O documento discute a natureza da teologia sagrada, afirmando que: (1) a teologia nasce da fé e não pode existir sem ela; (2) a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição são fundamentais para a teologia, assim como a oração; (3) a teologia ortodoxa preserva a fé original do cristianismo e busca a deificação por meio da comunhão.
O documento discute a natureza da teologia sagrada, afirmando que: (1) a teologia nasce da fé e não pode existir sem ela; (2) a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição são fundamentais para a teologia, assim como a oração; (3) a teologia ortodoxa preserva a fé original do cristianismo e busca a deificação por meio da comunhão.
O documento discute a natureza da teologia sagrada, afirmando que: (1) a teologia nasce da fé e não pode existir sem ela; (2) a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição são fundamentais para a teologia, assim como a oração; (3) a teologia ortodoxa preserva a fé original do cristianismo e busca a deificação por meio da comunhão.
“Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo O Evangelho e a
pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé; Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém” (Romanos 16:25-27) A Sagrada Teologia é uma busca, um encontro. Nela não cabe questionamento, mas acolhimento. Deus, para nossa Teologia, nunca será objeto de fé. Sempre salvaguardaremos o Mistério! Não é ciência da fé, é consciência da fé! A única ciência genuína da teologia é a santidade! Filhas e filhos do Ocidente, recebendo constantemente o estímulo e o alimento da razão para buscar o entendimento de todas as coisas (muitas vezes até de forma violenta), somos chamados à um caminho inverso: Crer para entender, e algumas vezes, crer para simplesmente acolher e viver. A fé teologal (que tem na Revelação Divina seu centro, sustento e movimento) é matéria prima indispensável para receber a teologia em nós. Sem fé é impossível trilhar esse caminho teológico! Sem fé pode haver ‘ciência da religião’, ‘sociologia da religião’, ‘fenômeno religioso’, jamais Sagrada Teologia! A Teologia nasce e se alimenta da fé. Foi assim, é assim e sempre o será! Amém? A fé é o coração, o epicentro da Teologia. Por isso, a experiência de fé é imprescindível no ‘receber teológico’. Sagrada Escritura e Sagrada Tradição são os dois pulmões deste processo! Assim como no corpo físico, os pulmões recebem o ar para oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono, permitindo que o sangue circulando traga vida ao nosso corpo; assim também respiramos, somos purificados e recebemos vida pela Santa Palavra de Deus e pela Sagrada Tradição, dons do Espírito Santo, para que a vida divina permanece circulando em nós! Como o corpo precisa também de uma mente, a Sagrada Teologia também a tem: A Mente dos Santos Padres! Pensamos teologia, a partir, deles e com eles, como eles. Os Padres da Igreja serão como as balizes, os pilares e autenticidade deste santo caminho. Eles viveram profundamente a fé cristológica! Eles beberam profundamente da Fonte da Escritura. Eles iniciaram a teologia de joelhos, eles começaram esta bendita contemplação e reflexão. Faz sentido? E o coração? Ah, o coração é a Oração! Orar é trazer sangue para este corpo. Orar é conectar a mente ao coração, e vice-versa. Orar é alimentar a busca e o encontro. Só haverá teologia só houver busca e encontro com Deus pela oração. Por isso repetiremos sempre a frase de Evágrio Pôntico: “Se és teólogo, rezarás verdadeiramente. Se rezas, verdadeiramente, és teólogo”. A Sagrada Teologia possui também uma Alma? Claro que sim! É a mesma da Igreja: O Santíssimo, Bom e Vivificante Espírito! Pela Graça do Espírito entramos no Reino de Deus que está também em nosso interior! Sem a Graça do Espírito Santo não há conhecimento de Deus! O Espírito Santo nos concede a chave do conhecimento para a vida divina! Neste trajeto teológico teremos um Mestre? Jesus de Nazaré, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, filho da Theotókos! Ele É O Caminho, A Verdade! Ele É a Plenitude da Revelação, A Teologia viva do Pai! Nossa Sagrada Teologia jamais será um discurso ou uma teoria sobre Deus. Nunca dualista, racionalista e fundamentalista. Nela nunca temeremos a oração e o coração. Os Santos Mistérios e Divina Liturgia nela encontram abrigo enquanto ao mesmo tempo a ela alimentam. E não é um paradoxo, é ortodoxo! E, por falar em Ortodoxia, está aqui a nossa Sagrada Teologia! Nossa Teologia é Ortodoxa! “Ortodoxo” é um termo grego que significa “aquele que crê corretamente”, conservando inalterável a fé original, primitiva, genuína, que está conforme a reta e santa doutrina. A Revelação Divina e a história da Ortodoxia no mundo e nas Américas nos testificam que é possível sermos fiéis! A Teologia Ortodoxa é linda, acolhendo e conservando toda riqueza provinda do Cristianismo primitivo há dois milênios, de forma firme e fiel, sem desviar-se, nem para direita, nem para esquerda. Como recentemente ensinou o Patriarca Bartolomeu: “Nem fanatismo, nem intolerância. Quem crê na verdade da Ortodoxia não tem medo do diálogo”. Ser Ortodoxo é converter-se continuamente, voltando sempre ao Oriente. Dom Teofano, em nossa Aula Inaugural, nos disse que “A Ortodoxia converte a nossa razão, convertendo nossa mente como ortodoxos. O método: 100% fé, 100% coração”. Criados para a comunhão e deificação, peçamos ao Deus Uno-Trino que o estudo da Sagrada Teologia nos ajude em nosso caminho até a Eternidade Feliz. Amém!
Padre Simeão do Espírito Santo
15 de Fevereiro de 2024, Pelo Patriarcal Ateneu São Marcos-Brasil e países de língua portuguesa