APOSTILA DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

IGREJA EVANGÉLICA DE JESUS - RJ

O ESPÍRITO SANTO
“Eu vos batizei em água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo!” (Mc 1:8)
 Igreja Evangélica de Jesus - RJ
Av. Abílio Augusto Távora, 130 Jardim Alvorada
Nova Iguaçu, RJ.

Informações da Apostila

Título da Apostila: O Espírito Santo

Data: Janeiro de 2024

Pastor: Pr. Jean Coutinho

Superintendente: Pr. Alexandre França

Colaboradores: Pb. Renato Vieira e Ob. Bruno Coutinho

Todos os direitos reservados a Igreja Evangélica de Jesus - RJ. Nenhuma parte da presente
publicação pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida por quaisquer que sejam os meios,
mecânico, fotocópia, eletrônico, sem a prévia permissão do editor.

Bilbiografia

1. Enciclopédia Mundo Bíblico, Sociedade Bíblica de Portugal

2. E-Sword (Enciclopédia Eletrônica), Rick Meyers
3. Comentário Bíblico Novo Testamento, Matthew Henry
4. Conhecendo as doutrinas da bíblia, Myer Pearlman
5. O batismo e a plenitude do Espírito Santo, John Stott
6. O poder do Espírito Santo, Billy Graham
7. Por que tarda o pleno avivamento?, Leonard Ravenhill
8. Curso de Paracletologia, Ron Crisp
 Índice
Lição 1: Quem é o Espírito Santo
04

Lição 2: A personalidade do Espírito Santo

07

Lição 3: O Espírito Santo no Antigo Testamento

10

Lição 4: O Espírito Santo no Novo Testamento

13

Lição 5: Símbolos que representam o Espírito Santo

16

Lição 6: O Espírito Santo na Experiência humana

19

Lição 7: O fruto do Espírito Santo

22

Lição 8: Enchendo-se do Espírito Santo

25

Lição 9: Batismo no Espírito Santo

28

Lição 10: Dons do Espírito Santo

31

Lição 11: Pecados contra o Espírito Santo

34

Lição 12: O que não é o Espírito Santo

37
 Quem é o
Espírito Santo
Aula dada em
Dia Mês Ano

João 15:26,27

Text o Áureo:
Quando vier o Ajudador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da
verdade, que do Pai procede, esse dará testemunho de mim; (Jo 15:26)

2.1. Espírito de Deus - O Espírito é o executivo

Com exceção das Epístolas 2 e 3 de João, to-
dos os livros do Novo Testamento contêm referên-
cias à obra do Espírito; todos os Evangelhos co-
meçam com uma promessa do derramamento do
Espírito Santo.
No entanto, é reconhecida como a doutrina mais
negligenciada. O formalismo e o medo indevido
do fanatismo têm produzido uma reação contra a
ênfase na obra do Espírito na experiên-
cia pessoal.
1. Quem é o Espírito Santo (Rm 8:26)
Seu nome tem como origem, 2 palavras do gre-
go:
• Paracleto, do grego "parakletos”, cujo significado
é: Consolador, Advogado, Conselheiro, Amigo,
Aliado, Fortalecedor, Socorro.
• Pneuma, do grego "pneuma": sopro, espíri-
to.
2. A natureza do Espírito Santo
Quem é o Espírito Santo? A resposta a esta per-
gunta encontrar-se-á no estudo dos nomes que
lhe foram dados:
da Divindade, operando tanto na esfera física co-
mo na moral (Rm. 8:14). ele nunca chama a aten-
ção para si próprio, mas sempre para a vontade
de Deus e para a obra salvadora de Cristo. "não
falará de si mesmo" (João 16:13).
2.2. Espírito de Cristo - Ele é enviado em no-
me de Cristo (Jo 14:26). O Espírito Santo é cha-
mado Espírito de Cristo porque sua mis-
são especial nesta época é a de glorificar a Cristo
(Jo 16:14). O Espírito Santo torna possível e real
a onipresença de Cristo no mundo (Mt 18:20) e
sua habitação nos crentes.
2.3. Consolador - Esse é o título dado ao Espí-
rito no Evangelho de João, capítulos 14 a 17. A
palavra "Consolador" ("parakletos", no grego) sig-
nifica alguém chamado para ficar ao lado de ou-
trem, com o propósito de ajudá-lo em qualquer
eventualidade, especialmente em processos le-
gais e criminais.
2.4. Espírito Santo - Ele é chamado santo, por-
que é o Espírito do Santo, e porque sua obra prin-
cipal é a santificação. O Espírito Santo veio para
reorganizar a natureza do homem e para opor-se
a todas as suas tendências más.
2.5. Espírito da Promessa - A prerrogativa
mais elevada de Cristo, era a de conceder o Espí-
rito, e esta prerrogativa Jesus a reivindicou quan-
do disse: "Eis que sobre vos envio a promessa de
meu Pai" (Luc. 24:49; Gál. 3:14).

04
Lição 1: Quem é o Espírito Santo?

2.6. Espírito da verdade - O Espírito Santo é o
Intérprete de Jesus Cristo. Ele não oferece uma
nova e diferente revelação, mas abre as mentes
dos homens para verem o mais profundo significa-
do da vida e das palavras de Cristo.
2.7. Espírito da graça - O Espírito Santo dá
graça ao homem para que se arrependa, quando
peleja com ele; concede o poder para santifica-
ção, perseverança e serviço. (Hb. 10:29; Zac.
12:10.)
2.8. Espírito da vida - O Espírito é aquela Pes-
soa da Divindade cujo oficio especial é a criação e
a preservação da vida natural e espiritual. (Rm.
8:2; Ap. 11:11.)
2.9. Espírito de adoção - Quando a pessoa é
salva, não somente lhe é dado o nome de filho de
Deus, e adotada na família divina, mas também
recebe "dentro de sua alma o conhecimento de
que participa da natureza divina. (Rm 8:15.)
cionamento do Filho entre o pai. Teologicamente
falamos de Cristo como a Segunda Pessoa da
Trindade.
3.3. Deus, o Pai - O pai nem "procede" e nem é
"gerado" por ninguém e assim falamos dEle como
a Primeira Pessoa da Trindade. Devemos lembrar
que estes termos nunca podem implicar inferiori-
dade às Pessoas Divinas.
A Unidade Divina é uma Unidade Composta,
onde há realmente três pessoas distintas, cada
uma das quais é a unidade, mas cada um é cons-
ciente das outras duas, em comunhão eterna.
Nesse sentido, podemos afirmar que não são três
deuses independentes e com existência própria,
mas, um único Deus.
A teologia não é nada mais do que a gramática da
língua do Espírito Santo.

3. O Espírito Santo na trindade

A Bíblia nos ensina que conquanto haja um só

Deus (Deuteronômio 6:4), há três personalidades
na divindade (Mateus 28:19; I João 5:7). Neste
estudo da divindade do Espírito Santo seria ajuda-
dor se relembrássemos do relacionamento entre
as Pessoas do Deus Trino:
Sabendo que temos o Espírito Santo habitando
3.1. Deus, o Espírito Santo - Teologicamente
em nós recebemos gozo e confiança de Deus.
falamos do Espírito Santo como a Terceira Pes-
Estas verdades devem animar a nossa fé ( I João
soa da Trindade e é Ele quem Procede do Pai e
4:4) e provocar repúdio do pecado (I Cor 6:18,19).
do Filho (João 15:26; Salmos 104:30; Gálatas 4:6;
Que Deus use essa lição para confirmar essa
Filipenses 1:19). "Processão Eterna" esta frase é
grande verdade da divindade do Espírito Santo.
usada para descrever o relacionamento do Espíri-
to Santo com o Pai e o Filho.
3.2. Deus, o Filho - Jesus Cristo é o Filho uni-
gênito do Pai. Cristo tem sido sempre o Filho do
pai (Gálatas 4:4; João 3:16; Isaías 9:6). "Geração
Eterna" esta frase é usada para descrever o rela-

Vocabulário:
Processão: Procedência; Repúdio: Rejeiar; Abandonar;
Prerrogativa: Privilégio; Regalia;

Verbetes da Teologia Moderna: Reforma

A Reforma foi a renovação da vida religiosa acontecida na Europa do século XVI pelo retorno às ori-
gens do Cristianismo. Preparada pelo humanista Erasmo de Roterdão (1466-1536), a Reforma foi inicia-
da pela obra do monge agostiniano Martinho Lutero (1483-1546) que em 1517 afixou, nas portas da cate-
dral de Wittenberg, 95 teses contra a venda das indulgências.

