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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE BRASÍLIA

SGAN 611 MODULO “B” – ASA NORTE


TEL: 61 3272-1136 FAX. 61 3273-5576
http://www.ftbb.edu.br

CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO EM


MINISTÉRIO COM CRIANÇAS

A ATUAÇÃO DE QUEM EXERCE MINISTÉRIO COM CRIANÇAS:


SEGUINDO O MODELO DE JESUS

IZOLDA AMÉRICO PIMENTEL SCHONROCK

BRASÍLIA/DF
FEVEREIRO/2023
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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.................................................................................................... 3

2- METODOLOGIA.................................................................................................. 5

3 - A FUNÇÃO DE UM LÍDER DE MINISTÉRIO COM CRIANÇAS ....................... 6

4 – JESUS E AS CRIANÇAS................................................................................... 9

5 – LÍDERES COM VISÃO..................................................................................... 12

6 – VIDAS TRANFORMADAS PARA TRANFORMAR...........................................14

7 – CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER QUE SEGUE O MODELO DE JESUS...17

8 - A AFETIVIDADE NO MINISTÉRIO COM CRIANÇAS...................................... 20

9 – CONCLUSÃO....................................................................................................22

8 – BIBLIOGRAFIA................................................................................................. 24
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1 - INTRODUÇÃO

A conversão é uma necessidade inerente a todo ser humano. Adultos, jovens

e crianças inevitavelmente carecem de um encontro real com Jesus para receberem o

perdão de seus pecados e herdar a vida eterna. “(...)todos pecaram e carecem da glória

de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça mediante a redenção que há

em Cristo Jesus” (Rm. 3,23-24).

Para algumas pessoas a conversão se trata de um momento em que um

indivíduo compreende sua natureza pecaminosa e aceita Jesus como seu salvador.

Mas muito além disso, a conversão se trata de um processo diário que deve ser

exercido constantemente. “(...) logo, já não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em

mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no filho de Deus, que me

amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl. 2,20).

Permanecer convertido não é uma tarefa fácil, requer esforço diário de

meditação na Palavra, obediência aos ensinamentos, rotina de oração. É inevitável citar

que a convivência com demais irmãos de comunhão também é um importante elemento

para permanecer enraizado na fé.

Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às

boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;

antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se

aproxima (Hb. 10,24-25).


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Jovens e adultos possuem, de certa forma, autonomia para buscarem meios

de permanecer no constante processo de conversão, mas no que se refere às crianças

é necessário não só as instruir por meio de ministrações e lições, deve-se guia-las por

meio de atitudes que lhes sirvam de exemplos de comportamentos. As crianças

naturalmente buscam repetir gestos, ações e comportamentos daqueles que sentem

algum tipo de afinidade, por isso que atraí-las com respeito e dignidade é tão

importante para que recebam de bom agrado aquilo que lhes é ensinado. O modo

como são tratadas e como se relacionam com as pessoas que lidam diretamente com

elas na igreja trará um grande impacto na construção da fé, pois formarão importantes

memórias que as farão, ou não, dar seguimento na conversão. Para Soares:

Assim como nos constituímos sujeitos a partir das linguagens, olhares,

movimentos, expressões, signos e símbolos que recolhemos ao longo das

nossas vivências sociais, o significado das nossas lembranças também vai

ganhando novas perspectivas, de acordo com uma elaboração individual, e

também coletiva, dos acontecimentos vividos. Ou seja, nossas memórias são

também responsáveis por produzir nossas identidades conforme ampliamos

nosso “repertório de conteúdos memoráveis” e selecionamos, voluntária ou

involuntariamente, quais delas deverão ser rememoradas. (SOARES, 2021,

p.21-22)

Desta forma, as memórias que forem construídas ao longo da infância por

meio da convivência com demais pessoas na igreja poderão servir de alicerces para um

crescimento espiritual presente e futuro.


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2- METODOLOGIA

A pesquisa cientifica trata-se de um processo de investigação para responder

sobre um questionamento ou para aprofundamento sobre algo já estudado. Ela também

é importante para buscar novas descobertas sobre um determinado assunto. Bastos e

Keller (1995, p. 53) definem: “A pesquisa científica é uma investigação metódica acerca

de um determinado assunto com o objetivo de esclarecer aspectos em estudo”.

Dentre as diversas modalidades de uma pesquisa científica, encontra-se a

pesquisa bibliográfica, que se baseia em obras já publicadas sobre o assunto que será

seu objeto de pesquisa. A pesquisa bibliográfica, para Fonseca (2002), é realizada

[...] a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas

por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web

sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que

permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem,

porém, pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa

bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de

recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do

qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).

