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MANUAL DO

HIPOCLORITO
DE SÓDIO PARA
ÁGUA SANITÁRIA
SUMÁRIO
2

Um pouco da história – Descoberta do Hipoclorito de Sódio______________________________________________________ 4


Descrição______________________________________________________________________________________________________ 5

Diagrama produtivo Unipar (fábrica Cubatão)_______________________________________________________________________ 5

Diagrama produtivo Unipar (fábrica Santo André)___________________________________________________________________ 6

Terminologia_____________________________________________________________________________________________________ 6
Aplicações______________________________________________________________________________________________________ 6
Característica do produto________________________________________________________________________________________ 7
Estabilidade____________________________________________________________________________________________________ 7

Degradação do produto__________________________________________________________________________________________ 8
Concentração__________________________________________________________________________________________________ 9

Temperatura___________________________________________________________________________________________________ 10

Contaminação por metais________________________________________________________________________________________ 11

Presença de partículas__________________________________________________________________________________________ 12

Tipos de partículas______________________________________________________________________________________ 13

Coletas de amostras____________________________________________________________________________________________ 13
Tanques de estocagem de Hipoclorito de Sódio – materiais compatíveis__________________________________________ 14
Recomendações para estocagem_______________________________________________________________________________ 15
Ensaios de caracterização_______________________________________________________________________________________ 16
Características orientativas – não monitoradas via especificação_________________________________________________ 17
Reclamações técnicas__________________________________________________________________________________________ 18
Processo de homologação Unipar_______________________________________________________________________________ 19
Registro ANVISA_______________________________________________________________________________________________ 20

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4

UM POUCO
DA HISTÓRIA
DESCOBERTA DO
HIPOCLORITO DE SÓDIO

Carl Wilhelm Scheele, um químico sueco, é considerado o descobridor do gás


Cloro em 1774, ao notar durante as suas experiências, que soluções aquosas
de Cloro possuíam um elevado poder branqueante.

No entanto, tentativas comerciais de se aproveitar estas soluções foram mal


sucedidas, devido à ação prejudicial dos Ácidos Clorídrico e Hipocloroso que
se formavam quando o Cloro era dissolvido em água. O Ácido Hipocloroso era
o responsável pelas propriedades branqueantes da solução.

Em 1789, o químico francês Berthollet conseguiu clorar uma solução de Potassa


Cáustica (Hidróxido de Potássio) formando uma solução de Hipoclorito de Potássio.
Apesar desta solução, pela ausência de Ácido Clorídrico livre ser um branqueador
melhor para tecidos, não obteve maior sucesso devido ao preço da Soda Cáustica.

Em 1798 na Inglaterra, Tennant preparou uma solução de Hipoclorito de Cálcio,


reagindo o gás Cloro com uma suspensão de cal em água. No ano seguinte ele
patenteou um processo para a fabricação de cal clorada, onde o gás Cloro era
absorvido em cal hidratada seca.

Na França, em 1820, Labarraque preparou o Hipoclorito de Sódio, reagindo Cloro


com uma solução de Soda Cáustica. Até hoje este processo é o mais utilizado
em escala industrial.

Embora o início do desenvolvimento da indústria de Cloro-Soda tenha ocorrido


ainda no século 18, apenas no ano de 1934 teve início a operação da primeira
planta deste segmento no Brasil (ABICLOR, 2017).

Embora o Cloro seja o melhor desinfetante germicida, algicida e agente antilimo


conhecido, o seu derivado, o Hipoclorito de Sódio é um substituto direto amplamente
utilizado em detrimento a este, devido ao seu alto teor de Cloro Ativo, associado a
segurança e facilidade de manuseio (OCCIDENTAL CHEMICAL CORPORATION, 2014).

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Descrição:
É um produto químico produzido através da reação entre Cloro gás
e solução aquosa de Soda Cáustica.

