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08/04/2019

CONTROLE DE
PROCESSOS
AULA 3

Prof. Gislene Salim Rodrigues

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TIPOS DE CONTROLE
■ Podem ser:
- Controle Manual e Controle Automático;

- Controle Auto-Operado;

- Controle em Malha Aberta e Malha Fechada.

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TIPOS DE CONTROLE
■ CONTROLE MANUAL:
O controle manual pode ser considerado como o tipo mais
simples de controle. No controle manual o operador aplica a
energia ao processo através do atuador. O processo usa esta
energia e produz uma saída em consequência. Mudando o
ajuste do atuador, altera-se a energia no sistema e, portanto, a
saída resultante do processo. É conhecido como controle a
malha aberta.

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TIPOS DE CONTROLE
■ Um sistema de controle manual bastante comum no dia a dia é o
chuveiro elétrico, mostrado na figura 1.

Figura 1: chuveiro elétrico

■ Neste sistema, a pessoa aumenta ou diminui a vazão do chuveiro (ou a


potência do chuveiro) a fim de ajustar a temperatura de acordo com o
valor desejado.

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TIPOS DE CONTROLE
Na Figura 2 pode ser observado um exemplo
de controle manual de temperatura em um
fluido. Neste exemplo, o fluido a ser aquecido
entra no trocador de calor pela direita,
enquanto que o fluido aquecido sai pela
região superior do trocador. O vapor entra
pela esquerda e o líquido condensado sai
pela parte inferior. Neste sistema, o operador
verifica a temperatura do fluido aquecido com
sua própria mão e atua na válvula de vapor,
de acordo com o valor desejado para a Figura 2: Controle manual de
temperatura
temperatura.

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TIPOS DE CONTROLE
Assim, nota-se que com o controle manual é
possível utilizar poucos equipamentos e por
isso a probabilidade de haver quebras
diminui. E ainda o custo para comprar,
instalar e operar o sistema, é mais baixo.

Desvantagem: é no caso de existir


perturbações no sistema.

Figura 2: Controle manual de


temperatura

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TIPOS DE CONTROLE
Geralmente estas perturbações não podem
ser medidas e o controle manual não
consegue estabilizar o sistema corretamente.

Somando-se a este fato, todo operador


humano tem os seus limites de tempo e
“distração”, o que pode ser facilmente
superado por um equipamento.

Figura 2: Controle manual de


temperatura

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TIPOS DE CONTROLE
■ CONTROLE AUTOMÁTICO:
Para a correta compreensão do controle automático, deve-se
introduzir o conceito de realimentação (ou ainda
retroalimentação, feedback).
LEMBRANDO: Realimentação é o procedimento em que a
informação da saída de um sistema é utilizada na entrada deste
mesmo sistema, ou seja, consiste em transformar um efeito em
uma causa de si próprio.

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TIPOS DE CONTROLE
Controle automático significa utilizar a realimentação em um
sistema, permitindo assim que um controlador inserido no
sistema possa comparar o valor da saída (PV=variável do
processo) com o valor da entrada de referência (SP= ponto de
ajuste, set-point) para gerar o sinal de controle e assim ajustar o
valor de PV para o valor desejado.
Com a realimentação, todos os sistemas de controle automático
possuem os mesmos elementos básicos: medição, comparação
e atuação.

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TIPOS DE
CONTROLE
A figura 3 mostra o controle de
malha fechada da temperatura
de um fluido. Um transmissor
de temperatura (TT) envia a
temperatura do fluido aquecido
para o controlador de
temperatura (TIC), que compara
este valor com o valor de SP e
age sobre a válvula de vapor. Figura 3: Controle Automático de temperatura

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TIPOS DE CONTROLE
O controle Automático tem como finalidade a manutenção de
uma certa variável ou condição num certo valor ( fixo ou
variante). Este valor que pretendemos é o valor desejado.

Para atingir esta finalidade o sistema de controle automático


opera do seguinte modo:

A- Medida do valor atual da variável que se quer regular.


B- Comparação do valor atual com o valor desejado ( sendo
este o último indicado ao sistema de controle pelo operador
humano ou por um computador). Determinação do desvio.

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TIPOS DE CONTROLE
C- Utilização do desvio ( ou erro ) para gerar um sinal
de correção.

D- Aplicação do sinal de correção ao sistema a


controlar de modo a ser eliminado o desvio, isto é , de
maneira a reconduzir-se a variável ao valor desejado.
O sinal de correção introduz pois variações de sentido
contrário ao erro.

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TIPOS DE CONTROLE
■ Exemplo: vamos considerar o controle de
temperatura da água contida num depósito, de uma
maneira simplificada.

A figura 4 mostra um controle de temperatura.

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TIPOS DE
CONTROLE

■ FIGURA 4: Sistema de Controle de temperatura

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De todas as grandezas relativas ao sistema ( Nível, pressão,


vazão, densidade, pH, energia fornecida, salinidade etc.) a
grandeza que nos interessa, neste caso, regular é a temperatura
da água.

A temperatura é então a variável controlada.

Um termômetro de bulbo permite medir o valor atual da variável


controlada.