05
07
 A personalidade do
Espírito Santo
Hebreus 3:7-9
Text o Áureo:
Pelo que, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, (Hb 3:7)
A personalidade (quer dizer, a qualidade ou fato
de ser uma pessoa) do Espírito Santo é um fato
descrito na Bíblia tanto quanto a personalidade do
Pai e do Filho. Quando o homem nega essa ver-
dade fica evidente uma cegueira Satânica. Satã,
quem ataca toda a verdade, tem atuado em duas
frentes contra a doutrina da personalidade do Es-
pírito Santo:
A) Negação doutrinária - O herege antigo,
Arius, falou do Espírito como a "energia exercida
por Deus". Isso reduz o Espírito de Deus à uma
mera amostra do poder do Pai. Este erro ainda é
divulgado por várias seitas.
B) Negação prática - Há muitos religiosos que,
mesmo não negando a doutrina da personalidade
do Espírito em suas confissões de fé, na prática
vêem a Ele como um simples poder. Devido a
obra do Espírito ser invisível eles o confundem
com as suas obras e dons.
1. O Espírito Santo está associado ao Pai e ao
Filho
É impossível entender como alguém pode negar
a personalidade do Espírito e ainda ter bom senso
com as Escrituras (Mateus 28:19; II Coríntios
13:13; I João 5:7).
Aula dada em
Dia Mês Ano
2. O Espírito Santo tem todos os atributos de
uma pessoa
2.1. Ele pensa - I Coríntios 2:10-11; Atos 15:28.
2.2. Ele sente
A) Ele pode ser entristecido - Efésios 4:30
B) Ele pode ser contristado - Isaías 63:10
C) Ele ama - Romanos 15:30
2.3. Ele executa volição (Poder de Escolha) -
I Coríntios 12:11.
2.4. Ele age
A) Ele inspirou as Escrituras - II Pedro 1:21
B) Ele ensina - João 14:26
C) Ele guia - Romanos 8:4; 8:14
D) Ele fala - Atos 8:29; 13:2
E) Ele convence - João 16:8-11
F) Ele regenera - João 3:5
G) Ele conforta - João 14:16
H) Ele testifica - João 15:26
I) Ele intercede - Romanos 8:26
J) Ele chama para o ministério - Atos 13:2;
20:28
07
Lição 2: A personalidade do Espírito Santo

L) Ele cria - Jó 33:4 4.4. Santidade - Significa a inacessibilidade no

Espírio Santo em relação ao pecado. O ser huma-
2.5. O Espírito Santo nunca deve ser confundido
no é santo por causa da rejeição ao pecado, po-
com os Seus dons - (I Coríntios 12:4; 14:1). Todos
rém o Espírito Santo é incapaz de pecar.
os Cristãos têm o "dom do Espírito Santo,"
(At.2:38).
4.5. Onisciência - A capacidade de saber tudo
de todas as situações em todas as pessoas (I Co-
2.6. Cristo confortou os Apóstolos com a pro- ríntios 2:10)
messa da presença de uma outra pessoa divina 4.6. Soberania - Domínio Absoluto de suas ati-
em sua ausência - João 14:16. tudes e decisões (João 3:8; I Coríntios 12:11).
A palavra 'parakletos', traduzida como 4.7. Onipotência - A capacidade de operar tudo
"Consolador" em João 14:16, é traduzida como o que lhe apraz, ter todo o poder (Gênesis 1:1-2;
"Advogado" em I João 2:1 e neste versículo refere João 3:5)
-se a Jesus Cristo. Jesus Cristo é nosso Consola-
dor e assim segue o Espírito, "outro Consolador" O direito de primogenitura do cristão é o poder do
que deve ser igualmente uma pessoa divina. A Espírito Santo.
palavra grega usada em João 14:16 para "outro" é
―allos‖ que significa "um outro do mesmo tipo" ao
invés de ―heteros‖ que Significa "um outro de um
tipo diferente."
2.7. São pronomes pessoais usados em referên-
cia ao Espírito Santo.
Em Atos 13:2 é usado o pronome ‘me’ e o verbo Logo, concluímos que o Espírito Santo é uma
na primeira pessoa ‗tenho‘. Em João 15:26 o pro- pessoa como a pessoa de Jesus Cristo, que nós
nome ‗ele‘ é usado, também, em João 16:8,13. não venhamos inverter as nossas concepções e
deixar de exercer comunhão com o Espírito Santo
de Deus.
3. Atributos da personalidade divina do Espíri-
to Santo

4.1. Eternidade - O tempo não exerce influência

sobre o Espírito Santo (Hebreus 9:14).
4.2. Vida - Somente em Deus nos podemos vi-
ver uma vida de verdade (Romanos 8:2).
4.3. Onipresença - A capacidade de estar pre-
sente em qualquer lugar ao mesmo tempo
(Salmos 139:7-8)

Vocabulário:
Volição: Determinado pela vontade; Inacessível: Imune; Não sujeito; isento;
Contristar: Causar tristeza; afligir; penalizar;

Verbetes da Teologia Moderna: Panteísmo

Essa palavra vem do grego, pan, "tudo", + Theós, "deus", dando a entender que tudo é Deus. De acordo
com o panteísmo, Deus é o cabeça da totalidade, e o mundo é o seu corpo. . E assim, o finito e o infinito
tornam-se uma e a mesma coisa, embora diferentes expressões de uma mesma coisa. O universo passa
a ser auto-existente, sem começo, embora sujeito a modificações. De acordo com o panteísmo, todos os
seres e toda a existência de Deus, são concebidos como um todo.

08
09
 O Espírito Santo no
Antigo Testamento
Salmos 51:10-12
Text o Áureo:
Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu santo Espírito. (Sl 51:11)
O valor da obra do Espírito Santo acentua-se se
observarmos sua atividade no Antigo Testamento.
Mesmo sendo cristãos do Novo Testamento, a
nossa dependência no Espírito Santo aumenta
quando contemplamos suas várias obras nas vi-
das dos heróis da fé do Antigo Testamento.
O Espírito Santo é revelado no Antigo Testa-
mento de três maneiras: primeira, como Espírito
criador ou cósmico, por cujo poder o universo e
todos os seres foram criados; segunda, como o
Espírito dinâmico ou doador de poder; terceira,
como Espírito regenerador, pelo qual a natureza
humana é transformada.
1. Espírito Criador
O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trinda-
de por cujo poder o universo foi criado. Ele paira-
va por sobre a face das águas e participou da gló-
ria da criação. (Gên. 1:2; Sal. 33:6; 104:30.)
O Espírito Santo, como Divindade inseparável
em toda a criação, manifesta sua presença pelo
que chamamos as leis da natureza. Ele é o princí-
pio da ordem e da vida, o poder organizador da
natureza criada. Todas as forças da natureza são
apenas evidências da presença e operação do
Espírito de Deus. As forças mecânicas, a ação
Aula dada em
Dia Mês Ano
química, a vida orgânica nas plantas e nos ani-
mais, a energia relativa à ação nervosa a inteli-
gência e a conduta moral são apenas evidên-
cias da imanência de Deus, da qual o Espírito
Santo é o agente. O Espírito Santo criou e susten-
ta o homem. (Gên. 2:7; Jo 33:4.)
2. Espírito dinâmico que produz
O Espírito Criador criou o homem a fim de for-
mar uma sociedade governada por Deus; em ou-
tras palavras, o reino de Deus. Depois que entrou
o pecado e a sociedade humana foi organizada à
parte de Deus e em oposição à sua pessoa, Deus
começou de novo ao chamar o povo de Israel, or-
ganizando-o sob suas leis, e assim constituindo-o
como reino de Jeová. Ao estudar a história de
Israel lemos que o Espírito Santo ins-
pirou certos homens para governar e guiar os
membros desse reino e para dirigir seu progresso
na vida de consagração. A operação dinâmica do
Espírito criou duas classes de ministros: primeira,
obreiros para Deus — homens de ação, organiza-
dores, executivos; segunda, locutores para Deus
— profetas e mestres.
2.1.) Obreiros para Deus. Como exemplos de
obreiros inspirados pelo Espírito, mencionamos
Josué (Num.27:18-23); Otoniel (Juízes 3:9-10; Jo-
sé (Gên.41:38-40); Bezaleel (Êxo. 35:30-31); Moi-
sés (Num. 11:16,17); Gideão (Jui. 6:34), Jefté (Jui
13
Lição 3: O Espírito Santo no Antigo Testamento

11:29); Sansão (Jui. 13:24,25); Saul (1 Sam. 4.1.) O Espírito ainda não havia sido dado como
10:6). É muito provável que, à luz desses exem- o Espírito do Cristo crucificado e glorificado. Por-
plos, os dirigentes da igreja primitiva insistissem que Jesus ainda não havia subido aonde estive-
em que aqueles que serviam às mesas deviam ra antes da encarnação (João 6:62), e ainda não
ser cheios do Espírito Santo (Atos 6:3). estivera com o Pai (João 16:7; 20:17).
2.2. Locutores de Deus. O profeta de Israel,
4.2.) Nos tempos do Antigo Testamento o Espí-
podemos dizer, era um locutor de Deus — um que
rito não era dado universalmente, mas, de modo
recebia mensagens de Deus e as entregava ao
geral limitado a Israel, e concedido segundo a so-
povo. Ele estava cônscio do poder celestial
berana vontade de Deus a certos indiví-
que descia sobre ele de tempos em tempos capa-
duos, como sejam: profetas, sacerdotes, reis e
citando-o para pronunciar mensagens não conce-
Juízes.
bidas por sua própria mente, característica que o
distinguia dos falsos profetas. (Ezeq. 13:2.) A pa- 4.3.) Alguns eruditos crêem que a concessão do
lavra "profeta" indica inspiração, originada duma Espírito nos tempos do Antigo Testamento não
palavra que significa "borbulhar" — um testemu- envolve a morada ou permanência do Espírito,
nho à eloqüência torrencial que muitas vezes que é característica do dom nos tempos do No-
emanava dos lábios dos profetas. (Vide Jo- vo Testamento ( 1 Co 6:19 ). Eles explicam que a
ão 7:38.) palavra "dom", implica possessão e permanência,
e que nesse sentido não havia Dom do
3. Espírito regenerador Espírito no Antigo Testamento.
Consideraremos as seguintes verdades relativas
ao Espírito regenerador. Sua presença é registra-
da no Antigo Testamento, porém não é acentua-
da; seu derramamento é descrito, principalmente
como uma bênção futura, em conexão com a vin- O propósito de estudar a manifestação do Espíri-
da do Messias; e mostra características distintas. to Santo no Antigo Testamento é justamente ter
mais provas que a Palavra de Deus é completa,
3.1) Operativo mas não acentuado. O Espírito
mesmo estando em uma dispensação diferente a
Santo no Antigo Testamento é descrito como as-
trindade já exercia o seu papel, mostrando que a
sociado à transformação da natureza humana. Em
bíblia é completa.
Isa. 63:10,11 faz-se referência ao êxodo e à vida
no deserto. Quando o profeta diz que Israel con-
tristou o seu santo Espírito, ou quando se diz que
deu seu "bom Espírito" para os instruir (Ne. 9:20),
refere-se ao Espírito como quem inspira
a bondade. (Sl. 143:10.)

