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SUMÁRIO
Alfabeto 2
Ortografia 4
Emprego de Hífen 7
Língua e Linguagem 8
Linguagem verbal e não verbal 11
Linguagem formal e informal 13
Linguagem conotativa e denotativa 14
Texto 16
Elementos de Comunicação17
Coesão e Coerência 20
Intertextualidade 22
Variações Linguísticas 26
Preconceito Linguístico 28
Funções de Linguagem 33
Figuras de Linguagem 40
Verificação 33
Interpretação de Texto 59
Discurso Direto e Indireto 64
Discurso Indireto Livre 66
ALFABETO
A escrita é possível graças aos sinais gráficos ordenados – que são as letras que compõem o alfabeto –
que transcrevem os sons. A língua portuguesa tem 26 letras, três das quais são usadas em casos
especiais: K, W e Y.
Os primeiros Símbolos
Os primeiros símbolos surgiram na região da baixa Mesopotâmia e consistiam em ideogramas e
pictogramas que eram desenhos representativos de objetos.
https://ideiasesquecidas.com/2020/05/28/seria-possivel-eliminar-os-ideogramas-na-china-e-no-japao/
REDAÇÃO – Unidade 1
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens
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Esse sistema facilitava o entendimento nos mais diversos idiomas, possibilitando registrar,
armazenar dados e representar a história. No entanto, com o passar do tempo, ficou complexo
representá-los devido ao grande número de pictogramas existentes. Foi, então, preciso a criação de um
modelo que comportasse a formação de palavras.
Em princípio, o modelo desenvolvido pelos semitas com base na escrita egípcia - hieróglifos -
foi utilizado durante 3 mil anos. Era um alfabeto silábico considerado prático, elaborado com base na
escrita cuneiforme com formas gráficas e desenhos.
https://conhecimentocientifico.com/escrita-cuneiforme/
Alfabeto Fenício
https://conhecimentocientifico.com/fenicia/
Para facilitar as atividades comerciais, os fenícios passaram a utilizar a escrita. A partir da escrita semita,
os fenícios desenvolveram as anotações fonéticas, passando a utilizar a escrita alfabética em meados do
século XV a.C. O alfabeto fenício arcaico originou todos os alfabetos atuais. O sistema é composto por
22 signos que permitem a elaboração da representação fonética de qualquer palavra. Como os fenícios
eram mercadores e precisavam anotar suas transações, o seu método de representação fonética foi levado
para o Oriente Médio e a Ásia Menor, além dos árabes, etruscos e gregos, chegando à Península Ibérica.
Como os fenícios eram mercadores e precisavam anotar suas transações, o seu método de representação
fonética foi levado para o Oriente Médio e a Ásia Menor, além dos árabes, etruscos e gregos, chegando à
Península Ibérica.
REDAÇÃO – Unidade 1
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens
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Alfabeto Grego
https://www.infoescola.com/comunicacao/alfabeto-grego
A palavra alfabeto é de origem grega e representa a primeira letra (Alfa) e a segunda (Beta). Os
gregos adotaram por volta do século VIII a.C. e acrescentaram ao sistema mais sons vocálicos, passando
a ter 24 letras, entre vogais e consoantes. Foram os gregos os primeiros europeus a aprender escrever
com um alfabeto e seu sistema foi fundamental para o mundo moderno. Com a adoção de um sistema de
notação silábica, os gregos influenciaram em todo o alfabeto moderno. O alfabeto grego ainda é um
sistema de escrita aplicado na Grécia e nas comunidades gregas pelo mundo. As primeiras tentativas de
representação gráfica da pronúncia das palavras ocorreram por volta de 1500 a.C., mas os símbolos não
permitam o registro preciso dos sons. Assim, por volta do século 9 a.C., os gregos passaram a usar o
alfabeto fenício que, mesmo representando os sons, não continham vogais.
Alfabeto Latino/Romano
O latim é uma língua que pertence à família indo-europeia, assim como o grego, o sânscrito, o
escandinavo antigo e o russo. O alfabeto latino é originalmente constituído por 26 letras (A, B, C, D, E,
F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, X, Y, W, Z). As chamadas línguas românicas tardias
passaram a usar sinais diacríticos para a expressão de seus sons específicos. São o trema no alemão (ü),
o cedilha no português e francês (ç) e o til em português e espanhol (~).
Alfabeto Português
O alfabeto de representação gráfica da língua portuguesa é o latino. Os países de língua
portuguesa, que incluem o Brasil, aboliram as variações após a assinatura do Novo Acordo Ortográfico
da Língua Portuguesa e acrescentaram as letras que notam os sons de K, Y e W. Assim, esse alfabeto é
grafado pelas letras A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, X, Y, W, Z.
ORTOGRAFIA
REDAÇÃO – Unidade 1
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X CH
Uso do h
A letra h é utilizada nas seguintes situações:
• No final de algumas interjeições: Ah!, Oh!, Uh!
• Por força da etimologia: habilidade, hoje, homem.
• Nos dígrafos ch, lh, nh: flecha, vermelho, manhã.
• Nas palavras compostas: mini-hotel, sobre-humano, super-homem.
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Uso do s e do z
A letra s é utilizada nas seguintes situações:
• Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso / -osa que indicam grande quantidade, estado ou
circunstância: bondoso, feiosa, oleoso.
• Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa, poetisa.
S Z
Uso do g e do j
A letra g é utilizada nas seguintes situações:
• Nas palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: presságio, régio, litígio, relógio,
refúgio.
• Nos substantivos que terminem em -gem: alavancagem, vagem, viagem.
G J
EMPREGO DE HÍFEN
O Novo Acordo Ortográfico está em vigor desde 2009, mas muitas dúvidas sobre as novas regras,
como as do hífen, permanecem até hoje. Veja a seguir algumas das principais regras elencadas em
tópicos:
ALÉM, AQUÉM, BEM, EX, SUPER, PÓS, PRÉ, PRÓ, RECÉM, SEM, SOTA, SOTO, VICE e
VIZO sempre exigem hífen.
Exemplos: Recém-formado / além-túmulo / super-homem / ex-namorado / vice-diretor.
Os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI,
SUPRA, ULTRA, ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE exigem hífen diante de palavras iniciadas pela
consoante H ou por vogal idêntica à do prefixo.
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O prefixo SUB exige hífen somente diante de palavras iniciadas pelas consoantes B, H e R.
Exemplos: Sub-reino / Subatômico / Sub-humano
O prefixo CO exige hífen somente diante de palavras iniciadas pela consoante H, exceto em casos de
aglutinação.
Exemplos: Cooperação / Correpresentante / Coerdeiro /Co-hiponímia
Os falsos prefixos AERO, AGRO, BIO, ELETRO, ENTRE, GEO, HIDRO, MACRO, MAX,
MICRO, MINI, MULTI, PLURI, RETRO etc. exigem hífen somente diante de palavras iniciadas pela
consoante H ou por vogal idêntica à do prefixo.
