Você está na página 1de 196

ano

o
4
Novo

CIÊNCIAS
Pitanguá
CIÊNCIAS
Karina Pessôa

4
Leonel Favalli
o
ano

Componente curricular: Ciências

ISBN 978-85-16-11103-8

9 788516 111038

g19_4pmc_capa_prof.indd 1 1/19/18 2:28 PM


Karina Pessôa
Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Mestra em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Doutora em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professora de Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Autora de livros didáticos para o ensino básico.

Leonel Favalli
Licenciado e bacharel em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Autor de livros didáticos para o ensino básico.

CIÊNCIAS
4
o
ano

Ensino Fundamental • Anos Iniciais

Componente curricular:
Ciências

MANUAL DO PROFESSOR

1a edição

São Paulo, 2017

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 1 1/19/18 10:28 AM


Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais
Gerência editorial: Milena Clementin Silva
Edição: Maira Renata Dias Balestri
Assistência editorial: Everton Amigoni Chinellato, Rafael Aguiar da Silva
Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki
Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona
Capa: Marcela Pialarissi
Ilustração: Leonardo de Moura Amaral
Gerência de arte: André Leandro Silva
Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande,
Ingridhi Borges
Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa
Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira
Preparação de texto: Ana Paula Felippe, Shirley Gomes
Revisão: Lilian Vismari, Liliane Pedroso, Regina Barrozo, Viviane Teixeira Mendes
Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein
Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto
Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa

Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira,


Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa
Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro
Impressão e acabamento:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Pessôa, Karina
Novo Pitanguá : ciências : manual do
professor / Karina Pessôa, Leonel Favalli. --
1. ed. -- São Paulo : Moderna, 2017.

Obra em 5 v. do 1o ao 5o ano.
Componente curricular: Ciências.

1. Ciências (Ensino fundamental) I. Favalli,


Leonel. II. Título.

17-11211 CDD-372.35

Índices para catálogo sistemático:


1. Ciências : Ensino fundamental 372.35

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho
São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904
Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510
Fax (0_ _11) 2790-1501
www.moderna.com.br
2017
Impresso no Brasil

1 3 5 7 9 10 8 6 4 2

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 2 1/19/18 10:28 AM


APRESENTAÇÃO

O conhecimento de Ciências é essencial para a formação de cidadãos


com uma postura participativa na sociedade, capazes de interagir de
forma crítica e consciente.
Diante disso, elaboramos esta coleção procurando confeccionar um
material de apoio que fornece aos professores e aos alunos uma
abordagem abrangente e integrada dos conteúdos, na qual os alunos
são agentes participativos do processo de aprendizagem.
Durante o desenvolvimento dos conteúdos, procurou-se estabelecer
relações entre os assuntos e as situações cotidianas dos alunos,
respeitando os conhecimentos trazidos por eles, a partir de suas
vivências. Com isso, os assuntos são desenvolvidos de maneira que o
aluno seja agente na construção de seu conhecimento e estabeleça
relações entre esses conhecimentos e seu papel na sociedade.
Diante dessas perspectivas do ensino de Ciências, o professor deixa
de ser apenas um transmissor de informações e assume um papel ativo,
orientando os alunos na construção de seus conhecimentos.
Apoiados nessas ideias e com o objetivo de auxiliar os professores em
seu trabalho em sala de aula, propomos este manual do professor. Nele,
encontram-se pressupostos teóricos, comentários, sugestões e
atividades complementares que visam auxiliar o desenvolvimento dos
conteúdos e atividades propostas em cada volume desta coleção.

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 3 1/19/18 11:45 AM


SUMÁRIO
Conhecendo a coleção ............... V Produção ............................................................................................... XIX

Estrutura da coleção ........................................................ V Divulgação............................................................................................. XX


Espaços não formais
Estrutura do livro do aluno ............................................. V
de aprendizagem.................................................................XX
Estrutura do Manual do professor ..............VIII
Procedimentos para visitas
a espaços não formais
A Base Nacional
de aprendizagem ..................................................................... XXI
Comum Curricular (BNCC) ........ X
A tecnologia como ferramenta
A estrutura da BNCC.......................................................... X pedagógica ................................................................................... XXI
Competências da BNCC ...................................................... XI Competência leitora .............................................. XXII
Competências gerais.............................................................XII
Avaliação ................................ XXIV
Competências específicas
de Ciências da Natureza................................................ XIII Três etapas avaliativas ................................. XXIV

Os objetos de conhecimento e as Avaliação inicial ou diagnóstica ................ XXIV


habilidades da BNCC........................................................... XIII Avaliação formativa ..................................................... XXIV

Tipos de atividades que Avaliação somatória .................................................... XXIV


favorecem o trabalho com Fichas de avaliação
as competências da BNCC ............................. XIV e autoavaliação................................................................ XXV
O trabalho com os Temas
O ensino de Ciências ........... XXVI
contemporâneos ................................................................. XV
Fundamentos
Relações entre teórico-metodológicos ................................ XXVI
as disciplinas ............................XVI Proposta pedagógica da coleção............ XXVI
Problematização .............................XXIX
A prática docente ..................XVII
Observação ....................................XXIX
Procedimentos de pesquisa ................ XVIII Atividades de experimentação
Definição do tema............................................................ XVIII investigativa ....................................XXX
Trabalho em grupo .........................XXX
Objetivo da pesquisa................................................... XVIII

Cronograma...................................................................................... XIX Distribuição dos


Coleta de informações ................................................... XIX conteúdos de Ciências ........ XXXI
Análise das informações ............................................. XIX Bibliografia ...........................XXXII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 4 1/19/18 10:28 AM


Conhecendo a coleção
Esta coleção destina-se a alunos e professores dos anos iniciais do Ensino Funda-
mental. Ela é formada por um conjunto de cinco volumes (1o ao 5o ano), sendo cada um
deles dividido em quatro unidades que, por sua vez, são subdivididas em temas. As
unidades se iniciam com duas páginas de abertura que apresentam uma imagem e
algumas questões, com o objetivo de levar os alunos a realizarem reflexões iniciais
sobre o tema abordado. As páginas de conteúdos, as seções especiais e as atividades
apresentam imagens, tabelas, quadros e outros tipos de recursos que favorecem a
compreensão dos assuntos estudados e contribuem para o desenvolvimento de um
olhar crítico para os temas.

Estrutura da coleção
Estrutura do livro do aluno

Olha que efeito legal! Nessa festa indiana, as Páginas de abertura


Misturas no pessoas espalham pó colorido, formando uma mistura
de cores. Você já viu uma mistura como essa?
As duas páginas espelhadas de
dia a dia CONECTANDO IDEIAS
1. Para você, o que é uma mistura? abertura apresentam uma
2. Cite uma mistura que é formada em situações do
seu cotidiano. imagem, um pequeno texto e
3. Cite um procedimento que geralmente é realizado
para formar misturas. questões no boxe Conectando
VISHAL BHATNAGAR/NURPHOTO/GETTY IMAGES

ideias, que abrem espaço para


que se inicie a abordagem dos
conteúdos da unidade. As
Festa chamada Holi
Festival, na Índia, em 2017.
questões têm como objetivo levar
o aluno a refletir sobre a situação
apresentada na imagem, explorar
seus conhecimentos prévios
acerca dos conteúdos e
aproximar o assunto da realidade
da criança.

50 51

g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 50 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 51 17/01/18 7:20 PM

Conteúdo
Em cada tema, os conteúdos se iniciam, preferencialmente, com debates ou situações
contextualizadas. Os recursos e as atividades sugeridos ao longo das unidades procuram abordar
assuntos relacionados ao cotidiano dos alunos, permitindo a eles formular trocar ideias e estabelecer
relações entre os conhecimentos científicos e seu cotidiano.
Em vários momentos ao longo da leitura dos textos, os alunos são estimulados a expressarem seus
conhecimentos prévios, de modo a incentivá-los a participar ativamente do processo de aprendizagem.

Boxe complementar
Apresenta informações complementares e curiosidades a respeito dos assuntos tratados no
conteúdo, despertando o interesse do aluno e contribuindo para a complementação dos conteúdos.

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 5 1/19/18 10:28 AM


Cidadão do mundo
Essa seção explora os temas contemporâneos com base em
situações do cotidiano. Nela, são propostas questões que exploram

SEPP FRIEDHUBER/ISTOCK
PHOTOS/GETTY IMAGES
Ursos-polares. As mudanças climáticas
a problemática levantada, estimulando reflexões em relação ao
têm dificultado a obtenção de alimentos

assunto.
por esses animais.

Urso-polar pode atingir cerca


de 3,4 m de comprimento.

O derretimento de geleiras pode provocar o aumento do nível da água dos


oceanos. Isso pode gerar muitos prejuízos aos diversos ambientes na Terra, além
No decorrer dos volumes da coleção são trabalhados os temas
de afetar diversos animais, como os ursos-polares.
Segundo outros estudos, a intensificação do efeito estufa tem influenciado os
períodos de seca e de chuva, causando tempestades, furacões, entre outros
contemporâneos elencados na BNCC: preservação do meio
fenômenos.

ambiente; educação para o consumo; educação financeira e fiscal;


1. Converse com seus colegas sobre as principais atividades que
o ser humano realiza e que contribuem para causar o
trabalho; ciência e tecnologia; direitos da criança e do adolescente;
aquecimento global.

2. Em que estado físico se encontra a água que forma as geleiras? direitos humanos; diversidade cultural; educação para o trânsito;
3. Qual é o nome da mudança de estado físico que ocorre com o
derretimento das geleiras?

4. Pesquise outro animal que pode ser prejudicado pelas


sexualidade; saúde; educação alimentar e nutricional; processo de
envelhecimento e valorização do idoso; e vida familiar e social. O
mudanças climáticas, além do urso-polar.

107
nome do tema contemporâneo abordado é destacado apenas nos
comentários do manual do professor.
g19_4pmc_lt_u3_p106a113.indd 107 17/01/18 7:54 PM

3
1 Seres vivos microscópicos
e as relações alimentares
no ambiente

NA PRÁTICA
• O que acontece com as cascas de frutas, como de bananas, após
Na prática
alguns dias?

Essa seção apresenta atividades práticas de execução rápida e que


Para investigar o processo de decomposição dos alimentos, realize a
atividade descrita a seguir.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

MATERIAIS
• cascas de 2 bananas maduras
• saco plástico transparente
não exigem muitos recursos para serem desenvolvidas. Com elas,
A Coloque as cascas das procura-se levar os estudantes a investigar, na prática, alguns
CHES

bananas dentro do saco


IO SA N

plástico.

conceitos e propriedades. O objetivo dessa seção é que o professor


TUL

B Amarre bem a boca do saco


e deixe-o em um local da
escola, por cerca de 15 dias.

a. Como as bananas ficaram depois


do tempo esperado?
realize as atividades na própria sala, pois são de fácil execução, e
que as utilize como situação-problema para iniciar a abordagem de
Cascas de bananas no
b. O que provocou a decomposição interior de um saco plástico.
das bananas?

alguns conteúdos.
Como vimos, algumas bactérias e fungos desempenham um papel muito
importante nos ambientes: eles decompõem os restos de outros seres vivos,
liberando no ambiente nutrientes que auxiliam no desenvolvimento das plantas. Na
atividade da seção Na prática você observou a ação de fungos e de bactérias
decompositores nas cascas das bananas.
Os seres vivos microscópicos participam das relações alimentares entre os
seres vivos, que ocorrem nos ambientes. É sobre essas relações que estudaremos
a seguir.
35

g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 35 17/01/18 6:54 PM

Atividades
INVESTIGAR E COMPARTILHAR
Nessa seção são propostas atividades que aprofundam os
Coloque um pouco de terra
D dentro da outra garrafa
plástica. Adicione água até
• O que acontece quando despejamos água com terra em um filtro? atingir a metade de sua

conteúdos abordados, despertando nos alunos a curiosidade


capacidade e tampe-a. Em
• Por que isso acontece? seguida, agite a garrafa
para misturar bem a água
com a terra.
MATERIAIS
• 2 garrafas plásticas (PET) de 2 litros
• algodão
• pequenas rochas
• água
E
Despeje cuidadosamente
essa mistura dentro do
funil e observe o aspecto
intelectual, estimulando-os a recorrer aos conhecimentos
• carvão vegetal moído da água que escoa para

científicos para analisar, investigar, formular e resolver


• terra
dentro do copo.
• areia • tesoura com pontas arredondadas

problemas. Além disso, as atividades dessa seção procuram


Imagem referente à etapa E.
Peça auxílio a um adulto para cortar as garrafas.

A
Peça ao adulto que corte uma das
garrafas plásticas ao meio. A parte
do gargalo formará um funil e a
C
Coloque, dentro do funil, o algodão,
o carvão vegetal moído, a areia e as
rochas, formando quatro camadas.
Não beba a
mistura de
água e terra.
estabelecer conexões com outras áreas do conhecimento,
favorecendo a integração de saberes.
base, um copo.

B Encaixe o funil no copo.


JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS
FOTOS: JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS

rochas

areia REGISTRE O QUE OBSERVOU

Investigar e compartilhar
carvão
algodão
vegetal 1. Como estava a água misturada à terra, antes de passar pelo funil?

2. O que aconteceu com a água depois de passar pelo funil?

3. Qual é o nome da técnica de separação de mistura, representada nessa


atividade?

4. O que você pode concluir a partir dos resultados dessa atividade? Nessa seção são propostas atividades práticas que permitem
5. Converse com seus colegas sobre os resultados.

aos alunos levantar hipóteses, manipular materiais, investigar,


Imagem referente às etapas A e B. Imagem referente à etapa C.

82 83

g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 82 17/01/18 7:36 PMg19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 83 17/01/18 7:36 PM


organizar as observações e trocar ideias sobre os resultados
PARA SABER FAZER 4 Para gravar o vídeo você pode utilizar uma câmera fotográfica digital, uma câmera filmadora
ou um telefone celular.
obtidos. Dessa forma, os alunos se tornam um agente ativo no
5 Após a gravação do vídeo, você pode editá-lo no computador e deixá-lo pronto para a
Vídeo tutorial
Atualmente, é comum encontrarmos vídeos que explicam o passo a passo
apresentação. Nessa etapa, você pode usar um software que permite eliminar partes do vídeo
que não ficaram adequadas, além de outras funções.
6 Apresente seu vídeo tutorial para os colegas.
processo de aprendizagem.
uma receita, como montar algum objeto ou realizar procedimentos relacionados a
alguma tarefa. Esses tipos de vídeos são conhecidos como vídeos tutoriais. 7 Outra alternativa é fazer o tutorial utilizando fotografias e inserir as instruções necessárias
Veja a seguir como fazer um vídeo tutorial explicando, passo a passo, com um software editor de imagens no computador.
como confeccionar um avião de papel.

1 Antes de começar a filmar o vídeo Vídeo tutorial de como fazer um


tutorial é preciso escolher o tema,
definindo o que vai explicar. Nesse avião de papel
exemplo, o tema do tutorial é
Roteiro
como fazer um avião de papel.
A organização e o planejamento • Apresentar-se.
do vídeo também são importantes. • Dizer o que vai fazer (avião de
Faça um roteiro das etapas que
papel).
você vai explicar, destacando nele
o que vai falar e também o que vai • Falar os materiais necessários.

Para saber fazer


apresentar visualmente. Liste em
tópicos o que você vai falar. Inclua
• Fazer o avião de papel
no roteiro a sequência para montar mostrando e explicando todos
o avião de papel. os passos necessários.
A
ND

• Mostrar o resultado final.


LA

Imagem
HO
EN

referente à
2 Ensaie a apresentação do

Seção que apresenta um roteiro para orientar o aluno a realizar,


• Despedir-se.
LL
ER

etapa 1.
:W

tutorial antes de gravar.


ES

Imagem
ÇÕ
RA

referente à
ST
U
IL

etapa 6.

passo a passo, atividades frequentemente trabalhadas na escola


3 Na gravação do
vídeo, siga o roteiro AGORA É COM VOCÊ!
produzido. Passe as
informações com Vamos colocar em prática essas dicas e fazer um vídeo tutorial explicando

ou construir ferramentas importantes para o desenvolvimento de


calma, falando
como montar e observar um gnômon. Para isso, junte-se a dois colegas e peça
pausadamente e
dando as instruções auxílio ao professor.
com clareza. Pesquise vídeos tutoriais na internet para se familiarizar com esse tipo de

cidadãos críticos e atuantes na sociedade. Além disso, a seção


Além disso, seja recurso e estimular a criatividade para produzir seu vídeo. Utilize a seção
objetivo no passo Investigar e compartilhar das páginas 124 e 125 desta unidade como base para
a passo e evite
atropelos.
produzir o roteiro do seu vídeo tutorial. Explique todo o processo de montagem do

também contribui para o desenvolvimento da empatia e da


gnômon e seu funcionamento. Não se esqueça de ficar atento com a exposição à
Imagem referente
luz solar no momento da gravação do vídeo.
à etapa 3. Depois de gravar e finalizar seu vídeo apresente-o na escola para seus colegas.

cooperação ao propor trabalhos em grupo.


152 153

VI
g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 152 1/17/18 6:49 PM g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 153 1/17/18 6:49 PM

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 6 1/19/18 10:28 AM


O que você estudou sobre...
Essa seção tem como objetivo sistematizar os principais conceitos trabalhados na unidade, uma
oportunidade para o aluno realizar uma autoavaliação de sua aprendizagem e retomar os conceitos
estudados. Nela, são apresentados tópicos com os principais conceitos trabalhados.
Para isso, nesse manual são propostas dinâmicas para o trabalho com essa seção, de modo que o
professor avalie a aprendizagem dos alunos, além de estimulá-los a construir colaborativamente
uma síntese dela.

Ícones
No decorrer das unidades, diversos ícones auxiliam a organização e a condução do
trabalho. Veja o significado de cada um deles.

Resposta oral: indica que a Resposta no caderno: Em grupo: indica que a


atividade ou o item da atividade indica que a atividade ou o atividade deverá ser
deve ser respondido item da atividade deve ser realizada em duplas ou
oralmente. respondido no caderno. grupos.

Ideias para compartilhar: indica uma oportunidade para os Ler e compreender:


alunos compartilharem uma ideia ou experiência a respeito de indica que a atividade
determinado assunto. Um espaço para que o aluno expresse envolve a leitura e a
soluções para problemas individuais ou coletivos, propiciando a interpretação de textos e
socialização de hipóteses, conhecimentos, habilidades e vivências. imagens, uma
oportunidade de trabalho
com a competência
leitora. Além das
Atitude legal: indica um breve Dica: indica uma questões de interpretação
momento de reflexão a respeito informação que pode ser sugeridas, há orientações
de atitudes que envolvem utilizada para facilitar o no manual do professor
valores ou competências desenvolvimento e a que auxiliam o
socioemocionais relacionados resolução de uma atividade desenvolvimento dessa
ao assunto tratado. ou item. competência.

Proporção: indica que as Cor: indica que as cores Quadro medida: indica
imagens não estão utilizadas na imagem não a medida de alguns seres
proporcionais entre si. correspondem às reais. vivos adultos.

Para saber mais


Apresenta sugestões de livros, filmes e sites que podem ser explorados pelos alunos. Cada
sugestão é acompanhada por sua sinopse.

Glossário
Apresenta o significado e as informações complementares relacionados a termos que os alunos
possam desconhecer ou não compreender. Eles são destacados no momento em que aparecem
pela primeira vez nos textos do livro do aluno.

Bibliografia
Apresenta ao final de cada volume as principais obras utilizadas para consulta e como referência
na produção das unidades do livro do aluno.

VII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 7 1/19/18 10:28 AM


Estrutura do manual do professor
O manual do professor impresso é organizado em duas partes. A primeira delas é
composta pelos pressupostos teóricos e metodológicos que fundamentam a coleção,
a descrição e as orientações acerca das seções e da estrutura de conteúdos, bem
como suas relações com a BNCC, os quadros de distribuição dos conteúdos de Ciên-
cias, as sugestões de livros, sites e artigos e a bibliografia do manual.
A segunda parte é composta pelas orientações ao professor página a página. Para
isso, o manual traz a reprodução de cada página do livro do aluno em tamanho redu-
zido. Nelas, além do texto do livro do aluno na íntegra, estão as respostas de muitas
atividades. As respostas que não estão nessas páginas, assim como os demais co-
mentários e sugestões ao professor, estão nas laterais e nos rodapés.
Além dos volumes impressos, é disponibilizado um material digital que oferece sub-
sídios ao professor para o trabalho em sala de aula. Esse material possui sequências
didáticas, avaliações, projetos integradores e planos de desenvolvimento compostos
por sugestões para a organização de conteúdos, práticas pedagógicas e atividades
recorrentes na sala de aula, entre outras sugestões.
Conheça a seguir as características das orientações página a página do manual
impresso.

No início de cada unidade são No decorrer das unidades, sempre que


apresentados os principais oportuno, são apresentadas citações
conceitos e conteúdos que que enriquecem e fundamentam o
serão trabalhados. trabalho com o conteúdo proposto.

Destaques da BNCC
Nesta unidade serão apresentadas
as transformações químicas e físicas
da matéria, com foco em situações
do cotidiano. As mudanças de esta-

Transformação
dos físicos serão aprofundadas com

No decorrer das unidades são


o estudo teórico e prático desses
fenômenos, utilizando a água como
exemplo. Para finalizar, os alunos
serão convidados a refletir sobre as de materiais Escultura Cloud Gate,

destacadas e comentadas
localizada em Chicago,
transformações provocadas por ati- Estados Unidos, em 2017.
vidades humanas e suas consequên-
cias para a vida na Terra.

algumas relações entre o que


YULIIA PODUSOVA/SHUTTERSTOCK

Destaques da BNCC
• Nas questões, os alunos são levados

está sendo abordado no livro a descobrir, por meio da reflexão, o


que acontece com um material do
dia a dia quando exposto a diferentes

do aluno e o que é proposto na


condições de temperatura (aqueci-
mento e resfriamento), contribuindo
para o desenvolvimento da habilida-
de EF04CI02 da BNCC.

BNCC. • A abertura da unidade convida os


alunos a observar uma escultura,
o que desenvolve o senso estético,
contribuindo para o desenvolvimen-
to da Competência geral 3 da BNCC.

• Inicie a aula solicitando aos alunos


que observem a imagem e a des-
crevam. Solicite que discutam sobre
o material utilizado para fazer a es-
cultura. Peça que façam estimativas
sobre o tamanho da escultura, utili-

As informações
zando elementos da imagem como a
altura do homem.
• Explique que se trata de uma obra
do artista Anish Kapoor, finalizada CONECTANDO IDEIAS
complementares para o em 2006, e que se situa na cidade de
Chicago, nos Estados Unidos. Em
seguida, discuta as questões com
Você já parou para pensar em como o ser humano molda os materiais
para criar os mais diferentes objetos? Para fazer essa escultura, o artista
1. Você já viu esculturas feitas de metal?
2. Essa escultura foi feita a partir de aço. Como é possível transformar

trabalho com as atividades,


os alunos, incentivando-os a se ex- estadunidense Anish Kappor utilizou aço inoxidável, e seu formato foi o metal e moldá-lo no formato desejado?
pressar e a usar a criatividade, espe- inspirado no metal mercúrio em estado líquido. 3. Cite outro objeto que foi moldado a partir de um ou mais metais.
cialmente na questão 2.
90 91
teorias ou seções, assim como
• Explique que o aço é um material
produzido pelo ser humano, com
base na mistura de ferro, carbono e
outros materiais. A produção de aço

sugestões de condução e
g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 90 17/01/18 7:41 PM g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 91 17/01/18 7:42 PM

é uma tecnologia relacionada à side- Acompanhando a aprendizagem


rurgia. Existem quatro tipos de aço,
• Observe o que os alunos já conhecem sobre mudanças de estado físico e sobre as características
usados para finalidades diferentes, e
de cada estado. Retome a abertura ao final do estudo da unidade.

curiosidades, são organizadas e


entre eles está o aço inoxidável.

• EF04CI02: Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia quando expostos a dife-

apresentadas em tópicos em
rentes condições (aquecimento, resfriamento, luz e umidade).
• Competência geral 3: Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diver-
sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de

toda a unidade.
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

90

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 90 1/18/18 6:15 PM

A primeira vez que uma Acompanhando a Resposta da seção


competência ou aprendizagem Conectando ideias
habilidade da BNCC é Sugere estratégias para que o Respostas das
citada na unidade, seu professor realize a avaliação perguntas propostas
texto é apresentado na da aprendizagem dos alunos na seção.
íntegra. em momentos oportunos.

VIII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 8 1/19/18 10:28 AM


Objetivos do tema
No início de cada tema são
apresentados seus objetivos.

• Inicie a abordagem desta página re-


Objetivos
lembrando a atividade da mistura de
• Conceituar misturas.
cores, caso tenham realizado. Peça
Quando
Quando misturamos
misturamos doisdois ou
ou mais
mais materiais,
materiais, obtemos
obtemos uma uma mistura.
mistura. Em
Em
1 O que está misturado?
4
• Identificar as misturas em diferen- aos alunos que reflitam sobre as co-
tes contextos do nosso cotidiano. algumas
algumas misturas,
misturas, conseguimos
conseguimos perceber
perceber quais
quais são
são osos materiais
materiais que
que as
as res misturadas e qual o aspecto final
compõem.
compõem. No No bolo,
bolo, por
por exemplo,
exemplo, são
são utilizados
utilizados diferentes
diferentes ingredientes,
ingredientes, tanto
tanto da nova cor.
• Realizar atividades procedimen-
sólidos
sólidos (farinha
(farinha de
de trigo,
trigo, açúcar)
açúcar) quanto
quanto líquidos
líquidos (leite,
(leite, óleo)
óleo) e,
e, quando
quando misturados,
misturados,
tais para compreender e observar Mário
Mário está
está ajudando
ajudando seu
seu pai
pai aa preparar
preparar um
um bolo.
bolo. Veja
Veja aa receita
receita • Caso os alunos tenham massa de
a formação de misturas. geralmente
geralmente nãonão éé possível
possível diferenciar
diferenciar todos
todos osos ingredientes.
ingredientes.
que
que eles
eles estão
estão seguindo.
seguindo. modelar de diferentes cores, peça-
• Conceituar e diferenciar substân- Já
Já no
no preparo
preparo de
de uma
uma salada
salada de
de frutas,
frutas, éé possível
possível reconhecer
reconhecer cada
cada uma
uma das
das -lhes que separem pedaços de cada
cias solúveis e insolúveis. frutas
frutas utilizadas.
utilizadas. Veja.
Veja. cor e façam uma mistura. Deixem
Bolo que manipulem a massa formada de
Bolo simples
simples
maneira que essa se configure em
Destaques da BNCC 22 xícaras
xícaras (chá)
(chá) de
de farinha
farinha de
de trigo
trigo apenas uma cor. A proposta é que
• A análise de uma situação comum na
22 xícaras
xícaras (chá)
(chá) de
de açúcar
açúcar os alunos realizem misturas (não ne-
Salada
Salada de
de frutas.
frutas.
cozinha das casas permite aos alu- 11 xícara
xícara (chá)
(chá) de
de leite
leite cessariamente com líquidos) e obte-

GROCHEV/
SHUTTERSTOCK
IGORGROCHEV/
SHUTTERSTOCK
nos identificar misturas na vida diária 22 ovos
ovos nham um produto final em que não
e reconhecerem a composição de 44 colheres
colheres (sopa)
(sopa) de
de óleo
óleo seja possível diferenciar as cores.

IGOR
um bolo, contribuindo para o desen- 11 pitada Peça a eles que comparem as mas-
pitada dede sal
sal Procure
Procure comer
comer frutas
frutas ee manter
manter
volvimento da habilidade EF04CI01 Mário
Mário ee seu
seu pai
pai misturaram
misturaram os
os ingredientes
sas com as formadas pelos outros
11 colher
colher (sopa)
(sopa) de
de fermento
fermento em
em pó

1998.

1998.
ingredientes uma
uma alimentação
alimentação saudável.

de1998.

de1998.
utilizando saudável.
da BNCC. utilizando uma
uma batedeira
batedeira de
de bolo.
bolo. colegas.

fevereirode

fevereirode
defevereiro

defevereiro
• Ao observar a foto da salada de fru-
Modo
Modo de de preparo
preparo

9.610de

9.610de
tas, pergunte aos alunos se ela seria

Lei9.610

Lei9.610
Ler e compreender Separe
Separe oo fermento.
fermento. uma mistura. Aproveite para verificar
4.

Penale eLei

Penale eLei
Na 4. Quais
Quais frutas
frutas você
você identifica
identifica na
na salada
salada de
de frutas
frutas acima?
acima?
Na batedeira,
batedeira, bata
bata osos demais

NUNES
demais se compreenderam o conceito de

SAULONUNES

CódigoPenal

CódigoPenal
Receita é um gênero textual dividido Espera-se
Espera-se que
que os
os alunos
alunos respondam
respondam maçã,
maçã, mamão
mamão ee banana.
banana.
ingredientes
ingredientes por,
por, aproximadamente, Não
Não éé somente
somente na
na cozinha
cozinha que
que podemos
podemos encontrar
encontrar misturas.
misturas. Você
Você já

doCódigo

doCódigo
aproximadamente, já mistura.

ILUSTRAÇÕES:SAULO
Atitude legal
em duas partes: ingredientes e modo
5 minutos.
5 minutos. observou
observou aa roda
roda de
de um
um carro?

184do

184do
de preparo. Ela apresenta os ingre- carro?

ILUSTRAÇÕES:

Art.184

Art.184
Retire
Retire aa tigela
tigela da
da batedeira,
batedeira, junte
junte oo

proibida.Art.

proibida.Art.
dientes e instruções, passo a passo, Algumas
Algumas rodas
rodas dede carro,
carro, como
como as
as de
de liga
liga leve,
leve, parecem
parecem ser
ser feitas
feitas de
de um
um único
único

Reproduçãoproibida.

Reproduçãoproibida.
Atitude legal
para o preparo de alimentos. fermento
fermento ee misture-o
misture-o cuidadosamente
cuidadosamente material,
material, mas
mas na
na realidade
realidade são
são compostas
compostas dede alguns
alguns metais
metais que
que se
se misturam,
misturam, • Desenvolva com os alunos a im-
com
com umauma colher.

Reprodução

Reprodução
Antes da leitura
colher. Após
Após aa mistura,
mistura, formou-se
formou-se uma
uma massa
massa que
que colocaram
quando
quando aquecidos,
aquecidos, ee em
em seguida
seguida são
são moldados.
moldados.
colocaram portância de incluir vegetais, como

Orientações e
Despeje
Despeje aa massa
massa do do bolo
bolo em
em uma
uma no
no forno
forno para
para assar.
assar. Depois
Depois de
de 35
35 minutos,
minutos, oo bolo
bolo já

as frutas, na alimentação. Pergun-
• Inicie a abordagem do conteúdo estava
estava pronto
pronto para
para ser
ser consumido.
forma
forma untada
untada ee enfarinhada.

GEORGESCU/SHUTTERSTOCK
consumido.
enfarinhada.

GABRIELGEORGESCU/SHUTTERSTOCK
dessa página pedindo que os alunos O
O ar
ar atmosférico
atmosférico te a eles se já comeram uma fruta
Leve
Leve ao
ao forno
forno preaquecido
preaquecido aa 180
180 CC também hoje ou pretendem comer.
identifiquem os ingredientes usados 1.
1. Quais
Quais ingredientes
ingredientes foram
foram também éé constituído
constituído de
de

sugestões para o
para fazer o bolo. Em seguida, faça as por,
por, aproximadamente,
aproximadamente, 35 35 minutos.
minutos. vários
misturados
misturados acima?
acima? vários gases,
gases, mas
mas nós
nós não
não • Proponha aos alunos o preparo de
seguintes perguntas: “Vocês gostam conseguimos
conseguimos vê-los.
vê-los. uma salada de frutas na escola.
de bolo? Quais outros ingredientes Receita
Receita de
de um
um bolo.
2.
2. Qual
Qual éé oo produto
produto final?
final? Para isso, solicite antecipadamen-

GABRIEL
bolo.
Espera-se
Espera-se que
que os
os alunos
alunos respondam
respondam que
que éé um
um bolo.
bolo. 5.
5. Cite
Cite três
três gases
gases que
trabalho com o boxe
acrescentariam para dar diferentes que te que cada aluno traga uma fruta.
Em
Em muitas
muitas situações
situações de de nosso
nosso cotidiano
cotidiano misturamos
misturamos diversos
diversos materiais
materiais para
para compõem
sabores?”; “Vocês já fizeram bolo?
1. compõem oo arar Na cozinha da escola, peça aos
obter
obter um
um produto
produto final. 1. Espera-se
Espera-se que
final. ovos, que os
os alunos
alunos respondam
respondam queque foram
foram misturados:
misturados:
Como foi o procedimento?”. farinha de trigo, açúcar, fermento em pó, óleo, sal e leite.
ovos, farinha de trigo, açúcar, fermento em pó, óleo, sal e leite. atmosférico.
atmosférico. alunos que ajudem a lavar algu-
Os
Os alunos
alunos podem
podem citar
citar oo gás
gás mas frutas e descascar as que não
3.
Atitude legal.
Durante a leitura 3. Quais
Quais ingredientes
ingredientes você
você deve
deve misturar
misturar para
para preparar
preparar uma
uma limonada?
limonada? carbônico,
Escreva-os carbônico, oo gás
gás oxigênio,
oxigênio, oo necessitem do uso de facas, como
• Estabeleça relações entre as unida- Escreva-os no
no espaço
espaço abaixo.
abaixo. gás
gás nitrogênio,
nitrogênio, entre
entre outros
outros bananas. Pique as frutas e colo-
des de medida apresentadas com gases.
gases. que-as em uma vasilha. Esprema
as convencionais. Diga aos alunos suco
suco de
de limão
limão + água
água + açúcar
açúcar = limonada
limonada Roda
Roda de
de liga
liga leve
leve duas ou três laranjas e misture o
que um copo de chá tem aproxi- de
de um
um carro.
carro. suco com as frutas picadas. Sirva
madamente 250 mL; uma colher de
os alunos com porções iguais.
sopa tem aproximadamente 15 mL. 52
52 53
53
A massa pode variar de acordo com
• Comente com os alunos que as ro-
o ingrediente.
das de liga leve podem ser resulta-
• Chame a atenção dos alunos para g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 52 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 53 17/01/18 7:20 PM
g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 52 17/01/18 7:20 PM g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 53 17/01/18 7:20 PM do da mistura de diferentes metais,
as medidas de tempo e temperatura Saberes integrados
mas, de maneira geral, oferecem
que aparecem na receita. • A receita do bolo apresenta diferentes unidades de medidas, possibilitando um momento de a vantagem de serem mais leves
Depois da leitura articulação entre as disciplinas de Matemática e Ciências. Estimule os alunos a identificar quais e mais resistentes do que as rodas
• Esclareça que apenas misturar os são essas medidas e a pensar quais poderiam ser substituídas de forma a não alterar o produto convencionais.
ingredientes não é o suficiente para final. Por exemplo: farinha ou açúcar poderiam ser medidas em massa; leite ou óleo poderiam • Caso os alunos apresentem dificul-
obter o produto final. Pergunte aos ser medidos em volume. dade em responder à questão 5,
alunos, então, o que mais foi neces- ajude-os com dicas, como:
sário fazer para que Mário e seu pai . Que gás usamos na respiração?
obtivessem bolo. Verifique se com-
preendem que foi necessário assar.
• EF04CI01: Identificar misturas na vida diária, com base em suas propriedades físicas obser-
váveis, reconhecendo sua composição.
. Qual o gás usado pelas plantas
para realizar fotossíntese?

52 53

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 52 18/01/18 6:16 PM g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 53 18/01/18 6:16 PM

Ler e compreender Saberes integrados


Apresenta orientações e São apresentadas relações do conteúdo abordado
sugestões para o trabalho com a com outras disciplinas e áreas do conhecimento,
leitura de textos e imagens, assim como sugestões de trabalho com esses
contribuindo com o conteúdos.
desenvolvimento da
competência leitora dos alunos.
As orientações são organizadas
em três momentos: antes da
leitura, durante a leitura e depois
da leitura.

Mais atividades
Respostas
Além das atividades presentes no
livro do aluno, novas propostas são Respostas das atividades e questões
feitas nessa seção. Para a que não estão nas páginas reduzidas
realização de algumas dessas do livro do aluno.
atividades, é necessário que sejam
organizados alguns materiais com
antecedência.
O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE...

Apresenta sugestões de condução para


Ideias para compartilhar a seção, levando em consideração as
peculiaridades de cada conteúdo.
Orientações e sugestões para o
trabalho com o boxe Ideias para
compartilhar.

IX

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 9 1/19/18 10:28 AM


A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Desde as publicações da atual Constituição brasileira (1988) e da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (1996), tem sido recorrente no Brasil a ideia de se estabelecer um
documento normativo como referencial curricular para orientar os processos de ensi-
no e aprendizagem no país e delimitar as aprendizagens consideradas essenciais da
Educação Básica.
Nesse sentido, nas últimas décadas, algumas publicações e legislações contribuí-
ram para consolidar no país uma proposta de educação que valorizasse a formação
cidadã.
Sendo assim, foram de extrema importância as publicações das Leis no 10.639
(2003) e no 11.645 (2008), que complementaram a Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
ção, tornando obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e dos povos in-
dígenas. Essas iniciativas fazem parte do processo de luta e mobilização por uma
educação voltada para combater o racismo e valorizar a diversidade cultural.

[...] A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e


para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhe-
cimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionali-
dade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados,
indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democrá-
ticos e igualitários.
[...]
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004. p. 15. Disponível em:
<http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.
pdf>. Acesso em: 17 nov. 2017.

Outro marco foi a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educa-
ção Básica (2013), destacando a relevância de temas como Educação do Campo,
Educação Especial, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Rela-
ções Étnico-Raciais, Educação em Direitos Humanos e Educação Ambiental.

Nesse contexto, em 2017, após o diálogo entre especialistas, professores e a socie-


dade em geral, foi enviada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a terceira versão
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Esse documento tem o objetivo de defi-
nir “o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alu-
nos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica”
(BRASIL, 2017).
Como proposta fundamental, a BNCC destaca que a prioridade da Educação Bási-
ca é a “formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, demo-
crática e inclusiva” (BRASIL, 2017).

A estrutura da BNCC
A BNCC está estruturada em dez Competências gerais. Com base nelas, para o Ensi-
no Fundamental, cada área do conhecimento apresenta Competências específicas.
Esses elementos são articulados de modo a se constituírem em unidades temáti-
cas, objetos de conhecimento e habilidades.
X

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 10 1/19/18 10:28 AM


Competências da BNCC
Os debates em torno de currículos referenciados no desenvolvimento de competên-
cias têm sido recorrentes nos últimos anos no Brasil. De modo geral, uma aprendiza-
gem voltada à formação de competências tem como objetivo a construção de relações
cognitivas para que o aluno possa mobilizá-las e refletir acerca da realidade, levantar
hipóteses e solucionar problemas do seu dia a dia.

[...]
Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos
(saberes, capacidades, informações, etc.) para solucionar com pertinência e eficá-
cia uma série de situações. Três exemplos:
• Saber orientar-se em uma cidade desconhecida mobiliza as capacidades de
ler um mapa, localizar-se, pedir informações ou conselhos; e os seguintes sa-
beres: ter noção de escala, elementos da topografia ou referências
geográficas.
• Saber curar uma criança doente mobiliza as capacidades de observar sinais
fisiológicos, medir a temperatura, administrar um medicamento; e os se-
guintes saberes: identificar patologias e sintomas, primeiros socorros, tera-
pias, os riscos, os remédios, os serviços médicos e farmacêuticos.
• Saber votar de acordo com seus interesses mobiliza as capacidades de saber
se informar, preencher a cédula; e os seguintes saberes: instituições políti-
cas, processo de eleição, candidatos, partidos, programas políticos, políticas
democráticas, etc.
[...]
GENTILE, Paola; BENCINI, Roberta. Construindo competências: entrevista com Philippe Perrenoud, Universidade de
Genebra. Revista Nova Escola, set. 2000, p. 19-31. Disponível em: <https://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/
perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html>. Acesso em: 15 nov. 2017.

Com o desenvolvimento de competências, os alunos são instigados a formar um


repertório cognitivo que possibilita a eles atuar de forma autônoma, responsável e
justa. Os conhecimentos escolares passam a ser mobilizados em prol da resolução de
conflitos e de problemas.
De acordo com a BNCC, as competências auxiliam os alunos na tomada de deci-
sões pertinentes ao longo de sua vida, auxiliando-os em situações e experiências vi-
vidas diariamente.

Segundo a LDB (Artigos 32 e 35), na educação formal, os resultados das


aprendizagens precisam se expressar e se apresentar como sendo a possibilida-
de de utilizar o conhecimento em situações que requerem aplicá-lo para tomar
decisões pertinentes. A esse conhecimento mobilizado, operado e aplicado em si-
tuação se dá o nome de competência.
[...]
No âmbito da BNCC, a noção de competência é utilizada no sentido da mobili-
zação e aplicação dos conhecimentos escolares, entendidos de forma ampla (con-
ceitos, procedimentos, valores e atitudes). Assim, ser competente significa ser
capaz de, ao se defrontar com um problema, ativar e utilizar o conhecimento
construído.
[...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista.
Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017.

XI

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 11 1/19/18 10:28 AM


Competências gerais
A BNCC reconhece como princípio fundamental a formação integral dos estudan-
tes. O documento propõe o desenvolvimento global dos alunos, aliando perspectivas
cognitivas e afetivas, além da formação de cidadãos plenos, com pensamento autôno-
mo e preocupados com os desafios contemporâneos.
Assim, adotando como base as discussões éticas apresentadas nas Diretrizes Cur-
riculares Nacionais Gerais da Educação Básica, o documento apresenta dez Compe-
tências gerais que se articulam ao longo de todos os componentes curriculares.

Competências gerais da BNCC

1 Valorizar e utilizar os conhecimentos 6 Valorizar a diversidade de saberes e vivências


historicamente construídos sobre o mundo culturais e apropriar-se de conhecimentos e
físico, social e cultural para entender e explicar a experiências que lhe possibilitem entender as
realidade (fatos, informações, fenômenos e relações próprias do mundo do trabalho e fazer
processos linguísticos, culturais, sociais, escolhas alinhadas ao seu projeto de vida
econômicos, científicos, tecnológicos e pessoal, profissional e social, com liberdade,
naturais), colaborando para a construção de autonomia, consciência crítica e
uma sociedade solidária. responsabilidade.

2 Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à 7 Argumentar com base em fatos, dados e


abordagem própria das ciências, incluindo a informações confiáveis, para formular, negociar
investigação, a reflexão, a análise crítica, a e defender ideias, pontos de vista e decisões
imaginação e a criatividade, para investigar comuns que respeitem e promovam os direitos
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e humanos e a consciência socioambiental em
resolver problemas e inventar soluções com âmbito local, regional e global, com
base nos conhecimentos das diferentes áreas. posicionamento ético em relação ao cuidado de
si mesmo, dos outros e do planeta.

3 Desenvolver o senso estético para reconhecer, 8 Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde
valorizar e fruir as diversas manifestações física e emocional, reconhecendo suas
artísticas e culturais, das locais às mundiais, e emoções e as dos outros, com autocrítica e
também para participar de práticas capacidade para lidar com elas e com a
diversificadas da produção artístico-cultural. pressão do grupo.

4 Utilizar conhecimentos das linguagens verbal 9 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de


(oral e escrita) e/ou verbo-visual (como Libras), conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar
corporal, multimodal, artística, matemática, e promovendo o respeito ao outro, com
científica, tecnológica e digital para expressar- acolhimento e valorização da diversidade de
-se e partilhar informações, experiências, ideias indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
e sentimentos em diferentes contextos e, com identidades, culturas e potencialidades, sem
eles, produzir sentidos que levem ao preconceitos de origem, etnia, gênero, idade,
entendimento mútuo. habilidade/necessidade, convicção religiosa ou
de qualquer outra natureza, reconhecendo-se
como parte de uma coletividade com a qual
deve se comprometer.

5 Utilizar tecnologias digitais de comunicação e 10 Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


informação de forma crítica, significativa, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
reflexiva e ética nas diversas práticas do determinação, tomando decisões, com base
cotidiano (incluindo as escolares) ao se nos conhecimentos construídos na escola,
comunicar, acessar e disseminar informações, segundo princípios éticos democráticos,
produzir conhecimentos e resolver problemas. inclusivos, sustentáveis e solidários.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista.
Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 nov. 2017.

Esta coleção visa o desenvolvimento dessas competências por meio do trabalho


com o texto-base e do desenvolvimento das seções especiais e das atividades.
XII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_001a012.indd 12 1/19/18 10:28 AM


Competências específicas de Ciências da Natureza
A área de Ciências da Natureza na BNCC apresenta como objetivo principal desen-
volver nos alunos as capacidades de interpretar o mundo, compreendendo sua reali-
dade e engajando-se para atuar de forma responsável e ética diante de problemas. É
possível observar essas competências no quadro a seguir.

1 Compreender as ciências como 3 Analisar, compreender e 5 Construir argumentos com 7 Agir pessoal e
empreendimento humano, explicar características, base em dados, evidências coletivamente com
reconhecendo que o conhecimento fenômenos e processos e informações confiáveis e respeito, autonomia,
científico é provisório, cultural e relativos ao mundo natural, negociar e defender ideias responsabilidade,
histórico. tecnológico e social, como e pontos de vista que flexibilidade, resiliência
também às relações que se respeitem e promovam a e determinação,
estabelecem entre eles, consciência socioambiental recorrendo aos
exercitando a curiosidade e o respeito a si próprio e conhecimentos das
para fazer perguntas e ao outro, acolhendo e Ciências da Natureza
buscar respostas. valorizando a diversidade para tomar decisões
de indivíduos e de grupos frente a questões
sociais, sem preconceitos científico-tecnológicas
de qualquer natureza. e socioambientais e a
respeito da saúde
2 Compreender conceitos fundamentais 4 Avaliar aplicações e 6 Conhecer, apreciar e individual e coletiva,
e estruturas explicativas das Ciências implicações políticas, cuidar de si, do seu corpo com base em
da Natureza, bem como dominar socioambientais e culturais e bem-estar, recorrendo princípios éticos,
processos, práticas e procedimentos da ciência e da tecnologia e aos conhecimentos das democráticos,
da investigação científica, de modo a propor alternativas aos Ciências da Natureza. sustentáveis e
sentir segurança no debate de desafios do mundo solidários.
questões científicas, tecnológicas e contemporâneo, incluindo
socioambientais e do mundo do aqueles relativos ao mundo
trabalho. do trabalho.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília:
MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017.

Os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC


Além das competências, a BNCC apresenta os objetos de conhecimento a serem
desenvolvidos pelos componentes curriculares. Os objetos de conhecimento são for-
mados pelo conjunto de conteúdos, conceitos e processos que envolvem a aprendi-
zagem dos alunos. Esses elementos estão ligados também às habilidades.

[...]
Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada compo-
nente curricular apresenta um conjunto de habilidades. Essas habilidades estão
relacionadas a diferentes objetos de conhecimento — aqui entendidos como con-
teúdos, conceitos e processos —, que, por sua vez, são organizados em unidades
temáticas.
[...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista.
Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017.

As habilidades representam um guia importante, sendo possível aproveitá-las para


verificar os processos de aprendizagem dos alunos. Esta coleção contempla em diver-
sos momentos o trabalho com as habilidades da BNCC.
XIII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_013a014.indd 13 1/19/18 10:29 AM


Tipos de atividades que favorecem o trabalho
com as competências da BNCC
Ativação de conhecimento prévio
São atividades constituídas principalmente de questionamentos, em sua maioria, orais. Elas resgatam e
exploram os conhecimentos prévios dos alunos, estimulando sua participação e despertando seu
interesse pelos assuntos que estão sendo estudados.
Principais habilidades desenvolvidas: recordar, refletir, reconhecer, relatar, respeitar opiniões
divergentes e valorizar o conhecimento do outro.

Atividade em grupo
Esse tipo de atividade pode ser escrita e/ou oral, contemplando elementos gráficos, e pode ser
realizada coletivamente. Com base em orientações, os alunos devem colaborar entre si, buscando
informações.
Principais habilidades desenvolvidas: pesquisa, análise, interpretação, associação, comparação e
trabalho em equipe.

Debate
Atividade que visa à discussão de diferentes pontos de vista, com base em conhecimentos e opiniões
pessoais. Necessita da mobilização de argumentos e desenvolve a oralidade, levando o aluno a
expressar suas ideias. Além disso, motiva o respeito a opiniões diferentes.
Principais habilidades desenvolvidas: oralidade, argumentação e respeito a opiniões distintas.

Atividade prática
Atividade que visa à utilização de diferentes procedimentos relacionados ao saber científico. Inicia-se
com o levantamento de hipóteses, que serão testadas para serem validadas ou refutadas de acordo
com os resultados alcançados. Pode ser experimental, envolvendo procedimentos científicos, ou pode
ser de construção, quando diferentes materiais são utilizados na elaboração de objetos distintos e
outros produtos, como cartazes e panfletos.
Principais habilidades desenvolvidas: manipulação de materiais, análise, associação, comparação e
expressão de opiniões.

Relatório
Esse tipo de atividade pode estar relacionada às atividades práticas ou projetos, com a finalidade de
analisar e comparar resultados. Contribui para a organização dos resultados e para concluir hipóteses
testadas.
Principais habilidades desenvolvidas: análise, associação, comparação e registro.

Observação
Esse tipo de atividade pode estar presente em atividades práticas ou teóricas e envolve o olhar atento do
aluno sobre uma imagem e/ou situação, antecedendo a análise e auxiliando na comparação de resultados.
Principais habilidades desenvolvidas: utilização de conhecimentos prévios e observação.

Pesquisa
Sob orientação adequada, esse tipo de atividade exige que os alunos mobilizem seus conhecimentos
prévios para obter novas informações em diferentes fontes. Necessita de leituras, cujas informações
devem ser selecionadas e registradas. Também possibilita a troca de ideias entre os alunos.
Principais habilidades desenvolvidas: leitura, escrita, interpretação, seleção, síntese e registro.

Realidade próxima
Atividades que envolvem a exploração e a contextualização da realidade próxima levam o aluno a
buscar respostas e soluções em sua vivência e nos seus conhecimentos prévios.
Principais habilidades desenvolvidas: reconhecimento, exemplificação e expressão de opinião.

Desenho
Esse tipo de atividade permite o registro de conhecimentos prévios e permite que o aluno expresse suas
ideias sobre os conteúdos abordados. Trata-se de uma estratégia útil, sobretudo nos anos iniciais,
durante o processo de letramento e alfabetização.
Principais habilidades desenvolvidas: representação, colorização, análise e expressão de ideias.

XIV

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_013a014.indd 14 1/19/18 10:29 AM


O trabalho com os Temas contemporâneos
A BNCC recomenda que todas as disciplinas escolares trabalhem conteúdos rela-
cionados aos temas contemporâneos. Esses temas estão ligados aos desafios do
mundo atual, entre eles a preservação do meio ambiente e a educação em direitos
humanos.
Os temas contemporâneos têm o amparo da legislação brasileira. A seguir, é possí-
vel observar quais são os temas contemporâneos sugeridos pela BNCC e quais leis
eles representam.

Preservação do meio ambiente


Educação em direitos humanos Educação para o
Lei no 9.795/1999 trânsito
Lei no 7.037/2009
Dispõe sobre a educação Lei no 9.503/1997
Aprova o Programa Nacional de
ambiental, institui a Política
Direitos Humanos – PNDH-3 e dá Institui o Código de
Nacional de Educação Ambiental
outras providências. Trânsito Brasileiro.
e dá outras providências.

Educação alimentar e nutricional Direitos das crianças


Lei n 11.947/2009
o Processo de envelhecimento, e dos adolescentes
respeito e valorização do idoso Lei no 8.069/1990
Dispõe sobre o atendimento da
alimentação escolar e do Programa Lei no 10.741/2003 Dispõe sobre o
Dinheiro Direto na Escola aos alunos Dispõe sobre o Estatuto do Idoso Estatuto da Criança e
da Educação Básica e dá outras e dá outras providências. do Adolescente e dá
providências. outras providências.

Saúde, Sexualidade, Vida familiar e social, Educação para o consumo, Educação


financeira e fiscal, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Diversidade cultural
Resolução no 7/2010
Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos.

Esta coleção privilegia o trabalho com os temas contemporâneos de diferentes ma-


neiras. Eles podem aparecer ao longo do desenvolvimento dos conteúdos, nas seções
especiais e nas atividades. Por se tratarem de temas globais que podem ser aborda-
dos em âmbito local, é interessante que o trabalho com esses temas aconteça de
maneira contextualizada às diferentes realidades escolares.

[...] cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas res-
pectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos currículos e às pro-
postas pedagógicas a abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida
humana em escala local, regional e global, preferencialmente de forma transver-
sal e integradora. [...] Na BNCC, essas temáticas são contempladas em habilidades
de todos os componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas,
de acordo com suas possibilidades e especificidades, tratá-las de forma
contextualizada.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista.
Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017.

XV

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 15 1/19/18 10:30 AM


Relações entre as disciplinas
Em consonância com os princípios da BNCC, é importante que as escolas busquem
contemplar em seus currículos o ensino interdisciplinar. Ele pode acontecer, principal-
mente, por meio de atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos de dife-
rentes áreas, envolvendo os professores, os alunos e também outras pessoas da
comunidade escolar e da comunidade local. O objetivo principal dessas atividades
deve ser sempre o de proporcionar aos estudantes uma formação cidadã, que favore-
ça seu crescimento intelectual, social, físico, moral, ético, simbólico e afetivo.
Por isso, é esperado que as escolas adequem as proposições da BNCC à realidade
local, buscando, entre outras ações:
[...]
• contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares, identificando es-
tratégias para apresentá-los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e
torná-los significativos, com base na realidade do lugar e do tempo nos quais
as aprendizagens estão situadas;
• decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curri-
culares e fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para
adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à
gestão do ensino e da aprendizagem;
• selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversi-
ficadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se
necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alu-
nos, suas famílias e cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de
socialização etc.;
[...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Terceira versão revista.
Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 nov. 2017.

A busca pela aproximação dos conhecimentos escolares com a realidade dos estudantes
é uma atribuição da escola, mas também deve ser uma responsabilidade do professor.
A análise do contexto sociocultural oferece as chaves para o diagnóstico do ní-
vel cultural dos estudantes, do seu nível real de desenvolvimento, assim como
das suas expectativas diante da instituição escolar, dos seus preconceitos, etc.
Conhecer as respostas a estas interrogações é requisito essencial para que a
proposta planejada possa se ligar diretamente a esses meninos e meninas reais,
à sua autêntica vida cotidiana.
[...]
Outro requisito prévio importante é conhecer e localizar os recursos que exis-
tem na comunidade, no meio natural e social, que possam sugerir a realização de
tarefas concretas, bem como facilitar e enriquecer outras que podem ser desen-
volvidas através da unidade didática.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo
integrado. Trad. Cláudia Shilling. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 225-226.

Trabalhar a interdisciplinaridade não é algo tão complicado e algumas dicas podem


ajudar a tornar sua prática mais acessível. O texto a seguir apresenta dicas de como
trabalhar os conteúdos escolares de maneira interdisciplinar.

A realidade é um banco de ideias


O caminho mais seguro para fazer a relação entre as disciplinas é se basear
XVI

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 16 1/19/18 10:30 AM


em uma situação real. Os transportes ou as condições sanitárias do bairro, por
exemplo, são temas que rendem desdobramentos em várias áreas. Isso não signifi-
ca carga de trabalho além da prevista no currículo. A abordagem interdisciplinar
permite que conteúdos que você daria de forma convencional, seguindo o livro
didático, sejam ensinados e aplicados na prática — o que dá sentido ao estudo. Para
que a dinâmica dê certo, planejamento e sistematização são fundamentais.
[...] Quando as disciplinas são usadas para a compreensão dos detalhes, os alu-
nos percebem sua natureza e utilidade.
[Atividades que promovam o diálogo entre conhecimentos] também pedem te-
mas bem delimitados. Em vez de estudar a poluição, é preferível enfocar o rio
que corta o bairro e recebe esgoto. A questão possibilita enfocar aspectos histó-
ricos, analisar a água e descobrir a verba municipal destinada ao saneamento.
Quantas disciplinas podem ser exploradas? É possível que um caso assim seja
trazido pela garotada. Convém não desperdiçar a oportunidade mesmo que você
não se sinta à vontade para tratar do assunto. Não precisa se envergonhar por
não saber muito sobre o tema. Mostre à classe como é interessante buscar o co-
nhecimento. “A formação continuada do professor não se resume a realizar um
curso atrás do outro, mas também [a] ler diariamente sobre assuntos gerais” [...].
Dessa maneira, ele aprende a aproveitar motes que surgem em sala e que ten-
dem a ser produtivos se abordados de forma ampla.
[...]
Como ensinar relacionando disciplinas
• Parta de um problema de interesse geral e utilize as disciplinas como ferra-
mentas para compreender detalhes.
[...]
• Inclua no planejamento ideias e sugestões dos alunos.
• Se você é especialista, não se intimide por entrar em área alheia.
• Pesquise com os estudantes.
• Faça um planejamento que leve em consideração quais conceitos podem ser
explorados por outras disciplinas.
• Levante a discussão nas reuniões pedagógicas e apresente seu planejamento
anual para quem quiser fazer parcerias.
• Recorra ao coordenador. Ele é peça-chave e percebe possibilidades de trabalho.
• Lembre-se de que a interdisciplinaridade não ocorre apenas em grandes
projetos. É possível praticá-la entre dois professores ou até mesmo sozinho.
CAVALCANTE, Meire. Interdisciplinaridade: um avanço na educação. Revista Nova Escola. n. 174, ago. 2004. p. 52-54.

Além de atividades que promovam o diálogo com os conhecimentos de diferentes


áreas, o professor deve criar, no dia a dia da sala de aula, momentos de interação entre
eles. Ao longo desta coleção, são apresentados vários exemplos de atividades que
favorecem o trabalho interdisciplinar. Elas são destacadas na seção Saberes integra-
dos, cujas características foram apresentadas na página IX.

A prática docente
As atuais propostas de ensino sugerem uma metodologia que tenha como objetivo
levar o aluno a organizar e a estruturar seu pensamento lógico e a analisar de forma
crítica e dinâmica o ambiente que o cerca.
Para que essa metodologia seja posta em prática, é necessário redimensionar o
papel do professor. É preciso deixar de ser apenas transmissor de conhecimentos e
passar a ser mediador da relação entre o aluno e a aprendizagem.
XVII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 17 1/19/18 10:30 AM


Como mediador, é preciso promover debates sobre as propostas dos alunos, indi-
car os caminhos que podem levar à resolução dos problemas, orientar as reformula-
ções das hipóteses e valorizar as soluções mais adequadas.

Ser “mediador” não pode ser entendido apenas como sendo um aplicador de
pacotes educacionais ou um mero constatador do que o aluno faz ou deixa de fa-
zer. Ser mediador deve significar, antes de mais nada, estar entre o conhecimen-
to e o aprendiz e estabelecer um canal de comunicação entre esses dois pontos.
MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luiz Carlos. Diante das letras: a escrita na alfabetização.
Campinas: Mercado de Letras, 1999. p. 255.

Sendo assim, é papel do professor:


• tornar os conceitos e os conteúdos possíveis de serem aprendidos pelos alunos,
fornecendo as informações necessárias que eles não têm condições de obter
sozinhos;
• conduzir e organizar o trabalho em sala de aula, buscando desenvolver a autono-
mia dos alunos;
• estimular continuamente os alunos, motivando-os a refletir, investigar, levantar
questões e trocar ideias com os colegas.

É importante conhecer as condições socioculturais, as expectativas e as competên-


cias cognitivas dos alunos, pois, dessa maneira, terão condições de selecionar situa-
ções-problema relacionadas ao cotidiano deles. É relevante também o trabalho de um
mesmo conteúdo em diversos contextos, a fim de incentivar a capacidade de genera-
lização nos alunos.

Procedimentos de pesquisa
As atividades de pesquisa são fundamentais para desenvolver autonomia, capaci-
dade de análise e síntese, práticas de leitura, além de estimular o trabalho em grupo e
a socialização, entre diversas outras habilidades, dependendo de como a pesquisa é
orientada e de qual será o seu produto final.
Para que a pesquisa escolar obtenha resultados satisfatórios, existem algumas
orientações possíveis de serem transmitidas aos alunos antes de sua realização. Os
pontos principais a serem considerados são: a definição do tema, o objetivo da pes-
quisa, o cronograma, o produto final e a socialização desse produto.

Definição do tema
É importante definir claramente o tema da pesquisa, estabelecendo um objeto de
estudo que desperte o interesse dos alunos.

Objetivo da pesquisa
Para definir o objetivo da pesquisa, cria-se uma problemática inicial sobre o tema
escolhido. Com os alunos, deve-se formular perguntas norteadoras e estabelecer tó-
picos secundários dentro do tema geral.

Igualmente importante é definir um produto final: pode ser um seminário, um


vídeo, uma publicação coletiva, um texto escrito para ser lido na classe... Seja
qual for a escolha, o fundamental é ampliar o público. Por dois motivos: primei-
ro, como forma de incentivar a preocupação com os propósitos da pesquisa e a

XVIII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 18 1/19/18 10:30 AM


forma como ela será comunicada. Segundo, para que a pesquisa cumpra verda-
deiramente sua função. Se na sociedade a meta de uma investigação é dissemi-
nar informações, não faz sentido que na escola ela se transforme em um contato
restrito entre aluno e professor.
MARTINS, Ana Rita. Busca certeira: como selecionar sites confiáveis. Revista Nova Escola. Disponível em: <https://
novaescola.org.br/conteudo/2563/busca-certeira-como-selecionar-sites-confiaveis>. Acesso em: 23 nov. 2017.

Com o objetivo definido, o passo seguinte é escolher quais serão as fontes de pes-
quisa. Deve ser explicada aos alunos a importância da seleção de fontes confiáveis,
que tenham informações sobre suas origens e os respectivos autores. Além disso,
deve ser destacado que a pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, como li-
vros, jornais, revistas, internet, dicionários, enciclopédias, fotos, documentários, fil-
mes, ou até por meio de entrevistas e pesquisas de campo.

Cronograma
Caso o trabalho seja em grupo, os alunos devem estabelecer quem ficará responsá-
vel pela elaboração de cada tópico. Por fim, prazos devem ser definidos para a entrega
desse material. Esse prazo pode conter apenas a data final de apresentação do traba-
lho ou incluir as datas em que cada um terá de entregar a parte que lhe cabe.

Coleta de informações
Nessa fase, cada aluno deverá seguir com a pesquisa do tópico que lhe foi proposto
na etapa anterior. A pesquisa pode ser realizada em diversas fontes, e os alunos deve-
rão selecionar as informações com maior utilidade para a produção final. É trabalho do
professor orientá-los a selecionar fontes confiáveis, bem como imagens para ilustrar e
enriquecer o trabalho, como fotos, desenhos, mapas, tabelas e gráficos. Nessa etapa,
a interação e a troca de experiências entre os alunos são muito importantes, pois des-
sa forma é possível verificar se o trabalho deles está sendo produtivo para o restante
do grupo.

Análise das informações


É importante orientar os alunos a analisarem e a interpretarem as informações cole-
tadas, verificando se elas realmente estão relacionadas com os conteúdos estudados
naquele momento e com as problemáticas propostas no início da pesquisa.
Vale ressaltar que coletar dados, imagens e textos não caracteriza de fato uma pes-
quisa. É preciso que essas informações sejam interpretadas e selecionadas de manei-
ra crítica, tendo em mente sempre o contexto em que serão utilizadas. Nos trabalhos
em grupo, é interessante que essa etapa seja realizada em conjunto, a fim de que cada
um tome conhecimento sobre as informações coletadas pelos colegas.

Produção
Essa etapa pode variar de acordo com o produto final da pesquisa. Se for um traba-
lho escrito, é nesse momento que deve acontecer a produção escrita e, por fim, a
centralização de todos os textos produzidos. Caso a apresentação final seja um semi-
nário, nessa etapa também precisam ser planejados e escritos os cartazes ou slides
que acompanharão a apresentação. Por outro lado, se a apresentação for uma roda
de leitura, nessa etapa é importante treiná-la.
XIX

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 19 1/19/18 10:30 AM


De qualquer maneira, é essencial que os alunos percebam a importância de elabo-
rar uma primeira versão, que deverá ser conferida por todos os envolvidos, até mesmo
o professor. Após a leitura de todos, o texto final pode ser escrito.

Divulgação
Com o texto pronto, os cartazes produzidos ou a leitura ensaiada, chegou o mo-
mento de divulgar a pesquisa. Cada evento ou formato de trabalho possui caracterís-
ticas diferentes e é importante ressaltar isso aos alunos. Uma apresentação oral exige
postura, entonação de voz e até o uso de fichas organizadoras para que os alunos não
se percam durante a fala. Já em um trabalho escrito, pode ser necessário criar uma
capa com o nome de cada participante, o nome da escola e a turma em que
estudam.

Espaços não formais de aprendizagem


A escola e suas dependências constituem um espaço formal de ensino-aprendiza-
gem. Mas não é somente no ambiente escolar que a aprendizagem acontece.
Os espaços não formais de ensino-aprendizagem têm se destacado por oportunizar
a aprendizagem de maneira interativa. Por apresentar diferentes recursos e realizar
exposições, esses locais podem contribuir significativamente para a aprendizagem,
pois o público participa ativamente desse processo. Entre as vantagens dos espaços
não formais de ensino-aprendizagem está a de levar a cultura científica a todos, con-
tribuindo para a divulgação científica e o envolvimento da sociedade nos conceitos
científicos.
Na definição de espaços não formais de educação são sugeridas as categorias Ins-
tituições e não Instituições.

[...] Na categoria Instituições, podem ser incluídos os espaços que são regula-
mentados e que possuem equipe técnica responsável pelas atividades executa-
das, sendo o caso dos Museus, Centros de Ciências, Parques Ecológicos, Parques
Zoobotânicos, Jardins Botânicos, Planetários, Institutos de Pesquisa, Aquários,
Zoológicos, entre outros. Já os ambientes naturais ou urbanos que não dispõem
de estruturação institucional, mas onde é possível adotar práticas educativas, en-
globam a categoria não Instituições. Nessa categoria podem ser incluídos teatro,
parque, casa, rua, praça, terreno, cinema, praia, caverna, rio, lagoa, campo de fu-
tebol, entre outros inúmeros espaços. [...]
JACOBUCCI, Daniela Franco Carvalho. Contribuições dos espaços não formais de educação para a formação da
cultura científica. Revista Em extensão, v. 7, 2008. p. 56-57. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/
revextensao%20/article/viewFile/20390/10860>. Acesso em: 20 nov. 2017.