4. As Características do Espírito Santo nesta

dispensação

Vocabulário:
Imanência: Que está contido ou que provém; Eloquente: Expressivo; Convincente;
Torrencial: Muito Abundante; Cônscio: Ciente; Consciente

Verbetes da Teologia Moderna: Monoteísmo

Essa palavra vem do grego mónos, "único" e theós, "Deus. Ela indica aquele ensino que só existe um
Deus, que tem interesse pelo homem, que continua interessado pela sua criação, intervindo. O Deus úni-
co é Pai. Essa é a proposição mais consoladora da religião, garantindo para o homem um teísmo basea-
do no amor.

14
12
 O Espírito Santo no
Novo testamento
Atos 2:1-4
Text o Áureo:
E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o
Espírito lhes concedia que falassem. (At 2:4)
Durante quatrocentos anos, parecia que o
Espírito Santo estivera em silêncio. Nenhuma voz
profética, inspirada pelo Espírito Santo, fora
ouvida, proclamando a mensagem de Deus ao
Seu povo. Essa época de silêncio, no entanto, foi
seguida por um período de atividades espirituais
sem precedentes.
O Espírito Santo agia com muita atividade no
Antigo Testamento, porém maior ocupação e
maiores atividades estavam reservadas para o
Seu ministério no Novo Testamento.
Pelo estudo a seguir, você vai aprender que o
Espírito Santo esteve poderosamente presente na
vida e no ministério de Cristo, em toda a sua
extensão. Teve, porém, lugar mais amplo no
desenvolvimento da nova Igreja, durante os
tempos descritos nos Atos dos Apóstolos.
1. O Espírito Santo em João Batista
1.1. Antes do Nascimento - Ao anunciar o nas-
cimento do precursor de Cristo, o anjo disse;
"...Será cheio do Espírito Santo, já do ventre ma-
terno" (Lc 1.15). Já antes do nascimento, a natu-
reza de João Batista era influenciada pelo Espírito
Divino. Disto resultou ser ele um menino diferente
dos demais "O menino crescia e se fortalecia em
Aula dada em
Dia Mês Ano
espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que
havia de manifestar-se a Israel" (Lc 1.76,77).
1.2. Na ocasião do nascimento - Quando po-
rém, cumpriu-se a predição do mensageiro celes-
te, consultado sobre qual nome o menino, escre-
veu na "tabuinha"; "João é seu nome" (Lc 1.63),
foi cheio do Espírito e profetizou de modo raro o
futuro do recém-nascido, chegando a dizer com
toda a segurança; "Tu, menino, serás chamado
profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor,
preparando-lhe os caminhos, para dar ao seu po-
vo conhecimento da salvação..." (Lc 1.76,77).
1.3. No seu ministério
A) Pela autoridade com que exortava o povo a
preparar o caminho do Senhor (Lc 3.2-4)
B) Pela firmeza com que anunciava a salvação
de Deus, a manifestar-se em Cristo (Lc 3:5-6 ).
C) Pela energia com que denunciava o pecado
do seu povo, conclamando-o ao arrependimento,
para escaparem do juízo prestes a manifestar-se,
qual machado já posto à raiz da árvore (Lc 3.7-9).
D) Pela segurança com que ensinava o cami-
nho do retorno a Deus (Lc 3.10-14)
E) Pela imparcialidade com que protestava
contra o pecado do rei Herodes (Lc 3.19)
10
Lição 4: O Espírito Santo no novo testamento

zéfiros suaves e amáveis. Houve uma aparência

2. O Espírito Santo no ministério de Cristo
O ministério de Jesus que durou cerca de três
anos e meio foi exercido no poder do Espírito
Santo. Com este poder dominou todos os inimigos
do gênero humano, como se segue:
2.1 Poder Sobre os Demônios - Os demônios
que desde milênios dominavam e afligiam a hu-
manidade, eram dominados e afugentados pelo
poder de Jesus. (Mc 5:7)
2.2. Poder sobre as Enfermidades - Leprosos
eram purificados ao toque da mão de Jesus.
Olhos que nunca tinham visto recebiam a luz e
podiam ver distintamente e, ouvidos surdos rece-
biam a audição (Mt 11.5)
2.3. Poder sobre a Natureza - Até a natureza
se curvava em submissão à autoridade da voz
ungida de Jesus (Mc 4.39).
2.4. Poder sobre as Circunstâncias - Jesus
multiplicou 2 peixes e 5 pães e fartou uma multi-
dão (Jo 6:5)
2.5. Poder sobre a Morte - Mesmo a morte per-
deu o seu poder diante destas palavras de Jesus
(Lc 8.54), (Jo 11.43).
de algo como chamas de fogo, que iluminou a ca-
da um deles, segundo o que João Batista dizia de
Cristo: Ele vos batizará com o Espírito e com fogo.
O Espírito, como fogo, derrete o coração, queima
a escória e acende afetos piedosos e devotos na
alma, na qual, como o fogo do altar, são ofereci-
dos os sacrifícios espirituais.
Foram cheios do Espírito Santo mais que an-
tes. Foram cheios das graças do Espírito, e mais
que antes, colocados sob sua influência santifica-
dora; mais separados deste mundo. Foram cheios
mais com as consolações do Espírito, e se regozi-
jaram mais que antes no amor de Cristo e na es-
perança do céu. Foram cheios dos dons do Espíri-
to Santo; tiveram poderes miraculosos para o
avanço do evangelho. Falaram, não de pensa-
mentos ou meditações prévios, senão como o Es-
pírito lhes dava que falassem. (At 2:1-4)
Se o Pentecoste não foi repetido, também não foi
revogado... Esta é a era do Espírito Santo.

3. O Espírito Santo nos atos dos apóstolos Desde então a dispensação da graça se esta-
beleceu até nós e hoje o Espírito Santo é derra-
Um som como o de um vento potente chegou mado sobre nós sem medidas, por causa disto
com muita força. Isto era para significar as influên- temos a liberdade de buscar com zelo o Espírito
cias e a obra poderosa do Espírito de Deus nas Santo cada vez mais em nossas vidas. Aleluia!
mentes dos homens, e por meio deles, no mundo.
Deste modo, as convicções do Espírito dão lugar
a suas consolações; e as “rajadas” rigorosas des-
se vento abençoado preparam a alma para seus

Vocabulário:
Precursor: Que faz prever; Prepara os atos; Predição: Ato de predizer; Profecia;
Conclamar: Bradar; Proclamar; Dispensação: Períodos Bíblicos;

Verbetes da Teologia Moderna: Ortodoxia

O eqüivalente em português da palavra grega "orthodoxia" (de orthos "certo", e doxa "opinião"), o que
significa crença correta, em contraste com a heresia ou a heterodoxia. A palavra expressa a idéia de que
certas declarações sintetizam como exatidão o conteúdo do Cristianismo às verdades reveladas e, por-
tanto, são por sua própria natureza normativas para a igreja universal.

11
15
 Símbolos que representam
o Espírito Santo
Mateus 3:16,17
Text o Áureo:
Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o
Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; (Mt 3:16)
Alguém disse: "as palavras são veículos inade-
quados para transmitir a verdade. Quando muito,
apenas revelam a metade das profundidades do
pensamento". Deus achou por bem ilustrar com
símbolos o que de outra maneira, devido à pobre-
za de linguagem humana, nunca poderíamos sa-
ber. Os seguintes símbolos são empregados para
descrever as operações do Espírito Santo:
1. Fogo
O fogo ilustra a limpeza, a purificação, a intrepi-
dez ardente, e o zelo produzido pela unção do Es-
pírito. O Espírito é comparado ao fogo porque
o fogo aquece, ilumina, espalha-se e purifica.
(Vide Jer. 20:9; Isa. 4:4; Mat. 3:11; Luc. 3:16.)
2. Vento
O vento simboliza a obra regeneradora do Espí-
rito e é indicativo da sua misteriosa operação in-
dependente, penetrante, vivificante e purificante.
(Ezeq. 37:7-10: João 3:8; Atos 2:2.)
3. Água
Aula dada em
Dia Mês Ano
O Espírito é a fonte da água viva, a mais pura, e
a melhor, porque ele é um verdadeiro rio de vida
— inundando as nossas almas, e limpando a poei-
ra do pecado. O poder do Espírito opera no reino
espiritual o que a água faz na ordem material.
A água purifica, refresca, sacia a sede, e torna
frutífero o estéril. Ela purifica o que está sujo e
restaura a limpeza. É um símbolo adequado da
graça divina que não somente purifica a alma
mas também lhe acrescenta a beleza divina. A
água é um elemento indispensável na vida física;
o Espírito Santo é um elemento indispensável na
vida espiritual. Qual é o significado da expressão
"água viva"? é viva em contraste com as águas
fétidas de cisternas e brejos: é água que sal-
ta, correndo sempre da sua fonte, sempre eviden-
ciando vida. Se essa água for detida num reserva-
tório, interrompida sua corrente, separada da sua
fonte, já não se pode dizer que é água viva.
Os cristãos têm a "água viva" na proporção em
que estiverem em contato com a fonte divina em
Cristo. (Êx. 17:6; Ez. 36:25-27; 47:1; João 3:5;
4:14; 7:38, 39.)
4. Selo
(Efés. 1:13; 2 Tim. 2:19.) Essa ilustração expri-
me os seguintes pensamentos:
4.1. Possessão - A impressão de um selo dá
a entender uma relação com o dono do selo, e é
um
16
Lição 5: Símbolos que representam o Espírito Santo

