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Estrutura da formação

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1. Enquadramento legislativo

2. Edifícios de habitação

3. Pequenos edifícios de comércio e serviços

4. Medidas de melhoria

5. Sistema de Certificação Energética dos Edifícios

6. Edifícios – Obrigações legais


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Medidas de melhoria
Pressupostos
Estudo de medidas de melhoria
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1. Correção de patologias construtivas


Condições a ter em conta:
2. Promoção do conforto térmico, da
• Viabilidade técnica e legal salubridade dos espaços e qualidade do ar
• Cumprimento dos requisitos mínimos de Hierarquia interior
desempenho energético para a das MM 3. Redução das necessidades de energia útil
envolvente que se encontrem em vigor à
data 4. Melhoria da eficiência energética dos
• Cumprimento dos requisitos relativos aos sistemas técnicos e respetivos componentes
sistemas técnicos que se encontrem em
5. Promoção da utilização de sistemas com
vigor à data
recurso a fontes de energia renovável

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Medidas de melhoria
Pressupostos
Estudo de medidas de melhoria
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Custos: Descrição da medida e sua implementação:


• Considerar os custos de energia à data da • Características técnicas e propriedades dos materiais ou
submissão do PCE ou CE sistemas, quando aplicável
• Quantidades, dimensões e/ou capacidades
• Avaliação de condicionantes técnicas, legais ou práticas à
• Excluem-se os custos financeiros e os execução da medida
efeitos da inflação • Requisitos ou recomendações de instalação, operação e
manutenção

Impacto da medida de melhoria:


• Apresentar estimativa de custo de investimento, redução de consumos de energia e da poupança económica
• Determinar o impacto da MM nos indicadores energéticos e de desempenho
• No caso de múltiplas MM, deve ser apresentado o impacto global

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Medidas de melhoria
Pressupostos
Estudo de medidas de melhoria
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Em que:
▪ PRS – Período de retorno simples [anos]
▪ Investimento – Montante global dos custos de investimento da medida de
melhoria [€]
▪ Poupança económica anual – Poupança em euros resultante da redução
energética obtida pela implementação da medida de melhoria [€/ano]

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Medidas de melhoria
Exemplos
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1. Envolvente opaca

2. Envolvente envidraçada

3. Sistemas de climatização

4. Iluminação

5. Energia Renovável (Fotovoltaico)

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Medidas de melhoria
Exemplos
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1. Envolvente opaca

2. Envolvente envidraçada

3. Sistemas de climatização

4. Iluminação

5. Energia Renovável (Fotovoltaico)

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Medidas de melhoria
1. Envolvente opaca
Enunciado:
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Considere um apartamento T2 existente localizado no Porto, com as seguintes características técnicas:


• Área útil: 78,05 m2
• PD: 2,65 m
• Situação da fração : Entre pisos
• Possui rede de gás
Envolvente:
• Parede exterior (PDE 1): 1,3 W/(m2.°C) Paredes interiores (PDI 1 e PDI 2): 1,47 e 1,16 W/(m2.°C)
• Envidraçado exterior (VE 1): 3,1 W/(m2 .°C) Fator solar do vidro: 0,78 Fator solar do vão: 0,04
• Envidraçado interior (VI 1): 3,5 W/(m2.°C)
Ventilação:
• Extração mecânica, não existindo grelhas de admissão de ar na fachada, apenas caixas de estore. Caixilharia de classe 2
Sistemas técnicos:
• Caldeira a gás natural para aquecimento (fração de 0,70) e AQS, com eficiência de 0,91 e instalada após 1995
• Recuperador de calor (biomassa) para aquecimento, sem informação sobre eficiência (idade entre 1 a 10 anos)

Nic Nvc Qa Wvm Eren Eren,ext RenHAB Ntc RNt Classe


Edifício 30,434 1,529 1782,96 252,29 1000,17 0 43,65 62,08
1,03 C
Referência 24,067 9,132 1782,96 - - - - 60,32

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Medidas de melhoria
1. Envolvente opaca
Medida de melhoria proposta: Isolamento térmico em paredes exteriores
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Descrição detalhada:
Aplicação de 6 cm de isolamento térmico em poliestireno expandido moldado (EPS: λ=0,040 W/(m2.°C)), em placas em paredes exteriores
(incluindo pontes térmicas planas e caixas de estore se aplicável), reduzindo o valor do coeficiente de transmissão térmica na PDE1. A solução é
constituída por aplicação de placas de isolamento pelo exterior das paredes em contacto com o exterior, às quais se sobrepõem as camadas de
revestimento do sistema ETICS incluindo camada decorativa com o acabamento. O custo de investimento estimado para esta medida de melhoria
será de 1700 € para uma redução anual da fatura energética de 55 € e período de retorno simples do investimento >15 anos.
Nova envolvente opaca:

Nic Nvc Qa Ntc Nt


RNt Classe
(kWh/m2.ano) (kWh/m2.ano) (kWh/m2.ano) (kWh/m2.ano) (kWh/m2.ano)
23,15 1,44 1782,96 56,19 60,32 0,93 B-

Qt Valor referência Valor Total Redução Fatura Emissões de CO2 Período de retorno
(m2) (€/m2) (€) (€/ano) (Ton/ano) (anos)
28 60,71 1700 55 0,85 30,9
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Medidas de melhoria
Exemplos
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1. Envolvente opaca

2. Envolvente envidraçada

3. Sistemas de climatização

4. Iluminação

5. Energia Renovável (Fotovoltaico)

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Medidas de melhoria
2. Envolvente envidraçada
Enunciado:
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Considere um apartamento T2 existente localizado no Porto, com as seguintes características técnicas:


• Área útil: 78,05 m2
• PD: 2,65 m
• Situação da fração : Entre pisos
• Possui rede de gás
Envolvente:
• Parede exterior (PDE 1): 1,3 W/(m2.°C) Paredes interiores (PDI 1 e PDI 2): 1,47 e 1,16 W/(m2.°C)
• Envidraçado exterior (VE 1): 3,1 W/(m2.°C) Fator solar do vidro: 0,78 Fator solar do vão: 0,04
• Envidraçado interior (VI 1): 3,5 W/(m2.°C)
Ventilação:
• Extração mecânica, não existindo grelhas de admissão de ar na fachada, apenas caixas de estore. Caixilharia de classe 2
Sistemas técnicos:
• Caldeira a gás natural para aquecimento (fração de 0,70) e AQS, com eficiência de 0,91 e instalada após 1995
• Recuperador de calor (biomassa) para aquecimento, sem informação sobre eficiência (idade entre 1 a 10 anos)

Nic Nvc Qa Wvm Eren Eren,ext RenHAB Ntc RNt Classe


Edifício 30,434 1,529 1782,96 252,29 1000,17 0 43,65 62,08
1,03 C
Referência 24,067 9,132 1782,96 - - - - 60,32

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Medidas de melhoria
2. Envolvente envidraçada
Medida de melhoria proposta: Substituição dos vãos envidraçados exteriores
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Descrição detalhada:
Substituição das caixilharias simples existentes por caixilharias em PVC ou em alumínio com corte térmico e os vidros serão duplos incolores 6mm
+ 5mm com caixa de ar de 16mm, resultando um coeficiente de transmissão térmica (U) de 2,1 W/(m2.°C). O custo estimado do trabalho é de 500
€/m2 e inclui remoção das caixilharias existentes e material e mão-de-obra. O período de retorno desta medida é elevado (>15 anos), no entanto, o
conforto que proporciona e a natureza corretiva substanciam a recomendação desta medida. Durante a operação de montagem, deverá ser tido
em especial atenção a junta entre os caixilhos e as paredes, de forma a garantir o seu correto isolamento sem microfissuras que originem pontes
térmicas.
Novo vão envidraçado:

