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DADOS INICIAIS

Sistema de dentes : Full


T1 ≔ 120 N ⋅ m

n ≔ 1200 rpm

T2 ≔ 2600 N ⋅ m

k≔1 N ≔ 1.5

Ângulo normal de pressão


ϕ ≔ 20 °

CONSIDERAÇÕES
Engrenagem de dentes retos
Módulo m≔5

CÁLCULOS DE DIMENSÕES

Número de dentes do pinhão


Vamos estabelecer o número de dentes do pinhão através da equação que fornece o npumero
mínimo de dentes, podendo assim estimar com certa confiabilidade.

⎛ ((2 ⋅ k)) ⎞ ⎛ ‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾


2 ⎞
Nmp ≔ ⎜―――――――――
( ( )) ( ) ( ) ⎟ ⋅ ⎝m + m + ((1 + 2 ⋅ m)) ⋅ sin ((ϕ)) ⋅ sin ((ϕ))⎠ = 10.622
⎝ (1 + (2 ⋅ m)) ⋅ sin (ϕ) ⋅ sin (ϕ) ⎠

Como o número de dentes mínimo do pinhão é de 11 dentes, vamos adotar o número de


dentes no pinhão no valor de 11 dentes. Então temos:
Np ≔ 16

Diâmetro primitivo do pinhão

A partir das considerações feitas no inicio do projeto, o diâmetro primitivo do pinhão poderá
ser calculo através do módulo e do número de dentes do pinhão. Assim, teremos:

dp ≔ Np ⋅ m = 80 ((mm))

Passo diametral
Np dentes
Pd ≔ ―― Pd ≔ 5.08 ―――
dp in

Passo circular do pinhão

⎛⎝π ⋅ dp⎞⎠
pcp ≔ ――― = 15.708
Np

Adendo e Dedendo

Tendo o valor do passo diametral e considerando o ângulo de pressão 20º, podemos


calcular o adendo (a) e o dedendo (b)utilizando as equações obtidas na tabela que segue:

a≔1⋅m=5 (mm) b ≔ 1.25 ⋅ m = 6.25

Profundidade total

A altura completa do dente será a soma entre o adendo (distância radial entre o topo do
dente e o círuculo primitivo) mais o dedendo (distância radial entre o fundo do dente ao
círculo primitivo).
ht ≔ a + b = 11.25 mm

Ganho mecânico requerido e ganho mecânico por par de engrenagem

Torna-se necessário calcular o ganho mecânico através da razão entre o torque de saída e o
de entrada e o ganho mecânico por par de engrenagem (relação de transmissão) para que
assim seja possível dimensionar o diâmetro da engrenagem

T2 2
it ≔ ― = 21.667 ie ≔ ‾‾
it = 4.655
T1

Diâmetro da engrenagem

dg ≔ dp ⋅ ie = 372.38 mm

Número de dentes da coroa

Ng ≔ Np ⋅ ie = 74.476

Como o número de dentes deve ser um número inteiro, adotaremos o número de dentes
em cada engrenagem como 75

Passo circular da coroa


⎛⎝π ⋅ dg⎞⎠
pcc ≔ ――― = 15.708
Ng
Como o valor do passo circular do pinhão e da coroa o mesmo valor, podemos verificar
que as considerações feitas estão dentro da normalidade.

Distância entre centros


dp + dg
C ≔ ――― = 226.19 mm
2
Espessura do dente
pcc
e ≔ ―― = 7.854 mm
2

Número de dentes em cada engrenagem

Portando, levando em consideração todos os calculos realizados, temos os seguintes números


de dentes para cada engrenagem do projeto:
N1 ≔ 16 N3 ≔ 16

N2 ≔ 75 N4 ≔ 75

ANÁLISE DE FORÇAS

Acoplamento 1-2
Tp ≔ 120 N.m

rp ≔ 0.04 m
Tp
Wt ≔ ― = 3 ⋅ 10 3 N
rp
Wr ≔ Wt ⋅ tan ((ϕ)) = 1.092 ⋅ 10 3 N

Acoplamento 3-4
TP2 ≔ 120 ⋅ 4 = 480 N.m

rp2 ≔ 0.04 m
TP2
Wt2 ≔ ―― = 1.2 ⋅ 10 4 N
rp2
Wr2 ≔ Wt2 ⋅ tan ((ϕ)) = 4.368 ⋅ 10 3 N