sinal seguro de algo que lhe pertence. Os crentes
são propriedade de Deus, e sabe-se que o são
pelo Espírito que neles habita. O seguin-
te costume era comum em Éfeso no tempo de
Paulo. Um negociante ia ao porto selecionar certa
madeira e então a marcava com seu selo — um
sinal de reconhecimento da possessão. Mais tar-
de mandava seu servo com o selo, e ele trazia a
madeira que tivesse a marca correspondente.
4.2. A idéia de segurança também está incluí-
da - (Efés. 1:13. Vide Apo. 7:3.) O Espírito inspira
um sentimento de segurança e certeza no cora-
ção do crente. (Rom. 8:16).
5. Azeite ou Óleo
O azeite é, talvez, o mais comum e mais conhe-
cido símbolo do Espírito. Quando se usava o azei-
te no ritual do Antigo Testamento, falava-se de
utilidade, frutificação, beleza, vida
e transformação. Geralmente era usado como ali-
mento, para iluminação, lubrificação, cura, e alivio
da pele. Da mesma maneira, na ordem espiritual,
o Espírito fortalece, ilumina, liberta, cura e alivia a
alma. Exemplos Bíblicos:
5.1. A unção de Davi para Rei de Israel (1 Sm
16:11-14)
5.2. A oração com óleo para curar (Tg 5:14)
"O Espírito de Deus como pomba pousava sobre
as águas." Cristo falou da pomba como a encar-
nação da simplicidade, uma das be-
las características dos seus discípulos. Mt. 10:16.
7. Vestimenta
O símbolo da vestimenta denota um sentido de
proteção e revestimento, vamos falar nas próxi-
mas lições sobre revestimento de poder, vale
mencionar nesta parte a capacidade que o Espíri-
to Santo tem nos fortalecer diante as circunstân-
cias contrárias da vida. (Lc 24:49)
8. Penhor
Este símbolo é um dos mais lindos e reflete dire-
tamente no preço que foi pago na cruz do calvário
por nós. (2 Co 1:22; 2 Co 5:5; Ef 1:14).
Ele é o penhor ou as primícias da nossa heran-
ça celestial, uma garantia da glória vindoura. Os
crentes têm sido selados, mas devem ter cuidado
que não façam alguma coisa que destrua a im-
pressão do selo. (Efés. 4:30.)
O Espírito Santo é o anel de noivado que o Noivo
celestial nos dá.

6. Pomba
Vale lembrar que como simbologia, nós estuda-
mos apenas as figuras que biblicamente represen-
A pomba, como símbolo, significa brandura, do-
tam o Espírito Santo, porém o próprio Espírito tem
çura, amabilidade, inocência, suavidade, paz, pu-
uma autonomia muito maior do que os próprios
reza e paciência. Entre os sírios é emblema dos
símbolos sugerem.
poderes vivificantes da natureza. Uma tradição
judaica traduz Gên. 1:2 da seguinte maneira.

Vocabulário:
Intrepidez: Coragem; Ousadia; Penhor: Garantia; Segurança; Prova;

Verbetes da Teologia Moderna: Secularismo

Em termos gerais, o secularismo envolve uma afirmação da realidades imanentes deste mundo. E uma
cosmovisão e um estilo de vida que se inclina para o profano mais do que para o sagrado, o natural mais
do que o sobrenatural. O secularismo é uma abordagem não-religiosa da vida individual e social.

17
18
 O Espírito Santo na
Experiência Humana
Jo 16:7-13
Text o Áureo:
Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade;
porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas
vindouras. (Jo 16:13)
Esta seção concerne às várias operações do
Espírito em relação com os homens. Explicando
melhor, nós vamos tratar os pilares do relaciona-
mento entre o Espírito Santo e o homem.
1. Convicção
Em João 16:7-11 Jesus descreve a obra do
Consolador em relação ao mundo. O Espírito agi-
rá como "promotor de Justiça", por assim dizer,
trabalhando para conseguir uma condenação divi-
na contra os que rejeitam a Cristo. Ele convencerá
o homem das seguintes verdades:
1.1. O pecado de incredulidade - Descreve-se
o pecado da incredulidade como o pecado único,
porque, nas palavras de um erudito, "onde esse
permanece, todos os demais pecados surgem e
quando esse desaparece todos os demais desa-
parecem. Jamais homem algum foi convencido
da enormidade desse pecado, a não ser pelo pró-
prio Espírito Santo."
1.2. A justiça de Cristo - Usando Pedro, o Es-
pírito os convenceu de que haviam crucificado o
Senhor da Justiça (Atos 2:36,37), mas também
ele lhes assegurou que havia perdão e salvação
em seu nome (Atos 2:38).
Aula dada em
Dia Mês Ano
1.3. O juízo sobre Satanás - Os homens são
convencidos pelo Espírito Santo de que na verda-
de são livres (João 8:36). Já não são súditos do
tentador; já não são obrigados mais a obedecer-
lhe, agora são súditos leais de Cristo, servindo-o
voluntariamente no dia do seu poder. (Sal. 110:3.)
2. Regeneração
Regeneração ou novo nascimento significa o ato
sobrenatural em que o homem é gerado por Deus
( 1 Jo 5:18 ), para ser seu filho ( Jo 1:12 ) e
participante da natureza divina ( 2 Pe 1:4 ).
Sendo assim, podemos afirmar que Deus realiza
a obra, conforme a sua vontade, e isso pelo poder
do Espírito Santo. ( Jo 16:8,9 ). Toda a Trindade
opera na realização do novo nascimento.
3. Habitação
Vide João 14:17; Rom. 8:9; 1Cor. 6:19; 2Tim.
1:14: 1João 2:27; Col. 1:27; 1João 3:24; Apo.
3:20. Deus está sempre e necessariamente pre-
sente em toda parte; nele vivem todos os homens;
nele se movem e têm seu ser. Mas a habitação
interior significa que Deus está presente de uma
maneira nova, mantendo uma relação pessoal
com o indivíduo. Esta união com Deus, que é cha-
mada habitação, morada, é produzida realmente
pela presença da Trindade completa.
19
Lição 6: O Espírito Santo na Experiência Humana

Senhor senão pelo Espírito Santo" (1Cor. 12:3;

4. Recebimento de dons Apo. 19:10; Mat. 16:16, 17; 1João 4:1,2).
5.2. Prova prática. Os corín-
Deus é soberano na questão de outorgar os
tios eram espirituais no sentido de que mostravam
dons; é ele quem decide quanto à classe de dom
um vivo interesse nos dons espirituais (1Cor. 12:1;
a ser outorgado. Ele pode conceder um dom sem
14:12). Entretanto, embora gloriando-se no poder
nenhuma intervenção humana, e mesmo sem a
vivificante do Espírito, parecia haver falta do seu
pessoa o pedir. Mas geralmente Deus age em co-
poder santificador. Estavam divididos em facções;
operação com o homem, e há alguma coisa que o
a igreja tolerava um caso de imoralidade indescri-
homem pode fazer nesse caso. O que se re-
tível; os irmãos processavam uns aos outros nos
quer daqueles que desejam os dons?
tribunais; alguns estavam retrocedendo para os
4.1. Submissão à vontade divina - A atitude costumes pagãos; outros participavam da ceia do
deve ser, não o que eu quero, mas o que ele quer. Senhor em estado de embriaguez.
Às vezes queremos um dom extraordinário, e
Deus pode decidir por outra coisa.
Deus está mais disposto a dar avivamento do que
4.2. Ambição santa - "Procurai com zelo os nós a recebê-lo.
melhores dons" (1Cor. 12:31; 14:1). Muitas vezes
a ambição tem conduzido as pessoas à ruína e ao
prejuízo, mas isso não é razão de não
a consagrarmos ao serviço de Deus.
4.3. Aquiescência - O fogo da inspiração pode
Estará o Espírito Santo com o crente no céu?
ser extinguido pela negligência; daí a necessidade
Ou o Espírito o deixará apos a morte? A resposta
de despertar (literalmente "acender") o dom
é que o Espírito Santo no crente é como uma fon-
que está em nos (2Tim. 1:6; 1 Tim. 4:14).
te de água que salta para a vida eterna (João
4:14). A habitação do Espírito representa apenas
5. A prova dos dons o princípio da vida eterna, que será consumada
na vida vindoura. "A nossa salvação está agora
As Escrituras admitem a possibilidade da inspi- mais perto de nós do que quando aceitamos a
ração demoníaca como também das supostas Fé", escreveu Paulo, cujas palavras significam
mensagens proféticas que se originam no próprio que experimentamos unicamente o princípio da
espírito da pessoa. Apresentamos as seguintes salvação que será consumada na vida vindoura.
provas pelas quais se pode distinguir entre a ins-
piração verdadeira e a falsa.
5.1. Lealdade a Cristo - o Espírito de Deus ins-
pira as pessoas a confessarem a Jesus como Se-
nhor. "Portanto, vos quero fazer compreender que
ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus
é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o

Vocabulário:
Erudito: Que tem instrução vasta e variada; Concerne: Refere-se; Diz respeito;
Aquiescer: Consentir; Concordar;

Verbetes da Teologia Moderna: Liberalismo

Conjunto de idéias e doutrinas que têm por objetivo assegurar a liberdade individual inclusive no campo
moral e religioso. Preconiza o direito ao indivíduo de adotar idéias e posições avançadas. É contrário a
qualquer tipo de intolerância. Admite maior amplitude na esfera das opiniões pessoais. Ex: Liberdade Ho-
mossexual, Liberdade de Expressão Sexual, Leis a favor do aborto, etc.