É possível perceber que a aprendizagem pode ocorrer em diferentes espaços e não


depende somente de instituições de pesquisa. É fundamental expor os objetivos da
realização de visitas a espaços não formais de aprendizagem antecipadamente, orien-
tar os alunos durante a visitação e ressaltar a importância de um relatório para regis-
trar o que foi observado, juntamente com as impressões dos alunos sobre a visitação
e a troca de ideias entre eles, a fim de socializar suas observações e compartilhar suas
opiniões.
Os espaços não formais de educação são fundamentais na disseminação da cultura
humana e da cultura científica, tornando-se instrumentos relevantes na educação e na
formação cidadã.
XX

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 20 1/19/18 10:30 AM


Procedimentos para visitas a
espaços não formais de aprendizagem
A visita a espaços não formais pode contribuir para a aprendizagem e garantir mo-
mentos de interação com o objeto de estudo, experiência enriquecedora para a apren-
dizagem. Para que tal experiência seja relevante, é necessária a programação prévia.
É essencial agendar a visita antecipadamente, garantir que haja acompanhamento
específico, indicar o nome da escola, a série, a faixa etária e a quantidade de alunos
que será levada. Além disso, é indispensável providenciar autorizações que devem ser
entregues aos pais ou responsáveis e assinadas por eles. Caso seja necessário pagar
algum valor para a entrada, deve ser identificado na autorização, bem como o local a
ser visitado, o endereço, a data e o horário. É necessário orientar os responsáveis so-
bre os possíveis gastos no dia da visita e sobre o meio de transporte utilizado.
O transporte deve ser contratado antecipadamente e devem ser verificadas as con-
dições de segurança do veículo. O itinerário e os horários previstos devem ser combi-
nados com o motorista.
Caso a visita seja feita em campo, em locais com solo ou rochas, os alunos devem
ser orientados a utilizarem roupas e calçados apropriados, bem como óculos de sol,
boné, protetor solar e repelente de insetos.
Os alunos devem levar um caderno de campo para fazerem suas anotações e, se
possível, aparelhos celulares ou câmeras para registrarem imagens. Se forem conduzir
entrevistas, devem preparar as questões previamente e gravar as respostas para anali-
sá-las e transcrevê-las posteriormente. Esses registros serão essenciais na avaliação
da aprendizagem.

A tecnologia como ferramenta pedagógica


O uso das novas tecnologias da informação e da comunicação já é uma realidade
no cotidiano de crianças e adolescentes. Diante disso, as políticas educacionais e as
práticas pedagógicas em nosso país caminham no sentido de incorporar essas tecno-
logias ao trabalho escolar.
Incluir os recursos tecnológicos nas aulas parece uma tendência inevitável e, ao
mesmo tempo, capaz de contribuir para o desenvolvimento de metodologias inovado-
ras no processo de ensino-aprendizagem. Porém, cabe salientar que, para que o uso
dessas tecnologias como ferramenta de ensino-aprendizagem realmente se justifique
e de fato contribua para esse processo, faz-se necessário um planejamento prévio
considerando sua relação com o conteúdo, os objetivos pretendidos, a aplicação em
sala de aula e a capacitação dos profissionais que delas vão se utilizar. Portanto, deve-
-se adotar o seguinte critério:

[...] Só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteú-
dos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tor-
nam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm
as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planeja-
mento malfeito. “Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem co-
laborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados
sem elas”, afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de Nova Escola. [...]
POLATO, Amanda. Tecnologia + conteúdos = oportunidades. Revista Nova Escola. São Paulo:
Fundação Victor Civita, ano 24, n. 223, jun. 2009. p. 51.

XXI

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 21 1/19/18 10:30 AM


Com a presença cada vez maior de computadores nas escolas, bem como de alu-
nos que dispõem de aparelhos celulares, a internet passou a ser cada vez mais utiliza-
da na realização de pesquisas e também como recurso didático. Por meio dela,
professores e alunos têm acesso a um universo de informações as quais podem, se
bem exploradas, ser muito úteis e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem.

[...]
Não há dúvida de que novas tecnologias de comunicação e informação trouxe-
ram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas
educativos na televisão e no computador, sites educacionais, softwares diferen-
ciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de ensi-
no-aprendizagem, onde, anteriormente, predominavam a lousa, o giz, o livro e a
voz do professor. Para que as [Tecnologias de Informação e Comunicação] TICs
possam trazer alterações no processo educativo, no entanto, elas precisam ser
compreendidas e incorporadas pedagogicamente. Isso significa que é preciso
respeitar as especificidades do ensino e da própria tecnologia para poder garan-
tir que seu uso, realmente, faça diferença.
[...]
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. São Paulo: Papirus, 2007. p. 46.

É necessário, no entanto, tomar certos cuidados para fazer uma boa utilização des-
se recurso, garantindo que os alunos possam usufruir plenamente dos benefícios
desse instrumento e evitando que se desviem dos objetivos pretendidos. A seguir,
são apresentadas algumas sugestões e orientações para incluir essa ferramenta na
prática pedagógica.
• Preparação: mantenha-se informado, converse com os colegas e os gestores
que já tiveram experiências no uso da tecnologia. [...]
• Planejamento: estabeleça quais os conteúdos a serem trabalhados e só de-
pois avalie quais recursos tecnológicos podem colaborar com o aprendizado
deles. A tecnologia deve servir ao ensino e não o contrário. [...]
• Tempo: calcule o tempo necessário para executar, acompanhar e avaliar as
atividades que você irá realizar. [...]
• Teste: antes de utilizar um equipamento ou um programa, teste-o o máximo
que puder. [...]
• Limites: as regras de convivência são importantes em qualquer aula e tam-
bém devem ser feitas para as que utilizam as TIC. Combine com os alunos
quais programas e equipamentos podem ser usados. [...]
• Avaliação: os prazos foram cumpridos? Os objetivos foram alcançados? A
tecnologia colaborou para a evolução do aprendizado da turma? [...]
COMO o professor pode usar a internet a seu favor. Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita,
edição especial n. 42, jul. 2012. p. 32-33.

Competência leitora
Cada vez mais sou tomado pela certeza de que ser leitor faz a diferença, [de]
que ser leitor é a possibilidade de construção de um ser humano melhor, mais
crítico, mais sensível; alguém capaz de se colocar no lugar do outro; alguém mais
imaginativo e sonhador; alguém um pouco mais liberto dos tantos preconceitos
que a sociedade vai impondo-nos a cada dia, a cada situação enfrentada. Ser lei-
tor, acredito, qualifica a vida de qualquer pessoa. [...]
RITER, Caio. A formação do leitor literário em casa e na escola. São Paulo: Biruta, 2009. p. 35.

XXII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 22 1/19/18 10:30 AM


Atualmente, a rapidez com que se tem acesso à informação faz com que o contato
com a leitura em contextos reais de informação seja cada vez mais fragmentado. Des-
se modo, é importante que a escola possibilite ao aluno desenvolver estratégias de
leitura que o auxiliem a compreender e explorar mensagens, verbais ou não verbais,
em diversos níveis de cognição.

Promover atividades em que os alunos tenham que perguntar, prever, recapi-


tular para os colegas, opinar, resumir, comparar suas opiniões com relação ao
que leram, tudo isso fomenta uma leitura inteligente e crítica, na qual o leitor vê
a si mesmo como protagonista do processo de construção de significados. Estas
atividades podem ser propostas desde o início da escolaridade, a partir da leitura
realizada pelo professor e da ajuda que proporciona.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 173.

Vale ressaltar que a interpretação de um texto acontece de forma progressiva, con-


siderando não apenas a mensagem que o autor pretendia transmitir, mas também os
objetivos do leitor ao ler esse texto, assim como seus conhecimentos prévios e o pro-
cesso de leitura em si. Nesse sentido, é importante a criação de estratégias de leitura,
que permitirão ao aluno:

• Extrair o significado do texto, de maneira global, ou dos diferentes itens in-


cluídos nele.
• Saber reconduzir sua leitura, avançando ou retrocedendo no texto, para se
adequar ao ritmo e às capacidades necessárias para ler de forma correta.
• Conectar novos conceitos com os conceitos prévios que lhe permitirão incor-
porá-los a seu conhecimento.
SERRA, Joan; OLLER, Carles. Estratégias de leitura e compreensão de texto no ensino fundamental e médio. In:
TEBEROSKY, Ana et al. Compreensão da leitura: a língua como procedimento. Trad. Fátima Murad.
Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 36-37.

Por fim, se o objetivo principal é formar leitores autônomos a partir da leitura de tex-
tos e imagens apresentadas a esses alunos, é preciso favorecer esse processo, tendo
o cuidado de:
• escolher temas relevantes e interessantes à sua faixa etária;
• selecionar textos verbais com vocabulário e extensão adequados;
• preocupar-se com a gradação da leitura e a complexidade dos textos;
• garantir que sejam propostas leituras de imagens e de gêneros multimodais, aten-
tando-se para a diversidade de gêneros textuais, de modo que não sejam estuda-
dos sempre os mesmos;
• apresentar ao aluno o objetivo das leituras, a fim de que ele perceba que em al-
guns momentos lemos para estudar e buscar informações e, em outros, a leitura é
realizada por diversão, por exemplo;
• orientar como a leitura deverá ser realizada: silenciosamente, guiada, em grupo,
etc.
Ao longo desta coleção, a competência leitora é estimulada por meio da utilização
de recursos textuais e imagéticos diversificados. Para favorecer a análise desses re-
cursos, são propostas questões de interpretação no livro do aluno, além de sugestões
de questões de análise nas orientações ao professor.
XXIII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 23 1/19/18 10:30 AM


Avaliação
A avaliação deve ser compreendida como um meio de orientação do processo de
ensino-aprendizagem. Isso porque é uma das principais formas pela qual se pode
reconhecer a validade do método didático-pedagógico adotado pelo professor. Além
disso, é possível acompanhar o processo de aprendizagem do aluno, procurando
identificar seus avanços e suas dificuldades.
Para que o processo de ensino-aprendizagem seja bem-sucedido, é necessária
uma avaliação contínua e diversificada. Para tanto, devem ser levados em considera-
ção os conhecimentos prévios dos alunos para que se possa traçar objetivos em rela-
ção aos conteúdos.
A avaliação pode ser realizada individualmente ou em grupo, por meio das expres-
sões oral, textual e pictórica e da realização de diferentes atividades, como entrevistas
e análises de imagens, permitindo a percepção das diferentes habilidades e do desen-
volvimento dos alunos.
A ação avaliativa pode ser realizada de diferentes maneiras e em momentos distin-
tos no decorrer do estudo dos conteúdos, como apresentado a seguir.

Três etapas avaliativas


Avaliação inicial ou diagnóstica
Tem como objetivo perceber o conhecimento prévio dos alunos, identificando inte-
resses, atitudes, comportamentos, etc. Essa avaliação deve ser procedida no início de
um novo conteúdo para que possa haver melhor integração entre os objetivos e os
conhecimentos que os alunos já possuem. Nesse sentido, a coleção apresenta situa-
ções que propiciam conhecer a realidade do aluno, como a sua convivência social, as
relações familiares, etc.

Avaliação formativa
Essa etapa avaliativa consiste na orientação e na formação do conhecimento por
meio da retomada dos conteúdos abordados e da percepção dos professores e dos
alunos sobre os progressos e as dificuldades no desenvolvimento do ensino. Esse
processo requer uma avaliação pontual, ou seja, o acompanhamento constante das
atividades realizadas pelo aluno. Assim, análises de pesquisas, entrevistas, trabalhos
em grupos e discussões em sala de aula devem ser armazenados e utilizados para,
além de acompanhar a aprendizagem dos alunos, avaliar os próprios métodos de
ensino.

Avaliação somatória
Essa avaliação tem como prioridade realizar uma síntese dos conteúdos trabalha-
dos. Assim, deve-se valorizar trabalhos que permitam avaliar a capacidade de organi-
zação e de construção do conhecimento do aluno. Esse método permite um diagnóstico
do aprendizado em um período mais longo, como o final de uma temática, determi-
nando sua relação de domínio com os objetivos propostos. Atividades como produção
e análise de textos, a emissão de opinião e as variadas formas de registro do que foi
estudado são maneiras de verificar o que foi apreendido e como se deu a formação do
conhecimento nos alunos.
XXIV

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 24 1/19/18 10:30 AM


Fichas de avaliação e autoavaliação
Para facilitar o trabalho, é possível fazer uso de fichas para avaliar o desempenho da
turma. A seguir, apresentamos um exemplo de ficha de avaliação.

Nome: Sim Às vezes Não

Participa de debates e discussões em sala de aula?

Realiza as tarefas propostas?

Demonstra interesse pela disciplina?

Tem bom relacionamento com os colegas de sala?

Expressa suas opiniões por meio de trabalhos orais


ou escritos?
Consegue organizar o aprendizado?

É organizado com o material didático?

Tem facilidade para compreender os textos?

Respeita outras opiniões sem ser passivo?

O processo de avaliação do ensino-aprendizagem é uma responsabilidade do pro-


fessor, porém os alunos também devem participar desse processo para que identifi-
quem seus avanços e seus limites, colaborando assim para que o professor tenha
condições de avaliar sua metodologia de ensino. Uma das sugestões para esse pro-
cesso é o uso de fichas de autoavaliação, por meio das quais os alunos são estimula-
dos a refletir sobre o seu desenvolvimento em sala de aula e sobre seu processo de
aprendizagem. A seguir, apresentamos um modelo de ficha de autoavaliação.

Nome: Sim Às vezes Não

Compreendo os assuntos abordados pelo professor?

Faço os exercícios em sala e as tarefas da casa?

Falo com o professor sobre minhas dúvidas?

Expresso minha opinião durante os trabalhos em


sala de aula?

Participo das atividades em grupo?

Mantenho um bom relacionamento com meus


colegas de sala?
Organizo meu material escolar?

XXV

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_015a025.indd 25 1/19/18 10:30 AM


O ensino de Ciências

Fundamentos teórico-metodológicos
Proposta pedagógica da coleção
A curiosidade faz parte do ser humano desde seus primeiros anos de vida. As Ciên-
cias Naturais (Biologia, Física, Química, Astronomia, Geologia) ajudam a despertar
essa curiosidade e a responder às questões que aparecem durante o desenvolvimento
cognitivo dos alunos. Assim, a base para o ensino de Ciências relaciona-se à realidade
próxima e aos questionamentos naturais dos alunos sobre os fenômenos naturais que
os cercam.
Os alunos buscam explicações para os fenômenos naturais e as conquistas tecno-
lógicas baseando-se no conhecimento que constituíram em sua vivência. Muitas ve-
zes, esses conhecimentos são insuficientes ou até mesmo equivocados, exigindo que
busquem outras informações para suprir suas necessidades. Dessa forma, o ensino
de Ciências deve contribuir para que os alunos obtenham essas informações e esta-
beleçam as relações necessárias para a construção do conhecimento científico. Quan-
do o aluno conhece o mundo que o cerca, torna-se capaz de opinar e intervir na
realidade, modificando-a de maneira consciente.
Para se familiarizarem com os procedimentos e o raciocínio científico, os alunos
precisam ser alfabetizados cientificamente. Além de conhecerem a terminologia
científica apropriada e os conceitos estruturantes, eles devem reconhecer a impor-
tância disso no contexto em que vivem. Com base nisso, os alunos podem estabe-
lecer relações entre Ciência, Tecnologia, Sociedade, Ambiente e Saúde e verificar
como isso influencia os seres vivos, os elementos não vivos e todo o futuro do
planeta.
Além disso, o ensino de Ciências é fundamental para desenvolver o pensamento
lógico, assim como para a resolução de situações práticas. É importante ressaltar que
o conhecimento científico contribui para o desenvolvimento tecnológico, que promove
diversos avanços e está presente nos diferentes meios de comunicação diariamente.
Isso exige dos alunos conhecimento científico suficiente para interpretar tais
informações.

[...] Sob essa perspectiva, o ensino de Ciências pode contribuir para que os alu-
nos sejam inseridos em uma nova cultura, a cultura científica, que lhes possibili-
tará ver e compreender o mundo com maior criticidade e com conhecimentos
para discernir, julgar e fazer escolhas conscientes em seu cotidiano, com vistas a
uma melhor qualidade de vida. Entende-se que esse processo, aqui denominado
de alfabetização científica, é uma construção que se prolonga por toda a vida,
contudo, ressalta-se que seu desenvolvimento é fundamental desde a fase inicial
da escolarização (Lorenzetti & Delizoicov, 2001; Tenreiro-Vieira & Vieira, 2011).
[...]
VIECHENESKI, Juliana Pinto; CARLETTO, Marcia Regina. Iniciação à alfabetização científica nos anos iniciais:
contribuições de uma sequência didática. Investigações em Ensino de Ciências, v. 18, n. 3, 2013. p. 526. Disponível
em: <https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/112/76>. Acesso em: 20 nov. 2017.

Diante das exigências da sociedade atual, os conhecimentos científico e tecnológi-


co são essenciais na formação de um cidadão crítico e capaz de compreender o
XXVI

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 26 1/19/18 10:30 AM


mundo e suas transformações. Segundo Krasilchick e Marandino (2004), na formação
de cidadãos críticos, algumas competências são necessárias:

[...]
• ter consciência da importância de sua função no aperfeiçoamento individual
e das relações sociais;
• ser capaz de expressar seus julgamentos de valor;
• justificar suas decisões referindo-se aos princípios e conceitos em que se
basearam;
• diferenciar entre decisões pessoais de âmbito individual e decisões coletivas
de âmbito público;
• reconhecer e aceitar direitos, deveres e oportunidades em uma sociedade
pluralista;
• ouvir e aceitar diferenças de opiniões.
[...]
KRASILCHICK, Myriam; MARANDINO, Martha. Ensino de Ciências e cidadania.
São Paulo: Moderna, 2004. p. 8-9. (Coleção Cotidiano escolar).

O ensino de Ciências deve pautar-se nas necessidades dos alunos e em sua


formação cidadã. Para isso, o professor deve agir como mediador da aprendiza-
gem e desenvolver neles uma postura crítica e ativa na construção do conhecimen-
to. Rompe-se, assim, a ideia de um professor detentor de conhecimentos e alunos
como receptores passivos dessas informações. O professor deve oportunizar
questionamentos, apresentação de ideias, expressão de opiniões e análise de
situações.

[...]
No ensino tradicional, o saber era transmitido principalmente pelo professor,
pelo texto e pela eventual realização de um experimento “mostrado” aos alunos.
Os conteúdos ocupavam um lugar de destaque, e a qualidade do ensino depen-
dia do domínio que o professor tinha dos conhecimentos e da clareza de sua ex-
posição. Essa concepção enciclopédica do ensino foi mudando à medida que se
começou a compreender a necessidade de uma participação mais ativa do aluno,
que se passou a vê-lo como agente da própria aprendizagem. Compartilhamos
da convicção de que para aprender – construir conhecimento – é preciso ofere-
cer aos alunos situações em que possam se posicionar de maneira intelectual-
mente ativa, situações em que possam refletir, fazer novas descobertas, formular
perguntas, discordar, elaborar possíveis respostas etc. Essa postura nos leva a
analisar quais conteúdos têm mais potencial para se tornar objeto de ensino e
como a maneira pela qual são apresentados em classe interfere na
aprendizagem.
[...]
SPINOZA, Ana. Ciências na escola: novas perspectivas para a formação dos alunos.
Trad. Camila Bogéa. São Paulo: Ática, 2010.

Além de auxiliar na ampliação de conhecimentos, o ensino de Ciências pode ajudar


na formação integral do indivíduo, o que justifica sua abordagem desde os anos ini-
ciais do Ensino Fundamental I.
XXVII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 27 1/19/18 10:30 AM


[...] O ensino de Ciências nos anos iniciais também pode auxiliar na construção
de valores e habilidades que possibilitarão aos alunos continuar aprendendo.
Cabe ressaltar que atitudes e valores se constroem desde cedo e quando a escola
proporciona momentos para debates, questionamentos, reflexões, exposição e
confronto de ideias, abre a oportunidade de ensinar valores essenciais ao exercí-
cio da cidadania, como respeito pelas diferentes ideias, tolerância, cooperação,
respeito à diversidade, às regras combinadas em grupo, capacidade de se comu-
nicar, de ouvir e esperar sua vez para se expressar, responsabilidade, senso críti-
co e inclusão social. [...]
VIECHENESKI, Juliana Pinto; CARLETTO, Marcia. Por que e para quê ensinar ciências para crianças.
Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 6, n. 2, mai-ago. 2013. p. 223.
Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/viewFile/1638/1046>. Acesso em: 20 nov. 2017.

A formação integral dos alunos é uma das metas do ensino de Ciências. Para os
anos iniciais do Ensino Fundamental, alguns objetivos são necessários, entre eles:
• reconhecer que todos têm direito de acesso ao conhecimento científico;
• compreender o ser humano como parte integrante da natureza e agente transfor-
mador do mundo em que vive;
• relacionar os conhecimentos científicos à produção tecnológica e condições de
vida no mundo atual e ao longo da história;
• desenvolver leitura e interpretação de textos de divulgação científica;
• consultar diversas fontes de informações sobre ciência e tecnologia;
• discutir fatos e informações com base em leituras, observações, experimentações
e registros;
• propor maneiras de investigar hipóteses levantadas;
• basear-se na vivência para coletar dados, como entrevistas e pesquisas em sites,
livros, jornais, etc.;
• ordenar, nomear e classificar;
• praticar os conceitos das Ciências Naturais para solucionar problemas reais;
• desenvolver o pensamento crítico, a cooperação e a construção coletiva do
conhecimento;
• identificar interações do ser humano com o ambiente;
• reconhecer a saúde como um bem individual e comum que deve ser promovido
pela ação coletiva;
• compreender a tecnologia como necessária ao ser humano;
• argumentar, explicar e se posicionar por meio da aprendizagem em Ciências;
• relatar os conteúdos de Ciências por meio de desenhos, representações, teatros,
música, dança, poemas e outras formas de expressão.
Além disso, o ensino de Ciências deve oportunizar aos alunos o contato com dife-
rentes materiais, para que possam estabelecer ideias, levantar e testar hipóteses, ana-
lisar os resultados, comparar dados, questionar o que acontece ao redor e confrontar
suas ideias com as dos colegas, vivenciando o saber científico.
XXVIII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 28 1/19/18 10:30 AM


Um ponto importante que merece destaque no ensino de Ciências são os conheci-
mentos prévios trazidos pelos alunos dos conteúdos relacionados a Ciências obtidos
fora da escola, que não devem ser descartados pelo professor, pois podem servir de
base para a construção da compreensão dos fenômenos naturais.

[...] Os conhecimentos prévios formam-se a partir de concepções espontâneas


e intuitivas acerca de situações e fenômenos da vida cotidiana, de representações
sociais transmitidas culturalmente e a partir de analogias: quando o aluno não
possui imagens concretas para determinado conhecimento, faz determinadas
associações, cria modelos para entendê-lo. [...]
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2006. p. 87-88.

Quando o professor identifica os conhecimentos prévios, pode prever as próxi-


mas ações pedagógicas, adaptando seu planejamento. Com base nisso, ele pode
utilizar estratégias que o auxiliam no desenvolvimento didático do conteúdo, como:
problematização, observação, trabalhos em grupo e atividades de experimentação
investigativa.

Problematização
Quando não estão na escola, geralmente, os alunos buscam explicações pró-
prias para os conteúdos científicos de seu interesse, baseando-se nos conheci-
mentos prévios. De certa maneira, esses modelos satisfazem as necessidades
momentâneas dos alunos, embora nem sempre apresentem fundamentação
científica. O professor pode basear-se nessas situações cotidianas, identificando
problemas a serem respondidos pelos alunos em uma situação chamada
problematização.
Quando um aluno percebe que seus modelos são inadequados e que seus conhe-
cimentos prévios são insuficientes para estabelecer explicações satisfatórias, ele sen-
te a necessidade de buscar novos conhecimentos que possam responder aos seus
questionamentos.
Os conteúdos científicos a serem trabalhados devem ser significativos para os
alunos e próximos de sua realidade. Caso contrário, eles não se sentirão motivados
a adequar ou reconstruir seus modelos, o que pode levá-los a criar obstáculos à
aprendizagem.
O professor tem um papel importante como mediador nessa relação. Ao deses-
tabilizar os modelos trazidos pelos alunos e mostrar a ausência de embasamento
científico, ele mobiliza os conhecimentos, estabelecendo um conflito, que exigirá o
levantamento de novas hipóteses e a reconstrução de modelos.

Observação
Por meio da observação, os alunos obtêm informações com os próprios sentidos,
destacando os aspectos mais importantes do que está sendo observado.
A observação pode ocorrer de forma direta ou indireta. Na observação direta, os
alunos entram em contato com os objetos de estudo, vivenciando diferentes situa-
ções, como cheiros, gostos, texturas e outras sensações. Esse tipo de observação
ocorre em atividades que envolvem a manipulação de objetos e materiais e também
atividades de visitação, como a que acontece nos arredores da escola ou em ambientes
externos.
XXIX

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 29 1/19/18 10:30 AM


A observação indireta é feita por meio de recursos técnicos, como microscópio, te-
lescópio, fotografias e filmes. Tanto a observação direta quanto a indireta devem ser
previamente planejadas pelo professor para orientar os alunos durante sua execução.
Além disso, as atividades de observação só atingem seu objetivo quando os estudan-
tes se comunicam oralmente e/ou por meio de registros escritos ou desenhos, a fim de
mostrarem os resultados de sua observação.

Atividades de experimentação investigativa


A experimentação investigativa é uma estratégia fundamental no ensino de Ciên-
cias. Ela envolve a manipulação de diferentes materiais, o uso de técnicas científicas e
o levantamento de hipóteses. No teste de suas hipóteses, os alunos observam, ano-
tam e comparam resultados, tendo a oportunidade de compreender e utilizar o que
aprenderam. Trata-se de uma ferramenta fundamental para a construção do conheci-
mento científico.
As atividades de experimentação não devem ser encaradas apenas como uma
estratégia para demonstrar conhecimentos já apresentados aos alunos ou verificar
leis já estruturadas. Com o auxílio do professor e dos conhecimentos prévios dos
estudantes, elas devem ampliar o conhecimento dos alunos e fazer com que eles
as relacionem aos fenômenos naturais, investigando-as e elaborando explicações
sobre elas.
As atividades práticas podem gerar uma situação-problema, que exija dos estudan-
tes ações para resolvê-la ou compreendê-la. Além de motivar, esse desafio desperta
o interesse deles, gerando discussões.
Os resultados das atividades de experimentação investigativas podem ser dife-
rentes do esperado. Durante a montagem de um experimento, por exemplo, podem
ocorrer dificuldades na realização de alguns procedimentos. Essas situações de-
vem ser aproveitadas pelo professor para gerar discussões sobre o que pode ter
ocorrido, incentivando os alunos a trocarem ideias para buscar soluções, identifi-
carem os problemas e, até mesmo, proporem novas formas ou alternativas para os
alguns procedimentos.
Essas situações mostram aos estudantes que o conhecimento científico conti-
nua em constante construção, com base nos problemas, insucessos, avanços e
incertezas.

Trabalho em grupo
A interação entre os alunos, além de desenvolver a cooperação e as noções de
coletividade, também contribui para a construção do conhecimento. Muitas pes-
quisas já demonstraram que a oportunidade de discussão e de argumentação au-
menta a capacidade de compreensão dos temas ensinados e os processos de
raciocínio envolvidos.
Deve-se oportunizar momentos de comunicação, reflexão, argumentação e a troca
de ideias entre os alunos. O diálogo entre eles estimula-os a reconhecer a necessida-
de de obter novas informações, assim como de reorganizar e reconceituar as ideias
preexistentes.

XXX

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p026a030.indd 30 1/19/18 10:30 AM


Distribuição dos conteúdos de Ciências
Esta coleção foi estruturada levando em consideração as propostas da Base Nacio-
nal Comum Curricular (BNCC) e tomando como princípio a importância da formação
cidadã e integral dos estudantes.
Os quadros a seguir apresentam uma visão geral sobre como as habilidades, compe-
tências e temas contemporâneos foram desenvolvidos nos diferentes objetos de conhe-
cimento. Além disso, apresentamos também relações entre alguns conteúdos
trabalhados neste ano com objetos de conhecimento de anos anteriores ou posteriores,
apresentados após o quadro de cada unidade, por meio de uma indicação numérica.

UNIDADE 1 SERES VIVOS MICROSCÓPICOS E OS SERES HUMANOS


Objetos de Temas
Habilidades Conteúdos Competências
conhecimento contemporâneos
• Microrganismos. • EF04CI05 • Seres vivos microscópicos. • Competências gerais: • Ciência e tecnologia.
• EF04CI06 • Funcionamento de microscópio. 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9 e • Saúde.
• EF04CI07 • Relação entre os seres vivos microscópicos e o 10. • Preservação do meio
• EF04CI08 ambiente. • Competências ambiente.
• A descoberta da penicilina. específicas: 1, 2, 3, 5,
6 e 7.
• Bactérias benéficas ao ser humano.
• Doenças transmissíveis.
• O que são vírus.
• Transmissão direta de doenças.
• Transmissão indireta de doenças.
• Prevenção da dengue.
• Vacinação.
• Doenças não transmissíveis.
• AIDS.
• As relações alimentares entre os seres vivos
microscópicos e o ambiente.
• A fotossíntese e a luz solar.
• Cadeia alimentar.
• Fluxo de energia nas cadeias alimentares. 1
• Relações alimentares em desequilíbrio.
• Controle biológico.
• Intervenções do ser humano nas relações alimentares.

1 - Características e desenvolvimento dos animais (3o ano).

UNIDADE 2 MISTURAS NO DIA A DIA


Objetos de Temas
Habilidades Conteúdos Competências
conhecimento contemporâneos
• Misturas. • EF04CI01 • Misturas no dia a dia. • Competências gerais: • Preservação do
• Substâncias solúveis em água. 2 1, 2, 5, 6, 7, 8 e 9. ambiente.
• Substâncias insolúveis em água. 3 • Competências • Saúde.
• Soro caseiro. específicas: 1, 2, 3, 5
e 6.
• Estados físicos das misturas. 4
• Propriedades e aplicações das substâncias. 5
• Composição das misturas.
• Flúor na água.
• Composição no ar atmosférico.
• O ar e a saúde.
• Monitoramento da qualidade do ar.
• Técnicas de separação de misturas.
• Centrifugação.
• Levigação.
• Destilação simples.
• Tratamento de água e esgoto por flotação.
• Separação de misturas para reciclagem. 6

2 , 3 e 5 - Propriedades físicas dos materiais (5o ano). 4 - Ciclo hidrológico (5o ano). 6 - Reciclagem (5o ano).

XXXI

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p031a032.indd 31 1/19/18 10:30 AM


UNIDADE 3 TRANSFORMAÇÃO DE MATERIAIS
Objetos de Temas
Habilidades Conteúdos Competências
conhecimento contemporâneos
• Transformações • EF04CI02 • Observação da transformação de materiais. • Competências gerais: • Preservação do meio
reversíveis e não • EF04CI03 • Transformação física dos materiais. 1, 2, 3, 4, 7 e 9. ambiente.
reversíveis. • Transformação química dos materiais. • Competências
• Reações químicas. específicas: 1, 2, 3
e 5.
• Mudanças de estado físico dos materiais. 7
• Mudanças de estados físicos em situações do dia a
dia. 8
• Neblina. 9
• As atividades humanas e mudanças climáticas. 10

7 , 8 , 9 e 10 - Ciclo hidrológico (5o ano).

UNIDADE 4 SOL E LUA: ORIENTAÇÃO DO SER HUMANO


Objetos de Temas
Habilidades Conteúdos Competências
conhecimento contemporâneos
• Pontos cardeais. • EF04CI09 • Orientação pelo Sol. 11 12 • Competências gerais: • Ciência e tecnologia.
• Calendários, • EF04CI10 • A luz e as sombras. 13 14 1, 2, 4, 5 e 6.
fenômenos • EF04CI11 • O sol e o gnômon. • Competências
cíclicos e cultura. específicas: 1, 2 e 3.
• O cuaracyraangaba.
• Sistema Solar.
• Movimento de rotação da Terra. 15 16
• Instrumentos utilizados para medir o tempo.
• Orientação pela Lua. 17
• Ciclo da Lua. 18 19
• Calendário romano.
• Calendário juliano.
• Calendário gregroriano.
• Instrumentos de orientação.
• Ímãs.
• A força de atração e repulsão dos ímãs.
• Campo magnético.
• Magnetismo terrestre.
• GPS.

11 , 13 , 15 , 17 e 18 - Observando o céu (3o ano). 19 - Periodicidade das fases da Lua (5o ano).
12 , 14 e 16 - Movimento de rotação da Terra (5o ano).

Bibliografia
ANDRÉ, Marli (org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estu-
Campinas: Papirus, 1999. dos e proposições. São Paulo: Cortez, 1996.
ASTOLFI, Jean-Pierre. A didática das Ciências. 12. ed. Campi- MACHADO, Nilson José. Epistemologia e didática: as concep-
nas: Papirus, 2009. ções de conhecimentos e inteligência e a prática docente. São
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curri- Paulo: Cortez, 1995.
cular. Proposta preliminar. Terceira versão revista. Brasília: MEC, MORAN, José M.; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda A.
2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>.
Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus,
Acesso em: 10 nov. 2017.
2000.
BUSQUETS, Maria Dolores et al. Temas transversais em educação:
bases para uma formação integral. São Paulo: Ática, 1997. SCHIEl, D.; ORLANDI, A. S. Ensino de Ciências por investigação.
CAMPOS, Maria C. da Cunha; NIGRO, Rogério G. Didática de Ci- Centro de Divulgação Científica e Cultural. São Paulo: USP,
ências: o ensino-aprendizagem como investigação. São Paulo: 2009.
FTD, 1999. VYGOTSKY, Lev S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Mar-
KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 15. ed. Cam- tins Fontes, 1987.
pinas: Pontes, 2013. . A formação social da mente. São Paulo: Martins
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. Fontes, 1989.

XXXII

1_g19_mdn_mp_parte_geral_4pmc_p031a032.indd 32 1/19/18 10:30 AM


Karina Pessôa
Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Mestra em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Doutora em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professora de Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Autora de livros didáticos para o ensino básico.

Leonel Favalli
Licenciado e bacharel em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Autor de livros didáticos para o ensino básico.

CIÊNCIAS
4
o
ano

Ensino Fundamental • Anos Iniciais

Componente curricular:
Ciências

1a edição

São Paulo, 2017

g19_4pmc_lt_frontis_p001.indd 1 17/01/18 6:18 PM

g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 1 18/01/18 5:59 PM


Produção editorial: Scriba Soluções Editoriais
Gerência editorial: Milena Clementin Silva
Edição: Maira Renata Dias Balestri
Assistência editorial: Everton Amigoni Chinellato, Rafael Aguiar da Silva
Gerência de produção: Camila Rumiko Minaki
Projeto gráfico: Marcela Pialarissi, Camila Carmona
Capa: Marcela Pialarissi
Ilustração: Leonardo de Moura Amaral
Gerência de arte: André Leandro Silva
Edição de arte: Ana Elisa Carneiro, Camila Carmona, Rogério Casagrande,
Ingridhi Borges
Editoração eletrônica: Luiz Roberto Lúcio Correa
Coordenação de revisão: Ana Lúcia Carvalho e Pereira
Preparação de texto: Ana Paula Felippe, Shirley Gomes
Revisão: Lilian Vismari, Liliane Pedroso, Regina Barrozo, Viviane Teixeira Mendes
Coordenação de pesquisa iconográfica: Alaíde Stein
Pesquisa iconográfica: Tulio Sanches Esteves Pinto
Tratamento de imagens: José Vitor E. Costa

Pré-impressão: Alexandre Petreca, Denise Feitoza Maciel, Everton L. de Oliveira,


Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa
Coordenação de produção industrial: Wendell Monteiro
Impressão e acabamento:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Pessôa, Karina
Novo Pitanguá : ciências / Karina Pessôa,
Leonel Favalli. -- 1. ed.-- São Paulo : Moderna,
2017.

Obra em 5 v. para alunos do 1 ao 5o ano.


Componente curricular: Ciências.

1. Ciências (Ensino fundamental) I. Favalli,


Leonel. II. Título.

17-11210 CDD-372.35

Índices para catálogo sistemático:


1. Ciências : Ensino fundamental 372.35

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho
São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904
Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510
Fax (0_ _11) 2790-1501
www.moderna.com.br
2017
Impresso no Brasil

1 3 5 7 9 10 8 6 4 2

g19_4pmc_lt_p002.indd 2 17/01/18 6:19 PM g19

g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 2 18/01/18 5:59 PM


VOCÊ ,
CIDADÃO
DO MUNDO!

O que você pode fazer para melhorar o


mundo em que vive?
Plantar uma árvore, não desperdiçar
água, cuidar bem dos lugares públicos e
respeitar opiniões diferentes da sua são
apenas algumas das ações que todos
podemos praticar no dia a dia.
Ao estudar Ciências, você perceberá que
é possível aplicar seus conhecimentos em
situações do cotidiano, enfrentando e
solucionando problemas de maneira autônoma
e responsável.
Este livro ajudará você a compreender a
importância da cidadania para a construção
de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.

19 PM g19_4pmc_lt_p003_apresentacao.indd 3 1/17/18 7:58 PM

g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 3 18/01/18 5:59 PM


Sumário

Seres vivos
microscópicos e
os seres humanos ............... 08

1 O que são seres


3 Seres vivos microscópicos
vivos microscópicos ................ 10
e as relações alimentares
Cidadão do mundo no ambiente .......................................................... 35
A descoberta da penicilina .................. 16 Na prática..................................................................... 35
Investigar e compartilhar................... 18 Relações alimentares
em desequilíbrio........................................... 42
Atividades....................................................................20
Cidadão do mundo
2 Transmissão de doenças .............. 23 Intervenções do ser humano
nas relações alimentares ...................... 44
Cidadão do mundo
Aids.....................................................................................28 Atividades................................................................... 46

Para saber fazer


O que você estudou sobre... .............. 49
Folheto ......................................................................... 30

Atividades.................................................................... 32 Para saber mais ............................................................ 49


LEONARDO DE
MOURA AMARAL

g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 4 17/01/18 6:21 PM g19

g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 4 18/01/18 5:59 PM


Misturas no dia a dia ......... 50

4 O que está misturado? ................... 52 7 Técnicas de


Na prática..................................................................... 55 separação de misturas .....................76
Atividades.................................................................... 57 Na prática.....................................................................78
Investigar e compartilhar...................82
5 Estados físicos
Cidadão do mundo
das misturas .......................................................... 59
Separação de misturas
Na prática..................................................................... 59
para reciclagem................................................. 84
Atividades....................................................................63
Atividades................................................................... 86

6 Composição das misturas .......... 65


O que você estudou sobre................. 89
Os componentes de algumas
misturas ......................................................................... 66 Para saber mais ............................................................ 89
Composição do
ar atmosférico .................................................. 67

Cidadão do mundo
Ar e saúde................................................................. 68

Atividades.................................................................... 71
Investigar e compartilhar................... 74
LISLLEY GOMES FEIGE

21 PM g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 5 17/01/18 6:21 PM

g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 5 18/01/18 5:59 PM


Transformação
de materiais .......................... 90

8 Observando as
transformações
de materiais .............................. 92
Na prática..................................................................... 93
Na prática.................................................................... 94
Atividades................................................................... 96
Investigar e compartilhar.................. 98

9 Mudanças de estados
físicos dos materiais .............100

Cidadão do mundo
Mudanças climáticas
e as atividades humanas ................... 106

Na prática................................................................ 108
Investigar e compartilhar.............. 109
Atividades................................................................ 110

O que você estudo sobre... ................113

Para saber mais .........................................................113

LISLLEY GOMES FEIGE

g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 6 17/01/18 6:21 PM g19

g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 6 18/01/18 5:59 PM


Sol, a lua e a orientação
do ser humano.................... 114 Magnetismo terrestre........................ 143
Na prática................................................................ 143
10 Orientação pelo sol .............. 116
Atividades............................................................... 144
Na prática................................................................. 117
Investigar e compartilhar.............. 148
Na prática................................................................ 123
Cidadão do mundo
Investigar e compartilhar.............. 124
Gps ................................................................................. 150
Atividades............................................................... 126
Para saber fazer
Cidadão do mundo .......... 128 Vídeo tutorial ................................................... 152
Outros instrumentos
para medir o tempo ................................ 128 O que você estudo sobre...... ........... 154

11 Orientação pela lua ..............130 Para saber mais ........................................................ 154


Ciclo da Lua .......................................................... 132
Atividades............................................................... 136 Glossário ............................... 155
12 Instrumentos Bibliografia.......................... 160
de orientação .........................138
Ímãs................................................................................... 140
Campo magnético ..................................... 142
Na prática................................................................ 142 GOMES FEIGE
LISLLEY

Ícones da coleção
Nesta coleção, você encontrará alguns ícones.
Veja a seguir o que cada um deles significa.

A atividade A atividade A atividade deverá Indica que as imagens Indica que as cores Indica uma atitude
deverá ser deverá ser ser realizada em não estão em utilizadas nas que se pode ter para
respondida respondida duplas ou grupos. tamanho real de imagens não são viver melhor em
oralmente. no caderno. proporção. reais. sociedade.

Indica que essa Toda vez que encontrar Indica que poderá Indica um cuidado que se deve ter para
atividade envolve a esse ícone, procure o compartilhar com seus realizar uma atividade prática ou uma
leitura e a termo no glossário a colegas uma ideia ou dica para facilitar o desenvolvimento da
interpretação de partir da página 155. alguma experiência atividade.
textos e imagens. interessante.

21 PM g19_4pmc_lt_p004a007_sumario.indd 7 17/01/18 6:21 PM

g19_4pmc_mp_u00_p001a007.indd 7 18/01/18 5:59 PM


Nesta unidade, os alunos estudarão
os organismos microscópicos pre-
sentes no nosso cotidiano, seja em
nosso corpo, no ambiente que nos
rodeia, em alimentos que ingerimos
ou objetos que manuseamos. Eles Seres vivos
microscópicos e
também estudarão a importância
desses seres vivos para o ambiente
e para nosso corpo.
Além disso, a unidade abordará algu-
mas relações alimentares que ocor-
rem no ambiente, como a energia
os seres humanos
flui nas cadeias alimentares e como
a manutenção do equilíbrio dessas
cadeias é importante.

• Comece a abordagem das páginas


iniciais da unidade perguntando aos
alunos se eles já viram os microrga-
nismos apresentados na abertura ou
se sabem do que se trata. Comente
que não conseguimos enxergar se-
res como esses a olho nu, pois são
microscópicos.

Destaques da BNCC
• A análise da imagem proposta na
questão 1 dá aos alunos a oportu-
nidade de utilizar conhecimentos
de linguagem visual para interpre-
tar uma informação científica, o que
permite desenvolver a Competência
geral 4 da BNCC.
STEVE GSCHMEISSNER/SCIENCE

• A questão 3 estimula os alunos a se


PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK

conhecer e cuidar de sua saúde física,


o que contribui para o desenvolvimen-
to da Competência geral 8.

• Leve para a sala de aula outras ima-


gens ampliadas de seres vivos mi-
croscópicos para os alunos obser-
varem, como bactérias comumente
encontradas em objetos que utiliza-
mos no cotidiano: telefones celula-
res, esponjas de lavar louça ou solas
de sapatos. Caso isso não seja pos- 8
sível, leve os alunos à biblioteca ou à
sala de informática, para que vejam
em livros ou no computador algumas
g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 8 17/01/18 6:32 PM g19
dessas imagens. • Existem diversas formas de trabalhar os conceitos da microbiologia e o uso de microscópios ou
• Peça a eles que descrevam o ser vivo informações sobre o equipamento. O artigo a seguir aborda algumas dessas possibilidades, com
da imagem e comentem se o consi- base nos conhecimentos prévios de alunos do Ensino Fundamental I.
deram parecido com algum outro ser .O conhecimento dos estudantes do Ensino Fundamental I sobre microrganismos: antes das aulas
vivo que conheçam. práticas com o microscópio, de Darcy Ribeiro de Castro e Nelson Rui Ribas Bejarano. Disponível
• Pergunte também se sabem onde em: <http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0072-1.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018.
podemos encontrar seres vivos
como o que está na imagem.

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 8 18/01/18 6:05 PM


• Chame a atenção dos alunos para
as informações sobre ampliação
das fotos e explique que, para que
Ampliação da imagem de pudéssemos ver aqueles seres mi-
um pano de prato croscópicos, foi preciso uma técnica
mostrando algumas
bactérias presentes nele.
especial. Passe, então, às perguntas
Esta imagem foi ampliada do boxe Conectando ideias.
cerca de 6 500 vezes e
• Após ouvir as respostas dos alunos
colorizada em computador.
à pergunta 3 do boxe Conectando
ideias, promova uma autoavaliação
sobre os hábitos de higiene alimen-
tar. Para isso, faça perguntas, como:
Vocês costumam lavar as mãos an-
tes das refeições? Vocês lavam os
alimentos que serão consumidos
crus, como frutas e hortaliças? Isso
permite uma reflexão sobre os cuida-
dos com a saúde física.

Conectando ideias
1. Resposta pessoal. O objetivo
dessa questão é que os alunos
exponham seus conhecimentos
Existem seres vivos que não prévios sobre a necessidade de
podemos enxergar a olho nu. Eles ampliar várias vezes a imagem
estão em nosso corpo, nos objetos de seres que não conseguimos
e nos ambientes em que vivemos. observar a olho nu, por meio do
Você já ouviu falar neles? uso de equipamentos como o
microscópio.
CONECTANDO IDEIAS 2. O objetivo dessa questão é que
1. Como você acha que esta os alunos exponham seus co-
imagem foi obtida, já que não nhecimentos prévios sobre bac-
térias e fungos. Muitos deles já
conseguimos observar esses
ouviram falar desses seres vivos
seres vivos a olho nu?
e, geralmente, os associam a
2. Quando você ouve falar em doenças. Peça que anotem as
bactérias e fungos, a que você respostas dessa questão no ca-
geralmente os associa? derno para que retomem após o
3. Recomenda-se que lavemos estudo desse tema.
as mãos antes de nos 3. Espera-se que os alunos co-
alimentarmos. Você acha mentem que lavar as mãos an-
que essa recomendação é tes das refeições contribui para
importante para manter a saúde evitar a contaminação dos ali-
de nosso corpo? Por quê? mentos por seres vivos micros-
cópicos, que podem prejudicar
9 a nossa saúde.

32 PM g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 9 17/01/18 6:33 PM

• Competência geral 4: Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou ver-
bo‐visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e
digital para expressar‐se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em dife-
rentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
• Competência geral 8: Conhecer‐se, apreciar‐se e cuidar de sua saúde física e emocional,
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com
elas e com a pressão do grupo.

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 9 18/01/18 6:05 PM


Objetivos
• Entender o que são seres vivos
microscópicos.
• Reconhecer a importância de al- 1 O que são seres vivos
guns seres vivos microscópicos
na alimentação humana. microscópicos
• Compreender o uso de micros-
Vanessa e seu pai estão preparando um iogurte.
cópios para observar seres vivos
Para isso, o pai de Vanessa pediu a ela que misturasse Porque no iogurte
microscópicos.
um copo de iogurte natural ao leite aquecido. natural existem seres
• Conhecer características de al-
vivos que transformam
gumas bactérias, fungos e proto- o leite em iogurte.
zoários.
• Entender que alguns seres vivos Pai, por que
microscópicos são benéficos a precisamos misturar
outros seres vivos e ao ambiente. iogurte ao leite?

Destaques da BNCC

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
• A abordagem sobre o preparo de
iogurte permite reconhecer a parti-
cipação de microrganismos na pro-
dução de alimentos. Essa atividade
permite o desenvolvimento da habili-
dade EF04CI07 da BNCC.

• Você pode iniciar o estudo desse Você não consegue


tema realizando com os alunos a ati- vê-los porque são tão
vidade prática sugerida na seção In- pequenos que não é
vestigar e compartilhar, das páginas possível enxergá-los a
18 e 19. Essa estratégia permite que Mas não consigo olho nu.
os alunos identifiquem na prática a ver esses
participação dos seres vivos micros- seres vivos.
cópicos na produção de alimentos.
• Leve para a sala de aula uma em-
balagem de iogurte natural, para

ILUSTRAÇÕES: LISLLEY GOMES FEIGE


que os alunos vejam a indicação da
presença das bactérias. Auxilie-os a
identificar essa informação na emba-
lagem. Possivelmente, eles encon-
trarão informações que se referem
à presença de lactobacilos vivos e
alguns nomes específicos.
• Pergunte aos alunos por que esses 1. Além do iogurte, onde você acha que existem seres vivos microscópicos?
Respostas desta questão nas orientações para o professor.
seres vivos estão presentes nes- 10
se produto e diga que eles auxiliam
na produção de derivados do leite,
como o iogurte.
g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 10 17/01/18 6:33 PM g19
• Discuta com os alunos por que deve- • Comente que bactérias fazem parte do nosso cotidiano e estão presentes no ambiente e até
mos manter o leite e as bebidas lác- mesmo no nosso corpo.
teas na geladeira, ou seja, para evitar
a proliferação de microrganismos, • EF04CI07: Verificar a participação de microrganismos na produção de alimentos, combustí-
que podem contaminar e estragar o veis, medicamentos, entre outros.
alimento. Esse cuidado também deve
ser tomado para conservar outros ali-
mentos suscetíveis à contaminação. Resposta
• Atente para o uso de bactérias na 1. Espera-se que os alunos respondam que se pode aquecer o aço até que ele passe para o
indústria de alimentos, na produção estado líquido e, em seguida, despejá-lo em formas com o formato desejado.BNCC
dos laticínios.

10

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 10 18/01/18 6:05 PM


• A abordagem sobre a contribuição
de diferentes estudiosos no desen-
volvimento e aperfeiçoamento do
A imagem ao lado mostra os seres vivos presentes
microscópio óptico dialoga com a
no iogurte que Vanessa e seu pai estavam preparando.
valorização da construção do co-
Esses seres vivos são bactérias.

A
EN
nhecimento ao longo do tempo.

AR
ENCE SOURCE /FOTO
Para enxergarmos essas bactérias, a imagem Além disso, essas informações per-
ao lado foi ampliada cerca de 7 000 vezes, com o mitem compreender o caráter histó-
auxílio de microscópios. rico do conhecimento científico. Isso

I
T/SC
contribui para o desenvolvimento da

IM A
SC
Competência geral 1 da BNCC.
Bactéria chamada Lactobacillus bulgaricus,
que auxilia no preparo do iogurte. Imagem ampliada
cerca de 7 000 vezes e colorizada em computador.
Saberes integrados
Os seres vivos que são tão pequenos que não conseguimos enxergar a olho • As imagens que apresentam informa-
nu são seres vivos microscópicos. ções sobre ampliação dos seres vivos
oferecem oportunidade de relacionar
os conhecimentos das disciplinas de
Microscópios Ciências e de Matemática, no que diz
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

Os microscópios são equipamentos que respeito à ampliação de escala.


ampliam várias vezes a imagem do que está sendo • Oriente os alunos a identificar quan-
observado. O desenvolvimento desse equipamento tas vezes aquela imagem foi ampliada
permitiu a observação de seres vivos que não e a entender que a bactéria mostrada
conseguimos enxergar a olho nu, contribuindo para na foto é 7 000 vezes menor do que

TRIFF/SHUTTERSTOCK
vemos na imagem.
a prevenção e o tratamento de diversas doenças
que podem ser provocadas por esses seres vivos. • Se houver informação sobre o tama-
nho do organismo, peça que obser-
Os primeiros microscópios foram
vem, com uma régua, se conseguiriam
desenvolvidos pelos fabricantes de lentes medir a bactéria com esse instrumen-
holandeses Han Janssen (1580-1638) e Zacharias to. As bactérias têm, em média, 1 µm,
Janssen (1585-1632), quando perceberam que a que equivale a 0,001 mm; portanto,
associação de duas lentes ampliava a capacidade Microscópio peça a eles que imaginem 1 mm da
óptico atual.
de aumentar o tamanho das imagens. régua dividido em 1 000 partes.
No século 17, o holandês Antonie von Leeuwenhoek (1632-1723)
aperfeiçoou o microscópio e, com ele, observou e descreveu fibras
• Caso a escola possua um micros-
musculares, espermatozoides e bactérias.
cópio, apresente o instrumento aos
Em 1663, o cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) aperfeiçoou ainda alunos e explique seu funcionamento.
mais o microscópio, adaptando lentes que poderiam ser trocadas caso Leve-os até o laboratório para que
quisesse observar mais detalhes do que estava sendo observado. Foi com observem alguns seres ou estruturas
esse microscópio que Hooke observou cavidades existentes na cortiça, as microscópicas nesse instrumento.
quais chamou de células. • Peça aos alunos que desenhem no
Atualmente, temos os microscópios eletrônicos, que têm maior capacidade caderno as imagens que puderam
de ampliar imagens do que os microscópios ópticos. observar por meio do microscópio
óptico. Estimulá-los a registrar o que
11 estudam, seja por meio da escrita ou
de desenhos que ilustram tais estu-
dos, permite, muitas vezes, perceber
se entenderam o que foi observado.
33 PM g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 11 17/01/18 6:33 PM
• O desenvolvimento de microscópios eletrônicos permitiu analisar estruturas biológicas de forma • Após terem realizado a atividade no
mais detalhada do que com o microscópio óptico. Existem diferentes tipos de microscópios laboratório, solicite que elaborem um
eletrônicos e técnicas específicas precisam ser utilizadas para o preparo do material a ser ana- relatório do que foi observado.
lisado. Saiba mais no texto indicado. Microscopia eletrônica, de Fabiana Silva Vieira. Disponível
em: <http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/09071620092012Introducao
_a_Microscopia_Aula_4.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018.

• Competência geral 1: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre


o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fe-
nômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e
naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária.

11

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 11 18/01/18 6:05 PM


Destaques da BNCC
• As informações sobre a presença
de seres vivos microscópicos no Além de bactérias, existem outros seres vivos microscópicos, como alguns
ambiente permitem relacionar a par- fungos e protozoários.
ticipação de fungos e bactérias no Os seres vivos microscópicos estão presentes nos diversos ambientes,
processo de decomposição, reco- inclusive no corpo do ser humano e de outros animais. Eles são essenciais para os
nhecendo a importância ambiental
ambientes. Veja.
desse processo. Além disso, esses
seres vivos microscópicos transfor-
mam a matéria orgânica em subs-
tâncias que serão devolvidas ao
ambiente e poderão ser reutilizadas
pelos vegetais, por exemplo. Isso
contribui para o desenvolvimento da
habilidade EF04CI06 da BNCC.

• Para iniciar o conteúdo, leve os alunos


ao pátio ou ao jardim da escola para
que observem restos de plantas em

E
PHO AIR STAMMERS/ TOCK
decomposição. Aponte diferenças

NC
SCIE
TO LIBR Y/L ATINS
de cor e textura entre folhas em de-
composição e as que ainda não estão

AR
decompostas; a umidade do ambien-

CL
te onde os restos vegetais estão em
S IN
decomposição, se for o caso. Peça a
eles que observem a presença de ani- Fungo decompondo os
restos de um besouro.
mais e fungos na serapilheira.
• Destaque a importância da decom-
posição para a reciclagem de nu- Os fungos são seres vivos que podem
trientes no meio ambiente. Informe ser encontrados principalmente em
aos alunos que a matéria orgânica é ambientes úmidos, com pouca luz e
constituída de restos de animais e onde há restos de plantas ou de animais.
vegetais em decomposição. Alguns deles são microscópicos, outros,
• Se julgar interessante, apresente aos porém, podem ser vistos a olho nu.
Alguns fungos auxiliam na
alunos o objeto educacional digital do
decomposição de restos de animais e
Banco Internacional de Objetos Edu- de plantas, desempenhando um papel
cacionais, que apresenta um vídeo muito importante nos ambientes.
com informações sobre o proces-
so de compostagem e os métodos
existentes para a sua realização. É
um processo biológico de decompo-
sição de matéria orgânica (restos de Os cogumelos são fungos que podem
animais e vegetais) que resulta em ser vistos a olho nu.
um composto orgânico que pode ser
utilizado como adubo. Disponível em: 2. Você já viu um cogumelo? Onde?
Resposta pessoal. Verifique se nas respostas
<http://objetoseducacionais2.mec. 12 dos alunos eles citaram locais úmidos.
gov.br/handle/mec/15400>. Acesso
em: 11 jan. 2018.
• Ao trabalhar as imagens dos seres
g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 12 17/01/18 6:33 PM g19
vivos microscópicos, pratique com • Antigamente, os fungos eram classificados como vegetais primitivos, sem clorofila. Os cientistas
os alunos a interpretação das infor- então perceberam que os fungos apresentavam muitas características que os diferenciam dos
mações sobre a ampliação indicada vegetais e, portanto, não poderiam ser incluídos no reino dos vegetais. A principal diferença entre
nas fotos. esses seres vivos é o fato de que os fungos obtêm seus nutrientes de matéria orgânica existente
• Pergunte se eles acham que cogume- no ambiente (restos de animais e vegetais) ou de seres vivos por eles parasitados, enquanto os
los e bolores são animais ou vegetais. vegetais obtêm seus nutrientes por meio da fotossíntese.
• O conhecimento é construído e apri-
morado ao longo do tempo, resulta- • EF04CI06: Relacionar a participação de fungos e bactérias no processo de decomposição,
do de estudos colaborativos ou que reconhecendo a importância ambiental desse processo.
aprofundam questões previamente
levantadas.

12

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 12 18/01/18 6:05 PM


Destaques da BNCC
• A terceira pergunta leva os alunos a
Os bolores também são fungos que podem ser analisar a situação e tomar decisões
vistos a olho nu. éticas em relação aos cuidados con-
KC
TO

sigo mesmos. Isso contribui para o


RS

3. Você acha que os alimentos com bolores estão


T TE

desenvolvimento da Competência
ANDREW/SHU

adequados para ser consumidos? geral 7 da BNCC.


4. O que devemos fazer quando encontramos um
OLOV
LIG

alimento, como pão, com bolor, em um


BO

• Comente que existem fungos que po-


mercado? Respostas das questões 3 e 4 nas
orientações para o professor. dem ser consumidos, como aqueles
presentes em alguns tipos de queijos.
Fatia de pão com bolor. • Leve para os alunos observarem
um pão ou fruta com bolor. Tome

CK
TO
PO PHOTO LIBR ARY/L AT E
INS
NC
As bactérias são seres vivos microscópicos formados o cuidado de apresentar o item em

AND SYRED/SCIE
apenas por uma célula. Elas podem ser encontradas no embalagem plástica transparente e
solo, na água, em nosso corpo e em outros seres vivos. fechada, para evitar que os alunos
Muitas bactérias, como a Bacillus subtilis, são benéficas inalem esporos.

W ER
CE
aos ambientes, auxiliando na decomposição de restos de

EN
• Oriente-os a nunca ingerir alimentos

CI S
animais e de plantas, liberando nutrientes que contribuem
com bolor, nem mesmo cortando fora
para o desenvolvimento das plantas.
o pedaço com fungo. Há partes dele
Bactéria Bacillus subtilis.
Imagem ampliada cerca
(hifas) que não vemos e que penetram
de 4 500 vezes e no alimento, portanto há risco de in-
UAL
S UNLIMITED/BSIP
/GL
colorizada em gerirmos o que restou do bolor.
V IS OW
computador.

LEONARDO DE MOURA AMARAL


IM
AG
E • Comente que alguns fungos produ-
S

zem substâncias tóxicas que, quan-


do ingeridas, por meio de alimentos
contaminados, podem causar into-
xicações severas em seres huma-
nos e animais.
O protozoário Triconympha sp vive no
interior do sistema digestório do cupim, Respostas
K C
AD/SHUT TERSTO

auxiliando na digestão do alimento ingerido


por esse animal. Imagem ampliada cerca de 1. Espera-se que os alunos respon-
65 vezes e colorizada em computador. dam que alimentos com bolor não
IK U

Cupim. são adequados para o consumo


HA
TC

humano, pois podem causar into-


HA

I
C

AR
.P
MR
xicação alimentar, prejudicando a
Os protozoários são seres vivos microscópicos que podem ser
saúde.
encontrados em ambientes aquáticos e em ambientes terrestres
úmidos. Alguns protozoários auxiliam na decomposição de 2. O objetivo desta questão é que os
restos de animais e de plantas. Existem, também, protozoários alunos reflitam sobre atitudes ci-
que vivem associados a outro ser vivo, trazendo-lhe benefícios. dadãs que contribuem para ajudar
na manutenção da saúde de outras
pessoas. Eles podem responder
Representação de um parque. que não comprariam e que avisa-
riam os funcionários do mercado
13 responsáveis pelo setor para retirar
o produto da gôndola.

Mais atividades
• Competência geral 7: Argumentar
• Proponha a montagem de um experimento com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento com base em fatos, dados e infor-
de bolor em pão. mações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos
• Você vai precisar de um pedaço ou fatia de pão, saco plástico transparente, fita adesiva e água.
de vista e decisões comuns que
• Pingue gotas de água no pão e coloque-o dentro do saco plástico. respeitem e promovam os direitos
• Feche o saco com fita adesiva, vedando-o bem e mantendo-o em local iluminado (sem luz solar humanos e a consciência socio-
direta) e que não seja frio. ambiental em âmbito local, regio-
nal e global, com posicionamento
• Observe o pedaço de pão durante sete dias, sem abrir o saco.
ético em relação ao cuidado de si
• Pergunte aos alunos quais mudanças eles observaram e peça que expliquem o que aconteceu. mesmo, dos outros e do planeta.

13
Destaques da BNCC
• As informações sobre a presença de
seres vivos microscópicos no nosso Muitos produtos que utilizamos em nosso cotidiano, como alguns alimentos,
cotidiano, como bactérias e fungos, medicamentos e combustíveis, são fabricados com o auxílio de seres vivos
indicam a participação desses se- microscópicos. Veja alguns exemplos.
res vivos na produção de alimentos,
combustíveis e medicamentos. O
trabalho com esse assunto permi-
A bactéria Lactobacillus O fungo Saccharomyces cerevisae,
te o desenvolvimento da habilidade
EF04CI07 da BNCC, descrita ante- bulgaricus, por exemplo, auxilia conhecido como levedura, é utilizado no
riormente. na produção de derivados do fermento biológico, que auxilia no
leite, como iogurte e queijo, por preparo de pães e de outras massas.
meio da fermentação. Ao realizar o processo de fermentação,
• A primeira pergunta permite que os esse fungo libera gás carbônico, que faz
alunos aprendam a cuidar de sua com que a massa fique fofa e macia.
saúde física, o que contribui para o

A
EN
AR
desenvolvimento da Competência
OTO
A

N
RE
SOURCE / F

OA
geral 8 da BNCC, descrita anterior-

OT
Fungo

E /F
mente.

/S C I E N C E S O U R C
Saccharomyces
I EN C E

• Pergunte aos alunos se eles sabem cerevisae.


SC
AT/

Imagem
IM

como se faz pão ou queijo e explique


SC

ampliada cerca

L I PS
que a produção desses alimentos de 23 000 vezes

IL
PH
e colorizada em

M.
envolve o uso de seres vivos micros-

D I
AV
Bactéria Lactobacillus
D
computador.
cópicos. bulgaricus. Imagem ampliada
• Relembre-os de que alguns fungos cerca de 7 000 vezes e 5. Espera-se que os alunos comentem que uma
colorizada em computador. alimentação saudável deve ser composta de
são comestíveis, mas nem sempre o
alimentos variados, em quantidade adequada.
vemos nos alimentos, como é o caso
de bebidas lácteas e de pães.
• Explore as imagens da página e, ao
trabalhar com as fotos, pratique com
os alunos a interpretação das infor-
mações sobre a ampliação indicada.
• Explique que os “furinhos” que ficam
no pão, depois de pronto, são resul-
tado da ação dos fungos que com-
põem o fermento, necessário para a
massa crescer.
• Comente que os fungos tipo levedu-
ra também são utilizados na produ-
ção de álcool usado como combustí-
vel; na ilustração, a indexação dessa
informação aparece no tanque de
combustível do veículo estacionado. 5. Como deve ser a alimentação que contribui para uma vida saudável?

14

g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 14 17/01/18 6:33 PM g19


• Fungos microscópicos, como a levedura do pão, já faziam parte da produção de alimentos mes-
mo antes de sabermos da existência deles. Para saber mais sobre a história do pão e da fermen-
tação, leia o texto indicado a seguir.
• O pão nosso de cada dia, de Maria Ramos. Disponível em: <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/
cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=817&sid=7>. Acesso em: 11 jan. 2018.

14

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 14 18/01/18 6:05 PM


Destaques da BNCC
• Quando os alunos compartilham

A penicilina é um antibiótico utilizado no saberes sobre os benefícios do uso


de etanol ao ambiente, em detrimen-
Não tome medicamentos tratamento de algumas doenças causadas
to da gasolina, têm a oportunidade
sem orientação médica. por bactérias, como a pneumonia, a
de argumentar com base em fatos,
meningite bacteriana e a sinusite. Esse
dados e informações confiáveis e de
medicamento é produzido a partir de fungos formular e defender ideias, pontos de
que produzem substâncias que inibem o vista e decisões comuns que respei-
crescimento de diversos tipos de bactérias. tem e promovam a consciência so-
Além da penicilina, existem outros cioambiental, com posicionamento
medicamentos produzidos a partir de seres ético em relação ao cuidado com o
vivos microscópicos. planeta, conforme a Competência
A bactéria Clostridium botulinum, por geral 7 da BNCC, descrita anterior-
exemplo, é utilizada para produzir um mente. Ao orientá-los para não se
medicamento que trata pessoas com medicarem sem orientação médica,
espasmos musculares. eles são colocados em posição de
se conhecer e cuidar de sua saúde
Fungos Penicillium notatum. física, como indicado pela Compe-

A
EN
AR
Imagem ampliada cerca de

TO
tência geral 8 da BNCC, descrita an-

/FO
600 vezes e colorizada em

L
OSCOPY/SP
computador. teriormente.

