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ESTUDO DE SENSORES

INDUSTRIAIS

Fonte: Omron Brasil


Tratamento pedagógico e gráfico: Lucínio Preza de Araújo
Índice

Controladores de temperatura 3

Sensores de proximidade 16

Sensores fotoelétricos 22

Sensores de fibra ótica 28

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O que é temperatura?

A maioria de nós está familiarizada com quente e frio. Mas o que é a


temperatura.

O que sentimos, e o que podemos também medir, é causado pelo movimento


de partículas. Sentimos a energia cinética (energia do movimento) dos átomos
e moléculas das substâncias sendo aquecidas ou arrefecidas.

Por exemplo, coloque uma chávena de café no micro-ondas. A energia do


micro-ondas é transferida para o café fazendo as moléculas moverem-se o
suficiente para elevar a temperatura. Se as moléculas se moverem com
energia suficiente, o café até entrará em ebulição.

Coloque essa chávena de café no congelador e o movimento molecular vai


abrandar. O café vai esfriar e, eventualmente, congelar e parecer sólido, mas,
mesmo neste estado "sólido", as moléculas ainda estão em movimento.

Há uma temperatura mínima, na qual o movimento molecular praticamente


pára. Se você pudesse esfriar o seu café para -459,67 oF ou -273,51 o C, você
teria uma chávena de café em "zero absoluto"!

Princípios básicos de controlo

Entrada, Processamento, Saída

Os princípios básicos de controlo de processo, incluindo o controlo de


temperatura, começam com três pontos base:

• Sinal de Entrada (Input Signal)


• Processamento (Processing)
• Sinal de Saída (Output Signal)

Considerando estes três pontos base, existem dois tipos básicos de controlo:

• CONTROLE MANUAL (Manual Control)


• CONTROLE AUTOMÁTICO (Automatic Control)

Vamos explorar as semelhanças e diferenças importantes de cada.

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Controlo Manual

Uma interrutor (sensor), operado manualmente, fornece o SINAL DE


ENTRADA (Input Signal). Isso faz a fonte de alimentação, através da fiação
do sistema (hard wired), fornecer um SINAL DE SAÍDA (Output Signal) para
ligar a luz (load).

Esta estratégia de controlo é chamada de controlo manual porque o sistema


não fará nada até que o estado de entrada seja comandado a mudar
manualmente.

Esse sistema também é de malha aberta (open loop), já que o sistema não
tem como saber se a lâmpada realmente ligou.

Controle Automático

Observe esse sistema avançado de controlo de iluminação.

Aqui, a luz incide sobre um sensor fotoelétrico (photoelectric sensor). O sensor


produz uma tensão que altera em proporção para o brilho da lâmpada. Este é o
sinal de entrada (input signal) para o sistema de controlo.

O brilho detectado pelo sensor (sinal de entrada) é comparado com um brilho


desejado ou "de referência (setpoint)" pelo Programa de Controlo (Control
Program).

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Se a luz não for brilhante o suficiente (abaixo da referência/setpoint), o
controlador aumentará a potência de saída ("power to lamp") para aumentar o
brilho da luz.

Se a luz for muito brilhante (acima da referência/setpoint), a potência é


diminuída para tornar a luz mais fraca. Este ciclo continua até que a quantidade
de luz seja correspondente ao valor de referência.

Isso é considerado não apenas controle automático, mas também controle


de malha fechada (closed loop control) porque o sensor fotoelétrico detecta
a mudança de brilho imediatamente conforme o controlador faz os ajustes.

Este Feedback (realimentação) de saída do controlador de volta para a


entrada do controlador, muitas vezes chamado de loop de feedback, é um
conceito-chave na teoria de controlo de processo.

Controle de Temperatura

Agora, vamos olhar um exemplo de Controlo de Temperatura. Os mesmos


princípios se aplicam.

Na figura um sensor de temperatura mede a temperatura real da água no


tanque. Essa ENTRADA (input) é comparada à temperatura de água desejada
ou de REFERÊNCIA (setpoint = SP). A SAÍDA (output) para o aquecedor
elétrico é LIGADA se a temperatura medida estiver abaixo da referência, ou
DESLIGADA se a temperatura medida estiver acima da referência.

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Este exemplo é considerado controle automático. Quando a temperatura
medida (valor de processo) não é igual à temperatura de referência, o
controlador irá ajustar o aquecedor automaticamente, sem intervenção
humana.

Também é considerado controle de malha fechada (closed loop control)


porque há Feedback. Noutras palavras, o controlador mede o resultado de sua
ação anterior e esta informação é usada para ajustar sua próxima ação. O
Feedback é a característica comum dos controladores de malha fechada.

Idealmente, se a temperatura estivesse na referência, você iria querer que ela


se mantivesse constante e precisamente no valor de referência desejado. Por
mais simples que essa exigência pareça, esta condição não é facilmente
alcançada. Vejamos o porquê.

Inércia térmica

Não é possível aquecer e arrefecer um líquido instantaneamente. Essa


resistência à mudança instantânea na temperatura é chamada de Inércia
Térmica (Thermal Inertia) e torna o controlo de temperatura um problema
muito "interessante"!

Aplicamos o calor, porém, leva tempo para a temperatura aumentar. Nós


removemos o calor mas leva tempo para o líquido arrefecer.

Nalguns processos industriais, este atraso pode ser uma questão de minutos
ou, dependendo do processo, pode ser uma questão de horas ou mesmo dias!

Controle liga/desliga simples

A temperatura pode ser controlada com um simples sinal LIGA/DESLIGA para


o aquecedor.

