APOSTILA DA ESCOLA DOMINICAL

IGREJA EVANGÉLICA DE JESUS - RJ

 Índice
Lição 1: Trindade
03

Lição 2: Dons Espirituais

06

Lição 3: Predestinação
09

Lição 4: Liturgia de Culto

12

Lição 5: Usos e Costumes

15

Lição 6: Dificuldades Bíblicas

18

Lição 7: A Volta de Cristo

21
 Trindade

Aula dada em
Dia Mês Ano
Exodo 20 : 2 - 3

Estudaremos na primeira lição um dos maiores
mistérios espirituais, na qual a nossa essência
cristã depende da consciência espiritual para crer:
A Trindade!
1. A doutrina declarada
As Escrituras, ensinam que Deus é Um, e que
além dele não existe outro deus. A Unidade Divina
é uma Unidade composta, e que nesta unidade há
realmente três Pessoas distintas, cada urna das
quais é a Divindade, e que, no entanto, cada uma
está sumamente consciente das outras duas.
(Jo 15:26).
A doutrina da Trindade é claramente uma doutri-
na revelada, e não doutrina concebida pela razão
humana. De que maneira poderíamos aprender
acerca da natureza íntima da Divindade a não ser
pela revelação? (1 Co 2:16). É verdade que a pa-
lavra "Trindade" não aparece no Novo Testamen-
to; é uma expressão teológica, que surgiu no se-
gundo século para descrever a Divindade. Mas o
planeta Júpiter existiu antes de receber ele este
nome; e a doutrina da Trindade encontrava-se na
Bíblia antes que fosse tecnicamente chamada a
Trindade.
2. A doutrina provada

Os três cooperam unidos e num mesmo propó-

Visto como a doutrina da Trindade concerne à
sito, de maneira que no pleno sentido da palavra,
natureza íntima da Trindade, não poderia ser co-
são "um". O Pai cria, o Filho redime e o Espírito
nhecida, exceto por meio de revelação. Essa re-
Santo santifica; e, no entanto, em cada uma des-
velação encontra-se nas Escrituras.
sas operações divinas os Três estão presentes.
2.1.) O Antigo Testamento - O Antigo Testa-
A Trindade é uma comunhão eterna, mas a obra
mento não ensina clara e diretamente sobre a
da redenção do homem evocou a sua manifesta-
Trindade, e a razão é evidente. Num mundo onde
ção histórica. O Filho entrou no mundo duma ma-
o culto de muitos deuses era comum, tornava-se
neira nova ao tomar sobre si a natureza humana e
necessário acentuar esta verdade em Israel, a
lhe foi dado um novo nome, Jesus. O Espírito
verdade de que Deus é Um, e de que não havia
Santo entrou no mundo duma maneira nova, isto
outro além dele. Se no princípio a doutrina
é, como o Espírito de Cristo incorporado na igreja.
da Trindade fosse ensinada diretamente, poderia
Mas ao mesmo tempo, os três cooperaram. O Pai
ter sido mal entendida e mal interpretada. Muito
testificou do Filho (Mt 3:17); e o Filho testificou do
embora essa doutrina não fosse explicitamente
Pai (Jo 5:19). O Filho testificou do Espírito (Jo
mencionada, sua origem pode ser vista no Anti-
14:26), e mais tarde o Espírito testificou do Filho
go Testamento. Sempre que um hebreu pronunci-

