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Manual de
Manutenção de Automóveis
Volume 2
FICHA TÉCNICA
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NOTAS
ÍNDICE DO MANUAL
Página
INTRODUÇÃO 9
ESTRUTURA DO MANUAL 10
RESULTADOS ESPERADOS 10
1 MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA DE VEÍCULOS AUTOMÓVEIS 11
1.1 Introdução 13
1.2 Construção e sistemas do motor de combustão interna 15
1.3 Principais componentes fixos do motor de combustão 17
interna
1.4 Principais componentes móveis do motor de combustão 18
interna
1.5 Motores a gasóleo e motores a gasolina 20
1.6 Motores a quatro tempos e motores a dois tempos 21
1.7 Nomenclatura básica 22
1.8 Motor Diesel – Descrição dos quatro tempos 24
1.9 Motor a gasolina – Descrição dos quatro tempos 26
1.10 Motor a gasolina – Descrição dos dois tempos 28
1.11 Processo de combustão e transmissão de energia 30
1.12 Ordem de inflamação 34
1.13 Formas de injecção diesel 36
1.14 Classificação de motores de combustão interna 38
1.15 Motores diesel seleccionados – alguns exemplos 40
1.16 Especificações de motores de combustão interna 43
1.17 Exercícios 47
NOTAS
INTRODUÇÃO
ESTRUTURA DO MANUAL
O manual, como foi referido acima, está alinhado com os conteúdos dos módulos da
qualificação CV2 em Manutenção Preventiva de Veículos Automóveis” e está
organizado em capítulos obedecendo a seguinte ordem:
RESULTADOS ESPERADOS
OBJECTIVOS DA UNIDADE:
A unidade temática correspondente a Capítulo
1 deste manual tem como objectivo central:
Conhecer os principais componentes dos
motores de combustão interna e perceber o
seu funcionamento.
TEMAS DA UNIDADE
RESULTADOS ESPERADOS: TEMÁTICA 1:
Os principais
No fim desta unidade temática a formanda e o componentes do
formando devem ser capazes de: 1 motores de combustão
interna.
1.1 INTRODUÇÃO
➢ Carros
➢ Camiões
➢ Tractores
➢ Máquinas de construção
➢ Comboios
➢ Navios
➢ Geradores
➢ Bombas
➢ Moinhos
➢ Gasóleo
➢ Gasolina
➢ Gás
➢ Álcool
Este manual trata sobretudo dos motores diesel, mas também trata alguns aspectos
dos motores a gasolina, para podermos melhor compreender todos os motores de
combustão interna.
➢ Elementos móveis.
➢ Sistema de lubrificação.
➢ Sistema de arrefecimento.
➢ Sistema de combustível.
➢ Sistema de ar de combustão.
➢ Sistema eléctrico.
1 Veio de cames
2 Vareta da válvula
3 Martelo da válvula
4 Válvula de admissão
5 Pistão
6 Biela
7 Cambota
8 Filtro de óleo de lubrificação
9 Condutas de óleo de lubrificação.
Fig. 1.05 – Localização de algumas peças fundamentais num motor diesel típico.
1: Tampa da cabeça
2: Junta da tampa
3: Cabeça do motor
4: Junta da cabeça
5: Tampa lateral
6: Junta da tampa lateral
7: Bloco do motor
8: Tampa de engrenagens
9: Junta do cárter
10: Cárter.
1: Martelo de válvula
2: Válvula
3: Vareta de válvula
4: Pistão
5: Segmentos do pistão
6: Tucho de válvula
7: Veio de cames
8: Moente de impulso
9: Biela
10: Moente de apoio
11: Carreto
12: Cambota.
No cilindro de um motor diesel o ar fica muito mais comprimido do que num cilindro
de um motor a gasolina. Isto resulta em que a temperatura do ar comprimido seja
mais elevada no motor diesel e não seja necessária uma faísca eléctrica para iniciar
o processo de combustão.
Outra diferença é que o motor diesel admite ar puro dentro do cilindro, enquanto o
motor a gasolina admite uma mistura de ar e gasolina.
O motor diesel também funciona com uma pressão de combustão maior do que a do
motor a gasolina o que leva a que algumas peças móveis do motor diesel sejam feitas
de materiais mais resistentes.
Portanto existem motores diesel com quatro tempos e com dois tempos, e existem
motores a gasolina com quatro tempos e com dois tempos.
No motor de quatro tempos a cambota realiza duas voltas completas para completar
um ciclo de trabalho, enquanto no motor de dois tempos a cambota realiza apenas
uma volta para completar um ciclo de trabalho.
Em seguida vamos dar uma descrição profunda dos quatro tempos dum motor diesel,
dos quatro tempos dum motor a gasolina e dos dois tempos dum motor a gasolina.
1º Tempo
ADMISSÃO
2º Tempo
COMPRESSÃO
3º Tempo
COMBUSTÃO
4º Tempo
ESCAPE
Um Ciclo de Trabalho
1º Tempo
ADMISSÃO
2º Tempo
COMPRESSÃO
3º Tempo
COMBUSTÃO
4º Tempo
ESCAPE
Um Ciclo de Trabalho
1º TEMPO
2º TEMPO
Um Ciclo de Trabalho
1 O volume de ar comprimido
2 O tipo de combustível usado
3 A quantidade de combustível misturada ao ar.
CÂMARA DE COMBUSTÃO
1 Camisa do cilindro
2 Pistão
3 Válvula de admissão
4 Válvula de escape
5 Cabeça do motor
Fig. 1.26 – Ignição por compressão no fim do 2º tempo no motor diesel de quatro
tempos.
Quando o pistão desce, ele move outros componentes mecânicos que realizam o
trabalho, isto é uma transmissão de energia térmica.
Fig. 1.28 – Motor diesel de quatro tempos com a ordem de inflamação de 1-3-4-2
VA = Válvula de admissão. VE = Válvula de escape.
Para completar um ciclo de trabalho a cambota vai girar duas voltas, percorrendo
720º.
Primeiro é o cilindro nº 1 que faz combustão e a cambota gira meia volta (180º).
A seguir é o cilindro nº 3 que faz combustão, e a cambota gira mais meia volta.
A seguir é o cilindro nº 4 que faz combustão e a cambota gira mais meia volta.
Finalmente é o cilindro nº 2 que faz combustão e a cambota gira mais meia volta.
CILINDROS
POSIÇÃO
CAMBOTA Nº 1 Nº 2 Nº 3 Nº 4
Meia volta
ADMISSÃO COMPRESSÃO ESCAPE COMBUSTÃO
1
Meia volta
COMPRESSÃO COMBUSTÃO ADMISSÃO ESCAPE
2
Meia volta
COMBUSTÃO ESCAPE COMPRESSÃO ADMISSÃO
3
Meia volta
ESCAPE ADMISSÃO COMBUSTÃO COMPRESSÃO
4
Fig. 1.29 – Esquema do ciclo de quatro tempos num motor de quatro cilindros com a
ordem de inflamação de 1-3-4-2.
INJECÇÃO DE GASÓLEO
Como vimos nas páginas anteriores o combustível num motor diesel é injectado
através de um injector dentro do cilindro momentos antes da combustão. As formas
de injecção podem ser diferentes de um motor para outro.
INJECÇÃO DIRECTA
INJECÇÃO INDIRECTA
1 - Combustível utilizado
2 - Ciclo de Trabalho
Estas duas são as disposições de cilindros utilizadas para motores diesel modernos.
4 - Sistema de Arrefecimento
5 - Forma de Injecção
Neste manual vamos focar nos motores diesel de quatro tempos de alta velocidade.
TOYOTA 2L TE
➢ Motor diesel
➢ 4 tempos
➢ 4 cilindros em linha
➢ Arrefecido por água
➢ Injecção indirecta.
➢ Motor diesel
➢ 4 tempos
➢ 4 cilindros em linha
➢ Arrefecido por água
➢ Injecção directa.
CUMMINS 6 LT AA 9.3
➢ Motor diesel
➢ Alta velocidade
➢ 4 tempos
➢ 6 cilindros em linha
➢ Arrefecido por água
➢ Injecção directa.
A sede da fábrica Cummins fica nos Estados Unidos, e tem fábricas em vários países.
O Cummins 6 LT é sobretudo usado em camiões e autocarros.
DEUTZ D 914 L4
➢ Motor diesel
➢ 4 tempos
➢ 4 cilindros em linha
➢ Arrefecido por ar
➢ Injecção directa.
DIÂMETRO DO CILINDRO
CURSO DO PISTÃO
Os motores que têm um curso de pistão longo, têm mais força enquanto as rotações
são baixas.
CILINDRADA
RELAÇÃO DE COMPRESSÃO
Como exemplo podemos ver um cilindro em que o volume acima do pistão, quando
está no PMI, é de 1000 cm3, e o volume acima do pistão, quando está no PMS, é de
50 cm3
BINÁRIO DO MOTOR
O binário do motor, também chamada torque do motor, é uma grandeza que nos
orienta parcialmente sobre a capacidade que um determinado motor tem em
transferir a força desenvolvida durante o processo de combustão. Quanto mais alto
o binário melhor é a sua capacidade de transferir a força.
POTÊNCIA DO MOTOR
A potência máxima indicada pelos fabricantes pode não ser a máxima que é possível
obter do motor, mas sim a máxima em que o funcionamento é correcto, e as rotações
a que é possível obter tal potência.
1.17 EXERCÍCIOS
Verdadeiro
Falso
Escape
Faísca
Admissão
Combustão
NOTAS
OBJECTIVOS DA UNIDADE:
A unidade temática correspondente a Capítulo
2 deste manual tem como objectivo central:
Conhecer os sistemas principais do veículo
automóvel e o seu funcionamento.