A pesquisa bibliográfica é realizada a partir de investigação de análises

publicadas por outros autores sobre o assunto a ser pesquisado, podendo estar

presentes em livros e artigos científicos. Ela se destaca por conseguir mostrar a visão

de diversos autores sobre o objeto a ser pesquisado, proporcionando uma sustentação

sólida de estudo.
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Para o presente artigo, optou-se por pesquisa bibliográfica para trazer uma

proposta reflexiva a cerca de como deve ser o perfil correto de pessoas que lidam

diretamente com crianças dentro de um contexto de ministério infantil comparando-as

com o modelo de Jesus encontrado na Bíblia. Tendo a Bíblia como principal fonte de

pesquisa, optou-se também por livros e artigos que trazem como assunto o

desenvolvimento de trabalhos relacionados a cuidado/ensino com crianças em igrejas e

afetividade na infância.

3 – A FUNÇÃO DE UM LÍDER DE MINISTÉRIO COM CRIANÇAS

Instruir as novas gerações deve ser uma tarefa primordial de toda comunidade

cristã, mas infelizmente vive-se em uma cultura em que essa tarefa é colocada nas

mãos das “tias da salinha”. Cuidar das crianças foi uma clara instrução deixada por

Jesus. No Evangelho de João Jesus diz para Pedro: “Apascenta os meus cordeiros” (Jo

21,15). Há um entendimento teológico de que Jesus se referia aos recém convertidos,

mas no sentido literal, cordeiros são os filhotes das ovelhas, ou seja, as crianças do

rebanho. Jesus deixa uma ordem muito clara de que a prioridade deve ser o cuidado

com os pequenos.

De acordo com o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2020) apascentar

significa: levar a pasto ou pastagem; guardar durante o pasto. No contexto de igreja,

apascentar diz respeito ao cuidado e proteção que devem ser exercidos em todos os

aspectos da vida de um indivíduo, seja físico ou/e espiritual. Apascentar traz referência

ao fornecimento de alimento adequando, proteção, segurança física e emocional. No


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termo “guardar durante o pasto” (2020, p.53), entende-se que há um trabalho árduo a

ser exercido em relação a proteção e vigilância, pois acredita-se erroneamente que

contar historinhas bíblicas, não que não seja importante, apenas uma vez por semana

seja suficiente para manter na criança a chama viva da conversão. Isso não é

suficiente. Guardar durante o pasto está diretamente ligado a presença constante na

vida das crianças, atenção aos desejos e anseios, suprir carências e necessidades,

identificar e dissipar males, ou seja, fornecer auxílio em todos os aspectos de suas

vidas.

Brewster (2015) fala sobre desenvolvimento integral da criança, que enquanto

seres humanos criando à imagem de Deus, são seres espirituais e físicos. “Entendemos

que integralidade na Bíblia compreende todos os aspectos da pessoa como igualmente

relevantes e se recusa a dicotomizar o espiritual do físico ou de outros aspectos

relativos à pessoa” (BREWSTER, 2015, p. 50). Desta maneira, deve-se valer o esforço

de buscar compreender a criança no modo como o próprio Deus a vê, fornecendo

cuidado espiritual e físico, que só poderá ser oferecido por meio de um relacionamento

próximo e verdadeiro com elas, tendo como princípio os maiores de todos os

mandamentos deixados por Jesus: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu

coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O

segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior

do que estes” (Mc. 12,30-31). Este é, e deve ser o ponto de partida para o

relacionamento com as crianças. Todo trabalho duradouro só terá efeito se for

percebido o amor por Cristo exteriorizado por meio de ações junto às crianças.

As crianças necessitam ser apascentadas por pessoas que expressam o amor

de Cristo de maneira muito clara, e este tratamento é um tipo de “alimento”


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extremamente “nutritivo” e indispensável para que se construa um entendimento correto

de quem Jesus é, e assim colaborando para o crescimento espiritual e permanência na

fé.

Os pequenos tendem facilmente serem convencidas por meio de modelos de

comportamentos, pois aprendem aquilo que vivenciam. Desde muito pequenos elas

tendem a imitar gestos e ações daqueles que estão a sua volta, e assim vão

construindo suas práticas e maneiras de ser. Elas aprendem por meio da observação,

por isso é importante que o que é ministrado esteja alinhado com as praticas em todas

as áreas da vida.