20
21
 O fruto do
Espírito Santo
Aula dada em
Dia Mês Ano

Gálatas 5:22,23

Text o Áureo:
Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. (Gl 5:25)

Ao mesmo tempo, é claro, estes três "cachos" es-

Deus Espírito Santo usa freqüentemente na Es-
critura a palavra fruto para indicar o que Ele espe-
ra do Seu povo quanto ao caráter. O fruto do Es-
pírito não é dividido entre os crentes, como os
dons do Espírito. Todos os cristãos devem ter to-
do o fruto do Espírito. Deus “espera” isto de nós;
1. O fruto do Espírito
De todas as passagens bíblicas que esboçam o
caráter de Cristo e o fruto que o Espírito produz
em nossa vida, a mais compacta e desafiadora é
Gálatas 5:22, 23. "Mas o fruto do Espírito é: amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bonda-
de, fidelidade, mansidão, domínio próprio". Nos
próximos três capítulos estudaremos detalhada-
mente cada um destes. Para facilitar o estudo,
podemos dividir estas nove palavras em três
"cachos" de frutas. Amor, alegria e paz são o pri-
meiro cacho; têm a ver principalmente com nosso
relacionamento com Deus. O segundo "cacho" –
longanimidade, benignidade e bondade – tratam
mais do nosso relacionamento com outras pesso-
as. O terceiro "cacho", fidelidade, mansidão e do-
mínio próprio, fala mais do nosso relacionamento
com nosso interior – as atitudes e ações do nosso
"eu".
tão todos relacionados entre si, e todos devem ser
visíveis em nosso ser. E todos estarão visíveis se
nós permanecermos em Cristo e permitirmos que
o Espírito Santo atue em nós.
1.1. Amor - Não deveria haver nada mais carac-
terístico no cristão do que o amor. "Nisto conhece-
rão todas que sois meus discípulos, se tiverdes
amor uns aos outros" (João 13:35). "Nós sabemos
que já passamos da morte para a vida, porque
amamos os irmãos" (1 João 3:14). "A ninguém
fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com
que vos ameis uns aos outros: pois quem ama ao
próximo, tem cumprido a lei" (Rom. 13:8).
1.2. Alegria - A palavra grega usada no Novo
Testamento para alegria repetidamente é usada
para indicar alegria de origem espiritual, como "a
alegria do Espírito Santo" (1 Tess. 1:6). Também
o Antigo Testamento usa frases como "a alegria
do Senhor" (Neem. 8:10b), para indicar que Deus
é a fonte da alegria.
1.3. Paz - Paz traz em si a idéia de unidade, sa-
tisfação, descanso, segurança e tranqüilidade. No
Antigo Testamento a palavra é shalom. Isaías dis-
se: "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz
aquele cujo propósito é firme; porque ele confia
em ti" (Isa. 26:3).

22
Lição 7: O fruto do Espírito Santo
1.4. Longanimidade - A palavra longanimidade
(paciência, na Bíblia na Linguagem de Hoje) vem
de uma palavra grega que tem a idéia de imper-
turbabilidade diante de provocações. O conceito
de paciência sob maus tratos, sem ficar com raiva
nem nutrir pensamentos de vingança ou retribui-
ção.
1.5. Benignidade - Esse termo vem de uma pa-
lavra grega que entende toda a nossa natureza
permeada de gentileza. Dessa forma, traz-se
Delicadeza, a qual acaba com tudo que é rude e
grosseiro. A palavra aparece poucas vezes em
nosso Bíblia em português, mas há ver-
sículos que a creditam às três pessoas da Trinda-
de. Salmo 18:35 fala da clemência ou benignidade
de Deus; 2 Coríntios 10:1 da benignidade de Cris-
to; e Gálatas 5:22 da benignidade do Espírito San-
to.
1.6. Bondade - O terceiro elemento deste trio é
bondade. Essa palavra é derivada de um termo
grego que se refere à qualidade das pessoas que
são dirigidas e desejam o que é bom, que repre-
senta os mais elevados valores éticos e morais.
Paulo escreve: "Porque o fruto da luz consiste em
toda a bondade, e justiça, e verdade" (Efés. 5:9).
1.7. Fidelidade - A fidelidade de que se fala
aqui não é uma referência à fé do crente, mas à
fidelidade que o Espírito Santo produz em uma
vida cristã entregue a Ele. A mesma palavra apa-
rece em Tito 2:10; a Escritura elogia muito este
traço de caráter. Fidelidade nas coisas pequenas
é um dos testes de caráter mais seguros, como
nosso Senhor mostra na parábola dos talentos:
"Foste "fiel no pouco, sobre o muito te colocarei"
(Mat. 25:21).
3. A promessa que Cristo faz a igreja
1.8. Mansidão - A palavra mansidão
(humildade, na Bíblia na Linguagem de Hoje) vem
de uma palavra grega que significa "brando; ser
suave no trato com outros". Jesus disse: "Felizes
os humildes, porque receberão o que Deus tem
prometido" (Mat. 5:5).
1.9. Domínio Próprio - Domínio próprio (ou
temperança, em algumas versões) é a terceira
parte deste cacho. A palavra grega significa se-
nhorio forte e pesado, capaz de controlar nossos
pensamentos e ações.
A mãe de John Wesley escreveu uma vez para
ele, enquanto ele ainda era estudante em Oxford,
assim: "Tudo que aumenta a autoridade do corpo
sobre a mente é mau." Esta definição me ajudou a
compreender "domínio próprio".
O fruto do Espírito não é emocionalismo nem
ortodoxia: é caráter.
O Espírito Santo já está no coração de cada
cristão, e Ele quer produzir o fruto do Espírito em
nós. Com isso, é preciso que haja uma mudança.
Um barco não afunda quando está na água, mas
afunda quando a água está nele. Se nós não
temos o fruto do Espírito não é por vivermos em
um mar de corrupção, mas pelo mar de corrupção
estar em nós.

Vocabulário:
Imperturbabilidade: Capacidade de não se perturbar

Verbetes da Teologia Moderna: Iluminismo

Movimento filosófico que teve seu apogeu no século XVIII e determinou a face espiritual do século XIX.
Caracterizou-se pela confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade, e pelo
incentivo à liberdade de pensamento. Irradiou-se da Inglaterra e dos Países Baixos. Apresenta aspectos
diversos conforme os países. O iluminismo católico mostra linhas nitidamente sociais e humanitárias.

23
24
 Enchendo-se do
Espírito Santo
Aula dada em
Dia Mês Ano

Atos 7:55,56

Text o Áureo:
Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em
pé à direita de Deus, (At 7:55)

boa saúde espiritual. A saúde pode ser experi-

Todo filho de Deus está sob a ordem de
"encher-se do Espírito" (Efésios 5:18). Então não
fiquemos contentes somente por aprendermos
essa doutrina, mas por estarmos em obediência, e
de fato experimentarmos esse "Encher". Alguns
estudiosos nesta área chamam esse encher de
―Plenitude do Espírito Santo‖
1. O que não é encher-se do Espírito
Antes de avaliar a plenitude do Espírito Santo,
vamos tomar alguns cuidados quanto a má inter-
pretação deste assunto:
1.1. Não está recebendo mais do Espírito -
Todo filho de Deus é habitado pelo Espírito Santo.
O Espírito de Deus é uma pessoa e seria loucura
dizer que Ele pode ser recebido em proporções.
Esta ideologia que o Espírito Santo vem em pe-
quenas porções é engano. O Espírito Santo já
está completo dentro de você.
1.2. Não é crescimento espiritual - Os cristãos
podem ser cheios do Espírito em todas as suas
fases de maturidade. Um “bebê” em Cristo pode
ser cheio do Espírito, enquanto, que um crente
maduro pode estar falhando nesta área. O viver "
cheio do Espírito" deve ser visto como uma
posição de
mentada em qualquer idade, contudo, a falta de
uma boa saúde é um impedimento ao crescimento
formal, tanto no reino físico quanto espiritual.
1.3. Não deve ser confundido com outros tra-
balhos do Espírito- Certa escola teológica de
intérpretes ensina que não se deve pedir o
Espírito, pela seguinte razão: no dia de
Pentecostes o Espírito Santo veio habitar
permanentemente na igreja; desde aquela época,
todo aquele que é agregado à igreja pelo Senhor
é batizado em Cristo. Por esse mesmo fato,
participa do Espírito ( 1 Co 12:13 ). No entanto,
como pecadores, aceitamos Cristo; como Santos
aceitamos o Espírito Santo. Como há uma fé para
com Cristo para a salvação, também há uma fé
para com o Espírito Santo para se alcançar poder
e consagração ( Atos 6:3; 2 Tm 1:6 ).
2. O que é ser cheio do Espírito
Para ser cheio do Espírito, é preciso render-se a
Ele em todas as áreas de sua vida. Comparada a
embriaguez essa experiência é freqüentemente
direta ou indireta (Efés 5:18; Lucas 1:15; Atos
2:13). Assim como o vinho controla o bêbado
fazendo dele uma pessoa evidente, o indivíduo
cheio do Espírito fica sob domínio do Espírito
Santo. Ele
25
Lição 8: Enchendo-se do Espírito Santo