Nic Nvc Qa Ntc Nt


RNt Classe
(kWh/m .ano) (kWh/m .ano) (kWh/m .ano) (kWh/m .ano) (kWh/m2.ano)
2 2 2 2

28,74 1,63 1782,96 60,71 60,32 1,01 C

Qt Valor referência Valor Total Redução Fatura Emissões de CO2 Período de retorno
2
(m ) (€/m2) (€) (€/ano) (Ton/ano) (anos)
8 500 4000 15 0,92 266,7
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Medidas de melhoria
Exemplos
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1. Envolvente opaca

2. Envolvente envidraçada

3. Sistemas de climatização

4. Iluminação

5. Energia Renovável (Fotovoltaico)

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Medidas de melhoria
3. Sistemas de climatização
Enunciado:
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Considere um apartamento T2 existente localizado no Porto, com as seguintes características técnicas:


• Área útil: 78,05 m2
• PD: 2,65 m
• Situação da fração : Entre pisos
• Possui rede de gás
Envolvente:
• Parede exterior (PDE 1): 1,3 W/(m2.°C) Paredes interiores (PDI 1 e PDI 2): 1,47 e 1,16 W/(m2.°C)
• Envidraçado exterior (VE 1): 3,1 W/(m2.°C) Fator solar do vidro: 0,78 Fator solar do vão: 0,04
• Envidraçado interior (VI 1): 3,5 W/(m2.°C)
Ventilação:
• Extração mecânica, não existindo grelhas de admissão de ar na fachada, apenas caixas de estore. Caixilharia de classe 2
Sistemas técnicos:
• Caldeira a gás natural para aquecimento (fração de 0,70) e AQS, com eficiência de 0,91 e instalada após 1995
• Recuperador de calor (biomassa) para aquecimento, sem informação sobre eficiência (idade entre 1 a 10 anos)

Nic Nvc Qa Wvm Eren Eren,ext RenHAB Ntc RNt Classe


Edifício 30,434 1,529 1782,96 252,29 1000,17 0 43,65 62,08
1,03 C
Referência 24,067 9,132 1782,96 - - - - 60,32

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Medidas de melhoria
3. Sistemas de climatização
Medida de melhoria proposta: Substituição da caldeira por bomba de calor
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Descrição detalhada:
Substituição da caldeira a gás natural existente por um sistema bomba de calor elétrica que permita efetuar o aquecimento ambiente associado à
caldeira e a produção de AQS. O sistema proposta apresenta uma potência nominal de 30 kW, com uma eficiência sazonal de 5,20 e ainda um
depósito de acumulação de 80 litros. O custo estimado do investimento é de 6000 € e inclui remoção do sistema existente e material e mão-de-
obra. O período de retorno desta medida é >15 anos, no entanto, o sistema permite um aumento do uso de energia renovável, melhorando
significativamente a classe energética.
Novo sistema técnico:

Componente renovável

Nic Nvc Qa Ntc Nt


RNt Classe
(kWh/m2.ano) (kWh/m2.ano) (kWh/m2.ano) (kWh/m2.ano) (kWh/m2.ano)
30,44 1,53 1782,96 30,53 50,17 0,61 B

Qt Valor referência Valor Total Redução Fatura Emissões de CO2 Período de retorno
(unid.) (€/unid.) (€) (€/ano) (Ton/ano) (anos)
1 6000 6000 265 0,34 22,6

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Medidas de melhoria
Exemplos
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1. Envolvente opaca

2. Envolvente envidraçada

3. Sistemas de climatização

4. Iluminação

5. Energia Renovável (Fotovoltaico)

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Medidas de melhoria
4. Iluminação
Enunciado:
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Considere uma pequena loja existente localizada em Lisboa, sem sistemas de


climatização e produção de AQS, com as seguintes características técnicas: Planta de
• Área útil: 52,0 m2 iluminação:
• PD: 2,7 m

Área Edifício Referência


Espaço Consumos
(m2) kWh/ano kWh/ano
Loja 35,2 Aquecimento 750 1025
Gab 6 Arrefecimento 600 380
Hall IS 2,4 Iluminação 2698 807
IS 1 4,2 Outros 1996 1996
IS 2 4,2 Total 6044 4208

Total 52

IEEpr IEEpr,S IEEpr,T IEEpr,Ren IEEfóssil,S RIEE Classe


Edifício 290,58 194,62 95,96 0 166,83
1,83 D
Referência 202,31 106,35 95,96 - -

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Medidas de melhoria
4. Iluminação
Medida de melhoria proposta: Substituição da iluminação fluorescente por LED
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Descrição detalhada:
Substituição da iluminação fluorescente tubular de 36 W por iluminação LED tecnologicamente mais avançada, substituindo as luminárias
instaladas por solução LED de 21 W por luminária, reduzindo a potência instalada de iluminação interior. O custo estimado do investimento é de
1200 € e inclui remoção do sistema existente, material e mão-de-obra. O período de retorno desta medida é inferior a 5 anos, permitindo ainda
uma melhoria significativamente da classe energética.

Sistema técnico de iluminação fixa instalado:


Tipo 1 Tipo 2 Potência
Área DPI Iluminância DPI ref
Espaço Luminária Lâmpada Potência Conjunto Luminária Lâmpada Potência Conjunto instalada
Tecnologia Tecnologia
[m2] Qt Qt W W Qt Qt W W W (W/m2)/100 lx (Lx) (W/m2)/100 lx
Loja 35,2 FT - T8 7 2 36 655,2 FT - T8 6 1 36 280,8 936 8,86 300 2,1
Gab 6 FT - T8 1 1 36 46,8 46,8 1,56 500 1,5
Hall IS 2,4 LEDspot 4 1 5 20 20 4,17 200 2,3
IS 1 4,2 LEDspot 2 1 14 28 28 3,33 200 2,3
IS 2 4,2 LEDspot 2 1 14 28 28 3,33 200 2,3
52,0 1058,8

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Medidas de melhoria
4. Iluminação
Medida de melhoria proposta: Substituição da iluminação fluorescente por LED
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Descrição detalhada:
Substituição da iluminação fluorescente tubular de 36 W por iluminação LED tecnologicamente mais avançada, substituindo as luminárias
instaladas por solução LED de 21 W por luminária, reduzindo a potência instalada de iluminação interior. O custo estimado do investimento é de
1200 € e inclui remoção do sistema existente, material e mão-de-obra. O período de retorno desta medida é inferior a 5 anos, permitindo ainda
uma melhoria significativamente da classe energética.
Edifício Referência
Novo sistema técnico: Consumos
kWh/ano kWh/ano
Aquecimento 826 1025
Arrefecimento 476 380
Solução proposta MM – 21W LED Iluminação 569 807
Outros 1996 1996
Total 3867 4208

IEEpr IEEpr,S IEEpr,T IEEpr,Ren IEEfóssil,S


RIEE Classe
(kWhEP/m2.ano) (kWhEP/m2.ano) (kWhEP/m2.ano) (kWhEP/m2.ano) (kWhEP/m2.ano)
185,91 89,95 95,96 0 89,95 0,85 B-

Qt Valor referência Valor Total Redução Fatura Emissões de CO2 Período de retorno
(unid.) (€/unid.) (€) (€/ano) (Ton/ano) (anos)
7 170 1190 265 0,77 4,5

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Verificação dos requisitos mínimos obrigatórios:
Medidas de melhoria
4. Iluminação
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Medidas de melhoria
Exemplos
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1. Envolvente opaca