MICR
EL
O etanol é produzido a partir

NK
KU
S
da fermentação da cana-de- Atitude legal

NI
EN
D

-açúcar. Essa fermentação é • Segundo a cartilha Uso correto


realizada pelo fungo de medicamentos, o Ministério da
Saccharomyces cerevisae. Saúde e outras instituições defi-
Durante esse processo, os nem que “O uso racional de medi-

MÁRCIO GUERRA
fungos alimentam-se do camentos parte do princípio de que
açúcar da cana, liberando o paciente recebe o medicamento
etanol e gás carbônico. apropriado para suas necessida-
des clínicas, nas doses individu-
K
OC

almente requeridas para um ade-


ST
TIN
/L A

quado período de tempo e a um


RY
BR A

Fungos
baixo custo para ele e sua comu-
CE PHOTO LI

Saccharomyces
cerevisae. Imagem nidade.”. A cartilha está disponível
ampliada cerca de em: <https://portal.fiocruz.br/sites/
C I EN

3 000 vezes e
R /S

portal.fiocruz.br/files/documentos/
NE

colorizada em
SS

USO%20CORRETOcartilha_final.
EI

computador.
M
H

C
GS
ST
EV
E
pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018.
• Medicamentos são substâncias
6. Converse com um colega sobre uma vantagem para o ambiente de utilizar utilizadas para aliviar sintomas ou
etanol em vez de gasolina.Resposta desta questão nas orientações para o professor. curar doenças. Existe uma série
de cuidados a serem tomados
15 para garantir que um remédio irá
proporcionar bem-estar e não
causar problemas, como prazo
de validade vigente, utilização em
• Inicie o estudo desta página perguntando aos alunos se eles já precisaram ser medicados com antibi- conjunto com outras substân-
óticos quando ficaram doentes e se sabem por que o médico prescreveu esse tipo de medicamento. cias, idade e estado de saúde do
• Explique que antibióticos, como a penicilina, são substâncias utilizadas para inibir o crescimento paciente, entre outros.
de bactérias ou destruí-las, evitando que elas causem mais danos à saúde do ser humano. • As indicações referentes a medica-
• Promova uma discussão sobre o uso do petróleo e seus malefícios ao ambiente. Aproveite para mentos “tradicionais” valem para
verificar se os alunos relacionam a produção desses combustíveis a recursos naturais renováveis receitas caseiras, incluindo chás e
e não renováveis. os fitoterápicos. Ser uma substân-
cia natural não garante que ela não
Resposta
provocará intoxicação, alergia ou
6. Espera-se que os alunos citem durante a conversa que nos automóveis, o etanol libera menor
quantidade de gases poluentes na atmosfera do que a gasolina, além de ser fabricado a partir outros efeitos indesejáveis.
de um recurso natural renovável – a cana-de-açúcar.

15
Objetivos
• Conhecer informações sobre a
descoberta da penicilina.
• Perceber a relação entre bacté-
CIDADÃO
rias e fungos na descoberta da DO MUNDO
penicilina.
• Reconhecer a importância da
A descoberta da penicilina
descoberta da penicilina. O uso da penicilina foi descoberto em
1929 pelo bacteriologista escocês Alexander
Fleming (1881-1955), enquanto ele estudava
Destaques da BNCC
maneiras de combater bactérias que
• O conteúdo valoriza e utiliza conhe- causavam doenças.
cimentos científicos historicamente
Na época, Fleming ficou um período
construídos para explicar a realidade

A
de férias e esqueceu destampadas algumas

ENR
científica e tecnológica por trás do

OA
OT
placas contendo colônias de bactérias,

Y/F
desenvolvimento de medicamentos,

AM
que utilizava em seus estudos.

/AL
conforme a Competência geral 1 da

N
CA
DIS
BNCC, descrita anteriormente. Alexander Fleming

ME

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
em seu laboratório.
• Ao compartilhar suas opiniões sobre
a importância das pesquisas científi- Essas placas foram contaminadas pelo fungo Penicillium notatum. Após
cas na vida das pessoas, os alunos retornar de férias, ele percebeu que as bactérias não se desenvolveram nas
podem argumentar com base em fa- regiões próximas aos fungos das placas contaminadas.
tos, dados e informações confiáveis
R EN A
que promovam um posicionamento R CE
/FO
TOA

OU
ético em relação ao cuidado de si IE
NC
E
S
colônias de
mesmo, dos outros e do planeta,
SC

fungo bactérias
contribuindo para o desenvolvimen-
to da Competência geral 7 da BNCC,
Placa de Petri original de
descrita anteriormente. Fleming contendo colônias de
bactérias, o fungo Penicillium
notatum e a região próxima ao
fungo onde houve inibição do
• Essa seção tem como objetivo de-
crescimento das bactérias.
senvolver o tema contemporâneo
Ciência e tecnologia ao abordar a Região na qual o
descoberta da penicilina. crescimento das
bactérias foi inibido
• Peça aos alunos que descrevam o pelo fungo.
que veem nas imagens (verifique se • Converse com os
conseguem identificar que são fun- Foi então que Fleming passou a estudar
esses fungos e descobriu que eles produzem colegas sobre a
gos e bactérias). Em seguida, peça
substâncias que inibem o crescimento de importância das
que tentem explicar o que teria acon-
algumas bactérias. A partir desses estudos, pesquisas científicas
tecido nas placas de Petri.
Fleming desenvolveu o primeiro antibiótico, a na vida das pessoas.
• Durante a leitura, comente que, mui-
tas vezes, as descobertas científicas penicilina, que passou a ser produzida em
começam com a simples observa- laboratórios em 1938.
ção de um fenômeno, da qual surge 16
uma pergunta. A busca pela resposta
conduzirá a pesquisa e os resultados
poderão levar a outras descobertas
g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 16 17/01/18 6:33 PM g19
ou ao desenvolvimento de produtos, Resposta
como outros antibióticos. • Espera-se que os alunos reflitam que as pesquisas científicas têm influência direta na sociedade
• Explique que já se passaram mais e também são influenciadas pela sociedade. Muitas pesquisas científicas possibilitam o desen-
de cem anos desde o desenvolvi- volvimento de produtos que melhoram a qualidade de vida das pessoas, assim como ajudam
mento da penicilina, mas que, na a preservar o ambiente. No entanto, existem pesquisas científicas que acabam prejudicando
Ciência, isso é considerado relati- muitas pessoas, como é o caso do desenvolvimento de bombas nucleares. Se achar conve-
vamente recente. niente, neste momento, expanda a discussão para os aspectos negativos de muitas pesquisas
científicas.

16

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 16 18/01/18 6:05 PM


• Pergunte aos alunos se eles acham
que todas as bactérias prejudicam a
saúde do ser humano e outros seres
As bactérias benéficas aos seres humanos vivos.
• Relembre que bactérias podem estar
Quando pensamos em bactérias, geralmente nos lembramos de seres presentes em diversos ambientes e
vivos microscópicos que podem causar problemas de saúde. Porém, muitas até mesmo no nosso corpo, tanto por
bactérias que existem em nosso corpo são essenciais para manter o bom fora quanto por dentro.
funcionamento do organismo. Veja alguns exemplos. • Explique que o corpo humano pode
oferecer condições favoráveis a so-
brevivência das bactérias, como
A bactéria Staphylococcus temperatura ideal, oferta de água e
aureus pode ser encontrada na pele nutrientes.
do ser humano e auxilia a protegê-la • Comente que os exemplos dessa
contra outras bactérias. página mostram benefícios das bac-
NK E
L MICROSCOPY
/ SC
térias para o nosso corpo, mas que
KU I EN
IS
DE
NN
CE
muitas vezes elas não têm efeito po-

PH
Imagem de bactérias
sitivo nem negativo.

OT
O
Staphylococcus

L IB
R AR
aureus ampliada • Explique que há situações em que

Y/L ATINSTOCK
cerca de 2 800 vezes.
essas mesmas bactérias podem
Esta imagem foi
obtida por um prejudicar nossa saúde, por exem-
microscópio e plo, a Propionibacterium acnes pode
colorizada em
promover a inflamação dos folículos
computador.
pilosos, causando acne; a E. coli
pode causar infecções intestinais
e urinárias, especialmente quando
proveniente do corpo de outros or-
A bactéria Escherichia coli auxilia ganismos, por meio da água e dos
MICHAELJUNG/SHUTTERSTOCK

na digestão dos alimentos e pode ser alimentos contaminados.


encontrada no intestino do ser humano
• Em relação à compreensão da inte-
e de outros animais.
I EN
CE PHOTO LIBR A
RY/
LA
ração entre nosso corpo e os seres
C TI N
/S
N
ER ST
vivos microscópicos que o habitam,
SS

O
CK

é importante deixar claro para os


EI
HM

Imagem de bactérias
SC

Escherichia coli, alunos que benefícios ou malefícios


EG
ST E V

ampliada cerca de
resultantes da nossa microbiota de-
8 000 vezes. Esta
imagem foi obtida pendem de uma série de fatores. Ida-
por um microscópio de, estado geral de saúde e dimen-
e colorizada em
são da população microbiana são
computador.
alguns desses fatores.
Menina. • Obesidade e alergias, por exemplo,
podem resultar de um desequilíbrio
As bactérias costumam ficar em alguns órgãos do corpo, como pele,
na comunidade bacteriana, e a nos-
intestino, estômago, esôfago e órgãos genitais. Elas auxiliam na proteção e no
sa alimentação tem papel importante
bom funcionamento de nosso organismo.
no estabelecimento dessa comuni-
dade.
17 • Para saber mais sobre esse tema,
sugerimos a leitura dos dois tex-
tos a seguir: Carboidratos e micro-
33 PM g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 17 17/01/18 6:33 PM biota intestinal, de Alane Beatriz
Vermelho. Disponível em: <http://
www.microbiologia.ufrj.br/portal/
index.php/pt/destaques/novidades-
sobre-a-micro/289-carboidratos-e-
a-microbiota-intestinal>. Acesso em:
11 jan. 2018.
• A microbiota humana, de Luiz Caeta-
no Martha Antunes. Ciência Hoje, São
Paulo, SBPC, v. 53, n. 316, p. 26-29,
jul. 2014.

17

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 17 18/01/18 6:05 PM


Objetivos
• Preparar uma receita de iogurte.
• Investigar o processo de fermen-
tação.
INVESTIGAR E COMPARTILHAR
• Verificar a participação de seres • O que ocorre com o leite se ele for misturado com iogurte natural?
vivos microscópicos na produção Espera-se que os alunos respondam que ocorre a fermentação do leite por causa
de alimentos. da ação de seres vivos microscópicos presentes no iogurte natural.

Destaques da BNCC MATERIAIS


• A atividade permite aos alunos com-
• 1 L de leite
A
preenderem estruturas explicati- Peça ao adulto que
vas das Ciências da Natureza, bem • vasilha plástica com tampa aqueça o leite até que
como dominar processos, práticas • copo de iogurte natural fique morno e depois
despeje-o na vasilha
e procedimentos da investigação • colher plástica.
científica. Isso permite desenvolver a
Competência geral 2 da BNCC. • panela para aquecer o leite
• Os alunos deverão agir coletivamen- • toalha ou guardanapo de tecido
te com autonomia e flexibilidade na
discussão das conclusões, com
base nos conhecimentos construí-
O procedimento descrito no item A Imagem
dos, conforme indica a Competên- deve ser realizado por um adulto. referente à
cia geral 10 da BNCC. etapa A.
FOTOS: JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS

Tampe a vasilha e enrole-a com a toalha


C
Com cuidado, despeje
• Nessa atividade, os alunos irão pre-
parar uma receita de iogurte para
B o iogurte natural na
vasilha com leite e
ou com o guardanapo. Em seguida,
coloque-a em um local que não receba
verificar o processo de fermentação. mexa bem. luz solar diretamente.
Para isso, providencie antecipada-
mente os materiais necessários.
• Essa atividade permite explorar os
cuidados que devemos ter durante
o preparo dos alimentos. Questione-
-os sobre esses cuidados.
• Informe-os que, nos itens a e c, so-
mente um adulto poderá aquecer o
leite e despejá-lo na vasilha. As eta-
pas nas quais é necessário manipu-
lar o leite quente devem ser realiza-
das por um adulto.
• A mistura de leite com o iogurte na-
tural deve permanecer em um local Imagem referente
às etapas B e C.
que não receba luz solar diretamente
e que animais ou crianças não te-
nham acesso. Ela deve permanecer 18
em repouso de acordo com o tempo
indicado na atividade.
g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 18 17/01/18 6:33 PM g19

18

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 18 18/01/18 6:06 PM


• Após a observação dos resultados,
sugira aos alunos que peçam a um
adulto que bata no liquidificador o
Após 12 horas,
D desenrole a vasilha,
tire sua tampa e
iogurte produzido com frutas da pre-
ferência deles, para torná-lo mais
observe como está saboroso.
seu conteúdo. Para seu iogurte natural ficar • Oriente os alunos a registrar no ca-
ainda mais saboroso, peça a
um adulto que o bata no
derno as respostas e a conclusão do
Com a colher, mexa Registre o que você observou.
E
liquidificador com as frutas
bem o conteúdo da de sua preferência.
• Caso os resultados da atividade não
vasilha, leve-o à
tenham sido satisfatórios, questio-
geladeira por
algumas horas e ne os alunos sobre o que pode ter
depois você já pode ocasionado esse fato. As possíveis
consumir. causas podem ser: o leite não foi
aquecido suficientemente ou estava
quente demais; o tempo de repou-
so não foi suficiente; a quantidade
de iogurte natural não foi suficiente.
Se isso ocorrer, sugira que repitam
a atividade em casa, sob orientação
de um adulto, corrigindo o que pos-
sivelmente levou a um resultado in-
satisfatório.

Acompanhando a aprendizagem
• Aproveite a execução da atividade
para verificar se os alunos antecipam
o que irá acontecer após o tempo
de repouso da mistura de leite com
iogurte. Observe também se mani-
pulam o material corretamente, se
acompanham as etapas indicadas e
se agem com autonomia, ao mesmo
Imagem referente às etapas D e E.
tempo que compartilham as tarefas.

REGISTRE O QUE OBSERVOU


Respostas
1. O que você observou ao destampar a vasilha, na etapa D? 1. Espera-se que os alunos respon-
dam que o leite estava com apa-
2. O que fez o leite se transformar em iogurte?
rência de talhado (coalhado).
3. O que você concluiu com a realização dessa atividade? 2. Espera-se que os alunos respon-
dam que é a ação dos seres vivos
4. Converse com seus colegas e compare o resultado da microscópicos presentes no iogur-
atividade realizada. te natural que foi adicionado ao leite.
3. Resposta pessoal. Espera-se que
19 os alunos respondam que a ação
de alguns seres vivos microscópi-
cos pode ser utilizada no preparo
33 PM g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 19 17/01/18 6:33 PM de alguns alimentos.
• Competência geral 2: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
4. Resposta pessoal. Espera-se que os
ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, alunos conversem com os colegas
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar sobre os resultados obtidos na reali-
soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas. zação da atividade experimental.
• Competência geral 10: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexi-
bilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base nos conhecimentos constru-
ídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

19

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 19 18/01/18 6:06 PM


• Ao iniciar a atividade 1, pergunte aos
alunos se eles já observaram rótulos
de produtos de limpeza e que infor-
mações apresentavam.
• Não permita que os alunos manipu-
ATIVIDADES
lem embalagens de produtos de lim- 1. No rótulo de alguns produtos de limpeza existem informações como as
peza. Uma alternativa é fotografar o apresentadas abaixo.
local da embalagem que contém as
informações desejadas, imprimir a

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


informação e plastificar a impressão,
para reaproveitar esse material em
outras oportunidades.
• Os lactobacilos vivos, mencionados
na atividade 2, são considerados Rótulo de
probióticos, termo utilizado para in- um produto
de limpeza.
dicar bactérias que passam a barrei-
ra ácida do estômago e chegam in-
• Qual é a importância de utilizar esse tipo de produto na limpeza das
tactas ao intestino, onde colonizam.
Eles ajudam a combater ou evitar ca-
residências? Por quê?

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
rências na flora intestinal e criam um Espera-se que os alunos respondam que, de acordo com as informações do rótulo,
ambiente adequado ao estabeleci-
esse tipo de produto de limpeza elimina bactérias e fungos. Por isso, o uso desse
mento de outras bactérias benignas.
Também produzem uma proteção produto ajuda a manter os ambientes limpos, reduzindo a quantidade de bactérias e
mucosa para as paredes intestinais fungos que podem provocar doenças nos seres humanos e em outros animais.
e sintetizam vitaminas do complexo
B, necessárias ao nosso organismo.

2. Gustavo pegou um pote de leite fermentado na geladeira e viu em sua


embalagem a informação abaixo. Então, Gustavo perguntou à sua mãe o que
são lactobacilos vivos.
lactobacilos vivos
a. Pesquise como você poderia responder à

VANESSA VOLK/ASC IMAGENS


pergunta feita por Gustavo.
Espera-se que os alunos respondam que os
lactobacilos vivos são bactérias.

b. Por que esses seres vivos estão presentes


nesse produto?
Porque, além de auxiliar no processo de fermentação
do leite, essa bactéria auxilia no bom funcionamento
do intestino humano.
Rótulo de um pote de leite
fermentado.

20

g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 20 17/01/18 6:33 PM g19

Mais atividades
• Para complementar a atividade 1, peça aos alunos que realizem a seguinte atividade em casa.
Com a ajuda de um adulto, solicite que observem rótulos de produtos de limpeza em casa e ve-
rifiquem se possuem informações como as apresentadas na imagem. Depois, devem anotar os
tipos de produtos nos quais encontraram essas informações.
• Geralmente, os alunos encontrarão informações relacionadas à eliminação de bactérias em alve-
jantes, produtos para limpeza do banheiro, produtos para vaso sanitários, entre outros.
• Enfatize que essa atividade somente deve ser realizada com um adulto. Os alunos não devem
manipular produtos de limpeza sem o acompanhamento de um adulto.

20

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 20 18/01/18 6:06 PM


• Na atividade 3, foi citado um exem-
plo de relações entre seres vivos
microscópicos e animais ruminan-
3. No estômago de animais ruminantes,

AODAODAODAOD/SHUTTERSTOCK
tes. Os ruminantes se alimentam de
como a vaca, existem seres vivos vegetais, portanto, são herbívoros,
microscópicos que auxiliam na mas não conseguem digerir a celu-
digestão do alimento ingerido. lose presente no alimento. No rúmen
Vaca.
(estômago compartimentalizado)
desses animais, são encontrados
Vaca pode atingir cerca de 1,3 m de altura. protozoários, bactérias e fungos. A
ação desses seres vivos microscó-
Marque um X na sentença que responde corretamente à questão a seguir: picos auxilia na digestão dos car-
Os seres vivos microscópicos que vivem no estômago de animais ruminantes boidratos (celulose), o que fornece
são benéficos ou prejudiciais a eles? Por quê? energia aos ruminantes. Além disso,
esses seres vivos transformam com-
Os seres vivos microscópicos presentes no estômago de animais
postos nitrogenados em proteínas,
ruminantes são maléficos, pois provocam doenças no sistema digestório
que são aproveitadas na nutrição
desses animais. dos ruminantes. Essa relação é be-
Os seres vivos microscópicos presentes no estômago de animais néfica para ambos (simbiose), pois
X
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

ruminantes são benéficos, pois ajudam na digestão do alimento ingerido seres vivos microscópicos e animais
por esses animais. conseguem aproveitar os nutrientes
contidos nos alimentos.
4. Valquíria tomou um pouco de leite, mas se esqueceu de guardar o restante na • Ao trabalhar a atividade 4, comente
geladeira. No dia seguinte, ela percebeu que o leite estava com suas a importância de se guardar o leite
características alteradas. (e outros alimentos) na geladeira para
a. Ordene as letras seguindo a ordem crescente dos números e encontre o evitar que bactérias patogênicas se
nome do ser vivo microscópico que realizou a fermentação e alterou as proliferem, pois a baixa temperatura
características do leite. diminui a atividade metabólica dos
seres vivos microscópicos.
• Lembre os alunos de que na ativida-
4 2 8 5 1 3 6 7
de em que fizeram iogurte foi neces-
sário aquecer o leite para que hou-
t a a é b c r i
vesse a fermentação.
• Enfatize que, mesmo dentro da gela-
Bactéria. deira, os alimentos devem ser guar-
dados em recipientes adequados,
b. O que Valquíria deveria ter feito com o leite para evitar que ele tivesse suas
limpos e bem vedados. Além disso,
características alteradas?
ao manipular os alimentos, é neces-
Os alunos podem responder que Valquíria deveria ter guardado o leite na geladeira. sário estar com as mãos limpas para
Complemente as respostas dos alunos comentando que a baixa temperatura do não haver contaminação.

interior da geladeira contribui para diminuir a atividade metabólica das bactérias,


conservando o leite e outros alimentos por mais tempo.

21

33 PM g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 21 17/01/18 6:33 PM

21

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 21 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• A atividade 6 contribui para que os
alunos aprendam a cuidar de sua 5. Rogério preparou a massa de

MINT IMAGES/EASYPIX
saúde física e desenvolvam a Com- alguns pães. Após enrolá-los
petência geral 8 da BNCC, descrita e deixá-los em repouso,
anteriormente. Além disso, essa ati-
percebeu que havia
vidade também oferece espaço para
esquecido de colocar um
que se conheçam formas de trans-
ingrediente, pois a massa não
missão de fungos, as atitudes e as
havia crescido.
medidas adequadas para prevenção
de doenças a eles associadas, con-
tribuindo para o desenvolvimento da
habilidade EF04CI08 da BNCC. Rogério preparando um pão.

a. Qual ingrediente Rogério esqueceu de adicionar à massa?


• Ao trabalhar a atividade 5, comente
que em muitas receitas, como as de Espera-se que os alunos citem o fermento biológico.
bolo, recomenda-se a utilização do
b. Qual ser vivo microscópico existente nesse ingrediente é responsável pelo
fermento químico, não o biológico.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
crescimento da massa? Marque um X na resposta correta.
Explique que os dois tipos de fermen-
to ajudam no crescimento da massa, Uma bactéria chamada Saccharomyces cerevisae.
por meio da fermentação, mas que
atuam de formas diferentes e têm X Um fungo chamado Saccharomyces cerevisae.
composições distintas. Enquanto o
fermento biológico é feito de fungos, 6. As frieiras podem afetar o ser humano, geralmente, nos espaços entre os dedos
o químico tem como um dos com- dos pés. Elas são causadas por fungos.
ponentes principais o bicarbonato
RICHARD WAREHAM FOTOGRAFIE/SCIENCE
PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK

de sódio. Se julgar interessante, leve


para a aula os dois tipos e mostre aos
alunos as diferenças entre os produ-
tos (cor, textura, granulação).

Acompanhando a aprendizagem
• Durante a correção do item a da
atividade 6, verifique se os alunos
relacionam o desenvolvimento dos Frieira entre os
fungos causadores da frieira a locais dedos do pé de
uma pessoa.
úmidos, como é o caso dos pés que
vivem dentro de calçados fechados,
principalmente entre os dedos. a. Por que esses locais do corpo favorecem o desenvolvimento dos fungos
causadores da frieira?
Porque geralmente são locais úmidos e escuros, característica adequada para o
• Ao ouvir as respostas dos alunos para desenvolvimento dos fungos.
o item b da atividade 6, registre na lou- b. Converse com seus colegas sobre atitudes que ajudam a evitar as frieiras
sa os cuidados citados por eles e, se nos pés. Os alunos podem citar enxugar bem os pés e entre os dedos dos pés
após o banho e, sempre que possível, usar calçados arejados, evitar usar
necessário, complemente-os. Outras 22 meias e calçados de outras pessoas, entre outros cuidados.
indicações são: secar entre os dedos
dos pés utilizando papel higiênico;
aguardar a secagem total dos pés
g19_4pmc_lt_u1_p008a022.indd 22 17/01/18 6:33 PM g19
antes de calçar meias ou calçados;
• EF04CI08: Propor, a partir do conhecimento das formas de transmissão de alguns microrga-
trocar de meias todos os dias e dar
preferência às de algodão; usar chi- nismos (vírus, bactérias e protozoários), atitudes e medidas adequadas para a prevenção de
nelos para tomar banho em chuveiros doenças a eles associadas.
públicos ou de centros esportivos.

22

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 22 18/01/18 6:06 PM


Objetivos
• Reconhecer a existência de seres

2
1 Transmissão de doenças vivos microscópicos causadores
de doenças.
• Compreender mecanismos de
Veja o que aconteceu com Júlia.
Os sintomas e a transmissão de doenças virais e
presença de pus indicam que como preveni-las.
Júlia, acho que você está com amigdalite
1 • Conhecer o conceito de doenças
você está com bacteriana.
Mamãe, estou transmissíveis e não transmissíveis.
febre. Vamos ao
com dor de • Conhecer as formas de contá-
médico. 2
garganta e um gio direto e indireto das doenças
pouco de frio. transmissíveis.

Destaques da BNCC
• Os cuidados da mãe e da menina ao
buscar um médico contribuem para
que os alunos se conheçam e apren-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

dam a cuidar de sua saúde física, de-


senvolvendo a Competência geral 8
da BNCC, descrita anteriormente.
Amigdalite bacteriana é uma doença • O tema 2 propõe, com base no co-
que atinge as amígdalas. Ela é causada Júlia, para melhorar da nhecimento das formas de transmis-
por um ser vivo muito pequeno, que só doença, você vai ter que são de alguns seres vivos microscó-
pode ser visto com a ajuda de um tomar o remédio que eu picos (vírus, bactérias e protozoários),
microscópio. Esse ser vivo pode causar receitei. Combinado? atitudes e medidas adequadas para a
esses e outros sintomas. prevenção de doenças a eles asso-
ciadas. Isso permite desenvolver a
4 habilidade EF04CI08 da BNCC, des-
O que é crita anteriormente.
isso?
• Inicie este tema perguntando aos
alunos se conseguem reconhecer
quando estão doentes. Pergunte
3
Combinado, quais sintomas costumam associar a
MÁRCIO GUERRA

doutor.
ILUSTRAÇÕES:

algum mal-estar e o que fazem quan-


do começam a percebê-los.
• Diga aos alunos que pus é um líquido
amarelado que se forma em proces-
1. Em sua opinião, de qual ser vivo o médico estava falando?
Espera-se que os alunos respondam que o médico estava se referindo a uma bactéria. sos infecciosos.
• Pergunte se conseguem identificar

Tome remédios somente com prescrição Sempre que não estiver se sentindo bem,
qual remédio foi receitado para Júlia.
médica e orientação de um adulto. peça ajuda ao adulto responsável. Espera-se que respondam que pode
ser um antibiótico, pois Júlia tem uma
Verifique se os alunos já passaram por uma situação como a citada nesta página.
Peça-lhes que descrevam quais sintomas tiveram e o que fizeram para melhorar. 23 doença causada por uma bactéria e
a função do antibiótico é eliminar e
inibir o crescimento de bactérias,
evitando que causem mais danos à
33 PM g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 23 17/01/18 6:44 PM
• Comente que é preciso seguir as recomendações de uso dos antibióticos, respeitando o tempo saúde da menina.
indicado de medicação, mesmo que os sintomas desapareçam antes. Explique que, se pararmos • Esclareça aos alunos que, ao se sen-
de tomar o antibiótico antes do tempo, algumas bactérias podem sobreviver por serem mais re- tirem doentes, é importante solicitar
sistentes ao remédio, podendo se multiplicar, originando mais bactérias resistentes. a um adulto que os levem a um mé-
dico para avaliar sua saúde, pois ele
é um profissional qualificado para
Atitude legal identificar e interpretar os sinais das
• Explique aos alunos que não se sentir bem é sinal de algum problema no funcionamento do doenças, além de orientar sobre a
organismo e, por isso, é importante consultar um médico para que ele avalie o estado de saúde medicação. Reforce o cuidado de
e prescreva medicação, se necessário. não se automedicar, indicada no
boxe Cuidado.

23

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 23 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• Saber sobre a falta de consenso em
incluir ou não os vírus em grupos As doenças transmissíveis geralmente são causadas por
biológicos permite aos alunos de- bactérias, protozoários e fungos, mas também podem ser

CE
I EN K
IBR AR MATINSTOC
senvolver a Competência geral 1 da transmitidas por vírus.

A /S C
BNCC, descrita anteriormente, evi-

Y/L A
Veja na imagem ao lado a bactéria causadora da

AT
denciando que as ciências são um

OT LOUN
amigdalite bacteriana.

OL
PHK ARI
empreendimento humano e reco- Bactéria chamada Streptococcus strain, causadora

DR
nhecendo que o conhecimento cien- da amigdalite bacteriana. Esta imagem foi ampliada
cerca de 44 000 vezes e colorizada em computador.
tífico é provisório, cultural e histórico.

Vírus
• Antes de abordar os vírus, pergunte
aos alunos se eles já tiveram gripe e Os vírus podem causar doenças aos seres humanos e a

NA
outros seres vivos. Eles são muito pequenos e podem ser

ARE
se sabem como podemos contrair

SOURCE /FOTO
doenças como essa. vistos somente com a utilização de microscópio eletrônico.
• Comente que a gripe é causada por O vírus necessita de um ser vivo para poder se

NCE
vírus e inicie a leitura do texto e das desenvolver. Caso contrário, ele não realiza suas

C IE
/S
NI
atividades, não se reproduz e permanece inativo.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
imagens sobre os vírus.

LI
L
VA
CA
ES
JAM
• Ao explorar a imagem do vírus, ex- As doenças causadas por vírus são chamadas Vírus causador da varicela.
plique que eles podem ser ainda viroses. Entre elas podemos citar a poliomielite, a Imagem ampliada cerca de
menores que as bactérias, portanto 500 000 vezes e colorizada
catapora, o sarampo e a dengue. em computador.
somente conseguimos enxergá-los
por meio de microscopia eletrônica.
• Comente que essa classificação ain- Os agentes causadores de doenças transmissíveis podem passar de uma
da é motivo de discordância entre os pessoa para outra de forma direta ou indireta.
cientistas. A transmissão direta pode ocorrer quando uma pessoa saudável entra em
• Auxilie os alunos a compreender o contato com uma pessoa contaminada ou com as secreções dela.
esquema de transmissão direta de A poliomielite, a gripe, a caxumba, o sarampo, a varicela (catapora), a
doenças. Veja abaixo sugestões tuberculose e a meningite são doenças que podem ser transmitidas de forma direta.
de perguntas que podem facilitar a
Pessoa Pessoa
compreensão:
.O que significa dizer que a pessoa
contaminada saudável

da esquerda está contaminada?


.O que significa dizer que a pessoa
da direta está saudável?
.Qual das duas pessoas irá transmi-
Contato direto, com
ANABELA88/SHUTTERSTOCK

CHIPMUNK131/
SHUTTERSTOCK
gotículas de saliva
ou secreções.
tir, ou seja, passar uma doença para
a outra?
.De que forma pode ocorrer essa Representação
transmissão?
.Em que situações pode haver trans-
da transmissão
direta de doenças
transmissíveis.
missão da pessoa contaminada
para a saudável?
24
• Promova uma reflexão dos alunos
sobre por que, às vezes, um colega
que está doente não pode ir à escola.
g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 24 17/01/18 6:44 PM g19
Explique que ele poderá transmitir a • Veja a seguir um texto sobre os vírus.
doença para outras pessoas.
Os vírus representam um grupo diverso de parasitas celulares obrigatórios, comumente
classificados como “microrganismos”. A classificação destes organismos como seres vivos
sensu stricto é controversa, uma vez que os vírus somente se reproduzem e desempenham
funções biológicas nas células do hospedeiro, e podem ocorrer na natureza como fragmentos
de ácido nucléico associados a cápsulas proteicas, destituídos de organelas e sem capacidade
replicativa, ou ainda como viroides e príons.
MANFIO, Gilson Paulo. Microrganismos. In: LEWINSOHN, Thomas Michel (Org.). Avaliação do Estado Atual do Conhecimento
da Biodiversidade Brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2006. Cap. 2, p. 135. (Biodiversidade 15). Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/Aval_Conhec_Cap2.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018.

24

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 24 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• A análise de cartazes de campanha
A transmissão indireta pode ocorrer por meio de objetos, água, solo ou contra doenças transmitidas por
animais contaminados. A dengue, a malária e a febre amarela são doenças que mosquitos dialoga com a Compe-
podem ser transmitidas de forma indireta. tência geral 4, da BNCC, descrita
anteriormente, pois utiliza conheci-
Pessoa Pessoa
contaminada saudável mentos das linguagens visual e cien-
tífica para partilhar informações.
• Ao avaliar ambientes para identifi-
car possíveis focos de mosquitos
transmissores da dengue, os alunos
Água, solo, objetos
SATTVA78/SHUTTERSTOCK

podem desenvolver a Competência

CHIPMUNK131/
SHUTTERSTOCK
ou animais
contaminados. geral 10 da BNCC, descrita anterior-
mente, uma vez que estarão agindo
pessoal e coletivamente e tomando
Representação decisões com base nos conhecimen-
da transmissão tos construídos na escola, conforme
indireta de doenças
transmissíveis. princípios éticos democráticos, in-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

clusivos, sustentáveis e solidários.

FRANK60/SHUTTERSTOCK
2. Sabendo que o mosquito Aedes aegypti
• Você pode iniciar a abordagem da
transmite o vírus causador da dengue, cite
transmissão indireta de doenças
uma maneira de prevenir essa doença.
Espera-se que os alunos analisem o conceito analisando com os alunos um car-
de transmissão indireta e percebam que uma taz de campanha contra a dengue
maneira de prevenir a dengue é eliminar e outras doenças transmitidas pelo
os focos do mosquito A dengue é transmitida pela picada do Aedes aegypti, como a zika e a chi-
mosquito Aedes aegypti contaminado
Aedes aegypti. pelo vírus causador dessa doença. kungunya. Diversas versões de cam-
Mosquito Aedes aegypti pode atingir panhas e outros recursos disponí-
cerca de 7 mm de comprimento. veis podem ser encontrados no site
Prevenção da dengue Portal Saúde. Disponível em: <http://
combateaedes.saude.gov.br/pt /
A dengue é uma doença que causa febre alta persistente, dores nas divulgue>. Acesso em: 11 nov. 2017.
articulações, no corpo e nos olhos, manchas avermelhadas espalhadas pelo • Destaque que o mosquito é o trans-
corpo, vômitos e sangramentos pelo nariz. Em alguns casos, ela pode missor do vírus contido nele e que é
provocar a morte da pessoa contaminada. o vírus o agente causador da doença.
Quando houver suspeita de dengue, o médico deverá ser consultado para Em razão de precisar do mosquito para
realizar o diagnóstico, fazer os exames adequados e indicar o tratamento. transportar o vírus, a dengue é uma do-
ença com transmissão indireta.
Uma das medidas de prevenção é eliminar os locais em que houver água
• Explore outras informações do car-
parada, como pneus, recipientes e calhas, para evitar que o mosquito se
taz escolhido, como as condições
reproduza.
em que o mosquito se reproduz, as
• Cite objetos que podem acumular água e se tornarem um criadouro do formas de evitar sua proliferação e,
mosquito Aedes aegypti. Verifique se os alunos citam pneus velhos, caixa-d’água consequentemente, a prevenção da
destampada, recipientes armazenados em locais que recebem água das chuvas, dengue.
pratos de vasos, entre outros objetos que possam acumular água. 25

44 PM g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 25 17/01/18 6:44 PM

Acompanhando a aprendizagem
• Oriente-os a avaliar o local onde moram, • Você pode pedir que tirem fotos do que avaliar a compreensão dos alunos sobre o
tanto sua residência quanto a vizinhança, considerarem ser focos e que tragam para assunto.
para verificar se há focos de mosquito. a aula seguinte. Desta forma, será possível

Mais atividades
• Leve os alunos para identificar possíveis eles possam intervir, peça que o façam, responsáveis pela limpeza da escola. Eles
criadouros do mosquito Aedes aegypti tampando lixeiras, por exemplo. Ao voltar também podem elaborar cartazes para fi-
no pátio da escola. Peça que registrem os para a sala de aula, sugira aos alunos que xar na escola, solicitando a colaboração
locais suspeitos (por escrito ou registro redijam uma carta coletiva relatando o que de todos no combate ao mosquito trans-
fotográfico). Caso haja situações em que foi encontrado e a encaminhem para os missor da dengue.

25

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 25 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• Ao interpretar a caderneta de vacina-
ção, os alunos desenvolvem a Com- Quando estamos doentes, geralmente ficamos indispostos e precisamos de
petência geral 4 da BNCC, descrita alguns cuidados, como ir ao médico, repousar e ingerir os medicamentos que o
anteriormente, pois utilizam conheci- médico indicar.
mentos de linguagem verbal escrita Embora muitas doenças transmissíveis tenham cura, a melhor atitude é
com abordagem científica.
preveni-las. Uma forma de prevenir algumas doenças é manter a vacinação em
• A Competência geral 5 é trabalhada dia, de acordo com os prazos indicados na Caderneta de Vacinação. Veja a seguir
com a compreensão das informa- algumas dessas vacinas.
ções na fonte da tabela de vacina-
ção, que leva os alunos a perceber Vacina Idade Doenças evitadas
a importância de obter informações
Formas graves da tuberculose
de fontes confiáveis e de forma críti- BCG Ao nascer
(miliar e meníngea).
ca em abordagens cotidianas.
Hepatite B Ao nascer Hepatite B.
Difteria, tétano, coqueluche,
2 meses
• Veja a seguir um texto sobre a revolta hepatite B, meningite e outras
Pentavalente (DTP + HB + Hib) 4 meses
infecções causadas pelo
da vacina. 6 meses
Haemophilus influenzae tipo b.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
2 meses
VIP (Vacina Inativada
4 meses Poliomielite (paralisia infantil).
Poliomielite)
[...] 6 meses
No Brasil, a história das vacinas VORH (Vacina Oral de 2 meses
nos leva ao início do século XX, Diarreia por rotavírus.
Rotavírus Humano) 4 meses
quando o sanitarista Oswaldo
Doenças invasivas e otite
Cruz iniciou campanhas de imuni-
2 meses média aguda causadas por
zação da população, diante do sur- Pneumocócica 10 (valente) 4 meses Streptococcus pneumoniae
to de varíola que ocorreu em 1904. 12 meses sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V,
Tais medidas levaram a um protes- 14, 18C, 19F e 23F.
to que ficou conhecido como Re-
volta da Vacina. A população con- 3 meses Doenças invasivas causadas
Meningocócica C (conjugada) 5 meses por Neisseria meningitidis do
testou a obrigatoriedade da vaci-
12 meses sorogrupo C.
nação contra a varíola, em novem-
bro de 1904, na cidade do Rio de 9 meses
Febre amarela Febre amarela.
Janeiro, então capital do Brasil. 4 anos
SRC (tríplice viral) 12 meses Sarampo, rubéola e caxumba.
Brasil. Ministério da Saúde - Centro Cultural
da Saúde. Revista da Vacina. Disponível em: 15 meses
<http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/>. VOP (Vacina Oral Poliomielite) Poliomielite (paralisia infantil).
4 anos
Acesso em: 11 jan. 2018.
Hepatite A 15 meses Hepatite A.
15 meses
DTP (tríplice bacteriana) Difteria, tétano e coqueluche.
4 anos
Sarampo, rubéola, caxumba e
SCRV (tetra viral) 15 meses
varicela.
9 a 14 anos (meninas) Infecções pelo Papilomavírus
HPV quadrivalente
12 anos (meninos) Humano 6, 11, 16 e 18.
Fonte de pesquisa: Caderneta de saúde da criança: passaporte da cidadania. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria
de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação-Geral de Saúde da Criança
e Aleitamento Materno. Brasília: Ministério da Saúde, 11 ed. 2017.

26

g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 26 17/01/18 6:44 PM g19

Mais atividades
• Após a leitura da caderneta de vacinação, oriente os alunos a conhecer e a compreender sua
própria carteira de vacinação. Peça que solicitem a seus pais ou responsáveis que mostrem a
carteira de vacinação, e que verifiquem quais vacinas já tomaram e quais ainda precisam tomar.
• O objetivo é que os alunos aprendam a consultar a situação de sua vacinação, fazendo uma
autoavaliação, e também incentivar a participação dos responsáveis na vida escolar do aluno.

26

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 26 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• Conhecer hábitos para uma vida sau-
dável permite que os alunos se co-
Câncer: doença não transmissível nheçam e cuidem de sua saúde física,
O câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que se caracteriza desenvolvendo a Competência geral
pela falta de controle na divisão das células e pela capacidade de invadir 8 da BNCC, descrita anteriormente.
diversas estruturas do corpo.
Algumas crianças e adolescentes com essa doença frequentam o Grupo • Ofereça aos alunos mais detalhes so-
de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer — GRAACC, uma instituição bre o Grupo de Apoio ao Adolescente
que, além de atendimentos médicos, presta atendimento assistencial para as e à Criança com Câncer – GRAACC,
crianças e os adolescentes com câncer e suas famílias. o diabetes e a hemofilia. Mais infor-
mações nos endereços eletrônicos a
REPRODUÇÃO

seguir:

Logotipo do Grupo de Apoio ao


.GRAACC. Disponível em: <https://
Adolescente e à Criança com
graacc.org.br/>. Acesso em: 11 jan.
2018.
.Sociedade Brasileira de Diabe-
Câncer (GRAACC).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

tes. Disponível em: <http://www.


Instituições como o GRAACC são muito importantes para a sociedade, diabetes.org.br/publico/>. Acesso
em: 11 jan. 2018.
pois foram criadas para garantir aos pacientes em tratamento o direito de
alcançar todas as chances de cura com qualidade de vida. .Federação Brasileira de Hemofi-
lia. Disponível em: <http://www.
O câncer não é transmitido de uma pessoa para outra por meio do
hemofiliabrasil.org.br/>. Acesso em:
contato ou por meio de objetos e alimentos contaminados. É uma doença não
11 jan. 2018.
transmissível.
• Ao trabalhar os quadros de hábitos
Além do câncer, existem outras doenças não transmissíveis, como o saudáveis do cotidiano, proponha
diabetes, a hemofilia, as doenças mentais, entre outras. aos alunos que façam uma autoava-
As doenças não transmissíveis são causadas por diferentes fatores. liação: peça que reflitam sobre quais
Alguns desses fatores não podemos controlar ou evitar. No entanto, ter hábitos eles têm e que repensem como me-
saudáveis pode contribuir para diminuir os riscos de ter algumas doenças não lhorar os cuidados com a própria
transmissíveis. Veja alguns desses hábitos. saúde.
• Indique alguns dos principais proble-
mas de saúde relacionados à falta
Manter u
Consultar o ma desses cuidados.
Evitar
bebidas médico com
frequência.
alimentaç
saudável.
ão .Fumar: desenvolvimento de câncer;
alcoólicas. doenças cardiovasculares e respira-
tórias; úlceras no aparelho digestó-
rio; complicações na gravidez.
Não
fumar.
Ter os de
cuidados
vidos
ao se
Praticar
atividades
.Ingestão de bebidas alcoólicas:
expor à lu físicas
cardiopatias; hipertensão arterial;
z
solar. regularmen
te. cirrose hepática; também pode de-
sencadear problemas psicológicos
e sociais.
27 .Consumo excessivo de sal: aumen-
to da pressão arterial, problemas
renais; infarto.
44 PM g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 27
.Não consultar o médico com frequência pode trazer diversas consequências, uma vez que a 17/01/18 6:44 PM .Alimentação com excesso de gor-
dura: problemas cerebrais e arte-
pessoa possa ter alguma predisposição a doenças que, sem diagnóstico ou tratamento, podem
riais; diabetes; obesidade.
se desenvolver ou serem descobertas em estágio avançado.
.Exposição à luz solar sem os devidos cuidados: principalmente o câncer de pele. Por outro lado, .Sedentarismo: maior probabilidade
do desenvolvimento de doenças car-
a falta de exposição pode levar a uma carência de vitamina D, que é associada a diversos proble-
díacas; favorecimento da obesidade.
mas, como fraqueza óssea e muscular e doenças respiratórias.

27

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 27 18/01/18 6:06 PM


Objetivos
• Conhecer informações sobre a
aids, o tratamento e a forma de
transmissão.
• Reconhecer que o preconceito
traz consequências negativas
para os portadores do vírus HIV
e que elas poderiam ser evitadas.

Destaques da BNCC
• Essa atividade permite o trabalho
com o tema contemporâneo Saúde,
pois apresenta as características de
uma doença sobre a qual a socieda-
de ainda receia debater, especial-
mente com o público infantil.
• Ao reconhecer a importância das
pesquisas científicas no entendi-
mento das doenças, incluindo for-
mas de tratamento e prevenção, tra-
balha-se a Competência geral 3 da
BNCC, pois os alunos são levados a
analisar e a compreender caracterís-
ticas da doença, inclusive por meio
de perguntas sobre ela.
• A atividade no formato de folheto traba-
lha a Competência geral 4 da BNCC,
descrita anteriormente, pois utiliza a
linguagem verbal e científica para parti-
lhar informações. Também se relaciona
à Competência geral 8 da BNCC, des-
crita anteriormente, pois leva os alunos
a cuidar da saúde física.

• Trabalhar o tema aids em sala de aula


pode gerar certa insegurança, mais
ainda tratando-se de crianças do
Ensino Fundamental I, especialmen-
te por referir-se a uma doença cuja
transmissão inclui relação sexual. É
importante, portanto, enfatizar, com
naturalidade, os cuidados básicos
com a saúde e a prevenção da doen-
ça. Se você ainda tiver dúvidas sobre
a aids, não deixe de se informar me-
lhor antes de abordar o tema em aula
ou procurar respostas para pergun- g19

tas inesperadas dos alunos. Seguem • Competência geral 3: Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diver-
duas sugestões de endereços na in- sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de
ternet para auxiliar seu preparo: práticas diversificadas da produção artístico‐cultural.
.Ministério da Saúde. Disponível em:
<http://www.aids.gov.br/>. Acesso
em: 11 jan. 2018.
.Associação Brasileira Interdiscipli-
nar de Aids. Disponível em: <http://
abiaids.org.br/>. Acesso em: 11 jan.
2018.

28

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 28 18/01/18 6:06 PM


Ler e compreender
• Manchete é o título principal da no-

??
tícia que sintetiza suas principais in-
Aids: Como tratar? formações. É ela que chama a aten-
ção para a leitura.
Apesar de a aids ainda não ter cura,
o vírus HIV pode ser controlado com Antes da leitura
medicação, gerando melhor qualidade de • Pergunte aos alunos se eles já ouvi-
vida para as pessoas soropositivas. Mas ram falar e o que sabem sobre aids e
deve-se enfatizar que, mesmo com HIV. É provável que já tenham ouvi-
tratamentos avançados para o HIV, a do algo a respeito desse tema, mas
prevenção ainda é a melhor alternativa. provavelmente não saberão oferecer
informações muito detalhadas ou
mesmo diferenciar o que é aids e o
que é HIV.

?? Aids: Como ocorre a transmissão? Durante a leitura


A transmissão do vírus HIV pode ocorrer em • Verifique se compreendem que aids
relações sexuais com pessoas contaminadas, sem é uma doença e HIV é o vírus causa-
o uso de preservativo, em transfusões de sangue dor da aids.

R
AW
PI
X
EL
contaminado ou da mãe contaminada para o filho, • Explique que aids é a sigla em in-

.C
O
M
/S
H
durante a gestação, o parto ou amamentação. glês para o nome da doença que,

U
TT
ER
ST
em português, significa Síndrome da

O
C
K
Imunodeficiência Adquirida. HIV é a
sigla em inglês para Vírus da Imuno-

?? Aids: Não ao preconceito! deficiência Humana.


• Esclareça que imunodeficiência é a
Um abraço, um aperto de mão, um beijo ou o contato com objetos dificuldade que o organismo tem de
utilizados por pessoas com HIV, como talheres, não transmite a doença. combater agentes invasores. O vírus
Os portadores de HIV têm deveres e direitos, merecem respeito e HIV é que provoca essa incapacida-
de. Com o sistema de defesa enfra-
dignidade, por isso devem ter acesso ao tratamento e às informações
quecido, a pessoa fica mais propen-
sobre a doença para melhorar sua qualidade de vida. O preconceito e a
sa a contrair outras doenças.
discriminação só trazem prejuízos para quem é portador do HIV e para
• Discuta que as pesquisas científicas
toda a sociedade.
são importantes para entender a do-
ença, na busca pela cura da aids e
no desenvolvimento de tratamentos
1. Cite uma consequência do preconceito com as pessoas com HIV, de acordo que permitam qualidade de vida para
com a manchete apresentada na página anterior. Em seguida, converse com as pessoas soropositivas.
um colega sobre o que isso pode causar para a sociedade. • Comente que, quando uma pessoa
vai doar sangue, são realizados tes-
2. Pesquise na internet instituições que dão apoio a portadores de HIV e
tes para assegurar que o sangue não
comente sobre a importância do trabalho dessas instituições.
está contaminado com o HIV e não
ocorrer transmissão do vírus para o
receptor do sangue.
29
Após a leitura
• Promova uma roda de conversa so-
g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 29
Respostas
17/01/18 6:44 PM
bre o respeito que devemos ter com
pessoas portadoras do HIV, enfati-
1. Espera-se que os alunos respondam que o preconceito faz com que muitas pessoas com HIV
zando que a aids é uma doença que
não procurem as unidades de saúde em busca de tratamento, o que faz piorar seu quadro de
não se transmite por meio dos gestos
saúde, o que pode até mesmo provocar a morte. Isso aumenta os casos de morte por falta de
mencionados no texto.
tratamento.
• Você pode propor que os alunos si-
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos encontrem informações relacionadas ao tratamen-
mulem cenas cotidianas em que um
to adequado, possibilitando o direito de ter qualidade de vida, além de dar suporte emocional
deles representa um soropositivo,
e combater o preconceito.
demonstrando como agir e como
não agir nessas situações.

29

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 29 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• Reconhecer as etapas de montagem
e informações contidas em um fo-
lheto permite que os alunos desen-
PARA SABER FAZER
volvam a Competência geral 4 da
BNCC, descrita anteriormente, pois Folheto
utiliza a linguagem verbo-visual para
expressar-se e partilhar informa- O folheto ou panfleto é uma forma de divulgar, de maneira rápida e objetiva,
ções. informações sobre produtos, marcas, ideias, cuidados com a saúde e com o
• Elaborar um folheto se relaciona ambiente, entre outras informações. Podem ser feitos com uma folha de papel
à Competência geral 9, permitin- dividida na metade, em três ou quatro partes, sem encadernação ou com capa dura.
do que os alunos, com os colegas, Veja a seguir como fazer um folheto de divulgação sobre os cuidados para
exercitem a empatia, o diálogo e a evitar a gripe.
cooperação. Também trabalha a
Competência geral 10 da BNCC, 1 Divida uma folha sulfite em
descrita anteriormente, ao requerer três partes iguais, dobrando-a
que os alunos ajam com autonomia e conforme mostrado na
imagem ao lado.
responsabilidade no preparo do fo-
lheto, com base nos conhecimentos 2 Escolha o tema que você vai
construídos. trabalhar. No caso desse exemplo,
foi trabalhado o tema gripe.

3 Escolha um título para a capa


• Leve para a aula alguns panfletos do folheto que atraia a atenção
Imagem
para que os alunos conheçam o for- do leitor para o assunto. referente
mato de divulgação. Procure levar à etapa 1.
4 Utilize uma imagem para
exemplos sobre temas diversos e di- ilustrar o tema.
ferentes formas de dobradura.
• Caso julgue interessante, apresente
Imagens referentes às etapas 2, 3 e 4.
os procedimentos indicados para
ilustrar a seção Para saber fazer, de
forma prática, realizando algumas
etapas com uma folha de papel: do-
bre, escreva o título, cole algumas
imagens e insira alguns textos.
• Permita que os alunos vejam o exem-
plo montado por você.
• Enfatize que os procedimentos in-
dicados na seção são genéricos,
ou seja, podem ser utilizados para a
montagem de folhetos com qualquer
tema.
• Explique que, antes de começar a

MÁRCIO GUERRA
ILUSTRAÇÕES:
montagem do folheto, é preciso pla-
nejar:
.Qual será o formato do folheto ou o 30
número de dobraduras?
.Quais informações serão inseridas
por escrito?
.Quais imagens serão utilizadas? g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 30

• Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,


17/01/18 6:44 PM g19

fazendo‐se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da di-


versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
dades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção
religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo‐se como parte de uma coletividade
com a qual deve se comprometer.

30

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 30 18/01/18 6:06 PM


• Ao trabalhar a atividade proposta na
seção Agora é com você!, solicite
aos alunos que, em primeiro lugar,
5 Na primeira parte do folheto, insira informações sobre o tema escolhido. Se for para divulgar pesquisem e listem, no caderno,
um produto, você pode inserir as características dele. No exemplo, como o folheto trata da quais são as informações que entra-
gripe, estão descritos os principais sintomas da doença.
rão no folheto para ilustrar a campa-
6 Nas outras partes utilize imagens que ilustrem a mensagem que você quer divulgar e escreva nha contra a dengue. Peça também
uma descrição delas. Lembre-se de que os textos devem passar a ideia principal de forma
que escolham as imagens que irão
rápida e clara, atraindo a atenção do leitor. No caso da prevenção da gripe, foram utilizadas
imagens de pessoas se vacinando, lavando as mãos, espirrando com a boca coberta, entre ilustrar.
outras situações. • Oriente-os a utilizar tesouras com

1ª parte do folheto 2ª e 3ª partes do folheto pontas arredondadas para recortar


as imagens, caso escolham a cola-
gem em vez de desenhos.
• Diga aos alunos que, ao colar as ima-
gens, utilizem cola em quantidade
adequada, evitando excessos que
podem danificar as folhas.
• Oriente-os a utilizar canetas hidro-
gráficas coloridas ou lápis coloridos
para escrever os textos do folheto.
Lembre-os de que o texto precisa
ser legível e bem distribuído ao longo
do material.

Acompanhando a aprendizagem
• Após terem montado o folheto de
MÁRCIO GUERRA

campanha contra a dengue, peça


aos alunos que o apresentem aos
colegas.
Imagem referente às etapas 5 e 6.
• Verifique se colaram imagens per-
O folheto também pode
7 Depois de pronto, faça cópias do seu folheto e distribua-as ser feito utilizando um tinentes ao tema, que ilustrem cor-
para a comunidade, a fim de informar e conscientizar a todos programa de retamente as informações escritas.
sobre o assunto. computador, em que os
textos são digitados e as Caso perceba algum problema,
imagens inseridas. questione, individualmente, o aluno
AGORA É COM VOCÊ! sobre informações incorretas ou que
estejam faltando, de acordo com a
Vamos colocar em prática essas dicas e montar um folheto para uma
orientação da atividade. O objetivo é
campanha contra a dengue!
que eles avaliem e identifiquem o que
Pesquise os cuidados que devemos ter com o lixo e com locais e objetos que deve ser ajustado.
podem acumular água. Explique como a doença é transmitida, os sintomas que
ela causa e os riscos que ela pode trazer à pessoa infectada, lembrando que os
textos devem ser atrativos.
Entregue cópias dos seus panfletos para a comunidade escolar, mostrando a
importância de cada um fazer a sua parte no combate à dengue.
31

44 PM g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 31 17/01/18 6:44 PM

31

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 31 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• A Competência geral 4 da BNCC,
descrita anteriormente, é trabalhada
na análise do cartaz, pois exige que ATIVIDADES
os alunos compreendam a lingua-
gem verbo-visual para encontrar as 1. O Ministério da Saúde promove diversas

ACERVO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE/GOVERNO FEDERAL


informações necessárias à resolu- campanhas que contribuem para a
ção das atividades. prevenção de algumas doenças. Uma das
maneiras de divulgar essas campanhas é
a distribuição de cartazes, como o
• Verifique se os alunos apresentam
apresentado ao lado.
dificuldade na resolução das ativi-
dades. a. Esse cartaz mostra como prevenir quais
• Se necessário, oriente-os a retomar doenças?
as páginas do livro e as atividades A dengue, a zika e a chikungunya.
que abordam a dengue e os concei-
tos de doenças transmissíveis e não
transmissíveis. b. Marque um X na sentença correta sobre
as doenças relacionadas ao cartaz.
É uma doença não transmissível.
É uma doença de transmissão
direta.
Cartaz utilizado pelo Ministério
X É uma doença de transmissão indireta. da Saúde, em 2016.

c. Escreva algumas medidas que devemos ter para prevenir essas doenças.
Espera-se que os alunos citem medidas relacionadas à eliminação de água parada,
como colocar areia nos pratos dos vasos de plantas, lavar os pratos dos vasos
regularmente, colocar o lixo dentro de sacos plásticos fechados, tampar muito bem
a caixa-d’água, retirar a água acumulada em recipientes, tampar recipientes que
possam acumular água, eliminar lixo de terrenos baldios, entre outras medidas.

d. Você contribui com a prevenção dessa doença? Quais são as medidas que
você costuma tomar?
Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos façam uma autoavaliação
dos cuidados que têm para combater o mosquito da dengue e compartilhar essas
medidas, percebendo a influência de suas ações na manutenção de sua saúde e da
saúde coletiva.
32

g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 32 17/01/18 6:44 PM

32

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 32 18/01/18 6:06 PM


Saberes integrados
• A atividade 2 é uma oportunidade de
enfatizar a relação entre os conheci-
mentos de Ciências e Matemática,
ao abordar a organização de dados,
a leitura e a interpretação de gráficos
de colunas.
• Explique aos alunos como realizar a
leitura do gráfico. Você pode ajudá-
-los fazendo algumas perguntas:
.Qual é o título do gráfico?
.Quais são os dados representados
no eixo horizontal? E no eixo verti-
cal?
.O que representa a altura de cada
coluna?
.De onde foram retiradas as informa-
ções contidas no gráfico?

44 PM

33

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 33 18/01/18 6:06 PM


• Inicie a abordagem da atividade 4
perguntando aos alunos como é uma
alimentação saudável.
• Aproveite as respostas para verificar
3. Algumas vacinas devem ser tomadas para prevenir
se eles assimilaram que é necessário doenças em outras fases da vida, além da infância.
Observe a imagem ao lado e elabore uma frase

ALEXANDRE TOKITAKA/PULSAR IMAGENS


variar os tipos de alimentos, para que
forneçam ao corpo nutrientes diver- estimulando as pessoas a tomar vacinas nas
sos, e adequar as quantidades. diferentes fases da vida. Leia sua frase a um
• Pergunte aos alunos o que acontece colega.
quando a alimentação não fornece Resposta pessoal.
todos os nutrientes ou quando ela é
excessiva e a pessoa é sedentária.
• Peça, então, que encontrem as res- Idoso tomando vacina contra a gripe.

postas resolvendo o exercício.


4. Ter uma alimentação

AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
• Certifique-se de que eles compreen-
dem que obesidade pode ser resul- saudável é um dos fatores
tado de uma alimentação incorreta que contribuem para
associada ao sedentarismo e que manter a saúde de nosso
desnutrição é a falta de nutrientes corpo. Uma alimentação
adequados e em quantidades ne- saudável é composta de
cessárias ao organismo. No entanto, alimentos variados, em
existem outros fatores que podem
quantidades adequadas.
provocar o aumento de massa cor-
poral, como problemas hormonais.

Cesta contendo
verduras e legumes.

a. Siga as setas e descubra alguns problemas de saúde relacionados à má


alimentação.

A O D B
N
Ã
A E Ç
B S U
O
E D E I
T
S
D
I R

Obesidade, desnutrição.

b. Faça uma pesquisa e converse com um colega sobre o que caracteriza cada
um dos problemas de saúde que você encontrou.
Resposta desta questão nas orientações para o professor.
34

g19_4pmc_lt_u1_p023a034.indd 34 17/01/18 6:44 PM g19

34

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 34 18/01/18 6:06 PM


Objetivos
• Identificar qual é a importância

3
1 Seres vivos microscópicos ecológica de fungos e bactérias
como agentes decompositores.

e as relações alimentares • Compreender a obtenção de


energia pelas plantas por meio da

no ambiente fotossíntese.
• Compreender as relações alimen-
tares no ambiente e o fluxo de
energia nas cadeias alimentares.
NA PRÁTICA • Entender o que é uma cadeia ali-
mentar.
• O que acontece com as cascas de frutas, como de bananas, após • Classificar os seres vivos em pro-
alguns dias? Resposta desta questão nas orientações para o professor. dutores, consumidores e decom-
positores.
Para investigar o processo de decomposição dos alimentos, realize a
• Conhecer algumas das causas
atividade descrita a seguir.
do desequilíbrio nas relações ali-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

MATERIAIS mentares.

• cascas de 2 bananas maduras


• saco plástico transparente Destaques da BNCC
• Por meio desta atividade, trabalha-
A Coloque as cascas das -se a Competência geral 2 da BNCC,

CHES
bananas dentro do saco descrita anteriormente, levando os

IO SA N
plástico. alunos a dominar processos, práti-

TUL
cas e procedimentos da investiga-
B Amarre bem a boca do saco
e deixe-o em um local da
ção científica.
escola, por cerca de 15 dias. • A atividade permite que os alunos re-
lacionem a participação dos fungos
a. Como as bananas ficaram depois no processo de decomposição, de
do tempo esperado? * acordo com a habilidade EF04CI06
b. O que provocou a decomposição Cascas de bananas no da BNCC, descrita anteriormente.
interior de um saco plástico.
das bananas?
Espera-se que os alunos respondam que foram os fungos (bolor) e bactérias.
• Leve para a sala de aula cascas de
Como vimos, algumas bactérias e fungos desempenham um papel muito bananas bem maduras e um saco
importante nos ambientes: eles decompõem os restos de outros seres vivos, plástico ou um pote de vidro transpa-
liberando no ambiente nutrientes que auxiliam no desenvolvimento das plantas. Na rente com tampa. Escolha um local
atividade da seção Na prática você observou a ação de fungos e de bactérias em que as cascas possam permane-
decompositores nas cascas das bananas. cer durante a atividade. Coloque um
aviso para que não joguem o material
Os seres vivos microscópicos participam das relações alimentares entre os
no lixo.
seres vivos, que ocorrem nos ambientes. É sobre essas relações que estudaremos
• Depois do tempo determinado para
a seguir.
*Resposta desta questão nas orientações para o professor. a observação, verifique com os alu-
35 nos que as cascas de bananas apo-
dreceram, ficaram murchas e moles.
Deixe que eles exponham as ideias e,
44 PM g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 35 17/01/18 6:54 PM se necessário, leve-os a concluir que
• Caso os resultados obtidos não sejam satisfatórios, verifique as possíveis causas, como:
.as bananas das quais as cascas foram retiradas não estavam muito maduras; os bolores surgidos nas cascas de

.o local da escola não estava úmido o suficiente;


banana são fungos que podem ser
vistos a olho nu.
.o tempo necessário deve ser maior do que o sugerido para a realização da atividade. • Após a realização da atividade, de-
• Enfatize para os alunos a importância de não desperdiçar alimentos. Explique que devemos con- posite as cascas no lixo orgânico.
servar bem os alimentos e consumi-los antes que estraguem. Esclareça que, por esse motivo,
utilizaram apenas as cascas de bananas que foram consumidas, não sendo necessário usar a
fruta intacta.

35

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 35 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• A atividade permite que os alunos
descrevam relações entre seres vi- Os seres vivos necessitam uns dos outros e do ambiente para sobreviver. Há
vos e percebam o fluxo de energia diversos tipos de relações entre os seres vivos. Uma delas é a obtenção de
ao longo da cadeia alimentar, o que alimentos.
permite o desenvolvimento da habili- Os animais não produzem o próprio alimento. Dessa forma, para obter
dade EF04CI05 da BNCC.
energia, eles necessitam se alimentar de algumas plantas ou de outros animais.
Observe os seres vivos presentes no ambiente da ilustração abaixo. Nela
• Inicie o trabalho dessas páginas per- estão indicados alguns animais.
guntando aos alunos do que eles
costumam se alimentar.
• Pergunte por que eles se alimentam.
• Explique que estamos acostumados tuiuiú
garça-branca
a preparar nossos alimentos e que en-
tre eles há vegetais, animais e fungos,
além de eventualmente bactérias,
como já foi estudado nesta unidade.
jacarés-do-pantanal
• Pergunte como os demais seres vi-
vos se alimentam.
• Explore a ilustração com os alunos.
Certifique-se de que reconhecem
todos os seres vivos participantes
da cadeia alimentar e que compre- garça-branca
endem que existe uma relação de
LUCIANE MORI

alimentação entre eles.


• Verifique se os alunos percebem
que existem animais carnívoros,
herbívoros e vegetais na situação
apresentada. Representação de parte do Pantanal.

• Ajude-os a interpretar o sentido das


setas, que indicam a direção do fluxo
de energia nos organismos.
1. As sentenças abaixo se referem à alimentação de alguns dos seres vivos
que aparecem no ambiente ilustrado. No entanto, nem todas são verdadeiras.
Escreva (V) para as sentenças verdadeiras e (F) para as falsas.

F
O jacaré se alimenta de O jacaré se alimenta da
V
plantas. capivara.

V
A capivara se alimenta de As plantas se alimentam da
F
plantas. minhoca.
A capivara se alimenta da
F
garça-branca.

36

g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 36 17/01/18 6:54 PM g19

• EF04CI05: Descrever e destacar semelhanças e diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo


de energia entre os componentes vivos e não vivos de um ecossistema.

