadiça com as peças do kit LEGO 9686,
cujo mecanismo será analisado na seção “Analisar”. Esta também apresenta aos alunos outros
tipos curiosos de ponte e propõe a eles alguns desafios matemáticos que envolvem questões
de medida. A seção “Continuar” desafia os alunos a ampliar a estrutura da ponte levadiça que
eles construíram.

Ponto de atenção
Atenção especial para a peça lastro que será utilizada na montagem desta aula. É importante
que na seção “Analisar” os alunos experimentem levantar a ponte que eles construíram com
e sem o lastro. E é igualmente importante que você os oriente a prolongar a estrutura que
comporta o lastro, no desafio proposto na seção “Continuar”.

23
CONECTAR
Inicie a exploração desta seção lançando aos A ideia é que os alunos reconheçam que a maio-
alunos as questões sugeridas no fascículo do ria das pontes interliga dois pontos, como as
aluno: vocês já pararam para pensar o que as margens de um rio, de um vale, de uma avenida
pontes têm em comum? E como e por que elas ou de uma rodovia, e, em geral, em linha reta.
surgiram?
Feita esta discussão inicial, apresente as pontes
É possível lançar outras questões de modo a móveis aos alunos. Aqui é possível questioná-los:
enriquecer essa discussão inicial como:

Pensem em todas as pontes que vocês Na opinião de vocês, o que é uma ponte
conhecem e descrevam-nas. O que elas móvel?
têm em comum?
Como vocês imaginam que estas pontes
Agora, de todas estas pontes, selecionem se movimentam?
apenas uma e respondam: de que tipo ela
é? Como é sua estrutura? De que material Elas são necessárias? Por quê?
ela é feita? Vocês conseguem imaginar
como e por que ela foi construída?

24
CONECTAR CONSTRUIR
É importante que os alunos compreendam que Nesta aula os alunos são convidados a construir,
as pontes móveis permitem, como qualquer em equipe e com as peças do kit LEGO® 9686,
outra ponte, a passagem de um lado para o uma ponte do tipo levadiça. Trata-se de uma
outro (do rio, do vale, da avenida, da rodovia). construção simples. A ponte é uma estrutura
O diferencial delas é que elas também permitem formada por vigas, blocos e conectores. Mas a
a passagem de embarcações cuja altura exceda peça-chave desta montagem é o lastro.
o nível das margens.
Não deixe de explorar o conteúdo do boxe “Você
Neste momento, explore com eles as fotografias sabia...” com os alunos. É importante que eles
apresentadas no fascículo do aluno. Explique percebam que o mecanismo a ser construído é
que a ponte sobre o rio Tâmisa, na cidade de semelhante àquele utilizado em castelos prote-
Londres, levanta as duas plataformas (pisos da gidos por muros altos e fossos cheios de água,
ponte) simultaneamente. E que uma parte da nos tempos medievais.
ponte sobre o lago Guaíba, na cidade de Porto
Alegre, com comprimento próximo à largura do
rio, é levantada horizontalmente por máquinas.

25
ANALISAR
Ao movimentar as várias partes da ponte levadi-
ça que eles construíram com as peças LEGO® e
observar como ela é levantada, é fundamental
que os alunos concluam que o piso da ponte é
movimentado por um sistema articulado, ope-
rado manualmente, e que é o lastro que facilita
este movimento.

A respeito da importância do lastro nesta monta-


gem, deixe que eles a percebam intuitivamente
no exercício proposto no fascículo do aluno:
qual é a sensação de levantar a ponte com o
lastro? E sem ele?

Aqui espera-se que eles percebam que é possí-


vel, sim, levantar a ponte sem o lastro, mas que
o esforço empregado é maior. Isso significa que
o lastro, cujo peso é maior que o de qualquer
outra peça do kit LEGO, diminui o esforço da
força aplicada, de cima para baixo, para levantar
a outra extremidade da ponte.

Concluída esta etapa de análise da montagem,


explore com os alunos as incomuns e surpreen-
dentes pontes apresentadas no fascículo do
aluno. Trata-se da Ponte Hörn e da Ponte Rolante
(ou Rolling Bridge). A seguir, estimule-os a solu-
cionar os desafios matemáticos propostos, que
envolvem questões de medidas relacionadas a
estas pontes.

AMPLIANDO O TRABALHO

Ciências: Aqui é possível ampliar o trabalho


explorando com os alunos as pontes que são
movidas por potentes sistemas hidráulicos.

26
ANALISAR

Cada terça parte da ponte mede 8,5 m.


Além do aspecto bastante curioso de sua
geometria, a Ponte Rolante (ou Rolling Bridge)
também permite lançar um problema sobre
medidas, agora, no sentido inverso do
problema anterior.

Trata-se de uma ponte “enrolável”, constituída


por 8 módulos de 1,5 m de comprimento cada.
Os alunos devem determinar o comprimento
da ponte após ser “desenrolada”.

Os alunos podem calcular o comprimento total


multiplicando 8 x 1,5, estimando seu resultado
e calculando estratégias variadas, como a aplicação
da propriedade distributiva da multiplicação
em relação à adição.

Para estimar basta pensar que: 8 x 1 < 8 x 1,5


< 8 x 2, ou seja, 8 < 8 x 1,5 < 16

Muitos alunos partem do fato de que:


2 x ½ metro = 1 m, portanto, 8 x ½ m = 4 m

A questão sobre a Ponte Hörn envolve a divisão Logo, a ponte esticada mede 8 x 1,5 m = 8 m
de 25,5 m em 3 partes iguais. + 4 m = 12 m

Nesta faixa etária, os alunos ainda não aprenderam


a dividir um número decimal com casa depois
da vírgula, entretanto, eles já conhecem números
com vírgula que aparecem em variados
contextos da vida cotidiana, como preços e
medidas. Os alunos já possuem algumas ideias
intuitivas, como a soma de duas metades dá 1
inteiro (0,5 + 0,5 = 1); que duas moedas de 50
centavos equivalem a 1 real ou, ainda, que três
moedas de 50 centavos somam R$ 1,50. É esse
conhecimento intuitivo que deve ser explorado
para que respondam à questão, estimulando-os
a fazer estimativas e cálculo mental da operação
25,5 : 3, sem uso, portanto, de calculadora ou
cálculo escrito.

Os alunos devem partir de resultados próximos


e mais simples como:

Se 3 x 8 = 24, então 24 / 3 = 8

Se 0,5 + 0,5 + 0,5 = 1,5, então


1,5 / 3 = 0,5

25,5 / 3 = (24 + 1,5) / 3 =


24 / 3 + 1,5 / 3 = 8 + 0,5 = 8,5

27
CONTINUAR
Nesta seção os alunos são desafiados a ampliar
a estrutura da ponte e a dobrar seu tamanho.
Oriente-os a prolongar a estrutura que com-
porta o lastro, de modo que ela acompanhe
a estrutura da base da ponte. Dessa forma, a
ponte preservará sua flexibilidade.

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES

História: Aqui é possível enriquecer a conversa ini-


ciada no boxe “Você sabia...” da seção “Construir”
a respeito dos tempos medievais, apresentando
aos alunos outras informações sobre este período
histórico ou promovendo a exibição de cenas de
filmes contextualizados na Idade Média.

28
SITUAÇÃO-PROBLEMA

Nesta situação é importante que você auxilie ∙∙ O projeto pensado por vocês atende à
os alunos a compreender o problema que eles solicitação proposta no desafio?
devem resolver, que é propor uma solução aos
empresários de São José de lá e São José de cá, Quando as construções estiverem concluídas,
que desejam diminuir os custos de transporte faça as seguintes mediações:
de seus produtos, escoando-os pelo rio São
José. Neste sentido, realize a leitura conjunta da ∙∙ Que passos vocês seguiram para resolver
situação e da imagem apresentadas e lance al- este desafio?
guns questionamentos a eles: ∙∙ O que vocês construíram para resolver o
problema proposto?
∙∙ Onde ficam as cidades São José de lá e São
∙∙ O mecanismo que vocês construíram
José de cá? O que as separa?
consegue ajudar os barcos a navegar pelo
∙∙ Que características este rio apresenta?
rio superando seu desnível?
Como é navegar por ele?
∙∙ O mecanismo tem movimento? Que peças
∙∙ De que forma vocês pensam resolver este
vocês utilizaram para que ele se movimente?
problema?
∙∙ Vocês utilizaram o lastro? Por quê?
∙∙ Vocês se lembram de alguma montagem
∙∙ Como vocês avaliam o desempenho de sua
que vocês já construíram que poderia
equipe nesta tarefa?
ajudá-los a resolver este problema? E de
alguma experiência pessoal?
Ao término das apresentações, oriente os alu-
nos a desmontar seus projetos e a organizar
Reserve um tempo para que os alunos planejem
as peças nos kits LEGO®.
suas soluções e deixe-os criar livremente. Se
julgar necessário, ajude as equipes a se organi- Possível solução: Uma plataforma que sus-
zarem: penda os barcos, que pode ser inspirada na
construção da ponte levadiça.
∙∙ Como vocês vão se organizar?
∙∙ Vocês seguirão algum passo a passo?

29
BONECO TRAPEZISTA
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Avançar nos conhecimentos sobre máquina simples
e alavanca.
∙∙ Observar o uso de conectores na construção de estruturas
móveis e fixas.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Alavanca.
∙∙ Noção de paralelismo.
∙∙ Noções sobre ângulo.

Competências em foco
∙∙ Formular e resolver problemas.
∙∙ Modelar.
∙∙ Usar linguagem técnica adequada.

Desenvolvimento da aula
A seção “Conectar” convida os alunos a conversar sobre brinquedos e a pensar a respeito dos
materiais de que eles são feitos e também sobre as diferenças entre brinquedos artesanais
e industrializados. O objetivo desta introdução é apresentar a eles o boneco trapezista, cuja
forma de brincar é semelhante à do boneco que eles construirão com as peças do kit LEGO®
na seção “Construir”. A seção “Analisar” propõe a análise do mecanismo do boneco trapezista
por eles construído. E a seção “Continuar” desafia-os a construir um brinquedo semelhante
modificando a estrutura da montagem.

Ponto de atenção
Atenção especial ao modo como os alunos conectarão as vigas brancas às azuis durante a
montagem. A construção deste boneco trapezista exige atenção, precisão e concentração,
sobretudo no encaixe das vigas 1x9. Estas devem ficar cruzadas, como em uma pinça, para
que eles consigam movimentar o boneco e fazê-lo girar.

30
CONECTAR
Esta seção convida os alunos a conversar sobre
brinquedos e a pensar a respeito dos materiais
de que eles são feitos. O desafio proposto no
fascículo do aluno exige que eles identifiquem o
material de que são feitos os brinquedos apre-
sentados e sugere algumas opções: madeira,
plástico, tecido, outros. A seguir eles são soli-
citados a circular apenas aqueles que, em sua
opinião, são artesanais. A ideia é estimular o
debate proposto a respeito das diferenças entre
os brinquedos artesanais e os industrializados.

31
CONECTAR
Incentive-os a conversar com seus pais, tios
e avós, outros parentes ou vizinhos, sobre os
brinquedos com os quais eles brincavam quan-
do eram crianças. Você pode sugerir, inclusive,
um roteiro de perguntas para esta conversa:

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
Com quais brinquedos vocês gostavam
de brincar quando crianças? Língua Portuguesa, História e Geografia: A
importância dos brinquedos populares tanto
Com qual deles vocês preferiam brincar?
na cultura quanto no artesanato nacionais é
a principal conexão com as áreas de Língua
De que material ele era feito?
Portuguesa, História e Geografia. Você pode
propor aos alunos, por exemplo, uma pesqui-
Vocês brincaram com algum brinquedo
sa sobre brinquedos populares para que eles
parecido com o boneco trapezista? E com
entrem em contato com a história de alguns
o próprio? Vocês gostavam?
artesãos, os lugares onde eles atuam e como
confeccionam os objetos. Outra opção é ampliar
o roteiro de perguntas que eles farão a seus
pais, tios e avós, outros parentes ou vizinhos,
sobre os brinquedos com os quais eles brinca-
vam quando eram crianças. Trata-se de uma
oportunidade especial para aprender a coletar
dados e narrar e ouvir relatos. Uma terceira
opção é direcionar a pesquisa sobre brinquedos
populares, de modo a explorar os brinquedos e
as brincadeiras das nações indígenas do Brasil.
E uma quarta é discutir as características de
cantigas e parlendas que tratam de brinquedos
populares e então propor a produção de textos
desta natureza que explorem este mesmo tema.

Artes: Brinquedos populares são uma forma de


arte. Discuta com os alunos o que é arte e arte-
sanato e seu valor histórico-cultural. E proponha
a construção de alguns brinquedos populares.
Você também pode oferecer diferentes mate-
riais (sucatas, palitos, tecidos, elásticos etc.)
para que criem livremente seus brinquedos.
Para finalizar, monte uma exposição com os
brinquedos por eles produzidos ou então crie
um momento de brincadeira.

32
CONSTRUIR
A construção proposta nesta aula exige dois
pontos de atenção: o modo como os alunos
conectarão as vigas brancas às azuis e a pas-
sagem dos fios. No que se refere ao primeiro,
é preciso que as vigas fiquem cruzadas, como
em uma pinça, para que os alunos consigam
movimentar o boneco e fazê-lo girar.

Quanto ao segundo ponto de atenção, trata-se


de uma etapa da montagem que exige concen-
tração e precisão. Oriente-os, portanto, a seguir
atentamente o passo a passo da montagem
disponível no tablet. Uma estratégia, quando
da passagem dos fios, é deitar o boneco, sem
precisar torcê-lo.

33
ANALISAR
Com as montagens prontas e testadas, orien-
te os alunos a analisar o que na estrutura do
boneco trapezista possibilita que ele dê saltos.

O conceito-chave aqui é o de alavanca, pro-


duzido pelas duas vigas maiores e pelas vigas
cruzadas em “X”, somado à torção dos barban-
tes, que funcionam como um elástico.

Problematize a montagem e sua estrutura lan-


çando questões aos alunos como:

Qual foi o maior desafio que vocês


encontraram?

Por que transpassar os fios, de modo


que eles ficassem torcidos, foi tão
importante?

O que aconteceria se a distância entre os


conectores fosse de três furos, ou seja, se
aumentassem a inclinação do “X”?

AMPLIANDO O TRABALHO

Matemática: A construção do boneco trapezista


envolve noções geométricas, como ângulos
e paralelismo. O posicionamento das barras
paralelas desta construção permite o uso do
vocabulário geométrico sem que seja neces-
sário recorrer à definição formal. A geometria
das duas barras e a da barra menor possibili-
tam que os alunos percebam algumas relações
angulares simples e intuitivas, que você pode,
ou não, enfatizar. O conceito de ângulos será
aprofundado mais adiante.

34
CONTINUAR
Esta seção desafia os alunos a construir um
brinquedo semelhante ao boneco trapezista
que eles construíram. A ideia é que eles modi-
fiquem a estrutura da montagem, tornando-a
mais complexa. Ou simplesmente de modo
que ela produza outros efeitos e movimentos.

De modo a instigá-los, você pode lançar ques-


tões como: é possível construir um mecanismo
com mais uma viga vertical?

Outra opção é explorar brinquedos movidos


por força elástica, como o carrinho a corda,
construído com um carretel de linha. E uma
terceira é apresentar o corrupio aos alunos,
tipo de cata-vento muito popular em regiões
do interior do Brasil, como o Vale do Jequiti-
nhonha, em Minas Gerais. Você pode encontrar
um vídeo que ensina a construir um carrinho a
corda com o uso de carretel acessando: <is.gd/
bph8t0>. (Acesso em: jul. 2014.) E outro sobre
os corrupios, disponível em: <is.gd/i8z411>. (Acesso
em: jul. 2014.)

35
SITUAÇÃO-PROBLEMA

Esta situação-problema convida os alunos a nas um (o melhor ou o mais convincente) para


construir um brinquedo que a Isa possa ven- vendê-lo em sua loja. As perguntas a seguir po-
der na loja de brinquedos motorizados que dem orientá-los a elaborar esta apresentação:
ela pretende abrir no centro comercial do
qual ela é gerente. As perguntas a seguir po-
∙∙ O que vocês montaram?
dem orientá-lo a auxiliar os alunos na organi-
∙∙ O que faz este brinquedo?
zação do planejamento da tarefa:
∙∙ Ele pode ser utilizado por crianças de
qualquer idade?
∙∙ Na opinião de vocês, que tipo de brinquedo ∙∙ Qual o ponto forte do brinquedo que vocês
a Isa poderia vender nesta loja? planejaram e construíram?
∙∙ Que brinquedo vocês construiriam para ser ∙∙ Ele apresenta algum ponto fraco? Qual?
vendido lá? Por quê?
∙∙ Vocês teriam alguma sugestão para o Ao final das apresentações você pode propor
nome desta loja? Qual? que as equipes coloquem-se no papel da Isa
∙∙ E como vocês se organizariam para e escolham qual dos brinquedos apresenta-
construir este brinquedo? dos é o melhor ou o mais convincente.
∙∙ Haveria divisão de responsabilidades nesta
Um desdobramento interessante ao final da
organização? Quais? Por quê?
atividade seria analisar com os alunos as
soluções encontradas para o uso do motor e
Uma opção para tornar esta atividade ainda
das engrenagens em cada uma das monta-
mais divertida é propor às equipes que mante-
gens apresentadas e compará-las.
nham seus projetos em segredo e revelem-nos
apenas no momento da apresentação. Explique Ao término das apresentações solicite aos
que neste momento cada uma das equipes de- alunos que desmontem suas construções e
verá apresentar o seu projeto de brinquedo à organizem seus kits LEGO®.
classe, como se estivesse apresentando-o à Isa,
Possível solução: Qualquer montagem com motor.
que, ao final das apresentações, escolherá ape-

36
CHUTADEIRA
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Ampliar os conhecimentos sobre alavanca.
∙∙ Introduzir noções de força elástica.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Força elástica.
∙∙ Noções sobre ângulos.
∙∙ Operações básicas.
∙∙ Organização de dados em tabelas.