Exemplos: Bio-óleo / entre-eixos / mini-horta.
Nos prefixos ou nos falsos prefixos terminados em vogal, diante de palavras iniciadas pelas
consoantes R e S, duplica-se a consoante. Nos prefixos ou nos falsos prefixos terminados em consoante
diante de palavras iniciadas pelas consoantes R e S, não se duplica a consoante. Já os prefixos SUB, IN e
MAL não dobram a consoante S.
Exemplos: Contrarreforma / pseudossábio / subsecretário.
LÍNGUA E LINGUAGEM
Roman Jakobson foi um linguista russo que contribuiu para diversas áreas da
linguística, incluindo a fonologia e a teoria da comunicação. Para ele, a língua é
uma estrutura comunicativa que serve a diferentes funções, como a expressão de
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John Searle aborda a linguagem como uma forma de comunicação que envolve
atos de fala. Ele destaca a função performativa da linguagem, ou seja, a
capacidade da linguagem de não apenas descrever a realidade, mas também de
realizar ações e influenciar o comportamento dos outros.
A linguagem, em sua essência, abrange tanto a forma verbal quanto a não verbal de
comunicação. A linguagem verbal refere-se ao uso de palavras, tanto faladas quanto escritas, para
transmitir significados. É por meio da linguagem verbal que expressamos ideias complexas,
compartilhamos informações, contamos histórias e nos comunicamos de maneira articulada. Ela
possui uma estrutura gramatical e utiliza vocabulário específico para transmitir mensagens claras e
precisas.
Por outro lado, a linguagem não verbal envolve o uso de elementos não verbais para transmitir
informações. Isso inclui gestos, expressões faciais, postura corporal, tom de voz, entonação,
proximidade física e até mesmo símbolos visuais, como imagens, ícones ou sinais. A linguagem não
verbal desempenha um papel crucial na comunicação, complementando e reforçando a linguagem
verbal. Ela pode transmitir emoções, atitudes, intenções e nuances de significado que muitas vezes
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não são expressas ou podem ser mal interpretadas pela linguagem verbal isoladamente.
Embora a linguagem verbal e não verbal sejam distintas, é importante destacar que elas estão
interligadas e frequentemente são usadas de forma integrada durante a comunicação. A combinação
adequada dessas duas formas de linguagem pode enriquecer a comunicação, tornando-a mais
completa, eficaz e compreensível. Ao reconhecer e interpretar tanto os aspectos verbais quanto os não
verbais da linguagem, podemos obter uma compreensão mais completa das mensagens transmitidas e
promover uma comunicação mais eficaz e significativa.
Observe ilustração:
A linguagem verbal é aquela expressa por meio de palavras escritas ou falada, ou seja, a linguagem
verbalizada.
(...) “lugar de fala” tem sido uma ferramenta largamente usada nos últimos tempos, tanto
para reforçar os vínculos identitários de certos estratos da esquerda quanto para mobilizar
e engajar para a luta política, tanto para orientar a ação política dos mobilizados e
engajados como para oferecer justificativas de superioridade moral para ação praticada.”
https://revistacult.uol.com.br/home/precisamos-falar-sobre-o-lugar-de-fala/
A linguagem não verbal utiliza dos signos visuais para ser efetivada: as imagens nas placas e as cores
na sinalização de trânsito, por exemplo.
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/linguagem-verbal-linguagem-nao-verbal.htm
A língua representa um sistema de signos convencionais (de natureza gramatical) usados pelos membros
de uma determinada comunidade, no nosso caso, a Língua Portuguesa.
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A fala é a forma como o indivíduo se comunica oralmente. Ela está diretamente relacionada com a língua.
Entretanto, ela é considerada individual e comumente é afetada por vícios de linguagem, costumes locais
e sotaques.
As duas variantes linguísticas da língua podem ser classificadas em linguagem formal – chamada de
linguagem culta – e a linguagem informal, também denominada de linguagem coloquial.
Assim, enquanto a linguagem formal é utilizada considerando as normas gramaticais, a linguagem
informal é aquela espontânea e despreocupada com as regras, utilizada, por exemplo, numa conversa
entre amigos.
Linguagem informal, considerada menos prestigiada e culta, usada quando há familiaridade entre
os interlocutores da comunicação ou em situações descontraídas.
Linguagem formal, considerada mais prestigiada e culta, usada quando não há familiaridade entre
os interlocutores da comunicação ou em situações que requerem uma maior seriedade.
Denotação
Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal) quando apresenta seu significado
original, independentemente do contexto em que aparece.
A denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva,
assumindo assim um caráter prático e utilitário. É utilizada em textos informativos, como jornais,
regulamentos, manuais de instrução, bulas de medicamentos, textos científicos, entre outros.
Conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando apresenta diferentes significados,
sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto em que aparece, quando se refere a sentidos,
associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação mediante a
circunstância em que é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.
A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da mensagem, por meio da
expressividade e afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa linguagem poética e na
literatura, mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitários,
entre outros.
Observe que o tema dos dois textos acima é o mesmo. O primeiro foi elaborado em linguagem
denotativa, e o segundo em linguagem figurada.
No terceiro quadrinho da tira, há uma expressão em seu sentido metafórico: “vai comer asfalto”. Não
se espera que a ameaça seja cumprida, no entanto sabemos que o sentido dado à expressão é negativo.
Moe usou o sentido figurado para dizer que Calvin vai passar por momentos desagradáveis no quinto ano.
TEXTO
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO
Para melhor compreender alguns conceitos, torna-se necessário o estudo dos elementos da
comunicação.
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Fonte: https://sites.google.com/site/revolucaodosmeiosdecomunicacao/o-processo-de-comunicacao
Ruído na Comunicação: ocorre quando a mensagem não é decodificada de forma correta pelo
interlocutor. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o código utilizado pelo locutor é desconhecido
pelo interlocutor; barulho do local; voz baixa; dentre outros.
Utilizamos dois elementos principais para que a comunicação se materialize de forma plena: a
linguagem e a língua.
TEXTUALIDADE
Fatores de Textualidade
Os fatores da textualidade são os elementos essenciais a toda produção textual. São sete os fatores
da textualidade, dois linguísticos e cinco pragmáticos: coerência, coesão, intencionalidade,
aceitabilidade, situacionalidade, informatividade, intertextualidade.
Coerência: trabalha no aspecto lógico, semântico e cognitivo do texto. Ele é o fator que garante a
construção de um novo sentido, a partir das relações entre diferentes ideias e conceitos utilizados.
Um texto coerente apresenta ideias relacionadas e explicadas, bem como evita contradições.