TEMAS DA UNIDADE
RESULTADOS ESPERADOS: TEMÁTICA 2:
Sistema de embraiagem
4 e seus componentes
principais
2.1 INTRODUÇÃO
O mercado automotivo evoluiu em vários aspectos nos últimos anos, muitos deles
alinhados às demandas do mercado de transporte de passageiros e de cargas, por
isso encontramos várias classes e tipos de veículos automóveis.
Veículo Automóvel: é um veículo que se move por meios próprios, tendo a sua
própria fonte de energia (motor) que se destina ao transporte de pessoas ou cargas.
➢ Ligeiros: Veículos com peso bruto igual ou inferior a 3500 Kg e com lotação não
superior a nove lugares, incluindo o do condutor.
➢ Pesados: Veículos com peso bruto superior a 3500 Kg ou com lotação superior
a nove lugares, incluindo o do condutor.
Não têm nenhum tipo de grade nas laterais. Elas são usadas para o transporte de
máquinas pesadas ou materiais indivisíveis e grandes, como carros e contentores.
1 Tanque de gasolina.
2 Filtro de gasolina.
3 Bomba eléctrica de alimentação da gasolina.
4 Válvula de regulação de pressão.
5 Tubo de retorno para o tanque de gasolina.
6 Distribuidor doseador que regula o volume de gasolina injectada.
7 Injector (um injector por cada cilindro).
8 Pedal do acelerador que accione por via mecânica, eléctrica e electrónica o
volume de gasolina injectada.
Nesse manual apresentamos mais para frente três tipos diferentes de sistemas da
parte da alta pressão, que são os sistemas mais aplicados em motores diesel
modernos montados em viaturas.
Uma bomba injectora pode servir perfeitamente durante muitos anos se o sistema
de alimentação tiver uma manutenção regular e qualificada e se a filtragem do
combustível obedece às recomendações do fabricante do equipamento.
Fig. 2.08 - Bombas injectoras e injectores só devem ser reparados numa oficina
especializada para o efeito. (www.randburgdiesel.co.za)
➢ Filtro de ar
➢ Tubagem de ar de admissão
➢ Colector de admissão
➢ Colector de escape
➢ Tubagem de escape
➢ Silenciador e tubagem do silenciador.
PRÉ-FILTRO
SILENCIADOR
COLETOR DE DESCARGA
VÁLVULA DE
ESCAPE
VÁLVULA DE
FILTRO ADMISSÃO
COLECTOR
DE ADMISSÃO
CILINDRO
No motor com aspiração natural, o motor aspira o ar de alimentação que precisa para
este processo através do filtro de ar e do colector de admissão.
➢ Filtro de ar.
➢ Tubagem de ar de admissão
➢ Turbo-compressor.
➢ Arrefecedor do ar de sobrealimentação (opcional).
➢ Colector de admissão
➢ Colector de escape.
➢ Silenciador e tubagem do silenciador.
➢ Lubrificar componentes.
➢ Arrefecer componentes.
➢ Vedar entre pistão e cilindro.
➢ Limpar (transportar sujidade até o filtro de óleo).
➢ Proteger contra corrosão e ferrugem.
Para diminuir o atrito todas as peças móveis são separadas umas a outras por uma
película de óleo de lubrificação. Dessa maneira o sistema de lubrificação assegura
que as peças móveis trabalhem com um mínimo de atrito e que as peças do motor
possam trabalhar por um tempo ilimitado, praticamente sem desgaste. O óleo de
lubrificação tem também a função de vedante entre pistão e cilindro, e tem um efeito
de arrefecimento em algumas peças.
Para ver a lubrificação em pormenores pode-se usar o exemplo de um veio, que tem
um casquilho como apoio.
Primeiro temos o veio parado (veja figura 2.12). O veio toca na parte inferior do
casquilho. A folga em cima entre o veio e o casquilho está cheia de óleo de
lubrificação.
Depois o veio começa a rodar (veja figura 2.13). A bomba de óleo começa a fazer
pressão e entra óleo de lubrificação no casquilho. A rotação do veio, e a aderência
do óleo de lubrificação, faz com que o veio esteja separado do casquilho por uma
camada de óleo de lubrificação em forma de cunha.
Este desgaste é tão rápido que as peças do motor podem deformar-se em poucos
minutos.
Em alguns casos o calor é suficiente para fundir os meio casquilhos de bronze nas
chumaceiras da cambota.
O calor excessivo faz com que as peças se dilatem até ao ponto de o motor parar
por gripagem.
Fig. 2.14 - Desgaste total de capas do moente de uma cambota, por falta de
lubrificação.
Sistema de lubrificação por cárter seco é um sistema que normalmente é usado nos
motores a gasolina de dois tempos. Consiste em juntar à gasolina uma quantidade
de óleo de lubrificação. Quando a mistura entra no cárter o óleo condensa-se,
depositando-se sobre a superfície das peças móveis.
1: Bomba de óleo.
2: Regulador da pressão do óleo.
3: Filtro de óleo.
4: Lubrificação do turbo compressor.
5: Conduto principal de lubrificação.
6: Lubrificação do veio de cames.
7: Lubrificação da cambota.
8: Lubrificação dos martelos das válvulas.
A bomba de óleo (1) aspira o óleo de lubrificação do cárter através de um coador (2).
O óleo sai da bomba com pressão e passa primeiro pela válvula da regulação da
pressão (3) e segue para o filtro de óleo (4). Do filtro de óleo o óleo passa para o
conduto principal (5) e a partir daqui divide-se.
Uma parte vai lubrificar as chumaceiras da cambota (6) e uma parte deste óleo passa
através das condutas existentes dentro da cambota (7) para lubrificar os moentes da
biela (8), enquanto outra parte passa para lubrificar o veio de cames (9) e o eixo das
válvulas (10).
Na saída das chumaceiras, uma parte do óleo também passa por bicos (11) que
lubrificam as paredes dos cilindros com vapor de óleo.
Nos motores que têm arrefecedor de óleo, este normalmente fica inserido entre a
bomba e o filtro.
O óleo depois de ter passado os pontos de lubrificação volta por gravidade até o
cárter, pronto para recircular dentro do circuito de lubrificação.
PRESSÃO DE ÓLEO
Se a pressão for mais baixa do que indicada como a mínima permitida, a lubrificação
já não é eficiente, e o motor pode gripar. Se a pressão for mais alta do que indicada
como a máxima permitida, os vedantes de óleo podem quebrar.
1: Radiador.
2: Bomba de água.
3: Tubagem.
4: Válvula termostática.
5: Tanque de expansão.
6: Arrefecedor de óleo de lubrificação.
Na figura 2.22 vê-se um sistema de refrigeração por água. O líquido refrigerador, que
é água misturada com um liquido para proteger o sistema (“coolant”), circula em
condutas ao redor dos cilindros e da cabeça do motor (1), absorvendo o calor gerado
pelo processo de combustão e o atrito das peças em movimento.
O líquido refrigerador quente é enviado ao radiador (3), onde é distribuído por uma
grande superfície, que é atravessada por uma corrente de ar, provocada pela rotação
do ventilador (4). O liquido refrigerador é resfriado até uma temperatura adequada
e o calor é transferido para o ar ambiental.
Uma válvula termostática (5) colocada entre a cabeça do motor e o radiador impede
que o líquido refrigerador circule pelo radiador quando o motor está frio, circulando
apenas dentro do motor. Quando aumenta a temperatura do líquido refrigerador, a
válvula termostática começa a abrir para permitir a circulação pelo radiador.
Para controlar a temperatura do motor, está ligado um termómetro (6) que previne
o operador de possíveis avarias no motor ou no sistema de arrefecimento.
Nos motores de combustão interna com sistema de refrigeração por água, o circuito
do líquido refrigerador é selado, e quando está em funcionamento normal, não tem
contacto directo com o ar ambiental.
Quando o líquido refrigerador está a ferver, significa que já atingiu a sua capacidade
máxima em desviar o calor do processo de combustão, e consequentemente as peças
fundamentais ficam sobreaquecidas e provavelmente vão sofrer danos.
Uma corrente permanente de ar retira o calor dos cilindros e das cabeças do motor
para o ar ambiental. A corrente de ar é produzida por um ventilador, e é guiada por
condutas e blindagem.
Fig 2.24 – Motor de combustão interna com refrigeração por ar - VW 1200 CC com 4
cilindros opostos.
Num automóvel convencional com tracção nas rodas de trás e com motor à frente, a
transmissão tem início no volante do motor e prolongasse através da embraiagem,
da caixa de velocidades, do eixo de transmissão e do diferencial até as rodas de trás.
Num automóvel, com o motor à frente e com tracção nas rodas de frente a
transmissão tem início no volante do motor e prolongasse através da embraiagem,
da caixa de velocidades e semieixos para as rodas de frente.
Os automóveis com o motor atrás e tracção nas rodas de trás dispensam o eixo de
transmissão sendo, neste caso, o movimento transmitido por meio de eixos curtos.
1: Embraiagem
2: Caixa de velocidades
3: Veio de transmissão
4: Diferencial
5: Semieixos
1: Embraiagem
2: Caixa de velocidades
3: Veio de transmissão
4: Diferencial
5: Semieixos
Basicamente existe dois tipos de sistemas de transmissão para accionar nas rodas a
frente, ou com o motor montado transversalmente ou com o motor montado
longitudinalmente.
Vários automóveis modernos tem instalados sistemas “all wheel drive”. Estes
sistemas têm a vantagem de garantir mais estabilidade e segurança para o veículo
automóvel em estradas com pavimentos em más condições.
Figura 2.31 mostre um sistema típico de “all wheel drive” e os componentes
principais.