Competências em foco
∙∙ Modelar.
∙∙ Formular e resolver problemas.
∙∙ Usar linguagem técnica adequada.

Desenvolvimento da aula
A seção “Conectar” convida os alunos a conhecer algumas máquinas utilizadas no treino de
determinadas práticas esportivas e a descobrir, por meio da resolução de enigmas matemáticos,
quantos são os músculos e também os ossos de um corpo humano. Na seção subsequente é
proposto o desafio de construir uma chutadeira. A seção “Analisar” sugere um debate sobre o
mecanismo que permite que a máquina dê chutes. E na seção “Continuar”, um outro desafio
é apresentado aos alunos: o de organizar um campeonato de chutes a gol entre as equipes,
cujo resultado deve ser registrado.

Ponto de atenção
Oriente os alunos a respeito do uso e do posicionamento da viga em “L” e estimule-os a relacioná-
-la com as partes do corpo que utilizamos para chutar. Destaque que são os músculos e as
articulações de um corpo humano que produzem movimento e que na montagem o “pé” é fixo.

37
CONECTAR
Esta seção convida os alunos a conhecer algu-
mas máquinas utilizadas no treino de determina-
das práticas esportivas. Máquinas como estas,
como as representadas no fascículo do aluno,
utilizadas por atletas e não atletas também,
ativam as partes de nosso corpo responsáveis
pelos movimentos: nossos músculos e nossas
articulações.
A seguir, incite-os a resolver os enigmas mate-
máticos apresentados para descobrir quantos
são os múculos e também os ossos de um corpo
humano. As dicas os levarão a concluir que o
número de músculo de um corpo humano é 639
e o de ossos é 206.

38
CONECTAR
Destaque que os movimentos dependem da
força e da elasticidade dos músculos e das ar-
ticulações do corpo (ossos), que funcionam
como alavancas, no sentido físico.
Ao falar de elasticidade, solicite aos alunos que
listem objetos e instrumentos que esticam e,
como os músculos, utilizam a força elástica. É
provável que citem os elásticos ou estes repro-
duzidos no fascículo do aluno: estilingue, arco
e flecha e catapulta.
Ainda assim, esta discussão permite outras
associações. É possível relacionar alguns siste-
mas articulados a certas articulações do corpo
humano, como o cotovelo ou o joelho. Ou asso-
ciar materiais emborrachados, como elásticos
e tiras emborrachadas, a alguns músculos do
corpo humano.
Neste momento, procure sistematizar o que
sabem ou pensam os alunos a respeito destes
materiais elásticos. Uma das características des-
tes materiais é a capacidade de deformarem-se
e mudar de comprimento, quando esticados, e
de recuperá-lo, quando em repouso.
Eis algumas perguntas que podem organizar e
ampliar a conversa:

Nosso corpo estica? De que maneira?

Vocês sabem o que é alongamento?

Como podemos relacionar o alongamento


com o ato de se “espreguiçar”? As ações de espreguiçar-se, esticar-se e alon-
gar-se estão ligadas à ideia de elasticidade.
O que são músculos?

Para que eles servem? Que músculos


vocês conhecem?

O que são articulações? Para que elas


servem?

Que articulações vocês conhecem?

39
CONECTAR CONSTRUIR
A chutadeira proposta na montagem desta aula
AMPLIANDO O TRABALHO é composta de uma base de apoio, de um me-
canismo do tipo gatilho, acionado pelo elástico
Ciências: Os conteúdos trabalhados nesta aula com a engrenagem, e de uma peça que desem-
estimulam a discussão sobre a estrutura e os penha a função de chutar.
limites do corpo humano. Você pode sugerir
aos alunos uma pesquisa sobre quais são os No fascículo do aluno é proposto a eles que
músculos e os ossos de um corpo humano, observem os três tipos de vigas em “L” que há
suas principais funções e suas relações com no kit LEGO® 9698. Você pode estimulá-los a
os movimentos que fazemos. discutir qual delas mais se assemelha a um pé
Sobre as articulações do corpo humano, você chutando e por quê.
pode solicitar a eles que desenhem os membros
superiores (braço, antebraço, mão) e inferiores É provável que alguns alunos descartem a viga
(coxa, perna, pé) e suas articulações. Explore o que apresenta três vértices, a viga em “L” 6x9,
sentido (horário ou anti-horário) do movimento uma vez que algumas de nossas articulações
e seus limites. giram em sentidos contrários.

40
ANALISAR
Ao término da seção “Construir”, reserve um
tempo para analisar com os alunos quais as par- AMPLIANDO O TRABALHO
tes da máquina chutadeira que eles construíram
que lhes permitem chutar. Estimule-os a regis- Matemática: É possível explorar o ângulo que
trar suas conclusões a este respeito no fascículo duas partes consecutivas de uma viga fazem
do aluno e a imaginar o que aconteceria com sem a preocupação de defini-lo formalmente.
a máquina chutadeira se eles substituíssem o Os alunos desta faixa etária são capazes de
elástico do mecanismo por um barbante. Aqui perceber a diferença de um ângulo reto de outro
é importante que eles percebam uma redução mais “fechado” (agudo) ou de outro mais “aber-
na força do chute e que você discuta com eles to” (obtuso). Por meio da percepção, portanto,
a relevância da força elástica utilizada no me- eles são capazes de se apropriar da ideia de
canismo para disparar o chute. ângulo como abertura ou mudança de direção.
Noções angulares, como mais “fechado” (agudo)
e mais “aberto” (obtuso), também podem ser
associadas aos limites e aos movimentos do
corpo. Ou seja, para chutar algo é preciso que
a coxa e a perna estejam articuladas fazendo
um ângulo de aproximadamente 90°. E para
conseguir força de impulso é preciso que o pé
e a parte da perna junto à canela formem um
ângulo agudo, próximo, porém, de 90°.
Nesta ampliação do trabalho, não deixe de
atentar para o que os documentos curriculares
do Ensino Fundamental 1 recomendam: que a
construção de noções angulares seja explorada
e relacionada à ideia de abertura e de mudança
de direção. Mas o trabalho com medidas pode
ser explorado sem que haja a necessidade de
defini-las formalmente em graus, por meio da
comparação, por exemplo, dos ângulos estuda-
dos com o ângulo reto (maior ou menor que).

41
CONTINUAR
Nesta etapa, com as chutadeiras já construí- CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
das, proponha aos alunos a organização de um
campeonato de chutes entre as equipes. Outra Educação Física: Como a chutadeira está direta-
opção é sugerir um campeonato interno entre mente relacionada ao futebol, trata-se de uma
os membros de cada uma das equipes. conexão natural. Explore, nas discussões, a im-
Oriente-os na confecção das bolinhas (de papel, portância do condicionamento físico para as mais
por exemplo) que serão chutadas em direção ao variadas modalidades esportivas. E, se possível,
gol, cujas traves devem ser construídas com as combine uma conversa com o professor de Edu-
peças do kit LEGO® (vigas, conectores, blocos, cação Física. Ele poderá tratar dos movimentos
eixos etc.). do corpo sob a perspectiva de sua disciplina.
Para tornar a brincadeira ainda mais instigante, o
fascículo do aluno sugere um sistema de pon- Artes: Muitos são os artistas plásticos que fize-
ram do futebol tema de seus trabalhos: Francis-
tuação que atribui um ponto até para quem
co Rebolo, Cândido Portinari, Aldemir Martins,
erra o chute (fora até 5 cm da trave).
Nelson Leirner, Maurício Nogueira Lima, José
Registrar os chutes e calcular os pontos per-
Roberto Aguillar etc. Portanto, caso haja tempo
mite explorar dois blocos de conteúdos dos
no planejamento, proponha aos alunos uma
Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemá-
releitura da obra de algum destes artistas. Ou
tica: “Números e Operações” e “Tratamento
então que elaborem uma interpretação plástica
da Informação”.
da chutadeira que construíram, analisando, por
exemplo, as partes relevantes deste mecanismo.

42
SITUAÇÃO-PROBLEMA

A situação apresentada nesta aula exige que ∙∙ Como vocês planejam se organizar para
os alunos pensem em uma ou mais soluções construir esta montagem?
para ajudar a equipe ZOOM a não fazer feio ∙∙ Quais os passos a seguir? E as etapas a
no torneio de tênis em que ela se inscreveu. cumprir?
Auxilie os alunos a solucionar esta situação- ∙∙ O que vocês construirão? Ela atende à
-problema explorando com eles a imagem solicitação proposta no desafio?
apresentada. As perguntas a seguir podem
orientá-lo nesta mediação: Quando as montagens estiverem finalizadas
faça as seguintes mediações:
∙∙ O que vocês poderiam construir para
ajudar a equipe ZOOM a treinar para este ∙∙ Como vocês resolveram o desafio
torneio de tênis? proposto?
∙∙ Como os tenistas profissionais treinam? ∙∙ Como a engenhoca por vocês construída
Vocês sabem? funciona?
∙∙ Eles utilizam algum tipo de equipamento em ∙∙ E como ela poderá ajudar a equipe ZOOM a
seus treinos? Vocês saberiam dizer quais? se preparar melhor para o torneio de tênis?

A ideia desta conversa inicial é auxiliar os Ao final, não se esqueça de pedir aos alunos
alunos a definir o problema e também a am- que desmontem suas construções e organizem
pliar o repertório de possibilidades de cons- o kit guardando as peças em suas respecti-
trução considerando como treina e quais os vas bandejas.
recursos utilizados por um atleta profissional.
Possível solução: Uma máquina lançadora de
Reserve um tempo e deixe que os alunos bolas de tênis.
criem livremente suas soluções. Você pode
ajudá-los na organização e no planejamento
desta construção lançando questões como:

43
ESCAVADEIRA
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Construir uma máquina do tipo escavadeira
operada por meio de alavancas.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Alavanca.
∙∙ Ângulos.
∙∙ Medidas de massa e comprimento.

Competências em foco
∙∙ Modelar.
∙∙ Argumentar.
∙∙ Comunicar.

Desenvolvimento da aula
A seção “Conectar” introduz os alunos no universo da construção civil e convida-os a discutir em
que situações é necessário cavar, que ferramentas cumprem esta função e em que situações
as escavadeiras, tema desta aula, são utilizadas. A seção “Construir” propõe a montagem de
uma máquina do tipo escavadeira às equipes, e a seção “Analisar” instiga-os a experimentá-la
e a analisar seu funcionamento. Na seção “Continuar”, os alunos são desafiados a modificar a
estrutura da montagem de modo a aumentar o rendimento da escavadeira.

Ponto de atenção
Atenção especial para a relação dos movimentos dos comandos e os movimentos das garras,
no sentido de baixo para cima e de cima para baixo.

44
CONECTAR
É possível que o universo da construção civil não
seja muito familiar aos alunos desta faixa etária.
Mas é muito provável que eles já tenham visto
máquinas ou veículos utilizados neste setor.
Caso julgue necessário, portanto, ao introduzir
o tema desta aula, lance questões como:

Na opinião de vocês, quando é necessário


cavar? Em quais situações?

Que ferramentas cumprem esta função?

Destaque que as ferramentas mais simples


que cumprem esta função são a pá e a enxada.
Ambas utilizam o princípio da alavanca, embora
exijam movimentos diferentes ao serem opera-
das. A pá, de modo geral, cava de baixo para
cima, enquanto a enxada cava de cima para
baixo. Neste momento, demonstre, se possível,
estes movimentos aos alunos. E não deixe de
comentar que são vários os objetos em nosso
cotidiano que funcionam como pás: colheres,
conchas, pegadores de sorvete etc.

A seguir, explore situações que exigem a re-


moção de grandes volumes de terra, como a
construção de barragens, minas ou grandes
edifícios com estacionamento subterrâneo, por
exemplo. Destaque que estas são algumas das
situações em que a escavadeira é utilizada
para cavar. E que, dependendo do modelo da
escavadeira, ela escava tanto de baixo para
cima, utilizando a caçamba, quanto de cima
para baixo, usando a pá (ou o carregador). Os
movimentos da caçamba e da pá se dão por
meio de comandos e de alavancas operadas
de dentro da cabine, situada em cima do trator
que move a máquina.

45
CONECTAR

AMPLIANDO O TRABALHO

Ciências: Havendo condições e recursos (biblio-


gráficos, fílmicos, gráficos etc.), discuta temas
relacionados à mineração, destacando os vários
tipos de máquinas que são utilizadas hoje na
extração de minérios.

Estimule os alunos a descobrir os números da


maior escavadeira do mundo (peso, altura e
comprimento) a partir das dicas apresentadas
no fascículo do aluno.

Nesta desafio, os alunos entrarão em contato


com os dados da maior escavadeira do mundo
já construída até hoje, cujas medidas foram
intencionalmente omitidas com o objetivo de
desafiá-los a descobrí-las resolvendo problemas
matemáticos. Usando o raciocínio lógico, eles
selecionarão os números candidatos à solução e
eliminarão os que não satisfazem as condições
sugeridas (dicas). Esta atividade envolve os
conceitos numéricos de par e ímpar, sucessor
e antecessor, fatos da tabuada e estimativa
de medidas.
Apenas o número 45 situa-se entre 40 e 50 (maior que
40 e menor que 50), é ímpar e da tabuada do 9. Por-
tanto, o peso da maior escavadeira do mundo é 45 mil
toneladas. A título de comparação, compartilhe com os
alunos que um avião que transporta 100 passageiros,
como o Boeing 737, pesa 49 mil toneladas.

Apenas o número 95 situa-se entre 90 e 100 (maior


que 90 e menor que 100), é antecessor de um número
da tabuada do 6 (96 = 6 x 16), não é par e cuja soma
dos dois dígitos é 14. Portanto, a altura da maior es-
cavadeira do mundo é 95 metros. Considerando que o
pé-direito de um apartamento mede entre 2,5 m e 3 m,
é possível dizer aos alunos que a maior escavadeira do
mundo tem a altura de um edifício com 30 andares.

Apenas o número 215 situa-se entre 210 e 220 (maior


que 210 e menor que 220), é ímpar e sucessor de um
número que termina com 4 (214). Portanto, o compri-
mento da maior escavadeira do mundo, que é 215 m, é
equivalente ao comprimento de um quarteirão (ou de
uma quadra) de uma rua ou avenida.

46
CONSTRUIR
Durante a construção, discuta com os alunos
as várias partes da escavadeira feita com as
peças do kit LEGO®.

Atenção para a base de pneus (que tem a fun-


ção de dar estabilidade à escavadeira), para
os comandos feitos com as vigas em “L” (que
movimentam o sistema articulado e os braços),
para o sistema de vigas (que utiliza o princípio
do paralelogramo) e para as garras em forma
de garfo (que funcionam como a caçamba ou
a pá da escavadeira).

47
ANALISAR
Estimule as equipes a colocar suas escavadeiras
para trabalhar: movendo as alavancas, explo-
rando seus movimentos, alcançando objetos e/
ou carregando objetos. Sugira aos alunos que
coloquem materiais (como bolas de isopor, se-
mentes etc.) próximos à base da construção
e experimentem alcançá-los e/ou carregá-los.

Oriente-os também a relacionar o ângulo vertical


(vigas em “L”) da escavadeira com a região an-
gular alcançada pelas garras. Considerando que
esta faixa etária ainda tem ideias vagas sobre
ângulos, trabalhe noções de regiões angulares
alcançáveis, manipulando a própria montagem
ou explorando os movimentos que determinadas
partes do corpo humano podem realizar.

E não deixe de assinalar o fato de as vigas ho-


rizontais (braços) estarem ligadas às vigas em
“L” em pontos diferentes, de modo a possibilitar
os movimentos de erguer e levantar, como, de
fato, faz a caçamba de uma escavadeira.

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
Educação Física: Quando uma montagem envol-
ve articulações, é interessante tratar dos vários
movimentos que os membros superiores do
corpo humano (braço, antebraço, mão) podem
realizar e compará-los com aqueles realizados
por uma escavadeira (ou a escavadeira cons-
truída com as peças do kit LEGO®) explorando
raio de alcance, ângulos etc.

48
CONTINUAR
Esta seção desafia os alunos a modificar a estru-
tura dos braços da escavadeira para conseguir
um alcance maior (do que o do comprimento
da viga 1x15), de modo que ela possa cavar,
por exemplo, em lugares mais distantes da
base. E também a modificar as “garras” da
escavadeira, de modo que ela possa carregar
algo de baixo para cima.

