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LIBRAS

(Língua Brasileira de Sinais)

Profº Esp. Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 A QUESTÃO DA EDUCAÇÃO DE SURDOS

Apesar das diferentes opiniões que dividem e


subdividem as metodologias específicas ao
ensino de surdos, em termos de pressupostos
básicos existem três grandes correntes: o
Oralismo, a Comunicação Total e o Bilingüismo.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 Baseados nessas considerações e
influenciados, segundo Hutzler (1989), pelo
avanço tecnológico e pelas idéias eugenísticas,
os participantes do II Congresso de Surdos,
realizado em Milão (em 1880), recomendaram o
Oralismo como o meio mais adequado de
ensino dos surdos.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 Oralismo é o nome dado àquelas abordagens
que enfatizam a fala e a amplificação da
audição e que rejeitam, de maneira explícita e
rígida, qualquer uso da língua de sinais. Assim,
“o oralismo tanto é uma ideologia quanto um
método”.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


Nessa metodologia de ensino, a aprendizagem da fala
é ponto central. Para desenvolvê-la, algumas técnicas
específicas às orientações orais1são utilizadas. Essas
técnicas são, basicamente, as relatadas a seguir:

 O treinamento auditivo: estimulação auditiva para


reconhecimento e discriminação de ruídos, sons
ambientais e sons da fala:
 O desenvolvimento da fala: exercícios para a
mobilidade e tonicidade dos órgãos envolvidos na
fonação (lábios, mandíbula, língua etc), e exercícios de
respiração e relaxamento (chamado também de
mecânica de fala);
 A leitura labial: treino para a identificação da palavra
falada através da decodificação dos movimentos orais
do emissor.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 Para o máximo aproveitamento auditivo, o
Oralismo tem como princípio a indicação de
prótese individual, que amplifica os sons,
admitindo a existência de resíduo auditivo em
qualquer tipo de surdez, mesmo na profunda.
Esse método procura assim, reeducar
auditivamente a criança surda, através da
amplificação dos sons juntamente com técnicas
específicas de oralidade.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 A Comunicação Total trata-se de uma proposta
flexível no uso de meios de comunicação oral e
gestual (sinais). A proposta inicial é
transformada e se consolida, não como método,
mas como uma filosofia educacional. Sendo
que essa filosofia possui uma maneira própria
de entender o surdo, ou seja, longe de
considerá-lo como portador de uma patologia
de ordem “médica”, entende o surdo como uma
pessoa, e a surdez como uma marca com
significações sociais.
Com a finalidade de ensinar a língua majoritária
e promover a comunicação.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 Apesar da idéia generalizada de oposição entre
Comunicação Total e Oralismo, devido à
inclusão de sinais na prática daquela, Marchesi
(1987) afirma que a Comunicação Total não
está em oposição à utilização da língua oral,
mas apresenta-se como um sistema de
comunicação complementar. Os adeptos da
comunicação total consideram a língua oral um
código imprescindível para que se possa
incorporar a vida social e cultural, receber
informações, intensificar relações sociais e
ampliar o conhecimento geral de mundo.
Vívian Caroline de Freitas Magalhães
 Nessa perspectiva, essa filosofia educacional
propõe como procedimento de ensino, a
utilização simultânea de sinais e fala, uso de
aparelhos de amplificação sonora, trabalho de
desenvolvimento das pistas auditivas e trabalho
com fala tanto em leitura orofacial como em
produção.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 Assim, não se subentende o envolvimento
de uma só língua, já que os recursos
comunicativos se compõem a partir de
uma língua falada e de uma língua de
sinais.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 Diante das dificuldades dos surdos em terem
acesso ao conhecimento, cultura e mundo, a
partir de discussões dessa natureza, surge uma
orientação educacional que considera a língua
de sinais, na sua forma genuína, chamada
Bilingüismo.
Define o Bilingüismo como uma filosofia
educativa que permite o acesso pela criança, o
mais precocemente possível, a duas línguas: a
língua brasileira de sinais e a língua portuguesa
na modalidade oral (aqui no Brasil).

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 Numa linha bilíngüe, o ensino do português
deve ser ministrado para os surdos da mesma
forma como são tratadas as línguas
estrangeiras, ou seja, em primeiro lugar devem
ser proporcionadas todas as experiências
lingüísticas na primeira língua dos surdos
(língua de sinais) e depois, sedimentada a
linguagem nas crianças, ensina-se a língua
majoritária, (a Língua Portuguesa) como
segunda língua.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 Educar com bilingüismo é “cuidar” para que,
através do acesso a duas línguas, se torne
possível garantir que os processos naturais de
desenvolvimento do indivíduo, nos quais a
língua se mostre instrumento indispensável,
sejam preservados.
Isto ocorre através da aquisição de um sistema
lingüístico o mais cedo e o mais breve possível,
considerando a Língua de Sinais como primeira
língua. Educação com bilingüismo não é, pois,
uma nova forma de educação. É um modo de
garantir uma melhor possibilidade de acesso à
educação.

Vívian Caroline de Freitas Magalhães


 Inclusão

O que entendemos...

Como funciona...

Qual o seu papel...

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