Discursos contraditórios podem facilmente fazer com que elas construam um

pensamento errado a respeito de Jesus, ou colaborando para que não o conheçam

como Ele verdadeiramente é. Muitas ações podem deixar as crianças pensando que

Jesus é durão, ríspido e pouco afetuosos, e assim, as afastando Dele. Spurgeon relata

(2004) que quem age assim calunia tristemente o bom nome de Jesus e seu grande

amor, impedido que as crianças encontrem Nele um lugar de segurança e conforto.

“Pois seu coração é um grande porto onde muitas embarcações podem ancorar”

(SPURGEON, p.17, 2004). Spurgeon (2004) continua explanando que comportando-se

desta forma prejudica terrivelmente a integridade de Jesus, que jamais deixou de

expressar amor e bondade com as crianças. Qualquer atitude que impeça a criança de

seguir Jesus o desagrada. Com relação a isto, Jesus fez um alerta no Evangelho de

Mateus: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em

mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho,

e fosse afogado nas profundezas do mar” (Mt. 18,6).


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A função principal de todo líder que lida diretamente com crianças deve ser o de

colaborar para a aproximação delas com Jesus, por meio de um trabalho de ensino e

cuidados expressados com amor, bondade e bom testemunho.

4 – JESUS E AS CRIANÇAS

Jesus foi, é e sempre será perfeito e cheio de amor e bondade. Não se encontra

nele nenhum ato de menosprezo ou desdenho no modo como Ele tratou as pessoas,

principalmente as crianças. No ato da convivência com os pequenos deve-se buscar

constantemente imitar postura de Cristo, caso o foco seja a construção de um ministério

bem sucedido. Ministério bem sucedido se refere a aquele que ganha almas para Jesus

e as prepara para perecerem na fé.

Na Bíblia não se encontra muitas narrativas de Jesus com as crianças, mas as

poucas há são suficientes para revelar o apreço que Ele tem por elas. No Evangelho de

Mateus capítulo 9, versículos 18 a 26 conta sobre a cura da filha de Jairo, pois já tendo

falecido despertou compaixão de Jesus e não o impediu de curá-la. O apreço maior

pela criança é visto no final da narrativa quando após tê-la trazido novamente a vida,

solicita que a alimente, demonstrando carinho e cuidado com a pobre criança que

acabava de sair de uma jornada de sofrimento em decorrência de uma enfermidade

física. Nesta pequena passagem é perceptível ver que Jesus tem preocupação em não

deixar as crianças desamparadas em nenhum aspecto de suas vidas. Ele se preocupa

com suas necessidades e deseja que elas sejam supridas.


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Em outro trecho retirado do Evangelho de Mateus Jesus responde a um

questionamento dos discípulos a cerca de qual dentre eles era o maior no reino dos

céus (Mt. 18,1-5), então nesse momento Jesus chama os doze para uma conversa e

colocando uma criança em seus braços (Mc. 9,33-37) lhes diz que se eles não se

tornarem como aquela criança de forma alguma entrariam no reino dos céus, se não

passassem a ter um coração como de uma criança de forma alguma poderiam ver a

Deus, pois para Cristo o que verdadeiramente importa é um espirito humilde e

quebrantado, como o que a criança carrega consigo naturalmente. Essa com toda

certeza é o principal aspecto que faz com que Jesus se sinta tão atraído por elas, e

disposto a abençoá-las e tê-las por perto.

Uma das narrativas mais marcantes entre Jesus e as crianças encontradas na

Bíblia é referente ao momento em que um grupo de crianças são levadas até Jesus

para que fossem abençoadas (Mt. 19,13-15) e quando se aproximaram Dele foram

repreendidas pelos discípulos, que muito irritados, pediram para que fossem embora,

afinal de contas, Jesus estava muito cansada e precisava descansar para realizar

“trabalhos maiores” (SPURGEON, 2004). A presença daquelas crianças foi tida como

um incomodo, pois para os discípulos não havia nelas nada que pudesse acrescentar

algo de valor naquele momento, nem mesmo de cura elas careciam. Os discípulos

pensavam que levar as crianças até o Salvador causaria uma interrupção no trabalho

de Jesus, já que Ele estava sempre envolvido com obras que naquele momento foi

julgada como sendo mais importante do que estar com as crianças, como por exemplo,

confundir os fariseus, instruir as pessoas e curar os doentes (SPURGEON, 2004). No

momento em que Jesus notou toda aquela movimentação e se atentou para a atitude

dos discípulos solicitou imediatamente que as crianças fossem levadas até Ele e
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exclamou: “Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim; porque dos tais é o

reino dos céus” (Mt. 19,14). Mais uma vez Jesus explanou que o céu pertence às

crianças, mais uma vez Cristo evidenciou o quanto Ele as quer por perto.