Neste exemplo, se a temperatura


estiver acima da referência, nós
DESLIGAMOS o calor, mas já é tarde
demais! A temperatura continuará a
subir antes que comece a diminuir e
comece a cair. Isso acontece devido à
inércia térmica.

Quando a temperatura cai abaixo da


referência, o oposto ocorre. A
temperatura continuará a cair, mesmo
que o calor seja aplicado antes de
começar a aumentar lentamente novamente.

Talvez você já tenha experimentado este comportamento de "Congelar ou


Fritar" com o sistema de controlo de temperatura de ambiente da sua casa ou
do carro!

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Controlo Proporcional

Para melhorar o controlo de temperatura, precisamos de uma resposta de


controlo PROPORCIONAL (Proportional).

Em vez de apenas ligar ou desligar o calor quando a temperatura ultrapassa a


referência, precisamos ajustar o calor continuamente entre o valor mínimo e
máximo de calor disponível dependendo de quão longe a temperatura está da
referência a qualquer momento.

Um controlador de temperatura moderno pode fornecer este controle


PROPORCIONAL e eliminar as oscilações de temperatura acima e abaixo do
valor de referência num curto período de tempo.

Parece que os nossos problemas acabaram, mas, assim como com muitas
coisas, não é tão simples assim.

NOTA:

No controlo de temperatura, o termo "proporcional" refere-se a uma resposta


específica do controlador à diferença entre a temperatura medida e a
temperatura desejada.

A resposta do controlador é proporcional quando a razão da saída em relação


à entrada é uma constante.

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Compensação Proporcional

Olhe atentamente para o


gráfico. A temperatura está
estável, finalmente. No
entanto, não está estável na
referência desejada!

Quando a temperatura de um
sistema está estável ou
"alinhada = (lined out)", isso
significa que a energia que
entra e sai do sistema é igual.
Naquele momento, a
temperatura estará estável.

No entanto, esta temperatura constante pode ocorrer não somente na


referência desejada, mas também em temperaturas superiores ou inferiores.
Isto porque este ato de equilíbrio de energia depende da velocidade com que o
calor é perdido ou obtido, a resposta do controlador e a dinâmica do processo.

Controlo Integral

Para corrigir esta compensação, o controlador é programado para medir a


quantidade de tempo em que a temperatura está longe da referência e para
periodicamente INTEGRAR (Integrate) esses dados no sinal de saída dos
controladores ao longo do tempo.

Isso é chamado de ação


"INTEGRAL" e este cálculo
adicional modifica a saída dos
controladores para levar a
temperatura de volta para o
ponto de referência ao longo
do tempo. O controlador irá
alinhar-se com a referência
desejada, apesar das
mudanças de referência do
operador ou perturbações do
processo (process upsets).
Perturbações do processo são
alterações na temperatura do
processo causadas por influências externas.

Às vezes, a ação Integral do controlador é referida como ação de "RESET",


pois o processo é "reiniciado" para a referência.

Usando ambos os controlos PROPORCIONAL e INTEGRAL, podemos


estabilizar a temperatura do processo (ou nível, ou taxa de vazão ou pressão,
etc.) justamente no valor desejado.

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Controle Derivado

Por fim, para superar a alta inércia térmica, podemos alcançar um melhor
controlo de forma mais rápida se também monitorizarmos a taxa de
alteração ou "DERIVADA (Derivative)" da temperatura.

Se a dinâmica do processo é tal que levará muito tempo para aquecer o


processo, podemos dar ao aquecedor uma quantidade extra de energia
momentaneamente para acelerar o processo de aquecimento.

Se, devido a uma perturbação do processo, a temperatura cair muito


rapidamente, nós também podemos responder imediatamente com uma
explosão de calor usando esta ação "DERIVADA" para melhor manter a
temperatura desejada.

• With Derivative, response time can be improved in some applications = com controlo
derivativo, o tempo de resposta pode ser melhorado em algumas aplicações
• Many processes can be tuned with only P and I = Muito processos podem ser
ajustados apenas com controlos de P (Proporcional) e I (Integral)
• SP = Setpoint (Valor Desejado)
• Fast Response Time = Tempo de Resposta Rápido

Controlo PID
Portanto, para controlo preciso, rápido e estável de temperatura ao longo de
um vasto leque de aplicações, precisamos de ação Proporcional, Integral e
Derivada.
Quando um controlador pode processar ações de controlador
PROPORCIONAL, INTEGRAL e DERIVADA, ele é chamado de Controlador
PID!

Aqui está como


um engenheiro
iria exibir o
Controlador
PID.

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Ajustes do Controlador

A quantia de ação PROPORCIONAL, INTEGRAL e DERIVADA determina a


resposta dos controladores para a alteração de temperatura.

Esses parâmetros podem ser AJUSTADOS (TUNED) para combinar com a


dinâmica do processo para o melhor equilíbrio entre velocidade de resposta
(speed of response), estabilidade do processo (process stability), e
transposição (overshoot) do processo

O ajuste adequado tem sido chamado de "arte negra = black art" entre as
pessoas na indústria de controlo do processo.

Princípios Básicos de Controlo

Configuração

Para realmente definir e configurar um sistema de controlo de temperatura, é


necessário o seguinte hardware:

(1) Sensor de Temperatura (Temperature Sensor): ex. Termopar ou PT100

(2) Controlador de Temperatura (Temperature Controller)

(3) Dispositivo de Aquecimento ou Arrefecimento (Heating or Cooling


Device): Ex. Resistência

(4) Fonte de Alimentação (dependendo do modelo do controlador)

(5) Dispositivo de controlo de alimentação: Ex. Relé de Estado Sólido

Aqui está um exemplo.