36

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 36 18/01/18 6:06 PM


• Ao trabalhar a questão 2, certifique-
-se de que os alunos entendem que
os vegetais produzem seu próprio
Capivara pode atingir cerca de 1,3 m de comprimento.
tuiuiús alimento com o auxílio da energia lu-
Centopeia pode atingir cerca de 30 cm de comprimento.
minosa, proveniente da energia solar.
Garça-branca-grande pode atingir cerca de 90 cm de comprimento.
• Ao ouvir as respostas para a ques-
Jacaré-do-pantanal pode atingir cerca de 3 m de comprimento.
Tuiuiú pode atingir cerca de 1,4 m de comprimento. 3. Espera-se que os alunos tão 3, verifique se os alunos assimi-
Minhoca pode atingir cerca de 25 cm de comprimento. respondam que não, pois um laram a ideia de dependência ali-
Caracol pode atingir cerca de 30 cm de comprimento.
ser vivo se relaciona mentar entre os seres vivos para a
com outros para se obtenção de energia.
alimentar, buscar
abrigo, entre outros • Peça, então, aos alunos que indi-
fatores. quem outros exemplos de relações
alimentares no ambiente, diferentes
daquelas discutidas ao longo da ati-
vidade.

capivaras

caracóis

centopeias

minhocas

2. As plantas se alimentam? Caso sua resposta seja afirmativa,


explique de que maneira. Sim. As plantas produzem o próprio alimento por
meio do processo chamado fotossíntese.
3. Em sua opinião, um desses seres vivos conseguiria viver sem a
presença dos outros seres vivos? Por quê?

37

54 PM g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 37 17/01/18 6:54 PM

37

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 37 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• Ao analisar uma cadeia alimentar, os
alunos verificam relações entre seres Veja a seguir um exemplo de relação alimentar entre seres vivos.
vivos e percebem o fluxo de energia
ao longo da cadeia, desenvolvendo a As plantas produzem o próprio
habilidade EF04CI05 da BNCC, des- alimento por meio da fotossíntese.
crita anteriormente. Parte desse alimento é transferida para
outros seres vivos. Além disso,
substâncias produzidas por fungos e
• Auxilie os alunos na compreensão bactérias decompositores são
da relação alimentar entre milho, ca- absorvidas pelas plantas e transferidas
mundongo e coruja, analisando cada aos outros seres vivos.
etapa descrita e ilustrada. Se neces-
sário, faça perguntas que os ajudem
a fixar as informações, como:
.O milho é um vegetal. Vegetais pro-
O milho pode
servir de alimento
para o camundongo.
duzem seu próprio alimento?
.O camundongo e a coruja são ani-
mais, portanto eles produzem seu
próprio alimento? O que precisam
fazer para obter alimento?
Milho pode atingir cerca de 2,5 m de altura.
• As setas que aparecem na cadeia
alimentar indicam a transferência de
energia de um nível para outro. As- A fotossíntese e a luz solar
sim:
.o milho transfere energia para o ca- Por meio da fotossíntese, as
plantas utilizam a luz solar para produzir
mundongo;
.o camundongo transfere energia gás carbônico
gás oxigênio
seu alimento.
para a coruja; A fotossíntese ocorre
.a coruja, depois de morta, transfere principalmente nas folhas. Nelas, existe
energia para os seres vivos decom- a clorofila, que é um pigmento verde que
positores (bactérias e fungos de- capta a luz fornecida pelo Sol.
compositores). Além da clorofila, nas folhas
• Ao trabalhar o boxe complementar, existem estruturas chamadas estômatos,
destaque a importância do Sol no que absorvem gás carbônico do ar. Na
processo de fotossíntese. presença de luz solar, ocorre a
.Na presença de luz solar, ocorre a
PINTARELLI
HELOÍSA

transformação do gás carbônico e da


transformação do gás carbônico e água em alimento para a planta.
da água em alimento para o vegetal. Durante esse processo, ocorre a
Explique que a glicose é um tipo de
Representação liberação de gás oxigênio para o
açúcar, que fornece energia para as
do processo de ambiente.
plantas. Durante esse processo, o fotossíntese.
gás oxigênio é liberado para o am-
biente.
.A água e os sais minerais são absor- 38
vidos pelas raízes e transportados
até as folhas, passando pelo caule.
.O alimento produzido é levado pelo g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 38 17/01/18 6:54 PM g19

caule às outras partes do vegetal.


• Verifique os exemplos de relação
alimentar apresentados pelos alu-
nos, avaliando se as relações estão
representadas corretamente e se os
alunos demonstram conhecimento
sobre os hábitos alimentares dos se-
res vivos indicados.

38

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 38 18/01/18 6:06 PM


Mais atividades
• Para que os alunos percebam a im-
Os animais não produzem o próprio alimento. Dessa forma, precisam se portância da fotossíntese para as
alimentar de outros seres vivos para obter energia. plantas, prepare com eles um expe-
rimento.
• Materiais:
.2 caixas de sapato
O camundongo pode
.10 grãos de feijão
se alimentar de plantas,
.algodão
como o milho.
.10 copos de plástico ou de vidro
Camundongo pode atingir
cerca de 19 cm de comprimento.
.água
• Procedimentos:
.Colocar um chumaço de algodão no
fundo de cada copo, umedecer com
água e “plantar” os grãos de feijão,
deixando-os fora das caixas.
.Acompanhar a germinação e o cres-
Os seres vivos cimento das plantas até que tenham,
decompositores no mínimo, um par de folhas. Pingar
podem decompor
qualquer um dos seres água nos algodões diariamente,
vivos envolvidos em sem encharcá-los.
uma relação alimentar.
.Colocar 5 plantas em cada caixa.
Uma caixa deverá ficar fechada e a

ILUSTRAÇÕES: HELOÍSA PINTARELLI


outra, aberta. Deixá-las lado a lado:
a única variação deverá ser a lumi-
nosidade.
.Após uma semana, observar e com-
parar o que aconteceu com as plan-
tas que ficaram no escuro e as que
ficaram no claro.
• Peça aos alunos que expliquem o que
aconteceu. Verifique se eles asso-
A coruja pode se alimentar do ciam a luz à capacidade da planta de
camundongo. realizar fotossíntese.
Coruja pode atingir cerca
de 50 cm de comprimento.

Alguns seres vivos microscópicos decompõem a coruja depois que ela morre
e também restos de outros animais e de plantas. Essa decomposição libera no
solo substâncias que auxiliam no desenvolvimento das plantas.

4. Escreva em seu caderno um exemplo de relação alimentar com os seres


vivos apresentados nas páginas 36 e 37. Os alunos podem escrever as
seguintes relações: planta capivara jacaré seres vivos decompositores;
planta caracol garça jacaré seres vivos decompositores. 39

54 PM g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 39 17/01/18 6:54 PM

39

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 39 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• Os alunos devem entender e anali-
sar uma cadeia alimentar simples, A sequência linear de relações alimentares entre os seres vivos, em que um
reconhecendo a posição nela ocu- ser vivo serve de alimento para o outro, é chamada cadeia alimentar.
pada pelos seres vivos e o papel do As cadeias alimentares são constituídas por produtores, consumidores e
Sol como fonte primária de energia decompositores. Veja no esquema a seguir um exemplo de cadeia alimentar,
na produção de alimentos. Isso de-
destacando os produtores, os consumidores e os decompositores.
senvolve a habilidade EF04CI04 da
BNCC, descrita anteriormente. As algas e a maioria das plantas são
seres vivos que produzem o próprio Pacu pode
• Ao analisar a cadeia alimentar, os
alimento. Elas são os produtores. Esses atingir cerca
alunos verificam relações entre seres de 50 cm de
seres vivos formam o primeiro nível de comprimento.
vivos e percebem o fluxo de energia
ao longo da cadeia, o que permite uma cadeia alimentar.
Pacu.
desenvolver a habilidade EF04CI05
5. Qual é o nome do processo pelo
da BNCC, descrita anteriormente.
qual as plantas produzem o
próprio alimento? Fotossíntese.
• Se julgar interessante, retome a Os animais não produzem o próprio
página 39 e peça aos alunos que alimento. Eles necessitam se alimentar
classifiquem também o camundon- de outros seres vivos. Os animais são
go (consumidor primário) e a coruja chamados consumidores.
(consumidor secundário).
Nessa cadeia alimentar, o pacu, a
• Comente que a classificação dos
piranha e o jacaré são consumidores.
consumidores é simplificada em Plantas.
Note que eles ocupam diferentes posições
relação ao que vemos na natureza,
na cadeia, ou seja, o pacu se alimenta da
para facilitar nossa compreensão da
planta, a piranha se alimenta do pacu e o
cadeia alimentar. Na prática, há se- Fungos e bactérias
jacaré se alimenta da piranha.
res vivos que se alimentam tanto de decompositores.
plantas quando de animais, portanto
são classificados em consumidores Fluxo de energia nas cadeias alimentares
primários ou secundários depen-
dendo do que está se alimentando Vimos anteriormente que,
naquele momento – ou da cadeia nos ambientes, as plantas
alimentar que está sendo analisada. produzem o próprio alimento por
meio da energia solar e que a
energia contida nesse alimento é
As plantas utilizam
transferida de um ser vivo a a energia da luz
outro, quando um animal se solar para produzir
alimenta do outro. seu alimento.

No entanto, a cada nível da


cadeia alimentar, a energia Cada ser vivo da cadeia utiliza parte da
energia que produz ou obtém para se
transferida torna-se cada vez manter vivo.
menor. Veja.

40

40
Destaques da BNCC
• Na leitura do esquema, os alunos
Dependendo da posição que cada consumidor ocupa na cadeia alimentar, trabalham a Competência geral 4
eles podem ser classificados em consumidor primário, secundário, terciário e da BNCC, descrita anteriormente,
assim por diante. pois utilizam conhecimentos da lin-
guagem verbal para compreender
6. Nessa cadeia alimentar, informações e produzir sentido ao
qual animal é o: estudo do fluxo de energia na cadeia
Piranha pode
• consumidor primário? alimentar.
Pacu.
atingir cerca
• consumidor secundário? • Ao analisar o esquema com os níveis
de 30 cm de
comprimento. Piranha. da cadeia alimentar, os alunos tra-
• consumidor terciário? balham a habilidade de reconhecer
Jacaré.
semelhanças e diferenças entre o
Piranha. Na cadeia alimentar, os
ciclo da matéria e o fluxo de energia
nutrientes são transferidos de
entre os componentes vivos, o que
um ser vivo para o outro e
desenvolve a habilidade EF04CI05
retornam ao ambiente por meio da BNCC, descrita anteriormente.
da ação de algumas bactérias e
fungos, em um processo
Jacaré. chamado decomposição. Essas • Verifique se na questão 6 os alunos
bactérias e esses fungos são classificaram de forma adequada os
Jacaré pode atingir cerca chamados decompositores. consumidores da cadeia alimentar.
de 5 m de comprimento.
Os decompositores, ao se • Ao abordar os decompositores, en-
alimentar, transformam a matéria fatize que eles liberam nutrientes no
Os seres vivos
decompositores orgânica, como restos de solo que favorecerão o crescimento
podem decompor animais e de plantas, em das plantas.
qualquer um dos seres
substâncias que podem auxiliar • Esclareça que, ao disponibilizar nu-
vivos envolvidos em
uma cadeia alimentar. no desenvolvimento das plantas. trientes para as plantas, os decom-
positores ajudam a recomeçar a
transferência de matéria (alimento)
Em cada nível, parte da Ao comer a
energia transferida é piranha, o jacaré pela cadeia alimentar, portanto esse
dissipada para o obtém parte da evento é cíclico. Porém, as plantas
ambiente, principalmente energia dela. ainda precisam de uma fonte externa
em forma de calor.
de energia, que é a luz.

Resposta
7. Espera-se que os alunos percebam
que a cada nível, as setas tornam-
ILUSTRAÇÕES: HELOÍSA PINTARELLI

Ao comer a planta, o pacu Ao comer o pacu, a piranha -se mais finas, representando que
obtém parte da energia obtém parte da energia apenas parte da energia é trans-
presente na planta. presente no pacu.
ferida de um nível para outro. Isso
7. O que você percebe nas setas vermelhas desse esquema, que ocorre, entre outros fatores, por-
representam o fluxo de energia? Por que você acha que isso acontece? que cada ser vivo da cadeia utiliza
parte da energia para se manter
Resposta desta questão nas orientações para o professor.
41 vivo e parte da energia é dissipada
para o ambiente.

54 PM g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 41 17/01/18 6:54 PM

41

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 41 18/01/18 6:06 PM


• Para realizar a atividade de comple-
tar o texto, peça aos alunos que reto-
mem as páginas 40 e 41 para analisar
a ilustração e construir a resposta. Relações alimentares em desequilíbrio
• Oriente-os a conversar sobre o que as
atitudes dos seres humanos podem 8. O que aconteceria com a cadeia alimentar apresentada nas páginas 40 e
causar ao ambiente e a eles próprios. 41 se ocorresse a morte de grande quantidade de jacarés?
No caso das relações alimentares Resposta desta questão nas orientações para o professor.
Cada ser vivo que compõe uma cadeia alimentar desempenha importantes
que aparecem nesta página, os seres
humanos também são prejudicados,
funções para manter a cadeia em equilíbrio.
pois podem se alimentar de pacus e, Existem diversos fatores que podem causar o desequilíbrio em uma cadeia
nesse caso, houve uma redução no alimentar. Alguns desses fatores são as interferências que o ser humano realiza no
número dessa espécie animal no am- ambiente, como:
biente. O desequilíbrio de uma cadeia
• o desmatamento; • o uso inadequado de agrotóxicos;
alimentar pode atingir todos os níveis
de um ecossistema e prejudicá-lo. • a caça e a pesca predatórias; • as queimadas.
Deixe os alunos cientes de que as ati- O aumento, a diminuição ou a extinção de espécies que compõem um nível
tudes destruidoras que os seres hu- de uma cadeia alimentar pode provocar o desequilíbrio dessa cadeia.
manos realizam podem recair sobre

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
eles mesmos. 9. Veja um exemplo simplificado de desequilíbrio que pode ocorrer na
• Pergunte aos alunos se já viram algu- cadeia alimentar apresentada nas páginas 40 e 41 e complete o texto
ma reportagem que trata do desequi- com as palavras adequadas.
líbrio de uma relação alimentar. Caso jacarés

HELOÍSA PINTARELLI
se lembrem dessa reportagem, sugi-
ra que comentem com os colegas.

Resposta
8. Espera-se que os alunos respon-
dam que haveria um desequilíbrio
nessa cadeia alimentar, pois prova-
velmente aumentaria o número de
piranhas
piranhas e diminuiria o número de
pacus.
Cadeia Cadeia
alimentar em alimentar em
equilíbrio. desequilíbrio.
pacus

A morte de grande quantidade de jacarés provoca o aumento da

quantidade de piranhas , que são suas presas.

Com o aumento da quantidade de piranhas, ocorre a diminuição da

quantidade de pacus , que são suas presas.


42

g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 42 17/01/18 6:54 PM g19

42

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 42 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• O conteúdo desta página indica aos
alunos que as atitudes do ser huma-
Controle biológico no em relação ao ambiente podem
O ser humano, muitas vezes, utiliza agrotóxicos nas plantações para resultar em impactos negativos, de-
eliminar insetos e outros seres vivos que podem prejudicar as plantas e sequilibrando cadeias alimentares,
diminuir a produtividade. possibilitando um trabalho com o
tema contemporâneo Preservação
No entanto, o uso excessivo dos agrotóxicos pode prejudicar o ambiente, do meio ambiente. Aproveite para
contaminando a água, o solo, os alimentos, os seres humanos e outros perguntar e verificar se os alunos
animais. reconhecem outras ações que inter-
Diversas pesquisas são realizadas com o objetivo de diminuir o uso de ferem negativamente no ambiente,
agrotóxicos nas plantações. Um dos centros de pesquisa que se destacam além das mencionadas no texto.
nesse trabalho é a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. • O conteúdo do boxe complementar
se relaciona com a Competência ge-
NIGEL CATTLIN/ALAMY/FOTOARENA

ral 2 da BNCC, descrita anteriormen-


te. Com ele, os alunos compreendem
o conceito de controle biológico,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

entendem a importância da prática


da investigação científica e podem
debater questões científicas e socio-
ambientais.
• Ao debater com os colegas a práti-
ca do controle biológico em favo-
recimento do ambiente, os alunos
desenvolvem a Competência geral
Pulgão-do-trigo pode atingir 9 da BNCC, descrita anteriormente,
cerca de 5 mm de comprimento. Pulgões-
-do-trigo.
pois exercitam a empatia e o diálogo
com seus pares.
Na década de 1970, uma das principais pragas que atacavam as
plantações de trigo era o pulgão-do-trigo. • Leia o texto com os alunos, com pau-
As pesquisas realizadas pela Embrapa criaram uma técnica que controla sas para que eles entendam:
a quantidade desses insetos por meio da introdução de espécies de vespas .os prejuízos ao ambiente, como um
provenientes de países como França, Israel, Itália e Espanha. Essas vespas se todo, do uso excessivo de agrotóxi-
alimentam dos pulgões, diminuindo a quantidade deles nas plantações. cos;
Essa técnica é conhecida como controle biológico. Com ela praticamente .a importância das pesquisas que
não é necessário utilizar agrotóxicos para o controle das pragas. visam à diminuição do uso de agro-
tóxicos;
O controle biológico utiliza meios naturais e, por não usar agrotóxicos,
não deixa resíduos tóxicos nos alimentos, colaborando para diminuir a .o conceito de controle biológico;
contaminação ambiental. .os benefícios do controle biológico;
• Converse com seus colegas sobre se o controle biológico é uma boa .a relação do controle biológico com
opção para reduzir o uso de inseticidas na agricultura. Resposta pessoal. O as cadeias alimentares.
objetivo da questão é levantar uma discussão sobre a grande quantidade de agrotóxicos
geralmente utilizadas na agricultura brasileira e que os alunos percebam que esse tipo de
técnica oferece mais qualidade e segurança para a alimentação das pessoas.
43

54 PM g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 43 17/01/18 6:54 PM


• Veja a seguir um texto sobre o controle biológico.

[...]
Trata-se de um método de controle racional e sadio, que tem como objetivo final utilizar
esses inimigos naturais que não deixam resíduos nos alimentos e são inofensivos ao meio
ambiente e à saúde da população.
Dessa forma, a pesquisa agropecuária espera contribuir para [...] a melhoria da qualidade
dos produtos agrícolas, redução da poluição ambiental, preservação dos recursos naturais e,
portanto, para a sustentabilidade dos agroecossistemas.
EMBRAPA. Controle biológico. Disponível em: <https://www.embrapa.br/tema-controle-biologico/sobre-o-tema>.
Acesso em: 11 jan. 2018.

43

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 43 18/01/18 6:06 PM


Objetivos
• Conhecer informações sobre o de-
sequilíbrio em cadeias alimentares
em razão da intervenção do ser
humano nas relações alimentares.
• Perceber os prejuízos ambientais
causados por essa intervenção.

• Essa seção possibilita um trabalho


com o tema contemporâneo Pre-
servação do meio ambiente, pois
convida o aluno a refletir sobre as
consequências da interferência hu-
mana no ambiente, especialmente
nas relações alimentares dos seres
vivos, a partir de uma situação real.
• Após a leitura da notícia, promova
uma discussão com os alunos so-
bre o tráfico de animais silvestres.
Questione-os sobre a participação e
a responsabilidade das pessoas ao
comprar esses animais.
• Oriente-os na análise do esquema.
Inicie solicitando que descrevam a
imagem como um todo e, em segui-
da, explique cada etapa das relações
alimentares.
• Enquanto explica as etapas, faça
perguntas como:
.Quem é o produtor nessa cadeia ali-
mentar?
.Quem é o consumidor primário?
• Não é só a retirada de espécies do
ambiente que provoca alterações
nas cadeias alimentares, a inserção
de espécies também pode causar
desequilíbrio.

g19

Acompanhando a aprendizagem
• Reproduza na lousa o esquema a seguir e peça aos alunos que o • Peça que expliquem, oralmente, o que significa cada um dos termos
copiem no caderno, completando os espaços nos quais há linhas. contidos no esquema.
cadeia alimentar • Ajude-os a interpretar esquema de forma que “contem uma peque-
na história” para conectar as informações presentes. Se necessário,
produtores consumidores decompositores
solicite que façam esse exercício uma linha de cada vez e oriente-os
vegetais bactérias fungos a inserir pequenas frases entre os quadros, para ajudar a dar sentido
à leitura. Por exemplo: A cadeia alimentar é formada por produtores,
herbívoros carnívoros onívoros
consumidores e decompositores. Os produtores são os vegetais, por-
• Verifique se os alunos inserem as informações corretamente. que produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese.

44

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 44 18/01/18 6:06 PM


• Oriente os alunos a observar e a com-
parar o esquema desta página com o
anterior, identificando quais mudan-
No entanto, o peixe-boi entrou ças ocorreram: ausência do peixe-boi;
para a lista de animais ameaçados redução do número de peixes e de
de extinção por causa da caça plantas aquáticas submersas; aumen-
predatória. to da quantidade de plantas aquáticas
Representação de um ambiente flutuantes; diminuição da penetração
aquático em desequilíbrio. da luz solar nos níveis mais profundos
da água; água do rio mais escura.
1. Observe o esquema ao lado, • Proceda aos questionamentos indi-
compare-o com o outro cados e avalie a compreensão dos
esquema e converse com um alunos a respeito do tema, realizan-
colega sobre as do as correções ou complementos
consequências da caça pertinentes.
predatória do peixe-boi.
2. Comente sobre os prejuízos
ao ambiente que os
desequilíbrios na cadeia
alimentar podem causar.
3. A caça predatória do peixe-boi

ILUSTRAÇÕES: HELOÍSA
é um crime ambiental.
Em sua opinião, o que deve ser

PINTARELLI
feito para evitar o
desequilíbrio nas cadeias
alimentares em que o
peixe-boi está inserido?

Representação das relações do


peixe-boi com o ambiente aquático.

3 Como o peixe-boi se alimenta de


grande quantidade de plantas
aquáticas, ele contribui para
controlar o crescimento excessivo
dessas plantas. Com isso, a luz solar
consegue atravessar a superfície do
rio e penetrar em seu interior,
contribuindo para o desenvolvimento
das plantas e dos animais que vivem
no ambiente aquático.

45

g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 45 17/01/18 6:54 PM


Respostas
1. Espera-se que os alunos respondam que rem e falta alimento para os peixes que 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alu-
a retirada desses animais do ambiente os ribeirinhos consomem. nos respondam que se deve aumentar a
pode provocar a reprodução excessi- 2. Espera-se que os alunos respondam que fiscalização contra a caça desses animais
va de certas espécies de plantas. Esse os desequilíbrios nas cadeias alimentares e punir a fim de diminuir a caça. Além dis-
processo leva à formação de uma ca- trazem prejuízos para o ambiente como so, deve-se incentivar as instituições que
mada vegetal na superfície da água que falta de alimento para os animais, aumento tentam preservar os peixes-boi.
bloqueia a entrada de luz solar na água descontrolado ou extinção de algumas es-
e prejudica peixes e algas que vivem no pécies, afetando também o ser humano.
fundo do rio. Sem luz solar, as algas mor-

45

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 45 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• Na atividade 2, os alunos exercitam
a Competência geral 1 da BNCC,
descrita anteriormente, pois preci- ATIVIDADES
sam explicar fatos e fenômenos com
1. Forme palavras juntando as sílabas de mesma cor. Em seguida, complete as
base nos estudos realizados. Tam-
frases abaixo com essas palavras.
bém leem e interpretam informações
em linguagem verbo-visual, desen-
volvendo a Competência geral 4 da té com fo gos bac se
BNCC, descrita anteriormente.
de fun te to po
• Auxilie os alunos na execução das
res sín si tos rias
atividades. Aproveite para identificar
possíveis dúvidas que possam ter
sobre as cadeias alimentares. a. As plantas produzem o próprio alimento por meio da fotossíntese .
b. Alguns fungos e algumas bactérias são os
decompositores das cadeias alimentares. Eles decompõem a

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
matéria orgânica.

2. Sílvio está pescando em um rio. Observe na imagem alguns dos seres vivos que
podem ser encontrados nesse rio.
a. Escreva uma cadeia alimentar
envolvendo os seres vivos que
aparecem na imagem.
Os alunos podem escrever a
seguinte cadeia alimentar: Sílvio.

algas acari pintado ser


humano. O pintado é um
peixe carnívoro.
b. O ser humano pode participar
dessa cadeia alimentar?
Justifique sua resposta.
Sim. Os alunos podem comentar
O acari é um
que o ser humano pode se peixe herbívoro.
alimentar de peixes, os quais pode
obter por meio da pesca.

MÁRCIO GUERRA
Algas.
Pintado pode atingir cerca de 1 m de comprimento.
Acari pode atingir cerca de 14 cm de comprimento.
Sílvio pescando em um rio.

46

g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 46 17/01/18 6:54 PM g19

46

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 46 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• Na atividade 3, os alunos exercitam
3. Veja a seguir fotos de alguns seres vivos. a Competência geral 1 da BNCC,
descrita anteriormente, pois preci-
A B

YOD67/SHUTTERSTOCK

IVAN KUZMIN/SHUTTERSTOCK
sam explicar fatos e fenômenos com
base nos estudos realizados. Tam-
bém argumenta sobre a consciência
socioambiental, trabalhando a Com-
petência geral 7 da BNCC, descrita
anteriormente.
Gafanhoto pode atingir cerca
de 8 cm de comprimento. Jiboia pode atingir cerca de 4 m de comprimento.

O gafanhoto é um animal herbívoro. A jiboia é um animal carnívoro. • Ao ouvir as repostas dadas pelos
alunos no item b, verifique se eles
C D

DR. SURYAKANT SADU/SHUTTERSTOCK

LEONARDO MERCON/SHUTTERSTOCK
justificam com os termos corretos,
relacionados aos hábitos alimenta-
res, evitando frases como “Porque o
sapo come o gafanhoto e o gafanho-
to come plantas”.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

Sapo pode atingir cerca


Sorgo pode atingir cerca de 4 m de altura. de 2,3 cm de comprimento.

Planta. O sapo é um animal carnívoro.

E
DENNIS KUNKEL MICROSCOPY/SCIENCE
PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK

Fungo decompositor
encontrado no solo. Imagem
ampliada cerca de 2 400
vezes e colorizada em
computador.

a. Marque um X no(s) quadro(s) que indica(m) as letra(s) do(s) ser(es) vivo(s) das
imagens acima que é(são) produtor(es).

A B X C D E

b. A cadeia alimentar a seguir foi representada a partir dos animais das fotos acima.

planta sapo jiboia gafanhoto seres vivos decompositores

Ela está correta? Por quê?


Não, pois o sapo é um animal carnívoro (não se alimenta da planta) e o gafanhoto é
um animal herbívoro.
47

54 PM g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 47 17/01/18 6:54 PM

47

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 47 18/01/18 6:06 PM


Destaques da BNCC
• Na atividade 4, os alunos exercitam
a Competência geral 1 da BNCC, c. Reescreva a cadeia alimentar citada no item b da forma correta.
descrita anteriormente, pois preci- planta gafanhoto sapo jiboia seres vivos decompositores.
sam explicar fatos e fenômenos com
base nos estudos realizados. Com a d. Se um agricultor aplicar inseticidas de maneira inadequada para eliminar os
análise de situações e levantamento gafanhotos do ambiente, o que pode acontecer com a cadeia alimentar
de hipóteses, desenvolvem a Compe- apresentada?
tência geral 2 da BNCC, descrita an- Espera-se que os alunos respondam que, eliminando os gafanhotos do ambiente, a
teriormente. Com base nas situações
analisadas, os alunos são levados a cadeia alimentar pode ficar desequilibrada. A quantidade de plantas aumentaria e
trabalhar a Competência geral 7 da a quantidade de sapos diminuiria por causa da falta de alimento.
BNCC, também já descrita, argumen-
tando sobre a consciência socioam- 4. Por causa da falta de chuva, muitas plantas do pasto do sítio de Laura secaram.
biental. As que restaram não são suficientes para alimentar o gado, e isso causou a
• No item b, os alunos precisam re- morte de alguns animais.
lacionar a participação de fungos e
A B

MÁRCIO GUERRA
bactérias no processo de decompo-

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
sição, reconhecendo a importância
ambiental desse processo, contri-
buindo para o desenvolvimento da
habilidade EF04CI06 da BNCC, des-
crita anteriormente.

Pasto do sítio de Laura antes da falta Pasto do sítio de Laura com a falta
de chuva. de chuva.

a. Por que houve a morte de alguns animais do sítio de Laura?


Os alunos podem responder que o gado é um animal herbívoro, e, como houve
diminuição de produtores da cadeia alimentar (as plantas do pasto), o gado teve
redução em sua alimentação, provocando a morte de alguns deles.

b. O que acontecerá com o corpo dos animais mortos se eles permanecerem


sobre o solo ou se forem enterrados no solo?
Espera-se que os alunos respondam que as bactérias e os fungos decompositores
vão decompor os restos desses animais, transformando-os em substâncias que
auxiliam no desenvolvimento das plantas.
48

g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 48 17/01/18 6:54 PM g19

48

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 48 18/01/18 6:06 PM


O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE...
• O objetivo da seção O que você
estudou sobre... é que os alunos
O QUE VOCÊ registrem e discutam sobre os co-
nhecimentos adquiridos ao estu-
ESTUDOU SOBRE... dar a unidade. Durante essa dis-
cussão, eles revisam os conceitos
• a importância dos seres vivos microscópicos aprendidos e o professor pode
para os ambientes? verificar a aprendizagem.
• os produtos que o ser humano geralmente • No primeiro item, sugira que os
fabrica com o auxílio de seres vivos alunos desenhem um ambiente
microscópicos? mostrando onde os seres vivos
• as doenças transmissíveis? microscópicos podem ser en-
contrados, evidenciando a con-
• as doenças não transmissíveis? tribuição deles para aquele local.
• as cadeias alimentares? Questione-os sobre a forma de
• a importância de alguns seres vivos representar o tamanho desses se-
microscópicos nas cadeias alimentares? res, sugerindo que devem indicar
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

• o desequilíbrio nas cadeias alimentares? uma ampliação para que possa-

C
AM
mos enxergá-los. O ideal seria o

IL
A
C
AR
M
desenho de um microscópio, mas

O
N
A
devido à complexidade, os alunos
podem representar o aumento
com lupas e ampliações, como
PARA SABER MAIS aparece nas imagens do livro.
• Natureza e seres vivos, de Samuel Murgel Branco. Moderna. • No segundo item, solicite que fa-
Neste livro você perceberá a importância de cada ser vivo çam uma lista dos produtos que
para o equilíbrio das cadeias alimentares. Além disso, têm a participação dos seres vi-
conhecerá a influência dos seres humanos nas cadeias vos microscópicos.

REPRODUÇÃO
alimentares e como isso pode afetá-las. • Para o terceiro e o quarto itens,
os alunos podem formar duplas
• Nhac-nhac! De onde vem a comida?, de Mick e fazer breves dramatizações so-
Manning e Brita Granström. Ática. bre doenças transmissíveis e não
Neste livro você conhecerá mais transmissíveis. Eles devem indicar
sobre as relações alimentares uma doença e representar a forma
REPRODUÇÃO

entre os seres vivos nos ambientes. pela qual ela é adquirida. Os cole-
gas, então, identificam se a doença
é ou não transmissível.
• Uma aventura no quintal, de Samuel Murgel Branco. Moderna. • Para os dois últimos itens, peça
Neste livro você é convidado a conhecer mais sobre a aos alunos que elaborem uma
biodiversidade, as cadeias alimentares e sobre o hábitat cadeia alimentar completa e, em
REPRODUÇÃO

de muitos seres vivos, por meio de quadrinhos divertidos seguida, apontem as alterações
e curiosos. nessa cadeia caso os seres vivos
microscópicos fossem eliminados.
49

54 PM g19_4pmc_lt_u1_p035a049.indd 49 17/01/18 6:54 PM

Amplie seus conhecimentos


• ART, Henry W. Dicionário de ecologia e ciências ambientais. 2. ed. São Paulo: Editora da Unesp/
Melhoramentos, 2001.
• CHALOUB, Ricardo Moreira. Fotossíntese: Reações luminosas? Não..., mas requerem luz.
Ciência Hoje, v. 56, n. 331, nov. 2015. Disponível em: <http://assinaturadigital.cienciahoje.org.br/
revistas/reduzidas/331/?revista=331#16/z>. Acesso em: 11 jan. 2018.
• LOPES, Carlos A. É possível produzir alimentos para o Brasil sem agrotóxicos? Ciência e Cultura,
São Paulo, v. 69, n. 4, dez. 2017. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v69n4/
v69n4a16.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2018.

49

g19_4pmc_mp_u01_p008a049.indd 49 18/01/18 6:06 PM


Nesta unidade, os alunos estudarão
o que são misturas. Com base nes-
te conceito, identificarão algumas
misturas que fazem parte do dia a

Misturas no
dia deles, sejam elas utilizadas na
alimentação, em ocorrência no meio
ambiente, sejam em processos rela-
cionados à nossa saúde.

• Pela identificação das misturas men-


dia a dia
cionadas ao longo da unidade, pre-
tendemos que os alunos estendam
seu olhar para outros exemplos do
seu cotidiano e reconheçam a ciên-

VISHAL BHATNAGAR/NURPHOTO/GETTY IMAGES


cia como parte de suas vidas.
• Inicie a abordagem da página de
abertura questionando os alunos so-
bre a foto. Oriente-os a observar que
existem pigmentos de várias cores
que são lançadas ao ar e que essas
se misturam.
• Peça a eles que identifiquem algu-
Festa chamada Holi
mas das cores dos pós que foram Festival, na Índia, em 2017.
lançados. Verifique se percebem
que na festa colorida foram lançados
pós azuis, amarelos, roxos, rosas,
verdes. Ao se misturarem no ar, for-
maram novas cores. Oriente-os a ob-
servar as cores das roupas e partes
dos corpos das pessoas.
• Diga aos alunos que no Brasil exis-
tem festas em que são utilizados
pós coloridos, como a festa da Índia.
Caso julgue interessante, peça aos
alunos que procurem em sites da in-
ternet alguma reportagem que trate
de uma festa como essa.
• Uma abordagem prática para obser-
var os efeitos da festa colorida é pro-
por aos alunos que raspem pontas de
lápis coloridos, utilizando o aponta-
dor, ou mesmo utilizem sucos em pó
de diferentes sabores. Com as pontas
dos dedos, os alunos podem tocar
nos pós dos lápis ou do suco em pó
e esfregá-los em uma folha de papel 50
sulfite. Oriente-os a realizar esse pro-
cedimento utilizando uma cor de cada
vez, fazendo uma mistura. Antes de
g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 50 17/01/18 7:20 PM g19
mudar de cor, os alunos podem lavar
as mãos ou utilizar lenço umedecido
para evitar misturar os pós.

50

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 50 18/01/18 6:16 PM


Mais atividades
• Misturas de cores podem ser realiza-
das por meio do uso de tinta guache.
Olha que efeito legal! Nessa festa indiana, as
Proponha aos alunos o desenvolvi-
pessoas espalham pó colorido, formando uma mistura mento de uma atividade artística em
de cores. Você já viu uma mistura como essa? que farão uma pintura com a mistura
de cores. Peça auxílio do professor de
CONECTANDO IDEIAS
Arte para a realização da proposta.
1. Para você, o que é uma mistura? • Anteriormente ao desenvolvimento
2. Cite uma mistura que é formada em situações do da atividade, solicite aos alunos que
seu cotidiano. tragam para a sala de aula tintas gua-
3. Cite um procedimento que geralmente é realizado che de diferentes cores, bem como
para formar misturas. um pincel.
• Disponibilize um recipiente com
água e folhas de sulfite para que as
crianças façam um trabalho artístico
utilizando diferentes cores. Oriente-
-as a lavar o pincel sempre que forem
mudar a cor utilizada.
• A ideia é que os alunos realizem
misturas de cores para obter novas
cores. Por exemplo, peça-lhes que
misturem cores como:
. amarelo e vermelho, obtendo o ala-
ranjado;
. amarelo e azul, obtendo o verde;
. vermelho e azul, obtendo o roxo;
. branco e preto, obtendo o cinza;
. vermelho e branco, obtendo o
rosa.
• Dependendo das misturas realiza-
das, novas cores são formadas.
• Após realizada cada mistura, per-
gunte-lhes se é possível identificar
as cores que deram origem à nova
cor. Com isso, tem-se uma ideia in-
tuitiva de mistura homogênea.

51

20 PM g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 51 17/01/18 7:20 PM

Conectando ideias
1. Espera-se que os alunos respondam que mistura é o produto formado quando se adicionam
dois ou mais materiais, como duas diferentes cores de pós coloridos.
2. Os alunos podem citar diferentes misturas que fazem parte do seu dia a dia. Verifique as
misturas que foram citadas e liste-as na lousa. Os alunos podem citar misturas de diferentes
ingredientes para preparar alimentos, como bolo, torta, gelatina, salada de frutas, saladas,
refogados e sucos.
3. Espera-se que os alunos respondam que um procedimento é acrescentar os materiais e mistu-
rá-los utilizando uma colher, as mãos ou aparelhos elétricos, como liquidificador ou batedeira.

51

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 51 18/01/18 6:16 PM


Objetivos
• Conceituar misturas.

1
4 O que está misturado?
• Identificar as misturas em diferen-
tes contextos do nosso cotidiano.
• Realizar atividades procedimen-
tais para compreender e observar Mário está ajudando seu pai a preparar um bolo. Veja a receita
a formação de misturas. que eles estão seguindo.
• Conceituar e diferenciar substân-
cias solúveis e insolúveis.
Bolo simples
Destaques da BNCC 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
• A análise de uma situação comum na
cozinha das casas permite aos alu- 1 xícara (chá) de leite
nos identificar misturas na vida diária 2 ovos
e reconhecerem a composição de 4 colheres (sopa) de óleo
um bolo, contribuindo para o desen- 1 pitada de sal
volvimento da habilidade EF04CI01 1 colher (sopa) de fermento em pó
Mário e seu pai misturaram os ingredientes

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
utilizando uma batedeira de bolo.
da BNCC.
Modo de preparo
Ler e compreender Separe o fermento.
Na batedeira, bata os demais

ILUSTRAÇÕES: SAULO NUNES


Receita é um gênero textual dividido
em duas partes: ingredientes e modo
ingredientes por, aproximadamente,
5 minutos.
de preparo. Ela apresenta os ingre-
dientes e instruções, passo a passo, Retire a tigela da batedeira, junte o
para o preparo de alimentos. fermento e misture-o cuidadosamente
com uma colher.
Antes da leitura Após a mistura, formou-se uma massa que colocaram
Despeje a massa do bolo em uma no forno para assar. Depois de 35 minutos, o bolo já
• Inicie a abordagem do conteúdo estava pronto para ser consumido.
forma untada e enfarinhada.
dessa página pedindo que os alunos
identifiquem os ingredientes usados Leve ao forno preaquecido a 180 C
por, aproximadamente, 35 minutos. 1. Quais ingredientes foram
para fazer o bolo. Em seguida, faça as misturados acima?
seguintes perguntas: “Vocês gostam
de bolo? Quais outros ingredientes Receita de um bolo. 2. Qual é o produto final?
acrescentariam para dar diferentes Espera-se que os alunos respondam que é um bolo.
sabores?”; “Vocês já fizeram bolo? Em muitas situações de nosso cotidiano misturamos diversos materiais para
Como foi o procedimento?”. obter um produto final. 1. Espera-se que os alunos respondam que foram misturados:
ovos, farinha de trigo, açúcar, fermento em pó, óleo, sal e leite.
Durante a leitura 3. Quais ingredientes você deve misturar para preparar uma limonada?
• Estabeleça relações entre as unida- Escreva-os no espaço abaixo.
des de medida apresentadas com
as convencionais. Diga aos alunos suco de limão água açúcar limonada
+ + =
que um copo de chá tem aproxi-
madamente 250 mL; uma colher de
sopa tem aproximadamente 15 mL. 52
A massa pode variar de acordo com
o ingrediente.
• Chame a atenção dos alunos para g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 52 17/01/18 7:20 PM g19

as medidas de tempo e temperatura Saberes integrados


que aparecem na receita. • A receita do bolo apresenta diferentes unidades de medidas, possibilitando um momento de
Depois da leitura articulação entre as disciplinas de Matemática e Ciências. Estimule os alunos a identificar quais
• Esclareça que apenas misturar os são essas medidas e a pensar quais poderiam ser substituídas de forma a não alterar o produto
ingredientes não é o suficiente para final. Por exemplo: farinha ou açúcar poderiam ser medidas em massa; leite ou óleo poderiam
obter o produto final. Pergunte aos ser medidos em volume.
alunos, então, o que mais foi neces-
sário fazer para que Mário e seu pai
obtivessem bolo. Verifique se com- • EF04CI01: Identificar misturas na vida diária, com base em suas propriedades físicas obser-
preendem que foi necessário assar. váveis, reconhecendo sua composição.

52

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 52 18/01/18 6:16 PM


• Inicie a abordagem desta página re-
lembrando a atividade da mistura de
cores, caso tenham realizado. Peça
Quando misturamos dois ou mais materiais, obtemos uma mistura. Em aos alunos que reflitam sobre as co-
algumas misturas, conseguimos perceber quais são os materiais que as res misturadas e qual o aspecto final
compõem. No bolo, por exemplo, são utilizados diferentes ingredientes, tanto da nova cor.
sólidos (farinha de trigo, açúcar) quanto líquidos (leite, óleo) e, quando misturados, • Caso os alunos tenham massa de
geralmente não é possível diferenciar todos os ingredientes. modelar de diferentes cores, peça-
Já no preparo de uma salada de frutas, é possível reconhecer cada uma das -lhes que separem pedaços de cada
frutas utilizadas. Veja. cor e façam uma mistura. Deixem
que manipulem a massa formada de
maneira que essa se configure em
apenas uma cor. A proposta é que
os alunos realizem misturas (não ne-
Salada de frutas.
cessariamente com líquidos) e obte-
IGOR GROCHEV/
SHUTTERSTOCK

nham um produto final em que não


seja possível diferenciar as cores.
Peça a eles que comparem as mas-
Procure comer frutas e manter sas com as formadas pelos outros
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

uma alimentação saudável.


colegas.
• Ao observar a foto da salada de fru-
tas, pergunte aos alunos se ela seria
uma mistura. Aproveite para verificar
4. Quais frutas você identifica na salada de frutas acima?
Espera-se que os alunos respondam maçã, mamão e banana. se compreenderam o conceito de
Não é somente na cozinha que podemos encontrar misturas. Você já mistura.
observou a roda de um carro?
Algumas rodas de carro, como as de liga leve, parecem ser feitas de um único Atitude legal
material, mas na realidade são compostas de alguns metais que se misturam, • Desenvolva com os alunos a im-
quando aquecidos, e em seguida são moldados. portância de incluir vegetais, como
as frutas, na alimentação. Pergun-
GABRIEL GEORGESCU/SHUTTERSTOCK

O ar atmosférico te a eles se já comeram uma fruta


também é constituído de hoje ou pretendem comer.
vários gases, mas nós não • Proponha aos alunos o preparo de
conseguimos vê-los. uma salada de frutas na escola.
Para isso, solicite antecipadamen-
5. Cite três gases que te que cada aluno traga uma fruta.
compõem o ar Na cozinha da escola, peça aos
atmosférico. alunos que ajudem a lavar algu-
Os alunos podem citar o gás mas frutas e descascar as que não
carbônico, o gás oxigênio, o necessitem do uso de facas, como
gás nitrogênio, entre outros bananas. Pique as frutas e colo-
gases. que-as em uma vasilha. Esprema
Roda de liga leve duas ou três laranjas e misture o
de um carro. suco com as frutas picadas. Sirva
os alunos com porções iguais.
53
• Comente com os alunos que as ro-
das de liga leve podem ser resulta-
20 PM g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 53 17/01/18 7:20 PM do da mistura de diferentes metais,
mas, de maneira geral, oferecem
a vantagem de serem mais leves
e mais resistentes do que as rodas
convencionais.
• Caso os alunos apresentem dificul-
dade em responder à questão 5,
ajude-os com dicas, como:
. Que gás usamos na respiração?
. Qual o gás usado pelas plantas
para realizar fotossíntese?

53

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 53 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• A realização da atividade experi-
mental em que os alunos realizam Para estudar as misturas, a professora de Ciências de Francisco realizou a
diferentes misturas estimula-os a seguinte atividade com os alunos.
desenvolver a experimentação, con- Primeiramente, eles providenciaram 2 copos plásticos transparentes com água,
tribuindo para o desenvolvimento da 1 colher de chá com açúcar comum e 1 colher de sopa com óleo.
Competência geral 2 da BNCC.
Em seguida, misturaram o açúcar comum à água de um dos copos e
observaram o que aconteceu.
• Se achar conveniente, realize a ativi-
dade desta página com os alunos, na
sala de aula, para que observem que
a água é um solvente. Para isso, provi-
dencie antecipadamente os materiais
necessários ou peça aos alunos que
tragam alguns dos materiais de casa
para que todos possam realizar a ati-
vidade individualmente ou em grupo.
Se os alunos precisarem trazer os

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
materiais de casa, faça antecipada-
mente uma solicitação por escrito
pedindo aos pais ou aos responsá-
WERLLEN HOLANDA

veis que providenciem os materiais a


tempo. Dê preferência para copos e
colheres que possam ser reutilizados, Professora e
para evitar gerar resíduos. O açúcar alunos realizando
algumas
pode ser substituído por sal. misturas.
• Caso opte por realizar a atividade,
antes de executá-la peça aos alunos
que levantem hipóteses sobre qual
resultado será obtido.
6. O que você acha que acontecá quando a professora misturar o açúcar
• Se desejar, utilize materiais adicionais comum à água? Espera-se que os alunos respondam que o açúcar comum
para ampliar a discussão, como moe- se dissolveu na água.
Depois, realizaram o mesmo procedimento com o óleo e observaram o que
das, pó de serra, pedaços de isopor.
aconteceu. 7. Espera-se que os alunos respondam que o óleo não se misturou à água,
formando duas camadas.
• Competência geral 2: Exercitar a 7. Em sua opinião, o que aconteceu quando misturaram o óleo à água?
curiosidade intelectual e recorrer
à abordagem própria das ciên-
A água é capaz de dissolver algumas substâncias.
cias, incluindo a investigação, a Na atividade mostrada acima, os alunos puderam observar que:
reflexão, a análise crítica, a ima- • o açúcar comum, quando misturado à água, é dissolvido. Nesse caso, não é
ginação e a criatividade, para in- possível visualizar o açúcar e a água separados.
vestigar causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver pro- • o óleo, quando misturado à água, não é dissolvido. Nesse caso, podemos
blemas e inventar soluções com distinguir o óleo e a água.
base nos conhecimentos das di- A água é conhecida como solvente universal, pois dissolve várias substâncias.
ferentes áreas. 54

g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 54 17/01/18 7:20 PM g19

Mais atividades
• Peça aos alunos que citem outros exemplos do dia a dia em que há misturas em duas situações:
em que seja possível observar materiais que foram misturados, porém não foram dissolvidos; e
que não seja possível visualizar os materiais misturados, pois houve dissolução.
• Se julgar interessante, peça que listem esses exemplos observando suas atividades de um dia.

54

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 54 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• A atividade prática permite que os
Os materiais que são dissolvidos pela água são solúveis em água, e os que alunos exercitem a curiosidade e
não são dissolvidos são chamados insolúveis em água. recorram à abordagem científica ao
levantar hipóteses, testar, observar
8. Na atividade que a professora de Francisco realizou, o açúcar é e analisar resultados, trabalhando a
solúvel (solúvel/insolúvel) em água e o óleo é Competência geral 2 da BNCC, des-
insolúvel crita anteriormente.
(solúvel/insolúvel) em água.
9. Converse com os colegas sobre como Francisco e seus colegas • Inicie o desenvolvimento da ativida-
poderiam separar os componentes da mistura de: de prática, questionando os alunos
• água e açúcar; • água e óleo. sobre qual resultado será obtido
Espera-se que os alunos respondam que poderiam deixar a mistura de água e conforme aumenta a quantidade de
açúcar sob o Sol até que a água evaporasse, restando apenas o açúcar. Para sal adicionado à água. Isso possibili-
NA PRÁTICA separar a água e o óleo, poderiam retirar parte do óleo
que flutua na água com uma colher.
ta que os alunos levantem hipóteses.
• Caso o recipiente transparente utili-
• A água dissolve qualquer quantidade de materiais que for misturado zado seja de vidro, oriente os alunos
a ela? Espera-se que os alunos respondam que não. a terem cuidado ao manipulá-lo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

Para descobrir a capacidade da água • Oriente os alunos a descrever a mis-

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


em dissolver o sal de cozinha, realize a tura de sal e água de acordo com a
atividade a seguir. quantidade de colheres adicionadas.
Para isso, os alunos podem compa-
MATERIAIS rar a mistura de água e sal com água
sem adicionar soluto. Ou seja, oriente
• 100 mL • copo transparente os alunos a colocar ao lado do copo
de água • colher de sopa com mistura um copo com a mesma
• sal de cozinha quantidade de água.
• Verifique se eles percebem que, con-
forme aumenta a quantidade de so-
Caso o copo utilizado seja de vidro,
luto, esse fica cada vez mais visível
tenha cuidado ao manuseá-lo.
na mistura com água.
• Proponha aos alunos a construção
Coloque a água no copo e adicione
de um quadro com explicação de
1 colher de sopa de sal de cozinha.
suas observações, como:
Misture bem e observe a mistura.
Repita esse procedimento até colocar Número de
O que observei na
colheres
6 colheres de sal de cozinha na água. de sal
mistura

Sal de cozinha sendo misturado à água. Não é possível


1 observar a presença
a. Como a mistura ficou depois das duas primeiras colheres de sal de cozinha? de sal.
E depois da sexta colher de sal de cozinha? Resposta desta questão nas Não é possível
orientações para o professor.
b. Explique o resultado dessa atividade. observar a presença
Espera-se que os alunos respondam que a quantidade de água colocada no 2 do sal, mas a água
recipiente não foi capaz de dissolver todo o sal de cozinha. está um pouco mais
55 esbranquiçada.

• Diga aos alunos que não coloquem as


mãos nos olhos nem na boca durante
20 PM g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 55 • Aproveite a água com as seis colheres de sal, • Comente com os alunos que essa 17/01/18
técnica é
7:20 PM o desenvolvimento da atividade.
obtida na atividade prática, para que os alu- denominada evaporação e é utilizada para se-
nos verifiquem uma solução para a questão parar o sal da água nas salinas, que são áreas
8. Para isso, despeje com cuidado apenas a onde o sal marinho é produzido. Nas salinas, a Resposta
água com sal dissolvido em outro recipiente, água do mar é encaminhada a tanques rasos a. Espera-se que os alunos respon-
descartando o sal precipitado. Deixe a água onde ocorre o processo de evaporação. No dam que a água dissolveu o sal,
salgada em um canto da sala, para que a água final desse processo, obtém-se o sal. Mostre pois não era possível visualizá-lo.
evapore e o sal fique no fundo do recipiente. O a eles fotos de salinas ou oriente-os a buscar Depois da sexta colher de sal, um
tempo de obtenção do resultado pode variar, mais informações na internet. pouco dele se acumulou no fundo
de acordo com a quantidade de água salgada, do recipiente.
o tipo de recipiente e as condições de tempe-
ratura e ventilação do ambiente.
55

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 55 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• Ficar atento para as condições físi-
cas relativas à hidratação é uma ati-
tude que possibilita ao ser humano
Soro caseiro
cuidar de sua saúde, contribuindo O soro caseiro é uma mistura preparada com água, sal e açúcar, utilizada
para o desenvolvimento da Compe- para combater a desidratação. Ele deve ser oferecido para prevenir a
tência geral 8 da BNCC. desidratação ou quando aparecerem seus primeiros sintomas.
Uma das principais causas da desidratação infantil é a diarreia. No
• Oriente os alunos na leitura do texto entanto, é importante saber que o soro caseiro não vai interromper a diarreia,
sobre o soro caseiro e sua importân- mas, sim, vai repor o
cia para a hidratação do corpo.
líquido perdido pelo corpo.
• Diga aos alunos que a diarreia ainda Por isso, além de tomar o
mata cerca de 3 milhões de crianças soro, é necessário se
nos países em desenvolvimento, de alimentar adequadamente açúcar sal
acordo com dados da Organização
e procurar um médico.
Mundial de Saúde (OMS). Comente
que a diarreia pode levar à morte de-
vido à perda excessiva de água, sais

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
minerais e potássio. Além disso, co-
mente que, quando cuidada de for-
ma adequada, a diarreia evolui sem Preparação do
soro caseiro.
desidratação; e que, entre as que se
desidratam, 95% podem ser reidra- Para facilitar o preparo do soro caseiro, existem colheres-medida, que são
tadas por via oral, fazendo uso de distribuídas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde. A colher-medida
soro caseiro. indica as quantidades de sal e açúcar que devem ser utilizadas para o preparo
• Providencie uma colher-medida e do soro caseiro.
prepare uma aula prática para que os Preparação do soro caseiro utilizando a colher-medida.
alunos aprendam a fazer o soro ca-

FOTOS: JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


seiro. Apesar de ser “apenas” água sal
com sal e açúcar, oriente-os a não
ingerir a mistura.

açúcar
Atitude legal
• Diga aos alunos que os seres Colher-medida
para preparo do
vivos necessitam de água para soro caseiro.
viver. Se não beber água, uma
pessoa sobrevive poucos dias.
Para manter uma vida saudável,
Procure ingerir água Misture essa medida Em seguida, misture
é recomendada ao ser humano a várias vezes ao dia. de sal em um copo de duas medidas de açúcar
ingestão de, aproximadamente, água filtrada ou fervida. no mesmo copo.
um litro e meio de água por dia.
Isso é o mesmo que seis copos O soro deve ser ingerido em até 24 horas após o seu preparo.
cheios de água. Essa água pode
ser ingerida na forma de líquido 56
e também por meio de alimentos
que contêm água.

g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 56 17/01/18 7:20 PM g19

• Competência geral 8: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,


reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com
elas e com a pressão do grupo.

56

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 56 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• As atividades desta seção permitem
aos alunos identificar misturas na
ATIVIDADES vida diária e reconhecer sua com-
posição, contemplando a habilidade
1. Marque um X nas imagens em que é possível identificar facilmente os
EF04CI01 da BNCC, descrita ante-
componentes de cada mistura.
riormente.

PICSFIVE/SHUTTERSTOCK

IMAGEMAN/SHUTTERSTOCK
X
• Auxilie os alunos na resolução das ati-
vidades em que apresentarem dificul-
dade. Se necessário esclareça, por
exemplo, que o aço é uma liga metáli-
ca, composta por ferro e carbono.
• Explique que, no granito, as diferentes
Café. Granito.
cores representam diferentes subs-
tâncias que compõem esta rocha,
JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS

HELLORF ZCOOL/SHUTTERSTOCK
X
portanto, trata-se de uma mistura.
• Leve para a sala de aula uma receita
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

de pão para que os alunos identifi-


quem os ingredientes que compõem
a mistura. Escreva na lousa os ingre-
dientes, bem como o modo de pre-
Mistura de água e areia. Objeto de aço inoxidável. paro do pão. Discuta com os alunos
que se faz necessário que o pão pas-
2. Observe a imagem abaixo. se por um processo posterior à reali-
zação da mistura, ou seja, ele precisa
ser assado.
• Pergunte aos alunos se alguém já viu
o preparo de pães em padarias. Se
possível, peça a um padeiro que visite
HORUS2017/
SHUTTERSTOCK

a sala de aula para que os alunos o en-


trevistem. Para isso, peça a eles que,
Cesto com pães.
antecipadamente à visita, elaborem
perguntas que gostariam de fazer ao
padeiro. Veja se o padeiro pode levar
a. Cite alguns ingredientes que são utilizados no preparo de pães.
ingredientes e preparar massa de pão
Espera-se que os alunos citem a farinha de trigo, o sal, o fermento, entre outros para que os alunos observem na cozi-
ingredientes. nha da escola.

b. Após o preparo dos pães, conseguimos identificar facilmente todos os


ingredientes utilizados em seu preparo? Por quê?
Espera-se que os alunos respondam que não, pois os ingredientes foram misturados,
e, além disso, passaram por alterações ao serem aquecidos.

57

20 PM g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 57 17/01/18 7:20 PM

57

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 57 18/01/18 6:16 PM


• Para auxiliar os alunos na realização
da atividade 3, se possível, leve uma
garrafa de suco com embalagem
3. Observe ao lado a orientação destacada, presente

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


transparente para que vejam a polpa
da fruta depositada no fundo. De- em uma embalagem de suco.
pois, agite-a para que vejam que a • Em sua opinião, por que esse produto deve ser
mistura se tornou mais homogênea. agitado antes de ser ingerido?
• Após a realização da atividade 4,
Espera-se que os alunos respondam que uma parte da
pergunte aos alunos se o preparo do
chá é feito sempre da maneira como polpa da fruta fica depositada no fundo do recipiente.
indica o enunciado da questão. Pro-
Ao agitar, os ingredientes se misturarão novamente.
vavelmente eles dirão que existem
os chás em sachês. Mostre um sa-
chê de chá a eles e explique que é Embalagem de suco.
uma forma de facilitar o preparo, mas
que a função do papel é a mesma da 4. Vítor preparou uma caneca de chá. Para isso, ele ferveu um pouco de água em
peneira: reter os pedaços de planta, uma chaleira e, em seguida, adicionou folhas de erva-mate trituradas e açúcar.
ao mesmo tempo permitindo que as Em seguida, com o auxílio de uma colher, agitou o conteúdo e esperou por
substâncias presentes no vegetal se cinco minutos.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
dissolvam na água quente e formem Antes de beber o chá, Vítor passou o conteúdo por uma peneira.
a mistura, que é o chá.

Folhas de erva-mate,
água e açúcar
comum.
LISLLEY GOMES FEIGE

Vitor preparando chá.

a. Qual dos ingredientes da mistura ficou retido na peneira?


Espera-se que os alunos respondam que as folhas de erva-mate ficaram retidas na
peneira.

b. Nessa situação, identifique qual componente é solúvel na água e qual é


insolúvel na água.

Solúvel: açúcar Insolúvel: folhas de erva-mate


58

g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 58 17/01/18 7:20 PM g19

58

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 58 18/01/18 6:16 PM


Objetivos
• Reconhecer e caracterizar os três

1
5 Estados físicos das misturas estados físicos das misturas.
• Identificar os três estados físicos
Gabriela colocou água e corante dentro de cinco recipientes com formatos e na natureza.
capacidades diferentes. Observe. • Relacionar as propriedades das
substâncias sólidas a suas apli-
cações.

• Antes de iniciar o estudo do assun-


to abordado nessa página, leve para

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


a sala de aula recipientes plásticos
com diferentes formatos, como par-
tes inferiores de garrafas plásticas,
pote de margarina, pote de maione-
se, entre outros. Encha um dos re-
cipientes com água e peça aos alu-
Recipientes de diferentes formatos com água e corante.
nos que observem o que aconteceu.
Em seguida, despeje a água desse
recipiente em outro que apresente
1. O que aconteceu com o formato da água em cada um dos recipientes? formato diferente. Novamente, peça
Por que isso ocorreu? Espera-se que os alunos respondam que a água no aos alunos que digam o que observa-
estado líquido apresenta volume definido e adquire o
formato dos recipientes. ram. Repita esse procedimento com
os outros recipientes que você levou
NA PRÁTICA para a sala de aula. Deixe que os alu-
nos concluam que a água preenche
Resposta desta questão nas orientações para o professor.
• Se Gabriela colocasse cubos de gelo no interior de um dos recipientes todo o espaço interno do recipiente.
acima, o que aconteceria com o formato desse gelo? Por quê? • Para desenvolver a atividade prática
Para investigar o que ocorre com o proposta nesta página, providencie
Caso os recipientes utilizados o material solicitado. Acomode os
formato das substâncias e das misturas no sejam de vidro, tenha cuidado
cubos de gelo em uma caixa de iso-
estado sólido, realize a atividade a seguir. ao manuseá-los.
por, para evitar que derretam muito
rapidamente, se não houver possibi-
JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS

MATERIAIS lidade de retirar o gelo diretamente


• recipientes com formatos variados do congelador.
• cubos de gelo • Para ampliar a discussão, se possível
providencie gelos em diferentes for-
matos, sejam eles feitos em formas
Coloque os cubos de gelo em cada
próprias ou em embalagens vazias,
recipiente e observe como ele se comporta.
como copos plásticos de requeijão e
• Retorne à questão do início desta potes de iogurte, por exemplo.
seção e responda-a novamente. Você • Verifique se os alunos perceberam
precisou alterar sua resposta? Recipiente com gelo. que a água no estado líquido adquire
Espera-se que os alunos respondam que o gelo continuaria com o mesmo formato,
a forma do recipiente em que se en-
pois a água no estado sólido não adquire o formato do recipiente onde está.
59 contra e a água no estado sólido não
adquire a forma do recipiente, pois
nesse estado físico a água tem for-
20 PM g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 59 17/01/18 7:20 PM
ma definida, que é aquela na qual se
Resposta solidificou. Ao se solidificar, a água
• Espera-se que os alunos respondam que o gelo continuaria com o mesmo formato, pois a água tornou gelo, mantendo o formato dos
no estado sólido não adquire o formato do recipiente onde se encontra. recipientes mesmo após o gelo ser
retirado dos mesmos.

59

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 59 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• A análise das imagens desta página
permite aos alunos identificar mis- Nos ambientes, as

LUCA LUCERI/SHUTTERSTOCK
turas na vida diária, contemplando substâncias e misturas podem ser
a habilidade EF04CI01 da BNCC, encontradas em três diferentes
descrita anteriormente, além de re- estados físicos: sólido, líquido ou
conhecê-las em diferentes estados gasoso. Observe o esquema a
físicos. seguir.
Os sólidos têm forma e
• Antes de iniciar a análise da imagem volume definidos.
da geleira, peça aos alunos que ci-
tem exemplos de substâncias nos
três estados físicos na natureza.
Aproveite para verificar se eles en-
tenderam os conceitos relativos a Um exemplo de mistura no
sólido, líquido e gasoso, e se conse- estado sólido é o granito, Granito.
guem transpor esses conceitos ao que é uma rocha. O granito
é uma mistura de quartzo,
ambiente que os rodeia.
mica e feldspato.
• Procurando não consultar as legen-
das relativas à imagem, peça aos A geleira é um
alunos que identifiquem os estados exemplo de água
físicos representados no ambiente no estado sólido.
de geleira. Para complementar, faça
perguntas que os auxiliem na análise
das características de cada estado
físico, como as propostas a seguir:
. Como é a forma das substâncias
sólidas/líquidas/gasosas: definida
ou indefinida?
KAGAI19927/SHUTTERSTOCK.COM

. E o volume?
. Como se comportam as formas
dos sólidos/líquidos/gasosos em
relação ao recipiente ou local em
que estão?

Geleira Fjallsarlon, na
Islândia, em 2017.

60

g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 60 17/01/18 7:20 PM g19

60

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 60 18/01/18 6:16 PM


• Ao analisar a imagem da pessoa en-
chendo o pneu do automóvel, per-
gunte aos alunos qual o formato do
Os gases não têm forma e

SZEFEI/SHUTTERSTOCK.COM
gás dentro do pneu, caso pudessem
volume definidos e ocupam o enxergá-lo.
volume do recipiente onde estão. • Providencie dois balões ou dois sacos
plásticos transparentes que sejam
possíveis de encher e leve-os para
a sala de aula. Encha um dos sacos
Geralmente, utilizamos
ar sob pressão nos plásticos com ar e o outro com água.
pneus dos veículos. Verifique se os alunos percebem que,
assim como a água no estado líquido,
o ar não tem forma definida, adquirin-
do o formato do ambiente em que se
encontra.
• Se possível, leve rótulos de vinagre
Pessoa enchendo o pneu de um carro. para que os alunos vejam a composi-
Existem diversos gases.
Como exemplos, podemos ção, mostrando que se trata de uma
citar o gás oxigênio, que mistura no estado líquido.
Substâncias e misturas no estado líquido
está presente no ar
não têm forma definida. Elas adquirem a
atmosférico, o gás
carbônico, que liberamos forma do recipiente em que são colocadas.
para a atmosfera durante a
expiração, e o vapor de água.

MARIYANA M/SHUTTERSTOCK.COM

A água dos mares, rios e


lagos são exemplos de
misturas no estado líquido.

Vinagre.

O vinagre é um exemplo de
mistura no estado líquido. Ele,
geralmente, é utilizado para
temperar alimentos.

61

20 PM g19_4pmc_lt_u2_p050a061.indd 61 17/01/18 7:20 PM

61

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 61 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• Ao sugerir o diálogo sobre a água
nos estados sólido e líquido, oriente
os alunos a relembrar as discussões
Propriedades e aplicações de materiais sólidos
realizadas durante o trabalho das pá- Um material em um estado físico apresenta características e propriedades
ginas 59 a 61. Deixe que se expres- diferentes de quando está em outro estado físico.
sem livremente e oriente-os a ouvir
• Converse com um colega sobre as diferenças entre as características da
e a respeitar os conhecimentos dos
água no estado líquido e no estado sólido. Resposta desta questão nas
colegas. Promover essas ações con- orientações para o professor.
tribuem para o desenvolvimento da As indústrias utilizam diferentes materiais para produzir os objetos, de
Competência geral 9 da BNCC. acordo com as características e propriedades de cada material. Veja a seguir
algumas características dos materiais sólidos.
• Se possível, leve objetos do cotidia-
A dureza dos materiais sólidos é

BJOERN WYLEZICH/SHUTTERSTOCK
no que apresentem as propriedades uma propriedade que indica que eles
descritas nesta página.
. Dureza: você pode utilizar o giz e a são resistentes à pressão e que não
podem ser riscados facilmente.
lousa. Ao escrever na lousa, pres-
sionando o giz, este é desgastado; O diamante é uma das substâncias naturais

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
portanto, a lousa é mais dura do de maior dureza. Além de ser resistente,
não é facilmente riscado por outros
que o giz. Mostre aos alunos que a
materiais. Por causa disso, é utilizado para
superfície do giz que entrou em cortar outros materiais.
contato com a lousa ficou com Diamante.
marcas.
. Elasticidade: um simples elástico A elasticidade é a propriedade que

COPRID/SHUTTERSTOCK
de dinheiro pode ser utilizado nesta um sólido tem de se deformar quando
atividade. Estique-o (aplicação de uma força é aplicada sobre ele. Quando
força) e solte-o lentamente (encer- a força deixa de ser aplicada, esse sólido
ramento da força), demonstrando tende a voltar ao seu formato original.
aos alunos que o material (borra-
cha) retorna à conformação original. Materiais como a borracha têm
Explique que há limites para a apli- propriedades elásticas. Por causa disso,
ela é utilizada em pneus, correias,
cação de força: se esse limite for Elásticos de
tapetes, luvas, entre outros objetos.
borracha.
excedido, o material pode ser dani-
ficado e perder a elasticidade,
como acontece com as nossas Alguns sólidos, como certos metais, podem
meias quando são colocadas esti- ser moldados, formando fios. Essa propriedade
cando-as.
. Ductibilidade: não é possível de- recebe o nome de ductibilidade.

monstrar o exemplo do fio de co-


bre sendo moldado, mas você Além do cobre, outros metais são
PETER HERMES FURIAN/
SHUTTERSTOCK

utilizados para fazer fios elétricos.


pode levar alguns para que os alu-
nos conheçam e manipulem. Se
julgar conveniente, apresente a Fios de cobre.
eles o processo de produção de
fios de cobre, acessando o site dis- 62
ponível em: <http://gizmodo.uol.
com.br/galerias/fios-de-cobre/>.
Acesso em: 12 jan. 2018.
g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 62 17/01/18 7:28 PM g19
• Peça aos alunos que investiguem em Resposta
seus materiais escolares e na sala de • Espera-se que os alunos citem que a água no estado sólido não adquire o formato do recipiente onde
aula (ou no pátio da escola) objetos é colocada, apresenta maior dureza do que a água no estado líquido, entre outras características.
feitos de materiais que apresentem
as propriedades de dureza, elastici- • Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
dade e ductibilidade.
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da di-
versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
dades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção
religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade
com a qual deve se comprometer.