REAÇÃO QUÍMICA
CI2 + 2NaOH = NaCIO + NaCI + H2O
CLORO SODA HIPOCLORITO CLORETO DE ÁGUA
CÁUSTICA DE SÓDIO SÓDIO (SAL)

DIAGRAMA PRODUTIVO UNIPAR


(FÁBRICA DE CUBATÃO)

SODA 1 2 3 4 5
CAUSTICA

DILUIÇÃO REAÇÃO FILTRAÇÃO


FILTRO TANQUES
ÁGUA DE SODA DE DE DE PRODUÇÃO
CLORADA DFG TIPO BAG
CÁUSTICA CLORAÇÃO PROCESSO

ÁGUA
ABRANDADA

CLORO
GÁS

CLORO
LÍQUIDO

PRÉ-CAPA
FILTRAÇÃO
AMOSTRA

AUXILIAR DE
FILTRAÇÃO

FILTRO PP
TIPO BAG

7 8
6
FILTRO
TANQUES EMBARQUE
TIPO BAG
DE EMBARQUE

AMOSTRA
6

DIAGRAMA PRODUTIVO UNIPAR


(FÁBRICA DE SANTO ANDRÉ)

1 2 3 4 5 6
ÁGUA
DEIONIZADA DILUIÇÃO REAÇÃO FILTRAÇÃO
DE SODA DE DE
CÁUSTICA CLORAÇÃO PROCESSO
SODA CÁUSTICA

TANQUES TANQUES EMBARQUE


DE PRODUÇÃO DE EMBARQUE

CLORO GÁS

TERMINOLOGIA:
O nome correto para o produto é Hipoclorito de Sódio, porém pode assumir
denominações diferentes na indústria/segmento aonde é aplicado.

É comumente conhecido como “Cloro ou Cloro líquido” quando utilizado em


tratamento de águas, ou Água Sanitária (quando diluído), para desinfecção
e limpeza de superfícies.

Não recomendamos empregar estas terminologias pois há riscos de confundir


com outros produtos como Cloro Gás ou Liquefeito, Água Sanitária, que são
produtos distintos e com outras aplicabilidades.

APLICAÇÕES:
O Hipoclorito de Sódio tem propriedades oxidantes, branqueantes (alvejantes)
e desinfetantes, servindo para inúmeras aplicações.

As principais aplicações do Hipoclorito de Sódio são:

• Fabricação de água sanitária (limpeza e desinfecção de superfícies, alimentos, etc);

• Desinfecção de água potável e de ambiente hospitalar;

• Tratamento de efluentes industriais e de piscinas;

• Branqueamento de celulose e têxteis.

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DESINFECÇÃO DOMÉSTICA
TRATAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL PRODUÇÃO DE SANEANTES E HOSPITALAR

TRATAMENTO DE EFLUENTES: TRATAMENTO DE PISCINAS TINTURARIA (ALVEJAMENTO)


DOMÉSTICO E INDUSTRIAL

CARACTERÍSTICA DO PRODUTO:
O Hipoclorito de Sódio (NaClO) apresenta-se como solução aquosa, alcalina,
contendo cerca de 11% de Cloro Ativo. Possui coloração amarelada e odor característico.

ESTABILIDADE:
O Hipoclorito de Sódio é um composto químico
fotossensível, de fácil decomposição, oxidação
e inerentemente instável.

Por ser um produto facilmente degradável,


é necessário o entendimento dos fatores que
levam a sua decomposição durante manuseio,
estocagem e transporte.

Desde o momento de sua fabricação, já ocorre


a degradação do produto, porém controles
de processo são estabelecidos para minimizar
este efeito.

O Hipoclorito de Sódio decompõe-se de duas maneiras, sendo que a consequência


imediata é a redução do teor de Cloro ativo ou Hipoclorito.

Em baixas concentrações decompõe-se mais lentamente.

O pH tem um efeito significativo na estabilidade das soluções de Hipoclorito de Sódio,


sendo um resultado direto da Alcalinidade Residual. Segundo a Occidental Chemical
Corporation (2014), abaixo do pH 11, a decomposição do produto é significativa devido
a mudança do equilíbrio do sistema conforme demonstrado no gráfico da página seguinte.
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Na faixa de pH entre 12 e 13 a solução é mais estável pois o Hipoclorito de Sódio


é menos reativo e predominantemente nesta faixa, o Ácido Hipocloroso é inexistente,
o que equivale a 4,0 g/L de Hidróxido de Sódio na solução final do produto.
Concentrações maiores não melhoram a estabilidade do produto.