03
Lição 1: Tr indade
ava o nome de Deus (Elohim) ele estava realmen-
te dizendo "Deuses", pois a palavra é plural, e às
vezes se usa em hebraico acompanhada de adje-
tivo plural (Js 24:18,19) e com verbo no plural.
(Gn 35:7).
Todos os membros da Trindade são menciona-
dos no Antigo Testamento:
A) O Pai - (Is 63:16; Ml 2:10)
B) O Filho - (Sl 45:6,7; 2:6,7,12; Pv 30:4). O
Messias é descrito com títulos divinos (Jr 23:5,6;
Is 9:6). Faz-se menção do misterioso Anjo de Jeo-
vá que leva o nome de Deus e tem poder tanto
para perdoar como para reter os pecados (Êx
23:20,21)
C) O Espírito Santo - (Gn 1:2; Is 11:2,3; 48:16;
61:1; 63:10) Prenúncios da Trindade vêem-se na
tríplice bênção de Nm 6:24-26 e na tríplice doxo-
logia de Is 6:3.
2.2.) O Novo Testamento - Os cristãos primiti-
vos mantinham como um dos fundamentos da fé o
fato da unidade de Deus. Tanto ao judeu como ao
pagão podiam testificar: "Cremos em um Deus."
Mas ao mesmo tempo eles tinham as palavras
claras de Jesus para provar que ele arrogou a si
uma posição e uma autoridade que seriam blasfê-
mia se não fosse ele Deus.
Os escritores do Novo Testamento,
ao referirem-se a Jesus, usaram uma linguagem
que indicava reconhecerem a Jesus como sendo
"sobre todas as coisas, Deus bendito para sem-
pre" (Rm 9:5). E a experiência espiritual dos cris-
tãos apoiava estas afirmações. Ao conhecer a Je-
sus, conheciam-no como Deus. O mesmo se veri-
fica em relação a Deus e ao Espírito Santo.
Deus, o Pai, era para eles uma realidade; o
Filho era para eles uma realidade; e da mes-
ma forma, o Espírito Santo. E, diante desses fa-
tos, a única conclusão a que se podia chegar era
a seguinte: que havia na Divindade
Vocabulário:
Redimir: Libertar; Resgatar;
Arrogar: Tomar como seu; Apropriar-se
uma verdadeira, embora misteriosa, distinção de
personalidades, distinção que se tomou manifesta
na obra divina para redimir o homem. Várias pas-
sagens do Novo Testamento mencionam as três
Pessoas Divinas. (Mt 3:16,17; 28:19; Jo
14:16,17,26; 15:26; 2 Co 13:14; Gl. 4:6; Ef 2:18;
2 Ts 3:5; 1Pe 1:2; Ef 1:3,13; Hb 9:14).
Uma comparação de textos tomados de todas
as partes das Escrituras mostra o seguinte:
1) Cada uma das três Pessoas é Criador, embora
se declare que há um só Criador. (Jo 33:4 e Is
44:24)
2) Cada uma é chamada Jeová (Dt 6:4)
3. O Unicismo
O unicismo tenta explicar o assunto desenvol-
vendo a teoria das três manifestações. Seria um
único Deus Verdadeiro que se manifestara em
três formas, ora como Pai, ora como Filho, ora
como o Espírito Santo. Essa teoria unicista não
encontra sustentação na verdade bíblica, já que
na Bíblia encontramos passagens deixando claro
que são pessoas distintas e não meras manifesta-
ções (Jo 1:1-3; 8:16-18; 15:26). O apóstolo João
diz: Quem é o mentiroso senão aquele que nega
que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o anticristo,
esse que nega o Pai e o Filho (1 Jo 2.22).
Finalmente, declaramos com toda a confiança a
nossa fé bíblica na dou-trina da Trindade, porque:
Não somos politeístas, já que cremos num único
Deus, e não aceitamos nenhuma divindade inferi-
or ou superior, além de Deus; (Dt 6:4; Mc 12:29;
1 Co 8:6; Gl 3:20; Ef 4:6);
Não somos idólatras, já que não temos nenhum
outro deus diante do único Deus; (Êx 20.2-3; Is
43.10-11);
04
05
 Dons Espirituais
Aula dada em
Dia Mês Ano
1 Coríntios 12 : 7 - 11
Qual é o propósito principal dos dons do Espírito
Santo? São capacidades espirituais concedidas
com o propósito de edificar a igreja de Deus, por
meio da instrução dos crentes e para ga-
nhar novos convertidos (Ef 4:7-13). Em 1Co 12:8-
10, Paulo enumera nove desses dons, que podem
ser classificados da seguinte maneira:
1. A palavra de sabedoria
É aplicada à arte de interpretar sonhos e dar
conselhos sábios (At 7:10); à inteligência de-
monstrada no esclarecer o significado de algum
número ou visão misteriosos (Ap 13:18; 17:9); o
conhecimento e prática dos requisitos para uma
vida piedosa e pura (Tg 1:5; 3:13,17);
o conhecimento e habilidade necessários para
uma defesa eficiente da causa de Cristo (Lc.
21:15);
2. A palavra de ciência
A palavra denota: o conhecimento de Deus, tal
como é oferecido nos Evangelhos (2 Co 2:14),
especialmente na exposição que Paulo fez (2 Co
10:5); o conhecimento mais profundo, mais perfei-
to e mais amplo da vida cristã, tal como pertence
aos mais avançados (1 Co 12:8; 13:2,8; 14:6; 2
Co 6:6; 8:7; 11:16); o conhecimento mais elevado
das coisas divinas e cristãs das quais os falsos
mestres se jactam (1 Tm 6:20); o conhecimento
concernente às coisas divinas e aos deveres hu-
manos (Rm 2:20; Cl 2:3).
3. Fé
Uma qualidade de fé, às vezes chamada por
nossos teólogos antigos, a "fé miraculosa", parece
vir sobre alguns dos servos de Deus em tempos
de crise e oportunidades especiais duma maneira
tão poderosa, de forma que tem uma certeza pos-
ta em suas almas que os faz triunfar sobre tudo,
Era uma fé desta qualidade especial de fé que ele
podia dizer, que um grão dela podia remover uma
montanha (Mt 17:20).
4. Dons de curar
Dizer que uma pessoa tenha os dons signifi-
ca que são usados por Deus duma maneira so-
brenatural para dar saúde aos enfermos por meio
da oração. Não se deve entender que quem pos-
sui esse dom tenha o poder de curar a todos; de-
ve dar-se lugar à soberania de Deus e à atitude e
condição espiritual do enfermo. O próprio Cristo
foi limitado em sua capacidade de operar milagres
por causa da incredulidade de povo (Mt 13:58).
5. Operação de milagres
Operação de milagres, literalmente "obras de
poder". A chave é Poder. (Jo 14:12; At 1:8). Os
06
Lição 2: Dons Espirituais