Coesão: é a materialização da coerência, por meio dos elementos conectivos (conjunções, pronomes,
preposições, etc.), responsáveis por estabelecer e caracterizar a natureza das relações entre as ideias
do texto.
Intencionalidade: refere-se ao esforço linguístico em expressar a mensagem, por meio de um texto
coerente e coeso. Todo texto é produzido com alguma intenção comunicativa. Quando organizamos
bem o sentido, a intenção do autor se faz mais evidente e contribui na compreensão do leitor/ouvinte.
Aceitabilidade: é o fator referente ao interlocutor (ouvinte/leitor). Indica a expectativa do receptor
em compreender a mensagem do texto. O sentido se constrói pela intenção do autor e pela abertura e
conhecimento de mundo do leitor.
Situacionalidade: indica o contexto no qual o texto está inserido, analisando a pertinência ou não da
produção textual para a situação comunicativa.
Informatividade: avalia o equilíbrio entre as novas informações e as informações já conhecidas.
Nenhum texto produz um sentido totalmente novo, pois sempre considera conhecimentos já
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existentes. Entretanto, o texto que somente repete dados conhecidos não acrescenta nada de novo,
apresenta-se mais como cópia.
Intertextualidade: refere-se à presença de marcas, semânticas ou formais, de textos produzidos
anteriormente no novo texto. Todo texto apresenta intertextualidade, mas nem sempre ela vem
indicada explicitamente.
COESÃO E COERÊNCIA
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição
quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um
dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e
os parágrafos. É fundamental na redação a apresentação clara das ideias, e para se alcançar isso as frases
devem estar bem articuladas. Essa articulação chama-se coesão textual, a qual é explicitada por meio de
elementos conectivos, normalmente conjunções, advérbios e pronomes.
Coerência é a característica daquilo que tem lógica e coesão, quando um conjunto de ideias
apresenta nexo e uniformidade. Para que algo tenha coerência, este objeto precisa apresentar uma
sequência que dê um sentido geral e lógico ao receptor, de forma que não haja contradições ou dúvidas
acerca do assunto.
Observe os conceitos dados pelos autores abaixo.
Halliday e Hasan consideram a coesão como um princípio textual que se refere à conexão e
continuidade entre as partes de um texto. Ela é alcançada por meio de recursos linguísticos, como
pronomes, conectores, repetição de palavras e substituição lexical. A coesão contribui para a clareza e
compreensão do texto.
Já a coerência, segundo eles, é o princípio que trata da interpretação global e lógica do texto. A
coerência envolve a organização e estruturação das ideias, a relação de sentido entre as informações
apresentadas e a construção de uma sequência coerente de eventos ou argumentos.
Van Dijk aborda a coesão como uma propriedade textual que envolve a relação entre as
unidades linguísticas dentro do texto. Ele destaca que a coesão pode ser alcançada por meio de
mecanismos como referência, substituição, elipse e conexões lógicas entre as sentenças. A coesão
contribui para a fluidez e compreensão do texto.
Quanto à coerência, Van Dijk a vê como um princípio cognitivo que diz respeito à
interpretação e compreensão global do texto. Ele enfatiza que a coerência é construída através da
ativação e integração de conhecimentos prévios do leitor, da estruturação das informações
apresentadas e da manutenção de uma linha temática consistente.
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Beaugrande e Dressler consideram a coesão como uma propriedade textual relacionada ao uso
de recursos linguísticos para conectar as partes do texto. Isso inclui elementos como referência,
substituição, elipse, conectores e marcadores discursivos. A coesão contribui para a organização e
estruturação do texto.
Em relação à coerência, eles a veem como uma propriedade semântica e pragmática do texto.
A coerência envolve a relação lógica e interpretativa entre as informações presentes no texto, a
progressão temática, a consistência de estilo e o atendimento das expectativas do leitor em termos de
sentido e propósito.
Para Ingedore Koch, a coesão é um princípio textual que se refere às relações formais e
gramaticais entre as partes de um texto. Ela envolve o uso de mecanismos linguísticos, como
pronomes, conectores, repetição de palavras e recursos de substituição, com o objetivo de garantir a
continuidade e a fluidez da leitura. A coesão contribui para a organização estrutural do texto,
facilitando a compreensão e a interpretação das informações apresentadas.
INTERTEXTUALIDADE
citação.
Paródia: Nesse tipo de intertextualidade, ocorre uma recriação ou imitação bem-humorada de um
texto conhecido, de modo a subvertê-lo ou satirizá-lo. A paródia pode envolver a imitação de estilo,
estrutura narrativa ou elementos temáticos de uma obra anterior.
Alusão: Consiste em fazer referência indireta a outro texto, sem citá-lo explicitamente. Pode ser
uma referência a uma obra literária, cultural, histórica ou até mesmo a uma expressão idiomática
conhecida.
Intertextualidade implícita: Nesse caso, não há uma referência direta a um texto específico, mas
há elementos que sugerem uma conexão com outras obras ou tradições literárias. Pode ser através de
temas, personagens, estruturas narrativas ou estilos similares.
Intertextualidade temática: Refere-se à presença de temas, assuntos ou tópicos semelhantes em
diferentes textos. Os temas podem ser explorados de maneiras diferentes, mas a conexão temática permite
uma relação intertextual entre as obras.
Intertextualidade intergêneros: Ocorre quando há uma conexão intertextual entre textos de
diferentes gêneros ou formas literárias. Por exemplo, um poema que faz referência a uma peça teatral ou
um conto que utiliza elementos de um ensaio.
A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da obra citada ou contestando-as.
Na pintura: Observe abaixo as releituras de Monalisa, de Leonardo da Vinci.
Na música:
A música “Monte Castelo”, da banda Legião Urbana, cita os versículos bíblicos 1 e 4, encontrados no
livro de Coríntios, no capítulo 13:
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https://2.bp.blogspot.com/-9nCG_ip6-
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa
ou como o sino que tine” e “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com
leviandade, não se ensoberbece”. E ainda os versos do escritor português Luís Vaz de Camões (1524-
1580), encontradas na obra “Sonetos” (soneto 11):
“Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”
Tipos de Intertextualidade
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
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Paródia: Do grego (parodès) a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante) e “odes”
(canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante à outra”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas
humorísticos. É uma releitura do texto original que conta geralmente com a crítica de caráter humorístico.
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
As variações linguísticas são as mudanças que a língua apresenta dentro do seu próprio sistema.
Nenhuma língua é estanque, uma vez que ela é um organismo vivo, que muda conforme o uso que os
falantes fazem dela. Ocorrem variações na língua porque a língua é usada por falantes inseridos numa
sociedade complexa, formada por diferentes grupos sociais, com diferentes hábitos linguísticos e
diferentes graus de escolarização.