GRÁFICO 1 - Influência do pH

Abaixo de pH 11, a decomposição do Hipoclorito


de Sódio é significativa devido à mudança no
equilíbrio da reação, favorecendo a formação
de Ácido Hipocloroso (HOCl), mais reativo.
pHs entre 12 e 13 geram soluções mais estáveis.

CI2| + H2O HOCI OCI-

DEGRADAÇÃO DO PRODUTO:
O Hipoclorito de Sódio é um produto inerentemente instável, que se degrada
desde a sua fabricação ao longo do tempo.

Existem duas reações químicas que exemplificam o processo de degradação


do produto, sendo a reação dominante influenciada pela ação do tempo e da
concentração e a reação secundária relacionada com a exposição à luz ultravioleta
e a presença de metais.

O Hipoclorito de Sódio degrada-se formando Clorato de Sódio ou Oxigênio


e a taxa de degradação é acelerada em função do aumento da concentração do produto.

REAÇÃO DOMINANTE REAÇÃO SECUNDÁRIA

3 NaCIO 2 NaCIO + NaCIO3 2 NaCIO 2 NaCI + 02


Clorato de Sódio Oxigênio

A reação secundária é iniciada, em presença de luz ultravioleta ou metais,


liberando o Oxigênio, que gera estufamento de embalagens hermeticamente fechadas.

O entendimento dos fatores que levam à decomposição do produto permite


que cuidados sejam tomados desde a aquisição até a sua correta utilização.

Fatores como temperatura, exposição à luz ou contaminantes metálicos


favorecem o aumento da velocidade de decomposição do produto.

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TABELA 1 - Fatores primários que afetam a estabilidade do Hipoclorito de Sódio

PRODUTO DA
FATO RELAÇÃO
DECOMPOSIÇÃO

A estabilidade aumenta
Concentração inversamente com Clorato
a concentração

A estabilidade aumenta
Temperatura inversamente com Clorato
a temperatura

Impurezas Cobre, níquel e cobalto


Oxigênio
metálicas catalisam a degradação

pH entre 11,5 e 13
pH minimiza Clorato
a degradação

A exposição
Luz UV à luz acelera Clorato e oxigênio
a degradação

FONTE: Adaptado de AMERICAN WATER WORKS ASSOCIATION, 2006.

Concentração:

Soluções de baixa concentração de Hipoclorito de Sódio decompõem-se


lentamente quando comparadas às soluções mais concentradas. Em teoria,
uma solução com concentração de 15% de NaClO irá se decompor 10 vezes
mais rápido do que uma solução a 5%, em uma mesma temperatura, considerando
apenas esse fator de decomposição (THE CHLORINE INSTITUTE, 2011).

Os números indicados na tabela abaixo são coeficientes que descrevem a Taxa


de Decomposição do Hipoclorito de Sódio. Essa taxa é obtida a partir de uma
fórmula complexa cuja unidade é mol-1 dia -1 x 1000. A Taxa de Decomposição
do Hipoclorito de Sódio se modifica em um fator de 3. 5 aprox. para cada mudança
de 10oC na temperatura. Pode-se observar que a redução da concentração de 16%
para 5% em peso reduz a taxa de degradação em 4 vezes (média).
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TABELA 2 - Constantes da taxa de decomposição de Hipoclorito de Sódio: (mol-1dia-1 x 1000)T

TEMPERATURA E
15,9% 13,4% 10,8% 7,9% 4,7%
CONCENTRAÇÃO

55 oC 250 189 138 98,2 65,5

45 oC 80,7 58,7 43,9 30,2 19,3

35 oC 23,1 17 12,2 8,43 5,45

25 oC 6,33 4,88 3,22 2,19 1,58

15 oC 1,65 1,15 0,8 0,53 0,30

FONTE: The Chlorine Institute, 2011.