1: Pedal de embraiagem
2: Reservatório do óleo do sistema hidráulico
3: Cilindro principal
4: Garfo de embraiagem
5: Rolamento de encosto
6: Bomba secundária
DISCO DE EMBRAIAGEM
É um disco de aço, revestido, nos dois lados, por faixas de lona especial, chamadas
"guarnições de atrito", por meio das quais, se processa o acoplamento da
embraiagem. Na parte central, há ranhuras que se encaixam no eixo primário da
caixa de velocidades.
As superfícies das guarnições devem oferecer alto coeficiente de atrito. Por essa
razão, são fabricadas à base de amianto misturado com ligas de cobre e alumínio. A
uma temperatura normal de funcionamento, esse material assegura um coeficiente
de atrito ideal para a função. No entanto, esse coeficiente pode variar, em função da
variação de temperatura.
Com o uso, o revestimento do disco diminui de espessura e o desgaste pode
atingir a cabeça dos rebites.
PRENSA
É uma peça fabricada com ferro fundido e chapas de aço. Sua finalidade é de manter
o disco de embraiagem em contacto com o volante do motor. As suas partes
principais são as molas e a superfície de encosto. Para que a prensa funcione
normalmente, é necessário que a superfície que faz contacto com o disco, esteja em
perfeitas condições, e a próprio prensa devidamente centralizado com o eixo da
embraiagem e em paralelo com a superfície do volante do motor.
GARFO DE EMBRAIAGEM
Na figura 2.41 vê-se a configuração mais comum da posição da alavanca para mudar
as velocidades. Este padrão é o mais comum para as transmissões manuais de cinco
marchas. Esta configuração é razoavelmente intuitiva porque começa na parte
superior esquerda, indo da esquerda para a direita e de cima para baixo, com a ré no
final da sequência e em direcção à traseira do veículo.
Veículos de carga, com grandes distâncias entre eixos, têm várias transmissões
articuladas. Estas, além de reduzir o peso das massas oscilantes, são indispensáveis
para impedir que se verifiquem vibrações flexionais perigosas.
2.12.2. O DIFERENCIAL
2.12.3. O SEMIEIXO
O semieixo é uma barra de aço cilíndrica cujas extremidades são preparadas para
fazer acoplamentos com outras peças, por meio de entalhes ou conicidades com
rasgos para chavetas e roscas de fixação.
É uma peça metálica, que tem no seu interior, elementos que se combinam para
converter os movimentos de rotação, do volante de direcção, em movimentos
rectilíneos dos braços e barras de direcção que possibilitam guiar o veículo nas
direcções desejadas.
a) Caixa de direcção
com sector e sem-
fim.
b) Caixa de direcção
com pinhão e
cremalheira.
c) Caixa de direcção
servo assistida
d) Caixa de direcção
com rosca sem fim.
e) Caixa de direcção
com rosca sem fim
e porca.
f) Caixa de direcção
com rosca sem fim
e esferas
g) Caixa de direcção
com esferas.
h) Caixa de direcção
com sector e sem-
fim.
Barra de direcção: É o nome dado aos componentes que saem da caixa no sentido
das rodas. Apresentam forma articulável para que seja possível acompanhar a
suspensão.
➢ Direcção mecânica
➢ Direcção hidráulica
➢ Direcção electro-hidráulico
➢ Direcção eléctrica.
Direcção mecânica: Neste tipo, o comando das rodas do veículo é feito através do
accionamento de engrenagens mecânicas, a partir dos movimentos rotativos feitos
no volante de direcção.
O óleo, então, exerce uma pressão sobre apenas um dos lados do êmbolo, o que leva
o mecanismo da direcção a orientar as rodas na direcção desejada. A pressão
aplicada ao êmbolo depende da força que o motorista aplica ao volante. O sistema
oferece as seguintes vantagens:
Direcção eléctrica: Nesse sistema existe um motor eléctrico junto à caixa de direcção
para auxiliar seu braço e deixá-la mais leve. Ele é mais prático porque não precisa da
tradicional bomba hidráulica e do fluido de óleo que são usados nos sistemas de
direcção hidráulica. O único problema que pode ocorrer é falho no sistema eléctrico.
Se isso acontecer, porém, a direcção ficará pesada, mas não irá travar. O motorista
seguirá com o controle do carro.
Todavia, nem sempre a travagem resulta com a eficácia esperada pelo condutor do
veículo, sendo esta última bastante variável consoante as condições da travagem. A
travagem é, pois, influenciada por diversos factores.
Fig 2.62 – Sistema de travagem tradicional com discos nas rodas em frente e
tambores nas rodas traseiras.
1: Pedal de travagem
2: Cilindro principal que fornece óleo hidráulico ao circuito do sistema
3: Discos de travagem nas rodas em frente
4: Tubagem hidráulica
5: Tambores de travagem nas rodas traseiras
6: Alavanca para o travão a mão
7: Ligações mecânicas do travão a mão.
Fig 2.63 – Discos de travagem. Um par de pastilhas sob acção de pressão hidráulica
aperta as duas faces de um disco metálico rotativo solidário com a roda. Quando o
disco diminui a velocidade, ou para, o mesmo acontece com a roda.
Fig 2.64 – Tambores de travagem. Duas sapatas curvas, cada qual com um
revestimento, apertam contra o interior de um tambor.
O tambor do sistema de travagem tem uma parte central, onde a roda do veículo é
instalada. Esta parte central pode ser fundida com o próprio tambor ou ser
aparafusada nele. O tambor de travão é uma das peças responsáveis pela travagem
da roda e, logicamente, pela travagem do veículo. Situa-se nas pontas dos eixos dos
veículos, onde gira livremente, permitindo, assim, o giro da roda nele instalada.
O atrito entre elas causa a travagem da roda. Por essa razão, essa superfície de atrito
deve ser de material resistente para evitar o seu rápido desgaste, e lisa para
prolongar o tempo de utilização das lonas de travão.
Os tubos de aço são revestidos por uma película de cobre e estanho para evitar a
oxidação. Os tubos flexíveis são fabricados de material sintético, para resistirem a
altas pressões. São utilizados em partes que oscilam, quando o veículo está em
movimento.
2.14.5. PASTILHAS
É uma peça fabricada com material apropriado para sofrer fricção e é fundida a um
corpo metálico que lhe serve como suporte. Também tem a denominação de calços
de travão.
A pastilha é montada com a superfície de atrito voltada para a face de atrito do disco
da qual se distancia de 0,20 a 0,25mm, ou, às vezes, mantém um leve contacto.
2.14.6. BALATAS
ABS é uma sigla que signica “Anti-lock Braking System” e traduzido em português
significa “Sistema de Travagem Anti-Bloqueio”, sendo considerado um dos
elementos chave na segurança activa dos veículos modernos, responsável por
diminuir a probabilidade de um acidente.
Conceitos básicos
Corrente eléctrica
Existem dois tipos de corrente eléctrica: Corrente Continua (CC) e Corrente Alternada
(CA).
Tensão eléctrica
Para haver corrente eléctrica é preciso que haja diferença de potencial. Esta
diferença de potencial é denominada por tensão eléctrica.
Exemplos: A tensão usada numa instalação eléctrica dentro duma casa ou de uma
sala de aulas ligada à rede da EDM, é normalmente de 220 Volt. A tensão usada no
sistema eléctrica de uma viatura ligeira é de 12 Volt ou de 24 Volt numa viatura
pesada.
Corrente contínua
Corrente alternada
A bateria fornece corrente contínua (CC), e só pode ser carregada com corrente
contínua.
As placas de chumbo são divididas em grupos. Entre cada grupo existe uma parede
feita do mesmo material como o vaso, este grupo chama-se uma célula.
Cada célula consiste de algumas placas de chumbo, umas com polaridade negativa e
outras com polaridade positiva. Entre as placas de chumbo é inserida uma placa
isoladora.
As placas dentro da célula estão interligadas e cada célula representa uma tensão de
2 volt. As células são ligadas em série e uma bateria com a tensão de 6 volts tem um
total de 3 células, uma bateria de 12 volts tem 6 células e uma bateria de 24 volts
tem 12 células.
Em baterias não-seladas cada célula tem um bujão que serve para verificar o nível do
líquido da bateria e para adicionar água destilada.
O líquido dentro da bateria tem o nome electrólito e é formado por uma solução de
ácido sulfúrico e água destilada em proporções bem determinadas.
O electrólito tem uma densidade que varia com a carga ou descarga da bateria. A
densidade do electrólito numa bateria totalmente carregada é de 1280 g/ltr a 1300
g/ltr e desce à medida que a bateria se descarrega chegando a ser 1150 g/ltr.
1: Borne positivo
2: Tampa de inspecção do nível
3: Placa de chumbo positiva
4: Placa de chumbo negativa
5: Placa isoladora
6: Uma célula
7: Vaso da bateria.
Só água destilada pode ser usada para manter o nível correcto da solução. Se a
bateria tiver uma perda de solução por se ter entornado, ou ter tido qualquer outro
acidente, será necessário aumentar o electrólito.
Os bornes da bateria devem manter-se limpos para facilitar um bom contacto com
os terminais dos cabos de ligação. É aconselhável lubrificá-los ligeiramente com
vaselina.
Ligações de baterias
O borne positivo da bateria é marcado com + e/ou uma anilha plástica de cor
vermelha, enquanto o borne negativo é marcado com - e/ou uma anilha plástica de
cor preta ou azul.
Se não for possível identificar claramente qual é o borne positivo deve-se verificar
isto usando uma busca-pólos.
Podem-se ligar duas ou mais baterias umas com as outras de duas maneiras
diferentes. Faz-se uma ligação em série ou uma ligação em paralelo com o objectivo
de aumentar a voltagem (tensão) ou aumentar a capacidade da corrente
(amperagem).