Os falantes usam a língua de modo a suprir suas necessidades comunicativas, adaptando-a conforme
suas intenções e necessidades. Assim, as línguas estão em constante alteração, pois não são um sistema
estático e fechado.
As variações linguísticas ocorrem principalmente nos âmbitos geográficos, temporais e sociais.
Variações diatópicas
As variações diatópicas, também chamadas de variações regionais ou geográficas, são variações
que ocorrem de acordo com o local onde vivem os falantes, sofrendo sua influência, uma vez que
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diferentes regiões têm diferentes culturas, com diferentes hábitos, modos e tradições, estabelecendo assim
diferentes estruturas linguísticas.
Exemplos:
Diferentes palavras para os mesmos conceitos:
a) aipim, mandioca, macaxeira.
b) abóbora, jerimum, moranga.
c) sacolé, dindim, geladinho.
Diferentes dialetos:
a) dialeto caipira.
b) dialeto gaúcho.
c) dialeto baiano.
Reduções de palavras ou perdas de fonemas:
a) véio (velho).
b) muié (mulher).
c) escrevê (escrever).
d) cristar (cristal).
Variações diacrônicas
As variações diacrônicas, também chamadas de variações históricas, são variações que ocorrem de
acordo com as diferentes épocas vividas pelos falantes, sendo possível distinguir o português arcaico do
português moderno, bem como diversas palavras que ficam em desuso.
Observação:
Arcaísmos são palavras antigas, ou seja, palavras que perderam o seu uso ou o uso de algum dos seus
significados numa linguagem culta.
Exemplos:
Palavras que caíram em desuso:
a) baeta: indicava os habitantes de Minas Gerai.
b) botica: sinônimo de farmácia.
c) carisma: sinônimo de epilepsia.
d) coitar: sinônimo de machucar.
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Variações diastráticas
As variações diastráticas, também chamadas de variações sociais, são variações que ocorrem de
acordo com os hábitos e cultura de diferentes grupos sociais. Este tipo de variação ocorre porque
diferentes grupos sociais possuem diferentes conhecimentos, modos de atuação e sistemas de
comunicação.
Exemplos:
• Gírias próprias de um grupo com interesse comum, como os skatistas:
a) Prefiro freestyle.
b) O gringo tem um carrinho irado.
c) O silk do skate tá insano.
• Jargões próprios de um grupo profissional, como os policiais e militares:
a) Ele deu sopa na crista.
b) Vamos na rota dele.
c) Não mexe com meu peixe.
Variações diafásicas
As variações diafásicas, também chamadas de variações situacionais, são variações que ocorrem de
acordo com o contexto ou situação em que decorre o processo comunicativo. Há momentos em que é
utilizado um registro formal e outros em que é utilizado um registro informal.
PRECONCEITO LINGUÍSTICO
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COMPONENTE CURRICULAR: Produção Textual
O preconceito linguístico é, segundo o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno, todo juízo
de valor negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de desrespeito) às variedades linguísticas de
menor prestígio social. Normalmente, esse prejulgamento dirige-se às variantes mais informais e ligadas
às classes sociais menos favorecidas, as quais, via de regra, têm menor acesso à educação formal ou têm
acesso a um modelo educacional de qualidade deficitária.
Homofobia
É comum que gírias ou expressões sejam rotuladas como específicas da comunidade LGBT e,
consequentemente, repudiadas por aqueles que possuem aversão a esse grupo social. Basta se lembrar da
polêmica em torno de uma questão da prova do Enem de 2018 que versava sobre o pajubá (dialeto
criado pela comunidade LGBT).
Consequências do preconceito linguístico
A principal consequência do preconceito linguístico é a acentuação dos demais preconceitos a ele
relacionados. Isso significa que o indivíduo excluído em uma entrevista de emprego, por se utilizar de
uma variedade informal da língua, não terá condições financeiras de romper a barreira do analfabetismo
e, provavelmente, continuará excluído. O cidadão segregado por apresentar sotaque de uma determinada
região continuará sendo visto de forma estereotipada, sendo motivo de riso ou de chacota e assim por
diante.
Preconceito linguístico no Brasil
Dialeto
Dialeto é uma linguagem própria de determinadas comunidades e que existe simultaneamente à
outra língua. Como no Brasil existe dialeto caipira, um jeito de se expressar próprio do interior de São
Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Paraná, que coexiste com a Língua Portuguesa. O
dialeto tem suas próprias marcas linguísticas, estrutura semântica, léxico e características fonológicas,
morfológicas e sintáticas. É normalmente restrito a uma comunidade regional.
É uma variante linguística, que tem origem em uma outra língua. Não necessariamente é originada na
língua oficial do território em que se fala o dialeto. Por vezes, na comunidade, fala-se apenas o dialeto
local, sem o uso da língua oficial do país. Em alguns lugares de colonização italiana no Rio Grande do
Sul, por exemplo, existem vilarejos que falam apenas o dialeto do Vêneto, Norte da Itália, e internamente
não se fala português.
A sociolinguística defende que existem outros fatores além dos regionais que determinam um
dialeto. E que existem os chamados dialetos etários (com as diferenças marcadas entre as formas de
expressão de geração para geração) e dialetos sociais (entre diferentes grupos sociais).
Alguns linguistas entendem o português falado no Brasil como um dialeto brasileiro, em função das
grandes diferenças até mesmo estruturais entre a forma como se fala e escreve-se no Brasil e em Portugal.
A palavra “idioma” não é sinônimo exato de “dialeto”, pois o idioma é um termo caracterizado
politicamente, em referência à língua oficial de um país. São exemplos de dialetos no Brasil o dialeto
mineiro, o dialeto gaúcho, o dialeto baiano e o dialeto carioca.
Dialeto e Sotaque
Dialeto e sotaque não são sinônimos. O dialeto caracteriza-se pela estrutura de linguagem própria
de um grupo, sejam as palavras diferentes, a forma de construir as frases, e etc. O sotaque é a pronúncia, a
forma como se fala. É marcado pelo ritmo com que as palavras são expressadas verbalmente, os
diferentes sons na fala.
Exemplos:
a) Mineirin (mineirinho).
b) Quietin (quietinho).
Jargão significa uma linguagem pouco compreensível, em muitos casos por ser específica de
determinado grupo profissional ou sociocultural. O termo tem sua origem na palavra francesa "jargon". O
uso do jargão provoca uma linguagem viciada e corrompida, demonstrando pouco conhecimento de uma
língua ou a intencionalidade de que a conversa não seja compreendida por quem não pertença ao círculo.
O jargão profissional representa um discurso de difícil compreensão para quem não faz parte do
meio onde é falado. É o caso das áreas ligadas ao Direito (jargão jurídico), Economia, Medicina, TI
(Tecnologias de Informação), entre muitas outras. A introdução de palavras desconhecidas ou que
pertencem a outros idiomas dificultam o entendimento. O jargão militar, por exemplo, são palavras
usadas no contexto das Forças Armadas.