IMPORTANTE:
Ao diluir o Hipoclorito de Sódio, para minimizar a degradação, deve ser utilizada
água tratada que deve ser abrandada ou desmineralizada. Não recomendamos
utilizar água de poço artesiano sem tratamento.

Importante avaliar o tempo de estocagem e a temperatura do produto durante


o armazenamento.

O Hipoclorito de Sódio não possui Data de Validade ou “Shelf Life”


pois é um produto que degrada-se em função de diversos fatores.

Temperatura:
A decomposição do Hipoclorito de Sódio é fortemente influenciada pela temperatura,
cujo aumento acelera a taxa de decomposição e a formação de Clorato de Sódio.

Na maioria dos casos é o fator de maior impacto na estabilidade de soluções de


Hipoclorito de Sódio devido às condições de transporte e estocagem do produto,
principalmente em regiões de clima quente, onde os tanques ficam expostos ao sol
(ODYSSEY MANUFACTURING COMPANY, 2015).

Por essa característica é importante mantê-lo longe de fontes de calor durante


a estocagem e transporte, assim como é importante controlar a temperatura durante
a fabricação do produto.

Alguns estudos afirmam que a taxa de decomposição aumenta de 3 a 4 vezes para


cada incremento de 100C na temperatura de uma solução com concentração de
5% a 16% em massa de Hipoclorito de Sódio (THE CHLORINE INSTITUTE, 2011),
vide gráfico abaixo.

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GRÁFICO 2 - Curva de decomposição solução NaCIO @ 14%

Contaminação por Metais:


A qualidade e a estabilidade das soluções de Hipoclorito de Sódio podem ser afetadas
pela presença de algumas impurezas, como metais.

Traços de metais como Niquel, Cobalto e Cobre formam óxidos metálicos insolúveis
que agem como catalisadores da reação de decomposição (reação secundária),
formando o Oxigênio.

Além disso, traços de metais como Ferro, Cálcio e Magnésio formam sedimentos
que poderão alterar o aspecto do produto.

Fontes potenciais desses contaminantes incluem as matérias-primas utilizadas


no processo produtivo, equipamentos de processo, estocagem e transporte.
GRÁFICO 3 - Ensaio de degradação por metais

IMPORTANTE – Formação de Oxigênio:


Além do problema de perda de teor de concentração do produto, a geração de
Oxigênio poderá causar problemas em embalagens fechadas e sem alívio de pressão.
O gás enclausurado irá gerar estufamento das mesmas, podendo levar à rupturas/
rachaduras causando vazamentos.

Esta pressurização poderá ocorrer nas instalações em que o Hipoclorito não


estiver fluindo. O Oxigênio pode travar bombas, tubulações e instrumentos se
não houver sistemas para alívio de pressão.
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Presença de Luz Ultravioleta:


O Hipoclorito de Sódio quando exposto a luz ultravioleta irá se decompor, formando
Oxigênio e Clorato de Sódio. Isto ocorre porque a luz catalisa a rota de decomposição
do produto.

Quanto maior a intensidade da luz UV, maior será a formação dos produtos de
decomposição e menor o período de meia vida do produto, ou durabilidade média
do produto.

Para minimizar o efeito de exposição à luz UV, recomenda-se que o produto seja
estocado em tanques opacos com materiais compatíveis como resina com fibra de vidro
ou plásticos.
GRÁFICO 4 - Efeito da Luz na estabilidade de uma solução de
Hipoclorito de Sódio com concentração de 200 g/L a 250°C.

Meia vida (dias)

Armazenado no escuro Exposto a luz do sol

FONTE: Adaptado de Hill Brothers Chemical Company (2011)

PRESENÇA DE PARTÍCULAS:
Para a fabricação do Hipoclorito de Sódio utiliza-se água tratada, que não é isenta
de sólidos em suspensão.

Estas micropartículas são filtradas em todo o processo produtivo, até o carregamento


do produto, porém, ao longo do tempo, poderá haver uma aglomeração destas
micropartículas, o que é considerado normal.

O Hipoclorito de Sódio não é isento de partículas, considerando o processo produtivo,


a forma de carregamento a granel e o tipo de transporte utilizado.