A postura de Jesus deve ter deixado as crianças maravilhadas e certamente dali

surgiram adultos que o seguiram, pois, a brandura e a doçura convencem muito mais

do que sermões eloquentes de professores e professoras de escolas bíblicas que estão

cheias de conhecimentos a respeito da Palavras, mas que suas atitudes não

expressam quem Jesus verdadeiramente é. Mas como se apoderar da brandura e

doçura de Jesus? Spurgeon (2004) declara que quando um homem é chamado pelo

Senhor para um trabalho, Ele lhe dá o preparo necessário. E como é possível receber

esse preparo? Recebendo do próprio Jesus o alimento necessário. Só é possível

transferir alquilo que já foi recebido. “Um professor é muito insensato se não for ouvir o

evangelho pregado e receber uma perfeita refeição para sua própria alma”

(SPURGEON, p. 28, 2004).

Muitas vezes é difícil lidar com crianças que apresentam problemas de

comportamento, e em determinadas situações professores e professoras são tomadas

por sentimento que as fazem reagir de modo desproporcional e com muita rigidez.

Jesus nunca foi displicente com o pecado, mas como Ele repreendia os fariseus e como

Ele repreendia um recém convertido era completamente diferente. Ele possui uma

balança de justiça e a usa com sabedoria. Dessa forma deve ser o agir com as

crianças. As vezes professores são levados a se afastarem das crianças

indisciplinadas, mas são justamente essas que mais precisam de proximidade e

atenção, e que verdadeiramente carecem de um encontro com Cristo. “Lembre-se de

que por mais novo que sejam, há uma pedra dentro do peito mais jovem; e essa pedra
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precisa ser retirada, ou, então, será a ruína da criança” (SPOURGEON, 2004, p. 22).

Afastando-se dela, ou tratando-a com descortesia, certamente estará configurando-se

como pedra de tropeço ou impedimento para que esta criança se aproxime de Jesus.

5 – LÍDERES COM VISÃO

Todo serviço prestado requer objetivo. Deve-se inicialmente compreender o

trabalho e traçar metas para que se obtenha sucesso naquilo que precisa ser realizado.

Ter um líder e seguir suas orientações é um ponto muito importante para se alcançar o

alvo. Como em qualquer outro trabalho, o serviço na igreja também requer atenção nas

ordens dada pelo líder, Jesus. É importante também ressaltar que todo serviço exercido

na igreja tem como efeito frutos no Reino Celestial, e como trabalhadores deste Reino

deve-se ter atenção precisa nos planos que Deus traçou. Portanto, primeiramente todo

aquele que presta um serviço ao Senhor necessita obter uma visão precisa deste reino.

O serviço não começa com a atividade. É fácil para algumas pessoas serem

ativistas, seguir em frente e fazer coisas. Mas a Bíblia deixa claro que o primeiro

passo para servir a Deus é enxergar e compreender o que ele quer que

façamos. A visão deve preceder o empreendimento e a ação. É por isso que

nós, como servos de Deus precisamos orar, antes de qualquer outra coisa.

(DOHERTY, 2008, p.19)

Doherty (2008) explica que a visão dada por Deus não pode ser vista com os

olhos físicos, e porque hoje termos a Bíblia não é mais necessário obter visões como as
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que Deus manifestou na antiguidade por meio de visões literais e sonhos. “Deus nos

concede visões, eu creio, da mesma forma como ele fez algumas vezes nos tempos

bíblicos. Nós temos sua Palavra completa hoje e não precisamos, eu creio, de visões

daquele tipo” (DOHERTY, 2008, p. 20).

Hoje a visão é dada por meio do abrir dos olhos da compreensão (DOHERTY,

2008), este abrir de olhos só pode acontecer através da intimidade com Deus.

Reconhecer sua voz para seguir seus planos só pode ocorrer por meio de uma vida de

lealdade a Ele. O único caminho para que isto aconteça é por meio da leitura da

Palavra e vida de oração. É preciso primeiramente conhecer para saber o que se

espera que faça.

Grandes homens da Bíblia só puderam cumprir a vontade de Deus a partir do

momento em que recebeu a visão, como no caso do Apóstolo Paulo.