Os jargões cheios de palavras difíceis, podem afugentar o interlocutor e, por isso, deve ser evitado.
Enquadram nesses casos o politiquês, o economês, o juridiquês, entre outros com sufixo "ês". Em alguns
casos, o jargão pode ser sinônimo de calão, indicando algumas palavras que são usados na linguagem
informal. O jargão também pode estar relacionado a um esporte, sendo que o jargão de futebol, por
exemplo, é composto por palavras que estão diretamente ligadas com o mundo do futebol.
Exemplos de jargão:
• Medicina
a) "Apresenta uma massa cística indeterminada e septos espessos irregulares mas com realce
mensurável."
• Informática
b) "O tweak pode ser feito no BIOS da motherboard".
c) " A mochila vem com um mouse ótico USB com scrolling de quatro direções e conexão Plug&Play".
Fonte: https://www.significados.com.br/dialeto/
FUNÇÕES DE LINGUAGEM
Todos os elementos da comunicação possuem uma função da linguagem que foi determinada pelo
linguista Roman Jakobson. Segundo Jakobson, cada elemento assume uma finalidade no ato
comunicativo. Tem-se seis funções de linguagem:
1. Fática
2. Referencial (ou denotativa)
3. Emotiva (ou expressiva)
4. Conativa (ou apelativa)
5. Poética
6. Metalinguística
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Função Fática
O objetivo é simplesmente estabelecer relação entre o emissor e o receptor, estabelecer, prolongar ou
interromper a comunicação. É a função responsável pelo primeiro contato entre emissor e receptor.
Ênfase no contato.
Palavra-chave: canal
Linguagem das falas telefônicas, saudações, diálogos superficiais e similares.
https://br.pinterest.com/pin/733594226774901923/?lp=true
Ênfase no contexto.
Palavra-chave: referente.
Objetiva, direta, denotativa.
Prevalece a 3ª pessoa do singular.
Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.
Exemplo:
Coronavírus: com nova metodologia, número de mortes chega a 242 em um dia e registro de casos
triplica.
Ênfase no remetente.
Palavra-chave: emissor
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Exemplo:
Édipo: Oh, execrável nuvem de trevas, que colas sobre mim, monstruosa, invencível, que não posso
dissipar! Ai de mim! Ai de mim! Como sinto cravar-se juntamente a pontada destes aguilhões e a
memória de minhas desavenças.
Sófocles. Teatro Grego, Cultrix, tradução de Jaime Bruna.
Ênfase no destinatário.
Função muito usada nos discursos, nas propagandas., nos sermões.
É comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo.
Exemplo:
Poética
Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em
geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na
publicidade.
Ênfase na mensagem.
Palavra-chave: mensagem
Centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor.
Palavras usadas em sentido conotativo.
Utilização de figuras de linguagem.
É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas
etc.
Exemplo:
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https://redacaonocafe.files.wordpress.com/2012/02/poetica.jpg
Função Metalinguística
Ênfase no código.
A função metalinguística da linguagem está presente em diversos gêneros textuais, inclusive nas
artes plásticas.
o autorretrato de um fotógrafo;
a foto de uma câmera nas propagandas publicitárias;
a pintura de um artista pintando;
o filme que descreve sobre o cinema;
o texto que fala da escrita;
o desenho de alguém desenhando.
Observe:
a) No dicionário:
c) Na música:
Como podemos perceber, a função metalinguística está presente nos dicionários, cujos verbetes
explicam a própria palavra; no filme que tem por tema o cinema; no poema que tem por tema o
fazer literário, e nos demais gêneros em que a linguagem está preocupada com o próprio código. A
metalinguagem não tem o objetivo de significar por si, mas sim tem o objetivo de dizer o que o
outro significa.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de Linguagem são também chamadas de figuras de estilo. São recursos estilísticos usados
para dar maior ênfase à comunicação. Dependendo da sua função, elas são classificadas em:
Figuras de palavras ou semânticas estão associadas ao significado das palavras: metáfora,
comparação, metonímia, catacrese, sinestesia e perífrase.
Figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias e pensamentos: hipérbole,
eufemismo, ironia, personificação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.
Figuras de sintaxe ou construção interferem na estrutura gramatical da frase: elipse, zeugma,
hipérbato, polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.
Figuras de som ou harmonia estão associadas à sonoridade das palavras: aliteração,
paronomásia, assonância e onomatopeia.
Metáfora
De acordo com Aristóteles, a metáfora é “capaz de transportar para uma coisa o nome de outra”.
Trata-se, assim, de uma comparação subentendida, sem que haja a presença do nexo comparativo.
Exemplos:
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a) O poema é (como) uma bola de cristal. Se apenas enxergares nele teu nariz, não culpes o mágico.
(Mário Quintana).
c)
Comparação
Tem função semelhante à metáfora, mas utiliza o conectivo como para ligar dois termos.
Exemplo:
b)
Catacrese
Quando a metáfora deixa de ser momentânea e se cristaliza, ela recebe o nome de catacrese. Essa
figura é muito empregada na linguagem coloquial e geralmente se apodera de um substantivo que
significa outra coisa.
Metonímia
Metonímia é o mesmo que transnominação. Ela propõe uma nova dimensão para uma palavra quanto
ao seu significado, indo muito além do nome ou do significado contido no dicionário.
Antonomásia
É uma variante da metonímia, ou seja, uma substituição de um nome por outro que com ele tenha
relação, isto é, designamos uma pessoa pelos seus atributos ou por uma qualidade, ou ainda por uma
característica (ou fato) que a distingue.
Exemplos:
Poeta dos Escravos - Castro Alves.
O Águia de Haia - Rui Barbosa.
O Herói de Tróia - Aquiles.
O Berço dos Faraós - Egito.
Perífrase
Do grego perifrasis = em torno da frase, também conhecida por circunlóquio, rodeio; consiste em
substituir uma palavra por uma série de outras, de modo que estas se refiram àquela indiretamente,
Exemplo:
a) O rugido do rei das selvas (leão) é ouvido a uma distância de 8 quilômetros.
Observação:
Tendo em vista os exemplos dados, é de se notar que a perífrase é muito parecida com a
antonomásia; por esse motivo, muitos autores não fazem distinção entre essas duas figuras, ou
mesmo confundem uma com a outra. Em termos práticos, a antonomásia refere-se somente a nomes
próprios; e a perífrase serve para substituir qualquer palavra, seja ela um nome próprio ou não.
Outro exemplo:
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Elipse
Elipse é uma palavra que deriva do grego élleipsis, que quer dizer supressão. Portanto, elipse é a
omissão de um termo da oração, que pode ser identificado facilmente a partir da análise do contexto.