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13

O cliente deve prever a instalação de filtros para reter as partículas durante


o descarregamento do produto em tanque de estocagem, caso esta característica
seja relevante à qualidade do produto final.

TIPOS DE PARTÍCULAS:

Partículas brancas: podem ser causadas por resina contidas em tubulações e carretas.

Partículas pretas/vermelhas: Podem ser causadas por impurezas nas


matérias-primas, materiais de vedação das tampas/conexões (veículos)
e fragmentos do material de revestimento do tanque (veículo).

Nota: Deve-se ter cuidado na manipulação de materiais/ferramentas


pois os mesmos podem cair dentro do tanque.

COLETA DE AMOSTRAS:
As amostras deverão ser coletadas da tampa de visita (superior do tanque)
e da válvula de descarga do veículo (inferior do tanque), após drenagem
de aproximadamente 20 litros de produto*.

*IMPORTANTE:
Antes de iniciar este procedimento, o cliente deverá consultar as orientações
descritas na Ficha de Informação de Produto Químico (FISPQ), disponibilizada
em nosso site, e consultar a área de Segurança da empresa para mitigar os riscos
durante o processo de amostragem.

As amostras normalmente são coletadas no momento em que o veículo chega


à unidade, sem tempo de repouso, ou seja, ocorreu uma movimentação constante
de todo o líquido no interior do tanque.

A recomendação de coletar duas amostras é mais representativa neste caso.

Na parte superior do tanque poderá haver maior presença de sujidade, de partículas


leves, e na parte inferior do veículo, pós drenagem, representará a condição do produto
no interior do tanque.
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TANQUES DE ESTOCAGEM DE HIPOCLORITO DE SÓDIO -


MATERIAIS COMPATÍVEIS:
Os tanques para o armazenamento do produto devem ser alocados evitando-se exposição
ao sol, desta forma sua durabilidade será maior e a degradação do produto menor.

Os dois principais materiais usados na fabricação de tanques de estocagem


são o polietileno de alta densidade e resina reforçada com fibra de vidro.

Tanques em concreto ou aço carbono revestidos com resina reforçada com


fibra de vidro também são usados.

• Polietileno de alta densidade:


O tempo de vida útil de tanques construídos em polietileno costuma ser de 5 a 7 anos.

Os tanques que forem usados ao ar livre devem ser pintados de branco e devem
ter proteção contra radiação ultravioleta (UV).

• Resina reforçada com fibra de vidro:


Neste tipo de estocagem, os aspectos mais importantes são: a escolha da resina
adequada ao manuseio com Hipoclorito de Sódio, procedimentos de construção
apropriados, inspeção a cada dois anos com manutenção adequada quando necessária.

Tomando-se estes cuidados, um tanque pode ter vida útil de 20 a 30 anos.

Resinas éster-vinílicas são utilizadas com sucesso como barreiras anti-corrosivas


e também como camadas estruturais.

Recomenda-se utilizar somente resina de alta resistência química éster-vinílica catalisada


com Peróxido BPO/DMA** e pós cura+ fibra de vidro, em função do meio agressivo, não
sendo permitido o uso de outras resinas, tais como ortoftálicas e isoftálicas.

Para mais informações sobre o revestimento, consultar o especialista da matéria-prima.

** Evitar sistema de cura com metais: Cobalto no sistema MEKP/Co.

IMPORTANTE:
A barreira anti-corrosiva não deve ser usada como camada estrutural – há necessidade
de se usar a barreira anti-corrosiva em conjunto com a camada estrutural.

A barreira anti-corrosiva deve ser catalisada com sistema de cura BPO/DMA


(Peróxido de Benzoíla/ Dimetil Anilina).

• Titânio:
É a melhor opção em termos de durabilidade e resistência.

Normalmente, só é utilizado em aplicações especiais tais como reatores sob pressão e


pequenos tanques de processo que não podem parar de operar para realizar manutenção.