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A Fonte de Alimentação é uma parte essencial de um sistema de controlo de
temperatura. Não apenas o próprio controlador precisa de energia, mas
também o dispositivo de aquecimento ou de arrefecimento requer uma fonte
separada de energia.

Na verdade, não é incomum para o dispositivo que produz a mudança de


temperatura exigir grandes quantias de energia e, em tais casos, um relé de
estado sólido ou mecânico, ou outro condicionamento de energia externo é
usado para isolar a saída de baixo nível do controlador em relação aos níveis
mais elevados necessários para o dispositivo de aquecimento ou de
arrefecimento.

O Controlador de Temperatura é o dispositivo que compara o sinal de


entrada com a referência, e emite um sinal de controlo baseado na diferença
entre esses dois valores.

O controlador também fornece uma interface de operador e terminais para


conexão de equipamento associado.

O controlador vai aceitar um número de diferentes tipos de sensores de


temperatura, como termopares e RTDs e irá fornecer diferentes tipos de sinais
de saída, como tensão ou corrente (dependendo do modelo) para manter a
compatibilidade com o hardware do sistema.

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Relé de Estado Sólido

A potência para esse aquecedor é regulada por Modulação de Largura de


Pulso ou PWM. Em controlo PWM, a saída de controladores é ligada e
desligada várias vezes por segundo e a razão de tempo ligado para tempo
desligado determina a energia que vai para o aquecedor.

O relé de estado sólido é muito preferível a um relé mecânico em aplicações


PWM por uma série de razões.

Alguns controladores oferecem saídas proporcionais tais como tensão


proporcional ou corrente proporcional e também podem requerer
condicionamento adicional de energia para conduzir maiores cargas.

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Dispositivo de aquecimento / arrefecimento

O dispositivo de aquecimento / arrefecimento refere-se aos equipamentos de


processo responsáveis por aumentar ou diminuir a temperatura do processo.

Estes sistemas podem assumir a forma de aquecedores de resistência elétrica


ou fornos, aquecedores a gás ou fornos a gás, refrigeração ou outros sistemas
de refrigeração, etc.

A saída de controladores faz a temperatura subir ou cair, conforme necessário


para manter a referência.

Dependendo do modelo, a saída do controlador pode ser uma tensão, corrente,


largura de pulso, etc., dependendo dos requisitos do hardware de aquecimento
ou arrefecimento.

Sensores de entrada – Termopar

O Sensor de entrada para um controlador de temperatura deve produzir um


sinal elétrico que é proporcional à temperatura do sensor.

Os quatro tipos principais de sensores de temperatura são:

• Termopar
• RTD
• Termistor
• Infravermelho

Termopares são feitos de dois metais diferentes unidos que produzem uma
tensão quando aquecidos. A tensão produzida depende do material de que são
feitos e normalmente são dadas designações de letras como T, K, J, etc. Cada
tipo de termopar opera em diferentes faixas de temperatura.

Ao ligar termopares num sistema de controlo de temperatura, a fiação deve ser


do mesmo material que a junção termopar para manter a calibragem de tensão
/ temperatura adequada. Além disso, a temperatura das conexões de parafuso
no controlador também deve ser conhecida e compensada para
(compensação de junção a frio) para alcançar a operação adequada.

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Sensores de entrada – RTD

Um RTD ou dispositivo de temperatura resistivo é


um elemento de resistência (geralmente de
platina) cuja condutividade muda na proporção de
temperatura. A variação de resistência e, portanto,
mudança de temperatura, pode então ser medida.

O RTD também pode ser chamado de


"Termómetro de Resistência."

Uma vantagem dos RTDs é a sua capacidade


para se ligar a um controlador de temperatura sem
fio especial ou a necessidade de compensação de
junção fria que são necessárias ao instalar
termopares.

Sensor de entrada – Termístor

A condutividade de materiais semicondutores


também é conhecida por ser proporcional à
variação de temperatura.

Termístores são compostos deste material e são


sensores muito precisos e de resposta rápida
para a medição de temperatura em aplicações
críticas.

No entanto, os termístores têm uma faixa de


temperatura mais limitada quando comparado a
outros tipos de sensores de temperatura

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Sensor de entrada – Infravermelho

Um sensor de temperatura infravermelho detecta a energia radiante de


materiais aquecidos que também estão em proporção à sua temperatura.

Uma vantagem sobre o termopar ou RTD é que ele pode medir a temperatura à
distância sem ter de tocar fisicamente o material quente.

Sensor de entrada – Seleção

O tipo de Sensor de entrada escolhido geralmente depende da faixa de


temperatura necessária, velocidade de resposta, requisitos de montagem,
resistência à corrosão, e outros fatores.

Para fornecer leituras precisas e dimensionamento adequado, o controlador


deve ser compatível e programado para o tipo de sensor utilizado.

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Sensores de proximidade

Um Sensor de Proximidade responde à presença de um objeto próximo ao


sensor. Na maioria dos casos, são apenas alguns milímetros. Frequentemente
o sensor de proximidade detecta uma posição final de uma peça da máquina e
o sinal de saída do sensor ativa outra função da máquina.

As principais vantagens dos sensores de proximidade industriais são:

• Operação confiável mesmo em ambientes severos (por exemplo,


ambientes externos ou petrolíferos)
• Operação/instalação simples e fácil
• Preço atrativo (por exemplo, menos que os sensores fotoelétricos)

Atualmente os sensores de proximidade são encontrados em muitos tipos de


indústrias e aplicações. Alguns exemplos:

• Indústria automóvel
• Indústria de máquina ferramenta
• Indústria de processamento de alimentos
• Veículos utilitários (por exemplo, caminhões, máquinas agrícolas)
• Máquinas para lavar carros

Tipos de sensores de proximidade

Há 2 tipos principais de sensores de proximidade industriais:

Sensores de Proximidade Indutivos que detectam os objetos gerando um


campo electromagnético. Naturalmente apenas objetos metálicos podem ser
detectados.