Uma opção para explorar a ideia de alcance que


o primeiro desafio envolve é solicitar às equipes
que testem mais de uma possibilidade de modi-
ficação do braço da escavadeira e registrem a
distância que ele conseguiu alcançar em cada
uma das tentativas. Ao final, você pode propor
aos alunos que compartilhem estes resultados
com a classe e comparem-nos com os obtidos
pelas outras equipes.

49
SITUAÇÃO-PROBLEMA

Auxilie os alunos a compreender a situação- ∙∙ De que forma a máquina criada por vocês
-problema proposta nesta aula, explorando removeria a terra do sítio arqueológico sem
com eles a imagem apresentada. Não deixe comprometê-lo?
de destacar que, por se tratar de um sítio ar- ∙∙ Esta máquina é leve ou pesada?
queológico, é preciso remover a terra já es- ∙∙ Quantas peças vocês utilizaram nesta
cavada com (muito!) cuidado de modo a não construção?
danificar o fóssil que Marcos e sua equipe ∙∙ E quais destas peças fazem o mecanismo
encontraram. As perguntas a seguir podem desta montagem funcionar?
orientá-lo nesta mediação e instigar os alu- ∙∙ Como vocês planejaram a construção
nos a solucionar o problema: desta montagem?
∙∙ Vocês encontraram dificuldades na
resolução desta situação-problema? Quais?
∙∙ Vocês sabem o que faz um paleontólogo?
E como elas foram resolvidas?
∙∙ Vocês sabem o que é um sítio
∙∙ Vocês ficaram satisfeitos com o resultado?
arqueológico? E um fóssil?
∙∙ O que Marcos poderia criar para remover a
Ao final da aula, solicite aos alunos que des-
grande quantidade de terra que ele e sua
montem suas construções e organizem seus
equipe já escavaram?
kits LEGO®.
∙∙ O que você e sua equipe construiriam?
Possível solução: Uma pequena e delicada
Com as montagens prontas, faça as seguintes escavadeira.
mediações:

50
TELESCÓPIO
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Construir um aparelho semelhante a um telescópio.
∙∙ Utilizar a peça rosca-sem-fim na construção
deste aparelho, que simula os movimentos de um
telescópio.
∙∙ Estudar o movimento do mecanismo de giro.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Ângulo como giro.
∙∙ Redutor de velocidade.
∙∙ Relações de proporcionalidade simples.

Competências em foco
∙∙ Formular e resolver problemas.
∙∙ Argumentar.

Desenvolvimento da aula
A seção “Conectar” convida os alunos a observar o céu
e os astros e a pensar sobre esta observação. Apresenta
também uma linha do tempo sobre a vida de Galileu Galilei
e imagens que tratam da evolução do telescópio, de modo
a explorar a invenção de instrumentos criados para a observação do céu. A seção “Construir”
propõe a montagem de um aparelho semelhante a um telescópio, e a seção “Analisar” sugere
o estudo do movimento do mecanismo de giro e a análise da função da peça rosca-sem-fim
neste mecanismo, que é a de reduzir a velocidade de giro. Na seção “Continuar” os alunos são
desafiados a seguir explorando seu telescópio LEGO® com a observação dos “astros imaginários”
na sala de aula.

Ponto de atenção
Oriente os alunos a movimentar o telescópio construído com as peças LEGO com cuidado.
É preciso evitar movimentos bruscos para não perder o ponto observado. Atenção especial
igualmente à análise da função da rosca-sem-fim no mecanismo.

Materiais necessários
A atividade proposta na seção “Continuar” sugere que os alunos utilizem barbante para conferir
se a luneta do telescópio aponta para a direção certa.

51
CONECTAR
Considerando que a proposta de montagem
desta aula é a de um aparelho semelhante a um
telescópio, estimule os alunos a pensar sobre
as razões que levaram o homem a inventá-lo
e a compreender que a observação do espaço
é a principal delas.

Proponha uma conversa, com base nas questões


sugeridas no fascículo do aluno, a respeito dos
astros que eles já observaram no céu, como
o Sol e a Lua, as estrelas, os planetas e as
constelações.

Constelação é um grupo de estrelas


que são vistas próximas umas das
outras da Terra.

Enfatize que, ao olhar para o céu durante o dia,


deve-se evitar olhar diretamente para o Sol, e
dê algumas dicas referentes à observação de
eclipses, como a utilização de filtros.

Incentive-os a conversar também sobre mitos


e lendas que tratam do Universo, do céu e dos
astros, e ressalte que eles foram criados na
tentativa de explicar o Universo e seu funciona-
mento. Neste momento, você pode estimulá-los
a elaborar hipóteses a respeito do movimento CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
dos astros e de fenômenos como o dia e a noite,
as estações do ano etc. Língua Portuguesa e História: Nesta aula é pos-
sível explorar os mitos criados pelo homem na
tentativa de explicar o Universo e seu funciona-
mento e fenômenos como o dia e a noite, as es-
tações do ano etc. Uma opção é realizar a leitura
coletiva de alguns mitos, por você previamente
selecionados, em sala de aula. Outra é sugerir
aos alunos que pesquisem mitos (ou lendas) a
este respeito e selecionem um para compartilhar
com a classe. Em ambas as propostas, não deixe
de ressaltar a importância dos mitos e das lendas
na tradição cultural de diferentes povos.

52
CONECTAR
Explore com os alunos a linha do tempo proposta
a respeito da vida de Galileu Galilei (1564-1642).
Destaque que Galileu Galilei foi um cientista
do século XVII que nasceu na cidade de Pisa,
na Itália, e se dedicou ao estudo da física, da
astronomia e da matemática. Destaque também
que foi em uma viagem à Holanda, onde por
volta de 1600 surgiram as primeiras lunetas,
que ele conheceu este instrumento e resolveu
aperfeiçoá-lo.

Saliente ainda que sua luneta permitiu ampliar


em 30 vezes a visão dos objetos focados. Ao
apontá-la para o Sol, a Lua e os astros, Galileu
Galilei foi o primeiro a identificar manchas no
Sol, a descobrir as crateras e as montanhas
lunares e a observar os anéis de Saturno e os
satélites de Júpiter. Acrescente que foi ele quem
descobriu a Via Láctea e explicou como ela é
composta.

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
História e Geografia: Aqui é possível contextua-
lizar o tempo e o espaço em que viveu Galileu
Galilei e em que as lunetas foram inventadas e
por ele aperfeiçoadas. É possível explorar, por
exemplo, a tese do sistema heliocêntrico, criada
por Nicolau Copérnico (1473-1543) e defendida
por Galileu no século XVII, com base em suas
observações astronômicas, segundo a qual a
Terra gira em torno do Sol e não o contrário. E o
que estas ideias, então contrárias aos dogmas
da Igreja Católica, lhe custaram.

53
CONECTAR
Explore a evolução do telescópio com os alu-
nos, estimulando-os a observar as imagens
apresentadas no fascículo do aluno. Destaque,
por exemplo, que telescópios espaciais, como o
Hubble, possibilitam observações astronômicas
sem a interferência da atmosfera terrestre. E
que telescópios como o VLT (Very Large Telesco-
pe) permitem a observação de astros a milhões
de quilômetros da Terra.

AMPLIANDO O TRABALHO

Ciências: Aqui você pode ampliar a discussão


sobre a evolução dos telescópios explorando
com os alunos imagens disponíveis na internet
do Observatório Astronômico Cerro Paranal,
localizado no Deserto do Atacama, no Chile, a
2.635 metros de altitude, ou do Observatório do
Pico dos Dias, o maior telescópio astronômico
em território brasileiro, localizado no Pico dos
Dias, na cidade mineira de Itajubá, a 1.864
metros de altitude.

54
CONSTRUIR ANALISAR
Como o telescópio que os alunos construirão Ao explorar o telescópio que eles construíram,
com as peças do kit LEGO® não terá lentes, que é importante que os alunos percebam que é
é o que possibilita a ampliação das imagens, a preciso segurá-lo firme e evitar movimentos
proposta é que eles explorem-no para estudar bruscos para não perder o ponto observado.
o movimento do mecanismo de giro. Enfatize que em uma luneta real o giro de uma
pequena fração de 1° pode fazer com que ela
A peça-chave desta montagem é a rosca-sem- aponte para outro ponto, que não o pretendido
-fim. Nela há duas desta peça que são operadas originalmente, a milhões de quilômetros de
por manivelas. Uma gira a engrenagem na ho- distância deste.
rizontal e a outra, na vertical. Ambas garantem
os movimentos horizontal e vertical da luneta É importante igualmente que eles percebam que
representada pela viga 1x15 e os conectores a função da rosca-sem-fim é reduzir a velocida-
cruzados. de dos giros, sejam eles movimentos verticais
ou horizontais.

Explore a relação da rosca-sem-fim com as en-


grenagens e a manivela. Proponha a eles que
identifiquem a rosca-sem-fim na montagem e
descubram como ela se relaciona com as en-
grenagens e com a manivela, que movimenta
o modelo como um todo. Incentive-os também
a analisá-la de modo a compreender o quanto
ela interfere nos giros da luneta.

Sugira, por exemplo, que eles investiguem quan-


tas voltas de manivela fazem a engrenagem
girar ¼ de volta, o equivalente a 90°. E a partir
das hipóteses por eles elaboradas, instigue-
-os a responder quantos giros completos são
necessários para que a engrenagem dê uma
volta completa (360°). A ideia é que os alunos
utilizem uma relação proporcional simples.

55
ANALISAR CONTINUAR
Se dez giros da manivela produzem um giro de A proposta desta seção é que os alunos sigam
¼ de volta na engrenagem 40 dentes, então, explorando seu telescópio LEGO® com a obser-
uma volta completa exigirá o quádruplo de vação dos “astros imaginários”, cuja localização
giros da manivela. Isto significa que, em uma na sala de aula eles determinarão. De modo a
engrenagem de giro horizontal com 40 dentes, enriquecer a proposta, sugira aos alunos que
serão necessários 40 giros de manivela. E que, desenhem estes “astros imaginários” e os afi-
para a engrenagem que gira na vertical, que xem no local por eles definido na sala de aula.
tem 24 dentes, dê uma volta completa, serão Oriente-os a utilizar um barbante esticado para
necessários 24 giros da manivela. conferir se a luneta do telescópio aponta para
a direção certa.

56
SITUAÇÃO-PROBLEMA

Nesta situação é importante que você auxi- Deixe que os alunos construam livremente
lie os alunos a compreender o problema que em equipe o mecanismo que eles sugeririam
eles devem solucionar, que é o de sugerir à aos cientistas, de modo a solucionar o pro-
equipe internacional de cientistas, que está blema apresentado, e peça que, ao término
prestes a enviar um novo robô para Marte, da montagem, as equipes apresentem as
um mecanismo que possibilite que este robô, soluções encontradas. No final, você pode
apelidado de “Marciano”, colete amostras de promover um debate comparando-as e anali-
rocha. Neste sentido, realize a leitura con- sando a adequação de cada uma delas para
junta da situação e da imagem apresentadas resolver o problema apresentado:
e, se possível, compartilhe com os alunos
∙∙ Que mecanismo vocês criaram? Ele é uma
imagens, disponíveis na internet, do planeta
possível solução ao problema apresentado?
Marte e dos robôs que para lá já foram en-
Como ele permitirá que o Marciano colete
viados. A proposição de algumas perguntas
as amostras de rocha em Marte?
também pode colaborar para a delimitação
∙∙ Que peças do kit foram utilizadas nesta
do problema:
montagem? Por quê?
∙∙ O que é um robô? O que ele faz? Para que
ele serve? Ao final da aula, solicite aos alunos que des-
∙∙ Todo robô é inteligente? De onde vem a montem suas construções e organizem seus
inteligência dos robôs? kits LEGO®.
∙∙ O que vocês pensam ou sabem a respeito
Possível solução: Qualquer braço robótico
do planeta Marte?
com um mecanismo de garra.
∙∙ Vocês já ouviram falar de outros robôs que
foram enviados para Marte?
∙∙ Na opinião de vocês, por que enviamos
robôs para lá?

57
LIMPADOR DE PARA-BRISA

PARA COMEÇO DE CONVERSA


Objetivos da aula
∙∙ Construir um limpador de para-brisa motorizado.
∙∙ Modificar a estrutura do mecanismo construído
em função do movimento desejado.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Alavanca.
∙∙ Paralelogramo.
∙∙ Movimento circular.
∙∙ Noção de região angular.

Competências em foco
∙∙ Formular e resolver problemas.
∙∙ Modelar.
∙∙ Usar linguagem técnica adequada.

Desenvolvimento da aula
Inicialmente, os alunos identificam algumas peças dos automóveis e conversam sobre
elas, refletindo sobre a utilidade e a relevância de cada uma. A partir dessa conversa, eles
percebem a importância do limpador de para-brisa. O objetivo é que eles construam um
mecanismo manual que funcione como um limpador de para-brisa. Na seção “Analisar”, os
alunos examinam o funcionamento do limpador de para-brisa, observando sua estrutura
geométrica e as regiões circulares que as palhetas alcançam. E na seção “Continuar”, eles
são desafiados a modificar o limpador de para-brisa para solucionar um problema prático,
refletindo sobre o uso e o funcionamento desse mecanismo.

Ponto de atenção
Acompanhe os alunos durante a montagem do limpador de para-brisa, que está dividida
em duas etapas. Na primeira, sugerida na seção “Construir”, eles deverão montar o
mecanismo, testá-lo manualmente e estudar seus movimentos. Na segunda, proposta na
seção “Analisar”, eles deverão motorizar o mecanismo e analisar a função do paralelogramo
na estrutura.

58
CONECTAR
Introduza o tema sobre os acessórios automo-
tivos lançando questões como: conectar
LIMPADOR DE PARA-BRISA
Você gosta de automóveis? Já parou para pensar por quantas mudanças
e melhorias eles já passaram desde que surgiram, no final do século
Que peças e acessórios vocês conseguem XIX? Então, observe as imagens a seguir.

identificar nestas imagens?

Vocês sabem qual a diferença entre peça e


acessório?

Todas as peças de um automóvel são


essenciais para o seu funcionamento? A
buzina é uma destas peças? E os pneus?

Há peças dispensáveis em um automóvel?


Quais?

Que peças e acessórios você consegue identificar nestas imagens?


Explore o sentido da palavra acessório nos mais
Aliás, você sabe qual a diferença entre peça e acessório? Converse com
variados contextos, considerando as diversas seus colegas a este respeito.
1
acepções desta palavra. Como o termo está
associado às peças que não são fundamentais
para o funcionamento de um veículo, é im-
conectar
portante que você aprofunde esta discussão
Com o passar do tempo, os automóveis mudaram bastante e ganharam
de modo a destacar que há acessórios como peças que os tornaram mais seguros e confortáveis. Algumas dessas
peças são dispensáveis, como o porta-copos do banco de passageiro,
o cinto de segurança que, embora não sejam outras não. Os freios, por exemplo, são essenciais para o funcionamento
e a segurança de um carro. Portanto, aquelas peças que são úteis, mas
fundamentais para o funcionamento de um veí- não são fundamentais para o funcionamento de um automóvel, são os
chamados acessórios.
culo, são hoje indispensáveis para a segurança Nesta aula, você e seus colegas estudarão um acessório muito importante

dos passageiros. para a segurança do veículo: o limpador de para-brisa.

VOCÊ SABIA...
Uma opção é listar na lousa e classificar com
...que o limpador de para-brisa
os alunos os acessórios de um automóvel por foi inventado em 1903 pela
estadunidense Mary Anderson?
eles conhecidos: quais são dispensáveis? Quais Foi ela quem teve a ideia de usar
uma borracha presa a uma haste
são indispensáveis? Por quê? metálica para limpar o vidro sem
precisar descer do veículo.

O objetivo desta discussão é apresentar o aces-


sório que será estudado nesta aula: o limpador Apesar de facilitar a limpeza dos vidros e de melhorar a visibilidade,

de para-brisa. Apesar de ser um acessório, atual- os primeiros modelos de limpadores de para-brisa eram manuais. Para
acioná-los, era preciso mover uma alavanca de dentro do veículo, o que

mente, ele é indispensável em um automóvel,


nem sempre era simples, principalmente durante a chuva.

Por essas e outras dificuldades, a invenção foi sendo aperfeiçoada. Em


permitindo que o condutor do veículo dirija em 1964, foi inventado o temporizador, mecanismo que aciona as palhetas
para que se movam e retirem a água, como um rodo de pia.
dias de chuva, por exemplo. 2

59
CONECTAR CONSTRUIR
Explore com os alunos o boxe “Você sabia...”, O mecanismo do limpador de para-brisa é re-
que trata da história da invenção do limpador lativamente simples, pois utiliza poucas vigas
de para-brisa e sua evolução. e conectores.

A patente sobre a invenção do temporizador na Inicialmente, oriente os alunos a construir toda


década de 1960 é um dos temas principais do a estrutura do sistema para ser movimentada
filme Jogada de gênio (direção de Marc Abraham, manualmente.
2008). Você pode selecionar algum trecho que
considerar mais adequado e exibi-lo para os
alunos. Por fim, discuta com eles a função do
limpador de para-brisa e como ele funciona.