Exemplos:
a) (Eu) Levo uma pena leve de não ter sido bom.
b) Caberia mais um daqueles (filmes) na tela do cinema.
Zeugma
Nesse caso, um termo que já foi mencionado anteriormente é omitido.
Exemplos
a) Na casa dela havia uma jacuzzi; na minha, uma piscina. (omissão de “havia”)
b) Maria plantou uma laranjeira. Eu, limoeiro. (omissão de “plantou”)
Pleonasmo
"De origem grega, polys – pleon – pleonasein (muito), pleonasmo significa redundância. Esse vício
de linguagem acontece quando palavras redundantes são utilizadas sem função, uma vez que o
sentido da mensagem já foi alcançado antes com a apresentação de outras palavras."
Pleonasmo vicioso – Acontece quando palavras redundantes são utilizadas sem nenhuma função,
já que o sentido completo da mensagem já foi expresso por outras palavras que vieram antes. É um
vício de linguagem.
b) Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, aguenta
(Lenine, “Do it”)
Hipérbato
É a inversão da estrutura da frase, ou seja, a ordem direta deixa de existir. Essa figura é encontrada
com frequência nas poesias, já que facilita as rimas.
Exemplo:
a) A mocidade, dizem que não cria ferrugem. (Mario Quintana)
Na ordem direta, a oração acima ficaria assim: Dizem que a mocidade não cria ferrugem.
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b)
Polissíndeto
Quando a frase repete muitas conjunções, ela utiliza o recurso estilístico de polissíndeto.
Exemplos:
a) E o olhar estaria ansioso esperando
e a cabeça ao sabor da mágoa balançando
e o coração fugindo e o coração voltando […]
(Vinícius de Moraes)
Gradação
Expressa uma transformação gradual, de maneira crescente ou decrescente. É a apresentação de ideias
que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax).
Exemplos:
a) A moça trabalhou dias, semanas, meses, anos.
b) Ela berrou, gritou, falou, sussurrou, murmurou, já não havia mais nada que pudesse fazer.
c) A famosa atriz já foi milionária, rica, classe média...
Silepse de gênero: Ocorre silepse de gênero quando há uma discordância gramatical entre os gêneros
dos artigos, substantivos, adjetivos, pronomes.
Exemplos:
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a) A Rio-Santos está engarrafada. (a concordância é feita com a palavra rodovia, feminina, que está
subentendida)
b) A gente está cansado, precisando de férias. (a concordância é feita com o sexo do emissor e não
com a locução pronominal)
Silepse de número: Ocorre silepse de número quando o sujeito é uma palavra no singular que
transmite uma ideia de coletividade, havendo uma discordância gramatical entre o sujeito e o verbo
das orações que estão mais distantes do sujeito. O número indica o plural e o singular.
Exemplos:
a) O casal viajou e tiraram muitas fotos. (a concordância é feita com a ideia de plural transmitida pelo
substantivo casal)
b) A maioria das crianças gostam de chocolate. (a concordância é feita com a palavra no plural
crianças e não com o núcleo do sujeito: maioria, no singular)
Silepse de pessoa: Ocorre silepse de pessoa quando há discordância entre o sujeito e a pessoa verbal.
Existem três pessoas gramaticais: primeira (quem fala: eu e nós), segunda (com quem se fala: tu e
vós), terceira (de quem se fala: ele e eles).
Exemplos:
a) Todos preferimos viajar de avião. (a concordância é feita com nós e não com eles: preferem)
b) A situação é complicada porque os alunos queremos a anulação da prova. (a concordância é feita
com nós e não com eles: querem)
Antítese
Ao evidenciar a oposição, o contraste entre duas palavras ou ideias, temos uma antítese.
Exemplos:
a) Sei o que você está sentindo por dentro e por fora.
b) “Sou teu ego, tua alma
Sou teu céu, o teu inferno, a tua calma
Eu sou teu tudo, sou teu nada”
(“Meu eu em você”, da dupla Victor e Léo)
Paradoxo
O paradoxo se diferencia da antítese porque transmite uma ideia de contradição, não apenas de
contrastes.
Exemplo:
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Como explicar, por exemplo, que o fogo arde sem se ver? E como explicar que uma ferida dói se a dor
não é sentida? Eis o que caracterizamos como paradoxo.
Eufemismo
Figura que procura dizer algo de forma mais agradável, ou seja, aliviar uma expressão muitas vezes
pesada, ofensiva, pejorativa.
Exemplos:
a) “No dia seguinte, falou o diretor
"O aluno João Roberto não está mais entre nós
Ele só tinha dezesseis
Que isso sirva de aviso pra vocês"
(Renato Russo, Dezesseis)
b)
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Hipérbole
O objetivo dessa figura é usar o exagero para destacar uma expressão ou ideia.
Outros exemplos:
a) “Devia ter me importado menos
com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier”
(Epitáfio”, cantada pela banda Titãs)
Ironia
Quando você diz algo, mas na verdade está querendo dizer o contrário, está colocando em prática a
ironia.
Exemplos:
a) É tão feliz que nunca dá um sorriso.
b)
Prosopopeia ou personificação
Esta figura tem o propósito de personificar seres inanimados, dando características humanas a objetos
ou animais.
Exemplo:
Ô sol vê se não esquece e me ilumina
Preciso de você aqui
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Onomatopeia
Essa figura incorpora a carga de significado da sonoridade, ao transformar um determinado som em
palavra.
Exemplos:
a) Splish Splash!
Fez o beijo que eu dei
Nela dentro do cinema
Todo mundo olhou-me condenando
Só porque eu estava amando...
(Splish Splash, Roberto Carlos)
b)
http://www.divertudo.com.br/quadrinhos/onoma2.gif
Aliteração
Quando a frase apresenta uma sequência de letras semelhantes, com repetição de consoantes para
criar um som, temos um caso de aliteração.
Exemplos:
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“Leva-lhe o vento a voz, que ao vento deita.” (Luís de Camões) – repetição da consoante “v”.
“O rato roeu a roupa do rei de Roma.” (provérbio popular) – repetição da consoante “r”.
“Quem com ferro fere com ferro será ferido.” (provérbio popular) – repetição da consoante “f”.
Assonância
Esse recurso se parece com a aliteração, exceto pelo fato de que é focado em vocais tônicas. Portanto
consiste na repetição de sons vocálicos.
Exemplo:
a) Repetição do fonema “a”.
"“Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina”
(Cecília Meireles)"
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Paranomásia
Esse recurso busca aproximar palavras com sons iguais ou semelhantes, mas com significados
diferentes.
Exemplo:
Vendo (verbo olhar) e vendo (verbo vender) na tirinha a seguir.