torna-se evidente espiritualmente e capaz de tes-
temunhar do Seu Senhor.
A experiência daqueles que estiveram cheios do
Espírito parece muito variável. Na vida cristã nor-
mal o crente enche-se do Espírito enquanto con-
fessa seus pecados e rende-se a Deus. Em uma
certa instância o encher-se já não é tanto uma ex-
periência emocional porém uma continuação da
comunhão com Deus. Em outras ocasiões, o en-
chimento não foi procurado e veio com sinais es-
peciais. Por favor, note nos seguintes versículos
que a ocasião de encher-se era cercada de várias
circunstâncias: Lucas 1:15;1:41;1:67;4:1, Atos
2:4;4:8; 4:31; 7:55; 9:17; 11:24; 13:9; 13:52
3. Os resultados na Plenitude do Espírito
3.1. Ousadia na pregação - Não existe timidez
quando o homem usa a palavra de Deus pra apre-
goar as boas novas, quer seja em um púlpito de
igreja ou em um trem lotado. Devemos abrir mão
da omissão e anunciar a volta do Messias. Lucas
1:15-16, Atos 4:8, Atos 4:31, Atos 9:17-20, Isaías
61:1.
3.2. Gozo - É aquela sensação maravilhosa que
sentimos em nossas vidas a qual nenhum proble-
ma, quer seja material, financeiro, físico ou senti-
mental, pode tirar. Ter gozo no Senhor é simples-
mente passar pela prova dando Glória a Deus.
(Atos 13:52, Efésios 5:18-19)
3.3. União - Quando estamos vivendo em pleni-
tude do Espírito a nossa capacidade de exercer
união já é um atividade inerente do nosso ser.
Não existe espírito faccioso e nem ―2 pesos ou 2
medidas‖, somos impelidos a ajudar alguém so-
mente pelo amor do espírito que está transbor-
dando em nosso coração. (I Coríntios 3:1-3, Efé-
sios 4:3. )
3.4. Louvor - Não é somente cantar belas can-
ções, mais atribuir a primazia e render graças a
Deus em tudo o que Deus colocar nas suas mãos
para fazer (Ef 5:19,20)
3.5. Crescimento espiritual - Quando Deus
está no comando de nossa vida podemos esperar
crescermos diariamente na graça e no conheci-
mento de nosso Senhor (II Pedro 3:18).
3.6. O comportamento formal em nossas re-
lações para com os outros - Em Efésios 5:21-
6:9 Paulo fala sobre os vários deveres do marido,
esposa, filho, pai, empregado e empregador. Note
que o texto fala sobre o encher-se do Espírito
(Efésios 5:18). Paulo está ensinando com is-
so que podemos preencher nossas várias respon-
sabilidades corretamente somente pelo poder do
Espírito de Deus.
Ser cheio do Espírito é ter cumprido em nós tudo
o que Deus pretendia que ele fizesse quando o
colocou em nós.
Tomara que cada um de nós tome como dever
solene ser cheio do Espírito Santo. Ser cheio do
Espírito deve ser visto como uma experiência real
da vida cristã e não um privilégio de poucos
selecionados.

Vocabulário:
Ideologia: Sistema de idéias; Instância: Pedido urgente;
Inerente: Ligado por natureza;

Verbetes da Teologia Moderna: Agnosticismo

Doutrina que nega a possibilidade de um conhecimento racional e certo de qualquer realidade transcen-
dente. Para o agnosticismo a razão humana não pode adquirir uma ciência certa, a não ser das realida-
des apreendidas pela experiência sensível; apenas afirma que isso não se pode conhecer com certeza
por meio da razão. Como sistema teológico foi condenado pelos apóstolos e pela Igreja.

26
27
 Batismo no
Espírito Santo
Aula dada em
Dia Mês Ano

Atos 2:1-13

Text o Áureo:
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas,
tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.
(At 1:8)

é declarado em dois outros casos (Atos 10:44-46;

Nesta aula consideraremos os seguintes fatos 19:1-6) e infere-se de mais outro (Atos 8:14-22).
concernentes ao batismo no Espírito Santo: Seu
caráter geral, seu caráter especial, sua evidência
inicial, sua recepção e seu aspecto contínuo. 2. Suas características especiais

1. Característica geral O poder do Espírito Santo vem produzindo

É preciso deixar muito claro, que a promessa é
poder para servir e não a regeneração para a vida
eterna.
O fato acima mencionado demonstra a
possibilidade de a pessoa estar em contato com
Cristo e ser seu discípulo, e, contudo, carecer do
revestimento especial. Em Atos 8:12-16 temos o
caso de pessoas que aceitaram a Cristo, mas só
receberam o batismo no Espírito alguns di-
as depois.
efeitos extraordinários que chamaram a atenção
até do observador profano, que foi o caso de
Simão o mago, o qual foi impac-
tado pelo testemunho do poder do Espírito em Fili-
pe (At 8:9-13).
O dom do Espírito Santo veio a significar: o dom
de falar em estado de êxtase, de profeti-
zar com entusiasmo, curar os doentes pela ora-
ção, etc. O ponto que desejamos acentuar é o
seguinte: o batismo no Espírito Santo é um
batismo de poder, a julgar pelas descrições dos
resultados desse revestimento.
-

Acompanhando o cumprimento dessa promessa 3. Sua evidência inicial

(Atos 1:8) houve manifestações sobrenaturais
(Atos 2:1-4), das quais, a mais importante e co-
mum foi o milagre de falar em outros idiomas. O
fato dessa expressão oral, sobrenatural, ter
acompanhado o recebimento do poder espiritual
Antes do Pentecostes, o Espírito Santo já havia
descido sobre alguns; João Batista ( Lc 1:17 ),
Isabel ( Lc 1:41 ), Zacarias ( Lc 1:67 ), Simeão (
Lc 2:25 ) etc. Porém, em nenhum momento é

28
Lição 9: Batismo no Espírito Santo

Mencionada uma manifestação especial ligada à
experiência. Cabe ressaltar, que no dia de
Pentecostes o Espírito Santo veio acompanhado
de um sinal externo ( At 2:4 ). Foi realmente um
milagre. Embora essas línguas fossem
desconhecidas por eles, o povo que os ouviu
disse: “ Como pois os ouvimos, cada um, na
nossa própria língua materna? ” ( At 2:8 ).
Tanto esses que eram tomados por esse poder,
como também os que viam e ouviam suas mani-
festações foram convencidos de que um poder
do mundo superior atingira suas vidas, dotando-os
de capacidades de expressão e de outros dons,
os quais pareciam ser algo diferentes, e não ape-
nas uma intensificação da capacidade que já pos-
suíam.
A) Há alguma passagem no Novo Testamen-
to em que se faz distinção entre aqueles que
receberam o Batismo no Espírito e aqueles
que não o receberam?
1 Co 14:23 elucida bastante a questão acima.
Neste texto, a palavra ―indoutos‖ faz no sentido
original a aqueles que são ignorantes quanto ao
conhecimento, ou seja, aqueles que desconhe-
cem do assunto.
versão, mas normalmente há várias circunstân-
cias duma e de outra natureza que tornam neces-
sário algum tempo de espera diante do Senhor.
O escritor do livro dos Atos descreve da seguin-
te maneira as experiências dos convertidos sama-
ritanos, que já haviam crido e haviam si-
do batizados: "Os quais (Pedro e João), tendo
descido, oraram por eles para que recebessem o
Espírito Santo... Então lhes impuseram as mãos,
e receberam o Espírito Santo" (Atos 8: 15, 17).
Depois que os cristãos da igreja em Jerusalém
haviam orado a fim de receberem coragem para
pregar a Palavra, "moveu-se o lugar em que esta-
vam reunidos; e todos foram cheios do Espírito
Santo" (Atos 4:31). A expressão "moveu-se o lu-
gar", significa algo espetacular e sobrenatural que
convenceu os discípulos de que o poder que des-
ceu no dia de Pentecoste estava ainda presente
na igreja.
4.2. Oração individual. Saulo de Tarso jejuou e
orou três dias antes de ser cheio do Espírito Santo
(Atos 9: 9-17). O clamor constante e o desejo ar-
dente pelo batismo do Espírito é também uma das
ferramentas importantes para receber o mesmo.

4. Sua recepção
Como poderá a pessoa receber esse batismo de
poder?
4.1. Uma atitude correta é essencial. Os primei-
ros crentes que receberam o Espírito Santo
"perseveraram unânimes em oração e súplicas"
(Atos 1:14). O ideal seria a pessoa receber o der-
ramamento de poder imediatamente após a con-
Que a nossa geração não venha se acomodar
quanto a busca do Batismo no Espírito, para que o
avivamento venha ser a marca de nossa igreja!
Como escreveu Eurico Bergstén: “A maior
necessidade de cada homem do mundo é receber
Jesus como seu salvador. Mas a maior
necessidade de cada crente é receber o batismo
com o Espírito Santo e viver nesse poder..”