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
História: Caso queira aprofundar os conheci-
mentos dos alunos sobre a história da invenção
dos automóveis, compartilhe com eles o texto
disponível em: <http://abr.ai/1vzl5kU>. (Acesso em:
out. 2014.)

construir

Hoje você e sua equipe vão construir


um mecanismo que funcionará como um
limpador de para-brisa. Vamos começar?

O mecanismo deve ser construído por todos.

Quando ele estiver pronto, estudem os


movimentos, operando-o com as mãos
ou instalando uma manivela. E não deixem
de fotografá-lo!

60
ANALISAR
Após a motorização do limpador de para-brisa,
peça aos alunos que observem os movimentos analisar
das engrenagens e de todas as partes móveis Que tal motorizar o limpador de para-brisa que vocês construíram para

da montagem para, em seguida, investigar o que as palhetas se mexam automaticamente?

Considerando o para-brisa movido a motor e os movimentos das


movimento das palhetas. engrenagens de todas as partes móveis da montagem, respondam: as
palhetas se movem simultaneamente na mesma direção?

Embora não seja necessário fazer essa explo-


ração, há uma grande variedade de limpadores Agora, depois de observarem as regiões por onde passaram os para-
-brisas nas imagens abaixo, desenhem palhetas e setas para indicar a

de para-brisa nos quais o posicionamento e o direção e o sentido do movimento.

movimento das palhetas podem ser observados.

Nas atividades propostas, os alunos têm que


imaginar o posicionamento das palhetas e o
sentido de seu movimento.

As indicações abaixo exemplificam a posição


das palhetas e o sentido do giro no primeiro de-
safio, de modo a “limpar” as regiões indicadas.

4 4

Veículos, como os ônibus, têm limpador somente no lado do motorista.


No exemplo abaixo, os pontos vermelhos indicam o limite lateral que a
palheta do limpador pode atingir. E o ponto externo do para-brisa indica
onde fica o motor que gira o limpador. Desenhem a palheta e a região
“varrida” por ela.

No desafio seguinte, os alunos devem esboçar a


região “varrida” pela palheta de um para-brisa
que limpa somente a visão do motorista, como
Um qUadrilátero especial
nos ônibus. Vocês sabiam que o paralelogramo é um quadrilátero cujos lados
opostos têm a mesma medida?

Com seus colegas de equipe, construam um paralelogramo usando duas


vigas 1x15, duas vigas 1x9 e quatro conectores.

4 5

61
ANALISAR
A estrutura do paralelogramo como um sistema
articulado é um detalhe importante na cons-
B D
trução da estrutura do limpador de para-brisa.

Oriente os alunos nas atividades. Proponha


uma discussão sobre o significado da palavra
paralelogramo, mesmo que não cheguem à A C

resposta correta imediatamente. Incentive-os


também a buscar informações no dicionário ou
em outros materiais. B D

O paralelogramo é um quadrilátero que, como


o próprio nome indica, tem os lados paralelos A C
dois a dois. A partir da montagem, observe
com os alunos que, se os lados opostos de um
quadrilátero são iguais, seus lados opostos são
Espera-se que eles reconheçam a estrutura
necessariamente paralelos.
do paralelogramo na montagem do limpador
de para-brisa e verifiquem que esta estrutura
Solicite que movimentem o paralelogramo que
garante que as palhetas se movimentem em
eles construíram, observando a posição relativa
sintonia e em paralelo.
dos lados e a variação dos ângulos internos e
externos.

Os alunos devem perceber as relações de para- analisar


lelismo e também o fato de que há uma compen-
Pronto? Agora, movimentem-no com as mãos. O que vocês observam?
sação na abertura dos ângulos internos. A soma
de dois ângulos consecutivos do paralelogramo
deve ser sempre igual a 180º. Esta propriedade
pode ser percebida pela manipulação da estru-
tura formada por vigas do kit LEGO®, mas não
deve ser formalizada no Ensino Fundamental 1.
A seguir, retomando o limpador de para-brisa por vocês construído,
respondam:

Que função o paralelogramo desempenha neste


mecanismo? dica: A resposta
está na própria
palavra.

Por que este quadrilátero se chama paralelogramo?

É possível ver um paralelogramo na construção?

62
CONTINUAR
Acompanhe os alunos na resolução do desafio
proposto.

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
Língua Portuguesa: A palavra para-brisa é
hifenizada. Aproveite para discutir com os alunos
outras palavras que são escritas com hífen e as
regras atuais sobre seu uso.

continuar
Agora, que tal vocês resolverem um desafio?

Imaginem que, em um dia de muita chuva, o limpador de para-brisa que


você e sua equipe construíram e instalaram em um veículo não consiga
dar conta de retirar a quantidade de água que está caindo.

O que vocês modificariam nesta construção para que o limpador de


para-brisa trabalhasse mais rápido?

7 7

63
situação-problema
Victor, que é um
jovem empresário, está
pensando em investir
no setor automobilístico.
Ele notou que, na
última década, o setor
se modernizou e os
automóveis também.
Com a intenção de lançar
um acessório de carros
inédito no mercado,
ele acaba de abrir um
concurso a todos os
interessados. Você e seus
colegas de equipe não
querem participar? Bom
trabalho e boa sorte!

A situação-problema apresentada nesta aula quando as equipes deverão expor seus proje-
exige que os alunos inventem um acessório tos, como se estivessem apresentando-nos ao
automotivo inédito no mercado. Aqui é impor- Victor. As perguntas a seguir podem auxiliar as
tante retomar com eles, portanto, a definição de equipes a elaborar esta apresentação:
acessório estudada anteriormente. As perguntas
∙∙ O que vocês construíram?
a seguir podem auxiliá-lo nesta retomada:
∙∙ O mecanismo que vocês construíram atende
∙∙ Vocês gostam de carro? Do que vocês mais
às exigências do concurso? Como?
gostam nos carros?
∙∙ Como este mecanismo funciona?
∙∙ Vocês sabem o que são acessórios automo-
tivos? E a diferença entre peça e acessório, ∙∙ Quais os pontos fortes do projeto de sua
vocês sabem? equipe?

∙∙ Ele apresenta algum ponto fraco? Qual?


Uma opção para tornar a atividade mais inte-
ressante é elaborar com os alunos na lousa uma Ao término das apresentações, você pode sugerir
relação de todos os acessórios automotivos por aos alunos que escolham um representante por
eles conhecidos, relacionando inclusive para que equipe. Explique que estes representantes for-
serve cada um deles. A ideia é que, conside- marão a comissão avaliadora do concurso que
rando os acessórios já disponíveis no mercado, julgará os projetos avaliados, considerando seus
as equipes comecem a planejar seus projetos. pontos fortes e fracos, e selecionará um vencedor.
Afinal, é preciso que o protótipo de acessório
automotivo que eles planejarão seja inédito. Ao final, solicite aos alunos que desmontem
suas construções e organizem seus kits LEGO®.
Outra opção é sugerir às equipes que mante-
nham seus projetos em segredo. Eles serão Possível solução: Um acessório automotivo
revelados apenas no momento da apresentação, inédito.

64
EQUILIBRISTA

PARA COMEÇO DE CONVERSA


Objetivos da aula
∙∙ Construir um boneco equilibrista com peças
do kit LEGO®.
∙∙ Investigar situações de equilíbrio por meio
da construção.
∙∙ Observar que nas montagens simétricas o ponto de
apoio para o equilíbrio fica no centro geométrico.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Simetria.
∙∙ Equilíbrio.
∙∙ Centro de massa.

Competências em foco
∙∙ Resolver problemas.
∙∙ Modelar.
∙∙ Argumentar.

Desenvolvimento da aula
No início da aula, os alunos observam imagens de situações que envolvem a noção de
equilíbrio e discutem este conceito. Para entender na prática esta função, eles constroem
um aparato com peças do kit e observam os fatores que determinam uma situação de
equilíbrio. Depois, eles montam o boneco equilibrista e analisam seu desempenho na
descida em uma corda bamba feita com barbante. Por fim, analisam a importância do
lastro e levantam hipóteses sobre o boneco equilibrista a partir de algumas modificações.

Ponto de atenção
Acompanhe os alunos de maneira mais próxima durante o encaixe das vigas em “L”, que
representam as “pernas” do equilibrista. Se elas não forem colocadas na posição correta,
o movimento das pernas do boneco e o sistema como um todo podem ser afetados.

65
CONECTAR
Nesta parte da aula, os alunos conversam sobre
diferentes atividades e situações em que a ideia conectar
de equilíbrio está presente.
EQUILIBRISTA
Você já tentou andar sobre uma perna só? Ou equilibrar um objeto na
Você pode ampliar as conexões analisando ou- palma de apenas uma das mãos?

tros exemplos que sejam significativos para Manter o equilíbrio é muito importante para as tarefas do dia a dia.
Mesmo quando estamos só andando, por exemplo, precisamos nos

os alunos desta faixa etária, como: andar de equilibrar sobre os pés para não cairmos.

O equilíbrio também é necessário em diversas atividades profissionais e


skate, equilibrar um livro na cabeça, caminhar até mesmo na hora de brincar.

sobre uma linha traçada no chão, andar sobre


uma mureta observando o que acontece com
os braços, equilibrar uma régua com o dedo
indicador, brincar de gangorra etc.

Além das atividades diárias que exigem equilí-


brio, há um destaque para as profissões circen-
ses, em que equilibrar objetos ou equilibrar-se
durante um movimento mais complexo é um
grande desafio.

conectar
Converse com os seus colegas e responda:

Em que situações a ideia de equilíbrio está presente no dia a dia?

Por que o equilíbrio é importante para as pessoas?

Você já assistiu a uma apresentação de circo? A maioria dos números


circenses exige bastante equilíbrio dos artistas, o que não é uma tarefa
simples, mesmo para um equilibrista.

66
CONECTAR CONSTRUIR
Os alunos também devem perceber que, em Antes da montagem do boneco equilibrista,
situações de equilíbrio, o transporte de mate- proponha a construção do sistema sugerido
riais, por exemplo, fica mais fácil. para que os alunos explorem algumas situações
relacionadas à noção de equilíbrio.
Se possível, proponha situações práticas em
que os alunos tenham a oportunidade de fazer
essas observações. Eles podem atravessar a
sala de aula de um lado para o outro seguran-
do um lápis em uma das mãos e uma mochila
na outra, por exemplo. Depois, eles fazem o
mesmo percurso segurando dois objetos de
mesmo peso, um em cada mão. No final, eles
relatam como foi essa experiência, quais as
dificuldades que tiveram em cada caso etc.

construir
Você já tentou
carregar, ao mesmo
tempo, um objeto
bem pesado em Agora que vocês já observaram o equilíbrio em diversas
uma das mãos e um situações, vamos construir um boneco equilibrista?
bem leve na outra
mão? Como você fez
Antes de começar, vamos explorar uma construção simples usando as
para se equilibrar
peças do kit LEGO®. Sigam as instruções para a montagem.
melhor?

Em situações assim e na apresentação de um equilibrista, por


exemplo, você pode perceber a aplicação do princípio do equilíbrio e
da distribuição simétrica de cargas, que será estudada ainda nesta
aula. Quanto mais equilibrada a distribuição das cargas, mais fácil será
manter o equilíbrio. Sistema em situação de equilíbrio.

Quando a montagem estiver pronta, movimentem a parte superior do


sistema que está apoiada somente na parte vertical. Observem que
a estrutura superior pode girar e balançar, mas não cai. Discutam em
equipe e respondam:

Por que este sistema fica em equilíbrio quando apoiado no ponto central?

3 4

67
CONSTRUIR ANALISAR
Oriente-os na construção do sistema e incenti- Verifique se as montagens foram feitas corre-
ve-os a explicar que características da monta- tamente, principalmente o encaixe e a posição
gem fazem com que o sistema permaneça em das vigas em “L”, que formam as “pernas” do
equilíbrio. Proponha que coloquem o aparato na boneco. A não observação exata da posição e
ponta do dedo indicador, percebendo a forma do encaixe dessas peças tem consequências
como ele se movimenta sem cair. Nessas obser- no movimento de pedalar que as “pernas” do
vações, os alunos podem começar a perceber boneco realizam.
que o equilíbrio tem a ver com a distribuição
de massas. Se possível, sugira aos alunos ou- Oriente também o encaixe das manivelas, que
tras montagens feitas com materiais de uso devem estar alinhadas em um ângulo de 180°.
cotidiano, que também fiquem em equilíbrio, Este posicionamento é importante, pois as ma-
por exemplo, uma rolha suspensa sobre uma nivelas funcionam como pedais e ficam presas
superfície estreita e espetada por dois garfos, nos pés do equilibrista.
um de cada lado, distribuindo igualmente as
massas.

analisar
O que aconteceria se o número de pneus nos dois lados do sistema fosse Agora vamos estudar um pouco como o boneco equilibrista funciona?
diferente? Utilizem um pedaço de barbante para servir de “corda bamba”. Prendam
um dos lados do barbante e estiquem-no na horizontal. O sulco da polia,
que se conecta aos pedais do boneco, deve ficar apoiado no barbante.

Em seguida, inclinem o barbante, fazendo o equilibrista descer sobre ele.

E se o tamanho dos braços de um dos lados da parte superior fosse maior?

Pronto, agora é hora de você e sua


equipe construírem um boneco
equilibrista que vai pedalar na
corda bamba.

Não se esqueçam de fotografá-lo


Vocês imaginam qual parte do boneco ajuda a manter seu equilíbrio?
quando a montagem estiver pronta!

VOCÊ SABIA...

...que existem muitas formas de construir sistemas em


equilíbrio? Para se equilibrarem na corda bamba, por exemplo,
os artistas de circo utilizam as mesmas estratégias presentes
na situação que você acabou de observar.

6
5

68
ANALISAR CONTINUAR
Incentive os alunos a criar montagens dife- Acompanhe os alunos na investigação do que
rentes, usando novas peças para resolver o pode ocorrer se o lastro for retirado ou subs-
problema proposto, e garanta a possibilidade tituído.
de as equipes compartilharem suas montagens
com a classe. Caso o lastro seja somente retirado, o sistema
vai ficar mais pesado em cima e, provavelmen-
te, o boneco equilibrista vai dar um giro e cair.
AMPLIANDO O TRABALHO
Se o lastro for substituído por alguma peça como
Ciências: Nesta construção, o conceito de cen- um ou mais pneus, o boneco só vai ficar “em
tro de gravidade é introduzido de maneira infor- pé” se a massa do(s) pneu(s) for maior que a
mal. É possível discutir com os alunos o fato de massa do boneco acima da linha do barbante.
que o boneco permanece equilibrado sobre o
fio porque o centro de gravidade da montagem Desafie os alunos a manter o boneco equilibrado
está em um ponto abaixo do ponto de apoio carregando pequenos objetos.
da polia sobre o barbante. Esta ideia pode ser
aprofundada explorando alguns brinquedos po-
pulares como o joão-teimoso (ou joão-bobo), um
boneco com a base arredondada que, por mais
que seja empurrado ou deitado, sempre volta
para a posição vertical, permanecendo em pé.
Isto ocorre porque a base do boneco, a parte
mais baixa, é mais pesada que toda a parte que
está acima, o que faz com que seu peso fique continuar
quase todo na parte inferior. O mesmo ocorre
Agora, vamos descobrir o que ocorre com o boneco equilibrista quando
no caso do boneco equilibrista, pois o lastro fica fazemos algumas modificações na montagem.

na parte inferior também. Se vocês tirarem o lastro (a parte mais pesada do


sistema) da parte de baixo do equilibrista, como
fica o equilíbrio?

Matemática: Caso seu planejamento considere


as medidas de comprimento e de massa, as pe-
ças utilizadas na montagem podem ser usadas O que acontece se vocês substituírem o lastro por outras peças ou
conjunto de peças?
para explorar esses conceitos.

Pendurem objetos nos braços do boneco de modo que ele mantenha o


equilíbrio enquanto desce pelo barbante.

Como vocês podem modificar esse sistema para que ele fique em
equilíbrio em outro ponto, fora do centro?

7 7

69
CONTINUAR
CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
Artes: Nas artes circenses e na dança, por
exemplo, é fácil observar situações em que
o equilíbrio está presente. Utilize cenas ou
mostre vídeos de apresentações de artistas
dessas áreas para ampliar essa observação.

Também vale a pena apresentar aos alunos


os móbiles, objetos de arte e de decoração
que ilustram de forma muito curiosa o uso
do equilíbrio. O artista americano Alexander
Calder (1898-1976) ficou famoso em todo o
mundo construindo móbiles. Se possível, mos-
tre alguns deles para os alunos, disponíveis
em: <http://bit.ly/1sYdSMv>. (Acesso: out. 2014.)

Educação Física: Existem muitas atividades


realizadas nas aulas desta disciplina que explo-
ram o equilíbrio do corpo e seus limites. Você
pode combinar com o professor responsável
por esta disciplina em sua escola e realizar
algumas atividades em parceria, possibilitando
aos alunos construírem novas relações entre
as duas áreas de estudo.