Sinestesia
Outra figura de linguagem muito presente na escrita é a sinestesia, que procura misturar as sensações
dos sentidos (olfato, tato, paladar, audição e visão). Os escritores do Simbolismo utilizam muito esse
recurso.
Exemplo:
FacebookTwitteremailPinterestLinkedinTumblr
Assíndeto
Assíndeto (sem síndeto, sem conectivo) é a figura de linguagem usada quando há omissão de conjunções
coordenativas que ligariam elementos ou orações coordenadas, que são independentes entre si. Assim,
essas orações aparecem encadeadas, mas sem as conjunções que fariam a conexão entre elas.
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Exemplo:
Ela é querida, mas estranha; amada, mas perigosa.
Ela é querida, estranha; amada, perigosa.
Apóstrofe
A apóstrofe equivale, sintaticamente, ao vocativo. Apresenta frequentemente entonação apelativa e
exclamativa. Deve ser destacada com vírgulas ou com outro sinal que pontuação que transmita esse
destaque, como ponto de exclamação ou reticências.
Exemplos:
a) Venha, Filipe, está na hora de dormir.
b) Não coma tão depressa, menina!
c) Você viu a confusão no recreio, professora?
Catacrese
Uso impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou na ausência de termo específico.
Exemplo:
"Distrai-se um deles a enterrar o dedo no tornozelo inchado." - O verbo enterrar era usado
primitivamente para significar apenas colocar na terra.
Anacoluto
O anacoluto é uma figura de linguagem, geralmente observado em contextos de comunicação oral, cuja
base é a interrupção da estrutura da oração. Isso ocasiona o isolamento de determinadas palavras e
expressões, fazendo-as perder a função sintática.
Exemplos:
a) “Eu, porque fui demitido, fico o dia todo em casa”.
b) “Meu pai, as leituras deixavam-no acordado a noite toda”.
c) “Adolescentes, como são difíceis de controlar”.
d) “O relógio da parede eu estou acostumado com ele, mas você precisa mais de relógio do que eu”.
(Rubem Braga).
e) ““Eu, que era branca e linda, eis-me medonha e escura”. (Manuel Bandeira).
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COMPONENTE CURRICULAR: Produção Textual
VERSIFICAÇÃO
VERSIFICAÇÃO
a) Número fixo de sílabas: difere em muito da contagem de sílabas proposta pela norma
gramatical. Na recitação, o que importa é o que se ouve, e não a representação escrita da palavra;
c) Cesura: pausa interna que pode ocorrer pela necessidade de destacar alguma palavra;
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COMPONENTE CURRICULAR: Produção Textual
d) Rima: igualdade ou semelhança de sons na terminação das palavras a partir da última vogal
tônica. Pode ser classificada como perfeita, quando a identidade dos fonemas finais é completa,
ou imperfeita, quando essa mesma identidade fonética não é completa;
e) Aliteração: está relacionada com o desejo de harmonia imitativa, repetindo fonemas em palavras
simetricamente dispostas. Observe a repetição do fonema /v/ no fragmento do poema “Violões
que choram”, do poeta simbolista Cruz e Sousa:
Carlos Drummond de Andrade certa vez afirmou sua identificação e filiação ao movimento
modernista brasileiro que ganhou voz sobretudo em São Paulo, no ano de 1922. Os poetas modernistas
prezavam maior liberdade à criação poética e uma forte ruptura com o modelo literário vigente, o
Parnasianismo. Contudo, já em sua maturidade como poeta, Drummond afirmou que a "liberdade que
não é absoluta, pois a poesia pode prescindir da métrica regular e do apoio da rima, porém não pode
fugir ao ritmo, essencial à sua natureza”.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
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1. Compreensão de Texto:
É a análise do que está escrito no texto, a compreensão das frases e ideias presentes.
A informação está presente no texto.
Trabalha com a objetividade, com as frases e palavras que estão escritas no texto.
Significa decodificá-lo para entender o que foi dito.
É a análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto.
2. Interpretação de Texto:
É o que podemos concluir sobre o que está escrito no texto. É o modo como interpretamos o
conteúdo.
A informação está fora do texto, mas tem conexão com ele.
Trabalha com a subjetividade, com o que você entendeu sobre o texto.
Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:
3. Busque compreender o que está sendo dito, sobre qual assunto está se falando;
4. Observe como o texto é construído, quais são as estratégias utilizadas para alcançar seu
blog...);
9. Escreva ao lado de cada parágrafo qual é a informação mais importante nele contida;
10. Releia o texto e marque todas as palavras que não sabe o significado;
Extrapolação e Redução
A extrapolação ocorre quando o leitor foge daquilo que é dito no texto. Nesse caso, a interpretação
feita está além do que é permitido pelo texto. A redução consiste em atentar-se a um único
elemento do texto, desconsiderando sua totalidade. Assim, boa parte do tema abordado é
negligenciada, e o foco permanece em uma parte restrita dele.
Contradição
A contradição se refere a entender exatamente o contrário do que está expresso no texto. Para evitar
esse problema, deve-se ter muita atenção durante as leituras, sublinhando sempre as palavras
principais.
Inferência
Inferência é uma dedução feita com base em informações ou um raciocínio que usa dados
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disponíveis para se concluir uma ideia. Inferir é deduzir com base na interpretação de outras
informações, é chegar a uma conclusão a partir de outras percepções ou da análise de um ou mais
argumentos.
Exemplo:
Se eu estudar, serei aprovado. Se eu for aprovado, ficarei feliz. Portanto, se eu estudar, ficarei feliz.
As regras de inferência são métodos usados para fazer uma dedução e chegar a uma conclusão, a
partir de uma ou mais premissas conhecidas. São usados os argumentos básicos (premissas) para se
chegar a um valor (conclusão).
Exemplo:
Todas as pessoas são bonitas. Marla é uma pessoa. Logo, Marla é bonita.
Pressupostos
Pressuposto significa algo que se supõe antecipadamente, ou seja, aquilo que se imagina e pensa
sobre determinada coisa ou situação antes mesmo de ter contato ou conhecimento sobre ela. Os
pressupostos são marcados por advérbios, verbos, orações adjetivas e adjetivos. O pressuposto é um
dado apresentado como indiscutível, não permitindo que haja contestações.
Pressupostos e Subentendidos
Como vimos, um pressuposto consiste numa ideia clara que pode ser presumida, que seja possível
supor. Por outro lado, o subentendido é uma insinuação dentro do enunciado, algo que pode ser
deduzido a partir da informação que é fornecida.
Uma frase pode ter vários pressupostos e subentendidos, sendo que, neste último caso, os
subentendidos dependem da interpretação que cada indivíduo é capaz de fazer.
Na frase: “Marla agora não pode mais viajar", o pressuposto é que Marla antes viajava.