Sensores de Proximidade Capacitivos detectam os objetos gerando um


campo capacitivo eletrostático. Dessa forma, todos os tipos de objetos podem
ser detectados.

Embora os sensores indutivos detectem somente objetos metálicos, eles são


muito mais comuns na indústria. São menos afetados por distúrbios externos
como EMC e – não menos importante – são mais baratos do que sensores
capacitivos.

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Sensor indutivo

Um sensor de proximidade indutivo consiste numa bobina enrolada ao redor de


um núcleo de ferrite. Uma alta-frequência é aplicada à bobina, gerando um
campo electromagnético oscilante ao seu redor. Isso é detetado por um circuito
interno.

Quando um objeto metálico se movimenta em direção a esse campo, correntes


elétricas (correntes de Foucault) são criadas nesse objeto.

Essas correntes causam um efeito tipo transformador. Como resultado, a


energia na bobina de detecção diminui e as oscilações são reduzidas; a força
do campo magnético é diminuída.

Os circuitos de monitoramento detectam o nível reduzido das oscilações e


então mudam a saída. Consequentemente o objeto foi detectado.

Uma vez que o princípio operacional utiliza um campo electromagnético, os


sensores indutivos distinguem-se dos sensores fotoelétricos na resistência ao
ambiente. Por exemplo, óleo e sujidade geralmente não exercem influência no
funcionamento do sensor.

Saída do sensor indutivo

Atualmente a maioria
dos sensores indutivos
possuem saída de
transístor com lógica
NPN ou PNP. Esses
tipos também são
chamados de modelos
DC-3 fios ou 4 fios.

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Nalgumas instalações, os sensores de proximidade com 2 ligações (positiva e
negativa) são utilizados. Eles são chamados de modelos DC-2 fios ou AC-2
fios.

Normalmente aberto / Normalmente fechado

Os sensores de proximidade são divididos segundo o modo de operação,


normalmente aberto (NA = NO) e normalmente fechado (NF = NC)
descrevendo se o sinal de saída do sensor está em nível alto com ou sem um
objeto detectado.

• Normalmente aberto: sinal alto quando detecta um objeto; sinal baixo


sem um objeto
• Normalmente fechado: sinal alto sem um objeto; sinal baixo quando
detecta um objeto.

Sensores de proximidade com saídas NA e NF são chamados de modelos


antivalentes.

Alcance de detecção

O alcance de detecção ou distância


sensora (sensing distance) é uma
especificação importante ao projetar
um sensor de proximidade numa
máquina.

Existem sensores de proximidade


indutivos de distância única, dupla e
até mesmo tripla.

O alcance de detecção citado nas


especificações para os sensores de
proximidade indutivos é baseado num alvo-padrão movimentado axialmente ao
sensor. Esse objeto-padrão é uma chapa quadrada de aço com 1 mm de
espessura, um objeto primariamente ferroso.

Nota: Para objetos que se movem radialmente à face de detecção, o alcance


de detecção é diferente!

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Fator de redução de alcance de detecção

Dependendo do tipo de metal utilizado, a faixa de detecção pode ser menor do


que o alcance de detecção classificado. A tabela seguinte mostra reduções
aproximadas no alcance de detecção de um sensor-padrão de proximidade
para diferentes materiais de metal. Informações detalhadas sobre a
dependência aos tipos de metais podem ser encontradas nas informações
técnicas no manual técnico de cada sensor indutivo.

Nota: Sensores indutivos especiais apresentam o mesmo alcance


independentemente do tipo de metal utilizado. Eles também são chamados de
sensores de proximidade "Fator 1".

Influência do tamanho do objeto

O alcance de detecção também é influenciado pelo tamanho do objeto (objetos


menores causarão a diminuição do alcance de detecção).

O tipo e a espessura da chapa também têm influência no alcance real de


detecção.

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Alcance de detecção – Histerese

A Histerese de um sensor descreve as diferenças entre a distância na qual o


sensor é ativado e a distância na qual o sensor é desativado.

Uma pequena Histerese possibilita um posicionamento preciso do objeto.

O valor da Histerese geralmente varia entre 5 -10%.

Sensores indutivos blindados (faceados)

Sensores de proximidade blindados (shielded) ou faceados são feitos com uma


placa blindada ao redor do núcleo de ferrite. Isso tem o efeito de conduzir o
campo magnético à parte frontal do sensor.

Um sensor de proximidade blindado (faceado)


pode ser montado diretamente nas superfícies
metálicas se o espaço for limitado. Isso também
proporciona a vantagem de proteção mecânica
do sensor.

Consequentemente, isso limita a faixa de


detecção, mas o sensor pode ser facilmente
montado com metais em volta sem nenhum
efeito.

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Sensores indutivos não blindados (não faceados)

Sensores não blindados (não faceados) não possuem proteção ao redor do


núcleo de ferrite. As diferenças entre sensores blindados e não blindados
podem ser facilmente vistas.

Esse design fornece uma faixa de detecção maior do que sensores de


proximidade blindados. Para o mesmo tamanho de diâmetro, sensores
indutivos não blindados possuem aproximadamente o dobro do alcance de
detecção em comparação aos blindados.