PRECAUÇÕES
1: Bobine de arranque
2: Motor de arranque
3: Mola de desengate
4: Pinhão de engate.
2.15.4 O ALTERNADOR
1: Díodos rectificadores.
2: Estator.
3: Rotor.
4: Escovas.
1: Alternador.
2: Rotor do alternador.
3: Díodos rectificadores (principal).
4: Díodos rectificadores (excitação).
5: Relé de tensão.
6: Lâmpada de controlo.
7: Interruptor de ignição.
8: Bateria.
Para melhor conseguir explicar a função do circuito vamos ver três situações
diferentes da operação do circuito:
Quando a bateria já está carregada a tensão no circuito sobe mais. Quando atinge 14
V (ou 28 V num sistema de 24 V) o relé de tensão (5) começa a diminuir a corrente
de excitação que por sua vez diminua a corrente principal. O relé de tensão regula a
corrente de excitação que se mantém entre 12 e 14 V (24-28 V num sistema de 24 V)
e protege a bateria para esta não ficar sobrecarregada.
O fusível para este tipo de circuitos eléctricos são pequenas peças coloridas onde o
material condutor tem um colapso sempre que um determinado limite de corrente
é ultrapassado, evitando assim que os componentes ou outras peças maiores, de
reparação bem mais difícil e dispendiosa, se danifiquem irremediavelmente. A
amperagem nominal é estampada no fusível.
Na tampa da referida caixa de fusíveis, que já deve ter encontrada com a ajuda do
manual do fabricante, existe um esquema, uma espécie de mapa desenhado, que
explica para que serve cada fusível, a posição, o número e a função. Cada fusível pode
desempenhar uma ou mais funções. E é também por isso que existem fusíveis de
dimensões e amperagens distintas.
Os relés são basicamente dispositivos eléctricos que tem como função produzir
modificações súbitas, porém predeterminadas em um ou mais circuitos eléctricos de
saída. O relé tem um circuito de comando, que no momento em que é alimentado
por uma corrente, acciona um electroíman que faz a mudança de posição de outro
par de contactos, que estão ligados a um circuito ou comando secundário.
Resumidamente podemos dizer que todo relé se configura como um contacto que
abre e fecha de acordo com algum determinado factor ou configuração.
Fig 2.92 - Relés para o sistema eléctrico do veículo automóvel do fabricante Hella
➢ Luz de travagem, de cor vermelha serve para indicar aos outros utentes da via
que se encontram atrás do veículo que o condutor deste está a accionar os
travões.
2.16 EXERCÍCIOS
NOTAS
OBJECTIVOS DA UNIDADE:
A unidade temática correspondente a Capítulo
3 deste manual tem como objectivo central:
Conhecer os procedimentos para realizar a
manutenção preventiva básica do sistema de
lubrificação do motor do veículo automóvel.
TEMAS DA UNIDADE
RESULTADOS ESPERADOS: TEMÁTICA
Componentes principais
No fim desta unidade temática a formanda e o do sistema de
formando devem ser capazes de: 1 lubrificação de motores
de veículos automóveis.
1: Bomba de óleo.
2: Regulador da pressão do óleo.
3: Filtro de óleo.
4: Lubrificação do turbo compressor.
5: Conduto principal de lubrificação.
6: Lubrificação do veio de cames.
7: Lubrificação da cambota.
8: Lubrificação dos martelos das válvulas.
As bombas de óleo na sua maioria são do tipo de engrenagens (Figura 3.02). Estas
bombas são constituídas por um par de engrenagens encerradas em uma caixa
fechada. O óleo entra por uma das extremidades da caixa e é forçado a passar entre
as engrenagens. A medida que as engrenagens giram é obtida o aumento de pressão.
O corpo da bomba é cilíndrico por interior, e nele é acoplado o rotor exterior. A parte
interior deste rotor tem a forma dentada especial, que engrena com o perfil do rotor
interior. O rotor interior tem o seu veio montado excentricamente em relação ao
corpo da bomba.
Ao rodar, o rotor interior arrasta o rotor exterior e entre ambos forma-se no lado de
sucção uma câmara relativamente maior e no lado de pressão uma câmara
relativamente menor, criando assim sucção e pressão.
Quando o pistão da bomba se move para cima, com a força da pressão da mola
dentro do cilindro, cria-se um vácuo dentro do cilindro, a válvula inferior abre-se e o
óleo entra no cilindro.
A seguir o pistão recebe um impulso através de uma haste que por sua vez recebe o
seu impulso através do veio de cames e o pistão move-se para baixo.
As duas válvulas estão fechadas e cria-se uma pressão no óleo dentro do cilindro.
Quando a pressão chega ao seu máximo a válvula de descarga abre-se e o óleo sai
para a conduta principal com uma determinada pressão.
1: Haste da bomba
4: Pistão da bomba
5: Mola da bomba
6: Retentor de esfera
8: Cilindro
O filtro de óleo tem como função retirar matérias estranhas do óleo de lubrificação
em circulação, tais como: resíduos do processo de combustão, carvão, grãos de areia,
partículas metálicas e qualquer outro objecto estranham. Se essas partículas não
forem eliminadas podem causar danos e desgaste em excesso nas peças móveis do
motor.
Fig. 3.06 - Existem vários tipos de filtros de óleo para diferentes tipos de veículos
automóveis
FILTRAGEM TOTAL
Existem duas maneiras diferentes de filtrar o óleo de lubrificação. Pode ser uma
filtragem total ou pode ser uma filtragem em derivação. A filtragem total é a mais
frequente, e neste manual só vamos tratar deste tipo de filtragem. Na filtragem total
o filtro fica inserido no circuito de óleo logo depois da bomba, e todo o fluxo do óleo
passa pelo filtro. Para a filtragem total existem dois tipos de filtros diferentes, isto é
filtro tipo “canister” e filtro tipo “cartridge”.
O filtro tipo “canister” é uma unidade completa e contém o elemento e o corpo como
uma peça única. Este tipo de filtro é aparafusado directamente no bloco do motor.
O óleo entra no filtro pelos furos abertos na circunferência do filtro, passa pelo
material filtrante, e sai pelo furo no centro (veja figura 3.11). O filtro tem uma válvula
de desvio (válvula de segurança) que permite a passagem de óleo sem ser filtrado no
caso de entupimento do material filtrante.
O filtro tipo “cartridge” é diferente do filtro tipo “canister” dado que o elemento
filtrante é separável do corpo do filtro. Quando for preciso realizar mudança do filtro
de óleo muda-se somente o elemento.
Tipicamente o suporte do filtro tem uma válvula de desvio (válvula de segurança) que
em caso de entupimento do filtro permite a passagem do óleo sem ser filtrado.
1: Suporte do filtro
2: Junta de borracha
3: Elemento de filtro de óleo
4: Corpo do filtro de óleo.
Existem dois tipos de óleo de lubrificação, isto é óleo mineral e óleo sintético. O óleo
mineral é o tipo de óleo muito usado em Moçambique, enquanto o óleo sintético
ainda não é muito utilizado, e sobretudo apenas está a venda nos grandes centros
urbanos e as bombas de combustível organizadas.
Os óleos minerais não são tão desenvolvidos tecnicamente em relação aos óleos
sintéticos e semi-sintéticos, embora ainda sejam o produto mais comum e tradicional
do mercado em Moçambique.
VISCOSIDADE DE ÓLEO
SAE é uma abreviação de Inglês e significa: “Society of American Engineers” que pode
ser traduzida para: “Sociedade de Engenheiros Americanos”.
Os óleos para lubrificação dos motores começam com o valor SAE 10 que é o óleo
menos viscoso, e vai até SAE 50 que é o óleo mais viscoso. O óleo menos viscoso usa-
se nos climas frios, e o óleo mais viscoso usa-se nos climas tropicais. Isto significa que
a escolha correcta da viscosidade do óleo para lubrificação depende do clima,
nomeadamente a temperatura ambiental. Para o clima de Moçambique, que é
tropical, as viscosidades mais indicadas são SAE 30 e SAE 40.
Os óleos que têm uma viscosidade como acima referida têm a denominação
“monograduado” (“single”). Há um outro grupo de óleos para lubrificação que por
exemplo podem ter uma área variável de viscosidade dentro de SAE 20-50. Estes
óleos têm a denominação “multigraduado” ("multi-grade") porque podem ser
usadas em motores onde há uma grande variação da temperatura da operação do
motor, tanto como a temperatura ambiental.
Existem várias qualidades de óleos para lubrificação. O sistema mais comum para
classificar a qualidade dos óleos para lubrificação é o sistema API.
API é uma abreviação de Inglês e significa: “American Petroleum Institute” que pode
ser traduzida para: “Instituto Americano de Petróleo”.
Existem duas classes: Uma classe que se refere às exigências de lubrificação nos
motores a gasolina. Esta classificação começa com um S. A outra classe refere-se às
exigências de lubrificação nos motores diesel e a classificação começa com um C.
A classificação para motores a gasolina leva a letra S seguida de outra letra, que
determina o “estágio de evolução” do óleo (de A a N, ou seja: SA, SB, SC, SE, SF, SG,
SH, SJ, SL, SM e SN). Esta classificação é de fácil entendimento já que a evolução das
letras significa a evolução da qualidade dos óleos.
Ainda pela API, para os motores a diesel, os lubrificantes são classificados de CA a CF,
CF-2, CF-4, CG-4, CH-4, CI-4 e CJ-4. O mesmo raciocínio de evolução pode ser
empregado nesse caso. A mais recente é a especificação CJ-4, que confere
desempenho efectivo na protecção do motor diesel com sistemas de pós-tratamento
da exaustão, que demandam ainda mais do lubrificante.