62

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 62 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• A atividade 1 possibilita o trabalho
com o tema contemporâneo Preser-
ATIVIDADES vação do meio ambiente. Aproveite
para repassar informações adicio-
1. Samuel sabe que não devemos nais sobre o descarte, a coleta e a
descartar o óleo de cozinha usado reutilização do óleo de cozinha.
diretamente no ambiente, pois ele
pode contaminar o solo e a água.
• Comente com os alunos que, além
Por isso, ele sempre guarda o
da contaminação do solo e da água,
óleo usado em um recipiente para,
resultando na morte de seres vivos
posteriormente, descartá-lo em que ali vivem, o descarte incorreto
coletores especiais. de óleo pode impermeabilizar o solo,
Um dia, ao despejar o óleo no contribuindo para a ocorrência de
recipiente, Samuel percebeu que enchentes. Nas residências, caso o
o óleo escorria mais lentamente óleo seja despejado no ralo da pia,
do recipiente do que pode entupir a tubulação da rede
a água. de esgoto, absorvendo restos de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

alimentos (atraindo ratos e insetos),

FERNANDO FAVORETTO/
além de acabar sendo conduzido
Não descarte óleo de cozinha
para as estações de tratamento de

CRIAR IMAGEM
na pia ou no ambiente.
esgoto (quando há), que não com-
portam grandes quantidades de óle-
Samuel reservando óleo de cozinha usado
para ser descartado em coletores especiais.
os despejadas diariamente.

a. Siga as setas e descubra a propriedade dos líquidos que faz com que eles Mais atividades
escorram lentamente. • Leve os alunos para o laboratório
de informática para pesquisar pon-
D S E S I D D E
tos de coleta do óleo na cidade em
que residem e o que se pode fa-
V I C O S A V A zer com restos de óleo. Para isso,
você pode acessar os sites dispo-
níveis em: <https://www.ecycle.
Viscosidade.
com.br/postos/reciclagem.php> e
b. Pesquise um líquido que escorre mais lentamente do que o óleo de cozinha. <http://www.oleosustentavel.org.
Comente com os colegas o resultado de sua pesquisa. br/#postos-coleta>. Acessos em: 12
jan. 2018.
Resposta pessoal. Os alunos podem citar o mel e o xarope de milho.
• Além disso, eles podem assistir a
c. Verifique se os adultos de sua residência descartam o óleo de cozinha usado alguns vídeos sobre o tema. Realize
de forma adequada. Caso não o façam, o que você pode fazer para todas as atividades sugeridas ou es-
conscientizar esses adultos? colha as que mais se adequem aos
Resposta pessoal. Os alunos podem responder que podem conversar com os
adultos da residência, comentando sobre os prejuízos para o ambiente causados seus alunos, tempo e espaço dispo-
pelo descarte inadequado de óleo de cozinha usado ou mostrando reportagens níveis.
sobre o assunto. Além disso, eles podem informar os adultos sobre os locais de
coleta de óleo usado.
63

28 PM g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 63 17/01/18 7:28 PM

63

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 63 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• A atividade 2 permite que os alu-
nos identifiquem misturas na vida 2. Assinale com um X os estados físicos das misturas indicadas, à temperatura
diária, contemplando a habilidade ambiente.
EF04CI01, descrita anteriormente,
além de reconhecê-las em diferentes
estados físicos. Mistura Sólido Líquido Gasoso

• Na atividade 2, peça aos alunos que Suco de laranja com gelo X X


identifiquem, no suco de laranja e na
água com gás, qual o componente Granito X
sólido, líquido ou gasoso, conforme
cada situação. Comente com eles
que o bronze é uma liga metálica, ou Água com gás X X
seja, uma mistura de cobre e estanho.
• Se necessário, leve um balão de bor- Bronze X
racha para a sala de aula para ajudar
os alunos a resolver e compreender

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
Leite com cereais X X
a atividade 3.

3. Larissa se distraiu enquanto enchia um balão de borracha e ele estourou.


a. É possível afirmar que, enquanto
Larissa enchia o balão, o ar ocupava
todo o seu interior? Justifique sua
resposta.
Sim, pois o ar é um gás e não tem
forma definida, ocupando todo o
interior do balão.

b. Depois que o balão estourou, para


onde foi o ar que estava em seu Larissa enchendo
interior? um balão de festa.
O ar se espalhou pelo ambiente.

SAULO NUNES
c. Considerando as propriedades dos materiais sólidos, que você estudou nesta
unidade, qual delas está relacionada ao fato de que o tamanho do balão
aumentou enquanto Larissa o enchia? Marque um X na resposta adequada.

ductibilidade X elasticidade dureza

64

g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 64 17/01/18 7:28 PM g19

• Muitos objetos do nosso cotidiano são produzidos com base em ligas metálicas. Para saber um
pouco mais sobre esse material, leia o texto abaixo.

As ligas metálicas são a mistura de dois Alguns exemplos de liga metálica são: à fabricação de peças de aviões.
ou mais elementos químicos, sendo o me- aço, amálgama, bronze, latão e solda.
Fonte de pesquisa: ALMEIDA, Tamires. Principais Ligas
tal o maior componente. Elas podem ser As ligas metálicas são utilizadas em to- Metálicas Utilizadas na Indústria. Indústria Hoje, 6 mar.
sólidas ou líquidas, sendo que a fundição dos os setores e seu uso é extremamente 2017. Disponível em: <https://www.industriahoje.com.br/
acontece no estado líquido, para que os fundamental em nosso cotidiano, seja principais-ligas-metalicas-utilizadas-na-industria>. Acesso
em: 12 jan. 2018.
componentes da liga possam ser mistura- para a utilização de utensílios domésticos
dos homogeneamente.

64

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 64 18/01/18 6:16 PM


Objetivos
• Compreender que uma mistura

1
6 Composição das misturas tem diversos componentes.
• Reconhecer o ar atmosférico
Vanessa se preocupa em ter uma alimentação saudável, comendo alimentos como uma mistura e identificar
variados e em quantidades adequadas. Veja a seguir alguns alimentos que ela seus componentes.
come no café da manhã. • Conscientizar-se das ações hu-
manas que interferem na qualida-
de do ar e sugerir ações que favo-
reçam a diminuição da poluição
atmosférica.
MATKA_WARIATKA/
SHUTTERSTOCK

MONTICELLO/
SHUTTERSTOCK
Destaques da BNCC
• Os exemplos de mistura apresenta-
dos nesta página permitem que os
alunos identifiquem misturas na vida
Alimentos que Vanessa ingere no café da manhã. diária, contemplando a habilidade
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

EF04CI01, descrita anteriormente.


1. Você consegue identificar visualmente os ingredientes do pão acima?
Espera-se que os alunos respondam que não.
2. E os ingredientes da salada de frutas? Espera-se que os alunos respondam
que sim. A salada de frutas contém banana, maçã, morango e uva. Acompanhando a aprendizagem
Em algumas misturas é Em outras misturas não é • Os exemplos de misturas ilustrados
possível identificar visualmente os possível identificar os nesta página já foram abordados em
componentes. componentes visualmente. temas anteriores. Aproveite, então,
para verificar se os alunos entende-

FOTOS: ANDRE L. SILVA/ASC IMAGENS


ram os conceitos necessários para
responder às questões propostas.
• Avalie, também, se conseguem ela-
borar respostas completas e coeren-
tes, bem como explicar o que veem
Óleo. nas imagens. Incentive-os a cons-
truir as ideias, sugerindo estruturas,
como: “No copo com água e óleo é
possível identificar os componentes
Água. Água da mistura porque o óleo não se dis-
e sal. solve na água.”.
• Caso necessário, aproveite o mo-
mento para rever os conceitos que
os alunos ainda apresentam dificul-
dades.
Mistura de óleo e água. Note Mistura de água e sal. Nesse caso,
que é possível identificar a água dissolveu o sal colocado
claramente o óleo e a água no copo e não é possível perceber
nessa mistura. a presença dele.

65

28 PM g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 65 17/01/18 7:28 PM

65

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 65 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• Os exemplos de mistura apresenta-
dos nesta página permitem que os
alunos identifiquem misturas na vida
Os componentes de algumas misturas
diária, contemplando a habilidade Os componentes das misturas

REPRODUÇÃO
EF04CI01, descrita anteriormente. mostradas na página anterior também são
misturas.
• Inicie a abordagem desta página so- A água, por exemplo, não é encontrada
licitando que os alunos analisem as pura na natureza. Embora não consiga
imagens dos rótulos de água mineral enxergar, existem diferentes sais minerais e
e sal e que definam se os produtos outros componentes misturados a ela.
tratam-se de misturas. Peça a eles
que justifiquem suas respostas e Já o sal de cozinha contém uma Rótulo de uma garrafa de água mineral.
verifique se concluem que cada um substância chamada cloreto de sódio A água mineral é uma mistura que contém
misturada a outra denominada iodo. diversos componentes dissolvidos.
deles é formado por mais de uma
substância.
Rótulo de sal de cozinha. O iodo é

FABIO COLOMBINI
• Se houver garrafas de água mineral
adicionado ao sal para prevenir
com o rótulo na sala (dos alunos,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
distúrbios na produção de um
ou você pode levar algumas), peça hormônio da glândula tireoide.
que analisem e comparem umas
com as outras. Destaque que todas
são água mineral, mas que algumas 3. É possível identificar visualmente
substâncias da composição delas os componentes da água e do sal
pode mudar. Chame a atenção ao de cozinha? Espera-se que os alunos
respondam que não.
fato de serem provenientes de dife-
rentes fontes (esta informação tam-
bém está nos rótulos). Oriente os Fluoreto na água
alunos que, dependendo do local, da
Devemos tomar água filtrada, fervida
fonte de onde essa água foi extraída,

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS


sua composição também varia. e que tenha passado por um tratamento.
• Ao trabalhar com o texto sobre flúor Geralmente, nas cidades, a água
na água, pergunte aos alunos quais consumida pela população é coletada em
cuidados são tomados em suas casas rios e encaminhada a Estações de
em relação à água que bebem: se co- Tratamento de Água (ETA). Nessas
letam a água diretamente da torneira, estações, a água passa por diversas
se a filtram e fervem, se consomem etapas de tratamento, tornando-se
apenas água mineral engarrafada. adequada para o consumo. Estação de tratamento de água em
• Aproveite para verificar se os alunos Guararema, São Paulo, em 2017.
Em uma dessas etapas das estações
sabem para que serve a filtração da de tratamento é adicionado fluoreto à água. A mistura de água e fluoreto
água e relembre a atividade da pági- contribui para prevenir a cárie dentária.
na 58, em que uma pessoa peneirou
o chá. Comente que a água que che- • Somente a fluoretação da água não é suficiente para combater a cárie
ga em nossas casas, mesmo após o dentária. Quais cuidados devemos ter com nossos dentes?
Espera-se que os alunos digam que devem escovar os dentes ao acordar, após
tratamento, possui pequenas partí- as refeições e antes de ir dormir, passar fio dental após as refeições, ir ao
culas que não são visíveis a olho nu, 66 dentista frequentemente, entre outros cuidados.
mas que ficam retidas no filtro.
• Pergunte, também, por que devemos
ferver a água, comentando que é g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 66 17/01/18 7:28 PM g19
preciso eliminar microrganismos que
estejam na água, pois alguns deles
podem fazer mal à nossa saúde.

66

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 66 18/01/18 6:16 PM


• Inicie a abordagem desta página in-
formando aos alunos que a camada
de ar que envolve o planeta Terra é
Composição do ar atmosférico chamada atmosfera. Ela estende-se
por aproximadamente 1 000 quilô-
Vimos que o ar atmosférico é composto de uma mistura de diferentes gases. metros acima da superfície terrestre.
• Na atmosfera, o ar é composto pela
4. É possível identificar visualmente os componentes do ar atmosférico? mistura de alguns gases, como o gás
O ar atmosférico é constituído de diversos gases, como o gás oxigênio, o gás nitrogênio, o gás oxigênio e o gás
carbônico, o gás nitrogênio e o vapor de água. Em condições normais, geralmente carbônico. O gás nitrogênio é o gás
não é possível identificar visualmente os componentes do ar atmosférico. que há em maior quantidade no ar; o
4. Espera-se que os alunos respondam que, gás oxigênio é indispensável para a
Agora, veja a situação abaixo. geralmente, não, mas que, em algumas situações,
maioria dos seres vivos, ele partici-
é possível identificar alguns materiais que são lançados no ar, como fuligem e poeira. pa do processo de respiração; o gás

EVAN LORNE/SHUTTERSTOCK
carbônico é necessário para os vege-
tais produzirem seu próprio alimento.
A maioria dos seres vivos libera esse
gás por meio da respiração.
• Além desses gases, também podemos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

encontrar no ar vapor de água, impure-


zas e seres vivos microscópicos.
• Ao realizar a questão 4, se os alunos
derem a resposta esperada, pergun-
te a eles em quais situações é pos-
sível identificar componentes do ar
atmosférico. Caso respondam que
não é possível, então peça a eles que
analisem a foto da poluição na cida-
de e reavaliem suas respostas.
• Explique aos alunos que, além dos
gases que compõem o ar atmosfé-
rico, em situações como a mostrada
na foto, partículas sólidas podem se
misturar ao ar.
Poluição atmosférica na cidade de Cracóvia, Polônia, em 2017.
• Ao ouvir as respostas à questão 6,
discuta com os alunos sobre os moti-
5. Como está o ar dessa cidade? Espera-se que os alunos respondam que
o ar está poluído, pois há fumaça e outros gases poluentes no ar. vos de o ar na cidade deles ser como
6. No local em que você mora o ar atmosférico é parecido com o da eles indicam. Por exemplo, se for uma
foto acima? Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos cidade grande e movimentada, veja
avaliem a qualidade do ar atmosférico do local onde moram. se eles associam a qualidade do ar à
Em locais onde há grande quantidade de indústrias, automóveis e queimadas,
grande quantidade de automóveis cir-
em determinadas condições, podemos perceber a presença de alguns poluentes culantes. Se for uma cidade pequena
no ar, como mostra a foto acima. Além da fumaça, podemos perceber que o ar e com pouco movimento, talvez eles
adquire um aspecto embaçado. Esses poluentes podem prejudicar a saúde do ser afirmem que há poucos carros, por-
humano e de outros animais. tanto menos poluição atmosférica.
67 Ou, ainda, se for um local com muitas
indústrias, podem apontar a fumaça
eliminada pelas chaminés como res-
ponsável por parte da poluição.
28 PM g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 67 17/01/18 7:28 PM

67

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 67 18/01/18 6:16 PM


Objetivos
• Conhecer agentes poluentes do
ar atmosférico.
• Reconhecer que atitudes huma-
CIDADÃO
nas podem alterar o ar atmosféri- DO MUNDO
co, comprometendo a saúde.
• Entender que os vegetais são Ar e saúde
importantes para revitalizar o ar
atmosférico. Hoje é dia de passeio no parque! Felipe e sua família ainda vão contribuir com
o ambiente plantando uma árvore.

Destaques da BNCC A Secretaria do Ambiente do município em que Felipe e sua família residem os
orientou sobre o local onde eles poderiam plantar determinada espécie de árvore.
• Ao analisar o contexto geral da cida-
de apresentada na ilustração, o aluno
pode relacionar a existência de par- Você costuma ir caminhando para a escola, com
ques, indústrias, automóveis à qua- um adulto? Essa atitude contribui para melhorar
sua saúde e a qualidade do ar.
lidade do ar, contribuindo para a ma-
nutenção da saúde. Essa abordagem
contempla a Competência geral 8 da
BNCC, descrita anteriormente, bem
como a Competência geral 7.
• Esta seção tem como objetivo de-
senvolver o Tema contemporâneo
Saúde ao associar as características
da cidade onde Ana mora à possibi-
lidade de os moradores desenvolve-
rem doenças respiratórias.
• Também se relaciona ao tema con-
temporâneo Preservação do meio
ambiente, pois propõe que os alunos
indiquem de que forma podemos re-
duzir a poluição atmosférica.

• Inicie o trabalho desta seção solicitan-


O intenso tráfego de
do aos alunos que descrevam a ilus- veículos em algumas
tração e identifiquem quais os elemen- cidades leva à emissão
tos que se relacionam com a poluição de parte dos gases
do ar atmosférico e quais os elemen- poluentes presentes na
tos que indicam atitudes que podem atmosfera. Esses gases
ajudar a melhorar a qualidade do ar. são formados após a
queima de combustíveis.
• Pergunte aos alunos se eles já plan-
taram árvores. Se possível, planeje
um momento para que essa ativida-
de seja realizada por eles. Escolha,
também, um local que seja, de prefe- 68
rência, onde os alunos frequentam:
o próprio pátio da escola, uma praça
ou parque próximos. g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 68 17/01/18 7:28 PM g19

• Não se esqueça de solicitar orienta- • Competência geral 7: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
ções junto à Secretaria do Meio Am- formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e pro-
biente de sua cidade sobre os proce- movam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global,
dimentos, autorizações necessárias, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
obtenção das mudas, etc. Essa con-
sulta é importante para evitar que
espécies exóticas e/ou invasoras se-
jam plantadas, bem como respeitar
as normas de tamanhos das árvores,
cuidados com as calçadas, postes
de eletricidade, placas de trânsito.

68

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 68 18/01/18 6:16 PM


Atitude legal
O parque que Felipe visitou é agradável. No entanto, na cidade onde ele mora, • Pergunte aos alunos de que ou-
existem muitas indústrias e automóveis que emitem grande quantidade de tras formas poderiam melhorar
poluentes na atmosfera. Além disso, o ar atmosférico também pode conter fuligem, sua saúde, enquanto ajudam a
poeira, gases tóxicos, materiais particulados, entre outros componentes. reduzir a qualidade do ar. Res-
postas como ir de bicicleta, skate
Quando a quantidade de poluentes presentes no ar atmosférico altera as ou patins podem surgir. Nestes
características do ar a ponto de prejudicar os seres vivos, podemos dizer que o ar casos, não deixe de recomendar
do ambiente está poluído. o uso de equipamentos de segu-
rança, como capacete, joelheira,
cotoveleira, além dos cuidados
A poluição do ar tem efeitos mais de irem acompanhados por adul-
graves em crianças, podendo afetar o tos e terem atenção ao trânsito.
desenvolvimento dos pulmões. Com
isso, muitas crianças precisam de

LEONARDO DE MOURA AMARAL


atendimento médico para realizar o • Pergunte aos alunos se eles já de-
processo de inalação. senvolveram ou sofrem de alguma
doença respiratória que possa de-
correr da poluição atmosférica.

Respostas
a. Espera-se que os alunos citem os
veículos, que lançam grande par-
te dos poluentes atmosféricos. E,
Felipe e sua também, que citem campanhas
família plantando
que estimulam a redução do uso
uma árvore.
dos automóveis, como o rodízio,
o compartilhamento de veículos, o
As plantas auxiliam a manter a
uso de transporte público e o uso
qualidade do ar. Por meio do
processo de fotossíntese, elas
de meios de transporte não poluen-
utilizam o gás carbônico, que tes, como bicicleta, como alternati-
também é um dos poluentes vas para reduzir a quantidade de
emitidos pelos veículos e veículos e, consequentemente, de
indústrias, e liberam o gás poluentes lançados no ar.
oxigênio na atmosfera.
b. Resposta pessoal. O objetivo da
questão é que os alunos obser-
a. Cite um dos principais agentes poluidores vem as consequências para a
do ar, comum nas ruas de muitas cidades. vida das pessoas quanto à saúde
e passem a pensar em como po-
É possível reduzir sua utilização?
dem ajudar para melhorar a quali-
b. Pergunte a seus familiares se em sua família dade do ar.
existem pessoas com doenças respiratórias
agravadas pela poluição do ar.

69

28 PM g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 69 17/01/18 7:28 PM

69

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 69 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• Ao propor que os alunos apresentem
respostas e argumentos a questio-
namentos relacionados ao meio am-
Monitoramento da qualidade do ar
biente, colabora-se com o desenvol-

RODRIGO PIVAS/FUTURA PRESS


vimento da Competência geral 9 da
BNCC.

• Peça aos alunos que observem o


monitor que indica a qualidade do ar
apresentado na foto e digam qual é a
qualidade do ar.
• Ao abordar as informações do pri-
meiro parágrafo, pergunte aos alu-
nos se eles conseguem pensar em
outras atividades que possam lançar
poluentes na atmosfera. Espera-se
que eles respondam que o ar do local

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
onde vivem pode ficar poluído quan-
do são emitidos gases tóxicos ao se
queimarem objetos (para indicar que
não apenas as queimadas de gran-
des proporções são prejudiciais), na Medidor de qualidade do ar no município de São Paulo, em 2017.
presença de pessoas com cigarros
acesos, entre outras situações. Diversas atividades humanas, como o uso de veículos, as queimadas e
• Explique aos alunos que o monito- alguns processos industriais e de geração de energia elétrica, são
ramento da qualidade do ar é res- responsáveis pelo lançamento de poluentes na atmosfera, alterando a
ponsabilidade de órgãos ambientais qualidade do ar que respiramos.
do governo e programas específi- Por causa desses problemas, em alguns lugares, foram instalados
cos para este fim (como o Pronar). aparelhos que monitoram a qualidade do ar.
Além das medições, é necessário
Esses aparelhos medem as concentrações de poluentes na atmosfera. De
elaborar e executar ações neces-
acordo com as leis ambientais, as características monitoradas são: partículas
sárias para preservar e melhorar a
qualidade do ar. Caso queira obter
totais em suspensão, fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre,
mais informações sobre este as- monóxido de carbono, ozônio e dióxido de nitrogênio.
sunto, visite o site disponível em: Quanto maior é a quantidade de poluentes no ar, mais baixa é sua
<http://w w w.brasil.gov.br/meio- qualidade e maiores são os riscos à saúde. b. Resposta desta questão nas
a m b i e n t e / 2 0 12 / 0 4 / p r o g r a m a - orientações para o professor.
a. Cite algumas atitudes que podem ser tomadas pelas pessoas e que
nacional-de-controle-de-qualidade-
contribuem para diminuir a poluição do ar.
do-ar-estabelece-metas-para-area>.
Acesso em: 12 jan. 2018. b. Pesquise outros componentes do ambiente, além dos seres humanos,
• No item b, deixe que os alunos con- que são prejudicados pela poluição do ar. Converse com os colegas
versem entre si e cheguem a uma sobre os resultados de sua pesquisa.
conclusão sobre os prejuízos que a a. Resposta pessoal. Os alunos podem dizer que as pessoas podem trocar os carros
poluição do ar pode causar. particulares por transporte coletivo ou bicicletas, usar menos combustíveis fósseis, evitar
70 queimadas, criar e manter áreas verdes nas cidades, entre outras atitudes.

Resposta
g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 70 17/01/18 7:28 PM g19
b. Espera-se que os alunos men- • Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
cionem prejuízos relacionados à fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da di-
chuva ácida que altera a compo- versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
sição do solo, causando prejuízos dades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção
a plantações, florestas e ecossis- religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade
temas aquáticos, além de corroer com a qual deve se comprometer.
prédios, casas, monumentos, etc.

70

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 70 18/01/18 6:16 PM


• Na atividade 1, pergunte aos alunos
por que não conseguimos visualizar
o sal, mas sim o óleo e a areia, já que
ATIVIDADES se trata de uma mistura de todos os
componentes. Verifique se conse-
guem justificar pelo fato de a água
1. Os nomes dos componentes da mistura que aparecem na foto estão listados a não dissolver o óleo e a areia, ape-
seguir. Ligue cada nome ao componente na foto correspondente. nas o sal.
• Na atividade 2, é apresentada parte
Areia de uma receita.

DOTTA 2/SHUTTERSTOCK
Ler e compreender
Receita é um gênero textual dividido
Água + Sal
em duas partes: ingredientes e modo
de preparo. Na atividade são apresen-
tados os ingredientes.
Óleo Antes da leitura
Mistura contendo
água, sal, areia e óleo. • Oriente os alunos a observar a foto e a
identificar qual é o alimento represen-
• Onde está o sal desta mistura? tado. Verifique se eles identificam que
Dissolvido na água. é um panetone.
• Questione-os sobre a época do ano
2. Observe a seguir a lista de ingredientes utilizados no preparo do panetone. em que esse alimento é mais consu-
mido. Deixe que eles se expressem
livremente.
Durante a leitura
Ingredientes • Chame a atenção dos alunos para
ROCHARIBEIRO/
SHUTTERSTOCK

500 g de farinha de trigo ½ xícara de uvas- a representação de números fracio-


4 tabletes (50 g) de -passas sem caroço nários que aparecem na receita do
fermento biológico 3 gotas de essência panetone. Caso seja possível, peça
½ xícara de manteiga de laranja ajuda de um professor de Matemá-
1 colher (chá) de sal 100 mL de água tica para estabelecer as devidas
¾ de xícara de frutas ½ xícara de açúcar relações. Por exemplo, se conside-
Panetone com frutas cristalizadas 4 gemas rarmos que uma xícara tem cerca de
cristalizadas.
240 mL, então:
. 1/2 xícara corresponde a 120 mL;
a. É possível identificar na foto todos os ingredientes utilizados na massa
do panetone?
. 3/4 de xícara corresponde a 180 mL.
Depois da leitura
Não é possível identificar todos os ingredientes que formam a massa.
• Pergunte aos alunos se é possível
concluir que o panetone é uma mis-
b. Contorne na receita os ingredientes que conseguimos identificar visualmente tura. Espera-se que eles respondam
que sim. Adicionalmente, você pode
no panetone.
pedir aos alunos que identifiquem
71 quais são os componentes sólidos e
líquidos que compõem essa mistura.

28 PM g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 71 17/01/18 7:28 PM

71

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 71 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• Na atividade 4, ao entender o proce-
dimento de análise da quantidade de 3. Em algumas lojas de materiais de construção, as tintas são preparadas no
etanol adicionado à gasolina e pes- momento da compra. Nesse processo é utilizada uma tinta base branca, e os
quisar a finalidade desse procedi- pigmentos de cor são adicionados e misturados
mento, os alunos avaliam aplicações por uma máquina.
da ciência e da tecnologia, colabo-
A lata de tinta ao lado foi obtida misturando o

PETER WOLLINGA/SHUTTERSTOCK
rando com o desenvolvimento da
pigmento da cor verde em uma tinta branca.
Competência geral 5 da BNCC.
a. Observando a foto ao lado, é possível
identificar os componentes da mistura que
• Na letra b da atividade 3, caso os alu-
forma a tinta?
nos tenham dificuldade em lembrar a
resposta, procure realizar com eles a Não é possível identificar os componentes da
mistura de tintas, atividade já propos- mistura.
ta no início do estudo desta unidade.
• Na atividade 4, comente com os alu- b. Você sabe outra maneira de obter tinta verde
nos que a mistura de etanol à gasolina a partir de outras cores? Lata de tinta da cor verde.
ajuda a diminuir a emissão de gases Resposta pessoal. Os alunos podem responder que podem obter tinta na cor verde

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
poluentes na queima dos combustí-
misturando tintas com as cores amarela e azul.
veis, como o monóxido de carbono,
mas que, ao mesmo tempo, pode
4. A gasolina vendida nos postos brasileiros tem
aumentar as emissões de outros po-

JACEK/KINO.COM.BR
luentes, como óxidos de nitrogênio.
certa quantidade de etanol misturado em sua
composição. Uma forma de verificar a
• Informe aos alunos que as diretrizes
quantidade de etanol na gasolina é misturar
da Agência Nacional de Petróleo
quantidades iguais de água e gasolina.
(ANP) permitem a adição de, no má-
ximo, 25% de etanol à gasolina. A foto ao lado mostra o resultado dessa mistura.
A parte amarelada é a gasolina, que não se
• Competência geral 5: Utilizar tec- mistura com a água.
nologias digitais de comunicação a. Identifique onde está o etanol na mistura
e informação de forma crítica, mostrada na foto.
significativa, reflexiva e ética nas
O etanol está na parte de baixo, misturado à
diversas práticas do cotidiano (in-
Recipiente contendo água,
cluindo as escolares) ao se comu- água. gasolina e etanol.
nicar, acessar e disseminar infor-
mações, produzir conhecimentos b. Pesquise para qual finalidade esse teste é feito.
e resolver problemas. Esse teste é realizado para verificar se a quantidade de etanol misturado à gasolina
está dentro do padrão permitido por lei, que é de 27%, ou se há possui outros tipos
de produtos adicionados à gasolina.

72

g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 72 17/01/18 7:28 PM g19

72

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 72 18/01/18 6:16 PM


• Auxilie os alunos na realização das ati-
vidades que apresentarem dúvidas.
• Na letra a da atividade 6, explique aos
5. Encontre no diagrama a seguir o nome de quatro gases que compõem o ar alunos que a poeira depositada sobre
atmosférico. o móvel estava misturada ao ar, sus-
tentada pelos gases que compõem
S O L O O Z Ô N I O K Z essa mistura. Enquanto o pó estava
em suspensão no ar, talvez não fosse
F L O R E S T A C S O L possível enxergá-lo devido ao tama-
nho diminuto das partículas, mas que
E V N I T R O G Ê N I O
agora elas estavam em repouso so-
O C E A N O P L A N T A bre a mesa e em grande quantidade,
sendo possível visualizá-las.
G Á S C A R B Ô N I C O • Na letra b da atividade 6, explique
aos alunos que o vapor de água que
Y O X I G Ê N I O L U Z estava no ar (estado gasoso) muda
para o estado físico líquido ao en-
Agora complete as frases a seguir usando o nome de três dos gases que você contrar uma superfície de menor
encontrou. temperatura, no caso, o vidro da ja-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

nela. Aproveite e pergunte a eles em


a. Durante a respiração, o ser humano inspira o ar rico em gás que situações possivelmente são
oxigênio e expira o ar rico em gás carbônico . observados esse fenômeno aconte-
cendo, como o espelho embraçado
b. O gás nitrogênio é o gás que existe em maior quantidade no ar após um banho quente ou ao respirar
atmosférico. perto de um vidro.

6. Observe as imagens a seguir.


A B

KB-PHOTODESIGN/SHUTTERSTOCK
PHOTOGRAPHEE.EU/SHUTTERSTOCK

Parte de um móvel empoeirado. Parte de uma janela com


água acumulada.

a. O que transportou a poeira que se acumulou sobre o móvel da foto A?


O ar atmosférico.

b. De onde surgiu a água que se acumulou no vidro da janela na foto B? Como


as gotas de água surgiram na janela?
A água também se encontra no ar, na forma de vapor de água. As gotas se formaram
pela condensação do vapor de água.

73

28 PM g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 73 17/01/18 7:28 PM

73

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 73 18/01/18 6:16 PM


Objetivos
• Identificar misturas homogêneas
e heterogêneas.
• Verificar materiais visíveis e mis- INVESTIGAR E COMPARTILHAR
turas.
• Qual é o aspecto das misturas em que a água não dissolve os componentes
envolvidos? Espera-se que os alunos comentem que, nessas misturas, é possível
identificar visualmente os componentes que fazem parte da mistura.
Destaques da BNCC
• A atividade desenvolvida envolve MATERIAIS
a elaboração de hipóteses, análise • água • cubos de gelo
• 10 copos descartáveis
experimental e discussão de resul-
transparentes • azeite • raspas de lápis
tados, contribuindo para o desenvol-
vimento da Competência geral 2 da • 10 etiquetas autocolantes • bicarbonato de sódio • sal
BNCC, descrita anteriormente. • colher de chá • detergente • vinagre

• Antes de iniciar a atividade, provi-


dencie todos os materiais necessá-
rios e organize-os de forma a facilitar
A Fixe uma etiqueta em cada copo e numere-os
de 1 a 10. Não coloque na

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
boca nem ingira as
o acesso dos alunos a eles. substâncias e as
• Se possível, substitua os copos des- B Em cada copo, realize cada mistura proposta no
quadro abaixo, seguindo os números
misturas utilizadas
nesta atividade.
cartáveis por copos reutilizáveis; correspondentes.
providencie uma colher para cada
tipo de material a ser medido, para C Em seguida, marque um X nas misturas em que é possível identificar pelo
menos um de seus componentes visualmente.
evitar que as amostras sejam conta-
minadas e inutilizadas – reaproveite a É possível identificar
Mistura Materiais
maior quantidade possível dos mate- os componentes
riais que não forem usados. 1 água e vinagre
• Esta atividade pode ser realizada por
2 água, sal e detergente
grupos de alunos que testam todas
as misturas ou coletivamente – cada 3 água, azeite, gelo e raspas de lápis X
grupo realiza uma ou duas misturas
e as disponibiliza para que os de- 4 água, azeite e detergente
mais observem o resultado. Evita-
-se, assim, o desperdício de material, 5 bicarbonato de sódio e azeite X
otimiza-se a organização e os alunos
efetuam o trabalho coletivo. 6 água e raspas de lápis X
• Oriente os alunos a seguir o protoco- 7 bicarbonato de sódio e sal
lo de forma organizada, obedecendo
à ordem dos processos. 8 azeite, vinagre e raspas de lápis X
• Ao final da atividade, oriente os des-
9 vinagre, sal e gelo X
cartes corretos de cada mistura,
observando o que poderá ser des- 10 vinagre, azeite e detergente
cartado no ralo da pia. Se necessá-
rio, peneire as misturas que contêm
sólidos para separar resíduos de lixo 74
comum e resíduos líquidos.

g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 74 17/01/18 7:28 PM g19

74

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 74 18/01/18 6:16 PM


Respostas
1. Bicarbonato de sódio, detergente,
gelo, sal e vinagre.
Experimente também realizar misturas diferentes das propostas, como por exemplo, 2. Azeite e raspas de lápis.
D bicarbonato de sódio, azeite e raspas de lápis. Nesses casos, anote no caderno se
você conseguiu ou não identificar visualmente os materiais misturados.
3. Sólido: bicarbonato de sódio, gelo,
raspas de lápis e sal; líquido: água,
azeite, detergente e vinagre.
bicarbonato de sódio azeite raspas de lápis 4. Resposta pessoal. Espera-se que
os alunos concluam que nem todo
material é dissolvido pela água e
que existem misturas nas quais é

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


possível identificar visualmente
seus componentes.
5. Resposta pessoal.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

Imagem referente à etapa D.

REGISTRE O QUE OBSERVOU


1. Quais materiais misturados nessa atividade foram dissolvidos pela água?

2. Quais materiais não foram dissolvidos pela água?

3. Quais materiais estão no estado sólido? E quais estão no estado líquido?

4. O que você pode concluir com essa atividade?

5. Converse com seus colegas sobre as misturas realizadas e os resultados


obtidos. Compare seus resultados com os resultados de seus colegas.

75

28 PM g19_4pmc_lt_u2_p062a075.indd 75 17/01/18 7:28 PM

75

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 75 18/01/18 6:16 PM


Objetivos
• Conhecer diferentes formas de
separar misturas.
• Identificar técnicas de separação
7
1 Técnicas de
de misturas em atividades coti-
dianas e em medidas de saúde separação de misturas
pública.
Em diversas atividades do dia a dia, realizamos misturas e também técnicas
de separação de misturas. No preparo dos alimentos para uma refeição, por
Destaques da BNCC exemplo, diferentes técnicas de separação de misturas podem ser utilizadas. Veja
• A análise de uma situação cotidiana algumas a seguir.
usada como exemplo para conceitu-
Laura está ajudando seu pai a preparar suco
ar técnicas de separação de misturas
de melancia para o almoço. Para isso, eles
se relaciona ao desenvolvimento da bateram no liquidificador um pedaço de
habilidade EF04CI01 da BNCC, des- melancia e um pouco de açúcar e despejaram
crita anteriormente. o conteúdo do liquidificador em uma peneira. Procure
Essa técnica recebe o nome de peneiração. ingerir
sucos
Nela, os componentes líquidos e com
Acompanhando a aprendizagem naturais.
partículas mais finas passam pelos orifícios
da peneira. Já os componentes sólidos e
• Antes de explorar a ilustração e os
com tamanho maior do que os furos da
comentários nela inseridos, verifique peneira ficam retidos.
o que os alunos já sabem sobre a se-
paração de misturas; se necessário,
use o questionamento a seguir:
. É possível separar os componen-
tes de uma mistura? Como?
. No seu cotidiano, você já observou
misturas sendo separadas? Em que
situações?
. De que maneira podemos separar
uma mistura de sólidos, por exem-
plo separar as conchinhas da areia
na praia?
. De que maneira podemos separar
uma mistura de sólido e líquido,
como tirar a areia que veio com a
água do mar no balde? 1. Espera-se que os alunos respondam que para
. E se quisermos separar o sal da separar a parte líquida da parte sólida, como as
sementes ou partes da melancia que não foram trituradas pelo liquidificador.
água do mar, o que podemos fazer?
. Depois de retirar a areia mais gros- 1. Por que o pai de Laura passou o suco pela peneira?
sa do balde com água do mar,
como podemos deixar a água ain- 2. Ao agir dessa forma, ele separou o açúcar do suco de melancia? Por quê?
da mais limpa, sem as impurezas Espera-se que os alunos digam que não, pois o açúcar foi dissolvido no suco de
muito pequenas da areia? melancia, e a peneiração é uma técnica utilizada para separar sólidos que não se
76 dissolvem na mistura.
• O objetivo é usar uma situação para
verificar se os alunos conseguem re-
solver as situações-problema, mes-
g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 76 17/01/18 7:36 PM g19
mo que não saibam os nomes de cada • Verifique se os alunos percebem que é possível separar materiais misturados. Pergunte-lhes se
técnica. Você pode trocar os exemplos conhecem alguma técnica de separação.
sugeridos e até mesmo usar exemplos • Explore a imagem com os alunos. Peça-lhes que identifiquem se já realizaram algumas das ações
práticos, como levar a mistura de água ilustradas. Deixem que apresentem suas experiências e verifique se algumas delas correspondem
com areia ou pedir que eles separem à separação de misturas.
as peças de um conjunto de blocos de
• Peça que os alunos analisem e descrevam o que o pai de Laura está fazendo antes de iniciar os
encaixe, para exemplificar a catação.
questionamentos indicados na página.

76

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 76 18/01/18 6:16 PM


• A cada explicação das técnicas de
separação mencionadas, solicite aos
3. Espera-se que os alunos que citem outros exemplos
A filtração é uma técnica utilizada na alunos respondam que que apliquem esses procedimentos
separação de componentes que não parte dos
e verifique se compreenderam cada
se dissolvem na água. Para realizá-la, componentes
misturados à água se processo.
a mistura passa por um filtro, que
depositou no fundo do • Se possível, leve para a sala de aula
retém a maior parte dos materiais
recipiente. o elemento filtrante de um filtro de
sólidos e deixa passar a parte líquida.
4. Espera-se que os
alunos respondam que barro novo e um usado (ou mesmo
o pai de Laura deve de um filtro elétrico ou de bebedou-
misturar bem o suco ro), para que os alunos vejam a re-
com uma colher ou tenção de partículas que estavam na
batê-lo no liquidificador.
água antes de ser filtrada. Ou então,
Esta jarra de suco já providencie fotos para mostrar aos
tinha sido preparada alunos. Aproveite para esclarecer a
A mãe de Laura estava
por Laura e seu pai
retirando impurezas importância de se realizar a manu-
havia alguns minutos.
misturadas ao feijão para tenção dos filtros de água, como in-
Veja como ela ficou
prepará-lo para o almoço.
após esse tempo. dicada pelos fabricantes.
Essa é uma técnica de
separação de misturas • Além do filtro caseiro, outro exem-
chamada catação. Nessa plo simples do cotidiano é a filtração
técnica, utilizam-se as para o preparo de café. Pergunte
mãos ou uma pinça para aos alunos se eles já observaram um
separar os componentes. adulto preparando café e utilizando
filtro ou coador.
• Informe aos alunos que a filtração
é uma técnica utilizada por alguns

WERLLEN HOLANDA
animais na alimentação. Por exem-
plo, as baleias, quando adultas,
alimentam-se de plânctons, peque-
O suco de melancia sofreu
nos organismos que vivem livres na
decantação. A decantação é
uma técnica que consiste em
água. Algumas espécies de baleias
deixar a mistura em repouso por possuem estruturas filtradoras na
algum tempo. Nesse processo, maxila superior, por meio das quais
parte da mistura se deposita no o plâncton é capturado. Para isso
fundo do recipiente. A ocorrer, a baleia absorve grande
decantação é utilizada na quantidade de água com plâncton,
separação de materiais que não
e com a língua empurra a água ab-
se dissolvem na água.
Laura e sua sorvida para fora da boca, retendo
família preparando nas estruturas filtradoras somente o
o almoço. alimento. Como o plâncton é um ele-
mento que não se dissolve na água,
3. Por que o suco que estava em repouso ficou dessa maneira? a filtração é a técnica relacionada à
forma de alimentação dessas espé-
4. O que o pai de Laura deve fazer antes de eles tomarem o suco que cies de baleias.
se decantou?

77

36 PM g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 77 17/01/18 7:36 PM

77

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 77 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• A atividade sugerida permite que
os alunos pratiquem a estrutura ex-
plicativa relacionada a processos NA PRÁTICA
científicos, de modo a compreender
conceitos e debater respostas, como • Como podemos separar um material que está no estado sólido e que não
indica a Competência geral 2 da se mistura com um líquido sem realizar a filtração da mistura?
Resposta desta questão nas orientações para o professor.
BNCC, descrita anteriormente. Para investigar uma forma de separar os componentes de uma mistura
entre um líquido e um sólido, realize a atividade a seguir.
• Para realizar a atividade, providencie
todos os materiais necessários. Procu- MATERIAIS
re utilizar materiais reutilizáveis. Oriente • copo plástico transparente • areia ou terra
os alunos a seguir os procedimentos e • água • colher
estimule-os a elaborar hipóteses sobre
os resultados a serem obtidos.
Coloque água no copo plástico, adicione areia ou terra e misture até que a
• Ao final dessa atividade, ainda não
água fique com aparência barrenta.
houve de fato uma separação dos
componentes da mistura. Com cui- Em seguida, deixe o copo com a mistura em repouso por cerca de 10

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
dado, a água deve ser transferida minutos e observe o que aconteceu.
para outro recipiente.
R. R. RUFINO/ASC IMAGENS

• Após ouvir as respostas para a se-


gunda pergunta sugerida na ativi- Copo contendo mistura
de água e terra.
dade, pergunte aos alunos o que,
então, poderia ser feito para deixar
a água ainda mais limpa. Espera-se
a. Espera-se que os alunos respondam
que eles sugiram procedimentos
que a maior parte da terra (ou areia) se
como a filtração da água. depositou no fundo do copo.
• Se possível, realize a filtração da água
que foi separada da terra ou areia. a. Como ficou a mistura no interior
• Para mostrar a decantação, você do copo após ficar em repouso?
pode levar para a sala de aula um
recipiente com suco ou uma solução b. Somente a decantação foi
saturada de água com açúcar, mexer suficiente para a água se tornar
a mistura no início da explicação e límpida novamente?
deixá-la repousando sobre a mesa. Espera-se que os alunos respondam que não,
pois algumas impurezas presentes na terra
podem ter se dissolvido na água. Para
eliminar essas impurezas, são necessários
Resposta outros processos de separação de misturas.
• O objetivo desta questão é que os
alunos tentem encontrar soluções
para problemas com base nos co-
As técnicas de separação de misturas também podem ser utilizadas em
nhecimentos que estudaram na uni-
outras atividades humanas, como em exames laboratoriais, em indústrias e na
dade. Eles podem citar técnicas de
extração de minérios, entre outras.
separação de misturas relacionadas
à decomposição ou à evaporação. 78

g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 78 17/01/18 7:36 PM g19

78

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 78 18/01/18 6:16 PM


• Antes de responder à questão 5,
verifique se os alunos conhecem
outras aplicações do seu cotidiano
Em alguns laboratórios, por exemplo, o sangue do ser humano, que é uma para a técnica de centrifugação. É
mistura de componentes sólidos e líquidos, pode passar por uma técnica possível que eles se lembrem da eta-
denominada centrifugação. Para isso, utiliza-se um aparelho chamado centrífuga. pa de centrifugação da lavadora de
roupas. Se não, oriente-os a acom-
panhar um ciclo de lavagem de rou-

EVGENY RYCHKO/SHUTTERSTOCK
Os tubos contendo parte líquida
sangue são colocados na pas em suas casas, caso tenham o
centrífuga, que gira eletrodoméstico disponível, para ve-
fazendo com que a parte rificar como ficam as roupas após a
líquida do sangue se centrifugação. Outro exemplo são os
separe da parte sólida. utensílios domésticos usados para
secar folhas de verduras.
5. Espera-se que os
alunos respondam que
serve para separar a
água das fibras dos
tecidos, facilitando a
secagem da roupa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

Tubo contendo parte sólida


sangue após passar
por centrifugação.

5. Algumas máquinas de lavar roupas também realizam a técnica de


centrifugação. Nesse caso, para que serve essa técnica?

Em minas de extração de ouro, os garimpeiros encontram o metal precioso


misturado à areia e a fragmentos de rochas. Para separar esses materiais sólidos,
eles utilizam o processo da levigação.

Para separar o ouro das


MARIO FRIEDLANDER/PULSAR IMAGENS

rochas, os garimpeiros
colocam os fragmentos
em um instrumento
chamado bateia. Depois,
adicionam água e
movimentam a bateia.
Uma parte dos materiais
ficará no fundo da bateia
(as rochas), e o outro
material (o ouro) flutuará
na água, ficando mais
fácil para retirá-lo.

Garimpeiro utilizando
uma bateia

79

36 PM g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 79 17/01/18 7:36 PM

79

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 79 18/01/18 6:16 PM


• Ao explicar o processo de destila-
ção, explique aos alunos o conceito
de ponto de ebulição, que é a tem-
peratura em que um líquido começa Algumas indústrias, como as farmacêuticas, empregam a técnica de
a passar do estado líquido para o destilação para extrair óleos e essências de algumas plantas.
gasoso, um processo mais rápido do A destilação simples é usada principalmente para misturas envolvendo
que a evaporação. sólidos e líquidos.
• Explique que a destilação é um pro-
cesso que pode ser utilizado, tam-
bém, para separar a água do sal: a Essa técnica
água entra em ebulição, mas o sal consiste em condensador

não. Essa técnica também é utilizada aquecer a mistura


em um balão de O líquido de
na produção de etanol comum.
fundo redondo balão menor ponto de
• Outra aplicação para a flotação é a acoplado a um ebulição evapora
separação de plásticos com densi- condensador. e chega ao
dades diferentes. condensador,
chama onde retorna ao

SCIENCE PHOTO LIBRARY


recipiente de estado líquido e
coleta é coletado em

DC/LATINSTOCK

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
outro recipiente.

Processo de destilação simples.

Outra técnica utilizada para separar misturas é a flotação. Nesse processo, dois
componentes sólidos são separados utilizando um líquido que não dissolva nenhum
deles. Nesse líquido, são adicionadas bolhas de ar. As partículas sólidas mais leves se
aderem às bolhas de ar, formando uma espuma. Um dos sólidos afunda e o outro flutua.
A flotação é utilizada na separação de metais e na indústria de papel.
BLAIZE PASCALL/ALAMY/FOTOARENA

Processo de flotação em uma indústria de papel na África, em 2013.

80

g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 80 17/01/18 7:36 PM g19

80

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 80 18/01/18 6:16 PM


• Ao iniciar o trabalho com o texto des-
ta página, pergunte aos alunos:

Tratamento de água e esgoto por flotação


. Como deve ser a água que utiliza-
mos para saciar nossa sede e pre-
Em muitas cidades, a água que chega até as residências para ser utilizada parar os alimentos que ingerimos?
pelas pessoas passa por Estações de Tratamento de Água. Espera-se que eles reflitam sobre a
qualidade da água e respondam
• O acesso à água tratada não é uma realidade em todo o nosso país. O que ela deve ser isenta de microrga-
que as pessoas que não têm acesso à água tratada precisam fazer com nismos e sujeira que possam preju-
a água que elas obtêm, antes de ingeri-la ou preparar os alimentos? dicar nossa saúde. Para isso, ela
Resposta desta questão nas orientações para o professor. deve ser tratada, filtrada e fervida.
Muitas cidades também têm as Estações de Tratamento de Esgoto, cuja • Após comentar sobre o tratamento
função é tratar o esgoto antes de despejá-lo nos rios. Esse tratamento é
de esgoto, pergunte:
essencial para reduzir a contaminação do ambiente.
A flotação é uma técnica aplicada tanto no tratamento de água como no
. Cerca de metade da população
brasileira não tem acesso à coleta
de esgoto. Essa técnica é usada para separar partículas sólidas do líquido. de esgoto. O que essas pessoas
fazem com os resíduos líquidos de
Representação do processo de flotação em uma Estação de Tratamento de Água. sua residência? O que deveria ser
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

feito com o esgoto?


B
Espera-se que os alunos respon-
dam que existem pessoas que
despejam o esgoto de suas resi-
dências em rios ou em buracos no
HELOÍSA PINTARELLI

A
solo, mas que o correto seria que
fosse coletado e enviado para tra-
tamento.
A A separação é feita B As partículas são capturadas
injetando-se bolhas pelas bolhas e levadas para • Comente que é proibido lançar esgoto
de ar no líquido. a superfície, de onde podem no ambiente sem que seja previamen-
ser removidas do líquido. te tratado e que essas pessoas deve-
riam despejá-lo em fossas sépticas,
A flotação é um processo que são tanques que armazenam o
SCIENCE PHOTO LIBRARY DC/LATINSTOCK

que funciona de maneira oposta esgoto, parcialmente decomposto por


à decantação, na qual, em vez bactérias. É um sistema que precisa
de as partículas sólidas se de manutenção constante. Para saber
acumularem no fundo do mais, acesse o artigo disponível em:
<http://www.ecoeficientes.com.br/
tanque, elas são levadas para a
como-se-conectar-a-rede-publica-
superfície pelas bolhas de ar,
ou-instalar-sistema-individual-de-
formando uma espuma.
tratamento-de-esgoto/>. Acesso em:
12 jan. 2018.

Tanque de flotação de uma


estação de tratamento de água Resposta
na Inglaterra, em 2015.
• Espera-se que os alunos respondam
que as pessoas que não têm acesso
81 à água tratada precisam filtrar e fer-
ver a água antes de consumi-la para
beber ou para preparar alimentos.
36 PM g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 81 17/01/18 7:36 PM

Saberes integrados
• As informações sobre parcelas da população que têm ou não acesso aos serviços de saneamen-
to básico permitem um trabalho integrado com a disciplina de Matemática. Podem ser selecio-
nados dados a respeito dos serviços oferecidos à população brasileira.
• Se achar conveniente, apresente aos alunos a reportagem disponível em: <https://g1.globo.com/
economia/noticia/apenas-30-das-cidades-do-brasil-tem-planos-municipais-de-saneamento.
ghtml>. Acesso em: 12 jan. 2018. Ela traz dados atuais referentes aos serviços relativos a água
e esgoto no país, oferecendo diversos gráficos que podem ser selecionados para este trabalho
interdisciplinar.

81

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 81 18/01/18 6:16 PM


Objetivos
• Construir um filtro.
• Analisar a técnica da filtração
para separação de misturas.
INVESTIGAR E COMPARTILHAR
• O que acontece quando despejamos água com terra em um filtro?
Destaques da BNCC Resposta desta questão nas orientações para o professor.
• Por que isso acontece?
• A troca de ideias sobre os resultados Espera-se que os alunos respondam que o filtro retém parte dos componentes sólidos.
permite que os alunos desenvolvam
o diálogo, contribuindo para o desen- MATERIAIS
volvimento da Competência geral 9 • 2 garrafas plásticas (PET) de 2 litros • pequenas rochas
da BNCC, descrita anteriormente.
• algodão • água
• Essa atividade permite aos alunos
• carvão vegetal moído • terra
compreender o conceito de filtração
e a praticar procedimentos de inves- • areia • tesoura com pontas arredondadas
tigação científica, contribuindo para
o desenvolvimento da Competência
geral 2 da BNCC, descrita anterior- Peça auxílio a um adulto para cortar as garrafas.
mente.

Coloque, dentro do funil, o algodão,


C
• Se julgar interessante, realize essa Peça ao adulto que corte uma das
atividade durante a aula com os alu- A garrafas plásticas ao meio. A parte
do gargalo formará um funil e a
o carvão vegetal moído, a areia e as
rochas, formando quatro camadas.
nos, providenciando todos os mate-
base, um copo.
riais necessários ou solicitando que
os alunos os tragam para a escola
de modo que trabalhem de maneira
B Encaixe o funil no copo.

FOTOS: JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


individual ou em pequenos grupos.
Para isso, combine antecipadamen-
te os materiais que cada integrante
do grupo vai trazer.
• Caso não seja possível realizar a ati-
vidade em aula, sugira aos alunos rochas
que a façam em casa, com a ajuda areia
de um adulto. Oriente-os a filmar ou
carvão
fotografar as etapas; esse material vegetal
algodão
poderá ser compartilhado no blog
da escola, caso haja.
• Enfatize aos alunos que as etapas
que exigem o corte da garrafa plás-
tica devem ser realizadas por um
adulto.
• É importante que as pequenas ro-
chas, a areia grossa e a areia fina se- Imagem referente às etapas A e B. Imagem referente à etapa C.
jam lavadas antes de ser utilizadas.
Quanto mais limpos esses materiais
82
estiverem, maior será a eficiência do
filtro.
g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 82 17/01/18 7:36 PM g19

Resposta
• Espera-se que os alunos digam que
a água escoa com menor quantidade
de terra e que a maior parte da terra
fica retida no filtro, dependendo do
tamanho dos orifícios do filtro.

82

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 82 18/01/18 6:16 PM


• Depois de montar o filtro, e antes de
filtrar a água suja, despeje um pouco
de água limpa para que parte dos re-
Coloque um pouco de terra síduos que existem nos componen-
D dentro da outra garrafa
plástica. Adicione água até
tes do filtro sejam eliminados. Conti-
nue filtrando a água limpa até que ela
atingir a metade de sua fique o mais limpa possível.
capacidade e tampe-a. Em
• Além de auxiliar na filtração da água,
seguida, agite a garrafa
para misturar bem a água o algodão impede que a areia escoe
com a terra. pelo bico da garrafa. Por isso, utili-
ze uma quantidade de algodão su-
Despeje cuidadosamente
E essa mistura dentro do
funil e observe o aspecto
ficiente para impedir o escoamento
da areia.
da água que escoa para • Procure montar camadas bem defi-
dentro do copo. nidas de cada um dos materiais uti-
lizados, de modo que seja possível
identificar cada um dos componen-
Imagem referente à etapa E. tes do filtro.
• Oriente os alunos para que despejem
a água no filtro com cuidado, a fim
de evitar que ela danifique a camada
Não beba a superior do filtro.
mistura de
• Diga aos alunos que o filtro confec-
água e terra.
cionado nesse experimento retém al-
gumas impurezas contidas na água,
mas ele não retém algumas partícu-

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


las de sujeira nem possíveis seres vi-
vos microscópicos nocivos à saúde
dos seres humanos. Por isso, esta
água não deve ser consumida.
• Caso os resultados da atividade ex-
perimental não tenham sido satisfa-
tórios, questione os alunos sobre o
que pode ter ocasionado esse fato.
REGISTRE O QUE OBSERVOU
As possíveis causas podem ser:
1. Como estava a água misturada à terra, antes de passar pelo funil? . os materiais utilizados na monta-
gem do filtro estão com muitas im-
2. O que aconteceu com a água depois de passar pelo funil? purezas;
3. Qual é o nome da técnica de separação de mistura, representada nessa . o processo de limpeza do filtro não
foi realizado adequadamente;
atividade?
. a quantidade de cada um dos ma-
4. O que você pode concluir a partir dos resultados dessa atividade? teriais utilizados na montagem do
filtro não está adequada;
5. Converse com seus colegas sobre os resultados.
. a água com terra foi despejada vio-
83 lentamente, danificando algumas
camadas do filtro.
• Deixe que os alunos conversem so-

36 PM g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 83 17/01/18 7:36 PM


bre os resultados, descubram quais
Respostas foram as causas e encontrem possí-
1. Espera-se que os alunos respondam que a água misturada à terra estava com uma coloração veis soluções.
escura, barrenta, com uma grande quantidade de terra misturada a ela. • Oriente os alunos a registrar as res-
2. Espera-se que os alunos respondam que, ao passar pelo funil, parte da terra que estava mistu- postas das questões sugeridas em
rada à água ficou retida nas camadas de materiais presentes no funil e a água tornou-se mais seu caderno.
clara do que estava antes de passar pelo filtro. • Após a realização da atividade,
3. Filtração. oriente os alunos a descartar corre-
tamente os materiais que não podem
4. Espera-se que os alunos respondam que a filtração pode ser utilizada para separar componen-
ser reutilizados ou a lavar os que po-
tes sólidos da água.
derão ser reaproveitados.
5. Resposta pessoal.

83

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 83 18/01/18 6:16 PM


Objetivos
• Entender a importância ambien-
tal e social da reciclagem.
• Conhecer uma técnica de sepa-
CIDADÃO
ração de misturas presentes nas DO MUNDO
usinas de reciclagem.
Separação de misturas para reciclagem
Destaques da BNCC
O pai de Camila trabalha na cooperativa de reciclagem da cidade onde
• Essa seção tem como objetivo de- moram. A cooperativa é responsável pela coleta, triagem e venda dos materiais
senvolver os temas contemporâneos recicláveis, dando destino correto a eles.
Preservação do meio ambiente, ao
O lixo que chega nos caminhões contém diversos tipos de materiais
abordar a destinação correta de re-
síduos, e Trabalho, ao remeter a uma
recicláveis misturados, como papel, plástico, vidro, alumínio e cobre, entre outros.
forma de renda de algumas famílias.

JACEK/KINO.COM.BR
• Além disso, valoriza-se o trabalha-
dor das usinas de reciclagem, con-
tribuindo para o desenvolvimento da

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
Competência geral 6 da BNCC.

• Verifique se no município no qual a


escola se localiza é realizada a co-
leta seletiva de materiais. Caso isso
ocorra, avalie a possibilidade de pro-
videnciar alguns folhetos explicati-
vos utilizados para conscientizar as
pessoas e entregue-os aos alunos.
• Pergunte aos alunos qual é a impor-
Usina de
tância da reciclagem de materiais reciclagem em
para o ambiente. Espera-se que eles São José do
Rio Preto, São
respondam que, com a realização da
Paulo, em 2014.
reciclagem, diminui-se a quantidade
de resíduos que são encaminhados
a lixões e aterros sanitários. Além Os trabalhadores fazem a separação dos materiais recicláveis
disso, diminui-se a quantidade de pelo método da catação, selecionando plásticos, papel, alumínio
matéria-prima retirada da natureza e cobre. Posteriormente, outros trabalhadores separam os
para produzir novos produtos. materiais por tipo e os compactam em blocos para a venda e
reciclagem.

• Competência geral 6: Valorizar a


diversidade de saberes e vivên- O valor obtido com a venda dos materiais é revertido para a cooperativa e
cias culturais e apropriar-se de dividido entre os trabalhadores. Essa é a fonte de renda deles.
conhecimentos e experiências
que lhe possibilitem entender as
As cooperativas de reciclagem também fazem parceria com empresas para
relações próprias do mundo do recolher os resíduos gerados e obter materiais para reciclar.
trabalho e fazer escolhas alinha- 84
das ao seu projeto de vida pes-
soal, profissional e social, com li-
berdade, autonomia, consciência g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 84 17/01/18 7:36 PM g19
crítica e responsabilidade.

84

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 84 18/01/18 6:16 PM


• Comente com os alunos que ele-
troímã é um material que adquire as
propriedades magnéticas por meio
Os metais que contêm ferro também podem ser reciclados, além do alumínio da corrente elétrica. Geralmente
e do cobre. Por serem atraídos por ímãs, os metais que contêm ferro podem ser um eletroímã é composto de um fio
separados de outros materiais por meio de eletroímãs conectados a guindastes, condutor enrolado em um suporte
como mostrado na fotografia abaixo. de metal e de um gerador de energia
A reciclagem promove o reaproveitamento dos materiais e reduz a elétrica. Ele é um equipamento que
necessidade da exploração do ambiente para obtenção de matérias-primas. também pode ser utilizado em lixões
e ferros-velhos para separar grandes
O trabalho das cooperativas de reciclagem é muito importante porque, além quantidades de metais.
de ser uma fonte de renda para os trabalhadores, ajuda a diminuir o impacto
• Explique que a reciclagem diminui a
ambiental gerado pelos resíduos sólidos.
exploração de recursos do ambien-
te, pois reaproveita um recurso que
já está em circulação na cadeia pro-
a. Você e seus familiares separam os materiais dutiva. Ao evitar a retirada de mais
Valorize as cooperativas recicláveis do lixo comum? recursos naturais, diminui-se o im-
e os catadores de materiais
recicláveis, pois eles b. Pesquise se em sua cidade há cooperativas de pacto ambiental provocado pela in-
desenvolvem um trabalho reciclagem ou coleta seletiva. Comente com tervenção exploratória.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

fundamental para a
conservação do ambiente. os colegas sobre o resultado da sua pesquisa.

Atitude legal
• Desenvolva com os alunos a im-
portância de se respeitarem to-
O eletroímã é um ímã das as formas de trabalho, não
que funciona com apenas aquelas mais conhecidas
eletricidade e pode
ser ligado e desligado. ou que costumam ser mais bem
Ele é muito utilizado remuneradas.
para separar metais
ferrosos de outros Guindaste com eletroímã
tipos de metais. coletando materiais feitos • Pergunte aos alunos, também, se a
de ferro. escola oferece alternativas para a
KARL-FRIEDRICH HOHL/ISTOCK PHOTO/GETTY IMAGES
separação do lixo e posterior envio
à coleta seletiva. Caso os alunos fi-
quem com dúvidas, leve-os para
caminhar pela escola e identificar
as lixeiras seletivas. Aproveite e per-
gunte se, mesmo com essas lixeiras,
eles descartam corretamente o lixo
durante sua permanência no pátio.

Mais atividades
• Para ampliar o repertório dos alunos
a respeito dos benefícios da reci-
clagem e da destinação correta dos
materiais, leve-os ao laboratório de
85 informática para que joguem jogos
sobre o tema. Para isso, acesse os
sites TV cultura, Smartkids e Ciên-
cia hoje das crianças disponíveis
36 PM g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 85 17/01/18 7:36 PM
Respostas em: <http://tvratimbum.cmais.com.
a. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é verificar se os alunos e seus familiares têm o br/osreciclados/jogos/jogo - da-
hábito de separar materiais do lixo comum para a coleta seletiva e posterior reciclagem. Caso reciclagem-os-reciclados>; <http://
a resposta seja afirmativa, pergunte quais critérios são utilizados para separar os resíduos. Se www.smartkids.com.br/jogo/jogo-
necessário, ajude-os, perguntando se separam resíduos secos dos molhados; se separam relacione-reciclagem> e <http://chc.
todos os recicláveis juntos ou em papeis, plásticos, vidros, etc. org.br/jogo/coleta-seletiva/>. Aces-
sos em: 12 jan. 2018.
b. A resposta para essa questão depende das ações governamentais do município. Caso existam
as cooperativas de reciclagem, busque informações sobre elas e leve-as para a sala de aula.

85

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 85 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• As atividades 1 e 2 permitem que
os alunos analisem situações e le-
vantem hipóteses, desenvolvendo a ATIVIDADES
Competência geral 2 da BNCC, des-
crita anteriormente. 1. Célio misturou água a um pouco de açúcar
em uma jarra. Em seguida, ele passou a
mistura por um filtro de papel para separar
• Auxilie os alunos na resolução das
a água do açúcar.
atividades, caso apresentem dúvi-
das. • Com a técnica utilizada, Célio conseguirá
• Ao ouvir as respostas dos alunos, separar os dois componentes? Por quê?
verifique se conseguem utilizar os Espera-se que os alunos respondam que
termos adequados para explicar dis-
solução, evaporação, etc. Observe, não, porque o açúcar é dissolvido pela
também, se assimilaram correta- água e a filtração é uma técnica indicada
mente as técnicas de separação de
misturas. para separar componentes que não
são dissolvidos pela água.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
Atividade realizada por Célio.

2. Inês misturou um pouco de terra


a um copo com água e despejou
essa mistura dentro de um prato.
Ela deixou o prato com a mistura
por algumas horas em um local

ILUSTRAÇÕES: WERLLEN HOLANDA


onde havia incidência direta de
luz solar.
Após esse período, Inês retornou
ao local e percebeu que havia
somente a terra no prato.

Inês colocando terra em um prato.

a. O que aconteceu com a água?


Espera-se que os alunos respondam que a água evaporou do prato.

b. Que outras técnicas Inês poderia ter utilizado para separar a terra da água?
Filtração e decantação.