2. Envolvente envidraçada

3. Sistemas de climatização

4. Iluminação

5. Energia Renovável (Fotovoltaico)

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Medidas de melhoria
5. Energia Renovável (Fotovoltaico)
Enunciado:
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Considere uma moradia T3 nova localizada em Vila do Conde a uma altitude de 64 m, com as seguintes características técnicas:
• Área útil: 133,03 m2
• PD: 2,76 m
Ventilação:
• Efetuada por intermédio de meios naturais, existindo grelhas autorreguláveis para admissão de ar na fachada. As caixilharias são de classe 4.
Sistemas técnicos:
• Sistema Multisplit que garante o aquecimento e o arrefecimento ambiente, sendo a eficiência sazonal de aquecimento (SCOP) de 4,0 e uma
eficiência sazonal de arrefecimento (SEER) de 6,4
• Produção de água quente sanitária garantida por intermédio de um sistema solar térmico que garante um Eren 1654 kWh/ano, sendo o apoio
efetuado por um termoacumulador elétrico com uma eficiência igual a 1
• Não se encontram instalados sistemas de eficiência hídrica

Nic Nvc Qa Wvm Eren Eren,ext RenHAB Ntc RNt Classe


Edifício 21,0 11,0 2377,3 0 5000,4 0 1,45 31,0
Ni Nv Qa Wvm Eren Eren,ext RenHAB Nt 0,33 A
Referência 56,9 9,1 2377,3 - - - - 94,8

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Medidas de melhoria
5. Energia Renovável (Fotovoltaico)
Medida de melhoria proposta: Instalação de sistema fotovoltaico produção de energia para autoconsumo
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Sistema Fotovoltaico de 6 painéis de 290 Wp correspondentes a uma área de 10 m2, orientados a sul e inclinação 35⁰

Nota Técnica Folha de cálculo


NT-SCE-01 NT-SCE-01_v1.02

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Medidas de melhoria
5. Energia Renovável (Fotovoltaico)
Medida de melhoria proposta: Instalação de sistema fotovoltaico produção de energia para autoconsumo
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Nota Técnica
Energia produzida por um sistema solar fotovoltaico (𝑬𝒓𝒆𝒏) em edifícios de habitação
NT-SCE-01

Folha de cálculo 1º Passo


NT-SCE-01_v1.02

Edifício

Nic 21,0 kWh/m2.ano


Nvc 11,0 kWh/m2.ano
Aplicação da folha
Qa 2377,3 kWh/ano
de cálculo
Wvm 0

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Medidas de melhoria
5. Energia Renovável (Fotovoltaico)
Medida de melhoria proposta: Instalação de sistema fotovoltaico produção de energia para autoconsumo
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Nota Técnica
Energia produzida por um sistema solar fotovoltaico (𝑬𝒓𝒆𝒏) em edifícios de habitação
NT-SCE-01

Folha de cálculo 2º Passo


NT-SCE-01_v1.02

740
Medidas de melhoria
5. Energia Renovável (Fotovoltaico)
Medida de melhoria proposta: Instalação de sistema fotovoltaico produção de energia para autoconsumo
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Nota Técnica
Energia produzida por um sistema solar fotovoltaico (𝑬𝒓𝒆𝒏) em edifícios de habitação
NT-SCE-01

Folha de cálculo 3º Passo


NT-SCE-01_v1.02

741
Medidas de melhoria
5. Energia Renovável (Fotovoltaico)
Medida de melhoria proposta: Instalação de sistema fotovoltaico produção de energia para autoconsumo
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Nota Técnica
Energia produzida por um sistema solar fotovoltaico (𝑬𝒓𝒆𝒏) em edifícios de habitação
NT-SCE-01

Folha de cálculo 4º Passo


NT-SCE-01_v1.02

742
Medidas de melhoria
5. Energia Renovável (Fotovoltaico)
Medida de melhoria proposta: Instalação de sistema fotovoltaico produção de energia para autoconsumo
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Descrição detalhada:
Instalação de uma central fotovoltaica de 1,74 kWp, constituída por 6 painéis fotovoltaicos de 290Wp, perfazendo uma área de 10 m2, com
inclinação de 35° e orientação a sul. A instalação, tendo em consideração os perfis de funcionamento do edifício permite contribuir em regime de
autoconsumo com um valor de 636 kWh/ano. O custo estimado do investimento é de 3000 € e inclui material e equipamentos a instalar assim
como a mão-de-obra. O período de retorno desta medida é superior a 15 anos, contudo a medida permite uma melhoria da classe energética
assim como a redução da dependência de energia de origem fóssil.

Nic Nvc Qa Wvm Eren Eren,ext RenHAB Ntc RNt Classe


Edifício 21,0 11,0 2377,3 0 5636,4 0 1,90 19,1
Ni Nv Qa Wvm Eren Eren,ext RenHAB Nt 0,2 A+
Referência 56,9 9,1 2377,3 - - - - 94,8

Qt Valor referência Valor Total Redução Fatura Emissões de CO2 Período de retorno
(kWp) (€/kWp) (€) (€) (Ton/ano) (anos)
1,74 1725 3002 127,2 0,09 23,6

743
744
Medidas de melhoria

Questão 26
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745
Agradecemos a sua atenção
Fim do tema 4
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1. Enquadramento legislativo

2. Edifícios de habitação

3. Pequenos edifícios de comércio e serviços

4. Medidas de melhoria

5. Sistema de Certificação Energética dos Edifícios

6. Edifícios – Obrigações legais


746
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Estrutura do Decreto-Lei n.º 101-D/2020
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EDIFÍCIOS

REQUISITOS OBRIGAÇÕES LEGAIS

Envolvente opaca e envidraçada • Instalação e manutenção


• Documentação sistemas
técnicos
SCE
• Avaliações periódicas
Sistemas técnicos
• SACE
• Eletromobilidade
• Inspeções aos sistemas técnicos
Desempenho energético e • Qualidade do ar interior
conforto térmico

747
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Conteúdos programáticos

Organização e Âmbito de
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funcionamento aplicação

Objeto de
Técnicos SCE
certificação

Certificados Energéticos
748
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Âmbito de aplicação

Organização e Âmbito de
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funcionamento aplicação

Objeto de
Técnicos SCE
certificação

Certificados Energéticos
749
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Âmbito do SCE (n.º 1 do Artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)

Situações Âmbito
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Construção de edifícios novos

Grandes renovações de edifícios

GES, para efeitos da avaliação periódica

Edifícios detidos e ocupados por entidade pública, frequentemente visitados pelo


Aplicável*
público, com área útil de pavimento superior a 250 m2
Edifícios a partir do momento da sua venda, dação em
cumprimento, locação ou trespasse

Edifícios alvo de programas de financiamento

Edifícios elegíveis para acesso a benefícios fiscais

*Independentemente das dispensas de apresentação de certificações técnicas constantes no RJUE (n.º 3 Artigo 18.º) 750
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Âmbito do SCE (n.º 1 do Artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)
Edifícios a partir do momento da sua venda, dação em
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cumprimento, locação ou trespasse

▪ Inclusão das situações de trespasse, desde que este abranja a transmissão do espaço físico onde o estabelecimento se
encontre inserido

Edifícios alvo de programas de financiamento

▪ Situações em que o edifício seja alvo de programas de financiamento para a melhoria do desempenho energético, sempre
que a certificação energética constitua requisito para o efeito

Edifícios elegíveis para acesso a benefícios fiscais

▪ Situações em que o edifício seja elegível para efeitos de acesso a benefícios fiscais, sempre que a certificação energética
constitua requisito para o efeito

751
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Âmbito do SCE (n.º 2 do Artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)
Situações Âmbito
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Edifícios unifamiliares quando constituam edifícios autónomos com área interior útil de
pavimento igual ou inferior a 50 m2
Instalações industriais, pecuárias ou agrícolas não residenciais
Oficinas sem climatização
Edifícios utilizados como locais de culto, nomeadamente, igrejas, sinagogas, mesquitas e
templos

Exceções Edifícios exclusivamente destinados a estacionamentos não climatizados

Armazéns em que a presença humana, real ou prevista, não ocorra por mais de 2h/dia ou
não represente uma ocupação superior a 0,025 pessoas/m2 (considerando área total de pavimento)
Vendas ou dações em cumprimento de edifícios a comproprietário, a locatário ou a entidade
expropriante, quando decorrentes de processo executivo ou de insolvência, ou quando
sejam efetuadas para a sua demolição total.