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RECOMENDAÇÕES PARA ESTOCAGEM:

Filtro:

Na descarga do produto, recomenda-se


a utilização de filtros tipo bag (consultar
especialista), de estrutura em aço carbono
revestido com resina éster vinílica e meio
filtrante em polipropileno, além da utilização
de bombas em polipropileno também.

FIGURA 1 - Filtros tipo bag

Revestimento e Pintura de Tanques:

Recomenda-se a utilização de resina


epóxi éster vinílica catalisada com
peróxido e tanque com pintura em
tinta resistente ao ultravioleta (UV)
- consultar especialista.

FIGURA 2 - Tanque de Hipoclorito de Sódio

NOTA:
Consultar item “Concentração” sobre benefícios em realizar a diluição
do Hipoclorito durante o armazenamento do produto.
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ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO:
Os testes relacionados conforme Especificação são:

Concentração – Referência Norma ABNT NBR-9425:


Expressa em teor de Hipoclorito de Sódio ou Cloro Ativo. É o teste mais relevante
para o cliente pois será o parâmetro para o cálculo de produtividade ao fabricar
o produto acabado.

Importante comparar o Teor obtido no recebimento do produto com o resultado


de análise Unipar reportado no Certificado de Qualidade.

Importante reter a amostra coletada do veículo por um prazo mínimo de 15 dias


para confrontar com a amostra do tanque retida na Unipar, sempre que for necessário.

Alcalinidade Residual – Referência Norma ABNT NBR-9559:


A Alcalinidade residual realizada é a Hidróxida, com cálculo correspondente somente
ao teor de hidroxilas (sem teor de carbonatos) obtido durante a titulação com
o Ácido Clorídrico.

Esta característica é importante para assegurar a estabilidade ao produto,


não havendo necessidade de ser adicionado estabilizantes ao mesmo.

Presença de metais (Ferro, Níquel e Cobre) – (Determinados


por Espectrometria Emissão Óptica - ICP):
Os elementos Ferro, Níquel e Cobre são avaliados constantemente durante
o processo de fabricação e liberação do produto para assegurar que não haverá
contaminação no Hipoclorito de Sódio que possam impactar na qualidade do
produto acabado do cliente.

Estes elementos são considerados mais reativos e consequentemente geram


a liberação de Oxigênio, conforme mencionado no item “Contaminação por Metais”.

Para ter acesso ao


documento, aponte
a câmera do seu celular
para o QR Code:

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CARACTERÍSTICAS ORIENTATIVAS – NÃO MONITORADAS


VIA ESPECIFICAÇÃO:
Aspecto:
O Aspecto do produto é avaliado durante as etapas de fabricação e liberação
do mesmo, através de análise visual, confrontando com um padrão de cores
no laboratório da Unipar, porém não faz parte da Especificação.

Sólidos em Suspensão:
A Unipar dispõe de um teste para sólidos em suspensão, que pode ser demonstrado
aos interessados.

O teste determina que o tempo de filtração de 1 litro do produto, através de filtro


de 0,8 µm, vácuo constante. Os valores esperados estão abaixo de 180 segundos.

Este teste é um indicador da qualidade do Hipoclorito de Sódio produzido.

Materiais Insolúveis:
O teste é realizado para determinar a quantidade de insolúveis gerada no processo
de fabricação do produto.

A membrana filtrante de 0,8 µm é pesada previamente, o produto filtrado via sistema


de vácuo e o papel de filtro com o resíduo novamente pesado.

A massa retida na membrana filtrante irá indicar a % de materiais insolúveis.

Este teste é um indicador da qualidade e da quantidade de impurezas geradas


no processo de fabricação de Hipoclorito de Sódio.

TRANSPORTE UNIPAR:
O serviço de transporte rodoviário de Hipoclorito de Sódio
é realizado em caminhão tanque dotado de tanque de carga
em Aço Carbono revestido internamente de acordo com
o RTQ 36 do Inmetro.

Em caso de dúvidas sobre as modalidades de transporte,


favor consultar a Unipar.
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RECLAMAÇÕES TÉCNICAS:
Em casos de problemas relacionados à qualidade do
produto, recomenda-se informar sobre a ocorrência à área
de Assistência Técnica da Unipar com as evidências da
reclamação (laudos, fotos, vídeo de coleta de amostra)
+ número de Nota Fiscal.