milagres "especiais" em Éfeso são uma ilustração
da operação do dom. (At 19:11,12; 5:12-15).
6. Profecia
A profecia, geralmente falando, é expressão vo-
cal inspirada pelo Espírito de Deus. A profecia bí-
blica pode ser mediante revelação, na qual o pro-
feta proclama uma mensagem previamente rece-
bida por meio dum sonho, uma visão ou pela Pa-
lavra do Senhor. O propósito do dom de profecia
do Novo Testamento é declarado em 1Co 14:3 —
o profeta edifica, exorta e consola os crentes.
7. Discernimento de espíritos
O propósito do dom de interpretação é tornar
inteligíveis as expressões do êxtase inspiradas
pelo Espírito que se pronunciaram em uma língua
desconhecida da grande maioria presente, repe-
tindo-se claramente na língua comum, do po-
vo congregado. É uma operação puramente espi-
ritual.
Aprendemos nesta lição que Deus tem dons so-
brenaturais para ser exercidos por nós, portanto
devemos buscar esses dons, não pra satisfazer o
nosso ego, mas para promulgar o reino de Deus
na terra.

Vimos que pode haver uma inspiração falsa,

a obra de espíritos enganadores ou do espíri-
to humano. Esse dom capacita o possuidor para
"enxergar" todas as aparências exteriores e co-
nhecer a verdadeira natureza duma inspiração.
A operação do dom de discernimento pode ser
examinada por duas outras provas: a doutrinária
(1Jo 4:1-6) e a prática (Mt 7:15-23). A operação
desse dom é ilustrada nas seguintes passagens:
Jo 1:47-50; 2:25; 3:1-3; 2 Rs 5:20-26; At 5:3;
8:23; 16:16-18.

8. Línguas

O dom de línguas é o poder de falar sobrenatu-

ralmente em uma língua nunca aprendida
por quem fala, sendo essa língua feita inteligível
aos ouvintes por meio do dom igualmente sobre-
natural de interpretação." Parece haver duas clas-
ses de mensagens em línguas: primeira, louvor
em êxtase dirigido a Deus somente (1Co 14:2);
segunda, uma mensagem definida para a igreja
(1Co 14:5).

9. Interpretações de línguas

Vocabulário:
Jactam: Vangloriam; Gabam; Inteligível: Que se compreende bem;

07
08
 Predestinação
Aula dada em
Dia Mês Ano
Romanos 8 : 29 , 30
Consideraremos hoje o estudo de uma das par-
tes mais difíceis da teologia sistemática: A predes-
tinação. Conheceremos as duas escolas teológi-
cas (Calvinismo e Arminianismo) e no posiciona-
remos biblicamente em relação a ela.
1. Predestinação (Calvinismo)
No conceito Calvinista Deus estabeleceu dois
decretos: Um selecionando o grupo de salvos; ou-
tro o grupo dos perdidos. Calvino mesmo disse
que este é o “terrível decreto de Deus”.
Segundo Calvino, existiria no mundo um grupo de
pessoas que poderiam fazer tudo errado, mas se-
riam salvas. E outro grupo as pessoas poderiam
fazer tudo certo, mas jamais se salvariam. Ele
menciona estes textos: 2 Pe 1:10; Ef 1:5,11; Rm
8:29,30
A predestinação Calvinista portanto, é:
A) Deus já decretou quem vai ser salvo e quem
se perderá. Não precisa obediência nem desobe-
diência para que Deus manifeste Sua justiça ou
misericórdia.
B) Os que Deus destinou a salvação serão sal-
vos mesmo pecando ou não querendo ser salvos.
E os que destinou à perdição não serão salvos
mesmo aceitando o Sacrifício de Jesus, e vivendo
vida santificada.
C) Que Jesus não morreu por todos os homens,
mas tão somente pelos que foram predestinados.
João Calvino, foi inegavelmente, um dos gran-
des Reformadores Protestantes, mas o princípio
de fé que estabeleceu para seus seguidores, não
afina com a Palavra de Deus.
2. Calvinismo x Arminianismo
A) O calvinismo entende que o homem é abso-
lutamente incapaz de ir a Cristo, pois está morto
espiritualmente. O arminianismo entende que o
homem tem livre-arbítrio pelo qual pode crer e
aceitar a Cristo, para depois ser regenerado.
B) Os calvinistas afirmam que Jesus Cristo mor-
reu para tornar certa a salvação daqueles que
Deus havia escolhido na eternidade. O arminianis-
mo ensina que Jesus morreu para tornar possível
a salvação de todos e cada um dos homens.
C) Os calvinistas crêem que todos os que foram
verdadeiramente regenerados irão perseverar cer-
tamente. Os arminianos acreditam que crentes
nascidos de novo podem vir a cair da fé e perder
a salvação.
D) O calvinismo crê que os eleitos são chama-
dos de forma eficaz, de modo que todos sejam
salvos. O arminianismo crê que a graça pode ser
resistida e de fato é por aqueles que não crêem.
2. O que diz a Bíblia
A) Em adão todos estão predestinados a
09
Lição 3: Predestinação