Língua Portuguesa: O significado das pa-


lavras que têm em comum o prefixo “equi”
(“igual”) como equilíbrio, equidistante e equi-
valente pode ser estudado em classe. Você
pode sugerir uma pesquisa de palavras com
este prefixo pelos alunos e propor temas para
uma produção escrita na qual essas palavras
façam parte do vocabulário.

70
situação-problema
Ronaldo, que é motoboy,
acaba de ser contratado
por uma empresa que faz
entregas. Em seu primeiro
dia de trabalho, ele foi
chamado para fazer uma
entrega de quatro galões
em sua moto, mas não
sabe como fazê-lo sem
cair, devido ao peso dos
galões. Vamos ajudá-lo?
O que você e sua equipe
poderiam construir para
ajudar o Ronaldo a fazer esta
entrega em sua moto e em
segurança?

Nesta situação-problema, instigue os alunos ∙∙ Que soluções vocês encontraram para ajudar
a compreender a dificuldade enfrentada pelo o Ronaldo?
Ronaldo e a pensar em possíveis soluções para
∙∙ Como a solução encontrada por sua equipe
ajudá-lo a fazer a entrega dos quatro galões em fará com que o Ronaldo realize a entrega dos
sua moto em segurança. As perguntas a seguir quatro galões em sua moto em segurança
podem orientá-lo nesta mediação: (isto é, sem cair)?
∙∙ O que faz a empresa que acabou de contratar ∙∙ Quando você e seus colegas de equipe deci-
o Ronaldo? E qual é a dificuldade que ele está diram por esta solução, vocês ficaram satis-
enfrentando em seu primeiro dia de trabalho? feitos ou procuraram outras soluções?
∙∙ Como você e seus colegas de equipe pode- ∙∙ Que peças do kit LEGO® vocês utilizaram
riam ajudar o Ronaldo? Alguma ideia? nesta solução?
∙∙ O que vocês poderiam construir para ajudar ∙∙ E como vocês se organizaram para solucionar
o Ronaldo a fazer esta entrega em sua moto este desafio?
em segurança?
Ao final, solicite aos alunos que desmontem suas
Incentive o diálogo e a troca de ideias entre construções e organizem seus kits LEGO.
os alunos e, então, peça que, organizados em
equipes, construam uma solução. Com as mon- Possível solução: Um suporte para galões adap-
tagens prontas, faça as seguintes mediações: tado para motos.

71
CATA-VENTO
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Relacionar o funcionamento do cata-vento à ação
do vento.
∙∙ Relacionar o funcionamento do cata-vento ao
moinho de vento e ao gerador eólico.
∙∙ Avançar na compreensão do funcionamento dos
moinhos de vento e dos geradores eólicos.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Noções de energia eólica.
∙∙ Energia de movimento (cinética).

Competências em foco
∙∙ Resolução de problemas.
∙∙ Modelar.
∙∙ Usar ferramentas.

Desenvolvimento da aula
No início da aula, os alunos discutem sobre a movimentação do ar em situações do dia a
dia e refletem sobre a ação do vento. A ideia é que, a partir desta reflexão, eles compreendam
o funcionamento do cata-vento e dos moinhos de vento. Na seção “Construir”, os alunos são
convidados a montar um cata-vento com as peças do kit.

Ponto de atenção
Atenção especial para a colocação das pás. Elas devem estar inclinadas para que o
cata-vento funcione corretamente.

72
CONECTAR
O tema inicial desta aula é o ar em movimento e
alguns objetos ou instrumentos que dependem
do vento. Essa reflexão vai ajudar os alunos a
compreender o funcionamento do cata-vento
que vão construir.

As imagens iniciais trazem algumas situações


em que a presença do ar é fundamental. A pro-
posta é que os alunos expliquem como o vento
age em cada caso. Sugira a eles que reflitam
sobre essas situações e troquem ideias com
os colegas. Estimule esta conversa lançando
questões como:

Por que o avião de papel se mantém


voando quando lançado?

O que faz com que a bolha de sabão fique


esférica? Por que ela sobe e depois
estoura?

Como o barco a vela se movimenta?

É importante que os alunos percebam que o


vento é fundamental em todas as situações
apresentadas, mesmo quando o funcionamento
do objeto é motorizado, como no caso do barco
a vela.

Leve os alunos a refletir sobre o fato de que


o vento é o ar em movimento e que, quando
sopramos um objeto (um apito, por exemplo),
estamos movimentando o ar, isto é, “fazendo”
vento para que o objeto funcione.

Em seguida, peça aos alunos que listem outros


brinquedos ou brincadeiras que dependem do
vento. A ideia é introduzir o cata-vento a partir
dessa listagem.

73
CONECTAR
Neste momento são apresentadas algumas
informações e curiosidades sobre os moinhos
de vento, utilizados em muitos países para pro-
duzir energia, moer grãos (daí o nome moinho),
drenar e irrigar áreas de plantação etc.

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES

Geografia: Você pode propor aos alunos que pes-


quisem os países que utilizam moinhos de
vento e quais os principais usos que são feitos
deles. A Holanda, por exemplo, tem belos moinhos
que são visitados anualmente. Caso os alunos
tenham curiosidade sobre esse assunto, com-
partilhe com eles o texto sobre as funções dos
moinhos de vento holandeses, disponível em:
<http://bit.ly/1vKLsmc>. (Acesso em: out. 2014.)

Língua Portuguesa e Literatura: Você também


pode propor um trabalho interdisciplinar a
partir da história de Dom Quixote de La Mancha,
de Miguel de Cervantes, que tem várias adap-
tações para esta faixa etária. Nesta história, o
personagem principal imagina que está lutando
contra moinhos de vento.

74
CONSTRUIR
Nesta seção, oriente os alunos durante a cons-
trução do cata-vento com as peças LEGO®. Você
pode sugerir a eles que dividam o trabalho de
montagem em etapas.

Quando o cata-vento estiver pronto, deixe que


eles brinquem um pouco e que observem o
funcionamento dele, percebendo na prática a
forma como o vento atua sobre o brinquedo.

75
ANALISAR
Nesta etapa, peça aos alunos que observem
como as pás do cata-vento giram. Pergunte a
eles o que aconteceria se elas não estivessem
inclinadas. Eles devem concluir que, se as pás
estivessem no mesmo plano, o vento não as
empurraria em uma direção que levasse ao
movimento circular esperado.

Espera-se que eles percebam também que o


cata-vento pode funcionar com pás de formatos
diferentes, desde que elas estejam inclinadas
e em posição simétrica em relação a todo o
sistema.

Um conceito importante que pode ser trabalha-


do com o cata-vento é o de simetria, principal-
mente a simetria de rotação. Leve-os a reco-
nhecer esta propriedade em outras situações.
Um material útil para explorar este tipo de ati-
vidade é o papel quadriculado. Proponha que
os alunos construam padrões com simetria de
rotação semelhante à do cata-vento.

Outra possibilidade é construir um cata-vento


com uma folha de papel colorido. Há um passo a
passo de construção de cata-vento bem simples
que você pode fazer com os alunos, disponível
em: <http://bit.ly/1tLoWaf>. (Acesso em: out. 2014.)

76
CONTINUAR
Nesta seção são propostas algumas sugestões
em que os alunos têm que modificar o cata-ven-
to original ou remodelá-lo. Na primeira delas,
espera-se que os alunos pensem na possibili-
dade de mudança da posição das pás.

Na segunda, as pás podem ser feitas em papel


colorido ou papelão e anexadas ao sistema do
cata-vento LEGO®.

Você pode sugerir, ainda, outros desafios como


este: são populares no Japão alguns cata-ventos
feitos de folhas finas de bambu, que produzem
um som enquanto giram. Como vocês modificari-
am seu cata-vento para que ele produzisse som?

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES

Língua Portuguesa: A palavra cata-vento é


escrita com hífen. Explore as regras de hifeniza-
ção nesta e em outras palavras com os alunos.
Geografia: Proponha aos alunos que pesquisem
sobre as regiões em que a influência do vento
no clima interfere na vida das pessoas, na ar-
quitetura e na economia da cidade, como, por
exemplo, em cidades litorâneas do Rio Grande
do Norte, do Ceará e do Rio Grande do Sul.
Nestas regiões existem parques eólicos com
muitos aerogeradores.

77
SITUAÇÃO-PROBLEMA

O desafio desta situação-problema é a cons- quais os eletrodomésticos que eles substituem.


trução com as peças do kit LEGO® da bate-
A seguir, oriente os alunos a planejar seus pro-
deira de que a Ana Maria precisa para mis-
jetos desenhando-os e, então, construí-los com
turar os ingredientes do bolo. Portanto, inicie
as peças do kit LEGO®:
esta conversa com os alunos verificando o
que sabem e/ou pensam a respeito deste ele- ∙∙ A montagem de sua equipe resolveu o
trodoméstico. As perguntas a seguir podem problema da Ana Maria? Como?
auxiliá-lo nesta conversa: ∙∙ O que vocês construíram?
∙∙ Como vocês planejaram esta construção? E
∙∙ Vocês sabem o que é uma batedeira e para
como vocês se organizaram?
que ela serve?
∙∙ Vocês encontraram dificuldades na seleção
∙∙ E como ela funciona, vocês sabem?
e/ou encaixe das peças ao fazer esta
∙∙ Vocês conhecem outros eletrodomésticos
construção? Quais? E como elas foram
que funcionem como a batedeira? Quais?
resolvidas?
∙∙ Vocês já ouviram falar nos robôs de
∙∙ Vocês ficaram satisfeitos com o resultado?
cozinha? Vocês sabiam que os robôs
de cozinha substituem a batedeira, o
Ao final, solicite aos alunos que desmon-
liquidificador, o processador e outros
tem suas construções e organizem seus kits
tantos eletrodomésticos?
LEGO.

Caso julgue interessante, apresente imagens Possíveis soluções: Uma batedeira ou robô de
disponíveis na internet dos robôs de cozinha cozinha.
aos alunos e explique a eles como funcionam e

78
VENTILADOR
PARA COMEÇO DE CONVERSA
Objetivos da aula
∙∙ Relacionar o funcionamento do cata-vento ao do ventilador.
∙∙ Identificar os aparelhos usados no dia a dia que se utilizam
do ar em movimento para funcionar.
∙∙ Construir um ventilador.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Noções de energia gravitacional.
∙∙ Energia de movimento (cinética).

Competências em foco
∙∙ Resolver problemas.
∙∙ Argumentar.
∙∙ Modelar.

Desenvolvimento da aula
No início da aula, os alunos discutem sobre aparelhos que dependem do ar para funcionar
ou que movimentam o ar de diferentes formas e comparam-nos com o ventilador. Depois,
eles vão construir um ventilador manual, observando seu funcionamento e a ação da lei
da gravidade. Por último, eles vão modificar a construção, motorizando o ventilador.

Ponto de atenção
Atenção especial para a peça lastro, que funcionará como o “motor” do ventilador antes de
ele ser motorizado.

79
CONECTAR
No início desta aula, os alunos são desafiados
a pensar e a registrar os aparelhos domésticos
que eles conhecem que fazem o ar se movi-
mentar. Aqui é interessante observar se eles
anotarão na tabela sugerida no fascículo do
aluno que a função destes aparelhos é fazer o
ar se movimentar. Caso afirmativo, estimule-os
a pensar qual a função destes aparelhos: secar
os cabelos, aspirar o pó, ventilar o ar.

Uma opção interessante é retomar com os alu-


nos, antes ou depois da atividade sugerida,
como julgar melhor, a estrutura e o funciona-
mento dos cata-ventos. Converse com eles, por
exemplo, sobre as diferenças que há entre um
cata-vento, cujas hélices são movidas pelo ven-
to, e um ventilador, que possui um mecanismo
próprio para fazer girar suas pás.

Enquanto o cata-vento pode utilizar a força do


vento e produzir energia suficiente para mover
um moinho, por exemplo, os ventiladores são
usados em lugares que necessitam do ar em
movimento, principalmente para refrescar o
ambiente.

80
CONECTAR
Explore também com eles o funcionamento de
outros aparelhos que movimentam o ar, como
secadores de cabelo e aspiradores de pó. Esses
aparelhos têm funções diferentes das funções
de um ventilador, mas todos se utilizam do
ar em seu funcionamento. Aliás, o secador de
cabelo possui um pequeno ventilador interno
em sua estrutura para fazê-lo “soprar” o ar que
seca os cabelos.

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES

História: Oriente os alunos a pesquisar dife-


rentes invenções e a construir uma tabela para
representar os dados obtidos. Por exemplo:

OBJETO
DATA DE SUA INVENÇÃO
Ventilador elétrico
1882
Aspirador de pó
1902
Ar-condicionado
1914
Secador de cabelo
1920

A seguir, você pode ajudá-los a calcular a di-


ferença de tempo que há entre cada uma das
invenções e a construir uma linha do tempo.

81
CONSTRUIR ANALISAR
Nesta construção, oriente e acompanhe a colo- Após a montagem, dê um tempo para que os
cação adequada do lastro, que será o respon- alunos explorem o ventilador de forma menos
sável pelo movimento das pás do ventilador e direcionada. Observe: o que eles fazem? O que
das engrenagens. investigam? Quais são suas curiosidades? O
que estão descobrindo?

82
ANALISAR
A partir da exploração inicial, pergunte aos alu-
nos: o que está movendo o ventilador? Socialize
as hipóteses e os argumentos. É possível que
eles façam referência ao lastro.

É provável que os alunos desta faixa etária não


saibam o que é a força da gravidade, mas já te-
nham ouvido falar dela. As perguntas propostas
na seção podem ajudá-los a refletir sobre esta
força, levando-os a explicar por que os objetos
caem em direção ao chão quando são soltos.

Sugira que troquem o lastro por outras peças


e observem o que acontece: o que muda? A
velocidade? O tempo de giro? A força do vento?
Proponha então que pensem sobre o que podem
fazer para que o ventilador funcione por mais
tempo. Convide-os a explorar possibilidades de
mudança do mecanismo.

Uma possível solução para mover as hélices do


ventilador por mais tempo é colocar o meca-
nismo na beira da mesa para que o peso tenha
uma distância maior para percorrer (cair).

83
CONTINUAR
Nesta etapa final, leve os alunos a observar que
os ventiladores domésticos (e industriais) são
movidos por um motor, que é alimentado por
energia elétrica, pilhas ou baterias. E então
proponha a eles que motorizem o ventilador.

84
SITUAÇÃO-PROBLEMA

A situação-problema apresentada nesta aula Uma opção é listar as soluções encontradas


convida os alunos a refletir sobre a poluição pelas equipes na lousa e sugerir aos alunos
do ar e exige que eles pensem e troquem que analisem os pontos fortes e os pontos
ideias que possam contribuir para o projeto fracos de cada uma das propostas. Com base
dos irmãos Kevin e Kaique. Aqui é importan- nesta análise, incentive-os a elaborar um
te, portanto, auxiliar os alunos a compreen- projeto coletivo, resolvendo os pontos fracos
der o projeto que o Kevin e o Kaique preten- apontados e aprimorando os pontos fortes
dem desenvolver. Trata-se também de uma enunciados. Quando as montagens estiverem
excelente oportunidade de conversar com prontas, estimule os alunos a compartilhar esta
eles a respeito da poluição do ar e de como experiência:
combatê-la. As perguntas a seguir podem au-
∙∙ Como foi elaborar um projeto coletivo?
xiliá-lo nesta conversa:
∙∙ Que dificuldades vocês encontraram na
∙∙ Vocês já pararam para pensar sobre a elaboração coletiva deste projeto? Como
poluição do ar? elas foram resolvidas?
∙∙ A qualidade do ar da cidade em que vocês ∙∙ Vocês ficaram satisfeitos com o resultado?
moram é um motivo de preocupação? Por ∙∙ O que vocês construíram, afinal? Como
quê? esta construção contribuiu para o projeto
∙∙ Preocupados com a qualidade do ar de dos irmãos Kevin e Kaique?
sua cidade, os irmãos Kevin e Kaique
resolveram desenvolver o projeto de Ao final, solicite aos alunos que desmontem
um carro limpo. Vocês sabem o que isso suas construções e organizem seus kits LEGO®.
significa?
Possível solução: Um carro.
∙∙ Vocês têm alguma ideia que possa
contribuir para o projeto do Kevin e do
Kaique? Vamos planejá-la?

85
PÁSSARO BATEDOR DE ASAS

PARA COMEÇO DE CONVERSA


Objetivos da aula
∙∙ Construir um pássaro batedor de asas, inspirado
em um brinquedo popular similar.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Simetria.
∙∙ Uso da excêntrica (ângulo entre as excêntricas).
∙∙ Diâmetro de uma roda.
∙∙ Ângulos de duas semirretas (00, 900 e 1800).

Competências em foco
∙∙ Modelar.
∙∙ Resolver problemas.
∙∙ Argumentar.
∙∙ Comunicar.