Fig 3.17 – Um exemplo de óleo de lubrificação para motores a gasolina. Shell Hélix
HX 5 com a gama de viscosidade de SAE 10-40 e a qualidade API de SN. Este óleo é
100 % sintética.
Fabricante Castrol
Denominação Motor Oil
Viscosidade SAE 40 monograduado
Categoria Motores a gasolina API SF
Motores diesel API CD
Fabricante Castrol
Denominação GTX
Viscosidade 20W-50 multigraduado
Categoria Motores a gasolina API SL
Tipo Óleo mineral
Fabricante Castrol
Denominação GTX Diesel
Viscosidade SAE 15W-40 multigraduado
Categoria Motores diesel API CI-4
Tipo Óleo mineral
Fabricante Castrol
Denominação Magnatec
Viscosidade 10W-40 multigraduado
Categoria Motores a gasolina API SN
Tipo Óleo semi-sintético
Fabricante Castrol
Denominação Edge
Viscosidade 10W-60 multigraduado
Categoria Motores a gasolina API SN
Tipo Óleo sintético
Fabricante Total
Denominação Rubia S 40
Viscosidade SAE 40 monograduado
Categoria Motores diesel API CF
Tipo Óleo mineral
Fabricante Total
Denominação Rubia XT
Viscosidade 15W-40 multigraduado
Categoria Motores diesel API CF-4
Tipo Óleo mineral
Fabricante Total
Denominação Rubia TIR 7400
Viscosidade SAE 15W-40 multigraduado
Categoria Motores diesel API CI-4
Tipo Óleo mineral
Fabricante Total
Denominação Quartz 5000
Viscosidade 20W-50 multigraduado
Categoria Motores a gasolina API SL
Tipo Óleo mineral
Fabricante Total
Denominação Quartz 9000 Energy
Viscosidade 5W-40 multigraduado
Categoria Motores a gasolina API SN
Tipo Óleo sintético
Fabricante Galp
Denominação Formula LS
Viscosidade 5W-40
Categoria Motores a gasolina API SN
Tipo Óleo sintético
Devido a este facto o óleo e o filtro de óleo devem ser substituídos. Quando se
substitui o óleo é sempre necessário mudar o filtro de óleo ao mesmo tempo.
O óleo de lubrificação deve ser substituído por óleo novo e limpo. Sobre a qualidade
do óleo, consulte as páginas anteriores deste manual e siga as recomendações do
fabricante do automóvel.
CONSUMO NORMAL
Nos motores montados em veículos o limite do consumo normal muitas vezes é dado
em litros por cada 1000 km. Por exemplo o consumo máximo normal pode ser 0,3
litros por cada 1000 km.
CONSUMO ANORMAL
Fig 3.32 – Juntas e vedantes deficientes são as causas principais de consumo externo
anormal.
Este tipo de fuga de óleo deve ser resolvido por substituição das juntas e vedantes
deficientes.
Um motor com consumo anormal interno tem fumo de escape de cor cinzenta, e é
uma indicação de que o motor precisa de uma reparação geral.
Existem dois métodos para retirada do óleo no cárter, ou por drenagem ou por
sucção.
Este é método mais tradicional, em que o óleo velho simplesmente escorre por baixo
do cárter. Dessa forma, em cerca de 15 minutos é possível drenar todo o óleo do
cárter.
.
Fig. 3.33 - Tipos de bujões do cárter
O principal cuidado que deve ser tomado ao fazer a troca de óleo por drenagem
diz respeito à remoção e recolocação do bujão.
Este procedimento deve ser feito quando o motor estiver quente, pois nessa
condição, a viscosidade do óleo diminui e ele sai com mais facilidade. Dessa forma,
ele vai fluir bem mais rápido e não ficarão muitos restos dentro do cárter.
Deve-se abrir a tampa superior (entrada de óleo) ajuda a tornar esse processo
mais rápido, pois a pressão do ar ajudará a empurrar o fluido.
Nesse método, o óleo que será trocado é removido do cárter por meio de uma
máquina, que suga o lubrificante antigo a partir da entrada da vareta de medição.
A sua principal vantagem é que o serviço é feito de maneira mais rápida, segura e
ecológica, já que não há contacto directo com o óleo degradado. Este procedimento
deve ser feito apenas por profissionais plenamente capacitados para operar o
equipamento garantindo uma troca do óleo tão segura quanto rápida.
Quando o óleo de lubrificação já está drenado o filtro de óleo pode ser desmontado.
Os procedimentos para desmontagem do filtro de óleo podem ser diferentes para
diferentes tipos de veículos, tipos de filtro e a sua localização no veículo mas em
regra geral são muito semelhantes.
Fig. 3.41 – Exemplo de uma instrução sobre como substituir o filtro de óleo de
lubrificação (Deutz TCD L6).
Após ter sido seleccionado o óleo adequado para o veículo (tipo e quantidade do
óleo), introduz-se o óleo através do orifício (tampa) existente na parte superior do
motor.
3.18 EXERCÍCIOS
NOTAS
OBJECTIVOS DA UNIDADE:
A unidade temática correspondente a Capítulo
4 deste manual tem como objectivo central:
Conhecer os procedimentos para realizar a
manutenção preventiva básica do sistema de
alimentação do motor do veículo automóvel.
TEMAS DA UNIDADE
RESULTADOS ESPERADOS: TEMÁTICA:
Componentes principais
No fim desta unidade temática a formanda e o do sistema de
formando devem ser capazes de: 1 arrefecimento do motor
do automóvel.
1: Radiador.
2: Bomba de água.
3: Tubagem.
4: Válvula termostática.
5: Tanque de expansão.
6: Arrefecedor de óleo de lubrificação.
4.2 RADIADOR
1: Depósito superior.
2: Colmeia.
3: Parte interior da colmeia.
4: Depósito inferior.
5: Tampa do radiador.
6: Tubo para ligação com tanque de expansão.
A colmeia é formada por tubos metálicos de paredes muito finas que fazem a
comunicação entre o depósito superior e o depósito inferior. Os tubos são separados
por alhetas que servem como elementos permutadores de calor. Os tubos e as
alhetas são fabricados em cobre, latão ou alumínio.
para o tanque de expansão onde uma parte do líquido arrefecedor regressa para o
radiador (ver figura 4.05).
Fig. 4.04 – Tampa do radiador – Válvula de pressão aberta permitindo ligação para o
tanque de expansão.
4.4 VENTILADOR
Fig. 4.06 – Motor diesel com ventilador forçado, montado no veio da bomba de água.
Quando a temperatura em volta do motor ainda é baixa o dispositivo faz com que o
ventilador apenas se engate parcialmente. Quando a temperatura sobe o ventilador
engate totalmente. Este tipo de ventilador pode-se ver na figura 4.07.
Fig. 4.07 – Ventilador com dispositivo de engate. A seta indica a posição do dispositivo
de engate.
Tipo com motor elétrico: O sistema mais eficiente é com um ou dois ventiladores
accionados por motor(es) electrico(s). Um termóstato liga os motores eléctricos
quando a temperatura do líquido refrigerador é superior a uma determinada
temperatura (“setpoint”) indicada pelo fabricante, e desliga-se quando a
temperatura do líquido refrigerador atinge uma determinada temperatura mais
baixa. Um termostato liga e desliga o(s) motor(es) electricos que accionam os
ventiladores.
Fig. 4.08 – Radiador montado com dois ventiladores accionado por motores
eléctricos.
Na figura 4.09 pode-se ver uma bomba de água em corte. A bomba tem duas
entradas. Uma entrada (1) é para o líquido que vem directamente do motor, quando
o termóstato está fechado, e a outra entrada (2) é para o líquido que vem do
radiador, quando o termóstato está aberto. O líquido sai com pressão pela boca de
saída (3) para o motor.
Fig. 4.11 – Circuito do líquido arrefecedor: 1: O líquido arrefecedor ainda não atingiu
a sua temperatura normal. O termóstato está fechado e o líquido arrefecedor circula
dentro do motor sem passar pelo radiador. 2: O líquido arrefecedor já atingiu a sua
temperatura normal. O termóstato está aberto e o líquido arrefecedor passa pelo
radiador.
Fig 4.15 - Nesta figura pode-se ver a posição de duas mangueiras entre o radiador e
o motor (de cima e de baixo).
4.8 CORREIAS
Na figura 4.16 vê-se uma correia esticada entre a polia da cambota (1), a polia da
bomba de água (2) e a polia do alternador (3).
Nos motores maiores, em que a força para transferir é maior, usa-se muitas vezes
duas correias (um par) montadas paralelamente.
Água é o líquido ideal para refrigeração devido às suas boas qualidades como líquido
transmissor de calor. No entanto, a água tem algumas inconveniências para o sistema
de refrigeração, que é a sua agressividade para as superfícies metálicas dentro do
sistema de refrigeração. Muitas vezes a água contém cal, que se pode fixar numa
camada fina nas paredes interiores do radiador, diminuindo a sua capacidade de
refrigeração.
A água que se deita no sistema de refrigeração deve ser limpa, e se a água contiver
cal, é melhor usar água destilada.
A água sempre deve ser misturada com um aditivo especial para sistemas de
refrigeração, que é o “coolant”.
Fig. 4.20 – Coolant da marca “Castrol – Radicool Premix”. Este produto já é misturado
e pronto para ser enchido no sistema de arrefecimento.
Fig. 4.22 – Tanque de expansão com indicação dos níveis máximo e mínimo.
Feche a tampa.
Materiais Necessários
➢ Luvas de borracha.
➢ Óculos de segurança.
➢ Macaco hidráulico e cavaletes automotivos.
➢ Balde ou panela.
➢ Funil.
➢ Aditivo “Limpa Radiador”.
➢ Água destilada.
➢ Aditivo para o radiador.
➢ Recipientes vazios.
