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A Convenção sobre a OCDE foi assinada em Paris, em 14 de dezembro de 1960, quando a Organização para a Cooperação
Econômica Europeia (OECE), criada em 1948 para administrar a ajuda no âmbito do Plano Marshall para a reconstrução da Europa
após a Segunda Guerra Mundial, foi reconstituída como Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, "a fim de
fortalecer a tradição de cooperação e aplicá-la a novas tarefas e objetivos mais amplos".
A Convenção entrou em vigor em 30 de Setembro de 1961.
Protocolos complementares
A Convenção é complementada por:
Protocolo Complementar n.º 1 , que diz respeito à participação da Comunidade Europeia nos trabalhos da Organização;
Protocolo Complementar n.º 2 à Convenção sobre a OCDE , que estabelece os Privilégios e Imunidades de que a Organização
beneficia, incluindo os previstos no Protocolo Complementar n.º 1 à Convenção para a Cooperação Económica Europeia sobre
a Capacidade Jurídica, Privilégios e Imunidades da Organização (16 de Abril de 1948);
Acordos bilaterais de privilégios e imunidades com os países que se tornaram membros desde 1960.
Ratificação
Trinta e oito países são agora partes na Convenção, os vinte membros "fundadores" e outros dezoito que se tornaram posteriormente
membros.
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Texto da Convenção sobre a Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Económico
CONSIDERANDO que a força econômica e a prosperidade são essenciais para a consecução dos
propósitos das Nações Unidas, a preservação da liberdade individual e o aumento do bem-estar geral;
ACREDITANDO que podem promover estes objectivos de forma mais eficaz, reforçando a tradição de
cooperação que se desenvolveu entre eles;
CONVENCIDOS de que uma cooperação mais ampla dará um contributo vital para as relações pacíficas e
harmoniosas entre os povos do mundo;
ACREDITANDO que as nações economicamente mais avançadas devem cooperar para ajudar da melhor
forma possível os países em processo de desenvolvimento econômico;
RECONHECENDO que a expansão do comércio mundial é um dos factores mais importantes que
favorecem o desenvolvimento económico dos países e a melhoria das relações económicas internacionais;
e
DETERMINADOS a prosseguir estes objectivos de forma coerente com as suas obrigações noutras
organizações ou instituições internacionais em que participem ou ao abrigo de acordos em que sejam
partes;
Artigo 3.o
A fim de atingir os objectivos enunciados no artigo 1.o e de cumprir os compromissos enunciados no artigo
2.o, os membros acordam em que:
a) Manter-se mutuamente informados e fornecer à organização as informações necessárias ao
desempenho das suas funções;
b) Consultar-se numa base contínua, realizar estudos e participar em projectos acordados; e
c) Cooperar estreitamente e, se for caso disso, tomar medidas coordenadas.
Artigo 4.o
As partes contratantes na presente convenção são membros da organização.
Artigo 5.o
A fim de alcançar os seus objectivos, a Organização pode:
a) Tomar decisões que, salvo disposição em contrário, vinculem todos os membros;
b) Formular recomendações aos deputados; e
c) Celebrar acordos com membros, Estados terceiros e organizações internacionais.
Artigo 6.o
1 . Salvo acordo em contrário da Organização por unanimidade para casos especiais, serão tomadas
decisões e formuladas recomendações de comum acordo por todos os membros.
2. Cada deputado dispõe de um voto. Se um deputado se abstiver de votar uma decisão ou recomendação,
essa abstenção não invalidará a decisão ou recomendação, que será aplicável aos outros membros, mas
não ao membro que se absteve.
3. Nenhuma decisão vincula um deputado enquanto este não cumprir os requisitos dos seus próprios
procedimentos constitucionais. Os outros membros podem acordar em que essa decisão lhes seja aplicada
provisoriamente.
Artigo 7.o
Um Conselho composto por todos os Membros é o órgão do qual derivam todos os actos da Organização.
O Conselho pode reunir-se em sessões de Ministros ou de Representantes Permanentes.
Artigo 8.o
O Conselho designará anualmente um presidente, que presidirá às suas sessões ministeriais, e dois vice-
presidentes. O presidente pode ser designado para exercer mais um mandato consecutivo.
Artigo 9.o
O Conselho pode criar um Comité Executivo e os órgãos subsidiários necessários à realização dos
objectivos da Organização.
Artigo 10.o
1. O Conselho nomeia um secretário-geral responsável perante o Conselho por um período de cinco anos.
É assistido por um ou mais secretários-gerais adjuntos ou secretários-gerais adjuntos, nomeados pelo
Conselho sob recomendação do secretário-geral.
2. O secretário-geral exerce as funções de presidente do Conselho, reunido nas sessões dos
representantes permanentes. Assistirá o Conselho de todas as formas adequadas e poderá apresentar
propostas ao Conselho ou a qualquer outro órgão da Organização.