Desenvolvimento da aula
No início desta aula, os alunos discutem sobre diversos tipos de brinquedos. Depois,
constroem um pássaro batedor de asas com as peças do kit LEGO®. Após a montagem, eles
observam o pássaro em funcionamento, analisando as peças que são fundamentais para
fazer com que o pássaro bata as asas. Discutem também aspectos como, por exemplo,
a geometria da construção do brinquedo. Por último, os alunos modificam o pássaro,
produzindo outros efeitos e observando-os.

Ponto de atenção
Atenção especial para o uso da peça excêntrica na construção do pássaro.

86
CONECTAR
Esta seção introduz o tema da aula por meio
de uma conversa sobre brinquedos. Lance as conectar
questões sugeridas no fascículo do aluno e esti-
PÁSSARO BATEDOR DE ASAS
mule as crianças a registrar o que é brincar para
Você gosta de brincar?
elas. A seguir, explore com elas a reprodução Você conhece alguém que não goste? Parece ser impossível não gostar,

dos brinquedos com os quais as crianças na não é?

Mas o que é brincar para você? Converse com seus colegas de equipe a
Grécia Antiga brincavam. A ideia aqui é des- este respeito e anote aqui suas ideias.

tacar que a história do brinquedo e tão antiga


quanto a história do ser humano, e levar os
alunos a notar que ambos os briquedos têm a
forma de animais.
Você pode não acreditar, mas a história do brinquedo é tão antiga
quanto a história do ser humano. Vestígios e registros comprovam esta
Converse com os alunos sobre que tipos de antiguidade. Veja alguns exemplos:

brinquedos eles têm ou já tiveram com forma


de animal. Você pode fazer com eles uma ta-
bela coletiva, separando os brinquedos citados
por tipo (artesanal, industrializado, eletrônico,
robótico) ou por material (madeira, plástico,
tecido, pelúcia). Este é um antigo cavalo de brinquedo
que hoje faz parte do acervo do Museu
Este também é um antigo pássaro de
brinquedo. Estima-se que ele tenha
Arqueológico de Kerameikos, em sido construído na Grécia Antiga, no
Atenas, Grécia. século V a.C.
1
Neste momento, você pode ampliar a conversa
propondo a eles que pensem também a respeito
dos personagens de desenhos animados que
têm a forma de animal ou são, de fato, animais. conectar
Você notou que estes brinquedos têm a forma de animais?

Que outros brinquedos você conhece que também têm a forma de


animais? Você tem algum? De que material ele é feito?

Converse com seus colegas de equipe a este respeito. Depois, registre


aqui o seu brinquedo preferido.

Há brinquedos em forma de animais de todos os materiais: madeira,


plástico, tecido, pelúcia...

E por falar em pelúcia, este é o Teddy Bear, o


primeiro bicho de pelúcia. Ele foi inventado na
Alemanha no ano de 1903.

87
CONECTAR CONSTRUIR
Sugira uma discussão sobre brinquedos popu- A versão artesanal do pássaro que bate asas é
lares ou artesanais, como o burrico que move feita em madeira. Ele bate asas quando empur-
partes do corpo e o pássaro que bate asas. rado por uma vara de pau. Esta vara é ligada
a um eixo com rodas, que são conectadas às
Se possível, leve alguns desses brinquedos para asas por meio de um arame.
a sala de aula. Deixe que os alunos brinquem
um pouco e que tentem explicar como eles Os alunos devem usar as peças do kit para
funcionam. construir a versão LEGO® do pássaro batedor
de asas. Uma das diferenças do brinquedo cons-
Aproveite para conversar também sobre brin- truído pelos alunos em relação ao brinquedo
quedos mecânicos e até brinquedos robóticos, popular é a forma de empurrar o pássaro: por
como o que aparece no fascículo do aluno. meio de um sistema de vigas conectadas rente
às rodas, o que permite que o brinquedo seja
utilizado em cima de uma mesa, por exemplo.

construir

O desafio de sua equipe hoje será construir um pássaro


mecânico que bata as asas usando as peças do kit LEGO®.

Para construir este brinquedo, você e sua


Este é um robô cachorro, Estas vaquinhas artesanais são feitas de madeira equipe devem seguir as instruções de
ou seja, um robô em e pintadas à mão.
forma de cachorro. montagem.

Dividam o trabalho em etapas,


escolhendo quem vai separar as peças
que serão utilizadas na construção: vigas,
conectores, engrenagens etc.

Não se esqueçam de fotografar o pássaro


depois de pronto!
Este é o pássaro batedor de asas
que intitula esta aula. Ele também
é feito de madeira pintada à mão.
Você já brincou com algum?

VOCÊ SABIA...

...que até a década de 1940 os


brinquedos LEGO® também eram
feitos de madeira? Foi somente no
fim desta década que os primeiros
blocos encaixáveis de plástico
passaram a ser vendidos.

3 4

88
ANALISAR
Leve os alunos a refletir sobre a estrutura do
pássaro batedor de asas de madeira. Pergunte
a eles que elementos da construção produzem
a batida das asas enquanto o pássaro é deslo-
cado pelo chão.

Os alunos devem perceber que o que produz


o efeito de levantar e abaixar as asas é o fato
de que as rodas estão conectadas a um ponto
fora do centro delas e próximo da circunferência
de contorno.

Proponha uma comparação do mecanismo do


brinquedo popular com o brinquedo construído
com as peças LEGO®.
analisar
Problematize a atividade a partir das questões
Quando a construção do pássaro batedor de asas
apresentadas no fascículo do aluno. Chame a estiver pronta, coloquem-na para funcionar e
observem como ela funciona.
atenção deles para o uso da peça excêntrica, As asas batem como vocês imaginavam?

que cumpre o mesmo papel da haste de metal


ligada à roda do brinquedo de madeira.
Quais peças são essenciais para fazer com que o
pássaro de brinquedo bata as asas?

Desafie os alunos a montar e a contar o número


de vezes que o pássaro construído bate as asas O que acontece com o movimento das asas quando o pássaro é
empurrado para a frente? E quando é puxado para trás?
em um determinado percurso ou intervalo de
tempo em função de sua estrutura e do posi-
Quando a roda dá uma volta completa, quantas vezes o pássaro bate as
cionamento das excêntricas. asas? E quando ela dá duas voltas? Anotem o número de batidas da asa
de acordo com o número de voltas da roda.

Incentive-os a explorar o posicionamento das Voltas completas da roda número de batidas da asa

excêntricas em ângulos diferentes e a observar


1
2

seu efeito no número de batidas de asas. 3


4
5
6

O que vocês observaram a partir dos dados da tabela?


5

89
ANALISAR CONTINUAR
Nesta etapa, proponha aos alunos que modifi-
AMPLIANDO O TRABALHO quem o pássaro construído a fim de que produza
outros efeitos ao ser acionado.
Ciências e Matemática: Proponha uma ob-
servação dos pássaros a partir de imagens, por Peça que expliquem o que acontece com a fre-
exemplo. De modo geral, o corpo dos pássaros quência de batidas em um percurso ou inter-
tem um formato muito especial que lhes per- valo de tempo fixado. Eles podem imaginar ou
mite superar a resistência do ar para que eles mesmo construir o pássaro apoiado em rodas
se mantenham em voo. Tal forma é imitada na com diâmetros maiores ou menores que o da
construção de aviões e carros de corrida. Cha- montagem sugerida.
me a atenção dos alunos para estes aspectos.
Depois da modificação, deixe que eles obser-
Depois, pergunte a eles se, de modo geral, os vem o que acontece com o pássaro a partir
pássaros são simétricos. A simetria também é das perguntas propostas no fascículo do aluno.
um fator importante para o equilíbrio durante
o voo. Chame, portanto, novamente a atenção
dos alunos para a simetria do pássaro construído
com as peças LEGO®.

analisar continuar
Você já deve ter observado pássaros de verdade em movimento. Que Vocês podem fazer algumas modificações no seu pássaro batedor de
forma eles têm? Essa forma é simétrica? asas para que ele funcione de outras formas. Vamos começar?
Na montagem do seu pássaro feito com peças LEGO , há duas partes
®
Primeiro, modifiquem seu pássaro para que as asas batam mais
iguais? Quais são elas?
lentamente.

Quantas batidas de asas o pássaro dá quando faz um percurso de 2


metros?

Quantas voltas completas a roda dá neste percurso?


O pássaro que você construiu é simétrico?

Agora, modifiquem seu pássaro para que suas asas batam mais
rapidamente.

Quantas batidas de asas ele dá quando faz um percurso de 2 metros?


As asas dos pássaros, tal como seus corpos, são cobertas por penas.
Dependendo da espécie, eles podem ter entre 1.000 e 25.000 penas
espalhadas pelo corpo, formando uma espécie de “leque” muito
resistente ao vento. Quantas voltas completas a roda dá neste percurso?

VOCÊ SABIA...

...que as asas dos aviões foram


inspiradas nas dos pássaros? Este
formato faz com que o ar que passa
por cima das asas tenha pressão
inferior ao que passa por baixo,
mantendo o avião no ar.

6
7

90
CONTINUAR
CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
Artes: Explore a relação entre os brinquedos po-
pulares e a cultura popular. Há muitas cantigas,
pinturas e histórias que têm como tema esses
brinquedos. Além disso, é possível trabalhar
em parceria com os professores de Artes, cons-
truindo brinquedos populares que se utilizem
de mecanismos semelhantes aos do pássaro
batedor de asas.

AMPLIANDO O TRABALHO
Ciências: O estudo de animais, em especial o
das aves, desperta o interesse e a curiosidade
dos alunos. Aproveite para propor uma pesquisa
sobre variadas espécies de aves e suas caracte-
rísticas. Se possível, mostre algum livro ilustrado
que trate de diferentes espécies de aves.

91
situação-problema
Carolina está muito empolgada com a feira de ciências que acontecerá este ano em sua
escola, afinal, animais são o tema e ela adora animais. Mas a Carolina ainda está indecisa
quanto a que animal escolher para desenvolver seu projeto. Você e seus colegas de equipe
têm alguma sugestão para a Carolina? Que animal vocês escolheriam? Vamos construí-lo?
Mas atenção: é preciso que este animal tenha algum movimento.

O desafio desta situação-problema é a construção se todas elas construirão o mesmo animal para
com as peças do kit LEGO de um animal que ® depois avaliar a solução encontrada por cada uma
tenha movimento. Você pode tornar a atividade delas. Independentemente do combinado com a
mais divertida jogando uma versão adaptada da turma, quando as montagens estiverem prontas,
brincadeira “Stop” com os alunos, depois de tê-los estimule os alunos a apresentar as soluções en-
auxiliado a compreender o desafio proposto. contradas à classe. As perguntas a seguir podem
orientá-los nesta apresentação:
Para tanto, distribua uma folha sulfite a cada equi-
∙∙ Que animal vocês construíram? Como vocês
pe e explique a elas como funciona o jogo. Diga que
o construíram? Que peças vocês utilizaram?
você sorteará uma letra e então todas as equipes
deverão anotar na folha o nome de um animal ∙∙ Como vocês se organizaram para construí-lo?
iniciado com a letra sorteada. Você pode dizer às ∙∙ O animal construído por vocês realiza o mes-
equipes que elas terão apenas 10 segundos (ou mo movimento que o animal real faz?
mais ou menos tempo, como julgar mais apro-
∙∙ Caso afirmativo, como vocês planejaram este
priado) para pensar e anotar o nome do animal.
movimento? Que peças foram necessárias
para consegui-lo?
A ideia é relacionar o nome de diversos animais
com os alunos por meio desta brincadeira e de- ∙∙ Caso negativo, que modificações vocês po-
pois avaliar com eles como cada um dos animais deriam realizar na montagem para conseguir
relacionados se movimenta e quais destes animais este movimento?
eles conseguiriam ou gostariam de construir com
as peças do kit LEGO, considerando o movimento Ao final, solicite aos alunos que desmontem suas
que eles realizam. construções e organizem seus kits LEGO.

Você ainda pode combinar com as equipes se cada Possível solução: Um animal que tenha movi-
uma delas escolherá um animal para construir ou mento.

92
VARA DE PESCAR

PARA COMEÇO DE CONVERSA


Objetivos da aula
∙∙ Construir um aparato que se assemelhe a
uma vara de pescar para aprofundar o
conhecimento sobre alavancas.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Alavanca, torção, tração, atrito.
∙∙ Transmissão de movimento.
∙∙ Medida de comprimento.

Competências em foco
∙∙ Modelar.
∙∙ Argumentar.

Desenvolvimento da aula
No início da aula, os alunos conversam sobre peixes e pescaria, compartilhando o que
sabem sobre métodos de pesca e conhecendo mais sobre eles. Depois, eles constroem
uma vara de pescar e discutem seu funcionamento, relacionando-o às peças utilizadas. Por
último, eles modificam a vara de pescar para que ela se torne mais eficiente, aumentando
tanto seu alcance como a velocidade de recolhida da linha.

Ponto de atenção
Atenção especial para a colocação correta da linha no carretel.

93
CONECTAR
Nesta aula, os alunos vão construir uma vara
de pescar. Como introdução ao tema principal, conectar
abordamos a pesca e a importância dos peixes
VARA DE PESCAR
na alimentação.
Qual seu prato predileto? Ele
inclui peixe ou algum outro
fruto do mar?
Organize uma discussão em que os alunos fa- Você costuma comer peixe ou

lem o que sabem sobre peixes, contem quais frutos do mar? Eles fazem parte
da alimentação de sua família?

espécies conhecem e digam se os peixes fazem E você gosta de comê-los?

O que você sabe sobre os


parte da alimentação deles no dia a dia. peixes?

Você sabia, por exemplo, que o


peixe ao lado é um salmão?
O tema da aula é voltado ao peixe como ali-
mento. Mas, se achar pertinente, comente que Converse com seus colegas a respeito e registre aqui suas ideias.

muitas pessoas criam peixes em casa, como


bichos de estimação, e que existem aquários
de ornamentação e aquários públicos com fi- O peixe está presente no cardápio dos seres humanos há milhares de
anos. Além de saboroso, ele é rico em proteínas, vitaminas e outros
nalidades educativas e científicas. nutrientes que fazem muito bem para a saúde.

Continue a conversa sobre o tema da pescaria,


levando os alunos a refletir sobre como os seres
humanos desenvolveram métodos de pesca, das
1
varas de pescar mais simples feitas de bambu,
linha e anzol, até os modernos barcos de pesca.
conectar
Se houver oportunidade, converse sobre tra-
A pescA
tados de pesca que impõem limites à pesca Para que o peixe sirva de alimento às pessoas, é preciso pescá-los.
comercial e outros que têm como princípio a Por essa razão, a pesca é uma importante atividade e é praticada de
diferentes maneiras e com o uso de variados instrumentos, como varas
preservação da fauna dos oceanos, rios e lagos. de pescar, armadilhas, redes, entre outros. Alguns povos, inclusive,
produzem suas próprias armadilhas, utilizando o bambu, por exemplo,
como matéria-prima. Veja:

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
História e Geografia: Os peixes têm uma forte
presença na culinária indígena. Aproveite para
Armadilha utilizada no
falar sobre os valores da cultura indígena, seus lago Inle, Myanmar.

ornamentos, rituais e instrumentos, como os


utilizados na caça e na pesca.

Amardilha utilizada no
rio Khong, Laos.

E você, já pescou algum peixe ou foi a alguma pescaria? Compartilhe


esta experiência com os colegas.
2

94
CONECTAR
Converse com os alunos sobre as partes que
compõem a vara de pescar e sobre sua evolu-
ção tecnológica, seja na estrutura (molinete/ Inspiradas nas armadilhas artesanais, outras com estrutura de

carretilha), seja na resistência de materiais metal e rede, feitas com materiais sintéticos, como o náilon,
também são fabricadas.
utilizados na sua fabricação (bambu, fibra de
carbono, náilon etc.).

Comente que os formatos da vara de pescar


podem variar em função do tipo de peixe a ser
pescado. Ainda conversando com os colegas, que tal pensar em como os peixes
que seus familiares compram na feira ou no mercado são pescados?
Com que técnicas ou instrumentos? Alguma ideia?

Se houver tempo disponível e interesse dos Então, observe a imagem a seguir e registre aqui suas hipóteses.

alunos, aproveite para explorar paralelamente


outras estruturas que se assemelhem à da vara
de pescar, como carretilhas utilizadas para em-
pinar pipas ou gruas que empregam o princípio
da alavanca para “pescar” (içar) objetos na
construção civil.

Aproveite as informações do boxe “Você


3
sabia...” para abordar também as medidas de
comprimento e massa de outros peixes e o
formato físico que permite que eles nadem
com velocidade. A estrutura física de muitos conectar
peixes inspira o desenvolvimento de trajes de A pesca em larga escala utiliza grandes barcos e outras tecnologias.

natação, veículos marinhos e máquinas para Mas é necessário saber a época certa para realizá-la, de modo a evitar o
desequilíbrio na população de peixes.

finalidades variadas. Para a pesca em quantidades pequenas, as varas de pescar ainda são
muito utilizadas. As mais simples são feitas com bambu, linha e anzol.
Mas há outras que usam uma carretilha para enrolar a linha e são
fabricadas com materiais resistentes para suportar o peso de um peixe
grande sem quebrar.

E por falar em peixe grande...

VOCÊ SABIA...