CÁLCULO DE DIMENSIONAMENTO DAS ENGRENAGENS

Determinação da Tensão de Flexão, utilizando o método da AGMA:

Primeiramente é necessário determinar todas as variáveis, segue abaixo a tabela usada para
determinar o K0 :
Considerando uma carga moderada:
K0 ≔ 1.25

dp ≔ 3.15 in
π ⋅ dp ⋅ n ft
Vt ≔ ――― Vt ≔ 989.6 ――
12 min

Utilizando o valor de Vt no gráfico abaixo e considerando Qv = 5, é possível encontrar o


valor de Kv :

Kv ≔ 1.6

O Fato de Tamanho Ks recomendado pela AGMA é 1, a não ser em casos muito


conservadores.

Ks ≔ 1

Para o cálculo do Km é necessário encontrar a Largura da Face (F), sua condição é:


3⋅π 5⋅π
―― < F < ――
Pd Pd

Nesse projeto será adotado:


4⋅π
F ≔ ―― F ≔ 2.48 in
Pd

Com o valor da Largura da Face (F) podemos determinar Km através da tabela a seguir:

Como F=2,48 in, adotaremos Km = 1,7. Assim:

Km ≔ 1.7

Nesse caso o KB será um dado estimado de projeto:

KB ≔ 1

O fator geométrico (J) foi determinado com auxílio do gráfico mostrado abaixo. Consirando
que Np=16 e Nc=75:
J ≔ 0.27

Na fórmula será utilizado o Wt2 , pois dentre as duas forças tangenciais, ela é a maior,
portanto, a Tensão de Flexão é dada pela equação:

Pd Km ⋅ KB
σ ≔ Wt2 ⋅ K0 ⋅ Kv ⋅ Ks ⋅ ― ⋅ ―――
F J

Para calcular a tensão é necessário tranformar a unidade da força tangencial, portanto:


Wt2 =269,77 lbf

σ = 6958,58 psi

Agora será calculado a Tensão de Contato, também pelo método AGMA. Para que isso seja
possível primeiro devemos calcular o valor de outras variáveis.

O fator Cf é o fator de acabamento superficial, segundo a AGMA, recomenda-se que ele


seja igual a 1, para engrenagens comerciais.

Cf ≔ 1

O Coeficiente Elástico Cp , pode ser encontrado com o auxílio da tabela abaixo:

Considerando que a engrenagem e o pinhão são feitos do mesmo material e que o material
escolhido foi o aço, temos:
lbf
Cp ≔ 2300 ――
in 2
A próxima variável a ser calculada é o Fator de Resistência Superficial (I). Para esse cálculo
considera-se o pior caso, ou seja, que a engrenagem terá uso externo.

mG ≔ 5

mn ≔ 1 Porque a engrenagem é de dentes retos

cos ((ϕ)) ⋅ sin ((ϕ)) mG


I ≔ ―――――⋅ ――― = 0.134
2 ⋅ mn mG + 1

A Tensão de Contato é dada pela fórmula descrita abaixo:

2 ‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾ Km Cf
σc ≔ Cp ⋅ Wt2 ⋅ K0 ⋅ Kv ⋅ Ks ⋅ ――⋅ ―
dp ⋅ F I

σc =68081,7 psi

RESISTÊNCIA A FADIGA POR FLEXÃO

Segundo a tabela A-10 do Norton, temos as seguintes propriedades para o aço 4340 à
uma temperatura de 1000 F escolhido:

Assim, a dureza Brinell será de:


HB ≔ 360

A tensão de escoamento será:


Sy ≔ 1076 MPa

A tensão limite de resistência será:

Sut ≔ 1172 MPa

Como definimos o aço 4340 como o material fabriação da engrenagem, assumiremos o


grau 2. Dessa maneira, podemos encontrar sua resistência a fadiga não corrigida
baseado na equação da figura 12-25 do NORTON:

Sfb' ≔ ⎛⎝6235 + 174 ⋅ HB - 0.126 ⋅ HB 2 ⎞⎠ ⋅ psi = 362.288 MPa

Vamos calcular o fator de vida

Para calular o valor do fator de vida, vamos considerar que o conjunto trabalhará
utilizando velocidade máxima, durante 6 horas por dia, 365 dias por ano, durante 5
anos.