Atenção
Uma limpeza exterior do radiador pode ser realizada com a ajuda de água
corrente, contudo deve-se prestar muita atenção com a pressão aplicada
para evitar danos no radiador ou em outros componentes do veiculo
automóvel. Esta acção pode ser feita com o radiador no seu lugar ou
desmontado.
Fig. 4.30 e 4.31 - Limpeza do radiador com água corrente ou com um compressor de
ar.
Aviso
Os aditivos são tóxicos e não devem entrar em contacto com a pele ou
rosto, muito menos serem consumidos.
MANUTENÇÃO DO VENTILADOR
A limpeza da ventoinha do radiador pode ser feita com recurso a panos ou em alguns
casos com o compressor de ar.
➢ Deve certificar-se que a nova correia é a mais adequada para a marca e modelo
do veículo específico (não significa que ela tenha apenas o mesmo
comprimento, pois ela também deve ter a forma mais apropriada e cumprir
com as especificações do fabricante).
➢ Remover a correia.
➢ Selecionar a nova correia que deve ter as mesmas especificações técnicas da
correia desmontada.
➢ Montar a correia.
➢ Ajustar a tensão da correia.
➢ Testar com o motor do automóvel em funcionamento.
➢ Verificar se há ruídos ou se a tensão da correia é a adequada.
➢ Aplicar a ferramenta adequada e ajustar a tensão da correia em conformidade
com uma instrução técnica.
Estado de funcionamento da
válvula de pressão.
Estado de funcionamento da
válvula de descompressão.
Condições do vedante de
borracha.
As tampas de radiador também têm como função de servir como válvula de alívio de
sobrepressão em caso de sobreaquecimento do sistema de arrefecimento.
Fig 4.40 – Tampa de radiador. A pressão em qual a tampa vai abrir para permitir a
ligação para o tanque de expansão está estampada na tampa.
4.15 EXERCÍCIOS
OBJECTIVOS DA UNIDADE:
A unidade temática correspondente a Capítulo
5 deste manual tem como objectivo central:
Realizar a manutenção preventiva básica do
sistema de combustível do motor a gasolina
num veículo automóvel
TEMAS DA UNIDADE
RESULTADOS ESPERADOS: TEMÁTICA:
Componentes principais
No fim desta unidade temática a formanda e o
formando devem ser capazes de: 1 do sistema de
alimentação de gasolina
5.1 INTRODUÇÃO
1 Depósito de combustível.
2 Tubagem de alimentação.
3 Bomba de combustível.
4 Carburador
Dado que o carburador esta localizado mais alto de que o tanque, é necessário ter
uma boba para elevar o combustível até a entrada do carburador. No carburador
misturam-se o ar e a gasolina.
Contudo, isto leva a que a baixas rotações do motor, a sucção não seja suficiente para
permitir uma alimentação constante da gasolina. Daí ser comum a presença de
sistemas de apoio ao arranque, por exemplo, do “choque”. Este permite diminuir o
diâmetro de secção do tubo de venturi, reduzindo comparativamente a pressão
estática e aumentando a quantidade de combustível pulverizada. Assim, a mistura
de ar-combustível fica enriquecida, facilitando a aceleração inicial do motor.
7
2
4
3
1 Depósito de combustível.
2 Tubagem de abastecimento.
3 Módulo de alimentação com bomba de gasolina.
4 Filtro de gasolina.
5 Válvula anti-refluxo
6 Cinta de fixação
O material de fabrico das mangueiras varia com o tipo de combustível utilizado, além
disso também possuem tratamento nas superfícies internas para resistir ao impacto
químico do combustível. Os materiais mais comuns são polímeros, aço ou cobre.
Devido à vibração do motor, são utilizadas mangueiras flexíveis para evitar seu
rompimento. Nas suas extremidades existem dispositivos de engate rápido ou
abraçadeiras. Recomenda-se que as mangueiras estejam protegidas contra danos
que podem conduzir ao seu rompimento. Qualquer dano numa mangueira de
combustível resultará em perigos de incêndio, vazamento de combustível e cheiro
de combustível.
Fig. 5.06 – Filtro de gasolina para motores com carburador. A seta indica o sentido
do fluxo da gasolina.
Consiste numa câmara dividida por um diafragma. A parte superior contém um filtro
e um copo de sedimentação e apresenta duas válvulas com molas para regular o fluxo
da gasolina.
5.8 CARBURADOR
A ECU está ligada a uma série de sensores e actuadores capazes realizar a leitura de
todos os parâmetros do motor que em milésimos de segundo a retornam com a
informação.
Tudo inicia quando se vira a chave de ignição, antes mesmo de ligar o motor do
veículo, neste momento é accionado a bomba eléctrica, a qual envia o combustível
do depósito de combustível passando pela tubagem e o filtro até chegar a régua de
distribuição de combustível e por fim ao injector em cada cilindro, e assim
pressurizando todo o sistema.
Filtros para veículos com injecção: Este sistema é muito mais sensível às impurezas
que o sistema com carburador. Os filtros são mais activos e, por isso, a qualidade da
filtragem é de 5 a 7 mícrons.
Num veículo de injecção electrónica, o filtro deve ainda suportar uma pressão por
volta de 6 bar, necessária para a pulverização da gasolina.
➢ Falhas em aceleração
➢ Aumento do consumo de combustível
➢ Oscilações de rotação.
➢ Em casos mais extremos, a lâmpada de diagnóstico no painel do veículo pode
acender indicando falha no sistema de injecção electrónica.
As externas ficam instaladas num suporte, que pode estar localizado em qualquer
ponto da linha de combustível, geralmente na parte traseira do veículo.
Por outro lado as bombas de combustível também podem ser divididas entre
modulares e não-modulares. O primeiro tipo costuma ser montado num único bloco,
onde encontramos o pré-filtro, o medidor de nível do combustível no depósito e o
sistema de retorno. O outro modelo é mais simples, composto apenas pela bomba,
na maioria das vezes, formada por um par de engrenagens.
Pressão muito alta: pode ocorrer se a alimentação eléctrica estiver incorrecta, este
problema faz com que o motor consuma mais combustível que o normal.
Filtro com defeito ou mal instalado: diminui a vazão de combustível e pode ser
detectada da mesma forma que o item anterior.
A maioria dos fabricantes recomenda que a troca seja realizada a cada 10.000 km
rodados, quando o filtro de combustível está sujo começa a prejudicar a eficiência do
veículo.
Após mudança de filtro deve ser feito o registo na ficha de controlo de manutenção,
onde será registada a próxima data ou quilometragem para sua mudança.
➢ Protecção
➢ Eficiência
➢ Confiabilidade
➢ Segurança
➢ Redução dos custos de manutenção do automóvel
5.16 EXERCÍCIOS
OBJECTIVOS DA UNIDADE:
A unidade temática correspondente a Capítulo
6 deste manual tem como objectivo central:
Realizar a manutenção preventiva básica do
sistema de combustível do motor a gasóleo
num veículo automóvel
TEMAS DA UNIDADE
RESULTADOS ESPERADOS: TEMÁTICA:
Componentes principais
No fim desta unidade temática a formanda e o
formando devem ser capazes de: 1 do sistema de
alimentação de gasóleo
6.1 INTRODUÇÃO
Nos motores diesel o combustível, que é gasóleo, é injectado com alta pressão
dentro de cada cilindro, momentos antes do início da combustão.
A bomba injectora tipo rotativo dispõe de mecanismos de precisão que lhe permitem
regular a quantidade de combustível proporcionado por cada injecção, o ponto
exacto em que esta injecção vai produzir-se e ainda da possibilidade de adiantar ou
atrasar o ponto de injecção segundo a velocidade da rotação do motor diesel.
A bomba injectora tipo rotativo só deve ser reparada por mecânicos qualificados e
em oficinas especiais que estão preparadas para este tipo de serviço, que é muito
delicado e requer conhecimentos especiais.
As bombas injectoras tipo rotativo podem ser divididas em dois grupos. A bomba
rotativa tipo “Bosch” e a bomba rotativa tipo “CAV” (CAV Lucas Delphi).
Na figura 6.03 vê-se uma bomba injectora rotativa tipo “CAV” pelo exterior:
1: Entrada de combustível
2: Parafuso de sangrar
3: Parafuso de sangrar do corpo da bomba
4: Parafuso de sangrar da caixa do regulador
5: Comando de velocidade
6: Porca de fixação da caixa do regulador
7: Alavanca de paragem do motor
8: Tubo de retorno de excesso de combustível
9: Saída de alta pressão para os injectores
10: Tampa para verificar afinação da bomba injectora.
Fig. 6.03 – Parte exterior de uma bomba injectora rotativa, tipo “CAV”.
Fig. 6.04 – Bomba injectora rotativa, tipo “CAV” montada num motor diesel de fabrico
“Cummins” de 6 cilindros.
Na figura 6.04 vê-se uma bomba injectora rotativa tipo “CAV” montado num motor
diesel de 6 cilindros do fabrico “Cummins”:
Os sistemas de combustível com bomba injectora tipo pistão têm algumas diferenças
em relação ao sistema anterior, e podem ser subdivididos em duas categorias, isto é,
sistema com bomba injectora tipo pistão em linha e bombas injectoras tipo pistão
individual para cada cilindro. Neste manual apenas vamos ver o sistema com bomba
injectora tipo pistão em linha
Na figura 6.06 pode-se identificar os seguintes componentes num motor diesel com
bomba injectora tipo pistão, em linha:
1: Bomba de alimentação
2: Filtros de combustível
3: Bomba injectora tipo pistão, em linha
4: Reguladora da bomba injectora
5: Injectores.
Fig. 6.06 – Sistema de combustível com bomba injectora tipo pistão em linha, num
motor diesel de 6 cilindros.