86

g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 86 17/01/18 7:36 PM g19

86

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 86 18/01/18 6:16 PM


Destaques da BNCC
• A atividade 4 permite que os alunos
3. Marque um X na técnica de separação de misturas relacionada a cada situação observem a realidade, expliquem
representada abaixo. fatos e fenômenos observados nos
estudos realizados, trabalhando a
A Gustavo coando o café que B Graziela colocou muito chocolate em pó em
Competência geral 1 da BNCC.
acabou de preparar. um copo com leite. Após alguns minutos,
ela percebeu que parte do chocolate havia
se depositado no fundo do copo.
• Ao trabalhar a atividade 4, pergunte
aos alunos como é possível usar bar-
reiras flutuantes para separar o petró-

ILUSTRAÇÕES: WERLLEN HOLANDA


leo da água, já que se trata de uma
mistura. Espera-se que eles respon-
dam que o petróleo não é dissolvido
na água, portanto a técnica utilizada é
adequada para realizar a contenção e
posterior separação do petróleo.
• Para que os alunos possam perce-
ber como é possível conter o avanço
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

destilação X filtração X decantação floculação de grande parte do óleo derramado


no rio utilizando barreiras, misture
um pouco de óleo em um recipien-
4. Em 2016 ocorreu um vazamento de petróleo no rio Cubatão, em São Paulo.
te com água. Em seguida, utilizando
Para impedir que a maior parte do óleo derramado nesse rio se espalhasse,
uma colher, remova parte do óleo
foram utilizadas barreiras flutuantes. Veja abaixo. que está na superfície da água. Para
isso, providencie antecipadamente
ROBERTO STRAUSS/FOTOARENA

os materiais necessários para mos-


trar esse processo aos alunos.

Mais atividades
• Informe aos alunos que em muitas
situações pode ocorrer poluição da
Barreiras flutuantes água causada pelo derramamento
utilizadas na tentativa de óleo. Solicite a eles que procu-
de conter o vazamento rem reportagens que tratam desse
de petróleo no rio
Cubatão, em Cubatão, assunto e verifiquem quais medidas
São Paulo, em 2016. foram tomadas para conter o óleo
derramado. Para tanto, leve os alu-
a. Como você explicaria o funcionamento dessas barreiras flutuantes? nos ao laboratório de informática da
Espera-se que os alunos respondam que o óleo não se mistura à água e flutua escola, caso possua, ou leve para a
sala de aula revistas e jornais que te-
nela. Com isso, a barreira, que também flutua na água, contribui para impedir que o
nham reportagens sobre poluição da
óleo se espalhe pelo rio. água causada por derramamento de
óleo. Reúna os alunos em grupos e
observe o desempenho de cada in-
87 tegrante no grupo.

36 PM g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 87 17/01/18 7:36 PM

• Competência geral 1: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre


o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fe-
nômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e
naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária.

87

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 87 18/01/18 6:17 PM


• Oriente os alunos a destacar, em
cada sentença do diagrama, pala-
vras-chave que os auxiliem a desco-
brir a resposta correta. b. Elabore uma questão sobre o assunto apresentado nesta atividade. Em
• Caso seja necessário, peça a eles
seguida, dê a questão para um colega responder.
que retomem as páginas da unidade Resposta pessoal.
para encontrar os exemplos mencio-
nados e relacioná-los às descrições
do diagrama.

5. Preencha o diagrama abaixo e descubra o nome da técnica de separação de


misturas usada para separar sólidos com diferentes características, presentes
em um líquido.

a. Técnica de separação de misturas utilizada para separar os componentes do


sangue, por meio de um equipamento chamado centrífuga.

b. Técnica utilizada para preparar café ou chá, separando líquidos e sólidos.

c. Separação de mistura que ocorre quando deixamos alguns sucos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
concentrados por muito tempo sem agitar.

d. Técnica que pode ser utilizada para separar, em uma mistura sólida, a parte
mais espessa da parte mais fina.

e. Técnica utilizada para separar líquidos diferentes e que se misturam.

a C E N T R I F U G A Ç Ã O

b F I L T R A Ç Ã O

c D E C A N T A Ç Ã O

d P E N E I R A Ç Ã O

e D E S T I L A Ç Ã O

88

g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 88 17/01/18 7:36 PM g19

88

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 88 18/01/18 6:17 PM


O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE...
• Nesta seção, o aluno pode rever
conceitos, expressar seus conhe-
cimentos e oferecer ao professor
O QUE VOCÊ subsídios para mensurar a apren-

ESTUDOU SOBRE... dizagem.


• No primeiro tópico, peça aos alu-
nos que definam com suas pala-
• os componentes das misturas? vras o que são misturas e como
os componentes delas se com-
• os estados físicos das misturas? portam em relação à identificação
• as técnicas de separação de misturas?

C
AM
visual: quando é e quando não é

IL
A
C
AR
possível identificar os componen-

M
• as misturas no ar atmosférico?

O
N
A
tes de uma mistura?
• No segundo tópico, peça aos alu-
nos que deem exemplos de mis-
turas do seu cotidiano ou do am-
biente que se encontram nos três
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

estados físicos.
• No terceiro tópico, você pode
sugerir uma dinâmica breve, divi-
PARA SABER MAIS dindo a sala em dois grupos para
brincar com um jogo do tipo mí-
• Coleção Mão na Ciência: os segredos da água, mica: um grupo recebe o nome de

REPRODUÇÃO
de Associação Francesa Petits Débrouillards. uma técnica de separação e faz mí-
Trad. de Eric Roland René Heneault. Edições SM. micas para que o grupo adversário
Nesse livro você vai conhecer diversas atividades descubra de qual técnica se trata,
práticas envolvendo diferentes componentes do em um tempo predeterminado.
ambiente, além da água. Você pode desenvolver • No último tópico você pode pe-
essas atividades em casa. dir aos alunos que façam um
desenho que represente os prin-
cipais gases que compõem o ar
atmosférico e de que maneira os
REPRODUÇÃO

seres vivos se relacionam com


ele. Verifique se eles relacionam
a respiração ao gás oxigênio, e
a fotossíntese, ao gás carbônico,
• Água: o mundo em nossa volta, por exemplo. Ou se associam a
de Trevor Day. DCL. presença de gases poluentes em
Embarque em uma viagem para excesso e de partículas sólidas a
conhecer as diferentes propriedades da ambientes poluídos.
água em seus diferentes estados físicos.

89

36 PM g19_4pmc_lt_u2_p076a089.indd 89 17/01/18 7:36 PM

Amplie seus conhecimentos


• GUIMARÃES, José Roberto; NOUR, Edson Aparecido Abdul. Tratando nossos esgotos: pro-
cessos que imitam a natureza. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, São Paulo, n. 1,
p. 19-30, maio 2001. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/esgotos.pdf>.
Acesso em: 12 jan. 2018.
• VORMITTAG, Evangelina Motta Pacheco Alves de Araujo et al. Monitoramento da Qualidade
do Ar no Brasil. São Paulo: Instituto Saúde e Sustentabilidade, 2014. Disponível em: <http://
www.saudeesustentabilidade.org.br/site/wp-content/uploads/2014/07/Monitoramento-da-
Qualidade-do-Ar-no-Brasil-2014.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2018.

89

g19_4pmc_mp_u02_p050a089.indd 89 18/01/18 6:17 PM


Nesta unidade serão apresentadas
as transformações químicas e físicas
da matéria, com foco em situações
do cotidiano. As mudanças de esta-

Transformação
dos físicos serão aprofundadas com
o estudo teórico e prático desses
fenômenos, utilizando a água como
exemplo. Para finalizar, os alunos
serão convidados a refletir sobre as
transformações provocadas por ati-
de materiais
vidades humanas e suas consequên-
cias para a vida na Terra.

YULIIA PODUSOVA/SHUTTERSTOCK
Destaques da BNCC
• Nas questões, os alunos são levados
a descobrir, por meio da reflexão, o
que acontece com um material do
dia a dia quando exposto a diferentes
condições de temperatura (aqueci-
mento e resfriamento), contribuindo
para o desenvolvimento da habilida-
de EF04CI02 da BNCC.
• A abertura da unidade convida os
alunos a observar uma escultura,
o que desenvolve o senso estético,
contribuindo para o desenvolvimen-
to da Competência geral 3 da BNCC.

• Inicie a aula solicitando aos alunos


que observem a imagem e a des-
crevam. Solicite que discutam sobre
o material utilizado para fazer a es-
cultura. Peça que façam estimativas
sobre o tamanho da escultura, utili-
zando elementos da imagem como a
altura do homem.
• Explique que se trata de uma obra
do artista Anish Kapoor, finalizada
em 2006, e que se situa na cidade de
Chicago, nos Estados Unidos. Em Você já parou para pensar em como o ser humano molda os materiais
seguida, discuta as questões com para criar os mais diferentes objetos? Para fazer essa escultura, o artista
os alunos, incentivando-os a se ex- estadunidense Anish Kappor utilizou aço inoxidável, e seu formato foi
pressar e a usar a criatividade, espe- inspirado no metal mercúrio em estado líquido.
cialmente na questão 2.
• Explique que o aço é um material 90
produzido pelo ser humano, com
base na mistura de ferro, carbono e
outros materiais. A produção de aço g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 90 17/01/18 7:41 PM g19

é uma tecnologia relacionada à side- Acompanhando a aprendizagem


rurgia. Existem quatro tipos de aço,
• Observe o que os alunos já conhecem sobre mudanças de estado físico e sobre as características
usados para finalidades diferentes, e
de cada estado. Retome a abertura ao final do estudo da unidade.
entre eles está o aço inoxidável.

• EF04CI02: Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia quando expostos a dife-
rentes condições (aquecimento, resfriamento, luz e umidade).
• Competência geral 3: Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diver-
sas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

90

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 90 1/18/18 6:15 PM


• Veja mais informações sobre o aço e
sobre a siderurgia, leia o texto a seguir.

A Siderurgia é a ciência que estu-


da a produção de aços. O processo
siderúrgico está dividido em três
grandes etapas: redução, refino e
conformação mecânica. A redução
Escultura Cloud Gate, é a etapa que visa transformar os
localizada em Chicago, minérios de ferro em ferro gusa (re-
Estados Unidos, em 2017.
dução em alto forno) ou ferro es-
ponja (redução direta). O refino en-
volve os processos de transforma-
ção dos produtos da redução dos
minérios de ferro em aço, com com-
posição química adequada ao uso.
Por último, a conformação mecâni-
ca visa a transformação mecânica
dos aços em produtos que possam
ser utilizados pela indústria e en-
volve, de forma geral, a laminação,
trefilação e o forjamento.
[...]
Uma das formas mais utilizadas
de classificar os aços é aquela que
considera a composição química,
de acordo com o sistema de desig-
nação SAE-AISI (SAE – Society of
Automotive Engineers, AISI –
American Iron and Steel Institute).
A partir desta, podemos classifi-
car globalmente os aços em quatro
grandes classes:
Aços carbono,
Aços liga ou de construção mecâ-
nica (baixa e média liga),
Aços inoxidáveis,
Aços ferramenta (alta liga).
[...]
Os aços inoxidáveis são designa-
dos, genericamente, a partir de
quatro séries com nomes oriundos
da microestrutura principal pre-
CONECTANDO IDEIAS sente no aço. Conceitualmente, os
aços são designados de inoxidá-
1. Você já viu esculturas feitas de metal? veis quando apresentarem teor de
2. Essa escultura foi feita a partir de aço. Como é possível transformar cromo superior a 11,5%. O cromo
presente promove a formação de
o metal e moldá-lo no formato desejado?
uma película de óxidos de cromo
3. Cite outro objeto que foi moldado a partir de um ou mais metais. estável na superfície do aço, pro-
movendo o retardamento do avan-
91 ço da corrosão, pelo efeito de bar-
reira física entre o oxigênio do am-
biente e o ferro do aço.
[...]
41 PM g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 91 17/01/18 7:42 PM

Conectando ideias SCHEID, Adriano. Curso básico de aços.


Disponível em: <http://ftp.demec.ufpr.br/
disciplinas/TM049/A%C3%87OS.pdf>.
1. Resposta pessoal. Os alunos podem citar esculturas que já viram em situações do dia a dia,
Acesso em: 9 jan. 2018.
sem a necessidade de explicitar o artista que a elaborou.
2. Espera-se que os alunos respondam que se pode aquecer o aço até que ele passe para o
estado líquido e, em seguida, despejá-lo em formas com o formato desejado.
3. Espera-se que os alunos respondam que é possível encontrar em outros objetos metálicos,
como panelas, talheres, rodas de automóveis, entre outros.

91

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 91 1/18/18 6:15 PM


Objetivos
• Associar as transformações de
materiais a alterações das condi-
ções ambientais.
8
1 Observando as transformações
• Diferenciar transformações re-
versíveis e transformações irre- de materiais
versíveis.
Observe a imagem ao lado.
• Conhecer as principais caracte-

LUCIANO QUEIROZ/SHUTTERSTOCK
rísticas das reações químicas. 1. Descreva o que está ocorrendo com a
madeira. Espera-se que os alunos
respondam que a madeira está queimando.
Destaques da BNCC
2. E o que está acontecendo com o
• A reflexão proposta nesta página leva alimento? Espera-se que os alunos
o aluno a concluir que algumas mu- respondam que o alimento está sendo cozido.
Algumas transformações podem ser
danças causadas por aquecimento
reversíveis, isto é, após serem transformados,
ou resfriamento são irreversíveis,
os materiais podem voltar ao estado original.
contribuindo para o desenvolvimento
Isso acontece, por exemplo, ao solidificarmos
da habilidade EF04CI03 da BNCC.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
um copo com água. Se retirarmos esse copo
• As atividades desta página incenti-
da geladeira, a água voltará ao estado líquido.
vam a observação da realidade, por
meio de imagens e de uma atividade Outras transformações são irreversíveis,
prática, bem como a elaboração de ou seja, após transformados, os materiais não
hipóteses, contribuindo para o de- retornam ao estado original. A madeira que está
senvolvimento da Competência ge- sendo queimada no fogão a lenha da situação
ral 2 da BNCC. ao lado, por exemplo, não poderá voltar ao
estado original. Fogão a lenha.

Agora, analise as situações a seguir.


• Peça aos alunos que observem e
descrevam as imagens, com auxílio Situação 1
das questões. Pergunte se um ovo
pode voltar ao que era antes depois Nesta situação, o ouro foi aquecido e, ao se fundir, foi despejado em um
de frito ou cozido e se a madeira pode molde com formato de barra.
se recompor depois de queimada.
A
• Em seguida, peça que leiam o texto B
e explique o significado de reversível
GE
S Barra
(que pode se reverter, ou seja, reto- /GE
TTY
IMA
de ouro
TO
mar a condição inicial). Explique que C KP
HO
no estado
CINEMA HOPE DESIGN/ISTOCK

TO
/IS
IER sólido.
as transformações que estão ocor- MA
TH
PHOTO/GETTY IMAGES

rendo com o ovo e a madeira são ir-


reversíveis.
Ouro no estado líquido sendo
• Pergunte se a transformação do ouro despejado em um molde.
na fabricação da barra é reversível ou
irreversível. Solicite que justifiquem. 3. Se a barra de ouro da foto B for aquecida novamente até ocorrer a fusão
Apresente as etapas no final da pági- do metal, o que vai acontecer com o objeto? Espera-se que os alunos
percebam que a transformação que ocorreu nessa situação é reversível, pois, ao fundir
na e peça aos alunos que discutam a 92 a barra, o metal pode voltar ao estado em que estava antes de produzir o objeto.
questão 3 em duplas.

g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 92 17/01/18 7:42 PM g19

• EF04CI03: Concluir que algumas mudanças causadas por aquecimento ou resfriamento são
reversíveis (como as mudanças de estado físico da água) e outras não (como o cozimento do
ovo, a queima do papel etc.).
• Competência geral 2: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar
soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

92

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 92 1/18/18 6:15 PM


• Faça a atividade sugerida na seção
Na prática com os alunos, garan-
tindo que eles organizem a sala em
Ao analisar a situação anterior, podemos

TOM BIEGALSKI/SHUTTERSTOCK
seguida.
perceber que se trata de uma transformação
• Peça aos alunos que comparem as
reversível.
situações de transformações irre-
versíveis apresentadas nesta página
Situação 2
(ovo e papel) e que discutam sobre
Uma pessoa quebrou a casca de um ovo e suas semelhanças e diferenças em
o despejou em uma frigideira aquecida. duplas. Leve-os a perceber que, no
caso do papel picado, o material
4. A transformação que ocorre com o ovo continuou o mesmo após a transfor-
ao ser colocado em uma frigideira mação. Nos demais casos, os mate-
aquecida é reversível ou irreversível? riais originais se transformaram em
Por quê? outros materiais.
• Os estudos de um químico sobre algo
As transformações da matéria também
que constitui o Universo geralmente
podem ser classificadas em químicas ou físicas.
4. Espera-se que os alunos respondam que são feitos em um sistema fechado. Ao
é uma transformação irreversível, porque, após frito, observar um sistema, que é a parte do
o ovo não voltará a ter Pessoa fritando um ovo. Universo isolada para fins de estudo,
as mesmas características de um ovo cru. os pesquisadores procuram observar
se há modificações nele. Essas mu-
danças podem ser físicas ou quími-
NA PRÁTICA cas e são denominadas fenômenos.
Rasgue várias vezes uma folha de papel Os fenômenos físicos são aqueles
sobre a carteira. em que não há formação de novas
Mantenha a sala de aula substâncias. Os fenômenos quími-
• O que você obteve ao realizar essa limpa e organizada. Depois cos referem-se aos que originam
atividade? Espera-se que os alunos respondam de realizar essa atividade,
novas substâncias. Na situação 2, o
que obtiveram pedaços de papel jogue os pedaços de papel
• Houve alteração nos materiais picados. na lixeira. ovo passou por duas transformações:
envolvidos nesse processo? física – a retirada da casca do ovo não
Espera-se que os alunos respondam que não, pois os pedaços de papel altera as substâncias que o compõe,
continuaram sendo compostos de papel. somente seu formato, e a química,
Quando um material sofre uma
ANAN KAEWKHAMMUL/SHUTTERSTOCK

quando submetido a aquecimento o


transformação física, não origina novos materiais, ovo se alterou.
mantendo as mesmas propriedades. Foi o que
aconteceu quando você picou os papéis.
No entanto, quando um material sofre uma Atitude legal
transformação química, originam-se novos • Converse com os alunos sobre
materiais, que não apresentam as mesmas atitude para manter os ambientes
propriedades do material original. Na queima do limpos e organizados, principal-
papel, por exemplo, ele é transformado em cinzas mente aqueles em que vivemos.
e libera calor. Como a sala de aula é um am-
biente em que os alunos passam
Queima de um pedaço de papel. várias horas de seus dias, é im-
portante que este esteja sempre
93
organizado.
• Pergunte como se sentiriam em
chegar para estudar e as cartei-
42 PM g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 93 17/01/18 7:42 PM
ras estivessem sujas, se existisse
Acompanhando a aprendizagem
lixo jogado pelo chão. Deixe que
• Observe a discussão em grupo, anotando os pontos de maior dificuldade na compreensão dos apontem suas opiniões.
conceitos apresentados nestas páginas (transformações reversíveis e irreversíveis, transforma-
ções químicas e físicas).
• Com base nessas anotações, procure mais exemplos de transformações que ilustrem os concei-
tos menos compreendidos pelos alunos.

93

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 93 1/18/18 6:15 PM


Destaques da BNCC
• A atividade prática trabalha a ela-
boração e o teste de hipótese, bem
como a explicação de fatos da reali-
Reações químicas
dade, contribuindo para o desenvol- Quando ocorre uma transformação química, dizemos que houve uma reação
vimento da Competência geral 2 da
química. Nesse caso, uma ou mais substâncias reagem com outras, formando
BNCC, descrita anteriormente.
novas substâncias.

TKA4KO/SHUTTERSTOCK
Em uma bicicleta enferrujada, por
• Se achar conveniente, explique que a exemplo, ocorre uma reação química.
ferrugem refere-se a uma transforma- Nessa reação, quando a umidade do ar,
ção química que podemos observar a isto é, a água existente no ar, entra em
olho nu. Esse tipo de transformação contato com o ferro, ocorre uma reação
química ocorre quando o ferro é con- química envolvendo o ferro, a água e o
vertido em novas substâncias, entre gás oxigênio, formando a ferrugem.
elas o óxido de ferro III. Aos poucos,
o ferro adquire uma coloração alaran-
jada, esfarela e pode causar a degra-
5. A formação de ferrugem pode ser
dação do objeto original, no caso, a evitada? De que maneira? Parte de uma bicicleta enferrujada.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
coroa e a corrente da bicicleta. A for- Espera-se que os alunos respondam que sim. Eles podem comentar que se a
superfície do metal da bicicleta estivesse protegida por uma camada de tinta,
mação do óxido de ferro III hidratado possivelmente essa reação química teria sido evitada.
(principal constituinte da ferrugem)
na coroa da bicicleta é um processo
NA PRÁTICA
de oxidação do ferro em presença de • Como é possível observar que um material sofreu transformação
gás oxigênio e vapor de água. química? Respostas das questões nas orientações para o professor.
• Se possível, leve para a sala de aula
Para investigar como ocorrem determinadas transformações, realize a
um material que esteja enferrujado
atividade a seguir.
para que os alunos observem sua
alteração. Não permita que manipu-
lem e se aproximem muito do mate-
MATERIAIS Não devemos tomar
rial enferrujado para que não aspirem remédios sem
• água à temperatura ambiente • copo orientação médica.
resíduos que podem ser liberados. • comprimido antiácido efervescente transparente
Coloque o material sobre uma folha
de papel de jornal ou papel sulfite e,
Ao colocar um comprimido efervescente em

DIEGO CERVO/SHUTTERSTOCK
com uma luva, esfregue-o de modo
que a ferrugem esfarele. Deixe que
um copo com água, ocorre uma reação química
os alunos observem a certa distância que libera gás carbônico, provocando a formação
o material desprendido. de bolhas.
• Organize os alunos em duplas para a. Por que é possível afirmar que houve uma
a realização da seção Na prática. reação química?
Peça que discutam a questão inicial
b. Esta é uma transformação reversível ou
e anote na lousa as ideias que forem
irreversível? Por quê?
levantadas. Espera-se que os alunos
respondam que é possível observar Comprimido efervescente em um copo com água.
que uma substância sofreu transfor-
mação química se houve alteração 94
na matéria da sua composição.

g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 94 17/01/18 7:42 PM g19


Respostas
Atitude legal
• Resposta pessoal. Espera-se que digam que, muitas vezes, é possível observar visualmente a
• Não permita que os alunos ingi-
formação de uma nova substância.
ram o medicamento. Chame a
atenção para o fato de que todo a. Espera-se que os alunos respondam que houve uma transformação química porque houve
medicamento deve ser prescrito alteração na composição do remédio que entrou em efervescência. O comprimido reagiu com
por um médico. A ingestão incor- a água e transformou-se em outras substâncias.
reta de medicamentos pode cau- b. A transformação é irreversível, pois o comprimido em efervescência não poderá voltar ao seu
sar danos para a saúde, como estado original.
intoxicação e até mesmo a morte.

94

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 94 1/18/18 6:15 PM


Destaques da BNCC
• O estudo desta página envolve co-
nhecimentos de linguagem verbal e
Fotossíntese: a transformação química não verbal que expressam informa-
que possibilita a vida na Terra ções sobre a reação de fotossíntese,
organizadas em esquema, contri-
As plantas, assim como algumas bactérias, obtêm seu alimento por meio buindo para o desenvolvimento da
de uma reação química chamada fotossíntese. Nessa reação, com o auxílio da Competência geral 4 da BNCC.
luz, as plantas transformam gás carbônico e água em açúcar e gás oxigênio,
conforme mostrado a seguir.
• A fotossíntese é um fenômeno que
ocorre em várias etapas, sendo cada
luz solar
gás carbônico + água açúcar + gás oxigênio uma delas uma reação química. Na
fotossíntese, a energia luminosa é
Veja a seguir um esquema que representa como ocorre a fotossíntese em transformada em energia química.
Essa energia química, por sua vez, é
uma planta.
distribuída aos seres vivos por meio
da cadeia alimentar.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

• Quando as várias reações químicas


ocorridas no processo de fotos-
3 síntese se juntam, obtém-se uma
A água absorvida equação química simplificada. Ela,
5 pelas raízes (1) é inicialmente, contém gás carbônico
conduzida até as
folhas, onde, e água (substâncias que apresentam
2
principalmente, se baixo valor energético), os quais, na
localizam as presença de radiação luminosa (luz
estruturas que
absorvem o gás solar), produzem ao final glicose e
4 carbônico (2) do ar e gás oxigênio (substância altamente
a luz solar (3). No energética).
interior das células
da folha ocorre a • Oriente os alunos na leitura da rea-
formação de açúcar ção química e na leitura do esquema.
(4), que serve de
alimento para a Associe as duas linguagens.
planta, e de gás • Algumas bactérias autotróficas não
oxigênio (5), que é
1 utilizam água no processo e por isso
HELOÍSA PINTARELLI

liberado para o
ambiente não liberam gás oxigênio.

Respostas
a. Espera-se que os alunos respon-
Representação do processo de fotossíntese em uma planta.
dam que a fotossíntese é uma rea-
Respostas destas questões nas orientações para o professor.
ção química porque duas substân-
a. Por que é possível afirmar que a fotossíntese é uma reação química?
cias (gás carbônico e água) reagem
b. Converse com um colega sobre a importância da fotossíntese para os na presença de luz, formando no-
animais. vas substâncias (açúcar e gás oxi-
gênio).
95 b. Deixe que os alunos se expressem
livremente destacando a impor-
tância das plantas para a base das
42 PM g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 95 17/01/18 7:42 PM
cadeias alimentares. Há animais
• Competência geral 4: Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou ver-
que se alimentam diretamente das
plantas e há os que se alimentam
bo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e
de animais que se alimentaram de
digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em dife-
plantas. Assim, há transferência
rentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
de energia das plantas para todos
os animais.

95

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 95 1/18/18 6:15 PM


Destaques da BNCC
• Nas atividades desta página, os alu-
nos devem perceber que algumas
mudanças são irreversíveis (ativida- ATIVIDADES
de 1) e outras são reversíveis (ativida- 1. Enumere as imagens a seguir seguindo a ordem em que ocorrem as
de 2), contribuindo para o desenvol- transformações com o papel. As legendas das fotos não foram inseridas para
vimento da habilidade EF04CI03 da não comprometer a realização da atividade.
BNCC, descrita anteriormente.

ANNA YUNAK/SHUTTERSTOCK
4 2
• Nas atividades desta página os
alunos devem analisar situações e
explicá-las com base nos estudos
realizados, contribuindo para o de-
senvolvimento da Competência ge-
ral 1 da BNCC.
• Além disso, a leitura e a interpretação
de informações expressas em fotos
contribuem para o desenvolvimento 1 3
da Competência geral 4 da BNCC,

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
descrita anteriormente.

• Na atividade 1, oriente os alunos a in-


terpretar cada imagem antes de es-
tabelecer a ordem em que ocorrem.
Caso eles tenham dificuldade em
responder à questão, pergunte se a • A transformação acima é reversível ou irreversível? Por quê?
ordem inversa poderia ocorrer. Espera-se que os alunos respondam que é irreversível, porque as cinzas não voltarão
• Na atividade 2, pergunte qual a
a ser papel.
sequência da transformação, le-
vando-os a perceber que ela pode 2. A sílica em gel azul é um material que pode ser utilizado em gavetas, armários,
acontecer nos dois sentidos, ca- instrumentos musicais e outros objetos para controlar a umidade deles,
racterizando uma transformação
evitando a proliferação de mofo e a ocorrência de ferrugem. Esse produto
reversível. Pergunte a eles se já ob-
contém um composto químico que fica azul quando a umidade está baixa e
servaram a presença de sílica dentro
rosa quando está alta.
de pequenos envelopes ao comprar
uma bolsa ou um medicamento, por
exemplo.

FOTOS: MOTION LIGHT/SHUTTERSTOCK


• Caso seja possível, leve para a sala
de aula um envelope lacrado com
sílica que vem em determinados
produtos, como bolsas para que
os alunos o manipulem e sintam os
grãos desse material. Pergunte por
que é importante colocar sílica den- Sílica em gel na cor azul. Sílica em gel na cor rosa.
tro de uma bolsa, por exemplo. Após
os alunos manipularem o envelope, 96
oriente-os a lavar as mãos.

g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 96 17/01/18 7:42 PM g19

• Competência geral 1: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre


o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fe-
nômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e
naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária.

96

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 96 1/18/18 6:15 PM


Destaques da BNCC
• Nestas atividades os alunos são le-
a. Depois que a sílica em gel fica com a cor rosa, ela pode retornar à cor azul? vados a refletir se as transformações
Caso sua resposta seja afirmativa, explique em que situações. descritas são reversíveis ou não,
Espera-se que os alunos respondam que sim. Para que a sílica em gel volte a ter a contribuindo para o desenvolvimen-
to da habilidade EF04CI03 da BNCC,
cor azul, devemos retirar a umidade dela, deixando-a seca. descrita anteriormente.
• A atividade 3 envolve a análise de um
processo e a explicação dele com
b. A transformação química que ocorre na sílica em gel é reversível ou base nos estudos realizados, con-
irreversível? Por quê? tribuindo para o desenvolvimento da
Espera-se que os alunos respondam que é uma transformação reversível, pois sua Competência geral 1 da BNCC, des-
crita anteriormente.
cor pode passar de azul para rosa e depois pode voltar a ficar azul, de acordo com
• Tal atividade estimula a valorização
a umidade do meio onde ela está. da cultura indígena, contribuindo
para o desenvolvimento da Compe-
3. Muitos povos indígenas têm a tradição de usar pinturas corporais. As tintas são tência geral 9 da BNCC.
produzidas a partir de plantas e de outros compostos naturais. • A última questão envolve apresen-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

Uma das tintas usadas por muitos

RENATO SOARES/PULSAR IMAGENS


tação de dados obtidos por meio
povos indígenas é feita a partir de de pesquisas, contribuindo para o
um fruto chamado jenipapo. O desenvolvimento da Competência
fruto ainda verde é ralado e a geral 4 da BNCC, descrita anterior-
polpa é espremida com um pano, mente.
obtendo-se um líquido
esverdeado, que é misturado ao
• Explique aos alunos que a mudança
carvão, formando a tinta. Quando
de cor da substância ocorre devido
essa tinta entra em contato com a
a uma reação química. Peça a eles
pele, ela fica com a cor azul-escura Pintura corporal em uma criança indígena do
povo Kayapó, no Pará, em 2015. que respondam aos itens dessa ati-
ou preta.
vidade.
A partir das informações do texto, assinale corretamente as transformações • Peça aos alunos que leiam o texto da
que ocorrem no preparo da tinta de jenipapo. atividade 3. Verifique a compreensão
a. A transformação que ocorre quando o fruto é ralado e sua polpa é deles fazendo perguntas como: Qual
espremida é: o assunto geral do texto? (O uso de
um fruto para a produção de tinta.)
X física. química. Qual o fruto utilizado? (Jenipapo.) E
Como é o processo de produção?
b. A transformação que ocorre quando a tinta muda de cor em contato com a (Espremer a fruta e misturar o suco
pele é: com carvão.)
física. X química.

c. Pesquise outras plantas ou produtos naturais que os indígenas usam para


fazer tintas. Faça uma lista no caderno com o nome de cada produto e a cor
de tinta que eles produzem. Resposta nas orientações para o professor.
97

42 PM g19_4pmc_lt_u3_p090a097.indd 97 17/01/18 7:42 PM


Resposta
3. c. Os alunos podem citar plantas como o urucum, usado para produzir a tinta vermelha e o
açafrão da terra, para fazer a tinta amarela, além da argila branca usada como tinta branca.

• Competência geral 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,


fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da di-
versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
dades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção
religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade
com a qual deve se comprometer.

97

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 97 1/18/18 6:15 PM


Objetivos
• Observar mudanças dos estados
físicos da água.
• Investigar a ocorrência de uma INVESTIGAR E COMPARTILHAR
reação física. • O que pode acontecer com a água quando ela recebe ou cede certa
quantidade de calor para o ambiente? Espera-se que os alunos respondam que
ocorre aumento ou diminuição da
temperatura da água e podem ocorrer mudanças de estado físico.
Destaques da BNCC
• A atividade prática propõe a realiza- MATERIAIS
ção e a observação de uma reação
• água • massa de modelar
física, o que familiariza os alunos
• copo de vidro • geladeira Tenha cuidado ao
com a abordagem própria das ciên- manusear o copo
cias, contribuindo para o desenvol- • prato plástico • copo plástico transparente de vidro.
vimento da Competência geral 2 da pequeno (copo de café)
BNCC, descrita anteriormente.

Despeje água no copo plástico


• Na primeira parte desta atividade
não se deve utilizar copo de vidro, A até atingir um pouco mais da
metade de sua capacidade.
pois este pode rachar ou até quebrar.
Coloque o copo plástico com
Dependendo da potência do conge-
lador do refrigerador e da quantidade B água dentro do congelador e
aguarde, no mínimo, 3 horas.
de água no copo, o tempo para que
essa se solidifique pode ser maior. Retire o copo plástico do
• Peça aos alunos que observem o que C congelador e observe o
aspecto e as características da
aconteceu com o nível de água quan-
água em seu interior. Em
do ela se solidificou. Verifique se eles
seguida, coloque o copo
percebem que a água no estado sóli- plástico em um ambiente que
do ocupa mais espaço do que a água receba luz solar diretamente. Imagem referente às etapas A e B.
no estado líquido.
• Os alunos perceberão que a água no
Após 2 horas, retorne ao
D
FOTOS: JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS

estado sólido ocupa mais espaço do


local em que havia
que a água no estado líquido. Diga deixado o copo plástico e
aos alunos que essa é uma caracte- observe o aspecto e as
rística da água, e que o mesmo pode características da água.
não ocorrer com outras substâncias.
Coloque o copo
• Os itens C a G devem ser realiza-
dos em um dia ensolarado para que, E plástico com água no
centro do prato. Sobre
após montado, permaneça o tempo esse copo, coloque o
todo em um local que receba direta- copo de vidro com a
mente a luz solar. Oriente os alunos boca voltada para
na escolha de um local ideal para a baixo, cobrindo-o.
realização da atividade.
Imagem referente à etapa E.
• Oriente os alunos para que regis-
trem, por meio de desenhos e da 98
escrita, o que observaram durante o
desenvolvimento da atividade.
• Auxilie os alunos para que montem a g19_4pmc_lt_u3_p098a105.indd 98 17/01/18 7:49 PM g19

atividade em um local que não rece- • Os espaços entre o copo de vidro e o prato devem ser bem vedados. Para isso, é utilizada a massa
ba luz solar diretamente e, depois de de modelar, que tem a função de impedir a saída do vapor de água.
montado, leve-o a um local que rece- • Caso os resultados da atividade não tenham sido satisfatórios, questione os alunos sobre o que
ba luz solar. Além disso, durante a ob- pode ter ocasionado esse fato. As possíveis causas podem ser:
servação dos resultados, oriente-os .a água no estado líquido não estava atingindo a borda do copo, não sendo possível ver o aumen-
para que não fiquem expostos aos to do espaço que a água no estado sólido ocupa;
raios solares por muito tempo. Essas .o tempo no congelador não foi suficiente para que toda a água no estado líquido se solidificasse.
medidas contribuem para evitar da-
.o local onde a atividade foi realizada não recebeu luz solar diretamente;
nos à pele dos alunos devido à expo-
sição prolongada aos raios solares. .os espaços entre o copo de vidro e o prato não foram adequadamente vedados;
.a atividade não ficou exposta ao sol o tempo suficiente.
98

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 98 1/18/18 6:15 PM


• Estimule os alunos a conversar so-
bre os resultados obtidos, descobrir
quais foram as causas e encontrar

F Utilizando a massa de modelar, vede os espaços entre o copo de vidro e o prato.


soluções.
• A massa de modelar pode ser produ-
zida utilizando-se alguns ingredien-
G
Deixe a montagem em um local que receba luz solar diretamente e, após tes comuns à residência dos alunos.
4 horas, retorne ao local e observe o que aconteceu.
Veja uma receita:
.Ingredientes:
- 2 xícaras de farinha de trigo; 1 xí-

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


cara de sal; 1/2 xícara de água; 2
colheres (sopa) de óleo de soja
.Modo de fazer:
- Em uma vasilha, misture a farinha
e o sal. Acrescente aos poucos a
água e mexa até que a mistura
torne-se homogênea. Em seguida,
coloque o óleo e amasse bem, até
que a massa adquira a consistên-
massa de cia de massa de pão. Se houver
modelar
necessidade, acrescente água
aos poucos até a massa adquirir a
consistência desejada.
• Caso os alunos tenham dificuldades
em responder à questão 4, diga-lhes
que estudarão as mudanças de esta-
do físico no próximo tópico.

CUIDADO
Imagem referente às etapas F e G.
• Oriente os alunos para manipula-
rem o copo de vidro com cuidado
para que esse não se quebre. Se
REGISTRE O QUE OBSERVOU julgar conveniente, realize esse
1. O que ocorreu com a água durante a etapa B? procedimento enquanto os alu-
nos observam.
2. O que ocorreu com a água durante a etapa D?
Acompanhando a aprendizagem
3. Explique com suas palavras o que ocorreu com a água na etapa G. • Procure observar e anotar as atitu-

4. Quais os nomes das mudanças de estado físico observadas nas etapas B, D des dos alunos diante de cada um
dos procedimentos da atividade.
e G? Se preciso, realize uma pesquisa.
Quando fizerem alguma pergunta
5. Converse com seus colegas e respondam à seguinte pergunta: Por que é para esclarecer uma possível dúvida,
preciso utilizar massa de modelar para vedar os espaços entre o copo e o responda-lhes com outra pergunta
para que descubram por eles mes-
prato?
mos o que não entenderam.
• Anote quais as dúvidas que os alunos
99
levantaram e, ao final da atividade,
questione-os e perceba se as dúvidas
foram esclarecidas. Caso não tenham
49 PM g19_4pmc_lt_u3_p098a105.indd 99 17/01/18 7:49 PM
sido, dê as devidas explicações e ten-
Respostas
te não deixar lacunas no processo de
1. Espera-se que os alunos respondam que a água mudou do estado físico líquido para o sólido. aprendizagem. É importante ter uma
2. Espera-se que os alunos respondam que a água retornou ao estado líquido. boa relação com os alunos para que
3. Espera-se que os alunos respondam que parte da água do corpo plástico evaporou-se e con- se sintam à vontade para fazer per-
densou-se no interior do copo de vidro. guntas e comentários.
• Sempre que um aluno estiver menos
4. B: solidificação; D: fusão; G: evaporação e condensação.
ativo, motive-o para falar, esclarecer
5. Espera-se que os alunos respondam que é para que o vapor de água permaneça no interior do
dúvidas e fazer comentários sobre o
copo e se condense.
que concluiu e o que fez para resol-
ver alguns problemas.

99

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 99 1/18/18 6:15 PM


Objetivos
• Reconhecer as mudanças de es-
tado físico dos materiais.
• Reconhecer que as mudanças de 9 Mudanças de estado físico
1
estado físico são reversíveis.
• Identificar mudanças de estados dos materiais
físicos em situações do cotidiano. Respostas destas questões nas orientações para o professor.
A vela é formada por parafina e
um pavio. Observe o que acontece
Destaques da BNCC quando o pavio está aceso.
• Nesta página, os alunos são apre- 1. Cite uma transformação
sentados às mudanças de estado física que ocorre na vela,
físico como transformações rever-
após acesa.
síveis causadas por aquecimento
ou resfriamento, contribuindo para 2. A transformação que você
o desenvolvimento da habilidade
citou no item anterior é
EF04CI03 da BNCC, descrita ante-
reversível ou irreversível?
riormente.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
• Nesta página, os alunos são convi- Entre as transformações físicas
dados a observar a realidade e a ex- que os materiais podem sofrer,
plicá-la por meio de hipóteses, con- estão as mudanças de estado
tribuindo para o desenvolvimento físico.
da Competência geral 2 da BNCC,
Os materiais podem passar de
descrita anteriormente. Vela acesa.
um estado físico para outro por
causa de diversos fatores, entre
• Relembre com os alunos os concei- eles, a variação de temperatura.
tos de transformação física e trans- Quando a parafina da vela foi
formação reversível.
aquecida, uma das transformações
• Relembre também os três estados fí-
físicas que ocorreram foi o
sicos da matéria, pedindo aos alunos
derretimento da parafina, passando
que citem exemplos: sólido (gelo,
areia), líquido (água) e gasoso (ar).
do estado sólido para o estado
líquido. Essa transformação é
• Peça a eles que observem as imagens
e expliquem-nas do ponto de vista das chamada fusão.
transformações dos materiais. Discu- Quando a parafina cede calor

FOTOS: AKSENOVA NATALYA/SHUTTERSTOCK


ta as questões com eles. Peça que ob- para o ambiente e sua temperatura
servem a imagem da parafina solidifi- fica menor, ela volta ao estado
cada para mostrar que o derretimento
sólido. Essa passagem do estado
é reversível. A parafina é utilizada na
líquido para o estado sólido é
reação de combustão, transforman-
do-se com o gás oxigênio em gás car- chamada solidificação.
bônico, monóxido de carbono e água.
Vela derretendo.
Por isso, ela é consumida durante a
queima. A parte que não foi consumi- 100
da se solidifica após a queima.
• Explique que o derretimento de um
sólido é chamado de fusão. A solidi- g19_4pmc_lt_u3_p098a105.indd 100 17/01/18 7:49 PM g19

ficação é o fenômeno inverso. Respostas


1. Os alunos podem citar duas transformações físicas: derretimento da parafina ao ser aquecida;
solidificação da parafina quando essa foi resfriada.
2. Transformação reversível.

100

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 100 1/18/18 6:15 PM


Destaques da BNCC
• Nesta página, os alunos são apre-
Em nosso dia a dia podemos observar diversas situações em que ocorrem sentados a situações do cotidiano,
mudanças de estado físico. Veja algumas a seguir. sendo convidados a refletir sobre
elas e a elaborar hipóteses com base
no conhecimento estudado, contri-
buindo para o desenvolvimento da
Situação 1 Competência geral 2 da BNCC, des-
O gelo que utilizamos em sucos e outras
bebidas deve ser feito de água filtrada e fervida. crita anteriormente.
Murilo retirou alguns cubos
de gelo de dentro de uma forma e
os deixou dentro de um recipiente. • Nesta página as mudanças de esta-
dos físicos da água foram apresen-
3. O que acontecerá com tadas com base em exemplos coti-
os cubos de gelo se eles dianos. Caso seja possível, realize
permanecerem fora do

WERLLEN HOLANDA
algumas das situações apresentadas
Respostas destas
congelador? questões nas para que os alunos observem como
orientações para o professor. ocorrem as mudanças de estado fí-
4. Qual é o nome da sico da água. Se achar interessante,
mudança do estado físico inicie cada assunto com a atividade
da água nessa situação? prática e, em seguida, apresente a
teoria sobre o que foi observado. Ou
relacione as mudanças de estados
físicos da água com a atividade de-
senvolvida nas páginas 98 e 99.
Murilo, pode deixar que eu coloco
• Divida os alunos em duplas e peça
essa forma dentro do congelador.
que estudem as duas situações, dis-
cutindo as questões. Um dos alunos
Situação 2 de cada dupla será responsável por
expor rapidamente as conclusões da
Em seguida, Murilo colocou água
dupla sobre a situação 1, e o outro,
filtrada na forma de gelo.
as conclusões da situação 2. Anote
5. O que vai acontecer com a na lousa as ideias e corrija-as após
água após cinco horas todos terem se expressado.
dentro do congelador?
Saberes integrados
6. Qual é o nome da mudança de • Explique que a água está presen-
Murilo e
sua mãe estado físico da água nessa
te no nosso corpo na forma líquida.
na cozinha situação? Para uma atividade interdisciplinar
de casa.
com Matemática podem ser usadas
Na situação 1, a água retirada do congelador sofreu fusão, pois passou do informações sobre porcentagem de
estado sólido para o estado líquido. água líquida no corpo humano.
Na situação 2, a água colocada no congelador sofreu redução de temperatura • Eles podem, por exemplo, calcular a
e, por isso, passou do estado líquido para o estado sólido, ocorrendo a solidificação. porcentagem de água:

101 .em uma criança de 40 kg, em que a


água corresponde a cerca de 30 kg;
.em um homem adulto de 80 kg, em
49 PM g19_4pmc_lt_u3_p098a105.indd 101 17/01/18 7:49 PM
que a água corresponde a cerca de
Respostas 48 kg;
3. Os cubos de gelo vão derreter e o recipiente ficará com água no estado líquido. .em uma mulher adulta de 60 kg, em
4. Fusão. que a água corresponde a cerca de
33 kg.
5. A água vai se transformar em gelo.
• Em uma criança, a água representa
6. Solidificação.
cerca de 75% de sua massa corpo-
• Em 1783, o cientista francês Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) mostrou que a água é com-
ral, em um homem adulto represen-
posta por hidrogênio (H) e oxigênio (O). Por volta de 1805, Joseph Louis Gay-Lussac (1778-1850) ta cerca de 60% e, em uma mulher
e Alexander von Humboldt (1769-1859) realizaram experimentos nos quais verificaram que uma adulta, cerca de 55%.
molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio (H) e um átomo de oxigênio (O). Eles
representaram a molécula de água pela fórmula química H2O.

101

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 101 1/18/18 6:15 PM


• Após verificar que os conceitos de fu-
são e solidificação da água foram com-
preendidos, apresente os conceitos
de vaporização e condensação com Além da fusão e da solidificação, os materiais podem sofrer outras mudanças
auxílio das ilustrações e das questões de estados físicos. Quando um material passa do estado líquido para o estado
desta página. Diga aos alunos que o gasoso, ocorre a vaporização. Quando um material passa do estado gasoso para
vapor de água é invisível. O que pode o estado líquido, ocorre a condensação.
ser visto é a água que se condensa ao Veja as situações a seguir.
entrar em contato com o ar.
Situação 3
• Explique que a vaporização pode
ocorrer de forma rápida ou lenta. A Para preparar o arroz, a mãe de
que ocorre de forma rápida é chama- Murilo colocou água em uma panela e
da ebulição. Esse tipo de mudança a deixou sobre a chama do fogão
de estado físico ocorre quando, ao durante alguns minutos. Após esse
nível do mar, a água atinge 100 °C. período, a água praticamente
Nessa situação, a água muda rapida- desapareceu, restando o arroz cozido.
mente do estado líquido para o esta-
7. Que mudança de estado
do gasoso. A vaporização que ocorre
físico da água ocorreu na
de forma lenta é chamada evapora-
situação 3? Respostas das
ção. Esse tipo de mudança de esta- questões 7, 8 e 9 desta página nas
do físico ocorre quando a água muda orientações para
do estado líquido para o gasoso ape- o professor.

ILUSTRAÇÕES:
WERLLEN HOLANDA
nas com o auxílio do vento e a uma
temperatura abaixo da temperatura
de ebulição da água. Mãe de Murilo
cozinhando arroz.
• Há casos também em que ocorre va-
porização rápida da água. Um exem-
plo disso ocorre em situações em que Situação 4
a água entra em contato com uma su-
perfície cuja temperatura esteja muito
Logo após o preparo do arroz,
alta, ocorrendo a vaporização. Nessa a mãe de Murilo destampou a
situação, produz-se um som caracte- panela e percebeu que haviam
rístico. Esse processo de vaporização gotas de água na tampa.
é chamado calefação. 8. Em sua opinião, por que Arroz pronto
isso aconteceu? para o consumo.

9. Qual é o nome da mudança


de estado físico da água
na situação 4?

Na situação 3, ocorreu a vaporização da água, pois ela passou do estado


líquido para o estado gasoso.
Na situação 4, ocorreu a condensação da água, pois ela passou do estado
gasoso (vapor de água) para o estado líquido. Isso ocorreu porque a tampa da
panela estava com temperatura menor do que a água no estado gasoso.
102

g19_4pmc_lt_u3_p098a105.indd 102 17/01/18 7:49 PM g19


Respostas Mais atividades
7. Vaporização.
• Reproduza na lousa o
8. Espera-se que os alunos respon- esquema apresentado a fusão vaporização
dam que isso aconteceu porque o seguir e peça aos alunos
vapor de água se condensou. que o completem com a
9. Condensação. mudança de estado físico água no água no água no
adequada. estado sólido estado líquido estado gasoso

solidificação condensação

102

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 102 1/18/18 6:15 PM


Destaques da BNCC
• Na situação apresentada, os alunos
Agora, veja o que aconteceu com Rafaela. Ela são levados a concluir que a vapori-

LISLLEY
GOMES FEIGE
deixou duas garrafas em um local que recebe luz solar zação e a condensação são rever-
diretamente, uma com tampa e a outra sem tampa. síveis, contribuindo para o desenvol-
Ambas tinham a mesma quantidade de água. vimento da habilidade EF04CI03 da
BNCC, descrita anteriormente.
Após cinco horas, Rafaela retornou para observar
como ficaram os conteúdos das garrafas. • As atividades desta página envolvem
a observação da realidade, a elabo-
ração de hipóteses e a interpretação
de um experimento, contribuindo
para o desenvolvimento da Com-
petência geral 2 da BNCC, descrita
anteriormente.

Mais atividades
• Os alunos podem desenvolver a se-
guinte atividade prática para obser-
var a evaporação da água.
• Despejar um copo de água sobre
uma calçada em um dia ensolarado.
Em seguida, utilizando um pedaço
de giz escolar, marcando o contorno
da poça de água. Após cerca de 30
minutos, observar o que aconteceu
com o tamanho da poça em relação
ao contorno realizado.
• Pergunte o que acontecerá com o
Rafaela observando as garrafas com água que deixou sob a luz solar. restante da água que ficar sobre a
calçada com o passar do tempo.
• Oriente os alunos para, ao contorna-
10. O que Rafaela possivelmente observou? Veja a ilustração para responder rem a poça de água, não deixarem
Espera-se que os alunos respondam que ela observou que na
a esta questão. garrafa com tampa ainda havia a mesma quantidade de água, com que o giz toque na água, pois
enquanto na garrafa aberta a quantidade de água diminuiu. assim a poça pode escorrer e mo-
A partir dessa situação, Rafaela concluiu que, na garrafa que permaneceu
dificar o formato antes mesmo de a
tampada o vapor de água não saiu para a atmosfera e se condensou no interior atividade ter algum resultado.
da garrafa, retornando ao estado líquido. Já na garrafa aberta, parte do vapor • Caso o dia escolhido para realizar
de água saiu para a atmosfera e, com isso, a quantidade de água da garrafa a atividade esteja com temperatura
diminuiu. muito alta, peça aos alunos que fi-
quem em silêncio e percebam que a
11. A transformação que ocorreu na garrafa que permaneceu tampada pode calçada absorve um pouco da água
ser classificada como reversível ou irreversível? Explique. Espera-se que despejada sobre ela. Permita que
os alunos respondam que pode ser classificada como reversível, pois a água os alunos fiquem sob o sol somen-
retornou ao estado físico em que estava quando foi colocada na garrafa.
103 te o tempo necessário para formar a
poça de água e marcar o contorno da
mesma e também para observar os
49 PM g19_4pmc_lt_u3_p098a105.indd 103 17/01/18 7:49 PM
resultados do experimento.
• Proponha a realização da atividade prática apresentada nesta página para que os alunos obser-
vem a alteração na quantidade de água presente nas garrafas.
• Essa atividade pode ser realizada na escola ou na residência dos alunos, sob a supervisão de um
adulto. Oriente os alunos a colocar a mesma quantidade de água em ambas as garrafas e perma-
necerem sob o sol somente o tempo necessário para colocar as garrafas com água. Diga-lhes
que devemos evitar ficar expostos à luz solar sem proteção.

103

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 103 1/18/18 6:15 PM


Destaques da BNCC
• Nesta página, os alunos são apre-
sentados aos conhecimentos sobre A água existente em nosso planeta movimenta-se em um ciclo, passando de
o ciclo da água na natureza para um estado físico para o outro. O ciclo da água no planeta é um exemplo de
explicar fenômenos da realidade transformação reversível, pois as mudanças de estado físico são reversíveis.
(chuva, neve, granizo, neblina), con- Leia o esquema abaixo, acompanhando as letras indicadas na imagem.
tribuindo para o desenvolvimento da
Competência geral 1 da BNCC, des- A Parte da água existente na superfície terrestre passa do estado líquido para o
crita anteriormente. estado gasoso, principalmente, com o auxílio do calor fornecido pelo Sol e dos
• Retome os conceitos de vaporização ventos.
e de condensação.
12. Qual é o nome da mudança de estado físico que ocorre nessa situação?
• Converse com os alunos sobre a
grande quantidade de água líquida Fusão. Solidificação. X Vaporização.
presente no planeta Terra, que cobre
a maior parte da superfície. Essa in-
formação pode ser explorada usan-
do como recurso visual o planisfério
terrestre. De forma geral, as áreas de
mares e oceanos são representadas Representação
em azul e a parte de solo que emerge do ciclo da água
é representada por cor diferente. no ambiente.

C
Saberes integrados
• Caso ache interessante, trabalhe a
interpretação da letra da música De
gotinha em gotinha, do grupo Palavra
Cantada, com o professor de Por-
tuguês. Você pode encontrar a letra
dessa música realizando uma pesqui-
sa em sites de busca na internet.

104

g19_4pmc_lt_u3_p098a105.indd 104 17/01/18 7:49 PM g19

104

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 104 1/18/18 6:15 PM


• Para explicar o ciclo da água, de-
senhe na lousa um esquema que
mostre o oceano e um pedaço de
B O vapor de água sobe para a atmosfera e, quando atinge camadas de ar mais continente vistos lateralmente. Re-
frias, ele passa para o estado líquido. presente a água sendo evaporada
13. Qual é o nome da mudança de estado físico que ocorre nessa situação? do oceano e formando nuvens, por
condensação, que podem ser arras-
Fusão. X Condensação. Vaporização. tadas até o continente. Em seguida,
represente a chuva e o retorno da
C A água no estado líquido se une e forma as nuvens. A água retorna à superfície água aos oceanos.
terrestre, precipitando na forma de chuva. • Pergunte aos alunos se eles já viram

14. A água sempre precipita na superfície terrestre no estado líquido? neblina e solicite que leiam o texto.
Em seguida, peça a eles que expli-
Geralmente, a temperatura no interior das nuvens é baixa. Isso pode fazer quem o que é a neblina.
com que parte da água passe para o estado sólido, precipitando-se na forma de • A neblina geralmente diminui a visi-
granizo ou neve. 14. Espera-se que os alunos respondam que não. Podem ocorrer bilidade e pode causar acidentes e
precipitações em forma de granizo ou neve.
atropelamentos, principalmente nas
estradas. Por isso, é necessário es-
Neblina tar sempre alerta quando se está ao
B A neblina ocorre quando o vapor de volante e respeitar as leis de trânsito,
como trafegar em baixa velocidade e
água existente na atmosfera, próximo ao
manter o farol baixo ligado.
solo, condensa-se, transformando-se em
• Reforce que o vapor de água é invi-
minúsculas gotículas de água, que ficam
suspensas no ar. Também chamada de sível, o que pode ser visto na neblina
ou saindo de uma chaleira. É a água
nevoeiro, é mais comum em lugares frios,
que se condensa ao entrar em con-
úmidos e elevados, ocorrendo por causa
tato com o ar atmosférico.
da queda de temperatura.

GERSON GERLOFF/PULSAR IMAGENS

A
MERKUSSHEV VASILIY/
SHUTTERSTOCK

Neblina em uma rodovia de Santa Catarina, em


2015.

105

49 PM g19_4pmc_lt_u3_p098a105.indd 105 17/01/18 7:49 PM

105

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 105 1/18/18 6:15 PM


Objetivos
• Reconhecer os efeitos do aqueci-
mento global nas regiões polares.
• Relacionar o derretimento das
geleiras às transformações de
estado físico da água.

Destaques da BNCC
• O trabalho com estas páginas envol-
ve a explicação de consequências
das atividades humanas no ambien-
te, sensibilizando os alunos por meio
de exemplos, desenvolvendo o tema
contemporâneo Preservação do
meio ambiente.
• Esta seção apresenta dados científi-
cos que justificam a preocupação em
relação às atividades humanas e seus
efeitos sobre a biodiversidade, esti-
mulando a consciência ambiental, o
que contribui para o desenvolvimento
da Competência geral 7 da BNCC.

• Antes de iniciar o trabalho destas pá-


ginas, pergunte aos alunos o que eles
sabem sobre o aquecimento global.
Deixe que se expressem e observe
se eles mencionam o derretimento
das geleiras.
• Explique que alguns planetas têm
altas temperaturas durante o dia e
baixas temperaturas durante a noite,
o que não favorece a vida. Esse não
é o caso da Terra, pois uma camada
de gases mantém a Terra suficien-
temente aquecida durante a noite.
Trata-se do efeito estufa natural. Dis-
cuta com eles sobre o nome estufa,
verificando se algum deles sabe o
que é uma estufa.
• Oriente os alunos a ler o texto e as
manchetes. Em seguida, organize-
-os em grupos e solicite que discu-
tam as questões. Observe a partici-
pação dos alunos.
• Converse com os alunos sobre os
g19
efeitos do aquecimento global nas
• Competência geral 7: Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
espécies de seres vivos que vivem
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e pro-
ou se reproduzem nas regiões pola-
movam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global,
res. Explique aos alunos que o der-
com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
retimento das geleiras não só pode
aumentar o nível da água no mar,
como pode prejudicar direta ou indi-
retamente os seres vivos que habi-
tam essas regiões.

106

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 106 1/18/18 6:15 PM


• Além dos ursos-polares, existem ou-
tras espécies que sofrem as conse-
quências do aquecimento global nas
regiões polares, como os camarões
krill, as baleias-azuis, os petréis, os
elefantes-marinhos, as focas-leo-
pardo, entre outros. Comente com
os alunos que a diminuição ou o au-
mento na população de uma espécie
animal e vegetal pode colocar toda
a cadeia alimentar em desequilíbrio.
• Mostre, em um globo, a Groelândia e
a Antártida.

SEPP FRIEDHUBER/ISTOCK
PHOTOS/GETTY IMAGES
• Comente que é necessária uma solu-
ção para o problema do aquecimen-
Ursos-polares. As mudanças climáticas to global e a proposta mais coerente
têm dificultado a obtenção de alimentos é a diminuição da produção de gás
por esses animais. carbônico. No entanto, tendo em vis-
ta as dificuldades de acordos entre
Urso-polar pode atingir cerca os países, há engenheiros que ten-
de 3,4 m de comprimento. tam encontrar outras soluções.

O derretimento de geleiras pode provocar o aumento do nível da água dos


oceanos. Isso pode gerar muitos prejuízos aos diversos ambientes na Terra, além
de afetar diversos animais, como os ursos-polares.
Segundo outros estudos, a intensificação do efeito estufa tem influenciado os
períodos de seca e de chuva, causando tempestades, furacões, entre outros
fenômenos.

1. Converse com seus colegas sobre as principais atividades que


o ser humano realiza e que contribuem para causar o
aquecimento global.

2. Em que estado físico se encontra a água que forma as geleiras?

3. Qual é o nome da mudança de estado físico que ocorre com o


derretimento das geleiras?

4. Pesquise outro animal que pode ser prejudicado pelas


mudanças climáticas, além do urso-polar.

107

g19_4pmc_lt_u3_p106a113.indd 107 17/01/18 7:54 PM


Respostas
1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem a emissão de gases provenientes da queima
de combustíveis fósseis nos veículos e nas indústrias, as queimadas, entre outras atividades.
2. Espera-se que os alunos respondam que a água encontra-se no estado sólido.
3. Espera-se que os alunos respondam que ocorre a fusão.
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem animais, como leão-marinho, pinguins, ba-
leias, entre outros animais que podem ter dificuldades para obter os alimentos de que necessi-
tam para sobreviver.

107

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 107 1/18/18 6:15 PM


• O calor fornecido pelo Sol e a ação
do vento contribuem para a evapo-
ração da água de rios, lagos, mares,
entre outros. Parte da água evapora-
da permanece na atmosfera em for-
NA PRÁTICA Espera-se que os alunos respondam
que a umidade do ar é determinada
ma de vapor de água. Além disso, o pela quantidade de vapor de água no
• O que determina a umidade do ar? ar atmosférico.
vapor de água proveniente da trans-
piração dos seres vivos permanece Para investigar a presença de vapor de água no ar atmosférico, realize a
na atmosfera. atividade a seguir.
• A quantidade de vapor de água exis-
tente na atmosfera determina a umi- MATERIAIS
dade do ar. Quanto maior a quantida- • cubos de gelo • água em temperatura Evite o desperdício de água!
de de vapor de água no ar, maior é a ambiente
• copo transparente
umidade. Quanto menor a quantida-
de de vapor de água existente no ar,
menor é a umidade. Coloque os cubos de gelo no copo transparente com

INDIGOLOTOS/
SHUTTERSTOCK
água. Espere alguns minutos e observe o que aconteceu.
• Com a realização da atividade da
seção Na prática, os alunos obser- a. O que aconteceu com a parte externa do copo?
varão o vapor de água condensado b. Como você explica esse resultado?

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
na parte externa do copo de vidro.
O vapor de água que está no ar, ao c. Qual é a mudança de estado físico que ocorreu
encontrar as paredes do copo com nessa situação? Espera-se que os alunos respondam
que ocorreu a condensação.
água e gelo, que estão com tempera- d. Desenhe no espaço abaixo uma situação do
tura inferior, condensa-se. Com isso, cotidiano em que podemos perceber o fenômeno Copo
é possível perceber a presença do representado nessa atividade prática.
com gelo.
vapor de água no ar.
• A atividade pode ser realizada em
a. Espera-se que os alunos comentem que surgiram gotas de água na
sala de aula com os alunos reunidos parte externa do copo.
em grupos ou pode ser feito apenas
b. Espera-se que os alunos comentem que o gelo reduziu a temperatura do
um experimento para que todos ob- copo. Com isso, o vapor de água existente no ar atmosférico condensou-se
servem e utilize menor quantidade de na parte externa do copo, surgindo as gotas de água observadas.
material. d. A resposta dos alunos depende das situações do cotidiano dos mesmos.
• Caso os alunos necessitem manuse- Eles podem representar situações como banho quente em dias frios,
ar o copo de vidro, oriente-os para liberação de ar do interior do corpo em um espelho ou outra superfície.
que o façam com cuidado.
• Na questão d, os alunos podem re-
presentar por meio do desenho situ-
ações como tomar banho quente em
dias frios, assoprar um espelho.

108

g19_4pmc_lt_u3_p106a113.indd 108 17/01/18 7:54 PM g19

Atitude legal
• Para o desenvolvimento da atividade, utilizem a quantidade de água necessária, evitando o
desperdício de água potável.
• Comente com os alunos que a água é um dos principais componentes do ambiente neces-
sários à vida. A maior parte da superfície terrestre é coberta por água. No entanto, de cada
100 litros de água existentes em nosso planeta, cerca de 97 litros são de água salgada, que
formam os oceanos e os mares. E de cada 100 litros de água existentes em nosso planeta,
cerca de 3 litros são de água doce, que estão nos rios, nos lagos, nas geleiras, no subsolo,
nas nuvens e no ar. Uma pequena porção da água doce está disponível no estado líquido para
ser tratada e tornar-se potável para ser utilizada pelo ser humano.

108

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 108 1/18/18 6:15 PM


Objetivo
• Compreender que uma substân-
cia adicionada à água altera seu
INVESTIGAR E COMPARTILHAR ponto de solidificação.

• Se adicionarmos alguns tipos de materiais à água, pode ocorrer alguma


alteração no processo de solidificação da mesma? Destaques da BNCC
Espera-se que os alunos respondam que sim; ao adicionar um novo componente à • Esta atividade envolve elaboração de
água, este pode promover alteração em sua
MATERIAIS temperatura de solidificação. hipóteses e atividade experimental,
familiarizando os alunos com a abor-
• 3 copos plásticos • açúcar • papel
dagem própria das ciências, con-
• água • colher • caneta tribuindo para o desenvolvimento
• sal • geladeira • fita adesiva da Competência geral 2 da BNCC,
descrita anteriormente.
Faça três etiquetas com o papel, indicando “água”; “água +
A sal” e “água + açúcar”. Fixe uma etiqueta em cada copo, com
fita adesiva.
• Combine com a direção da escola
um dia para que a atividade seja rea-
Despeje água nos copos plásticos, até atingir a metade de
B sua capacidade. Os três copos devem ficar com a mesma
quantidade de água.
lizada ou oriente os alunos para que
a realizem em suas residências sob a
supervisão de um adulto.
No copo com a etiqueta “água + açúcar”, misture uma
C colher de sopa de açúcar à água. • Os copos utilizados têm que ser de
plástico para evitar que se trinquem
Imagem referente à etapa C.
ou quebrem quando expostos a bai-
xas temperaturas.
FOTOS: JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS

• Oriente os alunos a acompanhar a


D No copo com a etiqueta “água + sal”, misture
uma colher de sopa de sal à água. solidificação das misturas em um
período de tempo longo. Devem evi-

E Coloque os três copos plásticos, ao mesmo


tempo, no congelador.
tar ficar abrindo a porta do refrigera-
dor para não desperdiçarem energia
elétrica.
F A cada hora, observe o que acontece com o
conteúdo de cada um desses copos. • Ao adicionar sal e açúcar à água,
ocorre a diminuição na temperatura
Imagem referente à etapa E. de solidificação da água que, quan-
do pura, é de 0 ºC. Quanto maior o
número de partículas de sal ou açú-
REGISTRE O QUE OBSERVOU car dissolvidas na água, menor será
1. O conteúdo dos três copos se solidificou da mesma maneira? Caso sua a temperatura de solidificação. É por
resposta seja negativa, qual deles se solidificou mais rapidamente? isso que nas regiões polares a água
salgada dos oceanos não congela.
2. O que podemos perceber com essa atividade? Troque ideias com os colegas. • Oriente os alunos para que não ingi-

3. Pesquise em livros e na internet outros fatores que podem influenciar as ram o gelo formado pela água com
mudanças de estado físico de um material. sal nem pela água com açúcar.