morrer (1 Co 15:22) - Pelo pecado que entrou no desnecessária do apóstolo, mandar se “cuidar”
mundo através de Adão no Éden no qual chama- para não cair na vida espiritual, se o destino de
mos de pecado original, Deus decretou que todos todos estiver traçado? (1 Ts 5:9; Jo 6:37,47; Ap
ser vivente na terra teria que passar pela experi- 3:11)
ência da morte física. Se a predestinação fosse uma doutrina verda-
B) Em Cristo Jesus somos predestinados a deira, creio que não precisávamos de Jesus, do
salvação (Jo 1:12; Tt 2:11; 2 Pe 3:9; Ap 22:17) - Seu sacrifício, nem do evangelho, nem da igreja,
Deus não predestinou ninguém para a perdição. muito menos do Plano de Salvação. Bastava viver
Pelo contrário, é Seu desejo que ninguém se per- e aguardar a morte. No entanto, eis aí o Senhor
ca, todavia não pode interferir nas decisões do Jesus, demonstrando claramente que os que deci-
homem, por força do livre arbítrio que conferiu ao dem ir a Ele terão vida e vida eterna. Os que recu-
ser humano. Todos tem a oportunidade de se sal- sarem, assumem sua desventurada decisão, sen-
var, mas isso é exclusivamente uma decisão pes- do exterminados quando for destruído o pecado.
soal. Portanto, o princípio bíblico é que o homem Complemente seu estudo. Deus ama a todos: Ez
é livre para decidir qual seu destino. Porém, é ine- 33: 11: Mt. 5: 45. Faraó foi quem se endureceu:
gável o anseio de Deus pela salvação de todas as Ex 7:13,14,22: 8:15,19, 32; 9:7,34,35; 13:15. Os
Suas criaturas. próprios pagãos reconheceram que Faraó se en-
C) Cristo morreu por todos, todos que cre- dureceu deliberadamente: I Sm. 6:6.
rem, serão salvos (1 Tm 2:4; Jo 3:16; Ap 2:10;
Ap 3:15) - Jesus mesmo ratificou este princípio,
garantindo que a salvação não é um prêmio só
para alguns privilegiados, mas é extensiva a todos
os que perseverarem na carreira cristã até o dia Mateus 25: 34 – “...vinde benditos de Meu Pai,
final. possuí por herança o reino que vos está prepara-
D) Não existe acepção de pessoas, salvação do desde a fundação do mundo.”
é destinada a todas as classes (Ez 18:32; Mt Mateus 25: 41 – “...apartai-vos de Mim, maldi-
7:21) - Deus sofre se a pessoa decide não aceitá- tos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e
Lo. Por isso, os que não se salvarem, se perderão seus anjos.”
de livre e espontânea vontade. Deus fez tudo para
salvá-los.
E) As algemas da lei foram jogadas por terra
(Jr 21:8; Js 24:15) - Deus sofre se a pessoa deci-
de não aceitá-Lo. Por isso, os que não se salva-
rem, se perderão de livre e espontânea vontade.
Deus fez tudo para salvá-los. (At 17:30; 1 Tm 2:4;
At 16:31)
F) a doutrina da predestinação é que ninguém
precisa arrepender-se porque o caso de todos já
está pré-estabelecido. Então por que Paulo, cheio
do Espírito conclama a que todos se arrependam?
Também, não acha você seja uma preocupação

Vocabulário:
Desventurada: Infeliz; Desgraçada;

10
11
 Liturgia
De culto
Aula dada em
Dia Mês Ano
05 / 11 / 23 Colossenses 2 : 20 - 23
É de suma importância estudarmos a mecânica
da forma do culto, todos sabemos que um culto a
Deus é algo extremamente espiritual, porém cabe
ao homem administrá-lo com discernimento para
que não se torne algo desordenado.
Hoje conheceremos algumas características da
liturgia de culto que é apresentada na nossa igre-
ja.
1. Prioridade a Palavra de Deus
Existe nos dias atuais uma supervalorização do
louvor, o que traz malefícios ao seio da igreja,
pois entendemos que a prioridade do tempo deve
ser dado a palavra.
Prioritário é aquilo que deve ser valorizado não
porque gostamos, mas porque necessitamos. Ge-
ralmente os louvores envolvem e acabam sendo o
alvo da predileção do membros, mas o cristão sa-
rado de alma tem anseio pelo momento da pala-
vra e não se retira enquanto ela não se acaba. (1
Ts 4:5; 2 Co 2:17; Lc 11:28)
2. Venda de Cd’s
Se tratando da parte da pregação, nós acredita-
mos com respaldo bíblico que é impraticável al-
guém pregar a palavra de Deus com sinceridade
se estiver visando qualquer tipo de lucro financei-
ro com ela.
Todos os pregadores que sobem em nossos
púlpitos são homens e mulheres que não cobram
pra pregar. Pois dependem exclusivamente do
favor de Deus. Com isso não deixamos margem
ao que aconteceu com Ananias e Safira que mor-
reram visando lucro indevido (At 5:1-11).
Mesmo assim entendemos que se a pessoa de-
pende da obra de Deus para sobreviver, a venda
voluntária (não obrigatória) de cd é um canal de
benção na vida do pregador, porém o tempo do
sermão não deve ser usado para marketing do
material vendido. Senão amados, o pregador tem
1 hora pra pregar, ele usa 10 minutos de bíblia e
50 minutos vendendo cd.
3. Política
A posição da igreja deve ser de total indepen-
dência em relação aos políticos. Devem ser enca-
rados como líderes políticos, jamais, como líderes
da igreja do Senhor. É impossível que haja vitó-
rias e o mover soberano do Espírito Santo numa
igreja, na qual, a política está infiltrada.
Não há dúvida quanto à necessidade de viver-
mos em submissão aos nossos governantes e
honrá-los com nossas atitudes. (Rm 13:1-7; Tt
3:1,2; 1 Pe 2:14)
É errado o Servo de Deus candidatar-se a
cargos públicos?
Cremos que não seja. Na Bíblia encontra-se vá-
12
Lição 4: Liturg ia de Culto