Da saída da bomba injectora o combustível passa pelos tubos de alta pressão (6) para
os injectores (7), onde é injectado em cada cilindro.
Uma parte do combustível que está em excesso volta para o depósito através do tubo
de retorno (8).
1: Carcaça da bomba
2: Saída de alta pressão
3: Regulador da bomba injectora
4: Bomba de alimentação
5: Bomba manual.
A bomba injectora visível na figura 6.08 é de fabrico Bosch e é para um motor diesel
com 6 cilindros.
No motor diesel de quatro tempos o veio de cames da bomba injectora gira com a
metade das rotações da cambota do motor.
Para efeitos de regulação cada elemento tem uma semi-roda dentada onde a
cremalheira do braço regulador encaixa.
As peças móveis da bomba injectora, como o pistão e o cilindro são lubrificados pelo
gasóleo. Algumas bombas injectoras têm a parte do veio de cames da bomba
lubrificada pelo sistema geral de lubrificação do motor.
Fig. - 6.12
2) Compressão do Gasóleo:
Fig. - 6.13
3) Injecção:
Fig. - 6.14
4) Cessação da Injecção
Fig. - 6.15
1) Paragem do Motor
Fig. - 6.16
2) Fornecimento Parcial
Fig. - 6.17
3) Fornecimento Máximo
Fig. - 6.18
Nas figuras 6.19 e 6.20 vê-se um sistema de combustível com colector comum (Bosch
CRSN 25) com os seguintes componentes:
1: Depósito de combustível.
2: Pré-filtro.
3: Bomba de alimentação.
4: Filtro principal.
5: Bomba de alta pressão.
6: Tubos de alta pressão para o colector comum.
7: Colector comum (de alta pressão).
8: Válvula de regulação da pressão.
9: Tubos de alta pressão para os injectores.
10: Injector com válvula electromagnético.
11: Unidade de comando electrónico (Electronic Control Unit = ECU)
O sistema de combustível com colector comum apresentado nas figuras 6.19 e 6.20
é concebido para um motor diesel com 6 cilindros, e é fabricado pela empresa Bosch
de Alemanha, que é uma das empresas lideres no desenvolvimento de sistemas de
injecção diesel.
O combustível procede do depósito (1) e passa por uma pre-filtragem (2) até a
entrada da bomba de alimentação (3), que por sua vez pressione o combustível para
o filtro principal (4) e para a entrada da bomba de alta pressão (5). A bomba de alta
pressão alimenta o colector comum (7) através da tubagem de alta pressão (6).
Fig. 6.21 – Sistema de combustível com colector comum num motor diesel de um
camião Volvo (www.volvotrucks.com).
D4D significa “Direct Injection 4 Cylinder Common Rail Diesel Engine”, portanto o
automóvel está equipado com um motor diesel de 4 cilindros com sistema de
injecção de colector comum.
Para o efeito o regulador pode ser do tipo que só entra automaticamente em acção
quando o motor ultrapassa os limites mínimos ou máximos de rotações.
Automóveis podem também ter instalado um outro tipo de regulador cujo objectivo
é o mesmo. Este tipo de regulador é pneumático e chama-se regulador de vácuo ou
regulador pneumático.
Da parte dos reguladores mecânicos, neste manual vamos apenas ver o princípio de
funcionamento de um regulador mecânico centrífugo com regulação contínua.
Este regulador tem a função de manter o motor com as mesmas rotações quando a
carga sobe ou desce.
Na figura 6.22 vê-se uma engrenagem do motor (EN). A engrenagem está ligada a um
veio onde está montada a manga do regulador (MR) e os pesos do regulador (P). Os
pesos giram em sincronização com as rotações do motor.
Vamos ver como o regulador funciona quando a carga desce e quando a carga sobe.
Os motores diesel com controlo electrónico diferem sobretudo dos motores diesel
em como o sistema de combustível é controlado. Em vez de terem um regulador
mecânico, os motores com controlo electrónico tem montado um computador
chamado a unidade de controlo electrónico, normalmente denominado ECU
(Electronic Control Unit = ECU).
Fig. 6.24 – ECU para um automóvel Toyota Hi-Lux com motor diesel D4D
A ECU actua como um regulador para controlar as rotações por minuto (RPM) do
motor enviando sinais para o sistema de injecção, fornece energia eléctrica para os
componentes electrónicos do motor e regista falhas de desempenho do motor.
➢ Sensores de pressão.
➢ Sensores de temperatura.
➢ Sensores de posição e de velocidade.
6.7 INJECTORES
1: Tubo de retorno.
2: Tampa do injector.
3: Parafuso de afinação.
4: Contra porca.
5: Mola de pressão.
6: Vareta de pressão.
7: Falange de montagem.
8: Suporte do bico injector.
9: Bico injector.
O gasóleo é comprimido pela bomba injectora a alta pressão até aos injectores.
Nos injectores o gasóleo entra pelos canais de entrada até a câmara de pressão no
bico injector, onde a agulha impede a passagem uma vez que está vedada na sede
com a pressão da mola de pressão.
Depois de a quantidade de gasóleo fornecido pela bomba injectora ter sido injectado,
a mola de pressão empurra a agulha para baixo por meio de uma vareta de pressão
e a agulha fecha totalmente a passagem para a câmara de combustão, até a bomba
injectora fornecer outra quantidade de gasóleo e a pressão sobe até ao valor
predeterminado.
O gasóleo que escapa entre a agulha e o corpo do bico injector sobe por dentro do
injector e volta para o depósito através do tubo de retorno.
Existem vários tipos diferentes de bicos injectores. Os mais comuns são bico
injector de orifício e bico injector de espiga.
O bico injector de orifício aplica-se nos injectores para motores diesel com injecção
directa.
O bico injector pode ter entre 2 a 12 orifícios. A dimensão dos orifícios varia
consoante o tipo e modelo do motor.
O ângulo formado pelos jactos pode ter até 180º. A pressão de abertura para este
tipo de bico injector varia entre 150 e 250 bar.
O bico injector de espiga aplica-se nos injectores para motores diesel com injecção
indirecta.
A agulha deste tipo de bico injector tem a forma de espiga, que entra no furo de
injecção posicionado no fim do bico.
Antes de qualquer controlo deve-se sempre limpar os injectores. A limpeza deve ser
efectuada com um jogo especial de agulhas para limpeza de injectores.
Uma vez limpo monta-se o injector numa bomba de testes de injectores (ver figura
6.31). Aqui pode-se ensaiar a pressão de abertura e o jacto.
Ao mesmo tempo controla-se a forma do jacto e que o injector não pingue. Se esse
for o caso existem jogos de agulhas calibradas para limpar os orifícios e outras
ferramentas especiais para o efeito.
Os tubos são feitos de aço especial para aguentar com pressões até quase 300 bar
em sistemas convencionais.
Cada injector tem o seu próprio tubo. Cada tubo de alta pressão tem o comprimento
igual, mesmo que a distância entre a bomba injectora e os injectores varie. O que
varia é a forma como o tubo está dobrado.
AVISO DE SEGURANÇA
Fig. 6.32 – Jogo de tubos de alta pressão para um motor diesel com seis cilindros.
Existem vários tipos de bombas de alimentação. As duas bombas mais comuns são a
bomba de membrana e a bomba de pistão.
Quando o excêntrico (1) toca na alavanca (2), esta arrasta para baixo puxando uma
haste (3) que por sua vez puxa uma membrana (4) para baixo. Este movimento cria
um vácuo na câmara (5) e o gasóleo é chupado para dentro da câmara através duma
válvula de admissão (6).
Quando o excêntrico do veio de cames está numa posição em que já não exerce
pressão sobre a alavanca, esta já não exerce pressão na haste, e a força de uma mola
(7) pressiona a membrana para cima. A válvula de admissão está fechada e a válvula
de descarga (8) abre devido à pressão criada, e o combustível sai com uma
determinada pressão para o tubo que vai para o filtro de combustível.
O movimento cria um vácuo, e quando o came já não exerce pressão no pistão uma
mola empurra o pistão para cima criando pressão.
O depósito de combustível vai acumular sujidade como areia e água. Por isto é
preciso limpar o depósito em intervalos determinados.
Os depósitos normalmente têm um bujão que serve para drenar água e sujidade que
as vezes se acumulam durante algum tempo de operação.
Impurezas como por exemplo grãos de areia e água podem causar desgastes rápidos
e consequentemente avarias na bomba injectora.
Água no gasóleo pode também fazer parar um motor diesel num instante.
Na figura 6.36 vê-se um filtro tipo que é muito corrente. O filtro completo é
constituído por:
Uma forma de aumentar a capacidade de filtragem pode ser de aplicar dois filtros
em série, (ver figura 6.37), ou a montar um pré-filtro antes do filtro principal.
A separação da água funciona da seguinte forma: a água tem uma densidade superior
à do gasóleo, e por isso a água, quando se separa do gasóleo, vai-se acumular na
tampa inferior da unidade do filtro.
Existem dois tipos de filtros de gasóleo, isto é filtro tipo “canister” e filtro tipo
“cartridge”.
O filtro tipo “canister” é uma unidade completa e contém o elemento e o corpo como
uma peça única, enquanto no filtro tipo “cartridge” o elemento do filtro é separável
do corpo do filtro.
1 Isolar o fluxo de combustível para o filtro (em caso de que o motor tem um
depósito elevado).
Fig. 6.42 - Limpar cuidadosamente a parte exterior do filtro e a área por volta do
filtro com um pano de algodão. Soprar com ar comprimido.
Fig. 6.44 - Lubrificar ligeiramente a superfície do vedante do novo filtro com óleo de
lubrificação. Encher lentamente o novo filtro com gasóleo limpo.