Artigo 11.o
1. O secretário-geral nomeará o pessoal que a organização possa requerer de acordo com planos de
organização aprovados pelo Conselho. O Estatuto dos Funcionários está sujeito à aprovação do Conselho.
2. Tendo em conta o carácter internacional da Organização, o Secretário-Geral, os Secretários-Gerais
Adjuntos ou Adjuntos e o pessoal não solicitarão nem receberão instruções de nenhum dos Membros ou de
qualquer Governo ou autoridade externa à Organização.
Artigo 12.o
Nos termos e condições que o Conselho determinar, a Organização pode:
a) Dirigir comunicações a Estados ou organizações terceiros;
b) Estabelecer e manter relações com Estados ou organizações terceiros; e
c) Convidar os governos ou organizações não membros a participar nas actividades da Organização.
Artigo 13.o
A representação na Organização das Comunidades Europeias, instituída pelos Tratados de Paris e Roma
de 18 de Abril de 1951 e de 25 de Março de 1957, é definida no Protocolo Complementar n.º 1 da presente
Convenção.
Artigo 14.o
1 . A presente Convenção será ratificada ou aceite pelos Signatários de acordo com as respectivas normas
constitucionais.
2. Os instrumentos de ratificação ou de aceitação serão depositados junto do Governo da República
Francesa, designado Governo depositário.
3. A presente convenção entra em vigor:
a) antes de 30 de setembro de 1961, mediante depósito dos instrumentos de ratificação ou aceitação por
todos os Signatários; ou
b) Em 30 de Setembro de 1961, se, até essa data, quinze ou mais Signatários tiverem depositado tais
instrumentos em relação a esses Signatários; e, posteriormente, em relação a qualquer outro signatário,
mediante o depósito do seu instrumento de ratificação ou aceitação;
c) Após 30 de setembro de 1961, mas o mais tardar dois anos após a assinatura desta Convenção,
mediante o depósito de tais instrumentos por quinze Signatários, no que diz respeito a esses Signatários; e,
posteriormente, em relação a qualquer outro Signatário, mediante o depósito do seu instrumento de
ratificação ou aceitação.
4. Qualquer signatário que não tenha depositado o seu instrumento de ratificação ou aceitação aquando da
entrada em vigor da convenção pode participar nas actividades da organização em condições a determinar
por acordo entre a organização e esse signatário.
Artigo 15.o
Quando a presente Convenção entrar em vigor, a reconstituição da Organização de Cooperação Económica
Europeia produzirá efeitos, e os seus objectivos, órgãos, poderes e denominação serão os previstos na
presente Convenção. A personalidade jurídica de que dispõe a Organização de Cooperação Económica
Europeia mantém-se na Organização, mas as decisões, recomendações e resoluções da Organização de
Cooperação Económica Europeia carecem da aprovação do Conselho para produzirem efeitos após a
entrada em vigor da presente Convenção.
Artigo 16.o
O Conselho pode decidir convidar qualquer Governo disposto a assumir as obrigações decorrentes da
adesão à presente convenção. Essas decisões são tomadas por unanimidade, desde que, em qualquer
caso específico, o Conselho possa decidir por unanimidade autorizar a abstenção, caso em que, não
obstante o disposto no artigo 6.o, a decisão é aplicável a todos os membros. A adesão produz efeitos após
o depósito de um instrumento de adesão junto do Governo depositário.
Artigo 17.o
Qualquer parte contratante pode pôr termo à aplicação da presente convenção a si própria mediante pré-
aviso de doze meses para o efeito ao Governo depositário.
Artigo 18.o
A sede da Organização será em Paris, salvo acordo em contrário do Conselho.
Artigo 19.o
A capacidade jurídica da Organização e os privilégios, isenções e imunidades da Organização, dos seus
funcionários e dos seus representantes dos Membros para ela são os previstos no Protocolo Complementar
n.º 2 da presente Convenção.
Artigo 20.o
1. Todos os anos, nos termos do Regulamento Financeiro adoptado pelo Conselho, o secretário-geral
apresentará ao Conselho, para aprovação, um orçamento anual, contas e orçamentos subsidiários
solicitados pelo Conselho.
2. As despesas gerais da Organização, tal como acordadas pelo Conselho, serão repartidas de acordo com
uma tabela a decidir pelo Conselho. As outras despesas serão financiadas nas bases que o Conselho
decidir.
Artigo 21.o
Após recepção de qualquer instrumento de ratificação, aceitação ou adesão, ou de qualquer aviso de
rescisão, o Governo depositário notificará desse facto todas as Partes Contratantes e o Secretário-Geral da
Organização.
FEITO em Paris, aos quatorze de Dezembro de mil novecentos e sessenta, nas línguas inglesa e francesa,
fazendo fé qualquer dos textos, num único exemplar que será depositado junto do Governo depositário, pelo
qual serão comunicadas cópias autenticadas a todos os signatários.