É importante que essa comunicação seja realizada


imediatamente após a identificação do desvio e que
o produto não seja devolvido antes da autorização.

O cliente deverá encaminhar as amostras coletadas do


veículo à Unipar* para cross-checking de análises entre
os laboratórios. *A amostra deve ser coletada da válvula
de descarga, após drenagem de aproximadamente
20 litros de produto.

As amostras deverão ser encaminhadas através de


contratação de empresa especializada. É proibido o
transporte de amostras testemunhas de produtos
perigosos embalados dentro da cabine dos veículos.
Essa previsão está na RESOLUÇÃO ANTT Nº 5.947,
DE 1º DE JUNHO DE 2021, PARTE 7 PRESCRIÇÕES
RELATIVAS ÀS OPERAÇÕES DE TRANSPORTE, 7.1.1.23.

O cliente deverá aguardar o tempo para a realização


da análise da amostra retida e/ou do veículo pela
equipe de laboratório da UNIPAR.

A(s) mesma(s) será(ão) analisada(s) e o cliente será


informado se a reclamação é procedente ou não,
ou seja, se o produto fabricado pela UNIPAR está
conforme ou com alguma divergência que condiz
com o reporte do cliente.

Após a comunicação entre as empresas, a área técnica


poderá autorizar a devolução do veículo e as demais
áreas serão envolvidas para as tratativas comerciais/
planejamento de novas remessas.

Ao chegar na Unipar, a área de embarque deverá coletar


novas amostras (Boca de Visita e Válvula de Descarga)
e encaminhá-las ao Laboratório para re-análise
e confirmação do Laudo inicial.

As tratativas comerciais serão conduzidas à parte,


após envio do laudo de análise ao cliente e fechamento
da reclamação.

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PROCESSO DE HOMOLOGAÇÃO UNIPAR:


O cliente deverá preencher um cadastro técnico em nosso
site para que seja possível validar as condições prévias para
o recebimento do produto da Unipar.

O manual para facilitar o preenchimento pode ser disponibilizado Acesse a página de


pela área de Atendimento ao Cliente através do email: cadastro via QR Code:
servicoaocliente@unipar.com

O cadastro técnico consiste em quatro fases, sendo:

1) Informações cadastrais, contatos:


Necessário informar os dados atualizados para que a entrega
seja realizada corretamente e as pessoas focais sejam
cadastradas para futuros contatos.

2) Regulamentação técnica:
Dependendo do produto selecionado e aplicação há uma
exigência específica e obrigatória para que o fornecimento do
produto seja possível. Se algum item obrigatório não for atendido,
o cadastro é recusado e o cliente notificado.

3) Validação de especificações:
Ao selecionar os produtos desejados, o cliente terá acesso às especificações
dos mesmos para aprovação ou envio da sua especificação para análise técnica.

Ao final do processo o cliente receberá um documento chamado “Parecer Técnico”


que é o documento oficial acordando as especificações entre as partes.

O cliente deverá enviar um email informando se está de acordo com o conteúdo


do documento, dentro do prazo estabelecido no mesmo.

Caso não se pronuncie, o parecer será considerado válido.

4) Questionário técnico:
O preenchimento adequado do questionário visa entender se o cliente está apto
a receber o produto da Unipar, em termos de Instalações e Segurança para
as etapas de recebimento/ descarregamento e armazenamento do mesmo.
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REGISTRO ANVISA:
A Unipar é isenta de registro dos produtos junto a ANVISA.

Como fabricante de produtos como o Hipoclorito (Cloro/Derivados Clorados e Álcalis),


considerados como matérias-primas para a fabricação de produtos “domissanitários”,
de acordo com a Resolução ANVISA nº 16, fica isenta da necessidade de Registro
de seus produtos e de Autorização de Funcionamento.

Para ter acesso ao documento, aponte a câmera do seu celular para o QR Code:

NOTA: Documento de domínio público.


(Ref. Cap. III, Art. 27).

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21
ACESSE NOSSO SITE

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