Fig. 6.45 - Aparafusar manualmente o novo filtro até que o vedante entre em
contacto com o suporte do filtro, apertando de seguida à mão mais meia volta. Não
apertar em excesso.
1 Isolar o fluxo de combustível para o filtro (em caso de que o motor tem um
depósito elevado).
Fig. 6.46 – Filtro de gasóleo, tipo “cartridge” com juntas de borracha. As juntas de
borracha sempre tem que ser substituídas junto com o filtro (www.donaldson.com)
Além de drenar a água com uma determinada frequência, também pode ser
necessário de desmontar o copo e limpa-lo e os componentes associados com uma
determinada frequência.
O depósito de gasóleo com o tempo acumula impurezas como areia e água. Por isso
é preciso limpa-lo periodicamente
Atenção:
➢ Não utilize substâncias como água e sabão, já que elas podem contaminá-lo.
➢ Deve-se fazer a limpeza correcta com produtos específicos como gasóleo
limpo.
➢ O próprio combustível usado nesse processo deve ser descartado de maneira
adequada logo depois.
➢ Não se deve inserir nenhum objecto no tanque durante o procedimento, pois
a pintura interna deve permanecer conservada.
➢ Os intervalos de limpeza do depósito são muito influenciados do nível de
pureza do combustível e o meio ambiente durante o abastecimento.
➢ Os intervalos de limpeza do depósito devem constar no plano de manutenção
do automóvel.
➢ Em alguns casos pode haver necessidade de desmontar o depósito de
combustível para a sua manutenção.
➢ Ficar atento também ao risco de explosão devido à manipulação do
combustível, que é uma substância inflamável.
➢ Óculos de protecção.
➢ Luvas.
➢ Roupa de trabalho adequada.
➢ Realizar a limpeza do depósito de combustível em um ambiente externo ou
cómodo bem ventilado.
➢ Macaco hidráulico.
➢ Chaves diversas
➢ Equipamentos de segurança, como luvas e óculos de proteção.
➢ Compressor de ar
➢ Solução de limpeza.
➢ Desengordurante.
➢ Detergente.
Em seguida:
➢ Desmonte o depósito
➢ Esvazie completamente o depósito depois de desmontá-lo.
➢ Descarte o combustível residual adequadamente, conforme a lei ambiental
vigente.
➢ Evite que o solo e a água sejam contaminados.
➢ Aplique solução de limpeza ou um desengordurante líquido
Os intervalos curtos são devidos ao facto de que o gasóleo a venda nas bombas em
Moçambique, ou postos de abastecimentos, as vezes é muito impuro, contendo altos
níveis de resíduos lamacentos e água.
NOTAS
OBJECTIVOS DA UNIDADE:
A unidade temática correspondente a Capítulo
7 deste manual tem como objectivo central:
Realizar a manutenção preventiva básica do
sistema de alimentação de ar de combustão
num veículo automóvel
TEMAS DA UNIDADE
RESULTADOS ESPERADOS: TEMÁTICA:
Componentes principais
No fim desta unidade temática a formanda e o do sistema de
formando devem ser capazes de: 1 alimentação de ar de
combustão.
➢ Filtro de ar.
➢ Colector de admissão
➢ Colector de escape.
➢ Tubagem de escape e silenciador.
➢ Filtro de ar.
➢ Turbo-compressor.
➢ Arrefecedor do ar de sobre-alimentação (opcional).
➢ Colector de admissão
➢ Colector de escape.
➢ Tubagem de escape e silenciador.
7.2 PRÉ-FILTRO DE AR
Está localizado antes do filtro de ar e tem como função reter partículas grandes
contidas no ar e proteger o funcionamento do filtro de ar principal.
7.3 FILTRO DE AR
O filtro destina-se a evitar que poeiras do ar entrem por dentro do motor, pelo que
nunca se deve operar um motor de combustão interna sem o seu sistema de
filtragem de ar de combustão.
Assim como o combustível deve ser filtrado, o ar também deve ser filtrado. O filtro
evita a formação de materiais abrasivos no interior do motor que tendem a provocar
um desgaste prematuro das peças do motor.
Este tipo de filtros de ar tem um elemento de filtro substituível e uma caixa metálica
ou plástica, para alojar o elemento de filtro. Este tipo de filtro também é denominado
“filtro seco”. O papel do filtro é dobrado.
O dobrado tem por objectivo proporcionar uma maior superfície, e com isso diminuir
a resistência à passagem do ar.
Para dar solidez ao elemento do filtro, o papel é colado a dois anéis de material
plástico, e entre eles é colocada uma chapa perfurada, ou uma tela metálica.
Ar com
Centrifugação do ar
impurezas
Ar filtrado
Ciclone
Válvula de
descarga
Fig. 7.07 - Filtro de papel com capacidade grande, tipicamente para um camião ou
um tractor.
O ar para a combustão entre pela abertura anelar em cima do filtro, desce por um
tubo interior e passa por um estreitamento em cima do banho do óleo, enquanto o
ar muda de direcção. Isto faz com que as partículas sólidas com mais peso caiam no
banho de óleo.
O ar entra no material filtrante junto com vapor de óleo. O material filtrante retira
as partículas finas como pó, e o vapor de óleo. O ar filtrado continua para o colector
de admissão, ou em motores sobrealimentados, para a entrada do turbocompressor.
Uma vantagem deste tipo de filtro, é que pode ser lavado e usado muitas vezes. O
filtro deve ser lavado com petróleo e deve-se mudar o óleo do banho do filtro quando
se realize manutenção regular, ou, se for necessário, diariamente ou semanalmente.
Na figura 7.10 vê-se um filtro de ar, tipo banho de óleo com os seguintes
componentes:
1: Corpo.
2: Grampo.
3: Caixa de óleo.
4: Elemento filtrante.
5: Vedante.
6: Vedante.
Motores com mais de 4 cilindros têm muitas vezes o colector de admissão dividido
em duas ou três partes individuais
Com a ajuda de uma chave de fenda ou outra chave adequada remova o tubo de
entrada e desligue também o tubo de sucção, ambos localizados ao lado do
colector.
Lembre-se
O colector de escape recolhe os gases queimados nas saídas dos cilindros. Nos
motores com aspiração natural o colector dirige os gases queimados directamente
para a tubagem do silenciador.
O colector de escape é fixado com parafusos, ou com pernos e porcas na parte lateral
da cabeça do motor, oposto do lado de admissão.
Motores com mais de 4 cilindros têm muitas vezes o colector de escape dividido em
duas ou três partes individuais.
Fig. 7.14 – Colector de escape para um motor diesel de seis cilindros, com compo-
nentes associados.
Antes de iniciar tarefas deste tipo, o motor deve estar completamente frio, pelo
menos durante a última hora antes do início das tarefas de limpeza.
.
O corpo de borboleta foi mais uma evolução dos automóveis. Ele substituiu o
carburador dos automóveis com motor a gasolina e ajudou muito no
desempenho dos veículos automóveis actuais com controle electrónico da
admissão de ar nos veículos, de acordo com a aceleração do pedal.
A manutenção é simples, mas deve ser feita por um técnico com experiência.
Caso a limpeza seja feita de maneira errada, é provável que o problema se alastre
para o restante do corpo danificando os componentes, obrigando a se fazer a
troca do corpo de borboleta por completo.
O sensor de controlo de fluxo de ar (“mass air flow sensor”) tem a tarefa de informar,
à unidade de comando electrónico, sobre a quantidade de ar que está sendo
admitida pelo motor. Informa, directamente, a massa de ar admitida fornecendo um
sinal de tensão variável cujo valor depende da massa de ar que o atravessa. Estão
instaladas no circuito de ar, entre o filtro de ar e o corpo da válvula de aceleração
TBI.
Atenção:
Não se pode tocar o sensor com as mãos nem limpar com um pano.
A turbina é montada num veio. No outro lado do veio é montada uma roda
compressora. A tarefa desta roda é de comprimir o ar de alimentação, para
enriquecer o processo de combustão.
1: Corpo da turbina.
2: Turbina.
3: Apoio do veio.
4: Entrada do escape.
5: Corpo do compressor.
6: Veio.
7: Roda do compressor.
8: Saída do ar de alimentação comprimido.
9: Entrada de óleo de lubrificação.
Este aumento pode ainda ser superior se o ar comprimido pela roda compressora do
turbocompressor for sujeito a um arrefecimento antes de ser enviado para a entrada
dos cilindros do motor.
Passo 1:
Localize onde se encontra o filtro de ar do veículo. O filtro deve estar em uma caixa
quadrada, circular ou rectangular situada entre o motor e a grelha frontal.
Passo 2:
Certifique-se de que tem o filtro de ar correcto para este veículo. Ele deve ser do
mesmo modelo daquele que será substituído. De qualquer maneira, é aconselhado
de consultar o manual do fabricante.
Passo 3:
Para abrir a caixa do filtro de ar basta remover os elementos de fixação, remover a
parte de cima da caixa do filtro de ar e retirar o filtro de ar. A caixa do filtro de ar
seco dispõe na tampa de uma abertura protegida por uma borracha, que uma vez
aberta permite libertar as poeiras de maiores dimensões que se tenham acumulado
Passo 4:
Inspeccione o filtro de ar usado, certificar se está sujo ou danificado. Veja o interior
das pregas. Se se concluir que o filtro não está em bom estado de uso deve ser
descartado e monta-se um novo filtro.
Passo 5:
Coloque o novo filtro de ar do motor no compartimento do filtro. Insira-o com o
rebordo de borracha voltado para cima. Certifique-se de que está correctamente
assente.
Passo 6:
Coloque a parte de cima da caixa do filtro e volte a colocar os elementos de fixação.
7.14 EXERCÍCIOS
3 O que é pré-filtragem ?
NOTAS