109

54 PM g19_4pmc_lt_u3_p106a113.indd 109 17/01/18 7:54 PM


Respostas
1. Espera-se que os alunos respondam que o conteúdo dos três copos não se solidificou da mes-
ma maneira. O conteúdo do copo com “água” se solidificou mais rapidamente.
2. Espera-se que os alunos respondam que uma substância adicionada à água altera seu ponto
de solidificação.
3. Temperatura e pressão.

109

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 109 1/18/18 6:15 PM


Destaques da BNCC
• As atividades 1 e 2 trabalham a no-
ção de que as mudanças de estado
físico são reversíveis, contribuindo ATIVIDADES
para o desenvolvimento da habili-
1. A mãe de Sara preparou um suco de laranja e

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


dade EF04CI03 da BNCC, descrita
anteriormente. o despejou em formas de sorvete. Em
• As atividades desta página deman- seguida, ela colocou as formas no congelador.
dam a utilização de conhecimento No dia seguinte, a mãe de Sara retirou as
construído no estudo da unidade formas do congelador.
para a explicação de situações, con-
a. Em que estado físico estava o suco quando
tribuindo para o desenvolvimento da
a mãe de Sara o colocou nas formas de
Competência geral 1 da BNCC, des-
sorvete?
crita anteriormente.
Espera-se que os alunos respondam que ele
Mãe de Sara despejando suco de
estava no estado líquido. laranja em formas de sorvete.
• Antes de iniciar as atividades, retome
os conceitos de mudanças de esta- b. Em que estado físico estava o suco no congelador, após

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
do físico da água. algumas horas?
• As questões 1 e 2 envolvem os con- Espera-se que os alunos respondam que ele estava no estado sólido.
ceitos de fusão e de solidificação.
Utilize-as para verificar se os alunos c. Qual é o nome da mudança de estado físico que ocorreu com o suco?
compreenderam que esses fenôme- Espera-se que os alunos respondam que houve solidificação.
nos são mudanças reversíveis de es-
tado físico. 2. Sara pegou um dos sorvetes que sua mãe
preparou. Como ela demorou certo tempo
para saboreá-lo, o sorvete começou a escorrer
por sua mão.
a. Em que estado físico estava o sorvete
quando Sara o retirou do congelador?
Espera-se que os alunos respondam que ele
estava no estado sólido.

b. O que aconteceu com o sorvete após o


tempo que ela o ficou segurando?

ANKO 93/SHUTTERSTOCK
Espera-se que os alunos respondam que o
sorvete começou a derreter, passando
para o estado líquido. Sara comendo o sorvete.

c. Qual é o nome da mudança de estado físico que ocorreu com o sorvete


nessa situação?
Espera-se que os alunos respondam que ocorreu fusão.
110

g19_4pmc_lt_u3_p106a113.indd 110 17/01/18 7:54 PM g19

Mais atividades
• Aproveite as atividades desta página e • Na cozinha da escola, esprema as frutas • No dia seguinte, retire os sorvetes do conge-
proponha uma aula em que os alunos pre- e coloque-as em saquinhos destinados ao lador e distribua aos alunos. Alguns sorvetes
param um alimento – o sorvete – em que preparo de sorvetes, formas de sorvete ou podem ser deixados em um copo para que
sejam abordadas duas mudanças de esta- formas de gelo. Prepare quantidades sufi- os alunos observem o descongelamento.
dos físicos da matéria. cientes para que todos os alunos possam
• Para isso, solicite com antecedência que saborear.
os alunos tragam para a sala de aula frutas • Coloque os saquinhos ou formas com o
em que seja possível extrair suco, como suco no congelador e deixe-os de um dia
laranja e limão. para outro.

110

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 110 1/18/18 6:15 PM


Destaques da BNCC
• As questões 3 e 4 trabalham o con-
3. O pai de Raquel pendurou algumas ceito de vaporização, mudança de

LISA-BLUE/ISTOCK PHOTOS/GETTY IMAGES


roupas molhadas no varal. Após estado da água, decorrente do aque-
algumas horas, ele recolheu essas cimento, contribuindo para o desen-
roupas, que já estavam secas. volvimento da habilidade EF04CI03
da BNCC, descrita anteriormente.
a. Em que estado físico estava a água
• As atividades desta página deman-
presente nas roupas molhadas?
dam a utilização do conhecimento
Espera-se que os alunos respondam construído no estudo da unidade
que ela estava no estado líquido. para a explicação de situações, con-
tribuindo para o desenvolvimento da
Competência geral 1 da BNCC, des-
Pai de Raquel estendendo roupas no varal.
crita anteriormente.
b. Para qual estado físico a água que estava presente nas roupas passou?
Espera-se que os alunos respondam que a água passou do estado líquido para o gasoso.
• Utilize as questões 3 e 4 para ilustrar
c. Qual é o nome da mudança de estado físico que ocorreu nessa situação? a diferença entre evaporação e ebu-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

lição. Após os alunos responderem-


Vaporização (evaporação).
-nas, discuta as diferenças entre as
duas situações:
4. Depois o pai de Raquel colocou, no fogão, uma panela com água para preparar
uma macarronada. .na evaporação, a temperatura é a
ambiente e o processo é lento.

a. A mudança de estado físico que


.na ebulição, a temperatura é alta

RYERSON CLARK/ISTOCK PHOTO/GETTY IMAGES


(100 °C ao nível do mar) e o proces-
ocorreu nessa situação é igual à
so é rápido.
que ocorreu nas roupas da
atividade 3?
Espera-se que os alunos respondam
que sim, ocorreu vaporização.

Panela com água em ebulição


sobre a chama de um fogão.

b. O processo que ocorreu na panela é um tipo de vaporização que ocorre em


todo o líquido, com a formação de bolhas, e precisa do calor do fogo.
Desembaralhe as sílabas para formar o nome desse processo.

li e
ção
bu

Ebulição.

111

54 PM g19_4pmc_lt_u3_p106a113.indd 111 17/01/18 7:54 PM

111

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 111 1/18/18 6:15 PM


• Uma situação semelhante à da ativi-
dade 5 é quando sopramos ar em um
espelho ou vidro. O vapor de água
5. Ao tomar banho com água aquecida, em

ARIMAG/SHUTTERSTOCK
desse ar condensa-se no espelho
ou vidro, deixando-o embaçado. um dia com temperatura baixa, Cíntia
Comente esse fato com os alunos e percebeu que o ar estava com grande
pergunte-lhes se já fizeram isso em quantidade de vapor de água, e que
alguma situação. Deixe que eles se parte desse vapor voltou a se transformar
expressem e percebam que este é em água no estado líquido quando atingiu
um exemplo de mudança de estado o vidro e os azulejos. Explique por que
físico da água. isso acontece.
• Para finalizar, aproveite para reto- Cíntia desenhou um
coração no vidro do boxe.
mar a importância de se economizar
água. Diga aos alunos que algumas Quando a água se transforma em vapor, pequenas gotículas ficam no ar.
atitudes simples podem ajudar a
economizar água, como: Ao entrar em contato com superfícies mais frias, o vapor de água se transforma
.fechar a torneira enquanto estiver em água líquida, por causa da diferença de temperatura.
escovando os dentes e ao esfregar
as mãos com sabonete;
.utilizar água em um balde, ao invés

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
de esguicho, para lavar o carro;
.utilizar uma vassoura para limpar o 6. Nas salinas, a água do mar é encaminhada a tanques rasos para que o sal seja
separado da água. Nesses tanques, ocorre uma mudança de estado físico da
quintal, em vez de utilizar mangueira;
.regar os jardins e os gramados com água, com o auxílio da luz solar e dos ventos. Após esse processo, o sal se
acumula no fundo dos tanques.
moderação, utilizando um regador;
.manter sem vazamentos as tornei-

TALES AZZI/PULSAR IMAGENS


ras, as descargas, os chuveiros, a
boia da caixa-d’água e as tubula-
ções;
.tomar banhos rápidos e usar so- Sal

mente a água necessária para se


enxaguar;
.utilizar apenas a água indispensável
para enxaguar as roupas;
.utilizar a quantidade de água correta
para preparar os alimentos;
.não brincar com água;
.deixar a torneira fechada enquanto
ensaboa as louças. Salina localizada no Rio Grande do Norte, em 2017.

• Qual é o nome da mudança de estado físico que ocorre com a água no


processo de obtenção do sal em uma salina?
Espera-se que os alunos respondam que ocorre vaporização.

112

g19_4pmc_lt_u3_p106a113.indd 112 17/01/18 7:54 PM g19

112

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 112 1/18/18 6:15 PM


O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE...
• Para retomar o estudo sobre
transformações físicas e reações
químicas, entregue aos alunos a
O QUE VOCÊ seguinte lista de fenômenos. Eles

ESTUDOU SOBRE... devem avaliar se esses fenôme-


nos tratam de transformações
físicas ou de reações químicas, e
• as transformações dos materiais? CA
se são reversíveis ou irreversíveis.
• as reações químicas? Comente cada uma das transfor-
M
IL
A
CA

mações, pois elas podem ser des-


R M
O

• as mudanças de estado físico dos


N
A

conhecidas dos alunos.


materiais? 1. Digestão de alimento.
2. Redução de poça de água.
3. Queima de fogos de artifício.
4. Ato de amassar um papel.
PARA SABER MAIS 5. Cozimento de batata.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

6. Formação de gelo no freezer.


• Aventuras de uma gota d’água, de Samuel
Murgel Branco. Moderna. 7. Derretimento de ferro em side-
rúrgica.
Acompanhe a história de uma gota de água
• Peça aos alunos que, em um pro-
percorrendo o caminho dela na natureza.
grama de apresentação de slides,
Você verá cada mudança de estado físico
façam um esquema completo

REPRODUÇÃO
que ocorre durante sua trajetória.
como o da página 102 (deste ma-
nual), ilustrando-o com fotos da
água nos três estados gasosos.
REPRODUÇÃO

• Ciência à mão: matéria e materiais, de Peter Mellett. Solicite que montem um segundo
Girassol. esquema apenas com os estados
sólido e líquido, e que utilizem
Aprenda mais sobre os diferentes materiais e suas
imagens de um metal nesses dois
transformações. Você só vai precisar da ajuda de um estados para ilustrá-lo.
adulto e de materiais que você encontrar por perto.
• Por fim, recapitule a questão am-
Aproveite para mergulhar no mundo das Ciências e
biental da intensificação do efeito
realizar divertidos experimentos.
estufa e do derretimento das ca-
lotas polares. Discuta com os alu-
REPRODUÇÃO

nos sobre os efeitos que isso pode


ter para os seres vivos que habi-
• O efeito estufa, de Michael Bright. Melhoramentos. tam essas regiões. Solicite que
Neste livro, você conhecerá algumas das façam um desenho inspirados por
consequências do efeito estufa, tanto no essa problemática.
ambiente, quanto nos seres vivos.

113

54 PM g19_4pmc_lt_u3_p106a113.indd 113 17/01/18 7:54 PM

Amplie seus conhecimentos


• MORAN, E. F. Nós e a natureza: uma introdução às relações homem-ambiente. São Paulo: Senac,
2008.
• SHACKELFORD, J. F. Ciência dos materiais. São Paulo: Pearson, 2008.
• Site do Centro de Ciência do Sistema Terrestre. Disponível em: <http://mudancasclimaticas.
cptec.inpe.br/>. Acesso em: 9 jan. 2018.

113

g19_4pmc_mp_u03_p090a113.indd 113 1/18/18 6:15 PM


Nesta unidade, os alunos conhecerão
um pouco mais sobre a relação dos
seres humanos com componentes do
Sistema Solar, mais especificamente
sobre como alguns astros foram e são
referência para nos localizarmos no
tempo e no espaço geográfico.
Sol, a Lua e a
• Você pode iniciar a abordagem da
unidade pedindo aos alunos que
orientação do
observem a imagem de abertura
e digam tudo o que sabem sobre o
Sol. Liste as respostas dos alunos na
ser humano
lousa, mesmo que nem todos os co-
mentários estejam relacionados ao
tema orientação.
• O Sol costuma gerar bastante
curiosidade nos alunos. O vídeo
indicado a seguir traz algumas
informações sobre essa estrela
de forma bastante simples e pode
ser utilizado para que você possa
repassar algumas das informações
aos alunos, caso eles perguntem:
ABC da Astronomia – Sol. Disponível
em: <https://tvescola.org.br/tve/
vide o/abc - da-astronomia-sol>.
Acesso em: 12 jan. 2018.

Além de ser essencial à vida na Terra,


o Sol nos fornece imagens fascinantes,
como esta, obtida por uma sonda no
espaço. Você já registrou uma foto em
que apareceu o Sol?

CONECTANDO IDEIAS
1. Qual é a importância desse astro?
2. Em que momentos recebemos sua luz
diretamente?
3. Cite uma influência desse astro para
as pessoas.

114

g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 114 1/17/18 7:56 PM g19

Mais atividades
• Trabalhe a leitura da notícia “O misterioso • Você pode trabalhar o texto na íntegra, sele-
(e eficiente) observatório solar construído cionar partes dele ou, ainda, contar a história
por civilização desconhecida”, disponível com base nas fotos.
em: <ht tp://w w w.bbc.com /por tuguese/ • Pergunte aos alunos qual a ideia central do
internacional-40088478>. Acesso em: 12
texto e destaque que a observação dos as-
jan. 2018. Esse texto apresenta o Templo das
tros (e de fenômenos naturais) para controlar
13 Torres, ou Chankillo, no Peru, considerada
a passagem do tempo é uma prática bastante
uma obra utilizada para observação da
antiga na história da humanidade.
passagem do tempo com base na posição do
Sol, no céu, ao longo do ano.

114

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 114 1/18/18 6:03 PM


• Questione os alunos sobre como
seria o planeta Terra se não houves-
se o Sol. Você pode vincular este
momento à questão 1 do quadro
Conectando ideias. Observe se os
alunos incluem, em suas respostas,
a importância do Sol para outros se-
res vivos, não somente para os seres
humanos.
A energia solar também se relaciona
com a formação dos ventos, varia-
ções de temperatura, evaporação de
águas.
• Pergunte aos alunos como eles sa-
bem que um dia terminou e quan-
do outro dia começou. Caso não
relacionem o Sol como referência
de tempo “dia”, pergunte qual é a

ESA/NASA/SOHO/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK


relação dessa estrela com a nossa
noção de passagem do tempo. Esta
parte pode ser vinculada à questão 2
do quadro Conectando ideias.
• Converse com os alunos sobre a
questão 3 do quadro Conectando
ideias e verifique se eles já compre-
enderam que o assunto iniciado é
sobre a relação dos astros (por en-
quanto, ainda, o Sol) com a nossa
orientação.
• Além da orientação temporal e geo-
gráfica, o Sol tem influência sobre
uma série de outros aspectos da
humanidade, como auxiliar na pro-
dução de vitamina D pelo nosso cor-
po e ter sua energia convertida em
eletricidade.
• Em seguida, retome as ideias lista-
das na lousa e peça aos alunos que
identifiquem as que se relacionam
com algum tipo de orientação geo-
gráfica ou espacial e diga a eles que
esse será o assunto de estudo da
Imagem do Sol, obtida
unidade.
pela sonda espacial
SOHO, em 1999.

115

56 PM g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 115 1/17/18 7:56 PM

Conectando ideias
1. Espera-se que os alunos digam que esse astro é fundamental para a ocorrência de vida
na Terra, pois além de propiciar as temperaturas adequadas à vida, é essencial para a
fotossíntese.
2. Espera-se que os alunos respondam que recebemos sua luz diretamente durante o dia.
3. Espera-se que os alunos respondam que o Sol influencia na temperatura dos ambientes da
Terra, é essencial para que as plantas, que utilizamos como alimento, produzam seu próprio
alimento, além de influenciar em diversas atividades que realizamos em nosso cotidiano.
Além disso, os movimentos da Terra em relação ao Sol contribui para a marcação do tempo,
como no caso do desenvolvimento de calendários.

115

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 115 1/18/18 6:03 PM


Objetivos
• Reconhecer que a posição do Sol
e de outros astros no céu pode
ser uma referência para a orien- 1 Orientação pelo Sol
10
tação na Terra.
Renato estava procurando a localização da nova residência de uma amiga,
• Aprender a se orientar tomando a
mas ele não conhecia o bairro e resolveu utilizar o aparelho de GPS (Sistema de
posição do Sol como referência.
Posicionamento Global) para se orientar ao longo do trajeto, o aparelho avisava
• Relacionar a posição dos astros
quando era necessário mudar a direção.
no céu com o desenvolvimento
de calendários e instrumentos de
medida de tempo.
• Associar a ocorrência dos dias e
das noites ao movimento de rota-
ção da Terra.

Ideias para compartilhar


Rua
Madri

Roma

• A abordagem da página pode ser

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
Paris

Busca Menu

iniciada pela questão desse boxe,


para verificar o que os alunos já sa-
bem a respeito de orientação e que
soluções utilizam para se localizar.

ARTISTICCO/SHUTTERSTOCK
• Os alunos podem responder que
para se orientar quando precisam
ir a um local desconhecido, eles
utilizam um mapa do local, infor-
mam-se com pessoas que possam Renato dirigindo até a casa de sua amiga.
conhecer o local ou utilizam GPS.
• Se possível, leve os alunos até a 1. Qual equipamento enviado ao espaço
sala de informática da escola e auxilia a localização dos aparelhos GPS
agrupe-os em duplas em cada na superfície da Terra? O que você faz para se
computador para procurarem orientar quando precisa
orientações de localizações que 2. Se Renato não tivesse o aparelho de GPS ir a um local cujo
caminho não conhece?
não conhecem. Podem buscar para se localizar, o que ele poderia fazer
orientação para pontos turísticos para encontrar o caminho da casa de sua
de seu interesse, por exemplo. amiga? Espera-se que os alunos respondam que ele poderia utilizar um mapa
ou ir perguntando para as pessoas que encontrasse no caminho.
Renato utilizou um aparelho GPS, que utiliza dados provenientes de satélites
• Se possível, providencie para este de navegação enviados ao espaço, para se localizar na superfície da Terra. Os
momento da aula um mapa da ci- dados enviados pelos satélites, no espaço, são detectados pelos receptores
dade onde se localiza a escola e um encontrados na superfície da Terra, como o aparelho utilizado por Renato.
dispositivo que utilize o GPS (um te-
Há outras maneiras de se orientar, como mapas, ou perguntando a outras
lefone celular ou mesmo um aparelho
pessoas ao longo do caminho. Também é possível identificar as direções dos
de GPS). Uma alternativa é levar um
pontos cardeais observando a posição aparente do Sol no céu.
mapa físico ou projetar os mapas dis- 1. Espera-se que os alunos respondam que o aparelho de GPS utiliza sinais
poníveis em sites na internet. 116 provenientes dos satélites artificiais de navegação lançados ao espaço.
• Após explorar o conteúdo da pági-
na, simule com os alunos algumas
orientações utilizando o GPS e o g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 116 1/17/18 7:56 PM g19
• Ao finalizar o trabalho com essa página, pergunte aos alunos se eles sabem como se orientar
mapa físico para localizar o mesmo
com base na posição aparente do Sol. Pergunte, também, se eles conhecem outra forma de se
trajeto. Você pode pedir aos alunos
orientar utilizando outros astros como referência. É possível que eles se lembrem de mencionar
que proponham destinos que costu-
a constelação Cruzeiro do Sul, estudada em anos anteriores.
mam frequentar, como uma escola
de dança, um cinema ou um parque
da cidade. Compare a estrutura das
duas ferramentas, como a forma de
representação das ruas, ícones que
indicam locais de prestação de ser-
viços, presença ou ausência da rosa
dos ventos, etc.

116

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 116 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• Ao identificar os pontos cardeais
*Estimule os alunos a expor suas ideias e anote-as na lousa. com base nos registros das diferen-
NA PRÁTICA Verifique se alguma das respostas relaciona a posição aparente tes posições relativas do Sol durante
do Sol aos pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste).
o dia, o aluno está desenvolvendo a
• Como você faria para se orientar a partir do Sol? Lembre-se de que proposta da habilidade EF04CI09 da
não devemos olhar diretamente para esse astro. * BNCC.
Para investigar a possibilidade de localizar, MATERIAL
aproximadamente, os pontos cardeais utilizando • Antes de realizar a atividade propos-
apenas o corpo e a localização do Sol, realize a • giz branco, para marcar
ta, escolha o local onde ela será re-
os pontos de referência
atividade a seguir. alizada e, durante alguns dias antes,
verifique se é possível identificar a
Essa atividade
direção onde o Sol nasce e se põe.
deve ser realizada no
Dependendo do horário das aulas,
pátio da escola ou em
pode ser que nenhum dos dois even-
outro local aberto. tos esteja ocorrendo. Portanto, você
Localize em que pode pedir aos alunos que procurem
direção o Sol surge observar o nascer e/ou o pôr do sol e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

no horizonte ao anotar locais de referência.


amanhecer e aponte-a • É possível realizar a atividade mesmo
com o braço direito. em sala de aula. Oriente os alunos
Estenda o braço quanto à direção do nascer do sol,

THAMIRES PAREDES
esquerdo na direção assim é possível marcar os outros
em que o Sol se põe pontos cardeais.
no horizonte, ao • Explique que a marcação dos pon-
entardecer. Menino apontando, aproximadamente, para a direção Leste e Oeste. tos de referência é chamada Rosa
dos Ventos, a qual indica os pontos
Peça a um colega que, com giz, marque as direções em que seus braços
cardeais.
apontam. Peça também que indique os pontos à frente e atrás do seu corpo.
• A atividade exige identificação dos
Depois observe como ficaram os pontos de referência marcados no chão.
Respostas das questões nas orientações para o professor. lados direito e esquerdo. Aproveite
este momento para trabalhar a late-
a. Conhecendo apenas a direção do nascer do Sol, é possível que uma
ralidade dos alunos.
pessoa consiga se orientar, de forma aproximada?
• Se possível, retorne ao local de tra-
b. Qual é a importância de conseguirmos nos orientar e nos localizar? balho, com os alunos, em outro horá-
rio, para que eles observem também
que a posição do Sol mudou ao lon-
Existem diferentes maneiras de se orientar. Elas têm em comum o fato de go de algumas horas.
depender de uma referência. Na atividade acima, você encontrou,
aproximadamente, os pontos cardeais, baseando-se na posição aparente do Sol Respostas
ao longo do dia, ou seja, a referência conhecida é o Sol.
a. Espera-se que os alunos respon-
A direção em que podemos ver o Sol ao amanhecer é, aproximadamente, o dam que sim, pois com base nessa
Leste; onde ele se posiciona ao se pôr é, aproximadamente, o Oeste; a direção à referência, é possível descobrir al-
frente é, aproximadamente, o Norte e, atrás, é, aproximadamente, o Sul. gumas direções.
117 b. Resposta pessoal. O objetivo da
questão é que os alunos percebam
a importância da orientação e lo-
calização no cotidiano quando, por
56 PM g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 117 1/17/18 7:56 PM
exemplo, utilizam alguma forma de
• EF04CI09: Identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relati-
referência para chegar a algum lu-
vas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).
gar, como uma rua, uma estrada,
entre outros.

117

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 117 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• Nessa página é explorada a valori-
zação dos conhecimentos historica- Durante a história da humanidade, a observação dos astros foi muito
mente construídos para entender a importante para a realização de diversas tarefas, principalmente as relacionadas a
realidade, conforme orienta a Com- orientação e marcação do tempo.
petência geral 1 da BNCC. Na época das grandes navegações,

LUKE DODD/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK


• A associação da periodicidade dos entre os séculos 15 e início do século 17,
movimentos dos astros à construção para explorar áreas distantes, era
de calendários de diferentes culturas preciso viajar grandes trajetos,
é a proposta para o desenvolvimento geralmente utilizando embarcações em
da habilidade EF04CI11 da BNCC. mar aberto. Para isso, os navegadores
precisavam se orientar para saber aonde
• Inicie a abordagem desta página estavam indo e, em seguida, voltar para
perguntando aos alunos como eles a mesma localidade.
imaginam que os povos antigos se A observação das estrelas foi
localizavam ou marcavam a passa- fundamental para que os navegadores
gem do tempo. Ouça as respostas. se orientassem em suas viagens.
Se julgar interessante, registre as

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
Observando as posições dos
ideias-chave na lousa.
astros no céu, alguns estudiosos
• Explique aos alunos que a constela- imaginavam figuras no céu, as quais
ção Cruzeiro do Sul ajuda na locali- deram o nome de constelações.
zação da direção Sul do planeta. Ela
Uma constelação visível no céu
é visível na maior parte do hemisfé-
do Brasil é a do Cruzeiro do Sul. Veja
rio Sul.
ao lado. Constelação Cruzeiro do Sul.
• Você pode explicar aos alunos como
utilizar o Cruzeiro do Sul para localizar Com o desenvolvimento da
a direção Sul. Para saber como, con- bússola, esse instrumento passou a ser
sulte o texto disponível em: <http:// utilizado pelos navegadores para se
www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/ orientar. Seu funcionamento baseia-
sys/start.htm?infoid=800&sid=3>. -se no campo magnético da Terra,
Acesso em: 12 jan. 2018. indicando as orientações por meio dos
• Se possível, promova uma visita ao pontos cardeais.
planetário mais próximo da escola. Além da orientação, o

ONURDONGEL/ISTOCK
PHOTO/GETTY IMAGES
Organize a visita antecipadamente, posicionamento dos astros auxiliava
solicitando o consentimento da dire- diversas atividades cotidianas das
ção e da coordenação da escola. Ve- comunidades, como o plantio, a colheita
rifique como será o transporte. Soli- e a pesca.
cite antecipadamente a autorização O calendário dos povos indígenas
dos pais ou dos responsáveis pelos
brasileiros, por exemplo, estava
alunos para a visita. Agende com
relacionado ao Sol, à Lua e às
antecedência a visita ao planetário,
constelações. Eles determinavam as
solicitando o profissional que vai Bússola. A parte pintada da agulha
estações do ano de acordo com a indica, aproximadamente, a direção
acompanhá-los. Caso não seja pos-
posição aparente do Sol no céu. Norte.
sível a visita presencial, pesquise em
sites de busca planetários virtuais e 118
leve os alunos à sala de informática
da escola, que deve ter acesso à in-
ternet para que os alunos possam ver g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 118 1/17/18 7:56 PM g19
as imagens desses sites. • Diga aos alunos que a bússola será abordada mais adiante nessa unidade. A bússola é um ins-
trumento de orientação inventado pelos chineses e se baseia nos polos magnéticos da Terra, que
são próximos, mas não coincidentes, dos polos geográficos.

• Competência geral 1: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre


o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fe-
nômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e
naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária.
• EF04CI11: Associar os movimentos cíclicos da Lua e da Terra a períodos de tempo regulares e
ao uso desse conhecimento para a construção de calendários em diferentes culturas.

118

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 118 1/18/18 6:03 PM


Mais atividades
• Você pode ampliar a abordagem
*Espera-se que os alunos respondam que as sombras se
sobre o gnômon propondo que os
A luz e as sombras formam quando um material interrompe a passagem da
luz, ou seja, não permite que a luz o atravesse. alunos pesquisem diversos modelos
• Você sabe por que se formam as sombras? * construídos e usados em diferentes
Se você já observou a luz atravessando os galhos e as folhas de uma partes do mundo.
árvore, deve ter percebido que parte da luz não atravessa as folhas e os • Mostre aos alunos as imagens de
galhos, formando sombras. diferentes relógios de sol. O link a
seguir é do Museu de Topografia
FOTO VOYAGER/ISTOCK PHOTO/GETTY IMAGES

Prof. Laureano Ibrahim Chaffe, do


Departamento de Geodésia do Ins-
tituto de Geociências da UFRGS,
e apresenta diversos exemplos de
relógios de sol, alguns datados de
vários séculos atrás. Disponível
em: <http://www.ufrgs.br/igeo/m.
topografia/exposicoes/O_Relogio_
de_solnaHistoriadaHumanidade.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

pdf>. Acesso em: 12 jan. 2018.


• Aproveite para debater com os alu-
nos quais seriam os prováveis pontos
Luz solar atravessando galhos e folhas de algumas árvores. negativos do uso desse tipo de mar-
cador de horas, como: dias nublados,
As sombras se formam quando a luz encontra objetos opacos, ou seja, não ser possível visualizar as horas
que não permitem a passagem da luz. Com isso, forma-se uma região na qual durante a noite ou usar um gnômon
não há incidência direta de luz, ou seja, a sombra. dentro das residências, onde não há
incidência direta de luz solar.
• Questione os alunos se eles já viram
O Sol e o gnômon sombras, por que as sombras apa-
recem, por que são sempre escuras
Certamente você já deve ter notado que a sombra dos objetos ao Sol muda
e se eles já brincaram de fazer som-
de posição e de tamanho ao longo do dia. Isso ocorre porque a posição aparente bras que se assemelham a silhueta
do Sol muda ao longo do dia. de animais com as mãos. Se consi-
Essas propriedades da luz e a derar interessante e se for possível
EDSON GRANDISOLI/PULSAR IMAGENS

movimentação aparente do Sol ao escurecer a sala de aula, providencie


longo do dia auxiliaram os seres uma lanterna e forme sombras de si-
humanos a registrar a passagem do lhuetas de animais em uma parede
para que os alunos tentem identificar
tempo antes que os relógios, como
de qual animal é a silhueta. Procure
os que conhecemos atualmente,
em sites de busca algumas suges-
fossem desenvolvidos.
tões de como posicionar as mãos
para obter as sombras de silhuetas
Relógio de sol localizado no Espírito Santo, em de animais.
2014. O relógio de sol foi um dos instrumentos
desenvolvidos para marcar o tempo.
• Uma alternativa seria posicionar ob-
jetos ou formatos de objetos, ou ani-
119 mais recortados em uma cartolina,
para serem posicionados diante da
lanterna e formar a sombra na parede
56 PM g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 119 1/17/18 7:56 PM projetada.
• Explique aos alunos que fonte de luz é todo simples para sala de aula que o professor
• Levar os alunos ao ar livre para que
corpo que emite luz. Aquelas que têm luz pró- pode realizar com os alunos e complementar
eles observem a própria sombra se-
pria são chamadas corpo luminoso, como o os conteúdos contemplados no livro didático.
ria uma brincadeira interessante para
Sol, e os corpos que não têm luz própria e re- Deixe que os alunos manuseiem os livros e es-
mostrar que a luz não faz curva, ela
fletem a luz que recebe dos corpos luminosos colha, com eles, algumas das atividades para
se propaga em linha reta. Quando
são chamados corpos iluminados. realizarem.
existe um objeto que entra em seu
• Se possível, leve para a sala de aula os livros caminho, parte da luz será absorvida
da coleção Jovem Cientista Cores e Luz, da pelo objeto e parte será refletida por
Editora Globo. Esses livros trazem atividades ele, formando, assim, as sombras.

119

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 119 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• Ao abordar o cuaracyraangaba, ins-
trumento semelhante ao relógio de O Cuaracyraangaba
sol utilizado pelos povos indígenas
tupi-guarani para determinar os pon- Os povos indígenas Tupi-guarani utilizavam um instrumento semelhante ao
tos cardeais e o período do dia, e ao relógio de Sol, chamado cuaracyraangaba. Esse instrumento era constituído de
explorar a atividade proposta pela uma haste vertical fixada em uma superfície horizontal. A partir da posição da
professora de Ciências desenvolvida sombra, os indígenas determinavam os pontos cardeais e o período do dia.
nessa página e na página seguinte,
além da atividade posterior dessa
prática sugerida nas páginas 124 e A professora de Ciências de Amanda sugeriu à turma que montasse um
125, estará se desenvolvendo a ha- gnômon, para identificar a posição aparente do Sol no céu com o passar do
bilidade EF04CI09 da BNCC. tempo. Com o gnômon poderiam fazer um relógio de sol.
• Ao valorizar os saberes dos povos in- Para isso, a professora colocou um cabo de vassoura fixado no interior de
dígenas tupi-guarani e relacioná-los uma lata e posicionou o aparato no centro do pátio da escola, em um local que
com os saberes de outras civiliza- recebe luz solar diretamente.
ções reconhecendo a semelhança,
desenvolve-se a Competência geral

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
6 da BNCC.

• Pergunte aos alunos por que era im-


portante para os povos indígenas
determinar os pontos cardeais e
o tempo ao longo do dia. Pergunte
se eles imaginam que esses povos
ainda utilizam instrumentos como o
relógio de sol. Se julgar interessante, Professora de Amanda montando o gnômon com os alunos da turma.
peça a eles que façam uma pesquisa
a respeito. A cada hora, a professora pediu a uma dupla de alunos que fosse ao pátio.
• Ao trabalhar as etapas ilustradas
nesta página, pergunte aos alunos Amanda e Artur, por favor,
se eles imaginam do que se trata a vão ao pátio e façam um
atividade e o que a professora soli- traço no local da sombra do
citará a seguir. Se possível, realize a cabo de vassoura.
atividade com seus alunos, ajustan-
do o horário de registro aos horários

ILUSTRAÇÕES: THAMIRES PAREDES


de sua aula. As orientações para
execução dessa atividade constam
na seção Investigar e compartilhar
das páginas 124 e 125.

Amanda e Artur marcando uma das posições da sombra do gnômon.

3. A que horas a professora pediu a Amanda e Artur que fossem ao pátio?


Espera-se que os alunos respondam que eram 8 horas da manhã.
120

g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 120 1/17/18 7:56 PM g19

• Competência geral 6: Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se


de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo
do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social,
com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
• EF04CI09: Identificar os pontos cardeais, com base no registro de diferentes posições relati-
vas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).

120

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 120 1/18/18 6:03 PM


Atitude legal
• Converse com os alunos sobre
No dia seguinte, Amanda, a professora e a importância do uso de prote-
seus colegas retornaram ao pátio para observar Proteja-se dos raios solares. tor solar para evitar manchas na
Utilize protetor solar diariamente.
o relógio de sol. pele, queimaduras e até mesmo,
em longo prazo, câncer de pele.
• Caso opte por reproduzir a ati-
Agora vocês vão formar as mesmas vidade com seus alunos, peça a
duplas e escrever as horas na frente eles que tragam um protetor solar
de cada indicação que fizeram de casa e reserve um momento
ontem. A sombra está sobre a para explicar como deve ser apli-
indicação feita por Amanda e Artur. cado no corpo; leia com eles as
São 8 horas da manhã. principais informações do rótulo
e peça que apliquem o protetor
antes de sair ao pátio, conforme o
tempo de antecedência indicado
na embalagem.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

Resposta
5. Espera-se que os alunos respon-
dam que não, pois, com o passar
Professora de Amanda observando o relógio de sol com os alunos da turma.
do tempo, por causa do movimen-
No outro dia, eles retornaram para o pátio. to de rotação da Terra, o Sol estará
em outra posição aparente no céu
e, consequentemente, a posição
da sombra da vareta será outra.

Que horas
são agora?
ILUSTRAÇÕES: THAMIRES PAREDES

Professora de Amanda observando o relógio de sol com os alunos da turma.

4. O que os alunos devem responder à professora?


Espera-se que os alunos respondam que são 9 horas da manhã.
5. Às 15 horas a sombra estará na mesma posição? Por quê?
Resposta desta questão nas orientações para o professor.
121

121
Destaques da BNCC
• Ao interpretar o esquema artístico
do sistema solar para compreender
o texto e responder à questão oral,
Sistema Solar
o aluno utiliza conhecimentos da lin-
No Universo existem muitos astros, como a Terra, o Sol e a Lua. A Terra
guagem artística para se expressar e
gira em torno de uma estrela chamada Sol. Além da Terra, outros sete planetas
partilhar informações que levem ao
giram em torno do Sol.
entendimento, conforme sugere a
Competência geral 4 da BNCC. O Sol e os oito planetas que giram ao seu redor são alguns componentes
do Sistema Solar. Veja no esquema uma representação do Sistema Solar com
o Sol e os planetas.
• Ao abordar a imagem que representa
o sistema solar, explique aos alunos

RWARNICK/ISTOCK PHOTO/GETTY IMAGES


que se trata de uma representação,
Urano
sendo que as dimensões dos plane- Netuno
tas, suas posições e as distâncias
entre eles não necessariamente cor- Júpiter

respondem à realidade.
Terra

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
Acompanhando a aprendizagem
Mercúrio
• A Astronomia é um assunto que cos-
Saturno
tuma gerar muita curiosidade nos
alunos e, não raro, eles já trazem Marte
diversas informações para a sala de
Sol
aula. Além disso, nos anos anteriores Vênus
eles já devem ter estudado alguns
assuntos sobre o Universo. Aprovei-
te o conteúdo do boxe complemen-
tar para fazer um levantamento dos
conhecimentos prévios dos alunos.
A seguir estão algumas sugestões de
perguntas que podem ser realizadas
para este fim: Representação do Sistema Solar.

.Quais são os astros que vocês Mercúrio cerca de 4 879 km de diâmetro. Júpiter cerca de 142 984 km de diâmetro.
conhecem?
.O que vocês sabem sobre o Sol? Vênus cerca de 12 103 km de diâmetro.
Terra cerca de 12 756,8 km de diâmetro.
Saturno cerca de 115 200 km de diâmetro.
Urano cerca de 51 118 km de diâmetro.
Sobre a Lua? Sobre o planeta Terra?
.Quantos e quais planetas giram ao
Marte cerca de 6 790 km de diâmetro. Netuno cerca de 24 746 km de diâmetro.

redor do Sol? Os astros que emitem luz própria, como o Sol, são chamados astros
.Qual é o nome do sistema em que se luminosos. Já os que não emitem luz própria, como os planetas, são
encontram o Sol e esses planetas? chamados astros iluminados.
.O que são astros luminosos? E as- • Qual é o planeta do Sistema Solar mais próximo do Sol? E qual é o
tros iluminados? planeta mais distante do Sol? Espera-se que os alunos respondam que o
.O Sol é um astro luminoso ou ilumi- planeta mais próximo do Sol é Mercúrio e que o
mais distante do Sol é Netuno.
nado? Por quê? E a Lua? E a Terra? 122
• Outras perguntas podem ser acres-
centadas ou as sugestões podem
ser adaptadas, conforme sua per- g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 122 1/17/18 7:56 PM g19

cepção do conhecimento dos alunos • Competência geral 4: Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou ver-
a respeito do assunto. bo‐visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e
• Caso identifique lacunas ou erros digital para expressar‐se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em dife-
conceituais que já poderiam ser de rentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
domínio dos alunos, aproveite para
rever e reforçar tais conceitos.

122

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 122 1/18/18 6:03 PM


• Leve para a sala de aula um globo
terrestre e utilize-o para mostrar aos
alunos a inclinação da Terra e de-
Os dias e as noites e o movimento aparente do Sol no céu ocorrem por causa monstrar o movimento de rotação.
do movimento de rotação da Terra, no qual o planeta Terra gira ao redor de um • Explique aos alunos que a Terra des-
eixo imaginário, denominado eixo de rotação. Veja o esquema abaixo.
creve uma rotação em torno do seu
Na parte da Terra que recebe eixo, inclinado 23,5 graus em relação
incidência direta da luz solar é dia. ao seu plano orbital. Essa inclinação
é um dos fatores responsáveis pela
ocorrência das estações do ano du-
Na parte da rante a órbita em torno do Sol.
Terra Terra que • O plano orbital é o plano no qual um
Sol
não recebe
luz solar objeto orbita ao redor de outro. Por
HELOÍSA PINTARELLI

eixo de diretamente exemplo, o da Terra é o plano que


rotação da é noite.
contém a órbita do nosso planeta ao
Terra
redor do Sol.
Representação do movimento de rotação da Terra.
• Utilizamos o tempo de 24 horas para
6. Quanto tempo a Terra leva para dar uma volta completa ao redor de seu eixo? marcar um dia completo, mas o mo-
Espera-se que os alunos respondam que a Terra leva cerca de 24 horas para dar vimento de rotação dura, mais corre-
uma volta completa ao redor de seu eixo.
tamente, 23 h 56 min 4 s. Esse mo-
*Espera-se que os alunos analisem a representação do vimento ocorre de Oeste para Leste
NA PRÁTICA movimento de rotação da Terra acima e, com base nele,
percebam que nos países do continente asiático será noite.
– atente-se para girar o globo corre-
tamente (sentido anti-horário). Você
• Quando é dia no Brasil, em países do continente asiático, como o Japão, pode saber mais sobre o dia solar e o
é dia ou noite? * dia sideral no link a seguir do Institu-
Você pode representar a ocorrência dos dias e das noites realizando a to Nacional de Pesquisas Espaciais
atividade a seguir. (Inpe) sobre introdução à Astronomia
e Astrofísica. Disponível em: <http://
MATERIAIS
ES

www.das.inpe.br/ciaa /cd/HTML /
D
PARE

• globo terrestre dia_a_dia/1_4_1.htm> Acesso em:


IRES
THAM

12 jan. 2018.
• lanterna
• Comente com os alunos que 24 ho-
Posicione o globo terrestre ras é a marcação de 1 dia terrestre,
sobre uma mesa. Apague a luz que é usado como referência para
da sala e aponte a lanterna para entendermos a duração de “1 dia”
onde o Brasil está posicionado. nos outros planetas do sistema so-
lar. Cada planeta tem uma rotação
Peça a um colega que gire própria, que pode ser mais rápida ou
lentamente o globo terrestre, no mais lenta do que a da Terra.
Representação do movimento de rotação da
sentido anti-horário. Terra, utilizando um globo terrestre e lanterna. • Providencie com antecedência os
materiais indicados para realizar a
a. O que a lanterna acesa representa? E o globo terrestre? Espera-se que os
alunos respondam que a lanterna acesa representa o Sol e o globo terrestre, a Terra. atividade da seção Na prática. Certi-
b. O que a parte não iluminada do globo terrestre representa? E a parte fique-se de que a lanterna forneça luz
iluminada? Espera-se que os alunos respondam que a parte sombreada suficiente para iluminar uma metade
representa a parte do planeta em que é noite. A parte iluminada representa a
do globo terrestre.
parte do planeta em que é dia.
123 • Uma sugestão é fixar bonequinhos
de brinquedo (ou qualquer objeto
pequeno) nos locais do globo terres-
56 PM g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 123 1/17/18 7:56 PM
tre indicados na atividade, para que,
Mais atividades mesmo a certa distância, os alunos
consigam enxergar o ponto que está
• Reproduza para os alunos ou leve-os ao laboratório de informática da escola para visualizarem
sendo analisado.
a animação “De Onde Vem o Dia e a Noite”, da série De Onde Vem?, com a personagem Kika. O
• Além dos pontos indicados nessa
vídeo inclui, além da rotação, a explicação da translação e a ocorrência do ano. Para isso, pes-
quise em um site de busca na internet. seção, permita que os alunos esco-
lham pontos diferentes do globo para
analisar a ocorrência dos dias e das
noites.

123

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 123 1/18/18 6:03 PM


Objetivos
• Construir um relógio de sol.
• Investigar a influência do movi-
mento de rotação da Terra na mu-
INVESTIGAR E COMPARTILHAR
dança da posição das sombras. Respostas destas questões nas orientações para o professor.
• O que ocorre com as sombras dos objetos que recebem luz solar
diretamente ao longo do dia?
Destaques da BNCC
• O que é necessário para que se forme a sombra de um objeto?
• Essa atividade prática permite exer-
citar a curiosidade intelectual e re- MATERIAIS
correr à abordagem própria das Tenha cuidado ao manusear o palito
ciências, incluindo a investigação, • pedaço quadrado de papelão • régua de churrasco.
com 20 centímetros de lado • relógio Permaneça exposto à luz solar somente
a reflexão e a análise crítica, para
investigar causas e elaborar e tes- • 1 palito de churrasco • lápis
o tempo necessário para fazer cada
marcação e utilize protetor solar.
tar hipóteses com base nos conhe- • massa de modelar
cimentos das diferentes áreas. Isso
desenvolve a Competência geral 2
da BNCC.
A Fixe o palito em pé, no centro do papelão. Para fixá-lo, utilize
massa de modelar.

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


• Antes de realizar a atividade sugeri-
da, providencie o material necessá-
rio e descubra um local onde o reló-
gio poderá ser deixado e que receba
luz solar durante todo o dia.
• O relógio de sol é um dos instrumen-
tos astronômicos mais antigos de que
se tem conhecimento. Existem rela-
tos de que teria surgido no Egito ou na
Mesopotâmia em 3000 a.C. e existem
evidências de que chineses, maias,
incas e astecas também desenvolve-
ram instrumentos semelhantes. Ao
observar a sombra ao longo do dia
no relógio de sol, os astrônomos ve-
rificaram que a sombra era maior du-
rante o amanhecer e que mudava de Imagem referente à etapa A.
direção e tamanho no decorrer do
dia. Quando a sombra aparecia mais
curta, percebiam que a parte clara
estava dividida em duas metades.
B No início da manhã, coloque o Deixe o relógio de sol em um
Assim, denominaram esse instante aparato em um local que receba local em que não haja trânsito
de pessoas nem de animais e
de meio-dia, que representava a li- incidência direta da luz solar,
que receba luz solar o dia todo.
nha mediana. Os astrônomos perce- durante o dia todo.
beram que o Sol nasce de um lado e
se põe em outro. Onde o Sol nasce 124
foi chamado de Leste e o lado opos-
to, de Oeste. Por meio da observa-
ção do tamanho da sombra, eles
g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 124 1/17/18 7:56 PM g19
conseguiram chegar às definições
• Competência geral 2: Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
das estações do ano. Eles chama-
ram de inverno a estação em que a ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
sombra do meio-dia era mais longa e para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar
de verão, a sombra do meio-dia mais soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
curta. Portanto, o relógio de sol auxi-
liou os estudos do tempo, dos pon-
tos cardeais e das estações do ano.

124

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 124 1/18/18 6:03 PM


• Você pode fazer as perguntas 1 a 3
aos alunos antes da realização da
atividade, para instigá-los a levan-
tar hipóteses sobre o resultado da
C Com o lápis e a régua, trace uma reta no local em que a sombra do
palito esteja projetada e anote o horário.
atividade e aproveitar para verificar
a assimilação dos conhecimentos

JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


adquiridos até o momento. Depois
da atividade, refaça as perguntas e
peça aos alunos que avaliem se esta-
vam corretos sobre suas propostas
e/ou como poderiam reformular suas
ideias de acordo com o que observa-
ram e estudaram.

Saberes integrados
• O trabalho de construção de um reló-
gio de sol alia os conhecimentos das
disciplinas de Ciências e Matemáti-
ca, uma vez que envolve o estudo do
movimento aparente do Sol, resul-
tante da rotação terrestre, medidas
de comprimento e uso de régua para
Imagem referente à etapa C.
traçar retas e análise de medidas de
tempo.

Durante o dia todo, de hora em hora, enquanto houver incidência da luz


D solar, trace no papelão uma linha sobre a sombra projetada pelo palito
anotando a hora sobre a linha. Respostas
Quando você terminar de fazer as marcações das horas, seu relógio de • A sombra muda de posição ao longo
E sol estará pronto para ser utilizado. Para isso, ele deverá ficar no mesmo
local e na mesma posição em que estava quando você fez as marcações.
do dia.
• É necessária a incidência de luz.
1. Espera-se que os alunos respon-
REGISTRE O QUE OBSERVOU dam que o relógio de sol depende
da sombra projetada pela luz do
1. Por que é necessário que o relógio de sol permaneça em um local que sol.
receba luz solar diretamente?
2. Espera-se que os alunos respon-
2. Por que a sombra está em posições diferentes com o passar das horas? dam que é porque o Sol, aparente-
mente, muda de posição ao longo
3. Por que é preciso manter o relógio de sol no mesmo local e na mesma do dia, consequentemente, sua
posição em que foram realizadas as medições? sombra também.
3. Espera-se que os alunos respon-
4. O que você pode concluir com essa atividade? dam que é para ter um referencial.
5. Converse com seus colegas sobre a atividade e os resultados obtidos. 4. Espera-se que os alunos respon-
Compare seus resultados com os resultados de seus colegas. dam que é possível concluir que a
luz do sol se propaga em linha reta e
125 quando chega ao palito, não o atra-
vessa, formando uma sombra. Com
esse instrumento é possível estabe-
lecer o horário, aproximadamente.
56 PM g19_4pmc_lt_u4_p114a125.indd 125 1/17/18 7:56 PM

5. Resposta pessoal.

125

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 125 1/18/18 6:03 PM


• Caso os alunos apresentem dificul-
dade na resolução da atividade 1
item c, leve-os para o pátio e posi-
cio ne alguns alunos conforme as
crianças da ilustração para que pos-
ATIVIDADES
sam observar e chegar à conclusão 1. Na cena abaixo, a projeção da sombra de uma criança está na posição
correta. incorreta.
• Ao abordar a atividade 2, utilize um Raul Gustavo
globo terrestre e uma fonte de luz
para representar o que a ilustração
está mostrando. Não os utilize antes Isabela
de os alunos responderem à pergun-
ta, mas sim se apresentarem dificul-
Poliana
dades ou no momento da verificação
das respostas. Convide os alunos a
realizar os movimentos do globo e a

MÁRCIO GUERRA
localizar os pontos indicados.

Crianças no pátio da escola, ao final das aulas.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
a. Qual é o nome da criança cuja sombra está projetada na posição incorreta?
Espera-se que os alunos respondam que é Gustavo.

b. Qual é a fonte de luz que projetou a sombra das crianças?


Espera-se que os alunos respondam que é o Sol.

c. Converse com os colegas sobre a posição correta da projeção da sombra da


criança que você indicou no item a.
Espera-se que os alunos respondam que a sombra de Gustavo deveria estar projetada
na mesma direção que a sombra das outras crianças.

2. Na aula de Ciências, o professor de


Joaquim colocou um globo terrestre
sobre a mesa, perto de uma lâmpada
acesa. Em seguida, ele girou o globo
terrestre, no sentido mostrado na
imagem ao lado.
a. O que essa atividade representa?
Espera-se que os alunos respondam

MÁRCIO GUERRA
que essa atividade representa o
movimento de rotação da Terra. Experimento realizado por Joaquim e seu
professor.

126

g19_4pmc_lt_u4_p126a137.indd 126 1/17/18 7:28 PM

126

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 126 1/18/18 6:03 PM


Ler e compreender
• Letra de música é uma construção
textual intencional, por meio da qual se
transmite uma mensagem, muitas ve-
zes, por meio da linguagem figurada.
Antes da leitura
• Questione aos alunos se eles conhe-
cem a letra da música apresentada
ou outra letra de música que tenha
uma mensagem semelhante sobre
movimento.
• Se julgar conveniente, comente com
os alunos sobre a autora da letra da
música, Sheila Cantuária, e a canto-
ra da música, Bia Bedran. Mais infor-
mações sobre a cantora e a letra da
música na íntegra podem ser encon-
tradas ao acessar o link que está no
crédito da música.
Durante a leitura
• Auxilie os alunos na interpretação do
trecho da letra da música e a identificar
o nome do movimento que completa
corretamente a canção. Questione os
alunos sobre o movimento que a Terra
realiza girando ao redor de si mesma.
Se necessário, oriente os alunos a gri-
far com lápis no livro as palavras da
música que os ajudarão a encontrar o
nome do movimento.
• Se possível, apresente aos alunos
toda a letra da música e não apenas
o trecho presente no livro. Para isso,
acesse o link indicado no crédito da
música. Também seria interessante
conseguir a mídia da música e repro-
duzi-la para os alunos ouvir.
• Ao responder à questão proposta,
auxilie os alunos a concluir que é a
ocorrência dos dias e das noites. Se
necessário, relembre as atividades
que foram realizadas explorando esse
movimento, como a seção Na prática
da página 123 e o conteúdo dessa ati-
vidade e da atividade 2 da página 126.
Depois da leitura
• Comente com os alunos sobre qual
28 PM
característica do movimento foi iden-
tificada na letra da música para res-
ponderem. Espera-se que os alunos
identifiquem que é girar em torno de
si mesma.
• Caso trabalhe com os alunos toda a
letra da música, questione-os sobre
as características descritas no texto
que se referem ao outro movimento
descrito na letra da música e qual é
esse movimento.

127

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 127 1/18/18 6:03 PM


Objetivos
• Conhecer informações sobre
outros equipamentos que foram
desenvolvidos para marcação da
CIDADÃO
passagem do tempo. DO MUNDO
• Conhecer o funcionamento de
cada um desses equipamentos Outros instrumentos
e a época em que foram desen-
para medir o tempo

LEANDRO MISE/ALAMY/FOTOARENA
volvidos seguindo uma linha do relógios mecânicos
Ao visitar a igreja matriz da cidade de relógio de sol
tempo.
Tiradentes, em Minas Gerais, João Paulo
ficou curioso com os relógios que viu.
Destaques da BNCC
Em frente à igreja há um relógio de sol
• A evolução dos diferentes instru- e em cada torre há um relógio mecânico.
mentos de medição do tempo refle-
A marcação da passagem do tempo,
te a construção dos conhecimentos
como as horas do dia e os dias do ano, é
pela humanidade ao longo do tem-
feita há muito tempo e, para isso, diversos
po, permitindo trabalhar a Compe-
equipamentos foram desenvolvidos ao

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
tência geral 1 da BNCC, descrita
anteriormente. longo da história até chegar nos relógios Igreja matriz de Santo Antônio, localizada em
que conhecemos atualmente. Tiradentes, Minas Gerais, em 2010.

• Entender sobre a evolução dos re- Século 30 a.C. Século 15 a.C.


lógios e de como ela acompanhou a Acredita-se que os primeiros relógios Registros indicam que os egípcios utilizavam
evolução tecnológica na humanida- de sol tenham sido utilizados pelos a clepsidra, ou relógio de água, em cerca de
Babilônios e eram feitos de apenas um 1500 a.C. Esse relógio era constituído de
de é fundamental. Sobre isso, leia o bastão fixado no solo. Depois, diversos dois recipientes, semelhantes a baldes com
texto a seguir. povos desenvolveram relógios de sol furos na base, por onde a água escorria.
que podiam indicar as horas, os dias e Marcações nos baldes indicavam quanto
[...] os meses. tempo havia se passado.

Registros indicam que foram

DE AGOSTINI PICTURE LIBRARY/G.


NIMATALLAH/BRIDGEMAN IMAGES/
FOTOARENA - MUSEU DA ÁGORA,
ATENAS, GRÉCIA
ALY BABA/SHUTTERSTOCK

os egípcios e parte dos povos


da Ásia ocidental quem primei-
ro dividiram o dia em 24 horas.
O mais antigo instrumento para
marcar as horas foi o “Relógio
de Sol”[...].
A história dos relógios acom-
panha, efetivamente, a própria
história da civilização. Inician- Relógio de sol. Parte de uma clepsidra.
do-se por volta de 5 000 anos

DIPALI S/SHUTTERSTOCK
passados, registra a evolução Século 3
do homem em seu progresso
A ampulheta foi criada no século 3, em cerca
através dos tempos até os nos- de 250 d.C.. Ela é constituída de dois
sos dias. Iniciada há pouco mais recipientes de vidro ligados por um orifício,
de um século, a industrialização pelo qual a areia passa de um recipiente para
dos relógios é relativamente re- o outro. Para reiniciar a contagem do tempo, a
cente. Na atualidade é uma das ampulheta deve ser virada manualmente.
indústrias mais evoluídas do Ampulheta.
nosso planeta, sendo produzi- 128
dos em todo o mundo milhões
de unidades anualmente. Isto,
sem dúvida, porque a medição
do tempo foi, é e certamente g19_4pmc_lt_u4_p126a137.indd 128
• Ao trabalhar com os diferentes medidores de tempo ao longo da história, faça com que os alunos
1/17/18 7:28 PM g19

continuará a ser uma preocupa-


reflitam sobre a variedade de materiais e técnicas utilizadas. Cada instrumento reflete os saberes
ção permanente.
de determinada época. Na explicação de cada um deles, estimule os alunos a pensar quais eram
[...]
as vantagens e desvantagens de usá-los, tanto individualmente quanto comparativamente com
Os Relógios e sua Evolução. BRASIL. os instrumentos que vieram antes e depois na linha do tempo.
Ministério da Ciência e Tecnologia. Disponível
em: <http://pcdsh01.on.br/histrelog1.htm>.
Acesso em: 12 jan. 2018.

128

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 128 1/18/18 6:03 PM


• Nem todos os instrumentos apresen-
tados marcam a hora. Alguns apenas
indicam a passagem do tempo. Mas
Um dos problemas que estimularam a procura por novas formas de medir a o que é o tempo? Leia o texto a seguir
passagem do tempo foi o fato de os relógios de sol não funcionarem no período para uma reflexão.
da noite nem em dias nublados. Além disso, houve a necessidade de valores mais
precisos, o que levou ao desenvolvimento de novas tecnologias. [...]
O tempo continua tendo mis-
térios para a humanidade e ain-

ANDY CRAWFORD/ DORLING


KINDRESLEY/GETTY IMAGES
Século 9 da é assunto de debate entre os
O relógio de vela era utilizado para marcar
filósofos e entre os cientistas.
a passagem do tempo e iluminar os A dificuldade de Santo Agos-
ambientes à noite. As marcações na vela tinho e tantos outros filósofos
separavam o tempo de uma em uma hora. para definir o tempo, na verda-
de, também existe na definição
do espaço, pois ambos são con-
Relógio de vela.
ceitos adquiridos por vivência,
e que em ciência são identifica-
dos como conceitos primitivos.
Século 14 Século 15
Na ciência a aceitação de um
Os primeiros relógios mecânicos Por volta do ano de 1500 foi
conceito primitivo o torna real.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

surgiram no século 14 e fabricado o primeiro relógio


funcionavam com uma portátil, que ficou conhecido Assim, embora sem definir o
BURUN 2003/SHUTTERSTOCK

associação de roldanas posteriormente como relógio tempo em poucas palavras, a ci-


e contrapesos. Nos de bolso. ência moderna identifica as
séculos seguintes os suas características e realiza

NADY GINZBURG/
SHUTTERSTOCK
relógios mecânicos medidas relativas ao tempo.
foram aperfeiçoados.
A ciência tem se preocupado
com várias indagações sobre o
Relógio mecânico tempo, algumas que são feitas
de parede. Relógio
também pelos filósofos: se o
de bolso.
tempo é absoluto, se é finito ou
infinito, por que ocorre somen-
te numa direção, e até se seria
possível “viajar” no tempo.
Século 20
JOHN KASAWA/SHUTTERSTOCK

[...]
No século 20, com o Atualmente
desenvolvimento da E afinal, o que é o tempo? CEPA – Centro de
eletrônica, foram Foram desenvolvidos os Ensino e Pesquisa Aplicada. Disponível em:
desenvolvidos os relógios atômicos. Esse <http://www.cepa.if.usp.br/e-fisica/mecanica/
primeiros relógios digitais. tipo de relógio é mais curioso/cap03/cap3framebaixo.php>.
preciso do que os relógios Acesso em: 12 jan. 2018.
digitais.
Relógio de pulso digital.

1. Comente sobre a importância da marcação da passagem do


tempo em horas, dias, meses e anos.
2. Qual é a importância do desenvolvimento de relógios cada vez
mais precisos?

129

28 PM g19_4pmc_lt_u4_p126a137.indd 129 1/17/18 7:28 PM


Respostas
1. Espera-se que os alunos respondam que os ciclos de passagem do tempo influenciam as
nossas atividades, precisamos saber das estações do ano para plantar e colher, por exemplo.
Atividades como estudar, trabalhar, dormir também são organizadas de acordo com as horas
do dia.
2. O objetivo dessa questão é que os alunos percebam que são importantes a pesquisa e o de-
senvolvimento de novas tecnologias visando a melhoria da qualidade de vida de todos. Instru-
mentos mais precisos são essenciais para reduzir incertezas em diversas atividades que o ser
humano realiza, como muitas competições esportivas. Quanto mais preciso for o instrumento
de medida de tempo, melhor será a determinação das classificações dos competidores.

129

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 129 1/18/18 6:03 PM


Objetivos
• Compreender que a observação
dos astros orientava as ativida-
des de povos indígenas. 1 Orientação pela Lua
11
• Conhecer os nomes que a Lua
Como vimos, a observação da posição

SONAL SACHAN/SHUTTERSTOCK
recebe em quatro momentos do
aparente do Sol no céu era utilizada para
seu ciclo, de acordo com a por-
marcar a passagem do tempo. Também
ção de sua parte iluminada que é
estudamos que a observação das estrelas no
vista da superfície terrestre.
céu noturno auxiliou muitos navegadores a
• Entender que o ciclo da Lua é di-
se orientar.
vidido em dois períodos.
• Relacionar o ciclo da Lua com a
Outro astro muito utilizado para
contagem do tempo.
orientação é a Lua. Lua cheia, vista da superfície da Terra.

• Associar a observação de astros Os povos indígenas tupi-guarani, por exemplo, associavam os fenômenos da
à elaboração dos calendários. natureza à religiosidade. Para alguns indígenas, o Sol era do sexo masculino e
tinha uma irmã mais jovem, Jaci, que é a Lua. Enquanto o Sol era utilizado para
medir a passagem do dia, o aparecimento da Lua ajudava a medir a passagem do
Destaques da BNCC mês. Para os Tupi-guarani, duas aparições consecutivas de uma mesma fase da
Lua determinavam a ocorrência de um mês.
• O trabalho com as páginas 130 e 131
Os indígenas observavam a aparência da Lua
permite a valorização do conheci-
mento historicamente construído
antes de sair para caçar. Nas noites em que estava
para compreender e explicar a rea- visível no céu apenas uma porção da parte
lidade, de acordo com a orientação iluminada da Lua, os animais demoravam a sair de
da Competência 1 da BNCC, des- suas tocas; já quando ela estava inteiramente
crita anteriormente. Além disso, os visível, os animais saíam mais cedo e a noite era
conteúdos abordados nessas pági- mais clara. Assim, eles optavam por noites de
nas favorecem o desenvolvimento maior claridade para procurar seu alimento, pois os
da Competência geral 6 da BNCC, animais estavam fora de seus abrigos.
descrita anteriormente, ao estimular a
valorização e o respeito à diversidade
de saberes e vivências culturais.

• Antes de iniciar a abordagem dessas


páginas, pergunte aos alunos o que
eles sabem sobre a influência dos
astros nas atividades de diferentes
civilizações e se conhecem alguma
história que relate essas crenças.
• Converse com os alunos sobre a im-
portância de conhecer mitos e len-
das para entender como os povos
antigos interpretavam a natureza e
os fenômenos naturais, em busca de
explicações para compreender a ori- 130
gem e o funcionamento do mundo.
Explique que, hoje, muitas dessas
histórias nos parecem fantasiosas,
mas que elas surgiram em tempos
g19_4pmc_lt_u4_p126a137.indd 130
• Solicite aos alunos que pesquisem livros com .Quais atividades dos indígenas estavam rela- 1/17/18 7:28 PM g19

histórias e lendas de povos indígenas relacio- cionadas com os diferentes momentos do


onde pouco ou nada se conhecia
nados à observação dos astros. Promova um ciclo da Lua?
ou se podia provar cientificamente e
foram importantes na busca por res-
momento para os alunos contarem essas his- .Por que vocês imaginam que os indígenas e
tórias e compartilharem com os colegas. outras civilizações temiam os eclipses, asso-
postas para explicar os fenômenos
naturais ao longo da história. Além • Ao finalizar a abordagem, faça uma breve revi- ciando-os a possíveis riscos que o mundo
disso, conhecer mitos e lendas nos são, com os alunos, dos principais pontos levan- corria?
tados. Para isso, faça a eles perguntas como:
.Quais astros eram utilizados pelos indígenas
ajudam a entender como viviam as
sociedades antigas: quais eram seus
costumes, suas crenças, o modo para medir a passagem do tempo? Como
como se organizavam, etc. eles faziam essa contagem?

130

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 130 1/18/18 6:03 PM


Os indígenas

KAJ R. SVENSSON/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK


também perceberam que
o formato da Lua no céu
influenciava as marés,
fato hoje comprovado
cientificamente. Esse
conhecimento auxiliava
na escolha dos dias de
pesca.
As noites em que a
Lua não era visível no
céu eram escolhidas
para plantar. Lua registrada em Vancouver, no Canadá, em 2015.

Não há muitos registros escritos sobre os conhecimentos


astronômicos dos povos indígenas brasileiros, mas sabe-se que os
astros guiavam muitas atividades nas aldeias.
Além disso, os conhecimentos eram partilhados nas aldeias.
Os mais velhos contavam histórias e mitos para os mais jovens, o
que ajudou a compartilhar e propagar sua cultura e suas tradições.

Representação de um
indígena idoso compartilhando
os conhecimentos com os
mais novos.
THAMIRES PAREDES

131

28 PM g19_4pmc_lt_u4_p126a137.indd 131 1/17/18 7:29 PM

Mais atividades
• Sugira uma atividade preparatória para o mesmo horário da noite e do mesmo lugar. • No dia planejado para estudar o ciclo da Lua
estudo deste tema. Com um mês de ante- Oriente-os a solicitar a ajuda de um adul- e a passagem do tempo, peça que tragam o
cedência, providencie e entregue aos alunos to, caso precisem observar fora de casa. calendário com os registros e utilize-o para
um calendário com os dias e as semanas do Eles deverão desenhar a Lua tal qual a ob- discutir sobre a mudança constante do for-
período selecionado, deixando um espaço servam. Caso a noite esteja nublada ou a mato da Lua aos nossos olhos e relacioná-
em branco em cada quadro relativo aos dias. visualização do astro não seja possível, os -lo à marcação das semanas.
• Peça aos que alunos observem a Lua todos alunos devem fazer uma breve anotação
os dias daquele mês, preferencialmente no sobre isso.

131

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 131 1/18/18 6:03 PM


• Providencie alguns calendários e
leve para a sala de aula para mostrar
aos alunos diferentes representa-
ções do ciclo da Lua. Um calendário Ciclo da Lua
lunar atualizado pode ser encontrado
nos sites indicados nos links a seguir: Ao consultar o calendário para verificar o dia da semana em que deveria
.Astronomia no Zênite. Disponível em: entregar seu trabalho escolar, Fabiana notou que em alguns desses dias havia
<http://www.zenite.nu/calendario- desenhos da Lua com formatos diferentes.
lunar/>. Acesso em 12 de jan de 2018.
.MoonConnection.com, site em in-
glês. Disponível em: <http://www.
m o o n c o n n e c t i o n .c o m /m o o n _
phases_calendar.phtml>. Neste caso,
ajuste o calendário para o hemisfério
Sul. Acesso em: 12 jan. 2018.
.Datas de mudança dos diferentes
momentos do ciclo da Lua de 2011 a
2020 podem ser encontradas no site
do Instituto de Astronomia, Geofísica

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
e Ciências Atmosféricas do Departa-
mento de Astronomia da USP. Dis-
ponível em: <http://www.iag.usp.br/
astronomia/datas-de-mudanca-
das-fases-da-lua>. Acesso em: 12
jan. 2018.