rios servos que foram governantes e exerceram sinais seguirão aos que crêem.” Porém muitos
cargos públicos (Davi, Salomão, etc.). Mas, enten- tem agido como se Jesus tivesse dito: “E estes
demos que em tais situações a vontade “literal” de que crerem seguirão os sinais.”
Deus deve vir em primeiro lugar. É preciso que o O propósito da campanha é firmar um propósito,
Senhor seja consultado e que seja ouvido! uma aliança espiritual com Deus, porém hoje ve-
mos em sua grande maioria, campanhas somente
4. Atos proféticos para satisfazer os desejos dos membros e para
encher igreja. Não concordamos com isso.
Consiste, basicamente, em se fazer um ato sim-
bólico do qual Deus se obriga a torná-lo realidade, As Santas Escrituras estão acima das experiên-
já que quem promove tais atos o faz declarando cias sobrenaturais (Gl 1:8). Guardar a Palavra de
fazê-lo em nome de Jesus. Proveniente de uma Deus, haja o que houver, é a forma pela qual de-
prática herege no meio do povo de Deus: A Con- monstramos amor a Deus (Jo 14:23; Dt 13:1-4),
fissão Positiva. mas a maioria dos crentes não tem se contentado
com a simplicidade da mensagem da Palavra de
Não acreditamos neste tipo de ação pois detur- Deus (2 Co 11:3).
pa o sentido original do culto a Deus.
O evangelho de Cristo é simples (2 Co 11.3,4).
Temos de orar e jejuar, amar e estudar a Palavra
de Deus, bem como sair das quatro paredes, le- Que o povo de Deus, conforme está escrito em
vando a mensagem da cruz ao mundo perdido (1 Dt 17:19 leia a tua Palavra, para que aprenda a
Co 1.18,22,23; 2.1-5). temer, guardar e cumprir em teu nome Senhor.
Digamos “não” aos “atos proféticos”, que só ser-
vem para afastar o povo de Deus da Palavra e da
simplicidade do evangelho, gerando falsa espiritu-
alidade e pseudo-avivamento.
Tal ato dura várias horas, não há exposição da
Palavra de Deus nem manifestação do Espírito
Santo (1 Co 14.26), e o Diabo, com certeza, fica
muito feliz. Ocorre também uso indevido da un-
ção, pois à igreja neo-testamentária, nesse tempo
da Graça, a única unção com óleo (literalmente,
falando) que se aplica é a que se ministra no mo-
mento da oração pelos enfermos (Mc 6.13; Tg
5.14)

5. Campanhas

Há crentes hoje sendo “levados em roda por to-

do vento de doutrina” porque não aprenderam a
guardar a Palavra de Deus acima de tudo (Ef
4:14). Em Marcos 16:17, está escrito: “E estes

Vocabulário:
Literal: Exato; Rigoroso; Pseudo: Falso;