No Livro de Atos dos Apóstolos capítulo 9, versículos 1 a 5 descreve o momento

em que Paulo seguia para cumprir seu plano de exterminar os cristãos e acabou sendo

surpreendido pelo Senhor com a visão do Reino:

Saulo, ainda respirando ameaças e morte contra os discípulos do Senhor,

dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco,

a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim como homens

e mulheres, os levasse presos para Jerusalém. Seguindo ele estrada fora, ao

aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor e,

caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que tu me

persegues? Ele perguntou? Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou

Jesus, a quem tu persegues (At. 9,1-5).


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A visão que Paulo teve foi literal, mas ela tem o mesmo princípio daquela

descrita anteriormente neste artigo que parte de uma compreensão do Reino por meio

da meditação da Palavra e vida de oração. Ele foi chamado pelo Senhor para um

trabalho específico, mas antes de inicia-lo foi preciso que recebesse a visão. Deus quis

que Paulo tivesse uma visão dele. Sem a visão ele não estaria pronto para o ministério

(DOHERTY, 2008). A vontade do Senhor é que todos aqueles que trabalham para seu

Reino recebam sua visão, pois não se pode servi-lo sem conhecê-lo. A visão abre os

olhos para a compreensão do objetivo principal da “estadia” de todo indivíduo nesse

mundo. Deus possui um padrão de trabalho e só é possível realiza-lo por meio do

conhecimento. O senhor é o dono da ceara e procura por trabalhadores dispostos a

realizar o seu plano de trabalho.

6 – VIDAS TRANSFORMADAS PARA TRANSFORMAR

Para Lovaglia (2020) o ministério infantil tem como objetivo dar água espiritual

da vida para as crianças – como aquela referida por Jesus a uma mulher junto a um

poço em Samaria (Jo 4,14). Isso pode ser feito “apresentando o modelo de caminho de

Cristo em toda a sua plenitude” (LOVAGLIA, 2020, p. 191). Com isso, o autor quis dizer

que um professor de escola bíblica precisa passar primeiramente por uma profunda

transformação para ser apto no trabalho de formadores de discípulos para Cristo, pois

só é possível transmitir aquilo que já se tem. “Somente líderes que estão pessoalmente

crescendo em relacionamento com Deus e atentos ao seu papel de formadores de


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discípulos para toda vida serão capazes de interagir com as crianças no nível de

coração para coração” (LOVAGLIA, 2020, p. 191).

Com esta fala do autor entende-se que não é possível conduzir as crianças a um

relacionamento com Deus ao qual ainda não se tem. A conversão inicial deve acontecer

no coração daqueles que ministram e direcionam as crianças, por isso, a importância de

uma busca constante do Espírito Santo para que ele possa “preencher lacunas de

caráter” (LOVAGLIA, 2020, p. 191). O mais importante é que os professores tenham

uma experiência com Deus para que neles sejam moldados o caráter de Cristo, e

assim, essa mudança de vida seja replicada na vida das crianças. Não há nenhum

outro modo de expressar o amor e a doçura do Salvador se ainda não existir na vida

daqueles que atuam com as crianças.

Lovaglia (2020) defende que no ministério com crianças o importante é abraçar a

missão de Cristo e tomá-lo como modelo. Por meio desse modelo instaura-se o

incentivo para que as crianças também o sigam, pois Deus recebe da mesma maneira

crianças e adultos, e ambos carecem de redenção e de construção de um

relacionamento legítimo com Deus.

A missão entregue por Jesus para aqueles que apascentam os cordeirinhos

(SPURGEON, 2004) vai além de uma contação história semanal. Requer um trabalho

mais profundo e dinâmico. Lovaglia diz que:

Ele voluntariamente entregou a sua própria vida em obediência ao Pai, afim de

nos salvar, seu povo amado. E Ele ressuscitou em poder pela graça,

demonstrando que é o verdadeiro Senhor e Rei de tudo. A missão

transformadora de vida de Jesus Cristo traz verdadeira reconciliação entre Deus


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e as pessoas, e agora ele também nos dá uma missão – espalhar a notícia do

que Ele fez a todas as pessoas. (LOVAGLIA, 2020, p. 197)

Espalhar a notícia da salvação também está relacionada ao modo como as

crianças são inspiradas a enxergar Jesus, e isso requer muita atenção e dedicação dos

lideres, em vista que determinadas atitudes refletem na percepção de como esses

pequenos se sentem diante do que é dito e do que é visto no que diz respeito ao

comportamento desses líderes. O bom testemunho é muito mais significativo do que

palavras. As crianças são muito observadoras e peritas em confrontar disparidades

entre o dito e o feito. Elas podem até aceitar passivamente, por obediência,

determinadas situações, mas à medida que crescem seus pensamentos e opiniões

ganham força, e modo errado de espalhar a mensagem da salvação, como por

exemplo, mal testemunho de líderes, pode acarretar abandona da fé e interrupção no

processo de conversão.