Calculando o número de ciclos temos:


horas ≔ 6 dias ≔ 365 anos ≔ 5

Nciclos ≔ n ⋅ horas ⋅ dias ⋅ anos ⋅ 60 ⋅ s = 8.256 ⋅ 10 7 ciclos

Assim, para determinar KL, utilizaremos a curva que mais se aproxima:


KL ≔ 1.3558 ⋅ Nciclos -0.0178 = 0.98

Calculando agora o fator de temperatura

T ≔ 1000 ºF

Como o valor da temperatura estabelecido é maior que 250 F, o valor de KT, não
poderá ser adotado como 1. Assim, o valor do fator de temperatura é dado através da
equação que segue abaixo (12.24-a -NORTON):

((460 + T))
Kt ≔ ―――― = 2.355
620
Calculando o fator de confiabilidade
A confiabilidade adotada no projeto será de 99%. Com base na tabela 12-19, temos
que o fator de confiabilidade é de:

Kr ≔ 1

Agora, tendo em mãos todos os valores dos fatores de correção, vamos calcular a
resistência a fadiga corrigida, assim:
KL
Sfb ≔ ――― ⋅ Sfb' = 150.789 MPa
Kt ⋅ Kr

RESISTÊNCIA A FADIGA DE SUPERFÍCIE

Primeiro, vamos determinar os fatores de correção, para corrigirmos a resistência a


fadiga de superfície não corrigida, obtida pela equação da figura 12-27, NORTON,
assumindo um aço de grau 2 assim como no caso de fadiga por flexão.

Sfc' ≔ ((27000 + 364 ⋅ HB)) ⋅ psi = ⎛⎝1.09 ⋅ 10 3 ⎞⎠ MPa

Calculando o fator de vida

De acordo com a equação da figura 12-26, NORTON, obtemos o seguinte valor para
Cl:

Cl ≔ 1.4488 ⋅ Nciclos -0.023 = 0.953


Calculando o fator de dureza

Ch ≔ 1

Considerando que o pinhão e a engrenagem são confeccionados de aço, então o fator


de dureza é igual a 1

Cr ≔ Kr Ct ≔ Kt

Novamente, tendo em mãos os fatores de correção, podemos calcular a resistência a


fadiga corrigida, dada pela seguinte equação:

Cl ⋅ Ch
Sfc ≔ ――― ⋅ Sfc' = 440.806 MPa
Ct ⋅ Cr

COEFICIENTE DE SEGURANÇA PARA FALHA POR FLEXÃO

Sfb
N1 ≔ ――= 3,14
σ

COEFICIENTE DE SEGURANÇA PARA FALHA DE SUPERFICIE

⎛ Sfb ⎞ 2
N2 ≔ ⎜―― ⎟ = 5,38
⎝ σc ⎠

DIMENSIONAMENTO DO EIXO

Sabemos que o eixo mais solicitado será o eixo c. Assim sendo, vamos fazer uma análise
somente para este eixo, pois ele reflete qual será o "pior caso" que poderá apresentar no
sistema.

Para obter as reações, realizou-se uma ΣM ≔ 0 , ΣFy ≔ 0 para o plano X-Y. Da mesma
forma, tem-se as reações no plano X-Z através da ΣM ≔ 0 e ΣFx ≔ 0

Para o plano X-Y temos

Diagrama de corpo livre


Para o plano X-Z temos:

Diagrama de corpo livre

Cortante
Momento

Analisando o gráfico de momento obtido, vemos que o momento máximo no eixo X-Y é:
Mxymax ≔ -78.69 N·m

De forma análoga, o momento máximo obtido no eixo X-Z é:

Mxzmax ≔ -156545.45 N·mm

Desta forma, o momento crítico resultante será:

Mcr ≔ ‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾
⎛⎝Mxymax 2 + Mxzmax 2 ⎞⎠ = 175.21 N ⋅ m

EIXO PROJETADO POR TENSÃO

Nessa etapa serão calculadas as tensões alternadas e médias, devido a flexão e torção.
Entreanto, para isso, é necessário calcular ao fator de redução da resistência à fadiga ( Kf )
antes. Entretanto, para isso é necessário calcular os fatores de concentração de tensão antes
(Kt):
D ≔ 55 mm d ≔ 40 mm r ≔ 3 mm
r D
―= 0.075 ―= 1.375
d d

Utilizando os dados acima, juntamente com o gráfico e adotando uma posição conservadora
temos:

Kt ≔ 1.8

Da mesma forma, temos:

Kts ≔ 1.6
Através do gráfico, considerando o raio de entalhe 3mm podemos determinar o fator de
entalhe q aproximado:

q ≔ 0.8

Kf ≔ 1 + q ⋅ ⎛⎝Kt - 1⎞⎠ = 1.64

Kfs ≔ 1 + q ⋅ ⎛⎝Kts - 1⎞⎠ = 1.48

O material que será usado no eixo é um Aço 1020, estirado a frio, por seu baixo custo

Sut ≔ 469 MPa

A partir disso é possível calcular o limite de resistência à fadiga, sendo que:

Ka= Fator de superfície


Kb= Fator de tamanho
Kc= Fator de carga
Kd= Fator de temperatura
Ke=Fator de confiabilidade
Todas as variáveis descritas acima, foram encontradas com auxílio de gráficos da apostila de
Edison da Rosa, entretanto, os gráficos não serão mostrados por possuirem nomenclaturas
diferentes das utilizadas nesse projeto.

Considerando o acabamento usinado:

Ka ≔ 0.88

Utilizando um diâmetro de 50mm, temos o fator de tamanho:

Kb ≔ 0.8

O fator de carga será considerado 1

Kc ≔ 1

Para o fator de temperatura, vamos considerar que a temperatura máxima de trabalho é


350 ° C.
T ≔ 350

Kd ≔ 1 - 0.0058 ⋅ ((T - 450)) = 1.58

Considerando a confiabilidade =0,95, temos Z=1,65

Z ≔ 1.65

Ke ≔ 1 - 0.08 ⋅ Z = 0.868

O limite de resistência à fadiga é dado por:

Se ≔ Ka ⋅ Kb ⋅ Kc ⋅ Kd ⋅ Ke ⋅ Sut = 452.817 MPa

Como o eixo é rotativo com flexão e torção constantes, podemos considerar Mm =0 e Ta =0.
Agora vamos calcular o Tm:

Faplicada ≔ 2087.27 N

de ≔ 375 mm = 0.375 m

Faplicada ⋅ de
Tm ≔ ―――― = 391.363 N ⋅ m
2
Tm = 391.363 N ⋅ m

Ta ≔ 0

Mm ≔ 0

Ma ≔ 175.21 N·m

Kf = 1.64 Kfs = 1.48

Para estimar um diâmetro inicial será utilizada a fórmula abaixo:


1

3
⎛⎛ ⎞ ⎡ 0.5 0.5 ⎤⎞
16 ⋅ n 1 ⎛ 2 2⎞ 1 ⎛ 2 2⎞
d0 ≔ ⎜⎜――⎟ ⋅ ⎢ ―⋅ ⎝4 ⎛⎝Kf ⋅ Ma⎞⎠ + 3 ⎛⎝Kfs ⋅ Ta⎞⎠ ⎠ + ―― ⋅ ⎝4 ⋅ ⎛⎝Kf ⋅ Mm⎞⎠ + 3 ⋅ ⎛⎝Kfs ⋅ Tm⎞⎠ ⎠ ⎥⎟
⎜⎝⎝ π ⎠ ⎢⎣ Se Sut ⎥⎦⎟⎠

d0 ≔ 29.6 mm

Para os cálculos posteriores, vamos adotar d=30mm, já que o valor do diâmetro obtido no
cálculo anterior não é encontrado comercialmente.
d ≔ 30 mm