Sensores de proximidade não blindados (não faceados) não podem ser


embutidos. Portanto, a proteção mecânica é menor. Uma vez que o campo se
estende até a lateral do sensor de proximidade, ele pode ser influenciado por
metais nessa área. Sensores de proximidade não blindados também são mais
sensíveis a interferências mútuas.

Para evitar qualquer problema com a montagem, siga as diretrizes fornecidas


no manual técnico (datasheet) do produto.

Seleção do sensor indutivo

Para selecionar o sensor de proximidade certo para uma aplicação, diversas


coisas devem ser consideradas:

• Condições específicas do objeto (tipo de metal, tamanho, galvanização)

• Direção do movimento do alvo

• Velocidade do alvo

• Efeitos do metal ao redor

• Efeitos da temperatura, tensão, EMC, vibração, choque, humidade, óleo,


pó, produtos químicos ou detergente

• Alcance de detecção necessário

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Sensores Fotoelétricos

Introdução

Sensores Fotoelétricos (PhotoElectric Sensors = PES) podem detetar muitos


atributos físicos diferentes, da deteção de uma garrafa descendo um
transportador ou vendo um robô de milhões de dólares pegar uma peça a ser
instalada num automóvel.

Imagine um mundo sem PES, basicamente estaríamos cegos tratando-se de


Automação Industrial.

Quais são as principais vantagens de um sensor fotoelétrico em comparação


com outro sensor, por exemplo, sensor de proximidade ou sensores de
contacto?

Os sensores fotoelétricos:

• não precisam de contato com o objeto


• podem detectar objetos a uma longa distância
• estão livres de desgaste / tempo útil longo
• têm um rápido tempo de resposta (por exemplo, 1 ms)
• detectam praticamente qualquer objeto/material

Design Interno

O design de um sensor fotoelétrico é simples. Basicamente, temos três


componentes principais:

1.Emissor de Luz (Light Emitter)


2.Receptor de Luz (Light Receiver)
3.Circuito de Saída (Output Circuit)

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Emissor de Luz (Light Emitter)

Os sensores fotoelétricos de hoje trabalham com LEDs semicondutores (Light


Emitter Diode = Díodo Emissor de Luz).

A luz emitida é enviada em impulsos. Esses algoritmos especiais de impulso


ajudam o sensor a distinguir entre a luz do sensor e a luz que vem de outras
fontes de luz ambiente (por exemplo, a iluminação solar ou a iluminação do
quarto).

Os tipos mais comuns de LED são o LED vermelho, LED infravermelho ou


díodo laser. Alguns modelos especiais também possuem um LED branco ou
verde. Também existem LEDs amarelos.

Receptor (Light Receiver)

Geralmente o receptor é um fototransístor. Pode detectar luz e convertê-la num


pequeno sinal analógico elétrico. Hoje muitos sensores fotoelétricos usam um
ASIC altamente integrado (Aplication Specific Integrated Circuit = Circuito
Integrado Específico de Aplicação), onde fotoelemento, amplificador,
processamento e algumas funções de sensores são integradas num CI
semicondutor. O receptor detecta a luz vinda diretamente do emissor (sensor
de barreira, por exemplo) ou a luz difusa refletida pelos objetos detectados (por
exemplo, sensor difuso).

Circuito de Saída (Output Circuit)

O circuito de saída converte o sinal analógico do fototransístor/ASIC num sinal


ON/OFF amplificado. O nível de luz recebido ativa a saída do sensor, assim
que a quantidade de luz excede um nível limite definido.

Embora alguns projetos anteriores com fontes de alimentação embutidas e


saídas de relé ainda sejam populares, hoje a maioria dos sensores I/O utiliza
uma saída de transístor (PNP/NPN).

Alguns sensores fotoelétricos especiais também oferecem uma saída analógica


para aplicações de medição simples.

Regulação

Os sensores fotoelétricos apresentam duas possibilidades principais de


regulação:

1. Regulador de Limite (Threshold Adjuster)

O utilizador pode configurar o nível de limite, ou seja, a quantidade de luz que


ativa a saída do sensor. Se a luz recebida é igual ou superior ao limite, uma
saída é gerada. Na prática, alterar o limite resultará em aumento ou diminuição
da distância de detecção.

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A regulação de limite também pode ser usada para tornar o sensor mais
sensível para detectar pequenos objetos ou objetos semitransparentes. Alguns
sensores também possuem um botão de aprendizagem para definir o limite
ideal de acordo com uma dada aplicação.

2. Comutador Light-On/Dark-On

Um recurso relacionado com sensores fotoelétricos é como o sensor irá


responder, quando se está a receber ou não luz. Este recurso é normalmente
referido como operação Dark-On ou Light-On.

Operação Dark-ON (D-ON) – A saída do sensor é ativada quando não há luz


sendo recebida pelo receptor.
Sensores de Barreira e retrorreflexivos são normalmente operados em modo D-
ON. Os objetos interrompem o feixe, o que ativa a saída.

Operação Light-On (L-ON)- A saída do sensor é ativada quando o receptor está


recebendo luz a partir do alvo.
Sensores difusos e BGS são normalmente operados em modo L-ON. O
receptor detecta a luz refletida pelo objeto, que ativa a saída.

Indicadores

A maioria dos sensores fotoelétricos tem dois indicadores:

1. Verde – indicador de estabilidade (stability indicator)

O LED verde indica se o sensor é operado numa condição estável; significa


que o sensor recebe um claro sinal de ON ou OFF. O LED verde também ajuda
na instalação/regulação do sensor.

2. Indicador de saída Laranja/vermelho (output indocator)

O LED laranja ou vermelho indica se há um sinal na saída ou não. Noutras


palavras: Se um objeto foi detectado.

