Muito se discute sobre os recentes conflitos entre Israel e Palestina.
Apesar de o tema ser atual, as origens dos problemas são bem mais antigas do que imaginamos. O dilema se estabelece no início do século XIX e XX, quando o Império Otomano controlava a região onde hoje se localiza a Palestina, Israel, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. No entanto, a migração de judeus para o mundo árabe só começa após a Primeira Guerra Mundial, quando a Inglaterra vence e cumpre com sua palavra, auxiliando na migração dos judeus.
Após a Primeira Guerra, a Inglaterra estabelece seu mandato sobre a
Palestina, e à medida que a migração aumenta, os conflitos entre os povos crescem exponencialmente, devido à má distribuição de terra, considerada também como uma invasão "organizada".
Em 1947, devido aos diversos conflitos, a Organização das Nações
Unidas (uma importante organização na luta pelos direitos humanos) decide intervir e estabelece uma divisão do território. O projeto foi adotado pelos judeus, mas refutado pelos árabes. Para você que deve estar se perguntando – "Nossa, como esses árabes são egoístas". Imagine a seguinte situação: você mora em um condomínio cercado, com suas próprias leis. No entanto, após uma briga entre outros condomínios, o vencedor decide que agora o seu residencial será um "lar para os judeus". Milhares de pessoas o invadem sem dó ou piedade, e pior, com a ajuda bélica do oponente mais forte no momento. As pessoas invadem o seu apartamento e dizem: "Vamos dividir", mas nem de uma forma igualitária. Eles teriam uma parte maior do que você em uma parte de terra sua. Agora você entende? Voltando à ONU, também decide proteger Jerusalém, a "terra santa" em diversas religiões, e a toma como patrimônio internacional. No entanto, o conflito não havia acabado, e após diversas guerras, Israel ultrapassa seus limites e torna milhares de palestinos refugiados.
Mas e a guerra de hoje? Hoje, o cenário não é diferente. Israel continua
com a proteção de uma gigante potência, e a Palestina cria um grupo terrorista, o Hamas, também conhecido como os "Filhos da Nação". Sabemos que o Hamas é um grupo terrorista, mas Israel não seria também? Após matar milhares de vidas inocentes, como mulheres e crianças, e destruir hospitais de refugiados, ainda tem gente que acredita na inocência de Israel. O pior de tudo é saber que os únicos inocentes nessa história são os cidadãos que agora, de repente, tiveram que aprender a acordar com bombas caindo do céu. E saiba que em uma guerra não haverá o bonzinho ou o vilão; ambos os lados sairão perdendo. Não quero dizer em território ou PIB, e sim perdendo a paz e a vida de milhares de pessoas, e não apenas números, como costumamos ver nos jornais.
Agora quero introduzir brevemente o papel do Brasil na ONU. O Brasil
sempre foi neutro e uma âncora da paz na organização. Porém, o que quero trazer é uma pequena curiosidade. Oscar Niemeyer, além de criar importantes obras brasileiras, nosso grande arquiteto projetou a sede das Nações Unidas em Nova York. Outra curiosidade é que o Brasil sempre será o primeiro a discursar. Isso ocorre porque na primeira coletiva, quando todos tiveram a oportunidade de ser o primeiro, o único que teve a destreza foi o nosso país, e isso foi reconhecido, tornando-se assim uma regra