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Quanto ao subentendido, podem existir vários. Talvez Marla não possa mais viajar porque seu
passaporte venceu ou por algum outro motivo que o impede de viajar. São diversas as possibilidades
de interpretação neste caso.
Coesão
A coesão é a utilização de estruturas que conferem a linearidade das ideias do texto. Um texto coeso
facilita a leitura e estabelece um sentido interno ao texto. Para isso, lança-se mão de elementos de
referência dentro dos textos (endofóricos): as anáforas, que retomam alguma parte anterior do texto
e as catáforas, que antecipam o que ainda está por vir.
Exemplo de anáfora:
https://br.images.search.yahoo.com/search/images
Exemplo de catáfora:
Coesão referencial
Pessoal: "A humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si, mas
relativamente a ele; ela não é considerada um ser autônomo." (Simone de Beauvoir em “O
segundo Sexo”) - Os pronomes "ele e "ela" fazem referência aos termos anteriores "homem" e
"mulher" (referência pessoal anafórica).
Demonstrativa: "Não sou nada. Nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso,
tenho em mim todos os sonhos do mundo." (Fernando Pessoa. Alberto Caeiro em “A
Tabacaria”) - "isso" faz referência à informação dada anteriormente (referência demonstrativa
anafórica).
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Comparativa: "Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo é uma questão de
organização." (Sun Tzu em “A arte da guerra”) - "mesmo" faz referência a uma equivalência
ou igualdade em uma comparação entre os termos "comandar muitos" e "comandar poucos"
(referência comparativa endofórica).
Substituição
A substituição de um termo por outro de mesmo valor auxilia na coesão e impede a repetição dos
termos. Pode se dar em relação aos nomes, como visto anteriormente na referência pessoal anafórica,
mas também pode ser:
Verbal - Joana estudou para a prova do concurso. João fez o mesmo. (a ação de “estudar” é
realizada por ambas as pessoas; no entanto, na segunda oração, o verbo “fazer” é utilizado
como substituto do verbo “estudar”).
Frasal - Ana foi à festa. João também. O termo "também" substitui "foi à festa".
Elipse
A elipse é uma figura sintática que tem como objetivo evitar a repetição de um termo, atua como um
elemento de coesão. O termo da elipse é suprimido sem que o sentido se perca, fica subentendido.
Assim como a substituição, a elipse pode ser pessoal, verbal ou frasal.
Pessoal – Marla não foi aprovada e ficou triste. Marla não foi aprovada e (ela) ficou triste -
ocorre a elipse do pronome pessoal "ela".
Conjunção
Conjunções são termos que conectam e estabelecem relações entre orações ou palavras. Atuam como
elemento de coesão por manter essa conexão entre partes do texto.
O discurso direto e o discurso indireto são duas formas diferentes de relatar o que alguém disse
ou falou. Vejamos as características e exemplos de cada um:
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COMPONENTE CURRICULAR: Produção Textual
Discurso Direto:
No discurso direto, as palavras exatas de uma pessoa são citadas ou reproduzidas. Geralmente,
é introduzido por verbos de elocução, como "disse", "afirmou", "perguntou", entre outros. As falas
diretas são colocadas entre aspas ou travessões para indicar que são as palavras exatas do falante. O
discurso direto mantém o uso dos tempos verbais originais.
Exemplo:
a) João disse: "Estou muito feliz com a minha promoção."
b) "Vou ao mercado agora", disse Ana.
c) O professor perguntou: "Qual é a resposta para a questão número dois?"
d) "Estou com frio", reclamou Pedro.
e) "Parabéns pelo seu novo emprego!", exclamou Maria.
f) João perguntou: "Você viu meu celular em algum lugar?"
Discurso Indireto:
No discurso indireto, o relato das palavras de alguém é feito de forma indireta, sem citar
exatamente o que foi dito. As palavras são relatadas em terceira pessoa e podem sofrer alterações no
tempo verbal e na estrutura da frase. Geralmente, é introduzido por verbos como "disse", "contou",
"afirmou", seguidos de conjunções como "que", "se" ou "seu/sua". O discurso indireto não utiliza
aspas ou travessões.
Exemplo:
a) João disse que estava muito feliz com a sua promoção.
b) "Vou ao mercado agora", disse Ana.
c) O professor perguntou: "Qual é a resposta para a questão número dois?"
d) "Estou com frio", reclamou Pedro.
e) "Parabéns pelo seu novo emprego!", exclamou Maria.
f) João perguntou: "Você viu meu celular em algum lugar?"
É importante observar que a escolha entre o discurso direto e o indireto depende do contexto,
do estilo e das intenções do autor. O discurso direto pode transmitir mais autenticidade e dar voz
direta às personagens, enquanto o discurso indireto pode ser usado para resumir, relatar informações
de forma mais objetiva ou integrar as falas dentro de um texto narrativo.
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ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens
COMPONENTE CURRICULAR: Produção Textual
Discurso indireto livre é uma técnica narrativa utilizada na literatura em que o discurso do
personagem é mesclado com a voz do narrador, criando uma fusão entre os dois. Nesse tipo de
discurso, o narrador incorpora os pensamentos, sentimentos e falas do personagem, mas sem usar as
marcas formais de citação direta ou indireta.
O discurso indireto livre geralmente se funde com a voz do narrador, não sendo identificável
de forma distinta como falas diretas ou indiretas. Pode-se dizer que é uma espécie de "estilo indireto
sem intermediação", em que os pensamentos e falas do personagem são filtrados pela voz narrativa,
sem a necessidade de marcações explícitas como "ele pensou" ou "ela disse".
Essa técnica literária é frequentemente utilizada para explorar a subjetividade dos personagens,
revelando seus pensamentos, emoções e pontos de vista de maneira mais imersiva e fluida. É uma
ferramenta que permite ao autor apresentar os pensamentos dos personagens de forma mais livre e
natural, criando uma maior proximidade emocional entre o leitor e a história.
Bibliografia
REDAÇÃO – Unidade 1
ÁREA DE CONHECIMENTO: Linguagens
COMPONENTE CURRICULAR: Produção Textual
CAMPEDELLI, Samira Youssef; SOUZA, Jésus Barbosa. Produção de textos & usos da linguagem:
curso de redação. 2 ed. São Paulo (SP): Saraiva, 1998.
COSTA VAL, Maria da Graça. Texto, Textualidade de Textualização. In: CECCANTINI, J. L.
Tápias; PEREIRA, Rony F;
FIORIN, José Luiz. Elementos de Análise do Discurso. 10a ed. São Paulo: Contexto, 2001.
GARCIA, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas,
1996.
KLEIMAN, Angela. Texto & Leitor: Aspectos Cognitivos da Leitura. 8ª ed. Campinas: Pontes,
2002.
KOCH, Ingedore Villaça; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A Coerência Textual. 12ª ed. São Paulo:
Contexto, 2001.
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