Modos de Operação

Há 4 modos básicos de operação dos sensores fotoelétricos:

Barreira Retrorreflexivo Difuso Supressão de fundo

(Through-beam) (Retro-reflective) (Diffuse-reflective) (Background-


Suppression)

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Vamos agora dar uma olhada nesses quatro modos e obter uma visão geral
sobre as suas vantagens, desvantagens e alguns exemplos de aplicação.

Barreira (Through-beam)

Sensores de Barreira têm os dispositivos, emissor e receptor separados. A


parte do emissor emite um feixe de luz, e a parte do receptor recebe a luz. Se
um objeto se move entre o emissor e o receptor, interrompe o feixe e o receptor
emite um sinal.

Vantagens:

• Longa distância (até 30m), alta reserva (por exemplo, para ambientes
poeirentos)
• Possível posicionamento preciso de objetos
• Alta confiabilidade na detecção de todos os possíveis objetos (exceto
objetos transparentes)

Desvantagens:

• Maior dificuldade para regulação


• Necessidade de ligações de dois cabos => alto esforço de
instalação/cablagem
• Altos custos de produto

Exemplos de aplicação:

1. Portões de acesso. Muitas vezes a instalação de portões de acesso é


coberta com vidro escuro/fumê. O alto poder de sensores de barreira é
necessário para detectar através deste vidro.

2. Ambientes hostis, onde elevada reserva de detecção é necessária, por


exemplo, máquinas de lavar carros ou ambientes sujos.

3. Automação industrial em geral, especialmente quando é necessário o


posicionamento preciso de peças.

Retrorreflexivo (Retro-Reflective)

O Emissor do sensor envia a luz para um refletor de prisma especial, que


reflete a luz de volta ao receptor do sensor. Se um objeto se move no caminho
da luz, o sensor gera uma saída.

Vantagens:

• Custos menores de produção do que o de barreira


• Menores esforços de instalação (do que sensores de barreira)
• Regulação fácil
• Avarias por objetos brilhantes podem ser evitadas pelo uso de filtros
polarizadores.

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Desvantagens:

• Menor distância de detecção do que os sensores de barreira (4-5m).


• Ainda uma segunda parte (refletor) é necessária para instalação
• Sensores retrorreflexivos com duas lentes mostram uma certa zona
morta em curtas distâncias de detecção.

Retrorreflexivo é o modo mais comum usado para PES em Automação


Industrial. Ele oferece um bom compromisso entre boa confiabilidade de
detecção, distância de detecção suficiente e preço atraente.

Exemplos de Aplicação:

• Logística de transporte
• Automação industrial em geral
• Detecção de garrafa/PET transparente (com tipo retrorreflexivo especial)
• Portas, portões (instalação de edifício)

Difuso (Diffuse Reflective)

A detecção difusa envia a luz do emissor para o objeto detectado. O objeto


detectado reflete parte da luz emitida (reflexão difusa) de volta ao componente
de receção do sensor para determinar a presença ou ausência do objeto.

Vantagens:

• Pouco esforço de instalação


• Refletor desnecessário

Desvantagens:

• Distância limitada de detecção (apenas a luz difusa é detectada) - max.


1m.
• Alto erro de preto/branco; A distância de detecção é altamente
influenciada pela cor, tamanho e estrutura da superfície de um objeto.
Portanto, a detecção pode ser difícil, se houver um fundo claro atrás do
objeto de detecção.
• Menos precisa/confiável do que do tipo Barreira e retrorreflexivo.

Os sensores difusos são geralmente instalados, se a montagem de um refletor


é difícil e/ou os requisitos de precisão são baixos (detecção de presença
simples).

Exemplos de aplicação:

• Automação industrial em geral, transportadores


• Indústria de cerâmica (tipos de feixe amplo)

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Supressão de Fundo (Background Suppression = BGS)

Um sensor de supressão de fundo (background suppression = BGS) é uma


versão especial de um sensor difuso. Considerando que um sensor difuso
detecta uma quantia de luz recebida, o sensor BGS detecta o ângulo da luz
recebida. Esta tecnologia é chamada triangulação. Assim, o comportamento de
detecção não é influenciado pela cor do objeto ou qualquer plano de fundo.

Para realizar uma triangulação, o sensor usa um díodo duplo como receptor ou
uma matriz de elemento/díodo PSD.

Vantagens:

• Refletor não necessário


• Mais preciso e confiável que o difuso (pouco erro de preto/branco)
• Geralmente a distância de detecção pode ser definida

Desvantagens:

• Menor distância de detecção (max. 200mm)

Sensores BGS estão a ficar cada vez mais e mais populares em automação de
fábrica, porque não precisam de um refletor e fornecem uma detecção estável.
Normalmente são montados ao lado ou em cima de uma esteira detectando os
objetos que passam.

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Sensores de fibra ótica

Introdução

Uma necessidade comum em automação de máquinas é detectar a presença


ou ausência de um objeto num determinado ponto.

Transportadores, máquinas de embalagem, inspeção de peças, e muitas outras


aplicações industriais dependem de sensores confiáveis. Quando as exigências
também incluem objetos muito pequenos, espaços apertados, alta velocidade,
ou ambientes hostis, os engenheiros, muitas vezes, procuram uma solução nos
sensores de fibra ótica.

Reflexão interna total

Todos os sensores de fibra ótica utilizam o princípio da reflexão total interna


para orientar uma fonte de luz ao longo de fibras de polímero ou vidro finos e
flexíveis para o objeto que se pretende detectar.