Influenciar a vida de crianças vai além de ser bonzinho e legal (LOVAGLIA,

2020). “É sobre seguir e aprender com Jesus como viver a vida como se ele estivesse

vivendo através de nós” (LOVAGLIA, 2020, p. 197). Para isto, é imprescindível que

ocorra uma transformação de dentro para fora, pois aquilo que habita no interior é

externado através de atitudes. A dedicação principal de todo aquele que atua no

ministério com crianças deve ser o de se parecer cada dia mais com Cristo.
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7 – CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER QUE SEGUE O MODELO DE JESUS

Lovaglia (2020) descreve cinco características de um líder que realiza um

trabalho eficaz: humildade, integridade, santidade, fidelidade e perseverança.

Humildade para compreender que na maioria das vezes servir no ministério de crianças

será desgastante e pouco valorizado, mas é necessário seguir a exortação no livro de

Filipenses. “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade,

considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp. 2,3). Deve-se seguir o

modelo de Jesus que manteve um coração humildade e se esvaziou de todos os

privilégios para se tornar um servo de Deus, onde voluntariamente, morreu a favor dos

pecados de toda humanidade, inclusive daqueles que não o reconheceu como Senhor

e Salvador, o Filho Unigênito de Deus. Integridade está relacionado a quem realmente

uma pessoa é quando ninguém está a observando. Tem a ver com a relação entre as

palavras ditas e as ações exercidas, ambas devem andar em coerência. Ela só pode

ser mantida por um caminhar constante pelo evangelho de Cristo. “A realidade é que a

maneira pela qual um líder conduz sua vida pessoal tem, de fato, um impacto profundo

em sua capacidade de exercer liderança pública eficaz” (RIMA, 2000 p. 27, apud

LOVAGLIA, 2020, p. 207). Integridade é algo que precisa ser cultivado, pois ela inspira

confiança, e esta surge a partir da verdadeira disposição do coração com a conduta

externa, já que lideres são fontes de observação principalmente de crianças, a quem

dificilmente se consegue enganar.

No que diz respeito a santidade, o Apóstolo Paulo traz uma exortação em uma

de suas cartas a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te

padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (2Tm. 4,12).
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Uma das principais preocupações de qualquer líder dever ser o de se manter um

exemplo fiel para as crianças. Deus chamou seu povo para um compromisso de pureza

e santidade, para serem diferentes do mundo. Lovaglia (p.208, 2020) reitera que aquilo

que é feito na vida particular afetará diretamente o ministério infantil e sua eficácia, pois

pode afetar diretamente ou indiretamente o coração de outras pessoas, principalmente

das crianças. O zelo de um líder deve estar em não representar Jesus de uma maneira

inapropriada, pois pode afetar diretamente no modo como as crianças o enxerga e o

recebe. Cabe ressaltar que não se trata somente de manter uma vida falsa, mas de

verdadeiramente andar na luz da verdade, buscando a todo tempo obter o mesmo

caráter de Cristo.

O quarto item da lista de Lovaglia (2020) é o da fidelidade, que está diretamente

ligado a ser leal com Jesus. O autor descreve que a raiz da fidelidade é a disciplina

(2020). Ninguém é capaz de servir por um longo período de tempo em um ministério

com crianças se não for um indivíduo disciplinado.

Não se desenvolve uma reputação de fidelidade ou confiabilidade fazendo algo

certo uma vez. Você deve cumprir os compromissos principais, repetidas vezes.

Isso é mais do que simplesmente aparecer na hora programada (embora esse

seja um bom começo). Trata-se de desenvolver hábitos de vida, práticas

estabelecidas que dão poder às palavras em ação” (LOVAGLIA, 2020, 211).

A disciplina é a porta de acesso para a responsabilidade. Lideres responsáveis

se preparam fielmente, pois são discípulos nesse mundo, tem sua vida toda como

aprendizagem, estão em constate transformação a favor do serviço pelo Salvador. Uma

concreta transformação de vida só pode ocorrer por meio de repetições no dia a dia. O

trabalho constante por meio de ações disciplinadas gera fidelidade nos corações.
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Ressaltando que como servos de Deus a fidelidade e a lealdade devem ser dadas a

Ele. É fácil desanimar ou abandonar tarefas se os olhos estiverem voltados para

homens imperfeitos. “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como para o

Senhor e não para homens” (Cl. 3,23).