As dilatações e contrações do fluido contido dentro do bulbo vão


obrigar o “Bourdon”( Tubo curvo) a enrolar ou desenrolar.

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Os movimentos do extremo do bourdon traduzem a


temperatura da água, a qual pode ser lida numa escala.

No diagrama representa-se um contato elétrico no extremo


do bourdon e outro contato de posição ajustável à nossa
vontade.

Este conjunto constitui um “Termostato”. Admitamos que se


quer manter a temperatura da água nas proximidades de 50
C. Este valor da temperatura da água é o valor desejado.

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Se a temperatura, por qualquer motivo, ultrapassar o valor desejado, o


contato do termostato está aberto.

A bobina do contator não está excitada e o contator mantém


interrompida a alimentação da resistência de aquecimento. Não
havendo fornecimento de calor , a temperatura da água vai descer
devido às perdas.

A temperatura aproxima-se do valor desejado. Quando, pelo contrário,


a temperatura é inferior ao valor desejado o bourdon enrola e
fecha o contato do termostato. O contator fecha e vai alimentar a
resistência de aquecimento.

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Em consequência, a temperatura da água no depósito vai subir de


modo a aproximar-se de novo do valor desejado.

Normalmente as cadeias de controle são muito mais elaboradas.

Neste exemplo simples encontramos contudo as funções essenciais


de uma malha de controle.

Medida- A cargo do sistema termométrico.

Comparação -Efetuada pelo sistema de Contatos ( Posição Relativa)

Computação - Geração do sinal de correção ( efetuada também pelo


sistema de contatos e pelo resto do circuito elétrico do termostato.

Correção - Desempenhada pelo órgão de Controle - Contator


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Observação: para a correção da variável controlada ( temperatura)


deve-se atuar sobre outra variável ( quantidade de calor fornecida ao
depósito).
A ação de controle é aplicada, normalmente, a outra variável da qual
depende a variável controlada e que se designa com o
nome de variável manipulada.
No nosso exemplo, o “Sinal de Controle“ pode ser a corrente
elétrica i.

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▪ CONTROLE AUTO OPERADO:

Este controle é do tipo automático, porém com a particularidade


que a energia necessária para movimentar a parte operacional de
controle pode ser obtida diretamente, através da região de
detecção do sistema controlado. Ou seja, a energia vem do próprio
meio controlado. Um exemplo bastante presente no dia a dia de
todos, que envolve este tipo de controle é o controle de pressão de
uma panela de pressão.

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Neste caso específico, quando o ar no interior da panela for


aquecido ele tende a se expandir. Como a tampa da panela é
vedada, o ar se expandindo em seu interior causa um aumento
de pressão. Se não houver uma válvula para fazer o controle da
pressão, esta aumenta até ser maior do que a força de
resistência do material que forma a parede da panela que então
acaba explodindo. De fato, o mau funcionamento das válvulas
deste tipo de panela é causa importante de muitas explosões que
ocorrem em cozinhas de residência.

Mas, como funciona a válvula desta panela?

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Ela consiste de um peso colocado em um tubo de descarga do gás


que está no interior da panela. Quando a pressão interior for suficiente
para produzir uma força maior do que o peso da válvula, esta sobe e
libera o gás para o exterior da panela. Quando o gás é liberado, a
pressão interna diminui novamente, mantendo então o sistema
controlado dentro de uma faixa de segurança. Desta maneira, a
energia necessária para movimentar a parte operacional de controle
vem do próprio meio controlado, caracterizando um sistema auto-
operado.

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CONTROLDORES PID:
Controlador proporcional integral derivativo, controlador PID ou
simplesmente PID, é uma técnica de controle de processos que une as
ações derivativa, integral e proporcional, fazendo assim com que o sinal
de erro seja minimizado pela ação proporcional, zerado pela ação
integral e obtido com uma velocidade anteciparia pela ação derivativa.

Na prática os PID são encontrados no interior de controladores


eletrônicos chamados "single-loop", muitas vezes com
microprocessadores, e também através de software em Controladores
programáveis e outros equipamentos de controle.

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CONTROLE TIPO PROPORCIONAL (P):

Vamos supor que você está dirigindo pela estrada e tentando manter uma distância
definida atrás do carro que está na sua frente, mensurada aqui como distância X.

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Se você está seguindo um carro a uma distância X e você começa a


ficar mais longe dele, então deverá acelerar proporcionalmente para
retornar novamente ao ponto X. No entanto, se você acelerar muito vai
acabar passando do ponto X, tornando a distância agora menor do que
X e neste caso deverá frear para não bater no carro da frente e voltar
ao ponto X. Mas se você frear e desacelerar muito, vai passar X
novamente e terá de acelerar novamente para voltar ao X. Isso
continuará se repetindo caso a sua aceleração proporcional não for a
correta.

A aceleração que é imprimida ao pisar no acelerador para ganhar


velocidade e alcançar o veículo é chamada de ganho ou proporcional

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CONTROLE TIPO INTEGRAL (I):

A integral ajuda você a recuperar a distância X novamente e mantê-la de forma


precisa. O integral em nosso exemplo seria você estar a uma distância maior que X do
veículo da frente e pisar levemente no acelerador alcançando exatamente à distância
X e mantendo-a muito mais suave do que apenas proporcionalmente (acelerando e
desacelerando).