Tal como acontece com um fluxo de água, um feixe de luz que entra numa fibra
transparente viaja de ponta a ponta, refletindo na sua parede interna, com
pouca perda de brilho.

Quando a luz viaja apenas num meio como o vidro ou o ar, a sua direção
continua imutável.

Contudo, se a luz viaja de um meio para outro, por exemplo do vidro para o ar,
a luz irá mudar a direção na interface entre os dois. A luz irá dobrar ou refratar
para longe do "normal" uma linha de referência perpendicular à interface.

Conforme o ângulo da luz no vidro aumenta, o feixe refratado no ar chegará à


interface primeiro. Este é um ângulo crítico onde toda a luz será confinada ao
material de maior densidade.

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Sensores de fibra ótica e os sensores convencionais

Como é que os sensores de fibra ótica diferem dos sensores fotoelétricos


convencionais?

Os sensores fotoelétricos contêm todos as óticas e eletrónica num corpo. Por


causa deste design, a unidade inteira deve ser montada num local com uma
visualização direta do objeto a ser detectado.

Para algumas aplicações, não há espaço físico suficiente para montar um


sensor convencional ou o ambiente mecânico, químico ou térmico pode afetar
de forma adversa a operação e a confiabilidade do sensor

Em contraste, os sensores de fibra ótica podem guiar e direcionar uma fonte de


luz remota muito próxima do objeto a ser detectado. Portanto, a fibra pode ser
muito menor e fácil de posicionar que um sensor fotoelétrico convencional.

Os sensores de fibra ótica podem ser programados para se adaptarem a uma


variedade de tarefas desafiadoras.

Por exemplo, um sensor de fibra ótica do modelo apropriado poderia:

• Detectar cor
• Detectar objetos a alta velocidade
• Detectar características muito finas ou pequenas de objetos
• Detectar objetos opacos, translúcidos ou transparentes

Como nos sensores fotoelétricos convencionais, as fibras são projetadas para


funcionar num de três modos:

• Barreira (Through-beam)
• Difuso (Diffuse-Reflective)
• Retrorreflexivo (Retro-Reflective)

Alguns usos típicos:

• Detecção de objetos translúcidos ou transparentes.


(Barreira ou Retrorreflexivo)

• Detecção a longa distância num caminho preciso.


(Barreira)

• Pode detectar objetos de vários tamanhos.


(Fibras de área de barreira)

• Detectar características muito pequenas de objetos.


(Barreira ou Difuso com fibra coaxial + lentes focais)

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Os sensores de fibra ótica são favorecidos devido à sua imunidade à
Interferência Eletromagnética (EMI) em aplicações como na área de
soldagem. Também são preferidos pela sua habilidade de resistir a condições
severas de ambiente incluindo resistência a químicos, temperatura, pó,
sujidade ou água.

Lembre-se, a fonte de luz e o detector podem ser localizados num ambiente


protegido e remoto expondo apenas a fibra para as condições de operação.

Resumindo, os sensores de fibra ótica são levados em consideração sobre os


sensores fotoelétricos quando,

• O objeto a ser detectado está num espaço confinado

• Um sensor convencional seria muito suscetível a dano físico

• Há um desejo de detectar características muito pequenas do objeto

• O objeto está a mover-se rapidamente

• Ambientes hostis – EMI, alta temperatura, sujidade, pó, líquidos


químicos, etc.

Onde são utilizados os sensores de fibra ótica?

Existem muitas indústrias onde, para uma ou mais das vantagens


mencionadas, os sensores de fibra ótica são usados. Incluindo,

• As Indústrias onde o objeto a ser detectado está em espaços confinados

• As Indústrias Médicas e Farmacêuticas

• As Indústrias de Montagem Automóvel

• Indústrias de manuseamento de equipamentos de peças muito


pequenas ou que necessitam de detecção de posicionamento de alta
precisão (por exemplo, a Indústria de semicondutores).

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Constituição

Um sensor moderno de fibra ótica é constituído por alguns componentes


básicos.

O Amplificador (Amplifier): contém


uma fonte de luz, o detector para
processar a luz que retorna, fornece a
interface do operador para configurar
a operação do sensor, e fornece um
sinal de saída para outros
equipamentos de processamento.

A Fibra (Fiber): guia a luz do


amplificador até o objeto a ser
detectado e guia a luz incidente que
retorna para o amplificador para fazer
a detecção e o processamento.

A cabeça sensora (Fiber Head): fornece outro meio para guiar e


mecanicamente manter a fibra numa dada posição. Opcionalmente adaptado
com uma lente pequena, o cabeçote também pode moldar a luz enquanto ela
sai da fibra ou mudar o ângulo de aceitação para a luz que entra.

Os sensores utilizam uma fibra para iluminar o objeto e outra fibra para levar a
luz refletida ou incidente de volta para o detector. Na imagem, vemos que
ambas as fibras se juntam no cabeça sensora (fiber head) para formar uma
unidade compacta capaz de iluminar e detectar a presença de pequenos
objetos.

Na configuração de barreira mostrada abaixo, as fibras são separadas e


posicionadas uma de frente para outra. Nessa configuração, o objeto iria
interromper o feixe entre os dois sensores de fibra.

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Intensidade versus Limiar (Threshold)

A luz refletida do objeto, ou a luz interrompida pelo objeto, retorna para o


amplificador para processamento.

Esse valor de luz incidente (incident light) é então comparado com o valor do
limiar (threshold). Como em sensores fotoelétricos convencionais, a saída
(output) do sensor depende se a luz incidente está acima ou abaixo do valor do
limiar em qualquer ponto no tempo.