O último item da lista de Lovaglia (2020) está a perseverança: “E não nos

cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gl.

6,9). Cristo deve ser sempre a prioridade, se a intenção for a de impactar a vida das

crianças. O importante é buscar ter uma vida que expressa confiança para as crianças,

e para que isto aconteça é necessário não somente um momento semanal com elas,

mas um constante trabalho de participar das vidas delas nos pequenos detalhes,

inclusive buscando ter um relacionamento próximo com as famílias. Perseverar consiste

em uma vida totalmente ligada ao serviço ao Senhor. Deve ser diário e constante. Não

tem como um líder possuir dois tipos de vida, uma hora ele é servo e em outra hora

não. Servir ao Senhor deve ser o único meio de viver.

O chamado para a perseverança deve ser o de não desistir em ser fiel a

Palavra, com o deslumbre da salvação final, com o tempo o próprio Deus é quem

cumprirá o papel de convencer os pequenos coraçõezinhos, e se tornarão também

servos fieis e perseverantes inspirados pela Palavra da Verdade.

Com o tempo e a convivência a vida de todos se torna transparente para os

outros (LOVAGLIA, 2020, p.214). É preciso deixar que a Palavra de Deus produza

frutos visíveis, e isto só vai acontecer por meio de uma vida perseverante em ser fiel a

todos os aspectos das escrituras.


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8 - A AFETIVIDADE NO MINISTÉRIO COM CRIANÇAS

É importante gerar boas lembranças nos corações das crianças, pois quando

adultas sentirão alegria e prazer ao se recordaram dos momentos de sua infância na

igreja. A formação da memória é impulsionada pelo afeto. Quando um assunto traz

prazer e satisfação para um pessoa há um maior engajamento para conhecê-lo e

compreendê-lo.

A memória afetiva se desenvolve a partir de percepções sensoriais ligadas a

um momento afetivo importante (PORTILLO, 2006). Seja de modo negativo ou positivo,

é possível gerar na criança sentimentos importantes relacionados a figura de Jesus que

pode fazer com que ela se aproxime ou se afaste da fé, isso por meio de relações

interpessoais dentro de um contexto de igreja, pois a criança está se estabelecendo

como ser humano a partir de suas relações seja em casa, na escola, no convívio com

seus pares, na igreja – quando faz parte de uma.

Muito se fala de afetividade em contextos escolares por se tratar de um aspecto

muito importante e que favorece a aprendizagem, mas ela tem um papel imprescindível

no desenvolvimento da criança em todos os lugares de convivência, que se manifesta

primeiramente no comportamento e posteriormente na expressão (SARNOSKI, 2014).

Aprendizagem significa um processo de mudança de comportamento que se

adquiri por meio de experiências emocionais, neurológicas, relacionais e ambientais

(HAMZE, 2022). A partir deste conceito é possível afirmar que a conversão nada mais é

do que um constante processo de aprendizagem. Para Bock:


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A aprendizagem sempre inclui relações entre as pessoas. A relação do

indivíduo com o mundo está sempre mediada pelo outro. Não há como

aprender e aprender o mundo se não tivermos o outro, aquele que nos fornece

os significados que permitem pensar no mundo a nossa volta. Veja bem,

Vygotsky defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsão

dentro de nos que vai se atualizando conforme o tempo passa ou recebemos

influência externa (BOCK, 1999, p 124).

Trazendo para o contexto de ministério com crianças, significa ensinar por meio

das relações afetivas. A criança aprende conceitos bíblicos importantes por meio da

convivência, e isso faz gerar importantes memórias que a auxiliará em seu crescimento

espiritual.

É importante ressaltar que o trabalho realizado com crianças na igreja é

inteiramente pedagógico, pois se trata de ensinar e aprender, e muitas das vezes

ocorre uma ênfase nas lições bíblicas e momentos específicos dentro das “salinhas”, e

deixa-se de lado as relações interpessoais em outros momentos que também são tão

importantes para o desenvolvimento da criança, principalmente porque aprendem mais

pelo modelo.