Transmissões não onerosas, designadamente, doações, legados e heranças


752
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Âmbito do SCE (n.º 2 do Artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)
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(cont.) Situações Âmbito

Locações da residência habitual do senhorio por prazo inferior a quatro meses

Locações a anterior locatário do edifício em momento imediatamente anterior ao novo


negócio jurídico
GES que não se encontrem em funcionamento, desde que não
ocorra a sua venda, dação em cumprimento, locação ou trespasse
Exceções
Edifícios em ruínas

Infraestruturas militares e os edifícios sujeitos a regras de controlo e de confidencialidade

Edifícios de comércio e serviços inseridos em instalações sujeitas ao regime aprovado pelo DL


n.º 71/2008

753
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Âmbito do SCE (n.º 2 do Artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)
• Instalações industriais, pecuárias ou agrícolas não residenciais
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• Oficinas sem climatização

▪ Para além das instalações industriais, pecuárias ou agrícolas não residenciais, encontram-se também excluídas da obrigação de
certificação energética as oficinas que não tenham consumo de energia, atual ou previsto, associado ao aquecimento ou
arrefecimento ambiente destinado ao conforto humano

Transmissões não onerosas, designadamente, doações,


legados e heranças

▪ Situações que reportam a uma disposição gratuita de um bem imóvel que, ainda que sujeito a um procedimento contratual,
não onera o beneficiário, podendo por isso ser dispensado o princípio de informação ao cidadão relativo ao desempenho
energético do edifício, uma vez que não se trata de uma escolha

GES que não se encontrem em funcionamento, desde que não


ocorra a sua venda, dação em cumprimento, locação ou trespasse

▪ Inclui também as situações de dação em cumprimento e trespasse

754
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Objeto de certificação

Organização e Âmbito de
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funcionamento aplicação

Objeto de
Técnicos SCE
certificação

Certificados Energéticos
755
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Objeto de certificação (Artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)
A certificação energética deve realizar-se tendo em conta a forma
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como o edifício se encontra constituído legalmente, para a menor


Para atribuição de benefícios fiscais ou
unidade passível de utilização independente: acesso a instrumentos financeiros
(desde que comprovado)

Total sem utilização


Constituição de propriedade

1 CE para a totalidade do prédio 1 CE para uma parte do prédio


independente

Total com utilização 1 CE por cada andar ou divisão


1 CE para totalidade do prédio
independente suscetível de utilização independente

(sem prejuízo da emissão do CE tendo em conta a


constituição legal do edifício, quando obrigatório)

Horizontal 1 CE por cada fração autónoma

756
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Objeto de certificação (Artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)

O número e tipo de CE a emitir deve estar em conformidade com a


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informação constante da documentação legal relativa aos edifícios

Edifício misto
CE do tipo habitação CE do tipo C&S CE tem por base o tipo de utilização
e constituição de propriedade

Para edifícios de comércio e serviços que disponham de sistema de climatização centralizada, independentemente
da constituição de propriedade (total com utilizações independentes ou horizontal), deve ser emitido um único CE
para a totalidade das frações abrangidas por este sistema

757
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Certificados Energéticos

Organização e Âmbito de
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funcionamento aplicação

Objeto de
Técnicos SCE
certificação

Certificados Energéticos
758
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Tipos de conteúdos dos CE (Artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)
Pré-Certificado Energético Certificado Energético Declaração provisória
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(PCE) (CE) do SCE

▪ Emitido antes da construção de ▪ Emitido após a construção de ▪ Situações em que não é possível
edifícios novos ou grandes edifícios novos ou grandes efetuar a avaliação do desempenho
renovações renovações energético do edifício
▪ Licença ou autorização de ▪ Licença ou autorização de ▪ Aplicável a edifícios em ruína
construção utilização

759
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Elementos e procedimentos para emissão do CE (Artigo 21.º)
Edifícios públicos,
Grandes edifícios
Construção de Grandes edifícios alvo de
Documentos de comércio e
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edifícios novos renovações transação/locação ou


serviços (GES)
para acesso a benefícios

🗸 🗸
Projeto de arquitetura, estudos e projetos
* *
das especialidades
Documentação obrigatória

🗸 🗸
Telas finais que correspondem, exatamente, à obra
* *
executada

🗸 🗸
Termo de responsabilidade do diretor de obra,
* *
atestando o cumprimento dos requisitos aplicáveis

🗸 🗸
Documentação técnica dos componentes do
* *
edifício

🗸 🗸
Resultados dos ensaios com vista à receção
* *
provisória da obra

Ficha técnica da habitação (FTH) 🗸 🗸 * 🗸


(caso exista) (se aplicável)

Declaração do processo de certificação (DPCE) 🗸 🗸 🗸 🗸


* O disposto na tabela não prejudica a possibilidade de disponibilização de elementos adicionais ao PQ, com vista a
assegurar uma correspondência o mais fiel possível entre o certificado energético a emitir e a realidade construída. 760
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Elementos e procedimentos para emissão do CE (Artigo 21.º)
Edifícios públicos,
Grandes edifícios
Construção de Grandes edifícios alvo de
Documentos (cont.) de comércio e
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edifícios novos renovações transação/locação ou


serviços (GES)
para acesso a benefícios

Caderneta predial urbana (CPU) 🗸 🗸 🗸 🗸


(caso exista)
Documentação obrigatória

Certidão do registo predial (CRP) 🗸 🗸 🗸 🗸


(caso exista)

🗸 🗸 🗸
Certificado energético anterior, sempre que se trate
**
de uma reemissão ou atualização
Registo de manutenção dos sistemas técnicos * * 🗸 *

🗸
Relatórios de inspeção dos sistemas técnicos, caso
* * *
tenham sido elaborados
Registo das renovações * * 🗸 🗸
Registo atualizado da qualidade do ar interior * * 🗸 🗸
* - O disposto na tabela não prejudica a possibilidade de disponibilização de elementos adicionais ao PQ, com vista a assegurar uma
correspondência o mais fiel possível entre o certificado energético a emitir e a realidade construída.
** - Para emissão do 1º CE de edifícios novos e grandes renovações é necessário apresentar o respetivo PCE 761
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Elementos e procedimentos para emissão do CE
Para efeitos da emissão de um PCE ou CE, deve o PQ munir-se de toda a informação necessária, em função do objeto de certificação, fase
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do ciclo de vida e tipologia de utilização, conforme previsto no Anexo I – Documentação de suporte (Tabelas 110-115 do Manual SCE).