13
14
 Usos e
costumes
Aula dada em
Dia Mês Ano
1 Coríntios 10 : 23 - 33
O uso do termo empregado no título “usos e cos-
tumes” é comumente aplicado de forma incorreta
em muitas denominações evangélicas. Hoje traça-
remos diretrizes para conhecer melhor este termo
e aplicá-lo a luz da Bíblia.
1. Definindo o termo
Geralmente se usa muito a palavra “doutrina”,
para definir o regimento interno de uma igreja, o
que muitas vezes é empregado de forma errada,
pois doutrina é bíblica, ou seja, o conjunto de ver-
dades bíblicas que norteiam o nosso convívio so-
cial, emocional e espiritual. (Hb 4:12)
Porém o estatuto interno de cada denominação,
regula questões que normalmente vão aparecen-
do com o decorrer dos tempos. Como o tecido so-
cial de cada igreja varia, é imprescindível a cria-
ção de um estatuto para que a igreja possa se
resguardar legalmente de qualquer intempérie im-
plicada pelas autoridades humanas (Rm 13:1-3)
O que estudaremos agora são os 3 M’s dos
usos e costumes: Maturidade, Moralidade e Mo-
deração
1. Maturidade
Quando se aplica o termo “usos e costumes”,
logo vem a mente indagações como: será que
posso usar? Será que devo comer? Será que
Deus vai se agradar?
E o primeiro índice que serve como indicador
para responder tais indagações é a maturidade.
No texto bíblico de 1 Co 10:23-33, o discurso
se inicia com uma lição que exige muita maturida-
de: Todas as coisas me são lícitas, mas nem to-
das me convém. Explicando melhor: Paulo discur-
sa sobre o livre-arbítrio que dá a todos uma falsa
sensação de liberdade, de controle total das atitu-
des e das decisões. Concluindo o v.23 Paulo ex-
plica que a liberdade que nós temos em Cristo
jamais poderá ser contrária a vontade de Deus
para nós, porque não nos convém.
Uma situação conveniente é uma situação que
vem com uma máscara de piedade, porém é noci-
va por um grande motivo: não é a vontade de
Deus para nós. No caso de Saul, era conveniente
não matar Agague e as ovelhas, porém não era a
vontade de Deus. (1 Sm 15:18-23)
Um texto bíblico clássico sobre maturidade é o
que Paulo apresenta em 1 Co 13:11. Neste texto
aprendemos que maturidade vem com o tempo.
Logo quando nos convertemos, pecamos certas
vezes sem a malícia da ação, mas assim como
homicídio culposo, pecado é pecado independen-
te da intenção.
Portanto quanto mais você cresce e conhece a
vontade de Deus para sua vida, mais você estará
maduro e apto para tomar decisões mais sensatas
e coesas com o reino de Deus.
15
Lição 5: Usos e Costumes
2. Moralidade
Moralidade é o conjunto das nossas faculdades
morais; brio, vergonha. Segundo o dicionário Au-
rélio.
Segundo um grande escritor dos tempos atuais,
o homem é o único ser que fica vermelho de ver-
gonha, ou pelo menos deveria.
Isto se dá porque existe dentro de nós consciên-
cia. Que é a mente de Cristo conflitando e direcio-
nando a nossa mente a tomar as decisões certas,
porém quando tomamos as erradas o espírito que
habita dentro de nós nos acusa. (2 Co 5:14)
Sendo assim, porque existe uma degeneração
tão grande da sociedade? Porque as roupas estão
cada vez mais sensuais e o linguajar cada vez
mais pejorativo? Porque a pornografia está tão
acessível e a censura banalizada?
Veremos algumas respostas:
A) As pessoas estão mais distantes de senti-
mentos humanos (Mt 24:12)
B) O temor do Senhor não é a prioridade (Pv
19:23; Jó 28:28)
C) Criamos as nossas próprias regras sociais (Is
11:3)
Já com esses dois termos estudados até agora
(Maturidade e Moralidade), conseguimos entender
que não é um determinado traje ou uma determi-
nado linguajar que transforma alguém em cristão,
mas o modo de vida que ela apresenta não so-
mente para os homens mas para Deus.
3. Moderação
O terceiro M representa a moderação. Que vem
sendo um grande desafio para nós evangélicos
nos dias atuais. Devido as suas várias denomina-
ções encontramos um leque muito grande de cos-
tumes variados nas diversas denominações, o
que seria salutar se não fossem tão extremas e
Vocabulário:
Nortear: Digirir; Orientar; Guiar;
não trouxessem tanta oposição entre as próprias
igrejas.
Quando se usa a moderação, todos os proble-
mas se esvaem, não existe um padrão de conduta
social pré-estabelecido, não é como uma receita
de bolo. Cada pastor deve ter sensibilidade espiri-
tual para conhecer o tecido social da igreja que
pastoreia para aplicá-lo com moderação.
Porém não ficaremos somente em palavras hu-
manas, estudaremos agora um texto Bíblico que
nos direciona nesta questão: 1 Pe 3:3,4
Neste texto aprendemos a priorizar as devidas
coisas, Pedro declara que o adorno (o chamariz)
da pessoa não deve ser priorizado para roupas ou
jóias, mas para o coração que é o modo de se
portar na sociedade. Pedro diz mais: O espírito ao
se portar deve ser manso e tranqüilo, ou seja, mo-
derado.
Filhos não sejam vergonha para os vossos pais;
Pais não sejam mau-exemplo para os seus fi-
lhos;
Maridos e Mulheres não provoquem o ciúme
dos vossos cônjuges;
Cristãos, não sejam vaso de desonra para o
vosso Deus;
Piedade: Compaixão; Dó;
16
17
 Dificuldades
bíblicas
Aula dada em
Dia Mês Ano
Romanos 14 : 1 - 23
Existem muitos assuntos difíceis de se aplicar
como regra de fé nas igrejas evangélicas devido
aos tempos sugerirem uma contextualização do
que é ensinado na Bíblia. Estudaremos hoje algu-
mas questões que tem sido confusas por parte
dos cristãos e cabe a nós avaliarmos somente pe-
lo ponto de vista Bíblico.
1. Bebida Alcólica
A Bíblia realmente leva o crente zeloso a evitar
até mesmo 1 gota de vinho alcoólico fraquíssimo
e super-diluído? Ou permite uma quantidade limi-
tada (digamos, ½ copo, contendo 2g de álcool pu-
ro?), em ocasiões super especiais?
Rm 14 não deixa 1mm de espaço para um cren-
te (que realmente queira servir e obedecer a
DEUS o melhor que puder!) beber sequer 1 gota
de qualquer bebida que contenha álcool na menor
das proporções. Ora, com toda certeza beber be-
bida alcoólica, mesmo “moderadamente”, poderá
escandalizar ou fazer tropeçar ou enfraquecer ou
dar aparência do mal a pelo menos uma pessoa.
Não bastando somente Rm 14, veremos outros
versículos que encerram de vez pensamentos so-
bre a possibilidade de ingerir bebida alcoólica. (Is
5:11; Ef 5:18; Lc 21:34; Gl 5:21; Is 28:7; Pv
20:1; Rm 13:13; 1 Co 6:10; Pv 23:20; Is 56:12;
Hc 2:5; Dt 32:24; Pv 23:31-33; Is 5:22)
2. Casamento
Deus fez o casamento para durar uma vida intei-
ra. A vontade básica de Deus a respeito do casa-
mento permanece inalterada desde o Éden. Jesus
baseou seu ensinamento no princípio revelado em
Gn 2:24 (Mc 10:6-9). Paulo usou o mesmo princí-
pio, claramente entendido em Rm 7:2-3. Uma vez
que o casamento dura somente até a morte (Mt
22:30), as pessoas que enviúvam ficam livres pa-
ra se casarem novamente (veja 1 Co 7:39; 1 Tm
5:14).
O divórcio sempre envolve pecado. Em termos
gerais, Deus proíbe o divórcio (1 Co 7:10-11). Al-
guns torcem o comentário de Paulo em 1 Co 7:11
para dizer que ele está sancionando o divórcio.
Eles sugerem que, se o divorciado não se casar, a
separação é permitida. Podemos ver claramente a
falácia de tal argumento comparando a estrutura
desta passagem com 1 Jo 2:1-2.
Em Lc 16:18 Jesus condenou o que tem se tor-
nado comum em nossa sociedade: a prática de
deixar um cônjuge para se unir a outro.
O adultério mencionado aqui é um pecado contí-
nuo que envolve relações sexuais entre pessoas
que não têm permissão dada por Deus para coa-
bitar. O pecado não está meramente no ato de
fazer um voto de casamento, mas na conseqüente
posse de um cônjuge ilícito.
Jesus oferece uma exceção. Dois textos de Ma-
18
Lição 6: Dificuldades Bíblicas