LISLLEY GOMES FEIGE


• Ao abordar a questão 1, explique aos
alunos que, embora normalmente
esteja representada no calendário
apenas a mudança de um dos mo- Fabiana consultando um calendário.
mentos do ciclo da Lua, a forma
como vemos a Lua muda um pouco
a cada dia. 1. A Lua apresenta o mesmo formato todos os dias?
Espera-se que os alunos respondam que não.
• Diga aos alunos que, no sistema so- 2. O que os desenhos da Lua indicados no calendário representam?
lar, nem Mercúrio nem Vênus apre-
A Lua é o satélite natural da Terra. Dessa forma, ela é um astro iluminado que
sentam satélites naturais. Seguem
as quantidades de luas de cada
gira ao redor da Terra. A claridade que vemos na Lua é o reflexo da luz solar que
planeta do sistema solar. Dados incide nela.
de acordo com a Nasa, disponíveis A Lua demora cerca de 27 dias para dar uma volta completa em torno da
em: <https://solarsystem.nasa.gov/ Terra. Durante esse período, da superfície da Terra, observamos a Lua
planets/solarsystem/sats>. Acesso aparentemente com diferentes formatos. O que observamos da superfície da Terra
em: 12 jan. 2018. são diferentes porções da parte iluminada da Lua, ao longo de seu ciclo.
Mercúrio 0 Júpiter 69 Em quatro momentos de seu ciclo, de acordo com o formato com que ela é
Vênus 0 Saturno 61 vista a partir da superfície terrestre, a Lua recebe determinados nomes: lua nova,
Terra 1 Urano 27 quarto crescente, lua cheia e quarto minguante.
2. Espera-se que os alunos respondam que indicam o formato aparente da Lua em
Marte 2 Netuno 14 132 quatro momentos de seu ciclo.

g19_4pmc_lt_u4_p126a137.indd 132 1/17/18 7:29 PM g19

Mais atividades Saberes integrados


• Pergunte aos alunos o que mais eles sabem sobre a Lua ou quais • O estudo dos momentos do ciclo da Lua e a denominação desses
curiosidades gostariam de saber sobre ela. Peça a cada aluno que momentos podem ser aliados ao estudo das frações, em Matemáti-
pesquise uma informação interessante sobre o astro e que a tragam ca. Estamos sempre olhando para apenas uma metade da Lua, que
na próxima aula para compartilhar com os colegas. Você pode su- é praticamente uma calota esférica. Nos dias de quarto crescente
gerir que descubram qual é a distância entre a Terra e a Lua; por que ou quarto minguante, conseguimos enxergar apenas “metade da
ela tem crateras; como foi a viagem do homem à Lua, etc. metade” iluminada pelo Sol, ou seja, 1 da esfera.
4

132

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 132 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• Ao interpretar os esquemas de re-
As mudanças na aparência da Lua seguem um ciclo dividido em dois períodos: presentações artísticas sobre os
crescente e decrescente. períodos do ciclo lunar e os momen-
O período crescente ocorre da lua nova até a lua cheia. O período tos desse ciclo, o aluno faz uso de
decrescente ocorre da lua cheia até a lua nova. linguagem artística para produzir
sentido e o entendimento do conte-
údo, contribuindo para o desenvol-

KEITHY MOSTACHI
Lua nova Quarto crescente Lua cheia Quarto minguante Lua nova
vimento da Competência geral 4 da
BNCC, descrita anteriormente.

• As formas como enxergamos os mo-


mentos quarto crescente e quarto
O período crescente ocorre
O período decrescente ocorre
minguante do hemisfério Sul são in-
da lua nova até a lua cheia. vertidas em relação a quem está no
da lua cheia até a lua nova.
hemisfério Norte. Ao trabalhar qual-
A lua nova não é visível no céu noturno, pois nesse momento a face iluminada quer ilustração ou audiovisual sobre
pelo Sol não está voltada para a Terra. o tema, atente aos posicionamentos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

Veja a seguir as imagens da Lua que observamos da superfície da Terra, do observador aqui na Terra.
durante seu ciclo.

NASA

Imagens que apresentam como vemos a Lua da superfície da Terra durante o


ciclo lunar.

133

29 PM g19_4pmc_lt_u4_p126a137.indd 133 1/17/18 7:29 PM

133

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 133 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• A abordagem desta página permite
desenvolver a habilidade EF04CI11,
citada anteriormente, ao explicar
como os calendários foram construí-
dos com base na observação, por
civilizações antigas, do Sol e da Lua.
• Os conteúdos desenvolvidos nessa
página e na seguinte permitem de-
senvolver a Competência geral 1 da
BNCC, descrita anteriormente, ao
valorizar os conhecimentos histori-
camente construídos sobre o mundo
físico, social e cultural para entender
e explicar a realidade.

• Os nomes dos meses no calendário


romano, até agosto, derivam de no-
mes de deuses, festividades ou líde-
res romanos.

134

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 134 1/18/18 6:03 PM


• Leia o texto do artigo “O Segredo
dos Anos Bissextos” para entender
melhor a introdução de um dia a
mais em fevereiro e a denominação
“bissexto”. Disponível em: <http://
www2.uol.com.br/sciam/artigos/o_
s e g r e d o _ d o s _ a n o s _ b i s s ex to s .
html>. Acesso em: 12 jan. 2018.
• Para responder às questões 3 e 4,
oriente os alunos que consultem o
calendário do ano em vigência. Caso
não seja um ano bissexto, verifiquem
calendários dos anos anteriores para
identificar o que foi bissexto e calcu-
lem qual será o próximo.

135

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 135 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• A atividade 1 se relaciona à Com-
petência geral 1 da BNCC, descrita
anteriormente, pois coloca o aluno ATIVIDADES

LISLLEY GOMES FEIGE


na posição de explicar fatos e fe-
nômenos com base nos estudos 1. Em uma noite, Felipe observou a Lua e fez um
realizados. desenho para representar como ela a viu no céu.
Ele anotou também o dia e o horário em que fez a
observação.
• Disponibilize para os alunos um ca-
lendário que mostre as datas de iní- a. A Lua é um astro luminoso ou iluminado? Por quê?
cio dos momentos da Lua. Caso eles Espera-se que os alunos respondam que a Lua é um
tenham dificuldade em responder o
astro iluminado, pois não emite luz própria,
item d da atividade 1, permita que
consultem o material. apenas reflete a luz solar que incide sobre ela.
• Mais informações sobre a Lua po-
Desenho feito por Felipe.
dem ser obtidas no site do Departa-
mento de Astronomia e Astrofísica b. Qual é o nome que a Lua recebe no momento em que Felipe a observou?
da UFRGS, disponível em: <http://

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
astro.if.ufrgs.br>. Acesso em: 12 jan. Lua nova Quarto crescente
2018.
X Lua cheia Quarto minguante

c. Que características do desenho você observou para responder à questão do


item anterior?
Espera-se que os alunos respondam que foi o formato aparente da Lua.

d. Após cerca de quantos dias, aproximadamente, a Lua voltará a ter esse


formato? Justifique.
Espera-se que os alunos respondam que após cerca de 27 dias, pois esse é o
tempo aproximado que a Lua demora para dar uma volta completa ao redor da Terra.

2. Em uma noite sem nuvens, Lucas observou o céu, mas não conseguiu ver a
Lua.
a. Em que momento a Lua estava quando Lucas não a visualizou no céu?
Lua nova.

b. Por que nessa ocasião não podemos visualizar a Lua da Terra?


Porque durante a lua nova a face da Lua iluminada pelo Sol não pode ser vista da
Terra.

136

g19_4pmc_lt_u4_p126a137.indd 136 1/17/18 7:29 PM g19

136

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 136 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• A Competência geral 1 da BNCC,
3. Observe o céu em uma noite em que seja possível ver a Lua. Anote em uma descrita anteriormente, relaciona-
folha de papel o dia e o horário e faça um desenho para representar o formato -se à atividade 3 ao solicitar que o
da Lua nessa ocasião. Mostre para seus colegas o desenho que você fez. aluno observe a realidade e registre
Resposta desta questão nas orientações para o professor. o fenômeno que está sendo obser-
4. Observe a foto ao lado, que mostra a vado. Essa competência também é

NG IMAGES/ALAMY/FOTOARENA
superfície da Lua e algumas de suas trabalhada na atividade 4, pois so-
crateras. licita que o aluno observe a realida-
de e registre o fenômeno que está
• Pesquise em livros e na internet o que
sendo observado, e na atividade 5,
pode ter ocasionado essas crateras na
uma vez que o aluno precisa analisar
superfície da Lua.
e explicar o que está ocorrendo na
Espera-se que os alunos respondam que as experimentação.
crateras lunares podem ter sido formadas • A Competência geral 2 da BNCC,
citada anteriormente, relaciona-se à
pelo impacto de meteoros, ou outros
atividade 5, a qual requer que o aluno
fragmentos provenientes do espaço, contra a analise uma situação e elabore hipó-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

teses sobre ela.


superfície da Lua. Crateras na superfície da Lua.

5. Samuel realizou a seguinte atividade. • Realize com os alunos a investiga-


Ele colocou um pouco de argila em um ção prática descrita na atividade 5
recipiente, com uma camada de terra em Samuel e estimule-os a levantar hipóteses e
soltando uma
cima. Com uma colher, deixou a superfície bolinha sobre
a elaborar explicações a respeito do
lisa. Depois, colocou o recipiente no chão o solo. que estão prestes a observar. Após
e soltou uma bolinha de gude dentro do soltar a bolinha, pergunte aos alunos
pote, observando o que aconteceu. se a hipótese deles se confirmou.

a. O que aconteceu quando a bolinha


atingiu a superfície do solo que está no
LISLLEY GOMES FEIGE Resposta
recipiente? 3. Resposta pessoal. Verifique se os
registros feitos pelos alunos coinci-
Espera-se que os alunos respondam que a
dem com o momento em que a Lua
superfície ficou parcialmente deformada, se encontra no dia da observação.
Estimule os alunos a compartilhar
formando um pequeno buraco.
o desenho que produziram. Pro-
grame essa atividade para ser re-
alizada em uma noite em que a Lua
b. O efeito da atividade que Samuel realizou se parece com o que pode ser esteja nos momentos de lua cheia,
visto na foto da atividade 4? lua crescente ou lua minguante, e
que o céu esteja com boa visibili-
Espera-se que os alunos respondam que o impacto da bolinha forma uma cavidade
dade. Caso contrário, solicite outra
semelhante às crateras da Lua. data para execução da atividade.
O objetivo dessa atividade é pro-
mover uma observação direta com
137 registro por meio de desenho. Pos-
sivelmente os registros dos alunos
serão semelhantes, valorize as re-
29 PM g19_4pmc_lt_u4_p126a137.indd 137 1/17/18 7:29 PM
presentações deles. Diga aos alu-
nos que, se for necessário saírem
de suas residências para observa-
ção e registro da Lua, eles devem
solicitar o acompanhamento de um
adulto responsável.

137

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 137 1/18/18 6:03 PM


Objetivos
• Conhecer informações sobre a
bússola e o seu funcionamento.
• Conhecer informações sobre os
1 Instrumentos de orientação
12
ímãs, suas propriedades magnéti-
cas, suas forças de atração e de re- Observe a foto abaixo.
pulsão e sobre campo magnético.

ITAKDALEE/SHUTTERSTOCK
• Diferenciar ímãs naturais de ímãs
artificiais
• Compreender que a Terra possui
um campo magnético.

• Ao trabalhar a questão 1, permita que


os alunos falem livremente sobre suas
experiências, aproveite para detectar
a profundidade com que já conhecem Pessoa se
orientando.
o tema e delimitar o encaminhamento
com base nessas informações. 1. Além de um mapa, qual outro objeto a pessoa da fotografia acima está

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
• Explique aos alunos que uma agulha utilizando para se orientar? Espera-se que os alunos digam que a pessoa
está utilizando uma bússola.
imantada é aquela que possui pro-
priedades de ímã: as extremidades
2. Você já utilizou ou manuseou um objeto como esse? O que acontece
atraem ou repelem materiais que quando giramos esse objeto?
contenham ferro. A bússola é um instrumento de orientação que tem uma agulha imantada,
• Relembre a atividade realizada na a qual sofre a ação de um campo magnético, alinhando-se a ele.
página 117, em que os alunos lo- Quando não há outro campo magnético próximo à bússola, sua agulha sofre
calizaram os pontos cardeais com a ação do campo magnético do planeta Terra, alinhando-se a ele.
base na observação do movimen-
Como os polos magnéticos da Terra ficam próximos aos polos geográficos, a
to aparente do Sol. Comente sobre
agulha imantada indica uma direção próxima à norte-sul geográfica.
a importância de saber se orientar
corretamente, independentemente
Uma das extremidades da agulha imantada aponta na
do instrumento utilizado. direção aproximada do polo norte geográfico de
• Pergunte aos alunos em que situa- nosso planeta.
ções eles consideram necessário Para que a bússola indique corretamente o polo norte
utilizar instrumentos de orientação. geográfico do planeta, é importante que não exista
O.COM.BR

Espera-se que eles respondam que é outro campo magnético próximo a ela.
importante na busca por um local des-
K / K IN

conhecido (ou cujo caminho é desco-


JACE

nhecido), para a navegação (terrestre, Na bússola apresentada ao lado, o Norte


aérea, marítima), entre outros. é indicado pela letra N; o Leste, pela letra
L; o Oeste, pela letra O; e o Sul, pela letra
• Providencie uma bússola e leve-a S. Da mesma forma, NE indica o
para a sala de aula para mostrar aos Nordeste; SE indica o Sudeste; NO
indica o Noroeste; SO indica o Sudoeste.
alunos e ilustrar o tema que está sen-
Bússola.
do apresentado. Mostre a eles a agu-
lha, a marcação dos pontos cardeais 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comentem que, ao girarmos a
(e colaterais, se houver) e a marcação
138 bússola, a agulha fica na mesma posição.
dos graus. Caso a bússola utilizada
mostre as siglas dos pontos cardeais
e colaterais em inglês, esclareça es- g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 138 1/17/18 6:49 PM g19

sas informações aos alunos: Sigla em Inglês Ponto cardeal em inglês Ponto cardeal em português
N North Norte
E East Leste
W West Oeste
S South Sul
Sigla em Inglês Ponto colateral em inglês Ponto colateral em português
NE Northeast Nordeste
NW Northwest Noroeste
SE Southeast Sudeste
SW Southwest Sudoeste

138

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 138 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• As informações apresentadas nessa
As primeiras referências à bússola indicam página desenvolvem a Competên-

GRANGER/GLOW IMAGES
que ela foi desenvolvida e utilizada inicialmente cia geral 1 da BNCC, descrita ante-
pelos chineses. riormente, ao valorizar os conheci-
Porém, há cerca de 800 anos, a bússola mentos historicamente construídos
para entender e explicar a realidade.
foi introduzida na Europa pelos árabes,
Também desenvolve a habilidade
tornando-se um instrumento de orientação
EF04CI10 da BNCC, ao possibilitar
muito utilizado nas navegações.
a comparação entre os pontos car-
Bússola de navegação do século XVIII, deais resultantes da observação das
utilizada pelos portugueses. sombras de uma vara (gnômon) e por
meio de uma bússola.
árabe: indivíduo que nasceu ou que habita a península
Arábica, região compreendida entre o Golfo Pérsico e o
Mar Vermelho, no Sudoeste da Ásia, ou regiões vizinhas
• Explique aos alunos que árabe é o
indivíduo que nasceu ou que habita
Nas bússolas, podemos encontrar os pontos cardeais e os pontos auxiliares, a península Arábica, região compre-
também chamados pontos colaterais, que nos auxiliam a determinar as direções. endida entre o golfo Pérsico e o mar
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

O conjunto dessas marcações recebe o nome de rosa dos ventos. Veja. Vermelho no Sudoeste da Ásia ou re-
giões vizinhas. Utilize um planisfério
ou um globo terrestre para mostrar a
Pontos
região aos alunos.
COBALT 88/
SHUTTERSTOCK

auxiliares
• Peça aos alunos que comparem a
Pontos
cardeais Rosa dos Ventos ilustrada com o
(N) Norte
mostrador da bússola.
(NO) Noroeste • Aproveite e pergunte aos alunos em
(NE) Nordeste
que região geográfica do Brasil eles
moram. Se não souberem, utilize um
mapa do Brasil para localizar a cida-
de, o estado e, em seguida, a região
em que estão. Dê preferência para
(O) Oeste (L) Leste um mapa em que a Rosa dos Ventos
esteja bastante visível. Se julgar in-
teressante, faça a mesma atividade,
Rosa dos ventos agora localizando a cidade em rela-
em uma bússola.
ção ao estado e o bairro em relação
à cidade.
(SO) Sudoeste (SE) Sudeste

(S) Sul

3. Qual é a direção indicada entre o Norte e o Leste?


Espera-se que os alunos respondam que é o Nordeste.
4. Qual é a direção localizada entre o Sul e o Oeste?
Espera-se que os alunos respondam que é o Sudoeste.
139

49 PM g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 139 1/17/18 6:49 PM

Mais atividades
• Apresente aos alunos o vídeo do objeto educacional digital, disponível em: <http://
objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/17374>. Acesso em: 12 jan. 2018.
• Esse vídeo, além de apresentar um experimento que sugere a construção de uma bússola, ex-
plica o funcionamento desse objeto com base nos conceitos de magnetismo. Após assistirem
ao filme, oriente os alunos a relatar por escrito o que entenderam, estabelecendo relações com
o que estudaram.

• EF04CI10: Comparar e explicar as diferenças encontradas na indicação dos pontos cardeais


resultante da observação das sombras de uma vara (gnômon) e por meio de uma bússola.

139

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 139 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• As informações apresentadas nessa
página desenvolvem a Competência Para compreender melhor o funcionamento das bússolas, vamos estudar
geral 1 da BNCC, descrita anterior- algumas propriedades relacionadas ao magnetismo. Vamos iniciar com o estudo
mente, ao valorizar os conhecimen- dos ímãs.
tos historicamente construídos para
entender e explicar a realidade.
Ímãs 5. Resposta pessoal. O objetivo desta questão é que os alunos
expressem seus conhecimentos sobre ímãs e suas propriedades.
• Leve para a sala de aula um mapa-
-múndi e localize com os alunos a 5. Você já manuseou um ímã? O que você fez com ele?
Turquia. Os ímãs são materiais que têm a propriedade de atrair objetos feitos de
• Diga aos alunos que imantação é alguns tipos de metais. Essa propriedade é chamada magnetismo.
um processo pelo qual uma peça de
Há mais de dois mil anos, os gregos perceberam que
aço ou de ferro adquire propriedades
determinado tipo de rocha atraía pequenos pedaços de ferro.
magnéticas.
Essas rochas foram chamadas magnetita, por serem
• Diga aos alunos que repulsão é a for-
encontradas em grande quantidade na região da
ça que faz que determinados corpos
Magnésia, onde hoje é a Turquia. A magnetita é

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
ou partículas se afastem, e atração

MOHA EL-JAW/SHUTTERSTOCK
um ímã natural.
é a força que faz que determinados
corpos ou partículas se atraiam ou Os ímãs naturais são aqueles que têm
se unam. naturalmente as propriedades magnéticas.
• Diga aos alunos que os ímãs artifi- Além dos ímãs naturais, existem os ímãs
ciais podem apresentar diversas for- artificiais, produzidos pelo ser humano por
mas, tamanhos e utilidades. Se pos- meio da imantação de materiais, como
sível, leve para a sala de aula ímãs de o aço e o ferro. Magnetita.
diferentes formatos, como: de barra,
ferradura e cilindro, por exemplo. A força de atração e de repulsão dos ímãs
Jorge aproximou dois ímãs. Veja o que aconteceu.

A B
GABOR NEMES/KINO.COM.BR

GABOR NEMES/KINO.COM.BR
espuma
ímãs

ímãs
espuma

Nessa situação, Jorge percebeu que Nessa situação, Jorge percebeu que os
os ímãs se atraíram. Note que a ímãs se afastaram. Note que, ao tentar
espuma está contraída. aproximar, eles se repeliram, pois o
primeiro ímã empurrou o segundo, que,
por sua vez, pressionou a espuma.

140

g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 140 1/17/18 6:49 PM g19


• Se achar conveniente, comente com os alunos sobre uma aplicação prática do campo magné-
tico, o Maglev, que é um tipo de trem que funciona por levitação magnética, ou seja, os campos
magnéticos fazem o trem levitar. Como não há contato entre o trilho e o trem, a viagem ocorre de
forma suave e silenciosa. Esse tipo de trem pode ser encontrado no Japão, na Alemanha, entre
outros países.
• O termo maglev é a abreviação de magnetically levitated, que traduzido para a língua portuguesa
significa levitação magnética.

140

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 140 1/18/18 6:03 PM


• Providencie com antecedência vá-
rios ímãs para distribuir para os alu-
nos observarem se se atraem ou se
Os ímãs têm dois polos: o polo norte (N) e o polo sul (S). Observe. repelem, dependendo dos lados que
forem colocados próximos como
demonstrado na página. Reúna os
alunos em grupos e distribua dois
polo norte
N S polo sul
ímãs a cada grupo. Solicite a eles que
aproximem os polos dos ímãs e rela-
tem o que perceberam. Em seguida,
Representação de um ímã. peça-lhes que invertam a posição
de um dos ímãs e verifiquem o que
Quando aproximamos dois ímãs, pode ocorrer uma força de atração ou de acontece.
repulsão entre eles. Esse fato depende dos polos das extremidades que se • Com essa atividade será possível
aproximam. identificar se os polos dos ímãs são
iguais ou contrários e perceber a for-
Quando o polo norte de um ímã é aproximado do polo sul de outro, surge
ça de atração e de repulsão entre eles.
uma força de atração entre eles.
• Veja se eles percebem que, quan-
do os polos contrários de um ímã
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

se aproximam, surge uma força de


atração entre os ímãs e que, quando
os polos iguais se aproximam, surge
N S N S uma força de repulsão entre os ímãs.
• Peça aos alunos que pesquisem, em
Representação da força de atração entre dois ímãs.
suas casas, onde o ímã é utilizado.
Alguns locais podem ser mais fáceis
Quando o polo norte de um ímã é aproximado do polo norte de outro, surge de encontrar, como ímãs de geladei-
uma força de repulsão entre eles. O mesmo ocorre quando o polo sul de um ímã é ra, painel de fotos, organizadores ou
aproximado do polo sul de outro. fecho de bolsas; outros podem estar
ocultos, como em alguns brinque-
dos, caixas de som.

S N N S
ILUSTRAÇÕES:

MOSTACHI
KEITHY

N S S N
Representação da força de repulsão entre dois ímãs.

Se um ímã for dividido em dois ou mais pedaços, cada um desses pedaços


terá os polos norte e sul.
141

49 PM g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 141 1/17/18 6:49 PM

141

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 141 1/18/18 6:03 PM


• Diga aos alunos que limalhas de fer-
ro são partículas que se desprendem
do ferro quando ele é limado, des-
gastado. Campo magnético
• A atividade prática tem como objeti-
Na página 138, ao explicar o funcionamento de uma bússola, foi citado o
vo mostrar aos alunos o campo mag-
termo campo magnético. Agora você estudará mais sobre os campos magnéticos.
nético existente ao redor de um ímã.
Para realizar essa atividade, você Ao redor dos ímãs, forma-se uma região na qual o magnetismo atua. Essa
deverá cortar a palha de aço em pe- região é chamada campo magnético.
daços bem pequenos. Não permita Se espalharmos limalha de ferro ao redor de um ímã, o campo magnético
que os alunos manuseiem a palha de desse ímã atrairá as partículas de ferro, criando uma imagem semelhante à
aço; eles deverão apenas observar
apresentada abaixo.
a realização da atividade sugerida.

COLEMATT/ISTOCK PHOTOS/GETTY IMAGES


Diga-lhes que tenham cuidado para A disposição das limalhas de ferro
imã ao redor do ímã mostra o campo
não aspirar os pedaços de palha de
magnético formado por esse ímã.
aço nem colocar as mãos nos olhos
Observe que nos polos do ímã o
e na boca. Após o término da ativi-
poder de atração é mais intenso.
dade, os alunos terão que lavar bem
as mãos.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
• Caso os resultados obtidos não se- Campo magnético de um ímã,
representado pelas limalhas de ferro.
jam satisfatórios, verifique algumas
das possíveis causas. Entre elas po-
demos citar a presença de umidade
na palha de aço ou a interferência de- NA PRÁTICA *Resposta pessoal. Os alunos podem responder que
poderiam espalhar limalha de ferro próximo a um ímã.
vido a outro campo magnético próxi-
mo ao experimento. • Como você faria para observar o campo magnético de um ímã?*
Para investigar o campo magnético de um ímã, realize a atividade a seguir.
a. Espera-se que os alunos respondam que os pedaços de palha
MATERIAIS de aço se posicionaram de acordo com o campo magnético do
ímã. Com isso, representaram esse campo magnético.
• palha de aço • folha de papel branca
• um ímã • tesoura com pontas arredondadas

Com a tesoura, corte a palha de aço em pedaços bem pequenos e


espalhe-os sobre a folha de papel.
Coloque um ímã embaixo da folha e observe o que acontece.

Durante a realização desta atividade, tenha cuidado para não


aspirar os pedaços de palha de aço e não coloque as mãos nos
olhos nem na boca. Em seguida, lave bem suas mãos.

a. O que aconteceu quando você colocou o ímã embaixo da folha com os


pedaços de palha de aço?
b. Por que isso aconteceu? Converse com seus colegas.
Espera-se que os alunos respondam que ao redor do ímã forma-se uma região
onde ocorrem os efeitos magnéticos, que atraíram os pedaços de palha de aço.
142

g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 142 1/17/18 6:49 PM g19

Mais atividades
• Demonstre aos alunos por que os cartões que • Se necessário, obtenha o pó de ferro lixando
utilizamos para pagar contas, por exemplo, algum objeto ferroso (um prego, por exemplo)
são chamados de magnéticos. Para isso, se- com lixa fina. Despeje o pó de ferro sobre o
pare os seguintes materiais: cartão, de forma a cobrir a tarja magnética.
Retire o excesso de pó do cartão, dando ba-
• 1 cartão magnético sem uso
tidinhas nele. As linhas do código de barras
• pó de ferro
imantado da tarja magnética ficarão visíveis,
• 1 recipiente para o pó de ferro pois o pó de ferro ficará aderido a eles.

142

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 142 1/18/18 6:03 PM


• Explique aos alunos a diferença en-
tre polos geográficos e polos mag-
néticos. Para isso acesse o site do
Magnetismo terrestre Departamento de Astronomia do
Instituto de Física da UFRGS. Polo
Sul geográfico e magnético. Disponí-
vel em: <http://astro.if.ufrgs.br/polo.
NA PRÁTICA b. Espera-se que os alunos respondam que isso ocorre
porque a Terra funciona como um grande ímã, orientando
htm>. Acesso em: 12 jan. 2018.
o ímã suspenso na direção norte-sul magnética da Terra. • Providencie um ímã em forma de
A Terra funciona como um grande ímã, e próximo aos polos geográficos, barra e a linha para realizar com os
Norte e Sul, encontram-se os polos magnéticos da Terra. alunos em sala de aula a atividade
• Um ímã pode sofrer a influência da ação do campo magnético da Terra? proposta na seção Na prática.
Espera-se que os alunos respondam que sim.
Para investigar a influência do campo magnético terrestre em um ímã,
realize a atividade a seguir.

MATERIAIS
• ímã em forma de barra • pedaço de linha bem fina
a. Espera-se que os alunos respondam que o ímã permanece
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

sempre na mesma posição enquanto todo o corpo gira.


Em uma das pontas da
linha amarre o ímã e marque
uma de suas extremidades
com um lápis.
Segure o ímã de forma
que fique pendurado e gire
lentamente seu corpo.
Observe o que ocorre
com o ímã.
a. Quando você se
movimentou, o que
aconteceu com o ímã?
LISLLEY GOMES FEIGE

b. Por que o ímã


permanece sempre na
mesma posição?
Imagem referente à montagem da atividade prática.

Ao realizar a atividade prática anterior, você deve ter notado que o ímã não
mudou de posição enquanto você girava seu corpo. Isso ocorreu por causa do
campo magnético da Terra. A Terra tem um campo magnético, como se existisse
um grande ímã em seu interior.
É esse campo magnético que atua na agulha das bússolas, possibilitando seu
funcionamento.
143

49 PM g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 143 1/17/18 6:49 PM

143

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 143 1/18/18 6:03 PM


Ler e compreender
• Poema é um gênero textual apresen-
tado em parágrafos, pode ter tama-
nho variável e geralmente apresenta
forma de versos e estrofes com rima
e ritmo.
Antes da leitura
• Questione aos alunos se pelo título
do poema que aparece no crédito
eles imaginam algumas informa-
ções que podem estar presentes no
poema.
• Se julgar conveniente, comente com
os alunos sobre a autora do poema,
Maria Augusta Camargo Schimidt,
que mora em Campinas e é profes-
sora e autora de histórias infantis.
Durante a leitura
• Peça aos alunos que leia o poema
com ritmo e prestem atenção às
rimas.
• Durante a leitura do trecho desta-
cado, comente com os alunos que
a atração que a agulha da bússola
sofre é dos polos magnéticos terres-
tres. O polo Norte da agulha iman-
tada é atraído pelo polo Sul magné-
tico da Terra, e o polo Sul da agulha
imantada é atraído pelo polo Norte
magnético da Terra.
Depois da leitura
• Solicite aos alunos que elaborem um
poema abordando algum dos assun-
tos estudados nessa unidade. Peça
aos alunos que leiam os poemas que
elaboraram para os demais colegas
da sala de aula ou promova uma ex-
posição em um mural dos poemas
dos alunos.

g19
Resposta
3. O objetivo da atividade 3 é que os alunos formulem hipóteses e compartilhem com os colegas.
Uma das formas de resgatar a moeda é amarrar um ímã em um barbante e descê-lo pelo ralo
até atrair a moeda. Depois é só puxar e retirar a moeda do ralo.

144

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 144 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• Ao solicitar que o aluno explique
4. Elaine montou o seguinte brinquedo. fatos com base nos estudos reali-
Em uma varinha de zados, a atividade 4 se relaciona à
madeira, Elaine amarrou Competência geral 1 da BNCC, des-
um pedaço de barbante.
crita anteriormente. Essa atividade
também se relaciona à Competência
Na ponta do geral 2 da BNCC, também citada an-
barbante, ela
teriormente, ao requerer que o aluno
amarrou um ímã.
analise uma situação e elabore hipó-
teses sobre ela.

• Se achar conveniente e interessante,


Em um recipiente providencie os materiais necessá-
SAULO NUNES

com água, Elaine rios e construa com os alunos o brin-


colocou peixinhos
de EVA. quedo descrito na atividade 4. Para
isso, providencie papéis plastifica-
dos ou EVA recortados em formato
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

Brinquedo montado por Elaine. de peixinhos ou peça aos alunos que


recortem folhas de sulfite no formato
Ao utilizar o brinquedo, Elaine percebeu que nenhum peixinho de EVA foi desejado. Em seguida, fixe um clipe
atraído pelo ímã. em cada peixinho e coloque-o em
a. Por que o ímã não atraiu os peixinhos? uma bacia ou outro recipiente com
água. Para confeccionar a varinha de
Espera-se que os alunos respondam que é porque o ímã atrai objetos feitos de
pesca, providencie uma varinha de
alguns metais, e, como os peixinhos foram feitos com EVA, eles não foram madeira e amarre um pedaço de bar-
bante junto a esta. Na extremidade
atraídos pelo ímã.
do barbante, amarre um ímã.
b. Contorne os objetos que Elaine poderia ter colocado com os peixinhos para
que eles fossem atraídos pelo ímã.

NI
KO
SHUTTERSTOCK

L AY TOCK
UT TERS
K UL AJT/SH
ALENKADR/

ES
H IN
/S
HU
TT
ER
ST
OC
K

Agulha de costura. Borracha escolar. Tampas de garrafa.

D
AN
TO CK
HO STO
SHUTTERSTOCK

SHUTTERSTOCK

L P ER
AVE UT T
ALEX WHITE/

T R /S H
HEINZ TEH/

D R EO
VID

Clipe para papel. Peça de montar. Tampa de garrafa PET.

145

g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 145 1/17/18 6:49 PM

145

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 145 1/18/18 6:03 PM


• Realize com os alunos o procedi-
mento descrito na atividade 5. Para
isso, providencie um ímã e um objeto
de metal, como uma pequena barra. 5. Beatriz passou várias vezes um ímã sobre uma régua
Com os alunos, imante a barra de de metal, sempre no mesmo sentido, realizando um
metal, passando-a várias vezes so- processo chamado imantação.
bre o ímã, sempre no mesmo sentido. Em seguida, ela aproximou a régua de alguns clipes
ímã
Após imantar a barra de metal, apro- de metal e percebeu que eles foram atraídos pela
régua
xime-a de objetos metálicos. Caso régua.
não atinja os resultados esperados,

LISLLEY GOMES FEIGE


Beatriz passando um ímã em uma régua de metal.
verifique com os alunos as possíveis
causas. Geralmente, nesses casos, a
a. Identifique, marcando, com um X, outros objetos
barra pode ter sido friccionada insu-
que Beatriz poderia imantar.
ficientemente ou não foi passada no
mesmo sentido sobre o ímã.
• Se possível, demonstre a manuten- X UTTER
STOC
K
NO/SH
LENTI
BO VA
ção das propriedades magnéticas TE R ST
OC
K

HUT
AN/S
do ímã quebrado, como indicado na VAL
Z

atividade 6, quebrando um ímã em Alfinete.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
barra e aproximando os pedaços uns Pedaço de madeira.
dos outros para que se atraiam.

SHUTTERSTOCK
X

BORIS_DRECUN/
SHUTTERSTOCK

MEGA PIXEL/
Borracha
Pregos.
escolar.

b. Após alguns minutos, Beatriz aproximou novamente a régua de metal dos


clipes de metal e, dessa vez, eles não foram atraídos. Por que isso
aconteceu?
Espera-se que os alunos respondam que, ao imantar a régua de metal, Beatriz
obteve um ímã temporário, que perdeu suas propriedades magnéticas após
certo período de tempo.

6. Carlos estava brincando com um ímã e o deixou


cair. Veja ao lado o que aconteceu.
• Discuta com seus colegas se o ímã de Carlos
perdeu suas propriedades.
O objetivo da questão é que os alunos discutam as

LISLLEY GOMES FEIGE


propriedades magnéticas e percebam que, quando um
ímã se divide em dois ou mais, cada uma das partes
mantém tais propriedades, formando novos ímãs. Ímã de Carlos quebrado.

146

g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 146 1/17/18 6:49 PM g19

146

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 146 1/18/18 6:03 PM


• Caso ache interessante, reserve al-
gumas aulas para que os alunos
confeccionem seus próprios ímãs de
7. A mãe de Antônio fixa recados para ele,

JORGE A. RUSSEL/SHUTTERSTOCK
geladeira ou de mural de recados/
com ímãs, na porta da geladeira. fotos. Eles podem selecionar objetos
a. Por que é possível utilizar ímãs para ou imagens que representem sua per-
fixar os recados na porta da sonalidade ou gostos pessoais. Se na
sala de aula tiver um calendário mag-
geladeira?
nético, os ímãs podem conter a foto
Explique aos alunos que é porque a porta dos alunos e serem usados para mar-
da geladeira, geralmente, é feita de metal car as datas de aniversários de cada
Parte da porta de uma geladeira contendo um ou outras tarefas que sejam rea-
e é atraída pelo ímã. objetos com ímãs. lizadas por eles ao longo das aulas.
• Algumas sugestões de como con-
b. Se a porta da geladeira fosse de plástico, seria possível a mãe de Antônio
feccionar ímãs de geladeira podem
utilizar esses objetos?
ser encontradas no link sugerido
Espera-se que os alunos respondam que não, pois os ímãs só atraem outros ímãs a seguir, no qual há um tutorial so-
e alguns metais. bre confecção de ímãs utilizan-
do diferentes objetos e técnicas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.

c. Você utiliza ímãs em alguma situação do seu dia a dia? Troque ideias com Disponível em:
seus colegas. <https://pt.wikihow.com/
Fazer-Seus-Pr%C3%B3prios-
8. Rafaela aproximou dois ímãs, conforme a %C3%8Dm%C3%A3s-de-
ilustração ao lado, e percebeu que surgiu uma Geladeira>. Acesso em: 12 jan.
força de repulsão entre eles. 2018.
a. Por que isso ocorreu?
Espera-se que os alunos respondam que isso
ocorreu porque ela aproximou um polo de um
ímã ao mesmo polo do outro ímã.

SAULO NUNES

b. Desenhe, no espaço abaixo, um esquema


que representa a posição em que os ímãs
devem ficar para que isso não aconteça. Rafaela aproximando dois ímãs.

N S N S ou S N S N

7. c. Resposta pessoal. Os alunos podem citar fixar recados na geladeira, manter a


porta da geladeira ou do armário fechados, fixar fotos em um quadro de metal,
entre outras situações.

147

49 PM g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 147 1/17/18 6:49 PM

147

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 147 1/18/18 6:03 PM


Objetivos
• Construir uma bússola.
• Perceber a influência do campo
magnético terrestre.
INVESTIGAR E COMPARTILHAR
• Que instrumento usado pelo ser humano necessita do campo magnético da
Destaques da BNCC Terra para funcionar? Espera-se que os alunos respondam que é a bússola.
• A atividade permite trabalhar a Com- • Se você fosse construir uma bússola, qual material seria indispensável?
Espera-se que os alunos respondam que seria um metal
petência geral 2 da BNCC, descrita
imantado, para sofrer influência do campo magnético terrestre.
anteriormente, a qual requer que o MATERIAIS
aluno analise uma situação e elabore
e teste hipóteses, sobre ela antes da
• clipe de metal médio • tesoura com pontas
arredondadas Somente o adulto
experimentação e formule e resolva • vasilha plástica com água deve manusear a
problemas e invente soluções com • ímã permanente • alicate tesoura e o alicate.
base nos conhecimentos das dife- • folha de papel • régua
rentes áreas.

• Providencie o material necessário


para realizar a atividade sugerida,
que pode ser feita em grupos de alu-
A Recorte um quadrado de papel
com aproximadamente 8 cm
de lado.
nos. Auxilie-os a cortar o pedaço de
clipe e demonstre a forma correta de
imantá-lo. B Peça a um adulto que abra o
clipe de metal.

Peça ao adulto que corte um


C pedaço de 5 cm do clipe de
metal, com um alicate.

Imagem referente às etapas B e C.

D Passe, cerca de vinte vezes, o

FOTOS: JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


pedaço de clipe sobre um dos
polos do ímã para imantá-lo. O
clipe deve ser passado sempre
no mesmo sentido.

Depois de utilizado, o ímã


permanente deve ficar longe
de seu experimento.

Imagem referente à etapa D.

148

g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 148 1/17/18 6:49 PM g19

148

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 148 1/18/18 6:03 PM


Acompanhando a aprendizagem
• Você pode utilizar a atividade como
indicador da aprendizagem dos alu-
nos, uma vez que as perguntas pre-
E Com cuidado, coloque o
quadrado de papel no paratórias e o registro da observação
centro da vasilha com mobilizam os conceitos abordados
água, de modo que ele ao longo da unidade. Além disso, ao
flutue. realizar uma atividade como a suge-
rida, você pode verificar se os alunos
compreendem a estrutura protocolar
do roteiro: eles precisam se organi-
Imagem referente zar, se ajudar, seguir as orientações,
à etapa E.
levantar hipóteses, observar, regis-
trar e discutir os resultados.
• Converse com os alunos sobre as
questões iniciais de forma coletiva,
antes de iniciar a atividade. Registre

FOTOS: JOSÉ VITOR ELORZA/ASC IMAGENS


F Em seguida, coloque o
clipe aberto sobre o
as ideias apresentadas pelos alunos
na lousa.
papel e observe o que
acontece. • Leia o roteiro da atividade com os
alunos, verifique se eles têm alguma
dúvida sobre os procedimentos. Se
necessário, mostre-lhe como devem
realizar algumas das etapas ou como
manusear o material.
Imagem referente • Durante a atividade, observe se os
à etapa F.
alunos estão seguindo as orienta-
ções e agindo de forma colaborativa.
• Após a atividade, ao discutir com os
alunos sobre os resultados obser-
vados e suas conclusões a respeito
REGISTRE O QUE OBSERVOU deles, verifique se eles conseguem
1. O que representa o procedimento realizado no item D? expressar suas ideias de manei-
ra clara. Se necessário, ajude-os a
2. O que você observou após realizar o procedimento descrito no item F? Por organizá-las.
que isso aconteceu? • Identifique possíveis lacunas con-
3. Seria possível realizar essa atividade se o clipe de metal não fosse ceituais que possam ter ficado e, se
imantado? Por quê? for o caso, retome esses conceitos,
aliando a explicação à atividade.
4. Com qual objeto essa montagem se assemelha?
5. Para qual direção o clipe de metal apontou?
6. Converse com seus colegas sobre a atividade e os resultados obtidos.
Compare seus resultados com os de seus colegas.

149

49 PM g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 149 1/17/18 6:49 PM


Respostas iria se movimentar em razão da ação do
1. A imantação do material. campo magnético da Terra.

2. Espera-se que os alunos respondam que o 4. Espera-se que os alunos respondam que a
clipe e o papel começaram a girar e logo pa- montagem se assemelha a uma bússola.
raram em certa direção. Isso aconteceu por 5. Espera-se que os alunos respondam que
causa da ação do campo magnético da Terra o clipe de metal imantado indica a direção
sobre o clipe de metal imantado. Norte-Sul do campo magnético terrestre.
3. Espera-se que os alunos respondam que 6. Resposta pessoal.
não, pois, sem estar imantado, o clipe não

149

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 149 1/18/18 6:03 PM


Objetivos
• Compreender o funcionamento
da tecnologia do GPS.
• Reconhecer vantagem da utiliza-
CIDADÃO
ção dessa tecnologia. DO MUNDO
• Essa seção tem como objetivo de- GPS
senvolver o Tema contemporâneo
Ciência e tecnologia ao abordar a Melina, seu pai e sua
utilização de um instrumento de lo-
Pai! Mãe! Eu aprendi que podemos nos orientar usando mãe conversando em
um automóvel.
calização e orientação que usa tec- uma bússola para localizar os pontos cardeais. Mas esse
nologias diversas. aparelho do carro consegue mostrar nossa posição e o
• Pergunte aos alunos se eles já utiliza-
caminho que temos que seguir. Como ele funciona?
ram um GPS para se localizar e/ou se
orientar. Permita que eles exponham
suas experiências, digam quais
equipamentos utilizaram. Questione,
também, se eles sabem como fun-
ciona a tecnologia GPS.
• Leia a história em quadrinhos com os
alunos e verifique se eles possuem
alguma outra dúvida sobre o GPS.

Melina, esse é um aparelho


de navegação que calcula
nossa posição com a ajuda
de satélites.

ILUSTRAÇÕES: WERLLEN HOLANDA


Ele usa o Sistema de Posicionamento
Global ou GPS (sigla em inglês para Global
Positioning System), que é um sistema de
localização desenvolvido por cientistas
estadunidenses e que hoje pode
ser utilizado em todo o planeta.
Melina, seu pai e sua mãe conversando em um automóvel.

150

g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 150 1/17/18 6:49 PM g19

150

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 150 1/18/18 6:03 PM


Mais atividades
• Proponha uma atividade em que os
alunos precisem utilizar um GPS.
Apesar de conhecermos os aparelhos de Eles poderão usar aplicativos no tele-
navegação, como aparelhos de GPS, existem outros fone celular ou, se estiver disponível,
sistemas de localização, como o GLONASS, um aparelho GPS daqueles usados
desenvolvido pela Rússia, e o Galileo, desenvolvido em carros. Conforme for possível,
na Europa. Aparelhos de navegação podem utilizar planeje um percurso no bairro em
que se localiza a escola, indicando
dois ou mais sistemas ao mesmo tempo.
um ponto de partida, um de chegada
e pontos intermediários pelos quais
a turma precisará passar. Caso os
alunos usem telefone celular, será
O sistema GPS conta com necessário sinal de internet para que
cerca de 30 satélites. Para os aplicativos funcionem. Há aplica-
registrar a posição de um objeto, tivos que permitem fazer o download
são utilizados três ou quatro de um mapa preestabelecido e que
satélites ao mesmo tempo. As possa ser utilizado off-line.
informações são trocadas por • Acompanhe os alunos durante toda a
meio de ondas de rádio e, atividade. Não permita que circulem
atualmente, a precisão do sistema na rua sem acompanhamento de um
mostra a posição com uma adulto. Se for necessário, peça aju-
diferença máxima de 20 m em da a um funcionário da escola para
relação à posição real. acompanhar os alunos com você.

Resposta
• O objetivo dessa questão é que os
alunos percebam as várias situa-
ções em que essa tecnologia pode
ser empregada no cotidiano, desde
o uso em automóveis em que foi po-
pularizado, entre outras, como o mo-
Representação
esquemática, sem nitoramento de frotas de transporte
escala, do funcionamento de mercadorias, ambulâncias e heli-
do sistema GPS.
cópteros de salvamento, aplicações
topográficas, agricultura, guarda
• Cite alguns benefícios que florestal, sempre contribuindo para
os sistemas de localização facilitar a localização.
e navegação podem trazer
para o ser humano. Se
necessário, faça uma
W
ER
pesquisa sobre o assunto.
LL
EN
HO
LA
ND

151
A

49 PM g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 151 1/17/18 6:49 PM

151

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 151 1/18/18 6:03 PM


Destaques da BNCC
• A atividade proposta permite ao alu-
no utilizar tecnologias digitais de co-
municação e informação de maneira
PARA SABER FAZER
significativa na prática do cotidiano
escolar, para se comunicar, acessar Vídeo tutorial
e disseminar informações, produzir
conhecimentos e resolver proble- Atualmente, é comum encontrarmos vídeos que explicam o passo a passo
mas; essas são orientações pre- uma receita, como montar algum objeto ou realizar procedimentos relacionados a
sentes na Competência geral 5 da alguma tarefa. Esses tipos de vídeos são conhecidos como vídeos tutoriais.
BNCC, que poderão ser desenvol- Veja a seguir como fazer um vídeo tutorial explicando, passo a passo,
vidas com a realização da atividade como confeccionar um avião de papel.
sugerida nessa seção.
1 Antes de começar a filmar o vídeo Vídeo tutorial de como fazer um
• Essa atividade envolve o Tema con- tutorial é preciso escolher o tema,
definindo o que vai explicar. Nesse avião de papel
temporâneo Ciência e tecnologia,
exemplo, o tema do tutorial é
pois possibilita ao aluno colocar em Roteiro
como fazer um avião de papel.
prática o uso de equipamentos que • Apresentar-se.
A organização e o planejamento
muitos deles podem estar familiari- do vídeo também são importantes.
zados, como o telefone celular. • Dizer o que vai fazer (avião de
Faça um roteiro das etapas que
papel).
• Para auxiliar os alunos na elabora- você vai explicar, destacando nele
ção do seu tutorial, é interessante o que vai falar e também o que vai • Falar os materiais necessários.
apresentar visualmente. Liste em
destinar uma aula anterior para que
tópicos o que você vai falar. Inclua
• Fazer o avião de papel
os alunos assistam alguns tutoriais. mostrando e explicando todos
no roteiro a sequência para montar
Selecione alguns tutoriais a respeito o avião de papel. os passos necessários.
de assuntos que considere pertinen-
tes e de interesse da faixa etária dos Imagem • Mostrar o resultado final.
referente à
alunos. 2 Ensaie a apresentação do • Despedir-se.
etapa 1.
tutorial antes de gravar.
• Solicite da escola um meio digital
de reproduzir esses tutoriais, como
um projetor. Caso não seja possível, 3 Na gravação do
peça a sala de informática da esco- vídeo, siga o roteiro
la e coloque os alunos em duplas ou produzido. Passe as
trios em cada computador para as- informações com
sistirem aos tutoriais selecionados calma, falando
pausadamente e
por você.
dando as instruções
• Questione os alunos sobre como eles com clareza.
imaginam que o tutorial foi desenvol- Além disso, seja
vido. Espera-se que na resposta para objetivo no passo
essa indagação eles citem algumas a passo e evite
das etapas que deverão seguir para atropelos.
elaboração dessa atividade, desta-
cados na imagem 1 da etapa 1. Imagem referente
à etapa 3.

152

g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 152 1/17/18 6:49 PM g19

• Competência geral 5: Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma


crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escola-
res) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver
problemas.

152

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 152 1/18/18 6:03 PM


• É importante que os alunos retomem
a atividade da seção Investigar e
compartilhar das páginas 124 e 125,
4 Para gravar o vídeo você pode utilizar uma câmera fotográfica digital, uma câmera filmadora providenciem novamente os mate-
ou um telefone celular. riais, relembrem como a atividade
5 Após a gravação do vídeo, você pode editá-lo no computador e deixá-lo pronto para a foi desenvolvida, executem-na nova-
apresentação. Nessa etapa, você pode usar um software que permite eliminar partes do vídeo mente quantas vezes for necessário,
que não ficaram adequadas, além de outras funções. filmando cada etapa.
6 Apresente seu vídeo tutorial para os colegas. • O objetivo do tutorial é informar de
maneira clara e objetiva. Dessa for-
7 Outra alternativa é fazer o tutorial utilizando fotografias e inserir as instruções necessárias
ma, oriente os alunos a serem bre-
com um software editor de imagens no computador.
ves e objetivos nas explicações. Se
necessário, defina o tempo que cada
grupo deverá ter na exposição do tu-
torial.
• Chame a atenção dos alunos para o
local que será escolhido para realiza-
ção da atividade, que deve receber a
incidência direta do sol durante todo
o dia, sem sombras de construções
próximas, devendo ficar separado
do trânsito de pessoas e de animais,
porque deverá permanecer exposto
por certo tempo. Lembre a eles que
devem utilizar protetor solar e ficar
expostos ao Sol somente o tempo
necessário para a construção e a

A
ND
LA
gravação das etapas de construção

HO
EN
LL
do gnômon.

ER
:W
Imagem ES • Auxilie os alunos a utilizarem sites de
ÇÕ
RA

referente à
ST
U

busca da internet para encontrarem


IL

etapa 6.
um programa que possa ser utiliza-
do para edição do vídeo. Atente-se
AGORA É COM VOCÊ!
a programas que permitam o ma-
Vamos colocar em prática essas dicas e fazer um vídeo tutorial explicando nuseio simples das ferramentas. Se
como montar e observar um gnômon. Para isso, junte-se a dois colegas e peça necessário, assista com os alunos a
auxílio ao professor. tutoriais sobre edição de vídeos para
escolher um programa que possa ser
Pesquise vídeos tutoriais na internet para se familiarizar com esse tipo de utilizado na execução dessa etapa
recurso e estimular a criatividade para produzir seu vídeo. Utilize a seção da atividade.
Investigar e compartilhar das páginas 124 e 125 desta unidade como base para
produzir o roteiro do seu vídeo tutorial. Explique todo o processo de montagem do
gnômon e seu funcionamento. Não se esqueça de ficar atento com a exposição à
luz solar no momento da gravação do vídeo.
Depois de gravar e finalizar seu vídeo apresente-o na escola para seus colegas.
153

49 PM g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 153 1/17/18 6:49 PM

153

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 153 1/18/18 6:03 PM


O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE...
• O objetivo desta seção é verificar
a compreensão dos alunos sobre
os temas abordados na unidade.
• Para revisar os dois primeiros O QUE VOCÊ
itens, peça aos alunos que elabo-
rem um passo a passo ensinando a
ESTUDOU SOBRE...
encontrar os pontos cardeais com
base na observação do movimen-
to aparente do Sol. Essa atividade • as orientações pelo Sol? • os instrumentos de

CA
M
orientação?
• os pontos cardeais?

IL
A
pode ser realizada coletivamente

CA
RM
• o magnetismo terrestre?

O
N
ou em grupos de 5 ou 6 alunos.
• o funcionamento do

A
• Para revisar o terceiro item, peça
aos alunos que elaborem uma his-
gnômon? • os ímãs?
tória em quadrinhos que se passa • a orientação pela Lua?
numa época antiga, com os per-
sonagens utilizando um gnômon
para acompanhar a passagem do

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de fevereiro de 1998.
tempo.
• Para revisar o quarto item, você
PARA SABER MAIS

REPRODUÇÃO
pode realizar perguntas sobre o
tema, como as sugeridas a seguir: • Perdidos no espaço, de Dan Green. Moderna.
.Quais são os quatro momentos Esse livro convida você a participar de uma
do ciclo da Lua? aventura no espaço. Nela, você deverá resolver
.Por que e como ocorrem esses diversos desafios, nos quais terá que aplicar
momentos? seus conhecimentos científicos.
.Quais são os astros envolvidos
na ocorrência dos momentos do
ciclo da Lua?
REPRODUÇÃO

• Para revisar o quinto item, pergun-


• O grande livro dos grandes planetas, de Emily Bone.
te aos alunos quais instrumentos
Usborne - Nobel.
podem ser utilizados para nos
orientar na Terra. Peça a eles que Nesse livro você conhecerá diversos fatos curiosos
expliquem brevemente o funciona- sobre planetas, estrelas e galáxias, observando
mento de cada um e os principais imagens fascinantes do Universo.
elementos que os compõem.

UÇÃO
• Para revisar o sexto item, os alunos

REPROD
podem fazer uma maquete que re- Ciência à mão: eletricidade e ímãs, de Sarah Angliss.
presente o planeta Terra e os cam- Girassol.
pos magnéticos. Permita que eles
Nesse livro você verá alguns experimentos que
realizem pesquisas para se infor-
pode fazer em casa, utilizando ímãs.
mar como os campos magnéticos
terrestres são representados.
• Para revisar o sétimo item, sele-
154
cione diversos pequenos obje-
tos, alguns compostos por metais
ferrosos e outros não metálicos.
g19_4pmc_lt_u4_p138a154.indd 154 1/17/18 6:49 PM g19
Disponha esses objetos sobre a
Amplie seus conhecimentos
mesa e peça aos alunos que indi-
quem quais poderiam ser “pesca- • BRASIL. Ministério da Ciência Tecnologia Inovações e Comunicações. Observatório Nacional
dos” utilizando um ímã e quais não (ON). Disponível em: <http://www.on.br/index.php/pt-br/atividades-educacionais/programas-de-
seriam pescados desta forma. Em educacao-cientifica.html>. Acesso em: 12 jan. 2018.
seguida, utilize um ímã para verifi- • Relógio de sol com interação humana: uma poderosa ferramenta educacional, Samara da Silva
car se os alunos acertaram. Morett Azevedo et al. Revista Brasileira de Ensino de Física, [S.l.], v. 35, n. 2, p. 2403-1-2403-12,
jun. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbef/v35n2/18.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2018.

154

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 154 1/18/18 6:03 PM


GLOSSÁRIO
A C
Aço inoxidável (pág. 90) tipo de aço Colônias (pág. 16) relação entre seres vivos
que apresenta maior resistência à corrosão da mesma espécie na qual eles cooperam
ambiental e a contato com produtos entre si e não conseguem sobreviver
corrosivos. isoladamente. Esses seres vivos ficam
Amígdalas (pág. 23) estruturas formadas unidos, fisicamente.
por tecidos que participam, principalmente, A caravela, por exemplo, embora pareça ser
da defesa do corpo. As amígdalas são um único ser vivo, é formada por vários
também conhecidas como amídalas ou seres. Nela, cada ser vivo é responsável por
tonsilas palatinas. Essas estruturas se uma ou mais funções.
localizam na região conhecida popularmente
FABIO COLOMBINI Caravela-
como garganta. -portuguesa
pode atingir
amígdalas cerca de
50 cm de
comprimento.
SOLAR 22/SHUTTERSTOCK

Representação
das amígdalas.

Animais ruminantes (pág. 21) animais que


possuem o estômago dividido em
compartimentos, um deles chamado rúmen.
No rúmen há microrganismos que auxiliam a Caravela-
-portuguesa.
digerir alguns componentes existentes nas
plantas, como a celulose. Uma característica Cortiça (pág. 11) tecido composto de
dos ruminantes é que eles regurgitam o células vegetais mortas. Esse tecido pode
alimento e o mastigam novamente. A vaca é ser encontrado na casca dos caules de
um exemplo de animal ruminante. alguns tipos de árvores, como as chamadas
sobreiros. Ela é utilizada na fabricação de
SMEREKA/SHUTTERSTOCK

Vaca pode
atingir cerca
rolhas, componentes de calçados,
de 2,60 m de automóveis, entre outros.
comprimento.
NIK MERKULOV/
SHUTTERSTOCK

Vaca. Rolha de cortiça.

155

49 PM g19_4pmc_p155a159_glossario.indd 155 1/17/18 6:37 PM

155

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 155 1/18/18 6:03 PM


D Extinção (pág. 42) desaparecimento de
uma espécie nos ambientes. Por exemplo,
Desidratação (pág. 56) conjunto de quando dizemos que muitas espécies de
alterações que ocorrem no organismo por animais estão desaparecendo do ambiente
causa da perda excessiva de água. A natural em que vivem, significa que esses
desidratação pode ser causada por animais estão ameaçados de extinção.
intoxicação, infecção, desnutrição ou Existem diversos fatores que podem
diarreia aguda. A pessoa que apresenta provocar a extinção; entre eles, podemos
sintomas deve ser encaminhada a um destacar a caça indiscriminada e a
médico e ingerir soro caseiro. destruição dos ambientes.
Diabetes (pág. 27) doença não
F
transmissível que se caracteriza por alta
concentração de açúcar do tipo glicose no Fermentação (pág. 14) processo em que
sangue. O excesso desse açúcar no sangue nutrientes são quebrados em substâncias
é prejudicial à saúde e pode afetar o menores, liberando energia sem a utilização
funcionamento de diversos órgãos. do gás oxigênio. A fermentação é realizada
Alguns dos sintomas do diabetes são por diversos seres vivos, como algumas
cansaço, dores nos rins, muita sede, bactérias e fungos que participam na
vontade de urinar com frequência e demora fabricação de queijos, iogurtes, pães,
no processo de cicatrização. vinagres e alguns medicamentos.
O termo fermentação foi utilizado por volta
E de 1847 pelo químico francês Louis Pasteur
(1822-1895). Foi ele quem identificou a
Espasmos musculares (pág. 15) contração existência de seres vivos microscópicos
involuntária repentina que pode ocorrer em que se desenvolviam sem a presença do
alguns grupos de músculos do corpo humano. gás oxigênio.
Espermatozoides (pág. 11) células

EVERETT HISTORICAL/SHUTTERSTOCK
reprodutoras masculinas dos animais. Quando
o espermatozoide se une com o ovócito,
ocorre a fecundação, formando o zigoto.
DENNIS KUNKEL MICROSCOPY/
SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK

espermatozoide

ovócito

Fotomontagem de um espermatozoide
fertilizando um ovócito. Imagem do
ovócito ampliada cerca de 250 vezes
e do espermatozoide ampliada cerca
de 560 vezes, ambas colorizadas em
computador. Louis Pasteur.

156

g19_4pmc_p155a159_glossario.indd 156 1/17/18 6:37 PM g19

156

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 156 1/18/18 6:03 PM


Fibras musculares (pág. 11) conjunto de Hormônio (pág. 66) substância produzida
células alongadas e cilíndricas, dispostas por determinadas células, tecidos ou órgãos
uma ao lado da outra, que formam os que influencia e controla as atividades de
músculos. Essas células têm a propriedade outras estruturas do corpo. Os hormônios
de se contrair, auxiliando os músculos a são transportados pelo sangue.
realizar movimentos. A insulina é um exemplo de hormônio. Ela é
produzida em um órgão chamado pâncreas
MICROSCAPE/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK

e é transportada pelo sangue para diversas


partes do corpo, agindo sobre tecidos e
órgãos como o fígado, influenciando as
atividades dessas estruturas. A falta de
insulina no organismo pode causar
problemas, como o diabetes.

I
Tecido muscular. Imagem ampliada cerca
de 600 vezes e colorizada em computador. Imantado (pág. 138) um corpo imantado
apresenta características magnéticas,
Fuligem (pág. 69) conjunto de partículas passando a atuar como um ímã.
muito finas que são geradas e liberadas na
Normalmente, alguns objetos metálicos
atmosfera pela queima incompleta de
podem ser imantados esfregando-os na
petróleo, carvão, madeira ou outros
mesma face de um ímã, várias vezes,
combustíveis.
sempre no mesmo sentido.
G Inalação (pág. 69) procedimento
geralmente usado no tratamento de doenças
Glândula (pág. 66) estrutura formada por respiratórias. Consiste em inspirar
células especializadas na produção de substâncias, como vapor de água e
determinadas substâncias, como secreções medicamentos, por meio das vias
e hormônios. respiratórias, até os pulmões.
Um exemplo são as glândulas sudoríparas,
ANN IN THE UK/SHUTTERSTOCK

que produzem e eliminam o suor.

H
Hemofilia (pág. 27) doença não
transmissível em que há um distúrbio na
coagulação do sangue. Quando ferimos
alguma parte de nosso corpo e ela começa
a sangrar, substâncias presentes no sangue,
envolvem o ferimento para cessar o
sangramento. Esse processo é chamado de
coagulação. As pessoas portadoras de
hemofilia não têm essas substâncias e, por
isso, há maior sangramento em ferimentos.
Criança fazendo inalação.

157

37 PM g19_4pmc_p155a159_glossario.indd 157 1/17/18 6:37 PM

157

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 157 1/18/18 6:03 PM


L Placa de petri (pág. 16) recipiente com
formato cilíndrico e achatado, feito de vidro
Lentes (pág. 11) dispositivos feitos com ou plástico, geralmente utilizado em
materiais transparentes que, na prática, laboratórios, para estudar microrganismos.
alteram a direção dos raios de luz. Esses

SCIENCE PHOTO/SHUTTERSTOCK
dispositivos são utilizados em óculos, câmeras
fotográficas, lentes de contato, microscópios,
lunetas, entre outros instrumentos.

ROB WILSON/SHUTTERSTOCK

lentes
Óculos.

Limalhas de ferro (pág. 142) fragmentos de Placa de petri.


ferro, formando partículas desse material.
Polos geográficos (pág. 138) refere-se aos
Essas partículas de ferro podem ser obtidas
locais onde o eixo imaginário de rotação da
por meio de raspagem de placas metálicas,
Terra cruza a superfície terrestre. O planeta
normalmente durante sua moldagem ou
Terra apresenta dois polos geográficos — o
serragem, e sobras metálicas que geralmente
polo Norte e o polo Sul.
ocorrem em indústrias metalúrgicas. A limalha
de ferro é atraída pelos ímãs.
polo Norte

KAK2S/SHUTTERSTOCK
M
Minérios (pág. 78) são os minerais ou
rochas de interesse econômico. Após ser
retirado do ambiente, o minério deve ser
tratado e purificado para ser comercializado.
Por exemplo, da pirita extrai-se o minério de
ferro; da galena retira-se o minério de
chumbo; da blenda extrai-se o minério de
zinco, entre outros.

P
Pesca predatória (pág. 42) prática que
polo Sul
consiste em retirar grande parte de animais
da mesma espécie de um ambiente
aquático, de forma a causar desequilíbrios
nas cadeias alimentares que o ambiente não
consegue repor. Globo terrestre.

158

g19_4pmc_p155a159_glossario.indd 158 1/17/18 6:37 PM g19

158

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 158 1/18/18 6:03 PM


Precipitando (pág. 105) Em química é o ato
S
de precipitar, ou seja, depositar partículas.
Por exemplo: a poeira presente no ar se Sistema imunológico (pág. 28) conjunto de
precipitou sobre os móveis de uma casa. diferentes estruturas, com funções
Predador (pág. 44) ser vivo que mata e se específicas. Juntas, formam uma barreira
alimenta de outro ser vivo, chamado presa. contra ataques de bactérias, vírus e outros
O leão, por exemplo, é um predador e se agentes que podem causar doenças no
alimenta de diversas presas, como impalas, corpo humano. O sistema imunológico é
antílopes e búfalos. responsável por realizar a defesa do
organismo.
Presas (pág. 42) ser vivo que serve de
alimento para outro ser vivo, o predador. A Soropositivas (pág. 29) pessoas
presa pode ser ingerida totalmente ou portadoras do vírus HIV. As pessoas
parcialmente. Alguns peixes são presas da contaminadas por esse vírus que não
lontra, por exemplo. realizarem tratamento adequado podem
desenvolver a doença Aids. Essa doença
Q enfraquece o sistema imunológico.
Suspensão (pág. 70) termo referente às
Quelônios (pág. 44) nome dado a um grupo
partículas sólidas que flutuam em um meio
de répteis. Os quelônios geralmente são
gasoso ou em um meio líquido.
reconhecidos por sua carapaça (casco),
como tartarugas, cágados e jabutis.
Jabuti: pode atingir cerca de 80 cm de comprimento. T
FABIO COLOMBINI

Transfusão de sangue (pág. 29) técnica


utilizada para transferir sangue ou um de
seus componentes de uma pessoa para
outra. A pessoa que doa sangue é chamada
doadora. São realizados diversos testes no
sangue do doador antes de ser aplicado na
pessoa que o receberá. Isso previne
rejeições e transmissão de doenças. A
transfusão de sangue também pode ser
realizada entre outros animais.
Jabuti.

159

37 PM g19_4pmc_p155a159_glossario.indd 159 1/17/18 6:37 PM

159

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 159 1/18/18 6:03 PM


160

g19_4pmc_mp_u04_p114a160.indd 160 1/18/18 8:18 PM


ano
o
4
Novo

CIÊNCIAS
Pitanguá
CIÊNCIAS
Karina Pessôa

4
Leonel Favalli
o
ano

Componente curricular: Ciências

ISBN 978-85-16-11103-8

9 788516 111038

g19_4pmc_capa_prof.indd 1 1/19/18 2:28 PM

Você também pode gostar