Novos Grande Renovação


Renovação
Documentação de suporte

Manual SCE
Anexo I
762
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Elementos e procedimentos para emissão do CE (Artigo 6.º)
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Projeto de comportamento térmico

• O projeto de comportamento térmico deixou de ser necessário para emissão do PCE/CE a partir
de 1 de julho de 2021

• O PQ deverá basear-se na informação disponível nos diversos projetos

• A demonstração do cumprimento dos requisitos de cada componente (envolvente e sistemas


técnicos) do edifício passa agora para a responsabilidade dos projetistas de arquitetura e de
especialidades (n.º 5 do Artigo 6.º)

• Ao garantir que o projeto de arquitetura e especialidades contêm o grau de detalhe que demonstre o
cumprimento dos requisitos e a boa execução em obra, fica salvaguardada a uniformização da informação
dos projetos que acompanham a construção dos edifícios (n.º 7 do Artigo 6.º)
763
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Emissão do CE - Incumprimentos
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Decreto-Lei n.º 101-D/2020 Não constitui como constrangimento à emissão do CE…

Quando aplicável, e à data da emissão, não exista:


▪ Plano de manutenção (CE com validade de 1 ano)
▪ Técnicos qualificados para diversas atividades de
instalação e manutenção
Incumprimento das obrigações
legais do edifício da ▪ Registos das inspeções técnicas dos sistemas técnicos
responsabilidade do proprietário (CE com validade de 1 ano)

▪ Instalação de SACE
▪ Instalação de infraestruturas para carregamento de VE
▪ Relatório da avaliação da QAI

764
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Emissão do CE - Renovações
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A responsabilidade do cumprimento do requisito recai no


Renovação em edifício existente com âmbito do empreiteiro:
incumprimento de requisitos ▪ PQ emite o CE, devendo assinalar a situação detetada
no mesmo

Artigo 5.o do DL n.º 101-D/2020,


alterado pelo Artigo 15.º do DL n.º 102/2021

Asseguram a verificação do cumprimento dos requisitos:

• Em edifícios novos ou renovados (sujeitos a controlo prévio), as entidades responsáveis pelas operações urbanísticas

• Em renovações sem controlo prévio, o empreiteiro (necessária documentação técnica que caracterize as soluções
aplicadas)

765
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Afixação e publicitação (Artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)

Situações Âmbito
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Obrigatoriedade de GES em funcionamento


afixação do CE

Edifícios detidos e ocupados por entidade pública, frequentemente


visitados pelo público com área interior útil de pavimento superior a 250 m2

Indicação da classe energética do edifício, a partir do momento da sua


Publicitação
venda, dação em cumprimento, locação ou trespasse

Afixação da primeira página do CE, ou de modelo complementar produzido para o efeito, à entrada do edifício e em
local claramente visível para o público em geral

766
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Validade do CE (Artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)

Situações Âmbito Validade


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(anos)

Pré-Certificado Energético (PCE)


10
Certificado Energético (CE) de habitação e PES

CE de GES 8
Tipo de
documento
1º CE de GES (construção ou grande renovação) 3

CE de GES em funcionamento sem PM 1

CE de edifícios C&S que não disponham de relatório de


1
inspeção (quando obrigatório)

CE de edifícios em tosco (prorrogável) 1

767
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos SCE

Organização e Âmbito de
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funcionamento aplicação

Objeto de
Técnicos SCE
certificação

Certificados Energéticos
768
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos SCE (Artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020)
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Peritos Qualificados (PQ) Técnicos Qualificados


PQ-I e PQ-II Várias categorias: TRM, TGE e TIS

Técnicos SCE Regulamentação

Exercício da atividade, competências e o regime


Decreto-Lei n.º 102/2021
contraordenacional aplicável

Regulamentação das atividades dos técnicos e as Definido na


competências Portaria n.º 138-H/2021

769
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Responsabilidades do Perito Qualificado

Peritos Qualificados (PQ I e PQ II)


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Avaliar o desempenho energético dos edifícios abrangidos pelo SCE,


mediante a emissão dos pré-certificados e certificados energéticos;

Identificar e avaliar as oportunidades e recomendações de melhoria de


desempenho energético dos edifícios;

Apoiar os proprietários dos edifícios na implementação das


oportunidades e recomendações de melhoria referidas.

770
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Responsabilidades do Perito Qualificado

Peritos Qualificados (PQ II)


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Realizar as avaliações periódicas dos Grandes Edifícios de Comércio e


Serviços (GES);

Recolher e submeter, no Portal-SCE, a informação sobre os consumos de


energia anuais dos GES;

Elaborar e submeter, no Portal-SCE, os planos de melhoria do


desempenho energético (PDEE) dos GES.

771
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos Qualificados do SCE

Técnicos de Instalação e Manutenção Técnico de inspeção


Técnico de Gestão
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(TIM) de sistemas técnicos


de Energia (TGE) (TIS)
TIM-II e TIM-III

Técnico responsável pela instalação e • Elaborar e submeter o


manutenção de sistemas técnicos (TRM) Plano de Manutenção dos • Realizar as inspeções aos
sistemas técnicos; sistemas técnicos
• Submeter os resultados da abrangidos pelo SCE;
execução do Plano de • Submeter o relatório de
• Acompanhar a instalação, substituição ou Manutenção; inspeção.
atualização de sistemas técnicos abrangidos pelo • Submeter a documentação
SCE; dos sistemas instalados
• Assegurar a correta manutenção em GES e em GES;
supervisionar as atividades relacionadas; • Submeter os consumos
• Submeter a informação sobre a manutenção dos anuais de energia em GES.
sistemas técnicos instalados em PES;
• Submeter a documentação dos sistemas
instalados em PES ou edifícios de habitação;
• Submeter os consumos de energia em habitação e
PES.

772
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos Qualificados do SCE
Deveres profissionais
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▪ Cumprimento das disposições do Decreto-Lei n.º 101-D/2020, incluindo


as respetivas metodologias técnicas e regulamentares;
▪ Colaboração nos procedimentos de verificação de qualidade no âmbito
do SCE;
▪ Exercício das respetivas funções em condições de total independência e
ausência de conflito de interesses.

❑ Proprietário;
❑ Tenha subscrito termo de responsabilidade na qualidade de diretor
de obra ou como membro integrante da equipa de direção de obra;
❑ Tenha subscrito projeto de arquitetura ou de qualquer especialidade
nos termos dos n.os 5 e 14 do Artigo 6.º do DL 101-D/2020.

773
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos Qualificados do SCE

Atuação dos técnicos SCE no mesmo edifício


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Matriz de
TRM TGE TIS
compatibilidades

PQ Incompatível Compatível Incompatível

TRM Incompatível Compatível

TGE Incompatível Incompatível

TIS Compatível Incompatível

As atividades dos técnicos do SCE configuram-se como atos próprios, com exceção da
Nota prática dos atos próprios dos TGE, que são também permitidos aos PQ-II.
774
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos SCE – Requisitos
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❑ Título de arquiteto, engenheiro ou engenheiro técnico;


❑ Cinco anos de experiência profissional como membro efetivo da respetiva
associação pública profissional, em atividade de projeto ou construção de
edifícios abrangidos pelo Decreto–Lei n.º 101 -D/2020;
❑ Aprovação em exame realizado pela ADENE.
PQ-I

❑ Título de engenheiro ou engenheiro técnico;


❑ Cinco anos de experiência profissional como membro efetivo da respetiva
associação pública profissional, em atividades de projeto, construção ou
manutenção de sistemas de AVAC ou de auditoria energética nos edifícios
abrangidos pelo Decreto –Lei n.º 101 -D/2020;
❑ Aprovação em exame realizado pela ADENE.
PQ-II

775
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos SCE – Requisitos
❑ Título de engenheiro ou engenheiro técnico, com três anos de experiência
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profissional como membro efetivo da respetiva associação pública profissional, em


atividades de instalação, substituição ou atualização de sistemas técnicos; ou
TRM ❑ Qualificação de nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações, de técnico de
refrigeração e climatização, ou obtida através do processo de reconhecimento,
validação e certificação de competências num Centro Qualifica.

❑ Título de engenheiro ou engenheiro técnico;


❑ Três anos de experiência profissional, como membro efetivo da respetiva associação
pública profissional em que se encontra inscrito, em atividades de projeto,
TIS
construção ou manutenção de sistemas de AVAC ou de auditoria energética;
❑ Aprovação em exame realizado pela ADENE sobre inspeções a sistemas técnicos em
edifícios.