Vocabulário:
Indoutos: Que tem pouco saber; inepto, incapaz; Unânimes: Proveniente de acordo comum;
Inteligível: Que se compreende bem; Conspícuo: Visível; Notável; Ilustre;

Verbetes da Teologia Moderna: Deísmo

Doutrina que enfatizava que o conhecimento sobre questões religiosas e espirituais vem através da ra-
zão, e não através da revelação, que sempre aparece como suspeita e como instrumento de fanáticos e
de pessoas de estabilidade mental questionável. Vendo-se nisto a característica principal do deísmo, co-
nhecimento através da razão e não sobrenatural.

29
30
 Os dons do
Espírito Santo
Aula dada em
Dia Mês Ano

1 Co 12:7-11

Text o Áureo:
A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. (1Co 12:7)

to e mais amplo da vida cristã, tal como pertence

Qual é o propósito principal dos dons do Espírito
Santo? São capacidades espirituais concedidas
com o propósito de edificar a igreja de Deus, por
meio da instrução dos crentes e para ga-
nhar novos convertidos (Efés 4: 7-13). Em 1Cor.
12:8-10, Paulo enumera nove desses dons, que
podem ser classificados da seguinte maneira:
aos mais avançados (1Cor. 12:8; 13: 2,8,14:6;
2Cor. 6:6; 8:7; 11:16); o conhecimento mais eleva-
do das coisas divinas e cristãs das quais os falsos
mestres se jactam (1 Tim. 6:20); o conhecimento
concernente às coisas divinas e aos deveres hu-
manos (Rom. 2:20; Col. 2:3).
3. Fé

1. A palavra de sabedoria Uma qualidade de fé, às vezes chamada por

É aplicada à arte de interpretar sonhos e dar
conselhos sábios (Atos 7:10); à inteligência de-
monstrada no esclarecer o significado de algum
número ou visão misteriosos (Apo. 13:18; 17:9); o
conhecimento e prática dos requisitos para uma
vida piedosa e pura (Tia. 1:5; 3:13, 17);
o conhecimento e habilidade necessários para
uma defesa eficiente da causa de Cristo (Luc.
21:15);
nossos teólogos antigos, a "fé miraculosa", parece
vir sobre alguns dos servos de Deus em tempos
de crise e oportunidades especiais duma maneira
tão poderosa, de forma que tem uma certeza pos-
ta em suas almas que os faz triunfar sobre tudo,
Era uma fé desta qualidade especial de fé que ele
podia dizer, que um grão dela podia remover uma
montanha (Mat. 17:20).
4. Dons de curar

Dizer que uma pessoa tenha os dons signifi-

2. A palavra de ciência
A palavra denota: o conhecimento de Deus, tal
como é oferecido nos Evangelhos (2Cor. 2:14),
especialmente na exposição que Paulo fez (2Cor.
10:5); o conhecimento mais profundo, mais perfei-
ca que são usados por Deus duma maneira so-
brenatural para dar saúde aos enfermos por meio
da oração. Não se deve entender que quem pos-
sui esse dom tenha o poder de curar a todos; de-
ve dar-se lugar à soberania de Deus e à atitude e

31
Lição 10: Os dons do Espírito Santo

condição espiritual do enfermo. O próprio Cristo ção desse dom é ilustrada nas seguintes passa-
foi limitado em sua capacidade de operar milagres gens: João 1:47-50; 2:25; 3:1-3; 2Reis 5:20-26;
por causa da incredulidade de povo (Mat. 13:58). Atos 5:3; 8:23; 16:16-18.

5. Operação de milagres 8. Línguas

Operação de milagres, literalmente "obras de O dom de línguas é o poder de falar sobrenatu-

poder". A chave é Poder. (Vide João 14:12; Atos
1:8.) Os milagres "especiais" em Éfeso são uma
ilustração da operação do dom. (Atos 19:11, 12;
5:12-15.)
6. Profecia
A profecia, geralmente falando, é expressão vo-
cal inspirada pelo Espírito de Deus. A profecia bí-
blica pode ser mediante revelação, na qual o pro-
feta proclama uma mensagem previamente rece-
bida por meio dum sonho, uma visão ou pela Pa-
lavra do Senhor. O propósito do dom de profecia
do Novo Testamento é declarado em 1Cor. 14:3
— o profeta edifica, exorta e consola os crentes.
Quando Deus fala, permanecer apático é uma
forma de ateísmo prático
ralmente em uma língua nunca aprendida
por quem fala, sendo essa língua feita inteligível
aos ouvintes por meio do dom igualmente sobre-
natural de interpretação." Parece haver duas clas-
ses de mensagens em línguas: primeira, louvor
em êxtase dirigido a Deus somente (1Cor. 14:2);
segunda, uma mensagem definida para a igreja
(1Cor. 14:5).
9. Interpretações de línguas
O propósito do dom de interpretação é tornar
inteligíveis as expressões do êxtase inspiradas
pelo Espírito que se pronunciaram em uma língua
desconhecida da grande maioria presente, repe-
tindo-se claramente na língua comum, do po-
vo congregado. É uma operação puramente espi-
ritual.

7. Discernimento de espíritos
Aprendemos nesta lição que Deus tem dons so-
Vimos que pode haver uma inspiração falsa, a brenaturais para ser exercidos por nós, portanto
obra de espíritos enganadores ou do espíri- devemos buscar esses dons, não pra satisfazer o
to humano. Esse dom capacita o possuidor para nosso ego, mas para promulgar o reino de Deus
"enxergar" todas as aparências exteriores e co- na terra.
nhecer a verdadeira natureza duma inspiração.
A operação do dom de discernimento pode ser
examinada por duas outras provas: a doutrinária
(1João 4:1-6) e a prática (Mat. 7:15-23). A opera-

Vocabulário:
Jactam: Vangloriam; Gabam; Inteligível: Que se compreende bem;

Verbetes da Teologia Moderna: Evangelicalismo

Movimento no cristianismo moderno que transcende as fronteiras denominacionais e confessionais, en-
fatizando a conformidade com as doutrinas básicas da fé e um alcance missionário de compaixão e ur-
gência. Quem se identifica com este movimento é um "evangélico conservador" (ou "evangelical") que crê
no evangelho de Jesus Cristo e o proclama.

32
33
 Pecados contra o
Espírito Santo
Aula dada em
Dia Mês Ano

Marcos 3:28,29

Text o Áureo:
mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, mas será réu
de pecado eterno. (Mar 3:29)

advertência para os que seguiriam os seus pas-

O Espírito Santo tem o trabalho particular de
operar nos corações dos homens fazendo com
que eles recebam os benefícios salvadores do
trabalho de Cristo. Ele habita nos crentes e está
presente nas igrejas do Senhor. Ele também con-
dena o não salvo e luta contra os pecadores. De-
vido o Seu trabalho em nossas vidas e em nosso
meio, a Bíblia menciona certos pecados que são
cometidos contra Ele, enquanto Ele leva a cabo o
Seu trabalho especial.
1. Mentindo para o Espírito Santo
Em Atos 4:34; 5:11, nós temos a história de
Ananias e Safira que mentem para o Espírito San-
to. O pecado que eles cometeram não foi devido a
segurarem parte do dinheiro mas a pretensão de
dizerem que haviam dado tudo, de forma que re-
cebessem honra por um sacrifício que não fize-
ram. Eles são os pais de todos os que buscam
elogio por uma consagração que não possuem.
Levar tal decepção à igreja é um pecado contra
o Espírito Santo. Tentar enganar a igreja é o mes-
mo que tentar enganar o Espírito, Que é o admi-
nistrador onisciente da assembléia. Os homens se
esquecem que mexer com a casa de Deus é o
mesmo que mexer com o próprio Deus. Levando
a cabo o seu pecado Ananias e Safira estavam
tentando a Deus (Atos 5:9), e o seu destino é uma
sos.
2. Entristecendo o Espírito Santo
Em Efésios 4:30 Paulo nos instrui para que não
entristeçamos o Espírito Santo de Deus. O fato de
o Espírito pode ser entristecido implica em Ele
amar o povo de Deus. Nós podemos entristecer
somente aquele cujo amor e generosidade nós
desprezamos.
Esta idéia do amor do Espírito é usada por Pau-
lo como um motivo para não O entristecermos. O
fato de Ele nos selar revela o Seu amor e faz com
que Ele habite em nós, ajudando-nos e abençoan-
do-nos. O fato de Ele nos selar até o dia da reden-
ção revela que Ele nunca nos abandonará. Levan-
do em conta tal amor e generosidade desejaría-
mos pecar ou entristecê-lo?
O Espírito Santo é entristecido através do peca-
do na vida dos crentes. Nossos corpos são o Seu
templo e nós deveríamos estar alertas para não
nos sujarmos. Ele é perfeitamente santo e o peca-
do ofende a Sua pessoa. São mencionados mo-
dos particulares pelos quais o Espírito pode ser
entristecido no contexto de Efésios 4:30.
A. Palavras pecaminosas - Efésios 4:29, 31; e 5:4.
B. Atitudes pecaminosas - Efésios 4:31.

