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Conflitos entre Israel e Palestina

Por Gabriel Vasconcelos

Muito se discute sobre os recentes conflitos entre Israel e Palestina.


Apesar de o tema ser atual, as origens dos problemas são bem mais
antigas do que imaginamos. O dilema se estabelece no início do século
XIX e XX, quando o Império Otomano controlava a região onde hoje se
localiza a Palestina, Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. No entanto, a
migração de judeus para o mundo árabe só começa após a Primeira
Guerra Mundial, quando a Inglaterra vence e cumpre com sua palavra,
auxiliando na migração dos judeus.

Após a Primeira Guerra, a Inglaterra estabelece seu mandato sobre a


Palestina, e à medida que a migração aumenta, os conflitos entre os
povos crescem exponencialmente, devido à má distribuição de terra,
considerada também como uma invasão "organizada".

Em 1947, devido aos diversos conflitos, a Organização das Nações


Unidas (uma importante organização na luta pelos direitos humanos)
decide intervir e estabelece uma divisão do território. O projeto foi
adotado pelos judeus, mas refutado pelos árabes. Para você que deve
estar se perguntando – "Nossa, como esses árabes são egoístas". Imagine
a seguinte situação: você mora em um condomínio cercado, com suas
próprias leis. No entanto, após uma briga entre outros condomínios, o
vencedor decide que agora o seu residencial será um "lar para os judeus".
Milhares de pessoas o invadem sem dó ou piedade, e pior, com a ajuda
bélica do oponente mais forte no momento. As pessoas invadem o seu
apartamento e dizem: "Vamos dividir", mas nem de uma forma
igualitária. Eles teriam uma parte maior do que você em uma parte de
terra sua. Agora você entende?
Voltando à ONU, também decide proteger Jerusalém, a "terra santa"
em diversas religiões, e a toma como patrimônio internacional. No
entanto, o conflito não havia acabado, e após diversas guerras, Israel
ultrapassa seus limites e torna milhares de palestinos refugiados.

Mas e a guerra de hoje? Hoje, o cenário não é diferente. Israel continua


com a proteção de uma gigante potência, e a Palestina cria um grupo
terrorista, o Hamas, também conhecido como os "Filhos da Nação".
Sabemos que o Hamas é um grupo terrorista, mas Israel não seria
também? Após matar milhares de vidas inocentes, como mulheres e
crianças, e destruir hospitais de refugiados, ainda tem gente que acredita
na inocência de Israel. O pior de tudo é saber que os únicos inocentes
nessa história são os cidadãos que agora, de repente, tiveram que
aprender a acordar com bombas caindo do céu. E saiba que em uma
guerra não haverá o bonzinho ou o vilão; ambos os lados sairão
perdendo. Não quero dizer em território ou PIB, e sim perdendo a paz e a
vida de milhares de pessoas, e não apenas números, como costumamos
ver nos jornais.

Agora quero introduzir brevemente o papel do Brasil na ONU. O Brasil


sempre foi neutro e uma âncora da paz na organização. Porém, o que
quero trazer é uma pequena curiosidade. Oscar Niemeyer, além de criar
importantes obras brasileiras, nosso grande arquiteto projetou a sede das
Nações Unidas em Nova York. Outra curiosidade é que o Brasil sempre
será o primeiro a discursar. Isso ocorre porque na primeira coletiva,
quando todos tiveram a oportunidade de ser o primeiro, o único que teve
a destreza foi o nosso país, e isso foi reconhecido, tornando-se assim uma
regra

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