❑ Título de engenheiro ou engenheiro técnico;


TGE ❑ Aprovação em exame realizado pela ADENE sobre a avaliação energética, gestão de
energia e manutenção de edifícios.

776
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos SCE – Acesso
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O acesso e exercício da atividade dos técnicos qualificados do


SCE depende da obtenção de título profissional, com registo
junto da ADENE.

A instrução do requerimento da emissão de título profissional e


respetivo registo deve ser efetuado através do Portal-SCE.

A ADENE emite o título profissional e procede ao registo do


interessado como técnico do SCE mediante a verificação da
experiência profissional e aprovação no exame.

777
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos SCE – Norma Transitória
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Os profissionais reconhecidos como TIM da categoria TIM III são


equiparados a TRM, mediante a apresentação de declaração para
o exercício da respetiva atividade junto da ADENE;
Os profissionais reconhecidos como TIM da categoria TIM II são
equiparados a TRM mediante o cumprimento de requisitos
adicionais. Para mais informação:
https://academia.adene.pt/tecnico-responsavel-pela-instalacao-e-
manutencao-de-sistemas-tecnicos-trm/

Verificado o cumprimento, a ADENE procede ao registo dos


técnicos como TRM e à emissão do título profissional.

778
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Técnicos SCE – Norma Transitória
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Para reconhecimento como TRM, os TIM da categoria TIM II devem


cumprir o processo da transição no prazo de cinco anos a contar
de 20/11/2021, mediante a apresentação da identificação do
interessado e realização de exame.

Durante o período de transição, os TIM da categoria TIM II podem


manter-se no exercício da respetiva atividade sobre os edifícios
com sistemas técnicos instalados ou a instalar limitados a 100 kW
de potência térmica nominal.

779
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Organização e funcionamento

Organização e Âmbito de
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funcionamento aplicação

Objeto de
Técnicos SCE
certificação

Certificados Energéticos
780
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Organização e funcionamento
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Atividades Entidades Competentes

Supervisão e fiscalização do SCE


(DL n.º 101-D/2020 - Artigo 25.º )

Gestão do SCE
(DL n.º 101-D/2020 - Artigo 26.º)

Verificação da qualidade*
(DL n.º 101-D/2020 - Artigo 27.º)

Exames e reconhecimento de técnicos


(DL n.º 102/2021 e Portaria n.º 28/2022)

* Despacho n.º 6476-B/2021

781
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Organização e funcionamento
Gestão do SCE (Artigo 26.º)
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▪ Realizar os exames e fazer registo dos técnicos SCE;


▪ Acompanhar a atividade e prestar apoio, técnico e administrativo, aos técnicos SCE;
▪ Gerir o registo central dos certificados energéticos no Portal SCE, bem como da informação produzida no âmbito do
SCE; restante documentação;
▪ Definir e atualizar o conteúdo e modo de apresentação da informação e dos documentos submetidos ou registados no
Portal SCE;
▪ Contribuir para a interpretação e aplicação uniformes dos procedimentos no âmbito do SCE;
▪ Garantir a disponibilização aos proprietários, por via digital, de todos os dados constantes do Portal SCE relativamente
aos seus edifícios e sistemas técnicos, nomeadamente o Certificado Energético

Disponibilizar o Certificado Energético ao proprietário do edifício e facultar-lhe o acesso ao


Portal SCE para efeitos de consulta do mesmo

782
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Organização e funcionamento
Gestão do SCE (Artigo 26.º)
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▪ Promover o SCE e incentivar a utilização dos seus dados com vista à melhoria da eficiência energética dos edifícios.
▪ Dinamizar a criação, operacionalização e publicitação de sistemas de incentivos à eficiência energética nos edifícios,
em articulação com o Fundo Ambiental.
▪ Assegurar a qualidade da informação produzida no âmbito do SCE.

❑ Analisar os dados registados pelos técnicos SCE e identificar as eventuais situações de


desconformidade dos processos efetuados pelos mesmos técnicos;
❑ Verificar a qualidade da demais informação submetida e registada no Portal SCE;
❑ Colaborar com organismos públicos ou privados na verificação da qualidade;
❑ Restringir o acesso ao Portal SCE por parte dos técnicos SCE, e outros utilizadores,
sempre que as ações ou omissões destes afetem a qualidade no âmbito do SCE.

Portal SCE como canal preferencial de comunicação


783
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Organização e funcionamento

Verificação acompanhada
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(visita)

Verificação acompanhada
(emissão) Verificação Preventiva

Despacho
n.º 6476-B/2021 Verificação agregada
(Ponto 3.2 do Anexo I)

Verificação sumária

Verificação Corretiva

Verificação detalhada

784
Sistema de Certificação Energética dos Edifícios
Organização e funcionamento
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Incumprimento dos deveres profissionais

Contraordenação Incompatibilidades técnicos SCE no mesmo edifício


(DL 102/2021)

Incumprimento dos requisitos específicos previstos


Decreto-Lei n.º 101-D/2020

785
786
Agradecemos a sua atenção
Fim do tema 5
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Estrutura da formação
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1. Enquadramento legislativo

2. Edifícios de habitação

3. Pequenos edifícios de comércio e serviços

4. Medidas de melhoria

5. Sistema de Certificação Energética dos Edifícios

6. Edifícios – Obrigações legais

787
Edifícios – Obrigações legais
Estrutura do Decreto-Lei n.º 101-D/2020
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EDIFÍCIOS

REQUISITOS OBRIGAÇÕES LEGAIS

Envolvente opaca e envidraçada • Instalação e manutenção


• Documentação sistemas
técnicos
SCE
• Avaliações periódicas
Sistemas técnicos
• SACE
• Eletromobilidade
• Inspeções aos sistemas técnicos
Desempenho energético e • Qualidade do ar interior
conforto térmico

788
Edifícios – Obrigações legais

Instalação e manutenção dos sistemas técnicos


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Documentação de desempenho dos sistemas técnicos

Eletromobilidade

OBRIGAÇÕES
Inspeções a sistemas técnicos

Qualidade do ar interior
789
Edifícios – Obrigações legais

Instalação e manutenção dos sistemas técnicos


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Documentação de desempenho dos sistemas técnicos

Eletromobilidade

OBRIGAÇÕES
Inspeções a sistemas técnicos

Qualidade do ar interior
790
Edifícios – Obrigações legais
Instalação e manutenção dos sistemas técnicos (Artigo 10.º)

Instalação de sistemas técnicos


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✓ As instalações, substituições ou atualizações de sistemas técnicos em edifícios devem ser efetuadas por
técnicos qualificados (TRM)
✓ A informação relativa à manutenção dos sistemas técnicos em PES, pode ser submetida por técnico
qualificado (TRM) no Portal SCE

Despacho n.º 6476-C/2021, na sua atual redação, estabelece:


▪ Os elementos mínimos a constar no Plano de Manutenção (PM) e Registo de Manutenção (RM)
▪ A submissão no Portal SCE do PM e RM (incluindo alterações ou atualizações)

A informação relativa a manutenções efetuadas em sistemas técnicos instalados em PES pode ser submetida
Nota no Portal SCE, independentemente da existência do plano de manutenção.
791
Edifícios – Obrigações legais
Instalação e manutenção dos sistemas técnicos (Artigo 10.º)
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O registo de manutenção é válido após a sua submissão no Portal


SCE e respetiva atribuição de ID.

O proprietário do edifício poderá consultar o conteúdo do registo


de manutenção via o Portal SCE.