34
Lição 11: Pecados contra o Espírito Santo

C. Atos pecaminosos - Efésios 5:3.
Que Deus possa nos ajudar a caminhar pruden-
temente enquanto lembrarmos de Sua presença.
3. Extinguindo o Espírito Santo
Em I Tessalonicenses 5:19, nós somos adverti-
dos contra extinguirmos o Espírito. Isso um crente
pode fazer durante um certo tempo endurecendo
o seu coração contra a liderança do Espírito. Este
pecado seguramente traz castigos e deixa-nos
suscetíveis a cometermos muitos enganos. Modos
pelos quais o Espírito é extinguido são os seguin-
tes:
A) Rebelar-se contra a Palavra inspirada de
Deus como é registrada na Bíblia ou a palavra ce-
dida de forma oral pelos profetas (I Tessalonicen-
ses 5:20).
B) Abafando as repreensões do Espírito quan-
do nós O entristecemos.
pessoalmente com aqueles que nunca são salvos.
Como outras das bênçãos da graça comum (a
chamada do evangelho) o trabalho do Espírito
com o não eleito só não é eficaz devido a depra-
vação dos seus corações.
5. Blasfêmia contra o Espírito Santo
Em Mateus 12:22-32, nós temos a história de
algumas pessoas que cometeram o pecado im-
perdoável. Alguns fariseus acusaram a Cristo de
estar operando pelo poder de Satanás. Fazendo
isso eles blasfemaram contra o Espírito Santo
sendo que Cristo trabalhava pelo Seu poder (Atos
10:38). Nosso Senhor proclama este pecado co-
mo imperdoável. Tudo isso é bastante simples
contudo quando os homens começam a aplicar
estes preceitos nos dias de hoje isso resulta em
uma grande confusão. Alguns afirmaram que o
pecado imperdoável não pode ser cometido hoje e
outros definiram isto como somente a morte sem
Cristo.

C) Resistindo à liderança interna do Espírito O céu pagará qualquer prejuízo que possamos
em nossas vidas. sofrer para ganhá-lo; mas nada pode pagar o
prejuízo de perdê-lo.
4. Resistindo o Espírito Santo

Em Atos 7:51, Estevão acusou os judeus por

resistirem o Espírito Santo como fizeram os seus
pais (Hebreus 3:7-10, e Isaías 63:10). Em Gêne-
sis 6:3, Deus fala do Espírito contendendo com as Que Deus possa usar esta lição para fazer de
pessoas antes do dilúvio. Alguns tentaram inter- cada um de nós mais sensível ao perigo de desa-
pretar estas Escrituras como se estivessem ape- gradar o Espírito de Deus.
nas se referindo a rebelião das pessoas contra a
Palavra de Deus. Eles concluem falsamente pen-
sando que o seu trabalho nos eleitos significa que
ele nunca trabalha nos corações daqueles que
não serão salvos. Embora a rebelião contra a pa-
lavra de Deus resiste o Espírito Santo, contudo
não há nenhuma razão para negar que Ele lida

Vocabulário:
Assembléia: Reunião de numerosas pessoas para determinado fim;
Redenção: Ajuda ou recurso capaz de livrar ou salvar alguém de situação aflitiva ou perigosa;

Verbetes da Teologia Moderna: Gnosticismo

Gnosticismo é a primeira tentativa de uma filosofia cristã, tentativa conduzida sem rigor sistemático, com
a mistura de elementos cristãos, místicos, neoplatônicos e orientais. O gnosticismo cristão é basicamente
uma forma de heresia sobre a pessoa de Cristo, explicando-a termos teosóficos ou de filosofia pagã.

35
36
 O que não é o
Espírito Santo
Aula dada em
Dia Mês Ano

Deuteronômio 18:10-12

Text o Áureo:
Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, (Dt 18:10)

gundo a Tradução do Novo Mundo. Esta é uma

Em face a tantas derivações de interpretações
erradas da Palavra de Deus, hoje se sustenta no
seio de nossas igrejas algumas perspectivas fal-
sas da pessoa do Espírito Santo. Esta última lição
foi revestida de um cunho mais apologético para
que possamos terminar esta apostila ciente de
que aprendemos muito sobre o Espírito Santo,
porém existem vidas que precisam de você para
passar o ensinamento correto:
1. O Espírito Santo Não é uma Força Ativa
No princípio criou Deus os céus e a terra. Ora, a
terra mostrava ser sem forma e vazia; e havia es-
curidão sobre a superfície da água de profundeza;
e a força ativa de Deus movia-se por cima da su-
perfície das águas. (Tradução do Novo Mundo,
grifo acrescentado.)
As testemunhas de Jeová usam este versículo
para atacar a fé cristã na questão da personalida-
de do Espírito Santo. A maioria das traduções do
versículo 2 dizem que "o Espírito de Deus pairava
sobre as águas". Mas a sociedade Torre de Vigia
tem ensinado a seus seguidores que o Espírito
Santo é meramente uma força impessoal a servi-
ço de Deus. Para provar isto a seus ouvintes as
testemunhas de Jeová citam este versículo se-
situação na qual uma testemunha de Jeová não
precisa distorcer as Escrituras para encaixar as
doutrinas que aprendeu. O versículo vem pré-
distorcido em sua própria. Para responder à ale-
gação da testemunha de Jeová de que o Espírito
Santo é uma mera força impessoal, enfatize que a
Bíblia repetidamente se refere ao Espírito Santo
como tendo atributos pessoais. Por exemplo,
mesmo a Tradução do Novo Mundo revela que o
Espírito Santo fala (At. 13:2), dá testemunho
(João 15:26), fala as coisas que ouve (João
16:13), sente-se magoado (Is. 63:10) e assim por
diante.
2. Não é o mesmo espírito dos espíritas
Os espíritas, tanto com a LBV (Legião da boa
vontade) quanto as outras derivações do espiritis-
mo (Nova Era, etc.) crêem que o espírito que ha-
bita em nós, é um espírito que vaga por gerações
buscando um aperfeiçoamento em cada corpo. E
esta falsa crença traz consigo uma série de utopi-
as como o ―Karma‖, Reencarnação, Maldição He-
reditária, Vidas Passadas, etc.
Como a Palavra de Deus é inerrante e tudo que
é contrário a ela é considerado como maldito, va-
mos refutar o Espírito dos espíritas:

37
Lição 12: O que não é o Espírito Santo

Um contexto bíblico muito fácil de ser entendido
é a passagem de Lucas 16:21-31, na qual quebra
todo o conceito de crença do espiritismo.
3. Não é um enxugador de lágrimas
Outro grande engano sobre a pessoa do Espíri-
to Santo, vem por parte dos católicos. Eles dão
ênfase a atitude do Espírito Santo somente por
parte do atributo da consolação, que é inerente ao
Espírito Santo. Eles reivindicam o Espírito com a
finalidade somente de consolar (Jo 16:7), tornan-
do o Espírito Santo apenas um ―enxugador de lá-
grimas‖. Sabemos que o Espírito Santo adota esta
função, porém ele age de diversas formas como já
vimos na lição 2, como julgar causas, denunciar
pecado (inclusive a idolatria), etc.
4. Não é somente uma fonte de poder
Existe uma classe de Evangélicos que tem inter-
pretado a pessoa do Espírito Santo de uma ma-
neira errada, eles são os Super-Ultra-
Pentecostais, estamos falando daqueles que en-
contram demônio até em uma bolinha de gude.
Com o efeito da busca desenfreada somente por
poder, classificam o Espírito Santo como apenas
uma fonte de poder, para sugar e ficarem cada
vez mais cheios e cheios de poder.
Isto é um erro gravíssimo, vimos que devido ao
fato do Espírito Santo ter uma personalidade, ele
não pode ser reconhecido como uma mera fonte
de poder (Is 42:8). Vejamos o que este erro pode
implicar:
nos convém, ou seja, quando precisamos, reque-
remos ele assim como Aladdin requeria o Gênio
da Lâmpada. Damos mais importância ao efeito
do que a causa.
Não pense que quando recebemos o Espírito
Santo ele vem com um rótulo de ―descartável‖,
podemos ser réu do mesmo erro que aconteceu
com Saul. (1 Sm 16:14)
4.2. Ele não é manipulável por autoridade
humana - Quando requeremos o poder do Espíri-
to Santo, caímos em um erro grave de exigir que
o abençoador nos abençoe do jeito e no tempo
que quisermos. O Espírito Santo não é uma arma
que você saca quando quer e atira para qualquer
direção. Isto não é poder, é imaturidade!
4.3. Você não é o dono do Espírito Santo,
mas Ele é o seu dono - Façamos a ilustração da
casa, afinal de contas, você é morada do Altíssi-
mo. O Espírito Santo comprou a casa (1 Co 6:20),
Reformou a casa (Ef 4:23), Encheu a casa (Ef
5:18) e habitou nela (Ef 2:22). Logo, concluímos
que ele é o nosso dono, e não o contrário.
Sem o Espírito de Deus não podemos fazer nada,
a não ser acrescentar pecado sobre pecado.
Deus quer não apenas um culto de poder, mas
toda uma vida de entrega e obediência a ele, para
que ele sinta liberdade em nós tanto no habitar,
quanto no operar.

4.1. Ele não é um ser permutável, mas abso-

luto - Tratamos as vezes o Espírito Santo como

Vocabulário:
Cunho: Caráter, índole;
Apologético: Discurso para justificar, defender ou louvar;

Verbetes da Teologia Moderna: Secularização

Secularização é a libertação do que é mundano em relação ao que é santo. É a inversão de valores den-
tro dos campos teológicos e secularistas, onde o ser humano começa a se voltar para o presente esque-
cendo completamente o futuro.

38
39