teus complementam as afirmações registradas em

outros lugares. (Mt 5:32; Mt 19:9). Se um homem 3. Santa Ceia
se divorcia de sua esposa por causa de infidelida-
de sexual dela, ele não comete adultério se tornar Como o batismo a Santa Ceia é uma ordenança
a casar-se. que relembra morte e a ressureição de Cristo e
que , vejamos um texto bíblico sobre ceia: 1 Co
Uma palavra de precaução: em nossas discus- 11:28-30.
sões de direito a divórcio e novo casamento, pre-
cisamos ser cuidadosos para não esquecermos o Pergunta: Porque aqueles que são novos con-
ensinamento do mesmo Senhor sobre os assun- vertidos, que ainda não passaram pelo batismo,
tos do amor e do perdão. Mesmo quando ele per- que vivem uma vida maritalmente fora dos pa-
mite o divórcio, essa nem sempre é a melhor op- drões bíblicos não podem ceiar?
ção. A resposta é fácil de entender, porém dada a
profundidade do assunto, hoje é comum servir a
4. Batismo ceia em algumas igrejas para todas as pessoas,
até para não crentes.
O Batismo em água não é somente o símbolo
O verso 28 do texto de 1 Co que lemos traz uma
da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ainda há
ordem imperativa: Examine o homem. Este exami-
um profundo significado por trás disso. Tem uma
nar não significa somente uma leitura de pensa-
abrangência espiritual muito fundamental para a
mento, mas avaliar tudo aquilo que ainda é peca-
nossa salvação e, é também de caráter sagrado
do e que ainda retém seu coração.
(At 2.38; Rm 6.3; Cl 2.12).
Já o verso 29, traz a resposta mais conclusiva:
É preciso considerar que, o Batismo somente é
“Quem come e bebe sem discernir o corpo.” Pes-
válido quando precedido do arrependimento dos
soas que não se batizaram ou que se batizaram
pecados e da conversão da pessoa ao Senhor
mas não vivem nos corretamente nos caminhos
Jesus (At 2.38), da fé em Cristo e na importância
do Senhor não está em condições de discernir o
do Batismo. Ser batizado sem fé, com um coração
corpo, logo não podem ceiar, e o motivo é explica-
duvidoso, não crendo nos propósitos e nas impor-
do no v.30, para que não venha “dormir ou adoe-
tâncias do Batismo, é pecar contra Jesus Cristo.
cer” na fé, ou seja, para que não venha ter uma
Batismo vem da Palavra grega “Baptismois” probabilidade maior de se afastar dos caminhos
que significa imersão. E Arrependimento vem da do Senhor.
palavra grega “Metanoia” que significa mudança
total de direção, Quando concatenamos as duas
palavras temos o significado do batismo: O meu
arrependimento dos pecados me fez tomar a deci-
são de não pecar mais e de imergir na vontade do
pai.
Por essas premissas seria muito contraditório
batizar alguém que ainda fuma ou bebe, não por-
que julgamos que tal pessoa não merece se arre-
pender, mas porque ela mesmo ainda não se ar-
rependeu.