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CONTROLE TIPO DERIVATIVO (PD):

a derivada é usada para eliminar um erro acumulado na integral. Em nosso exemplo


isso seria você perceber a distância X crescer ou decrescer e rapidamente, impedir
que esta diferença fique maior. O derivativo age para diminuir a oscilação em torno do
Setpoint tornando-a o menor possível.

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professorcesarcosta.com.br/upload/.../3.a%20Aula_EPO_Pr

PROCESSOS
ocessos%20Industriais.ppt

Processos Industriais
INDUSTRIAIS Qualquer estudo de controle de processo deve
começar investigando o conceito de processo. Do
ponto de vista de produção, o processo é geralmente
tomado como o lugar onde os materiais e a energia
se juntam para fazer um produto desejado. Por outro
lado, do ponto de vista de controle, o processo é
identificado como tendo uma ou mais variáveis
associadas a ele e que são suficientemente
importantes para que seus valores sejam conhecidos
e controlados pelo processo.

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Os processos são caracterizados por possuírem um modelo matemático, feito


com equações diferenciais, que contém seus parâmetros temporais utilizados
para a sintonia do controlador. O processo pode envolver uma operação
mecânica, um circuito elétrico, uma reação química ou uma combinação
desses eventos. Na prática, existem processos dentro de processos. Por
exemplo, uma planta de fertilizantes pode ser tomada como dois processos
distintos: um de produção de amônia, outro de produção de ureia. Dentro
destes dois processos, alguns outros processos existem, como por exemplo, as
malhas de controle do compressor no processo de produção de amônia. Sob o
ponto de vista do tempo e do tipo de operação envolvido, os processos podem
ser classificados em:

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Tipos de Processos
•Processo contínuo;
• Processo em batelada;
• Processo discreto.

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Processo Contínuo
➢ Um processo industrial é contínuo quando a matéria prima entra num
lado do sistema e o produto final sai do outro, contínuamente.

➢ Neste processo o termo contínuo significa um período de tempo


relativamente longo, medido em horas, em dias e até em meses
dependendo do processo.
➢As indústrias petroquímicas, cimenteiras, siderúrgicas, papel e celulose
são exemplos de processos contínuos.

➢ As paradas totais dos processos contínuos se realizam em intervalos de


um ano ou mais.

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Processo Contínuo

➢ Um processo contínuo pode levar até vários dias para


entrar em regime estável e permanente de produção.

Matéria prima Produto final


Processo Contínuo

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Exemplo de Industria com Processo Contínuo

Refinaria de Petróleo

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Processo em Batelada
➢ No processo em batelada, uma dada quantidade de material é
processada através de passos unitários, cada passo sendo completado
antes de passar para o seguinte.

➢ A entrada do processo em batelada é feita por quantidades discretas


de modo descontínuo.
➢O processo é alimentado, a operação é executada, o produto é
descarregado e reinicia-se outro ciclo.
➢ Cada operação do processo em batelada pode ser considerada como um
processo contínuo, porém o tempo envolvido é relativamente pequeno,
medido em minutos ou horas.

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Características de um Processo em Batelada

➢ Uma batelada tem características específicas, tais como seu


tamanho, peso, cor, matérias primas, aditivos, catalisadores,etc.

➢ A informação, tal como a condição sob a qual a batelada foi


produzida, ou o equipamento da planta industrial usado para produzi-
la, pode ser necessária para determinar as propriedades do produto
ou satisfazer as exigências legais.

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Processo em Batelada

➢ As indústrias de bebidas, alimentícias, farmacêuticas e cosméticos,


são alguns exemplos de processos em bateladas.

➢ Como a maioria dos problemas de controle ocorre durante os


transientes da partida, o processo tipo batelada é mais difícil de ser
controlado, pois ele realiza muitas partidas e fica parado durante
intervalos de tempo.

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Exemplo de Processo em Batelada

Industria Alimentícia

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Processo Discreto
➢ No processo discreto, cada item a ser fabricado é
processado em uma etapa, como um item separado e
individual.

➢ As montadoras de automóveis, fábricas de auto peças e


industrias eletro-eletrônicas são exemplos de processos
discretos.

➢ Neste tipo de processo, atualmente, usam-se células de


manufatura com robos, máquinas de comando numérico
computadorizado (CNC) para executar certas operações
repetitivas .

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Processo Discreto

Exemplo de processo discreto – Célula de Manufatura

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Processo Discreto

Exemplo de processo discreto – Célula de Manufatura

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Processo Discreto

Exemplo de processo discreto – Célula de Manufatura

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FONTES:

CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção -Instrumentação Fundamentos de Controle de


Processo. SENAI

professorcesarcosta.com.br/upload/.../3.a%20Aula_EPO_Processos%20Industriais.ppt

Curso Técnico em Automação Industrial - Apostila de Controle de Processos - Rafael Garlet de Oliveira

Obs: todos os conteúdos foram retirados destas fontes citadas


acima e a disposição na web.

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