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Campus de São José do Rio Preto

Programa de Pós-Graduação em Letras

1 – DISCIPLINA

NOME: Literatura brasileira: linhas de força e tensão (O romance brasileiro contemporâneo).


Linha de Pesquisa: História, Cultura e Literatura
Número de créditos: 9
Docente responsável: André Luís Gomes de Jesus

2 – EMENTA

Estudo das relações tensivas entre textos da literatura brasileira, no âmbito das perspectivas dos
estudos sincrônicos (como paródia e tradução, transculturação, releituras da tradição e ruptura)
e/ou diacrônicos (como formação e revisão). A poesia e a prosa brasileiras modernas e
contemporâneas em diálogo com a tradição; do moderno ao contemporâneo. Suportes. Linhas de
força das vanguardas e suas releituras

3 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Inflexões no romance brasileiro: Clarice Lispector e João Guimarães Rosa e a consolidação


da modernidade literária
2. A narrativa brasileira da segunda metade do século XX: experimentalismo e representação
realista
2.1 A permanência da representação realista
2.2 Experimentalismo e alegoria: Roberto Drummond, Ignácio de Loyola Brandão
2.3 O romance dos anos 80 -90: Caio Fernando Abreu, Chico Buarque
3. Permanências e transformações no romance brasileiro do século XXI
3.1 Novas vozes do início do século: Luiz Ruffato, Bernardo Carvalho
3.2 A questão racial entra em cena: Ana Maria Gonçalves, Conceição Evaristo
3.3 A alteridade no recente romance brasileiro: Itamar Vieira Júnior, Jeferson Tenório, Stênio
Gardel e Maria Valéria Rezende.

4 – BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

TEXTOS LITERÁRIOS

ABREU, C. F. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
BRANDÃO, I. L. Zero. São Paulo: Codecri, 1979.
BUARQUE, C. Benjamin. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
CALLADO, A. Bar Don Juan. 2.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971
CARVALHO, B. Nove noites. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
DRUMMOND, R. O dia em que Ernest Hemingway morreu crucificado. São Paulo: Ática, 1978.
EVARISTO, C. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2016.
GARDEL, S. A palavra que resta. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
GONÇALVES, A. M. Um defeito de cor. São Paulo: Record, 2006.
REZENDE, M. V. Quarenta dias. São Paulo: Alfaguara, 2014.
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RUFFATO, L. Eles eram muitos cavalos. São Paulo: Record, 2000.


VIEIRA JUNIOR, I. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.
TELLES, L. F. Ciranda de pedra. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
TENORIO, J. O avesso da pele. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

TEXTOS DE TEORIA E CRÍTICA LITERÁRIA

AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo. Chapecó: Argos, 2009.


BAKHTIN, B. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
BARBOSA, J. A. A modernidade no romance. In: PROENÇA FILHO, D. O livro do seminário.
São Paulo: LR Editores Ltda., 1983. p. 19-42.
BARTHES, R. O efeito de real. In: GÉNETTE, G et al. Literatura e semiologia. Petrópolis:
Vozes, 1972, p. 35 – 44.
BAUMAN, Z. O mal-estar na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In:___.Obras
escolhidas 1: magia e técnica, arte e política. Trad. de Sérgio Paulo Rouanet. 2. ed. São Paulo:
Brasiliense, n1985. p. 165 – 196.
______. O conceito de crítica de arte no romantismo alemão. Trad. de Márcio Seligmann-Silva.
3. ed. São Paulo: Iluminuras, 2002.
BHABA, H. O local da cultura. 2.ed. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1998.
BLOOM, H. O cânone ocidental: os livros e a escola do tempo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001,
p. 23-45.
BOSI, A. Céu, Inferno. São Paulo, Ática, 1988.
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BROOKSHAW, D. Raça e cor na literatura brasileira. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.
BUENO, L. Uma história do romance de 30. São Paulo: Edusp, 2006.
CAIRO, L. R. Literatura Brasileira e o Canone Literario. Sao Paulo: VI Congresso
da Associaçao Internacional de Lusitanistas. 2006. Disponivel em
http://www.geocities.com/ail_br/literaturabrasileiraecanoneliterario.html . Acesso em:03 Fev.
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1977. p. 205-223.
______. Metalinguagem e outras Metas. São Paulo: Perspectiva, 1992.
______. Ruptura dos Gêneros na Literatura Latino Americana. São Paulo: Perspectiva, 1976.
CÂNDIDO, A. Literatura e sociedade. São Paulo: Editora Nacional, 1965.
______. Literatura e subdesenvolvimento. In: MORENO, C. F. América Latina em sua
literatura. São Paulo: Perspectiva, 1979. p. 343-362.
CANCLINI, N. G. Culturas híbridas: Ideias para entrar e sair da Modernidade. 4.ed. Trad.: Ana
Regina Lessa e Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: Edusp, 2011
CHAGAS, P. D. Após a nacionalidade: história do romance e produção romanesca no Brasil e na
América Latina. Estudos de literatura brasileira contemporânea, n. 38, p. 41-59, 2011.
CHKLOVSKI, V. A arte como procedimento. In: TODOROV, T. Teoria da literatura: textos
dos formalistas russos. São Paulo: Editora Unesp, 2013. p. 83-108.
COMPAGNON, A. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Trad. Cleonice P. B.
Mourao, Consuelo F. Santiago. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
CUTI. A literatura negro-brasileira. São Paulo: Selo negro, 2010.

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Poéticas afro-brasileiras. Belo Horizonte: Ed da Puc-MG/ Mazza, 2002, p. 19-36.


DALCASTAGNÈ, R. Literatura brasileira contemporânea: um território contestado.
Vinhedo-SP: Horizonte, 2012.
DUARTE, E. A. O negro na literatura brasileira. Navegações, v.6, n.2, p. 146-153, 2013.
ECO, U. Apocalípticos e integrados. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1993.
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MELLO, F. A. Literatura e crítica no Brasil hoje. Brasília: Edições Carolina, 2017.
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RAMA, A. Literatura, Cultura e Sociedade na América Latina. Belo Horizonte: Humanitas,
2008.
RANCIÈRE, J. O fio perdido: ensaios sobre a ficção moderna. Trad.: Marcelo Mori. São Paulo:
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palavras, 2008.
ROSENFELD, A. Reflexões sobre o romance moderno. In: ___. Texto/contexto I. 5. ed. São
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SANTIAGO, S. O entre-lugar do discurso latino-americano. In: ___. Uma literatura nos
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SCHØLLHAMMER, K. E. “Realismo afetivo: evocar realismo além da representação”,
Estudos de literatura brasileira contemporânea, Brasília, n. 39, pp. 129-148, 2012.
SILVA, A. M. S. Os bárbaros submetidos: interferências midiáticas na prosa de ficção
brasileira. São Paulo: Arte e Ciência, 2006.
SÜSSEKIND, F. Literatura e vida literária. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
________. Objetos verbais não identificados. O Globo, 21 set. 2013. Disponível em:
<http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2013/09/21/objetos-verbais-naoidentificados-
umensaio-de-flora-sussekind-510390.asp >. Acesso em 21 set. 2013.

4 – METODOLOGIA

Aulas expositivas e discussões em sala sobre os textos literários analisados.

5 - AVALIAÇÃO

Trabalho individual em forma de texto.

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