792
Edifícios – Obrigações legais

Instalação e manutenção dos sistemas técnicos


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Documentação de desempenho dos sistemas técnicos

Eletromobilidade

OBRIGAÇÕES
Inspeções a sistemas técnicos

Qualidade do ar interior
793
Edifícios – Obrigações legais
Documentação de desempenho dos sistemas técnicos (Artigo 11.º)
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Documentação de desempenho dos sistemas técnicos Âmbito

Instalação, substituição ou atualização de um sistema técnico exige identificação do âmbito e


avaliação do desempenho energético geral

Resultados da avaliação documentados para efeitos de verificação do cumprimento dos requisitos


mínimos previstos para os sistemas técnicos e de evidência no âmbito da emissão de certificados
energéticos
Documentação relativa à avaliação de sistemas técnicos em PES e Habitação deve ser entregue ao
proprietário pelo técnico qualificado, podendo ser submetida no Portal SCE, ficando acessível, por
esta via, ao proprietário do edifício

794
Edifícios – Obrigações legais

Instalação e manutenção dos sistemas técnicos


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Documentação de desempenho dos sistemas técnicos

Eletromobilidade

OBRIGAÇÕES
Inspeções a sistemas técnicos

Qualidade do ar interior
795
Edifícios – Obrigações legais
Eletromobilidade (Artigo 14.º)
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Eletromobilidade Âmbito Obrigações

Edifícios novos ou sujeitos a grande renovação sujeitos a requisitos Requisito


respeitantes à infraestrutura de carregamento de VE Detalhado na Portaria n.º 138-I/2021

Todos os edifícios com mais de 20 lugares de estacionamento devem dispor Requisito para Existentes
de dois pontos de carregamento A instalar até 31 dez 2024

Isenções (n.º 3 do Artigo 14.º)

▪ Edifícios que sejam propriedade e estejam ocupados por micro, pequenas e médias empresas, devidamente certificadas
nos termos da lei
▪ Edifícios objeto de grandes renovações, quando o custo da instalação da infraestrutura para carregamento de veículos
elétricos exceda 7% do custo total da renovação
▪ Edifícios públicos objeto de grandes renovações, quando já disponham das necessárias infraestruturas para carregamento
de veículos elétricos
796
Edifícios – Obrigações legais

Instalação e manutenção dos sistemas técnicos


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Documentação de desempenho dos sistemas técnicos

Eletromobilidade

OBRIGAÇÕES
Inspeções a sistemas técnicos

Qualidade do ar interior
797
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
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Inspeções a sistemas técnicos Âmbito

Sistemas técnicos instalados em edifícios em funcionamento


sujeitos a inspeções periódicas por técnicos de inspeção de sistemas técnicos

No final de cada inspeção é emitido um relatório com os resultados e as recomendações para a melhoria de
desempenho energético do sistema

Relatório de inspeção submetido no Portal SCE pelo técnico de inspeção a sistemas técnicos, sujeitos a
verificação de qualidade

Isenções previstas para sistemas técnicos instalados que disponham de SACE com funcionalidades de
monitorização do consumo de energia, análise da eficiência dos sistemas e de interoperabilidade

Nota A aplicação das inspeções encontra-se detalhada no Despacho n.º 6476-C/2021

798
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
Âmbito de aplicação Sistemas de aquecimento
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Sistemas combinados de aquecimento e


ventilação

Sistemas combinados de aquecimento e


Sistemas técnicos preparação de água quente
com potência
nominal ou Sistemas de preparação de água quente
potência nominal
de AQ superior a
70 kW Sistemas de ar condicionado

Sistemas combinados de ar condicionado e


ventilação

A inspeção aos sistemas de aquecimento (cor amarela) deve englobar os sistemas geradores de calor, os
Nota
sistemas de controlo assim como grupos de circulação associados
799
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
Os sistemas técnicos instalados em edifícios em funcionamento sujeitos a inspeções periódicas
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Garantir informação atualizada :


Inspeções a sistemas Aplicáveis a sistemas
✓ Características de desempenho energético dos sistemas técnicos
climatização e/ou AQ com P > 70kW
✓ Recomendações de ações de melhoria

Despacho n.º 6476-C/2021 estabelece:


▪ Quais os sistemas técnicos sujeitos a inspeções
▪ Os elementos/parâmetros que devem ser aferidos pelo técnico qualificado (TIS)
▪ A documentação do sistema técnico que deve ser solicitada para suportar a inspeção
▪ Os elementos mínimos a constar no relatório de inspeção e o que deve fazer parte dos resultados da mesma
▪ Os tipos de recomendações a apresentar no relatório de inspeção
▪ A periodicidade das inspeções
▪ As condições que o SACE deve cumprir para que os sistemas técnicos fiquem dispensados de inspeção

800
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
Periodicidade das inspeções a sistemas técnicos
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Potência nominal ou potência nominal de AQ [kW] Periodicidade [anos]

70 < P < 250 4


P ≥ 250 2

Primeira inspeção do sistema técnico


Sistemas técnicos Data limite
Edifícios novos ou 3 anos a contar da data de
Renovados (em que o sistema alvo de inspeção foi renovado) instalação
Edifícios existentes ou 3 anos a contar de 1 de julho de
Renovados (em que o sistema alvo de inspeção não foi renovado) 2021
3 anos após a sua entrada em
Edifícios ou sistemas técnicos sem funcionamento
funcionamento
801
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
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Na ausência de melhor informação deve ser considerado a data


mais recente entre:
• Ano de fabrico;
• Ano de construção do edifício.

802
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
Isenção por recurso SACE
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❑ Capacidade de monitorização e registo dos


parâmetros para a determinação da eficiência
energética dos sistemas técnicos, com uma
periodicidade mínima de 15 minutos

❑ Comunicação com sistemas técnicos interligados e


A inspeção dos sistemas técnicos equipamentos existentes e a sua interoperabilidade
através do sistema SACE, é permitida
nas seguintes condições: ❑ Aferir a eficiência energética do(s) sistema(s)
técnico(s) ou fornecer os parâmetros para o seu
cálculo

❑ Identificação dos sistemas técnicos que se encontrem


em avaria ou com diminuição de eficiência energética

Nota: Adicionalmente, os SACE são alvo de inspeção para validar o cumprimento das condições
apresentadas, com periodicidade de 4 anos.
803
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
Elementos mínimos Relatório de Relatório de
Despacho n.º 6476-C/2021 inspeção inspeção SACE
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Identificação da morada do edifício 🗸 🗸


Identificação do técnico responsável pela realização da inspeção 🗸 🗸
Data da realização da inspeção 🗸 🗸
🗸 🗸
Data limite para a realização da inspeção seguinte
(em função da periodicidade aplicável)
Caraterização do sistema 🗸 🗸
Eficiência energética dos sistemas técnicos 🗸
Indicação dos sistemas técnicos que se encontrem em avaria/diminuição de eficiência energética 🗸
Resultados da inspeção 🗸
Recomendações para melhoria do desempenho energético do sistema técnico 🗸 🗸
Notas e observações, quando aplicável 🗸 🗸
804
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)

Resultados da inspeção
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✓ Registo fotográfico;
✓ Registo de medições e cálculos efetuados;
✓ Certificados de calibração dos equipamentos de medição;
✓ Identificação de ocorrências verificadas;
✓ Análise do ajustamento adequado da operação;
✓ Análise da adequabilidade do dimensionamento do sistema técnico;
✓ Demonstração do enquadramento na isenção do dimensionamento do
sistema.

805
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
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Recomendações

Tipo I Tipo II

▪ Ajustes; ▪ Reparações;
▪ Limpeza; ▪ Substituições.
▪ Adaptações.