... que o maior peixe dos mares é


o tubarão-baleia, que pode ter 18
metros de comprimento e pesar 13
toneladas?

Muita gente pensa que o maior peixe do mundo é a baleia. Mas as


baleias não são peixes, e sim mamíferos.
4

95
CONSTRUIR ANALISAR
Na construção da vara de pescar, chame a aten- Acompanhe e oriente os alunos para que che-
ção para as peças utilizadas e suas funções: as guem às conclusões necessárias nesta etapa.
vigas e os conectores; as polias com função de Eles devem reconhecer a importância dos co-
roldanas; a manivela com função de alavanca; nectores usados na montagem para dar rigidez
as engrenagens que permitem o controle do à estrutura da vara, perceber que as polias
movimento; e a colocação da linha de içamento têm função de roldanas e relacionar as voltas
no carretel. da manivela ao comprimento da linha içada
ou recolhida.

construir analisar
Depois que a vara de pescar construída por vocês estiver pronta, tentem
“pescar” objetos na sala de aula e observem como ela funciona.

O desafio de hoje será construir uma vara de pescar Quantas voltas vocês precisam dar na manivela para enrolar
com as peças do kit LEGO®. aproximadamente 1 metro de linha?

Você e sua equipe vão usar vigas, conectores, engrenagens e a


manivela, que, juntos, terão a mesma função de uma carretilha.

O que acontece se vocês trocarem as duas engrenagens de posição?


Vocês vão conseguir enrolar a linha de forma mais rápida ou mais lenta?

5 6

96
ANALISAR CONTINUAR
Nesta etapa, os alunos deverão modificar a
AMPLIANDO O TRABALHO vara de pescar construída para que ela possa
recolher a linha com menos esforço e de forma
Matemática: Ajude os alunos no cálculo de 1 mais rápida que a da construção original.
metro de linha e aproveite para trabalhar com
noções de medidas, relacionando-as a situações A proposta pode ser bem-sucedida com o uso
familiares. Veja alguns exemplos: de roldanas. Eles também deverão aumentar o
comprimento da vara de pescar com as peças
Objeto ou distância com tamanho do kit LEGO.
Metragem
aproximado
Comprimento da régua escolar; largura
30 centímetros Proponha brincadeiras com desafios de arremes-
da tampa da caixa do kit LEGO®.
Altura da mesa escolar; comprimento so de isca ou de pesca de objetos, aumentando
0,5 metro
de um cachorro pequeno. gradualmente a distância entre os alunos e os
Altura de um cabo de vassoura; altura objetos.
1 metro média de uma criança entre quatro e
cinco anos.
Altura de um jogador de basquete;
2 metros
altura de uma porta.
Comprimento de uma sala; compri-
5 metros
mento de um automóvel grande.

10 metros Altura de um prédio de três andares.

Tamanho de uma quadra (quarteirão);


100 metros
comprimento de um avião grande.
Comprimento de um navio; compri-
300 metros mento de uma rua pequena com três
quadras. continuar
Agora, que tal vocês modificarem a vara de pescar construída para

Nesta faixa etária é esperado que os alunos que ela seja mais eficaz na hora da “pesca”?

Para isso, sigam essas sugestões:


desenvolvam o sentido de medida. Para isso, é
• Mudem o sistema de engrenagens para que a velocidade ao enrolar
importante colocá-los frente a situações em que a linha seja maior.

• Ampliem a vara de pescar, incluindo mais peças do kit, para que seu
tenham que comparar medidas diversas com anzol tenha um alcance maior.

outras já conhecidas, que sejam significativas de Observem o que aconteceu depois das modificações, conversem
sobre isso com os colegas das outras equipes e registrem tudo que foi
sua cultura ou que tenham aplicações factíveis observado por vocês.

relacionadas às suas experiências imediatas.

E não deixem de fotografar a vara de pescar que a sua equipe construiu!

97
situação-problema
Pontal é uma comunidade caiçara do litoral que vive da pesca, cuja praia é muito
procurada por turistas. Seus habitantes estão pensando em construir um restaurante onde
possam servir um prato muito apreciado pelos viajantes, que é peixe com farinha, e assim
incrementar a renda da comunidade. Animados com a ideia, os caiçaras já construíram
uma horta para plantar o milho, com o qual farão a farinha que pretendem servir no
restaurante. Mas para que possam inaugurá-lo, eles precisam descobrir como transformar
os grãos de milho em farinha. Será que você e seus colegas de equipe têm alguma ideia
para ajudar a comunidade de Pontal? Mãos à obra!

A situação-problema desta aula exige que os ∙∙ Agora que vocês já sabem como é o proces-
alunos compreendam o desafio apresenta- so de transformação de grãos de milho em
do, que é o de construir um mecanismo que farinha, o que vocês poderiam construir para
transforme grãos de milho em farinha. Aqui é ajudar a comunidade de Pontal?
importante, portanto, que você converse com
∙∙ Como vocês planejam construir este meca-
os alunos sobre este processo de transforma-
nismo? Utilizando que peças do kit LEGO®?
ção, de modo a verificar o que eles sabem e/ou
pensam a este respeito. As perguntas a seguir ∙∙ E como vocês pretendem se organizar nesta
podem auxiliá-lo nesta conversa: atividade?

∙∙ Vocês já experimentaram o prato que os


Deixe que os alunos, organizados em equipes,
caiçaras de Pontal pretendem oferecer aos
construam livremente as soluções por eles
turistas: peixe com farinha de milho? E vocês
imaginadas. Quando as montagens estiverem
gostaram?
finalizadas, oriente as equipes a apresentar as
∙∙ Vocês apreciam farinha de milho? E vocês soluções encontradas à classe:
gostam de comê-la com o quê?
∙∙ O que vocês construíram?
∙∙ Vocês já viram ou já ouviram falar como se
∙∙ Como vocês decidiram o que construir?
transforma grãos de milho em farinha? Como
vocês imaginam que seja este processo? ∙∙ A montagem de sua equipe resolveu o pro-
blema da comunidade de Pontal? Como?
Uma opção é explicar aos alunos como é este
processo e pedir a eles que desenhem-no de Ao final, solicite aos alunos que desmontem
modo a verificar se eles o compreenderam ou suas construções e organizem seus kits LEGO.
não. A seguir, instigue-os a planejar seus pro-
jetos, lançando questões como: Possível solução: Moedor de milho.

98
CAMINHÃO VARREDOR

PARA COMEÇO DE CONVERSA


Objetivos da aula
∙∙ Construir um caminhão varredor.
∙∙ Investigar formas de acoplar
dois eixos do caminhão construído
por meio de diferentes pares de engrenagens.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Transmissão de movimento.
∙∙ Direções: horizontal e vertical, longitudinal e transversal.
∙∙ Multiplicação e proporcionalidade: relação entre o número de dentes de duas
engrenagens e o número de giros realizados por meio delas quando acopladas.

Competências em foco
∙∙ Modelar.
∙∙ Resolver problemas.
∙∙ Argumentar.

Desenvolvimento da aula
No início da aula, os alunos são convidados a refletir sobre a problemática do lixo e da limpeza
nas grandes cidades. A ideia é introduzir algumas máquinas, como o caminhão varredor
de ruas, criadas para auxiliar os garis na limpeza das vias públicas. Na seção “Construir”,
as equipes são desafiadas a montar um modelo de caminhão varredor com as peças do kit
LEGO®. A seção “Analisar” propõe a investigação das relações entre o número de dentes
das engrenagens e os movimentos de rotação dos eixos aos quais elas estão acopladas
e uma reflexão sobre a transmissão do movimento. Por fim, os alunos são desafiados a
modificar o uso das engrenagens do varredor para satisfazer a determinadas condições e
a aperfeiçoar o seu formato para que a sujeira seja recolhida com mais eficiência.

Ponto de atenção
Esta montagem exige bastante atenção dos alunos e boa organização de cada equipe. Por
isso, antes de as equipes iniciarem a montagem, converse com elas, garantindo que os
procedimentos de seleção das peças e da montagem em si ocorram de forma organizada.

99
CONECTAR
A discussão apresentada inicialmente aborda a
problemática do lixo e da limpeza nas grandes conectar
cidades. A partir das questões propostas no fas-
CAMINHÃO VARREDOR
cículo do aluno ou das sugeridas a seguir, ouça Você costuma ajudar seus familiares nas tarefas de casa? Em quais?

o que os alunos já sabem em relação ao tema: Com que frequência?

Deixar a casa limpa nem sempre é uma tarefa fácil, não é?

Já imaginou, então, o quão difícil é deixar uma cidade inteira, como a


de São Paulo ou a do Rio de Janeiro, limpa?

Afinal, como você já deve ter observado, as ruas são varridas por

Quem é o responsável pela limpeza e profissionais que as limpam, os garis.

organização de suas casas?


Imagine, com seus colegas de
equipe, quanto tempo um gari

O que vocês fazem para contribuir com levaria para varrer uma avenida
como a Brasil, na cidade do

estas tarefas?
Rio de Janeiro, que mede 58,8
quilômetros. Anote aqui suas
hipóteses.

Há alguma tarefa que seja somente da


responsabilidade de vocês?
VOCÊ SABIA...
O que acontece quando a limpeza e
…que, na cidade de São Paulo, 3.500 varredores de rua
a organização dos espaços não são trabalham para deixar a cidade mais limpa? Por dia, são
varridos cerca de 6.900 quilômetros de vias públicas e são
realizadas? recolhidas cerca de 300 toneladas de lixo.

Quem são as pessoas responsáveis pela


limpeza e organização em sua escola?

conectar
Amplie a conversa abordando os espaços pú- O trabalho dos profissionais que limpam as ruas, os garis, é muito

blicos, como praças, parques e ruas, de modo importante. Mas você sabe de onde surgiu o nome deles? Alguma ideia?

a estimular reflexões importantes sobre a res-


ponsabilidade de cada cidadão em relação à
limpeza do lugar onde mora, estuda ou trabalha.
Para tanto, você pode lançar questões como:

Gari era o sobrenome do carioca Pedro Aleixo. Na época do Império, ele


costumava reunir os funcionários para limpar as ruas do Rio de Janeiro,
que era então a capital do Brasil, depois da passagem dos cavalos. Foi
Pedro Aleixo quem assinou com o governo imperial o primeiro contrato de
Que problemas as cidades podem limpeza urbana do Brasil, o que motivou os moradores da cidade a chamar
a “turma do Gari” sempre que precisavam de serviços de limpeza.
enfrentar com a grande quantidade de
lixo que produzem?

Que medidas sua família e/ou sua escola


Atualmente, em
adotam no cuidado com o lixo? algumas cidades do
Brasil e de outros
países, os garis dispõem

Há coleta seletiva em seu bairro? de máquinas que os


auxiliam na limpeza das
ruas? Você já viu alguma
delas em ação?
2

100
CONECTAR
CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
Língua Portuguesa: Proponha aos alunos que
entrevistem os profissionais responsáveis pela
limpeza da escola. Por meio desta atividade, eles
podem estreitar os vínculos com estas pessoas,
conhecer novas histórias e perceber a impor-
tância do trabalho delas para a comunidade
escolar. Essas entrevistas podem ser publicadas
em um mural da escola, em um blog da turma
na internet ou em outros veículos de comuni-
cação que você e seus alunos considerarem
mais adequados. Aproveite para ressaltar que a
limpeza e a manutenção dos espaços escolares
também dependem da colaboração de todas as
pessoas que por ali circulam.

Estas máquinas, chamadas


caminhões varredores de
lixo, podem varrer até 20
quilômetros por hora. Cada
caminhão possui um aspirador
que suga as partículas de poeira
e recolhe plásticos, metais e
vidros. Há alguns, inclusive, que
têm um sistema que remove
água de poças.

VOCÊ SABIA...

…que, no Brasil, são produzidas cerca de 250 mil toneladas de


lixo diariamente? E que só São Paulo, a maior cidade do país,
produz em torno de 20 mil toneladas por dia?

O destino da maior parte do


lixo produzido no Brasil hoje
ainda são os lixões ou aterros
sanitários. Apenas uma pequena
parte (2%) é destinado à
reciclagem ou à compostagem.

Você já ouviu falar de


compostagem? O que você sabe
sobre ela? E sobre o impacto
que a manutenção de aterros
provoca no meio ambiente?
Converse com seus colegas a
este respeito.
3

101
CONSTRUIR ANALISAR
Como a construção do caminhão varredor é Nesta etapa, os alunos devem observar de que
um pouco mais complexa, certifique-se de que maneira o movimento das rodas é transferido
as equipes estão preparadas para realizar as para o varredor.
tarefas de seleção das peças e para a montagem
propriamente. É importante que haja tempo As peças que transmitem esse movimento são
para a exploração do caminhão varredor. as engrenagens. Existe uma engrenagem cônica
no eixo transversal (eixo das rodas) diantei-
Reveja a organização das responsabilidades ro, que está conectada a outra engrenagem,
relacionadas aos trabalhos das equipes e co- também cônica, que transmite o movimento
mente sobre a necessidade de concentração para o eixo longitudinal. O eixo longitudinal
para este trabalho. transfere o movimento para um eixo vertical,
que está conectado à engrenagem 40 dentes.
Esta engrenagem conecta-se à engrenagem
8 dentes, que, por sua vez, faz girar o eixo ao
qual o varredor está ligado.

conStrUIr analISar
Que tal vocês colocarem o caminhão varredor para andar sobre a mesa
com o objetivo de observar como ele funciona, examinando com cuidado
os movimentos realizados pelos eixos e pelas engrenagens?
O desafio de sua equipe hoje será construir um
caminhão varredor com as peças do kit LEGO®. Expliquem como o movimento das rodas é transmitido ao mecanismo
Vamos lá? varredor, localizado na parte dianteira do caminhão. E destaquem quais
são as peças responsáveis por este movimento.

Não se esqueçam de tirar uma fotografia do caminhão quando ele


estiver pronto!

Em relação às duas engrenagens acopladas que estão indicadas


na imagem, quantos dentes possui a engrenagem maior? E a
engrenagem menor?

4 5

102
ANALISAR
Enquanto a engrenagem maior dá uma volta, Utilizando as duas engrenagens iguais, a velo-
a engrenagem menor e o varredor dão cinco cidade do varredor em relação à velocidade de
voltas. giro das rodas do caminhão vai diminuir. Neste
caso, a cada giro de uma engrenagem, a outra
Para colocar duas engrenagens iguais subs- também dá uma volta.
tituindo a engrenagem 40 dentes e a 8 den-
tes, é necessário utilizar duas engrenagens
24 dentes cada.

Engrenagem 8 dentes Engrenagem 40 dentes

Engrenagens cônicas

Eixo longitudinal Eixos transversais

103
ANALISAR

analISar AMPLIANDO O TRABALHO


Enquanto a engrenagem maior dá uma volta, quantas voltas dá a
engrenagem menor? E o mecanismo varredor? Matemática: As situações-problema relacio-
nadas ao uso de diferentes duplas de engre-
nagens permitem um trabalho em relação à
Agora, que tal vocês substituírem as engrenagens que transmitem multiplicação e colocam em ação noções de
movimento para o mecanismo varredor por outras?

Pare que as novas engrenagens tenham o memo número de dentes das


proporcionalidade.
anteriores, utilizadas na montagem inicial, que peças vocês utilizariam?

Converse com os alunos sobre o fato de que,


quando a engrenagem 40 dentes está acoplada à
Vamos testá-las?
engrenagem 8 dentes, a primeira dá uma volta,
A velocidade de giro do mecanismo varredor em relação à velocidade
de giro das rodas do caminhão aumentou ou diminuiu? Como vocês e a segunda, cinco voltas. Isso está relacionado
explicam essa mudança?
com o fato de que 40=5X8. Da mesma forma,
se utilizarmos duas engrenagens 24 dentes, as
duas darão uma volta ao mesmo tempo, e isso
está relacionado com o fato de que 24=1X24.
Você pode expandir esse raciocínio e trabalhar
outros exemplos com base em diferentes duplas
6 de engrenagens.

Geometria: Esta montagem abre oportunida-


des para um trabalho com conceitos como o de
paralelismo e também em relação ao significado
dos termos transversal e longitudinal. Os dois
eixos aos quais estão acopladas as engrenagens
que movimentam o varredor, na parte da frente
do caminhão, são eixos paralelos entre si.

Na transmissão do movimento das rodas do ca-


minhão para o mecanismo do varredor existem
dois eixos transversais ao movimento, que são
os eixos das rodas do caminhão. O movimento
desses eixos, por sua vez, é transmitido a um
eixo longitudinal, que é acoplado aos eixos trans-
versais por duas engrenagens cônicas.

104
CONTINUAR
Leia o desafio proposto nesta seção com os
alunos e lance algumas questões que podem
ajudá-los a encontrar uma solução. Por exemplo:

Que peças vocês acham que podem ser


trocadas ou acopladas para melhorar a
eficiência do caminhão varredor?

A solução do problema proposto na seção é uti-


lizar as engrenagens 8 dentes e 40 dentes em
posição oposta à da montagem que os alunos
realizaram na seção “Construir”. Dessa forma,
o eixo vertical ligado ao eixo transversal preci-
sará dar cinco voltas para que a engrenagem
40 dentes, acoplada ao varredor, dê apenas
uma volta. Isso fará com que o varredor gire
de forma muito mais lenta.