Aqui vemos que a saída está


LIGADA se a luz incidente está
acima do limiar e DESLIGADA
se a luz incidente está abaixo do
limiar.

Light ON / Dark ON

Nalgumas aplicações, o equipamento que receberá o sinal de saída do sensor


pode requerer que a saída do sensor possa ser invertida; DESLIGADA se
acima do limiar e LIGADA se abaixo. Compare o diagrama anterior com este.

Denominado como operação Light


ON ou Dark ON uma chave
existente no amplificador é
utilizada para escolher se um
sensor "light" ou "dark" ativa a
saída.

Encontramos o mesmo princípio


em sensores fotoelétricos
convencionais.

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Ensinando (Teaching)/ Ajustando (Tuning)

Alguns amplificadores de fibra digital têm uma taxa de detecção de 0000 a


4000 unidades de contagem. O valor do limiar (threshold) também pode
alcançar de 0000 a 4000 contagens.

A luz incidente é medida e comparada ao valor do limiar. Se a luz incidente


está acima do limiar, a saída é LIGADA e se a luz incidente está abaixo do
limiar, a saída é DESLIGADA sujeita à configuração LIGHT ON / DARK ON.

Em torno do valor de limiar há uma pequena faixa, onde o sinal de saída não
está estável e pode ser ON ou OFF. Esse comportamento é chamado de
histerese. No diagrama, a área de histerese está grande apenas para melhor
visualização.

Saturação (Saturation)

O valor de luz incidente aumenta e cai enquanto o objeto passa na frente do


sensor de fibra. Contando que o valor processado esteja dentro do range de
operação (operating range) do amplificador (0000 a 4000 contagens), o sensor
irá funcionar normalmente.

Contudo, se a luz incidente é tão brilhante que o valor incidente continua no


seu máximo (4000 contagens) mesmo com o objeto presente, o amplificador
diz-se saturado (satured).

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Ensinando (Teaching) / Ajustando (Tuning)

Uma vez que toda aplicação é única e com níveis diferentes de luz incidente,
tanto o amplificador quanto a sua fonte de luz devem ser ajustáveis.

Os ajustes de ensino são feitos para evitar saturação, permitir a máxima


sensibilidade, e garantir a deteção confiável

Por exemplo, ajuste de potência (Power Tuning) automaticamente configura a


emissão ideal de luz para permitir sensibilidade máxima do amplificador sem
saturação.

Ensino de dois pontos (Two-point Teaching) automaticamente ajusta o valor de


limiar baseado no ponto médio da luz incidente retornando para o sensor,
ambos com ou sem um objeto.

Construção da fibra ótica

Uma fibra é um polímero ou material de vidro fino que transporta a luz para e a
partir do objeto a ser detetado.

Duas características importantes da fibra são controladas pela sua construção:

• Eficiência Ótica (Optical Efficiency)


• Flexibilidade Mecânica (Mechanical Flexibility)

A construção da fibra começa com um simples Núcleo (Core) de filamento de


vidro transparente ou polímero. As extremidades deste material devem ser
cortadas de forma suave para garantir uma transferência máxima de luz para
dentro ou para fora da fibra.

A eficiência da transmissão de luz numa fibra pode ser melhorada se o core


(núcleo) da fibra estiver unido a um material com baixo índice de refração.

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O cladding (revestimento) encobre o núcleo da fibra e melhora a eficiência da
transmissão aumentando o efeito da reflexão interna total.

A fibra então pode ser revestida com um Buffer (material anti-choque) e um


Jacket (Invólucro) para resistência à abrasão, resistência química, e
estabilidade mecânica.

A flexibilidade da fibra pode ser melhorada utilizando múltiplos núcleos


revestidos. Como resultado, a fibra é mais robusta e pode ser dobrada sem
reduzir significativamente a intensidade da luz. O raio mínimo de curvatura para
esse tipo de fibra pode ser menor que 1mm!

Fibra de Núcleo Único Fibra de Núcleo Múltiplo


(Single Core Fiber) (Multi Core Fiber)
Maior Distância de detecção possível Distância de detecção geralmente curta
Raio Mínimo de curvatura grande Raio Mínimo de curvatura pequeno
Apenas instalação estática Aplicações robóticas

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Design do sensor de fibra

Existe uma variedade de designs, cada um criado para fazer o melhor


posicionamento e o desempenho ótico para a aplicação.

Cada um destes
designs pode ser
oferecido para métodos
de detecção de
barreira, retrorreflexivo
ou difuso.

Sensores PMMA
padrão fornecem uma
iluminação e ângulo de
aceitação de 60 graus.

Para aumentar a detecção de peças menores ou características de peças


pequenas, uma lente auxiliar pode ser adicionada ao sensor de fibra. As
lentes irão concentrar a fonte de luz e limitar o ângulo de aceitação permitindo
a detecção precisa.

Lentes auxiliares também podem ser usadas para aumentar a distância


máxima de detecção das fibras de barreira.

Para melhorar a detecção de objetos numa variedade de posições ou para


detectar a largura de um objeto enquanto ele passa na frente do sensor, alguns
designs de sensor de fibra incorporam óticas especiais para propagar tanto o
feixe como o padrão de detecção.

Sensores de Área (Area Sensors) são usados para propagar a fonte de luz
numa área de detecção maior. Nalgumas aplicações, onde a posição exata do
objeto varia, o sensor de
área funciona de forma
muito confiável.

De forma alternativa, um
sensor de área pode
detectar mudanças na
intensidade da luz incidente
enquanto um objeto
atravessa um pedaço do
feixe. Desse modo, uma
estimativa do tamanho do
objeto ou orientação pode
ser feita sem equipamentos
caros de medição.

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