Vocabulário:
Sancionar: Confirmar; Aprovar; Premissa: As bases de uma conclusão

19
20
 A volta
De cristo
Aula dada em
Dia Mês Ano
1 Tessalonicenses 4 : 13 - 18
Como última lição, estudaremos sintetizadamen-
te o estudo das últimas coisas (Escatologia). Co-
mo existem várias escolas teológicas que defen-
dem pontos de vista diferentes sobre esse assun-
to, abordaremos com muita base bíblica a nossa
opinião sobre o assunto.
1. A diferença entre arrebatamento e a segun-
da vinda
Na Bíblia encontramos diferenças nas passa-
gens referentes ao Arrebatamento e a segunda
vinda, tanto um fato como o outro tratam de vin-
das de Cristo, contudo são distintas entre si, isto
é, a primeira vinda é o arrebatamento da igreja
nas nuvens antes dos anos de tribulação e a se-
gunda vinda é o retorno de Cristo à terra, o que
ocorrerá no fim da tribulação.
O arrebatamento é versado claramente no texto
de 1 Ts 4:13-18 e no verso 17 a expressão
“arrebatamento” é a tradução do verbo grego
“harpazo”, o qual tem significado de agarrar para
o alto ou puxar com força.
O arrebatamento é definido como um mistério (1
Co 15:51-54) ao passo que a segunda vinda de
Cristo já é predita desde o A.T. (Zc 14:4; Zc
12:10)
O arrebatamento demonstra que a igreja vai ao
encontro de Jesus, isto é, exclusivo para os cris-
tãos. A volta, isto é, na segunda vinda de Cristo,
Ele vem com a igreja e estabelece o Seu Reino.
Passagens Bíblicas para o Arrebatamento: Mc
13:14-27; Jo 14:1-3; Tg 5:7-9; Fp 3:20,21
Passagens Bíblicas para a segunda vinda: Dn
7:9-14; Mt 24:15-31; 2 Ts 1:6-10; 2 Pe 3:1-14;
2. A necessidade de um intervalo entre as du-
as vindas
É necessário haver um período intercalar entre
o arrebatamento e a segunda vinda de Jesus por
ao menos 2 motivos:
2.1.) Para que todo cristão compareça diante do
Tribunal de Cristo (2 Co 5:10)
2.2.) Para que surjam cristãos na Grande Tribu-
lação, os quais terão seus corpos não-ressurretos
e transformados (Is 65:20-25)
3. A natureza da grande tribulação
Existem motivos para a determinação de Deus
para o cumprimento da grande tribulação. De
acordo com Dt 4:29,30 e Jr 30:7-11 vemos que a
grande tribulação é primeiramente um tempo para
a restauração de Israel, período chamado de Dia
do Senhor ou Dia da Ira de Deus (Sf 2:3; Lc
21:23)
4. A iminência da volta de Cristo
21
Lição 7: A volta de Cristo

Ao lermos o N.T. veremos que o ensino dado é

sobre a volta de Jesus aqui sem que ocorra algum
evento necessariamente, isto é, não há nenhum
sinal prévio e obrigatório para anteceder a vinda
de Cristo à igreja.
5. Pré-milenismo
O pré-milenismo ensina que Jesus Cristo voltará
antes do período milenar. As características são:

O QUE É IMINÊNCIA? 5.1.) Duração de mil anos

Uma definição bíblica para um fato iminente é
descrita como segue:
4.1.) Um acontecimento iminente é aquele que
está prestes a acontecer, a qualquer momento,
sendo que outros fatos podem até ocorrer antes,
mas nada de maneira obrigatória.
4.2.) Se o fato é iminente, não existe um período
de tempo pré-determinado ao fato, isto é, ele pode
ocorrer a qualquer momento.
4.3.) Não existe uma data pré-estabelecida para
um evento iminente, seja ela direta ou implícita.
4.4.) Um acontecimento iminente não pode ser
“em breve”, porque um fato breve precisa ocorrer
dentro de um período pequeno de tempo, e o imi-
nente não precisa de tempo nenhum.
5.2.) Será aqui na terra
5.3.) Governo mundial sob ordens de Cristo
Existem outros dois tipos de ensino, o pós-
milenista e o amilenista. O pós-milenismo ensina
que a segunda vinda será após o milênio e o Ami-
lenismo ensina que não haverá milênio.
As Bases bíblicas para o pré-milenismo: Ap
20:1-7; 1 Co 15:25
A volta de Jesus Cristo deve ser aguardada a
qualquer momento, mais agora do que nunca, po-
de ser que Ele volte ainda hoje. Maranata !!!

Nas escrituras lemos a Doutrina da Vinda Imi-

nente de Jesus Cristo à Sua Igreja nos seguintes
textos sagrados: 1 Co 1:7; 1 Co 16:22; Fp 3:20;
Fp 4:5; 1 Ts 1:10; 1 Ts 4:15-18; 1 Ts 5:6; 1 Tm
6:14; Tt 2:13; Hb 9:28; Tg 5:7-9; 1 Pe 1:13; Jd
21; Ap 3:11 Ap 22:7,12,20; Ap 22:17,20.
Nos textos acima verificamos a doutrina da imi-
nência quando o leitor é ensinado a aguardar pa-
cientemente a Vinda de Nosso Senhor Jesus Cris-
to, observe que não há aviso prévio, apenas diz
que Ele virá a qualquer momento.
A igreja aguarda Jesus Cristo, e não uma série
de eventos, pois todos os sinais que Jesus diz
ocorrer, em Mt 24 estão relacionados com a gran-
de tribulação e a volta dEle para estabelecer o
seu Reino Milenar com Sua Igreja, agora para o
arrebatamento não há sinal deixado por Ele, ao
contrário, é afirmado em Mt 24:36 que ninguém
sabe nem o dia e nem a hora.

Vocabulário:
Intercalado: Entreposto; Iminente: Efetivação imediata;

21
22