0.5
⎛ 2⎞
⎛ 16 ⋅ K ⋅ T ⎞
σm ≔ ⎜3 ⋅ ⎜――――
fs m ⎟
⎟ ⎟ = 189.238 MPa
⎜ 3
⎝ ⎝ π⋅d ⎠ ⎠

32 ⋅ Kf ⋅ Ma
σa ≔ ―――― σa ≔ 108.402 MPa
π ⋅ d3

Com as tensões calculadas, o próximo passo é escolher um critério para avaliar o coeficiente
de segurança,. o critério escolhido foi o de Goodman-Modificado. Uma das exigencias do
projeto é que o coeficiente do eixo seja de 1,5.

⎛ σa σm ⎞
⎜―+ ―― ⎟ = 0.643
⎝ Se Sut ⎠

1
nf ≔ ――= 1.555
0.643
PROJETO DE EIXO POR DEFLEXÃO

Como o diâmetro calculado anteriormente, obedece o intervalo da tabela abaixo, não


teremos que considerar um novo diâmetro em deflexão.
VELOCIDADE CRÍTICA DO EIXO

Nessa etapa será calculada a velocidade crítica do eixo por dois métodos: Rayleigh e
Dunkerley. Para isso, vamos utilizar o eixo que aguentará mais esforços e que já foi utilizado
no projeto do eixo. No eixo em questão haverá somente uma engrenagem e sua massa é
53,48 kg.
w ≔ 53.48 kg Massa da engrenagem

e ≔ 31.49 ⋅ 10 -3 m Distância entre o centro e o eixo

l ≔ 305 ⋅ 10 -3 m Comprimento do eixo

G ≔ 80.8 ⋅ 10 9 Pa Módulo de rigidez

⎛⎝π ⋅ d 4 ⎞⎠
J ≔ ――― = ⎛⎝7.952 ⋅ 10 -8⎞⎠ m 4 Momento polar de inércia
32

G⋅J
k ≔ ―― 2.107x10^4 N.m Constante de mola
l

In ≔ 8668605340 Momento de inércia (dado do desenho)

‾‾‾
k
wn ≔ ― :=0.002 rad/s Frequência natural
In
Deflexão
2
⎛⎝e ⋅ wn⎞⎠
δ ≔ ―――― := 1.0067e^-3 m
⎛k⎞ 2
⎜―⎟ - wn
⎝w⎠

δest ≔ 0.05012

Deflexão estática

m
g ≔ 9.81 ―
s2

Pelo método de Rayleigh temos:

‾‾‾‾‾‾‾‾
g ⋅ ((w ⋅ δ)) ⎛ rad ⎞
nc ≔ ――― := 98,71 ⎜―― ⎟
w ⋅ δ2 ⎝ s ⎠

Pelo método de Dunkerley temos:

‾‾‾‾
g ⎛ rad ⎞
wn ≔ ―― 13.99 ⎜―― ⎟
δest ⎝ s ⎠

Nesse caso, como só temos uma engrenagem que causa deflexão no eixo:

wc ≔ wn
⎛ rad ⎞
wc ≔ 13.99 ⎜―― ⎟
⎝ s ⎠

DIMENSIONAMENTO DAS CHAVETAS

A ISO recomenda que sejam utilizadas chavetas retangulares para eixos com um diâmetro
maior do que 25mm. Como o eixo projetado nesse trabalho possui um diâmetro de 30mm,
dimensionaremos uma chaveta retangular.

De acordo com a tabela abaixo, para um diâmetro de eixo de 30mm temos uma chaveta de
8x7mm
Portanto, as dimensões da chaveta são:

ϕeixo ≔ 30 mm W ≔ 8 mm

L ≔ 1.5 ⋅ ϕeixo = 0.045 m H ≔ 7 mm

Agora as tensões da chaveta serão calculadas. Primeiramente, a tensão devido ao


cisalhamento e posteriormente devido ao esmagamento:

T ≔ 391.363 ((N ⋅ m)) reixo ≔ 15 mm

T
Ft ≔ ―― = ⎛⎝2.609 ⋅ 10 4 ⎞⎠ N
reixo

⎛H⎞
Acis ≔ W ⋅ L = ⎛⎝3.6 ⋅ 10 -4⎞⎠ m 2 Aesm ≔ ⎜―⎟ ⋅ L = ⎛⎝1.575 ⋅ 10 -4⎞⎠ m 2
⎝2⎠

Ft
τcis ≔ ―― = 72.475 MPa Tensão de Cisalhamento
Acis

Ft
σc ≔ ――= 165.656 MPa Tensão de Esmagamento
Aesm
Agora é necessário calcular as tensões admissíveis, para confirmar que as dimensões da
chaveta estão condizentes com as tensões sofridas pelo material. O material escolhido para a
chaveta é um aço 1020, laminado a frio e o fator de segurança da chaveta adotado foi 2. De
acordo com o Norton, a tensão de escoamento desse material é 393 MPa.

Sy ≔ 393 MPa

FS ≔ 2

Para cisalhamento:
0.577 ⋅ Sy
σadm_cis ≔ ―――― = 113.381 MPa
FS

Para esmagamento:
Sy
σadm_esm ≔ ―― = 196.5 MPa
FS

As duas tensões admissíveis calculadas são maiores do que as tensões atuantes, por essa
razão, esse dimensionamento de chaveta está adequado.
DIMENSIONAMENTO DOS MANCAIS

Na tabela abaixo são mostrados diferentes tipos de mancais:

O diâmetro calculado do eixo é 30mm, por essa razão será escolhido o mancal 6306, que
possui um diâmetro igual ao eixo. Agora serão feitos cálculos de fadiga, para concluir se esse
eixo é adequado ou não para este projeto.

A velocidade limite desse tipo de mancal é 9500 rpm, muito maior do que os 1200rpm que é
a velocidade no eixo. Esse critério é satisfeito pelo mancal.

Agora é necessário calcular a força estática que atuará nos mancais, os dados para esse
cálculo foram retirados dos gráficos de esforço cortante.
Fest ≔ ‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾
((-651.54)) 2 + ((-2087.27)) 2

Fest ≔ 2186.6 N

C0 ≔ 3400 lbf = 15.124 kN

A força estática máxima suportada pelo mancal é Co, essa força é maior do que a força
atuante, por isso esse critério também é atendido.

Agora é necessário calcular a vida em fadiga, para ver se a força dinâmica que o mancal
suporta é aceitável.

C ≔ 5000 lbf = ⎛⎝2.224 ⋅ 10 4 ⎞⎠ N

⎛ C ⎞3 3
L ≔ ⎜―― ⎟ = 1.052 ⋅ 10 Esse resultado deve ser multiplicado por 1 milhão
F
⎝ est ⎠

Lmancal ≔ 1.052 ⋅ 10 9

Para valores de L maiores do que 9x10^7, temos a vida infinita do mancal. Portanto, o
mancal que foi dimensionado atende as especificações.

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA MECÂNICO POR CORREIAS EM V

O uso de correias pode substituir as engrenagens na transmissão de potências. As correias


são uma boa opção para reduzir custos e para isolar os efeitos das vibrações.
Para esse projeto serão adotadas correias com a seção transversal em V, por possuirem
maior capacidade de tranmissão de potência do que correias planas.

Dados iniciais

T1 ≔ 120 N·m

T2 ≔ 2600 N·m

n ≔ 1200 rpm

N ≔ 1.5

D ≔ 20 in
d ≔ 15 in

P1 ≔ T1 ⋅ n = 20.222 hp

P2 ≔ T2 ⋅ n = 438.146 hp

Escolha de uma correia em V

A correia a ser escolhida foi uma C105

L ≔ 105 in

Lc ≔ 2.9 in

Lp ≔ L + Lc = 107.9 in
n ft
V ≔ π ⋅ d ⋅ ― = 2467.401 ――
12 min
⎛ ‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾‾
2 ⎞
1 ⎜ ⎛π ⎞ 2 ⎛ π ⎞ 2

( )
C ≔ ―⎜-⎜―(D + d) - Lp⎟ + ⎜Lp - ―((D + d))⎟ - 2 ((D - d)) ⎟ = 26.342 in
4 ⎝ ⎝2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ ⎠