806
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
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As inspeções aos sistemas técnicos são realizadas no âmbito do


desempenho energético, contudo, quando detetadas situações que
possam comprometer a segurança e qualidade do ar, estas devem
constar nas notas e observações do relatório de inspeção.

807
Edifícios – Obrigações legais
Inspeções a sistemas técnicos (Artigo 15.º)
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O relatório de inspeção e relatório resultante da inspeção aos SACE


são válidos após a sua submissão no Portal SCE e respetiva
atribuição de ID.

808
Edifícios – Obrigações legais

Instalação e manutenção dos sistemas técnicos


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Documentação de desempenho dos sistemas técnicos

Eletromobilidade

OBRIGAÇÕES
Inspeções a sistemas técnicos

Qualidade do ar interior
809
Edifícios – Obrigações legais
Qualidade do ar interior (Artigo 16.º)
Qualidade do ar interior Âmbito
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Edifícios novos ou renovados sujeitos a requisitos de ventilação de espaços


Definido na Portaria n.º 138-I/2021
Todos os edifícios em funcionamento sujeitos ao cumprimento de limiares de proteção
e condições de referência
Definido na Portaria n.º 138-G/2021
Encontram-se sujeitos a uma avaliação simplificada anual de requisitos de QAI, a realizar por técnicos de saúde
ambiental, os edifícios de comércio e serviços existentes, em funcionamento, do tipo:
• Todos os GES
• PES de tipologias:
• Creches
• Estabelecimentos de educação pré-escolar
• Estabelecimento de ensino do primeiro ciclo do ensino básico
• Lares

A deteção de desconformidades vincula os proprietários a adotar medidas para a sua regularização

Os resultados da avaliação simplificada anual, da verificação da conformidade e das medidas de


regularização devem constar de um registo atualizado e disponível para verificação
810
Edifícios – Obrigações legais
Qualidade do ar interior (Artigo 16.º)
Qualidade do ar interior Âmbito
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O regime de prevenção e controlo da doença dos legionários


Definido na Lei n.º 52/2018

Fiscalização atribuída a diferentes entidades competentes


(ASAE, ACT, IGAS, ERS, IGEC, câmaras municipais)

811
Edifícios – Obrigações legais
Qualidade do ar interior (Artigo 16.º)
Todos os edifícios em funcionamento sujeitos a cumprimento
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de limiares de proteção e condições de referência

Portaria n.º 138-G/2021 estabelece:


▪ Os valores do limiar de proteção dos poluentes físico-químicos, bem como das condições de referência para poluentes
microbiológicos, à exceção do radão
▪ Os critérios de conformidade
▪ A análise dos poluentes físico-químicos, com base em normas CEN, ISO ou outros referenciais normativos aplicáveis
▪ A análise dos poluentes microbiológicos realizadas por laboratórios acreditados
▪ A metodologia a adotar na avaliação simplificada anual e fiscalização, referida na Portaria, encontra-se definida no Despacho
n.º 1618/2022

812
Edifícios – Obrigações legais
Qualidade do ar interior
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Despacho n.º 1618/2022 – Metodologia e avaliação de poluentes

O que se entende por avaliação de poluentes:

813
Edifícios – Obrigações legais
Obrigações das entidades intervenientes

Proprietário
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Entidades responsáveis pelas operações urbanísticas

Notários e as demais entidades com competência para


autenticação de documentos particulares

Empresas de mediação imobiliária


ENTIDADES

Entidades anunciadoras

814
Edifícios – Obrigações legais
Obrigações das entidades intervenientes

Proprietário
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Entidades responsáveis pelas operações urbanísticas

Notários e as demais entidades com competência para


autenticação de documentos particulares

Empresas de mediação imobiliária


ENTIDADES

Entidades anunciadoras

815
Edifícios – Obrigações legais
Obrigações das entidades intervenientes (Artigo 29.º)
Proprietários dos edifícios ou sistemas Âmbito
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Obter o Pré-Certificado Energético (PCE) e o Certificado Energético (CE)

Contratação dos técnicos qualificados

Entrega do CE ao comprador, locatário ou adquirente previamente à celebração de


contratos, locação, dação em cumprimento ou trespasse

Comunicação, através do Portal SCE, da monitorização de consumos de energia de PES e


Obrigações
habitação, de forma facultativa

Detenção e cumprimento do plano de manutenção

Disponibilização dos dados, no Portal SCE, relativos aos consumos anuais de energia
Apenas para GES

Cumprimento do Plano de Melhoria de Desempenho Energético (PDEE)


816
Edifícios – Obrigações legais
Obrigações das entidades intervenientes (Artigo 29.º)
Proprietários dos edifícios ou sistemas Âmbito
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Instalação de pontos de carregamento de veículos elétricos

Realização das inspeções periódicas aos sistemas técnicos de climatização e ventilação

Disponibilização ao PQ dos elementos de informação necessários para emissão do


certificado
Obrigações
Cumprimento dos requisitos da qualidade do ar interior

Solicitação da verificação da conformidade dos resultados da avaliação simplificada anual


da QAI
Instalação de SACE em edifícios novos, renovados e existentes
Dependendo da potência nominal global:
• Gestão técnica: 100 kW ≤ P < 290 kW (edifícios novos ou renovados)
• Gestão técnica centralizada: P ≥ 290 kW (todos os edifícios)

Afixação do certificado energético ou a indicação da classe energética


(GES e edifícios detidos por entidades públicas)

817
Edifícios – Obrigações legais
Obrigações das entidades intervenientes

Proprietário
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Entidades responsáveis pelas operações urbanísticas

Notários e as demais entidades com competência para


autenticação de documentos particulares

Empresas de mediação imobiliária


ENTIDADES

Entidades anunciadoras

818
Edifícios – Obrigações legais
Obrigações das entidades intervenientes
Entidades responsáveis pelas operações urbanísticas (Artigo 30.º) Âmbito
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Controlar o cumprimento dos requisitos dos edifícios sujeitos a controlo prévio


(incluindo os edifícios promovidos pela Administração Pública, isentos de controlo
Obrigações prévio)

Comunicar à DGEG, através do Portal SCE, a não apresentação de PCE ou CE

Notários e as demais entidades com competência para a autenticação de documentos


Âmbito
particulares (Artigo 31.º)

Consignar o número do CE nos suportes documentais dos autos de outorga,


Obrigações respetivamente, da escritura pública e do termo de autenticação dos negócios jurídicos
de transação de edifícios

819
Edifícios – Obrigações legais
Obrigações das entidades intervenientes

Proprietário
© Adene – Agencia para a Energia. Reprodução Proibida, sem autorização expressa. | www.adene.pt

Entidades responsáveis pelas operações urbanísticas

Notários e as demais entidades com competência para


autenticação de documentos particulares

Empresas de mediação imobiliária


ENTIDADES

Entidades anunciadoras

820
Edifícios – Obrigações legais
Obrigações das entidades intervenientes
Empresas de mediação imobiliária (Artigo 32.º) Âmbito
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Indicar a classe energética do edifício em todos os anúncios publicados com vista à


Obrigações
realização dos negócios jurídicos de transação de edifícios

Entidades Anunciadoras (Artigo 33.º) Âmbito


Não publicar qualquer anúncio sem a indicação da classe energética do edifício com vista
à realização dos negócios jurídicos de transação

Obrigações Retirar o anúncio, caso já tenha sido publicado sem indicação da classe energética

Integrar nas plataformas eletrónicas e sítios da Internet de anúncios para transação de


edifícios ferramentas e serviços para interoperar com o Portal SCE

Entidade Anunciadora: entidade gestora de plataformas eletrónicas ou de sítios da Internet que disponibilizem espaço para a
publicação de anúncios com vista à realização dos negócios jurídicos de transação de edifícios

821
822
Agradecemos a sua atenção
Fim do tema 6
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