Para melhorar a eficiência do varredor, uma


possível solução é colocar na extremidade das
peças vermelhas (varredores) dois eixos curtos
ligados por um conector cruzado. contInUar
Uma equipe de engenheiros estava projetando um caminhão varredor
como este que vocês montaram para limpar as ruas de uma grande
cidade.

Fazendo testes com um protótipo desse caminhão, eles verificaram que


a limpeza das ruas ficava melhor quando a velocidade de rotação do
mecanismo varredor era a menor possível em relação à movimentação
das rodas do caminhão.

Considerando essa descoberta, substituam as engrenagens que


transmitem o movimento de rotação ao mecanismo varredor e observem
seu funcionamento.

Vocês conseguiram diminuir a velocidade de rotação do varredor para


adequá-la à descoberta dos engenheiros? Como?

105
SItUação-problema
Os habitantes da cidade em que a Felipa mora participam da coleta seletiva do lixo do município,
separando o que é orgânico e o que é reciclável. Após a coleta, o que é reciclável é levado para uma
usina de triagem. Lá os funcionários desta usina separam os materiais por tipo: papel, vidro, plástico e
metal. Ao visitar a usina com sua escola, a Felipa ficou surpresa em descobrir que todo este trabalho é
feito manualmente e sugeriu a seus colegas de classe que desenvolvessem o projeto de uma máquina
que agilizasse este processo. Vamos ajudá-los? O que você e seus colegas de equipe poderiam construir?

Esta situação-problema exige que os alunos ver o projeto de uma máquina que agilize o
pensem em uma ou mais soluções que ajudem a processo de triagem do lixo? Alguma ideia?
Felipa e seus colegas de classe a desenvolver o
projeto de uma máquina que agilize o processo Oriente os alunos a planejar as soluções por
de triagem do lixo. Trata-se de uma boa opor- eles imaginadas antes de construí-las. A seguir,
tunidade, portanto, para conversar com eles a quando as montagens estiverem finalizadas,
respeito da coleta seletiva do lixo. As perguntas oriente as equipes a apresentar as soluções
encontradas à classe:
a seguir podem auxiliá-lo nesta conversa:
∙∙ O que vocês construíram?
∙∙ Vocês sabem o que é e como funciona a coleta
seletiva do lixo? ∙∙ Como vocês planejaram esta construção? E
como vocês se organizaram?
∙∙ Vocês sabem o que é e o que não é reciclável?
∙∙ Vocês encontraram dificuldades na seleção e/
∙∙ E lixo orgânico, vocês sabem o que é?
ou no encaixe das peças ao fazer esta cons-
∙∙ E vocês sabiam que a coleta seletiva de lixo trução? Quais? E como elas foram resolvidas?
é de extrema importância para a sociedade? ∙∙ Vocês ficaram satisfeitos com o resultado?
Vocês conseguem imaginar por quê?

∙∙ Vocês já visitaram uma usina de triagem? Ao final, solicite aos alunos que desmontem
Como vocês imaginam que seja uma usina suas construções e organizem seus kits LEGO®.
de triagem?
Possível solução: Uma esteira seletora.
∙∙ O que vocês poderiam construir para ajudar
a Felipa e seus colegas de classe a desenvol-

106
CARRO MOTORIZADO

PARA COMEÇO DE CONVERSA


Objetivos da aula
∙∙ Projetar um carro movimentado por
motor elétrico.
∙∙ Projetar e construir um carro motorizado
com as peças do kit LEGO®.
∙∙ Utilizar um conjunto de engrenagens ou de polias
para transmitir o movimento do motor elétrico para
as rodas do carro construído.

Conteúdos curriculares presentes na aula


∙∙ Engrenagens.
∙∙ Transmissão de movimento.
∙∙ Organização de dados em tabelas.

Competências em foco
∙∙ Modelar.
∙∙ Formular e resolver problemas.
∙∙ Argumentar.

Desenvolvimento da aula
No início da aula, os alunos conversam sobre a invenção do motor e o desenvolvimento dos
primeiros automóveis. Na seção “Construir”, eles são desafiados a projetar e a montar um
carro motorizado, ou seja, movido com o motor elétrico do kit LEGO. Na seção “Analisar”,
eles são convidados a refletir sobre a transmissão do movimento do motor elétrico para as
rodas do carro. Por fim, organizam uma competição entre os carros e reveem a montagem
para aprimorar o projeto.

Ponto de atenção
O ponto de atenção desta aula são o desenvolvimento e a montagem do carro motorizado.
É possível que algumas equipes encontrem dificuldades para resolver como transmitir o
movimento do motor para as rodas e solucionar o problema da tração do veículo.

107
CONECTAR
A seção apresenta aos alunos alguns dos primei-
ros meios de transporte motorizados até chegar conectar
aos modernos carros elétricos da atualidade.
CARRO MOTORIZADO
Você já parou para pensar como eram os veículos antes da invenção
Como o objetivo da aula é a criação de um do motor? E como os homens se locomoviam ou transportavam cargas
antes desta invenção?
projeto de carro com motor, é importante que
Vamos descobrir?
os alunos conversem sobre os desafios relacio-
Você pode não acreditar, mas os primeiros motores, inventados no
nados à invenção dos primeiros automóveis. início do século XVIII, eram grandes demais para veículos de pequeno
porte. Por essa razão, eles foram utilizados em locomotivas.
Destaque que uma das maiores dificuldades
enfrentadas neste processo foi em relação à
transmissão do movimento do motor para as
rodas, o mesmo problema que os alunos vão
enfrentar na construção do carro motorizado
desta aula.

Algumas questões que podem ajudar nessa


conversa:
Locomotiva a vapor.

Este motor era movimentado pelo vapor produzido em uma caldeira


(tipo de recipiente de metal para aquecer água e produzir vapor) com a

Vocês sabem como funciona a transmissão queima do carvão. Por este motivo estas locomotivas ficaram conhecidas
como locomotivas a vapor.

do movimento do motor de um automóvel 1

para as rodas?

Que peças, também chamadas de conectar


máquinas simples, são importantes nesta
transmissão?

Já no final do século XIX,


com a fabricação de motores
menores, surgiram os
primeiros carros a vapor.

Basicamente, o movimento do motor é


transferido para o câmbio por um eixo.
Entre o final do século
Depois, esse movimento passa para XIX e o início do século
XX surgiram também
as rodas por meio de um conjunto de os primeiros motores

engrenagens. de combustão interna


(processo de queima de
combustível), semelhantes
aos motores que existem
hoje movidos a álcool,
gasolina ou diesel.
As principais peças são as engrenagens.
No entanto, no carro motorizado que os
alunos vão construir, eles podem utilizar
também polias articuladas por correia.
Esta invenção permitiu o
lançamento do primeiro
carro a utilizar um motor
de combustão interna, o
estadunidense Oldsmobile.
2

108
CONECTAR
AMPLIANDO O TRABALHO
Ciências: A seção “Conectar” termina com
Como o formato
deste automóvel era
um boxe “Você sabia...” que trata dos ônibus
semelhante ao de
uma charrete puxada elétricos e de suas vantagens sobre os ônibus
por cavalos, pode-se
dizer que os primeiros
carros eram charretes com motor a diesel, por exemplo, principal-
com motor.
mente em relação à poluição atmosférica. A
partir da discussão sobre o tema, proponha
um estudo mais detalhado sobre os problemas
Nos dias de hoje existem
relacionados à poluição do ar causada pela
carros e até mesmo ônibus
movidos por motores fumaça de automóveis, caminhões, ônibus,
elétricos. Estes motores são
ligados a uma bateria que
pode ser carregada em uma
aviões e navios. Outro tema importante que
pode ser conduzido a partir desses estudos diz
tomada de energia elétrica.

respeito ao aumento do efeito estufa e suas


VOCÊ SABIA...
relações com o uso de combustíveis fósseis,
...que os ônibus elétricos
produzem menos ruído que como a gasolina, o óleo diesel e outros óleos
os outros quando estão
funcionando e que não poluem derivados do petróleo.
o ar com gases resultantes da
queima de combustível, como
os demais ônibus?
3

CONEXÕES INTERDISCIPLINARES
História e Geografia: Aproveite o tema da
seção para abordar a história da indústria auto-
mobilística ou propor uma pesquisa sobre essa
temática, que está diretamente relacionada ao
desenvolvimento de vários ramos da produção
industrial, considerando o fato de que foi nes-
sa indústria que surgiu a produção em série,
posteriormente incorporada por todo o mundo
industrial. No Brasil, essa história se relaciona
ao próprio processo de industrialização do país,
que se deu nos anos 1950.

109
CONSTRUIR
Nesta aula, não há o passo a passo de monta-
gem. As equipes devem se organizar para de-
senvolver, em um primeiro momento, o protótipo
de um carro motorizado para, em um segundo
momento, montá-lo com as peças do kit LEGO®.

Esta montagem também é uma boa oportuni-


dade para que os alunos coloquem em prática
alguns conhecimentos adquiridos em outras
aulas, como o funcionamento de engrenagens
e a motorização de mecanismos, por exemplo.

Incentive as equipes a imaginar como vão resol-


ver o problema da transmissão do movimento
do motor elétrico para as rodas antes de co-
meçar a montagem. Esta reflexão inicial pode
ajudá-los a superar o desafio proposto na aula.

Acompanhe de perto o trabalho das equipes,


realizando algumas mediações quando achar
necessário. Para isso, você pode utilizar algumas
dessas questões:

conStrUIr
Para montar um carro é importante
pensar em como ele será estruturado, Agora que vocês já conhecem bastante sobre os

o que é feito pelo chassi. Vocês já primeiros carros a motor, que tal projetar e construir
um carro motorizado com as peças do kit LEGO®?

imaginaram como será o chassi do carro


Na aula de hoje não há o passo a passo de montagem. Portanto, vocês
que vocês estão projetando? devem projetar seu carro antes de construí-lo: como ele será? Que peças
vocês utilizarão nesta montagem?

A montagem é livre, mas é importante que vocês prevejam no projeto um


Que peças vocês estão pensando em espaço para o motor e o porta-pilhas e outro para o piloto do automóvel.
Afinal, o desafio é a construção de um carro motorizado.
utilizar para transmitir o movimento do Não se esqueçam também que este carro deve ter dois eixos e quatro

motor elétrico para as rodas do carro? rodas.

Esta é uma sugestão para o chassi do carro que vocês


construirão, mas como a montagem é livre... Mãos à obra!
4

110
ANALISAR
Com o carro construído, cada equipe deve rea-
lizar testes para ter certeza de que o carro cor- analISar
responde ao esperado, isto é, que ele se move Agora que o carro está pronto, coloquem-no para funcionar e observem

para a frente e para trás utilizando o motor se ele se movimenta para a frente e para trás sem se desmontar.

Um problema que muitos projetos de carro motorizados enfrentam é


elétrico do kit sem se desmontar. a forma de fixar o motor na montagem de modo que ele não se solte
quando o veículo está em movimento.

Como vocês resolveram o problema da fixação do motor elétrico no

A fixação do motor e a forma como a transmis- carro que construíram?

são do movimento dele para as rodas será feita


são os principais desafios colocados para as
equipes nesta montagem. Por isso, acompanhe No carro que vocês construíram, que peças são utilizadas para transmitir
o movimento do motor elétrico às rodas?

mais de perto a verificação desses aspectos.

É muito comum os alunos tentarem colocar o Como estas peças que transmitem o movimento do motor para as rodas

motor em posição transversal em relação ao estão acopladas?

carro, ligando o eixo do motor diretamente a


uma engrenagem colocada em um dos eixos.
Essa solução, no entanto, apresenta dificulda-
des, pois o motor costuma se soltar da base
em que está encaixado no momento em que é
posto para funcionar. Em algumas montagens 5

desse tipo, o motor não se solta quando o carro


vai para a frente, por exemplo, mas se solta
quando anda em marcha ré. Por isso, oriente
as equipes a fazer testes na montagem quando analISar
ela estiver pronta. No espaço a seguir, façam um desenho representando o carro que você
e a sua equipe projetaram.

Incentive as equipes a colocar o motor em po-


sição longitudinal no carro, usando uma en-
grenagem pequena no eixo do motor e uma
engrenagem cônica acoplada a um dos eixos
do carro para transmitir o movimento do motor
para as rodas.

Como a montagem é livre, as respostas às ques-


tões propostas devem variar de uma equipe
para outra. Procure observar as respostas da-
das, verificando se elas estão de acordo com
a montagem realizada pela equipe.

111
CONTINUAR
Nesta etapa, ajude os alunos a organizar a
competição entre os carros que acabaram de
construir. Faça algumas mediações que podem
ajudá-los nesta tarefa:

Como vocês vão definir a linha de partida


e a linha de chegada?

Quem vai ser o encarregado de dar


o sinal para a partida dos carros na
competição?

Quais alunos vão verificar a ordem de


chegada dos carros?

AMPLIANDO O TRABALHO
Matemática: Nesta seção é sugerido que os
resultados da competição entre os carros sejam
organizados em uma tabela. Tanto a organização contInUar
de dados quanto a construção de tabelas são
Chegou o momento de comparar o carro que vocês construíram com os
conteúdos importantes que podem ser apro- carros das outras equipes e, depois, tentar aperfeiçoar a montagem.

fundados nesta atividade, pois partem de uma Para começar, organizem uma corrida para ver qual equipe conseguirá
montar o carro mais rápido da turma. Combinem o lugar e a distância
situação real e, portanto, mais significativa para que os carros vão percorrer e vejam em que classificação o carro de
vocês consegue ficar.
os alunos. Discuta com eles os dados obtidos e
O esquema a seguir mostra uma sugestão de desenho para a pista de
planeje coletivamente o formato que será dado corrida, que pode ser feito no chão com giz ou com fita adesiva. Uma
pista de 2 metros de comprimento é um bom tamanho.
à tabela na qual eles vão sintetizar os resultados
das competições. Pista 1

Pista 2

Pista 3

Pista 4

Pista 5

Pista 6

Linha de largada Chegada


2 metros

O resultado da corrida pode ser registrado em uma tabela com a ordem


de chegada dos carros.

Depois, procurem uma forma de aperfeiçoar a montagem para que


o carro passe a andar mais depressa. Voltem a fazer a competição e
descubram qual é o carro mais rápido da turma.

Aproveitem para fotografar os carros construídos por vocês e pelas


outras equipes.

Mãos à obra e boa sorte!


7

112
SItUação-problema
O sonho da Carla, que adora carros e não perde uma corrida, é participar do Rally dos Sertões.
Rally é uma forma de competição automobilística disputada em vias e não em autódromos. Nesta
competição os participantes e seus copilotos partem de Goiânia, a capital de Goiás, e vão até
Diamantina, em Minas Gerais, por estradas de asfalto e terra, picadas na mata, desfiladeiros e
planícies. Acontece que seu carro não está adaptado para este tipo de corrida. Por isso, ela acaba de
contratar você e seus colegas de equipe para desenvolverem um novo carro com o qual ela possa
participar do rally deste ano. Vamos lá? Mãos à obra?

O desafio desta situação-problema é a construção projetos, como se estivessem apresentando-nos


com as peças do kit LEGO® de um automóvel que à Carla. As perguntas a seguir podem auxiliar as
permita que a Carla participe do Rally dos Sertões equipes a elaborar esta apresentação:
deste ano. Uma opção, portanto, é explorar com
∙∙ Que automóvel vocês construíram? Como
os alunos o que é o Rally dos Sertões e, com o
ele é? Como ele funciona? Ele é resistente?
auxílio de um mapa, os roteiros disponíveis no
site desta competição, disponíveis em: <http:// ∙∙ O automóvel que vocês construíram permitirá
bit.ly/1ldUv9e>. (Acesso em: nov. 2014.) que a Carla participe do Rally dos Sertões
deste ano?
∙∙ Vocês sabem o que é um rally?
∙∙ Quais os pontos fortes do automóvel proje-
∙∙ Vocês já ouviram falar do Rally dos Sertões?
tado por sua equipe?
O que vocês sabem sobre esta competição?
∙∙ Ele apresenta algum ponto fraco? Qual?
∙∙ Vocês gostam de assistir a corridas de carro?
De qual delas vocês mais gostam? Ao término das apresentações, você pode sugerir
∙∙ Que novo carro você e seus colegas de equipe aos alunos que escolham um representante por
poderiam desenvolver para que a Carla possa equipe. Explique que estes representantes formarão
participar do Rally dos Sertões deste ano? uma espécie de comissão avaliadora que julgará os
projetos apresentados, considerando seus pontos
∙∙ Vamos projetá-lo?
fortes e fracos, e selecionará aquele com o qual a
Carla participará do Rally dos Sertões deste ano.
A seguir, oriente os alunos a planejar seus projetos
antes de construí-los. Uma opção é sugerir às equi- Ao final, solicite aos alunos que desmontem suas
pes que mantenham seus projetos em segredo. construções e organizem seus kits LEGO.
Eles serão revelados apenas no momento da apre-
sentação, quando as equipes deverão expor seus Possível solução: Um automóvel motorizado.

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

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