A afetividade tem um papel muito importante na vida de uma criança e a relação

positiva entre ela e o líder pode trazer efeitos benéficos no que diz respeito a maneira

como ela constrói o conceito sobre Jesus em sua mente. Sarnoski traz uma reflexão

importante sobre afetividade entre professor e aluno em contexto escolar, mas que se

adequa perfeitamente no ministério com crianças:


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As experiências vividas em sala de aula ocorrem, inicialmente, entre os

indivíduos envolvidos, no plano externo (interpessoal). Através da mediação,

elas vão se internalizando (intrapessoal), ganham autonomia e passam a fazer

parte da história individual. Essas experiências também são afetivas, os

indivíduos internalizam as experiências afetivas com relação a um objeto

especifico. (SARNOSKI, 2014)

Desta forma, a relação entre líderes e crianças pode causar um grande impacto

no desenvolvimento da fé dos pequenos que se prolongará em suas vidas adultas, mas

para que isso aconteça é necessário que se assuma o compromisso de

representatividade do caráter de Cristo que se exteriorize por meio do relacionamento

com as crianças.

7 – CONCLUSÃO

Para as crianças é muito importante que se materialize as informações para que a

aprendizagem ocorra de modo mais significativo. Mas de que maneira poderão

compreender a figura de Jesus se não podem vê-lo? Por meio da vida de líderes que o

representam, que se esforçam para seguir seus passos e “ser Jesus” na vida delas.

Por meio do serviço diário é possível alcançar a vida das crianças. Não adiantará

evangelizá-las, realizar apelos para que aceitem a Cristo como Senhor e Salvador e

lançá-las em igrejas onde serão tratadas como seres simplórios, que incomodam e

tiram a ordem do culto (SPURGEON, 2004). O resultado será abandono da fé devido

ao modo como elas foram conduzidas a se enxergarem dentro da congregação e pelos


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maus exemplos que vivenciaram. “Cuidar do coração de uma criança é essencial para o

desenvolvimento do caráter cristão neles e em nós” (Lovaglia, 2020, p. 201).

Deus nos deixou um padrão e modelo a ser seguido, e podemos encontrá-lo ao

observamos o comportamento de seu Filho, Jesus, descrito nos quatro evangelhos. O

presente artigo buscou trazer reflexões a cerca de condutas encontrados em Jesus e a

importância de um bom testemunho por meio das relações interpessoais que devem ser

exercidos por todas as pessoas que lidam com as crianças dentro da igreja, em

trabalhos evangelísticos e obras missionárias, afim de que haja uma colaboração para

perpetuação da conversão na vida das crianças, futuros discípulos.


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7-BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia de recursos para o ministério com crianças. 2.

ed. rev. e atual. – São Paulo: Hagnos, 2003.

BASTOS, C. L; KELLER, V. Aprendendo a aprender. Petrópolis: Vozes, 1995.

BOCK, A. M. B. (org). Psicologia: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. São

Paulo: Saraiva, 13ªed. 1999.

BREWSTER, Dan. A criança, a igreja e a missão. Tradução: Daniela Cabral, Elsie

Gilbert, Paula Mazzini e Valéria Lamim Delgado Fernandes. Viçosa/MG: Editora

Ultimato, 2015.

DOHERTY, Sam. Obediência à visão celestial. Tradução: Eros Pasquini. São Paulo:

APEC – Aliança Pró Evangelização de Crianças, 2008.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio: dicionário da língua

portuguesa. Curitiba: Editora Positivo Ltda. 2021, 954 p.

FONSECA, J.J.S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

HAMZE, Amélia. O que é a aprendizagem? Canal do Educador. 2022. Disponível em:

https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/o-que-e-aprendizagem.htm.

Acesso em: 23 de janeiro de 2023.

LOVAGLIA, Dan. Mais do que tios da salinha: de influenciadores de crianças a

formadores de discípulos. Tradução: Onofre Muniz. São Paulo: Editora Vida, 2020.
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SOARES, Gisele Rodrigues. Narrativas vivas de memórias de/na infância: as

crianças que (se) narram e suas experiências sociais em família. Tese (Mestrado) –

Faculdade de Educação, Programa de Pós graduação em Educação, Universidade

Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, BR-RS, 2021. Disponível em:

https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/229886. Acesso em: 3 de janeiro de 2023.

SPURGEON, Charles Haddon. Pescadores de Crianças. Tradução: Hope Gordon.

São Paulo: Shedd Publicações, 2004.

SANOSKI, Eliamara Aparecida. Afetividade no processo ensino-aprendizagem.

Revista de Educação do IDEAU. Alto Uruguai - RS. Vol. 9, Nº 20, julho – dezembro

2014 Semestral. Disponível em: https://www.caxias.ideau.com.br/wp-

content/files_mf/0591228939ab3bddbe3d293fc78a6251223_1.pdf. Acesso em: 20 de

janeiro de 2023.

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