3 ⋅ ((D + d)) = 105 in

Como 105in > 26.342in OK


⎛ D-d ⎞
ϕ ≔ π - 2 asin ⎜――⎟ = 2.951 rad
⎝ 2⋅C ⎠

exp ((0.5123 ⋅ ϕ)) = 4.536

Interpolando da tabela para um V = 2467.401 ft/min

Htab ≔ 8.23 hp
Ângulo de envolvimento
180
ϕ ⋅ ―― = 169.108
π

Para o fator de correção de ângulo (K1)

D-d
――= 0.19
C

Portanto... K1 ≔ 0.972
Fator de correção de comprimento (K2)

K2 ≔ 0.95

Ha ≔ K1 ⋅ K1 ⋅ Htab = 7.776 hp

Maquinário uniforme e característica normal de torque

Ks ≔ 1

Hd ≔ P1 ⋅ Ks ⋅ N = 30.333 hp Potência de projeto


Hd
―― = 3.901
Ha
Portanto...

Nb ≔ 4 Número de correias
Ha ⋅ Nb
nfs ≔ ――― = 1.538 Fator de segurança
P1 ⋅ Ks
Da tabela acima retiramos:

Kb ≔ 1600 lbf ⋅ in
kg
Kc ≔ 1.716 ―
m

⎛ V ⎞2
Fc ≔ ⎜――⎟ ⋅ Kc Fc ≔ 10.447 lbf
⎝ 1000 ⎠

Hd
∆F ≔ ―――― = 8.452 lbf
Nb ⋅ n ⋅ d ⋅ π

Portanto
∆F ⋅ 4.536
F1 ≔ Fc + ―――― = 21.289 lbf
4.536 - 1
F2 ≔ F1 - ∆F = 12.837 lbf

Portanto, a tração inicial:


⎛⎝F1 + F2⎞⎠
Fi ≔ ―――- Fc = 6.616 lbf
2

Vida
Kb
Fb1 ≔ ― = 106.667 lbf
d

Kb
Fb2 ≔ ― = 80 lbf
D

T1 ≔ F1 + Fb1 = 127.956 lbf

T2 ≔ F2 + Fb2 = 92.837 lbf


Da tabela acima retiramos que:

K ≔ 2038
b ≔ 11.173

-1
⎛⎛ K ⎞ -b ⎛ K ⎞ -b⎞
Np ≔ ⎜⎜―⎟ + ⎜―⎟ ⎟ Np ≔ 2.628 ⋅ 10 13 Fora do intervalo
⎝⎝ T1 ⎠ ⎝ T2 ⎠ ⎠

Para os cálculos

Np ≔ 10 9

Portanto...

Np ⋅ Lp
t ≔ ――― = 84.356 hr
720 ⋅ V
CONCLUSÃO

Tendo em vista os dois sistemas de transimissão dimensionados, podemos notar


alguns pontos em que ambos apresentam limitações e/ou vantagens quando
comparados.
Assim sendo, notamos que neste caso, a durabilidade das engrenagens são muito
superiores quando comparamos com as correias.
Quando dimensionamos o sistema através de correias, vemos que esse sistema é
muito mais simples, tanto na quantidade de elementos quanto nos cálculos que foram
realizados.
Comparando os sistemas tendo em vista outros aspectos, podemos citar o custo
assim, temos que a transmissão por engrenagens tem um valor agregado mais
elevado.
Podemos citar também a simplicidade na implementação e neste aspecto, o sistema
por correias apresenta vantagem.
Por fim, vemos que para determinar qual deles é o mais eficiente, deve-se analisar
para qual finalidade será utilizado e as variáveis de trabalho como toque e velocidade.
No caso deste projeto, podemos considerar viável o sistema de transmssão por
engrenagens.
4 3 2 1

F F

E E

D D

C C

B B
UNLESS OTHERWISE SPECIFIED: FINISH: DEBURR AND
DO NOT SCALE DRAWING REVISION
DIMENSIONS ARE IN MILLIMETERS BREAK SHARP
SURFACE FINISH: EDGES
TOLERANCES:
LINEAR:
ANGULAR:

NAME SIGNATURE DATE TITLE:

DRAWN

CHK'D

APPV'D

A MFG
MATERIAL: DWG NO.
A
Montagem1
Q.A
A4

WEIGHT: SCALE:1:4 SHEET 1 OF 1

4 3 2 1
4 3 2 1

F F

Sulco para anel de retencao Sulco para anel de retencao

E E
82.50

8
Posicionamento do rasgo de chaveta

D D

C C
30

15 15
305

B B
UNLESS OTHERWISE SPECIFIED: FINISH: DEBURR AND
DO NOT SCALE DRAWING REVISION
DIMENSIONS ARE IN MILLIMETERS BREAK SHARP
SURFACE FINISH: EDGES
TOLERANCES:
LINEAR:
ANGULAR:

DATE TITLE:

SAE 1020
NAME SIGNATURE

DRAWN

CHK'D

APPV'D

A MFG A
MATERIAL: DWG NO.

Eixo Inferior
Q.A
A4

WEIGHT: SCALE:1:5 SHEET 1 OF 1

4 3 2 1
4 3 2 1

F F
Sulco para anel de retencao

Sulco para anel de retencao

E E

82.50 82.50
8

8
Rasgo para posicionamento da chaveta
Rasgo para posicionamento da chaveta
D D

C C
30

15 15
305

B B
UNLESS OTHERWISE SPECIFIED: FINISH: DEBURR AND
DO NOT SCALE DRAWING REVISION
DIMENSIONS ARE IN MILLIMETERS BREAK SHARP
SURFACE FINISH: EDGES
TOLERANCES:
LINEAR:
ANGULAR:

DATE TITLE:

SAE 1020
NAME SIGNATURE

DRAWN

CHK'D

APPV'D

A MFG A
MATERIAL: DWG NO.

Eixo Medio
Q.A
A4

WEIGHT: SCALE:1:5 SHEET 1 OF 1

4 3 2 1
4 3 2 1

F F
Sulco para anel de retencao

Sulco para anel de retencao

E E

207.50 8

D D

Rasgo para posicionamento da chaveta

C C
30

15 15
305

B B
UNLESS OTHERWISE SPECIFIED: FINISH: DEBURR AND
DO NOT SCALE DRAWING REVISION
DIMENSIONS ARE IN MILLIMETERS BREAK SHARP
SURFACE FINISH: EDGES
TOLERANCES:
LINEAR:
ANGULAR:

DATE TITLE:

SAE 1020
NAME SIGNATURE

DRAWN

CHK'D

APPV'D

A MFG A
MATERIAL: DWG NO.

Eixo Superior
Q.A
A4

WEIGHT: SCALE:1:5 SHEET 1 OF 1

4 3 2 1
4 3 2 1

F F

62.99
E E

38
2.
38

D D

359.88

C C
30

B B
UNLESS OTHERWISE SPECIFIED: FINISH: DEBURR AND
DO NOT SCALE DRAWING REVISION
DIMENSIONS ARE IN MILLIMETERS BREAK SHARP
SURFACE FINISH: EDGES
TOLERANCES:
LINEAR:
ANGULAR:

DATE TITLE:

SAE 4340
NAME SIGNATURE

DRAWN

CHK'D

APPV'D

A MFG A
MATERIAL: DWG NO.

Engrenagem
Q.A
A4

WEIGHT: SCALE:1:5 SHEET 1 OF 1

4 3 2 1
4 3 2 1

F F

62.99
E E

D D
R3

90
3.
75

C C
30

B B
UNLESS OTHERWISE SPECIFIED: FINISH: DEBURR AND
DO NOT SCALE DRAWING REVISION
DIMENSIONS ARE IN MILLIMETERS BREAK SHARP
SURFACE FINISH: EDGES
TOLERANCES:
LINEAR:
ANGULAR:

DATE TITLE:

SAE 4340
NAME SIGNATURE

DRAWN

CHK'D

APPV'D

A MFG A
MATERIAL: DWG NO.

Pinhao
Q.A
A4

WEIGHT: SCALE:1:2 SHEET 1 OF 1

4 3 2 1
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