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UFOP / ICSA/ DECEG – Campus Mariana II

Disciplina: História do Pensamento Econômico II (CSA169)

Aluno(s): Gustavo de Souza Silva Seara -15.1.3730


João Pedro Guedes Barbosa -15.1.3164
Naiti Weslei S. de Freitas -14.2.9806
Prof. : José Artur dos Santos Ferreira

Questão 1)
Foi comum para os três autores a constatação de que o valor é algo inerente aos
próprios bens; nem é uma propriedade dos mesmos e muito menos uma coisa
independente por si mesma. O valor é juízo que as pessoas envolvidas em atividades
econômicas fazem do bem de que necessitam para o seu bem-estar. Nos preços das
mercadorias estão contidos o valor de uso e de troca, sendo que a raridade das
mercadorias foi citada por Jevons e Menger, ganhando superioridade em Walras.
Para Jevons, a utilidade das coisas foi a base da determinação do valor e este valor
constitui a riqueza. O valor de troca foi o índice da utilidade reconhecida de
determinada mercadoria. Esta tem valor por causa da necessidade de se dar coisas em
troca da obtenção de outras. A utilidade é uma propriedade que os bens possuem de
gerar satisfação, ou evitar sofrimento.
Menger destacou-se em relação a Jevons na Teoria sobre os Preços. Foi além do
entendimento dos preços como equivalência ou Igualdade de valor entre duas
quantidades de bens. Analisou a formação de preços no comércio de monopólio e na
troca concorrencial, tecendo críticas à estrutura empresarial monopolista, pelo não-
incentivo desta aos meios de produção da oferta. Analisou com relevância os efeitos
dos graus de vendabilidade das mercadorias em relação aos níveis de organização dos
mercados na determinação dos preços destas. Os estudos de Walras concentram-se
igualmente na variação dos preços que se dá pela mudança na utilidade da mercadoria
negociada entre os contraentes da troca, pelas quantidades destas existentes no
mercado e pelos seus detentores, que podem ser um ou vários. Ele analisou o
equilíbrio de mercado, o valor relativo das mercadorias e os preços de ajustes de
preços, diferenciando-se de Jevons e Menger na formulação do Equilíbrio Geral de
Mercado.

Questão 2)
Para Walras, há um conjunto de coisas que são consideradas úteis, mas que não
conseguimos obter de maneira fácil, seja pela dificuldade de produção que gera altos
preços, ou pela escassez de fatores de produção, chamando esse fator de riqueza
social já que esta limitação faz com que essas coisas tenham um valor no mercado.
Entretanto, existem coisas que nos são extremamente úteis, porém não tem valor
devido a serem ilimitados, ou de facílimo acesso à sociedade. A condição de suficiência
parte daquilo que é raro, já que quanto menos a abundância, maiores serão os preços
e assim sendo, as pessoas se sentem satisfeitas com menores quantidades
dependendo do seu poder aquisitivo dentro do mercado. No entanto, nem sempre
aquilo que nos é extremamente útil tem valores altos no mercado, são várias as
externalidades que podem afetar este preço.

Questão 3)

Sabe-se que Menger, Jevons e Walras, realizaram inegáveis contribuições à economia


política neoclássica, criando vários conceitos e teorias que aprimoraram o
entendimento de como funciona a economia de trocas voluntárias, ou seja, a
economia capitalista, mas ao mesmo tempo é difícil afirmar que estes foram os
“fundadores” da economia política de trocas, já que vários de seus antecessores já
utilizavam de conhecimentos e formulações que remetem a economia política de
trocas, cita-se por Adam Smith, que mesmo não conseguindo refutar o “paradoxo da
água e do diamante”, realizou incontáveis contribuições para estes estudos, incluindo
vários conceitos posteriormente aprimorados ao longo da história do pensamento
econômico.
a) Desde os primórdios do capitalismo, foram criadas várias teorias e formulações
para se “provar” o conceito de utilidade. O termo utilidade, nada mais é do que uma
retratação da satisfação ou felicidade que uma pessoa adquire quando se consome
determinado bem de consumo ou de serviço. Vários autores chamados de utilitaristas
surgiram ao longo da história, e estes em sua maioria, tinham como principal crença a
de que a utilidade estava diretamente relacionada à quantidade consumida de um
bem de forma crescente, mas Jevons e Menger através de estudos refutaram tal
afirmação propondo que a quantidade consumida de um bem é decrescente à
utilidade, ou seja, quanto maior for a oferta de um bem e mais ele for consumido,
menores serão os valores de utilidade que este irá proporcionar ao consumidor ao que
se consuma mais uma unidade do mesmo, e desta definição surgiu o conceito de
“utilidade marginal”. Segundo estes autores, chega-se a um ponto que o consumidor é
saciado pela quantidade obtida de um bem, e este para de aumentar a utilidade ao
que se consome mais unidades do mesmo, por isso a utilidade marginal é decrescente.

b) Menger e Jevons, foram os autores que começaram a trabalhar com o conceito de


utilidade marginal na história do pensamento econômico, sendo o primeiro, um autor
que não gostava de expor suas ideias acerca de suas suposições através de modelos
matemáticos, e o segundo aquele que expôs grande parte de seus conhecimentos
através de deduções e cálculos econômicos. Apesar destas importantes diferenças, os
dois autores chegavam ao mesmo conceito de “equilíbrio de escolhas”. Para se chegar
a este estado de estabilidade de escolhas, é necessário que a pessoa consuma um bem
até a razão entre a utilidade marginal e seu preço se igualar a essa mesma razão de
todos os outros bens que podem ser consumidos por esta pessoa.

c) Walras foi um economista que prestou grandes contribuições à ciência econômica,


mas, pode-se citar uma como sendo a principal delas, a Teoria do Equilíbrio Geral.
Nesta formulação, Walras sugeria que através de uma formulação geral, poderia se
explicar todos os preços e quantidades trocadas em determinados mercados,
afirmando que a principal varável socioeconômica para obtenção dos resultados era a
utilidade marginal de cada indivíduo. Em sua teoria, o termo equilíbrio faz referência
aos preços de equilíbrio de um mercado em relação a oferta e fatores
socioeconômicos como a própria utilidade marginal do indivíduo. Um dos possíveis
“erros” da teoria de Walras apontados posteriormente era a questão de serem
considerados aspectos presentes apenas em mercados em concorrência perfeita. O
que leva ao equilíbrio segundo o autor da formulação, é o fato de a oferta e demanda
dos bens e serviços se igualarem no mercado, mesmo que haja um excesso de
demanda e de oferta, eles devem ser iguais para que ocorra equilíbrio na economia.

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