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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO


CURSO DE LICENCIATURA EM HISTORIA
Rua Vigário Carlos, 100 – Abadia – (34) 3700-6939 –
historia@uftm.edu.br – 38025-180 – UBERABA - MG

1ª Avaliação – História e Historiografia da Guerra do Paraguai – 2021-1

Para a realização da presente avaliação o aluno deverá escolher apenas 1 (uma) questão entre as 5 (cinco) abaixo
propostas:

Questão 1 – O recrutamento militar no Brasil imperial, também conhecido como “tributo de sangue” era, regra geral,
odiado pela população, especialmente, a população mais pobre, adulta e masculina. Os motivos que tornavam a prestação
militar repulsiva eram o tempo longevo do serviço militar, os castigos físicos, excessivamente, severos e as
arbitrariedades praticadas em torno daqueles nas circunstâncias de serem recrutados para as forças armadas. No entanto,
segundo aponta Fábio Faria Mendes, o recrutamento militar, em determinadas situações, era encarado e, até mesmo,
desejado como um ponto positivo. Neste sentido, com base nas considerações do autor, nas discussões realizadas sobre o
texto e nos seus conhecimentos, aponte, na forma de um texto dissertativo, quais eram as ocasiões em que o “tributo de
sangue” não era visto como negativo pela população.

Questão 2 – Sobre a utilização de escravizados para o esforço de guerra do Brasil no conflito contra o Paraguai, Hendrik
Kraay aponta que os escravizados, por questões jurídicas, não poderiam ser recrutados para a guerra contra o Paraguai.
No entanto, com o prolongamento do conflito, houve a necessidade de recrutar esta parcela considerável da população
brasileira. Todavia, o Estado brasileiro teve a precaução de não intervir no direito de propriedade dos donos dos
escravizados. Desta feita, com base nas considerações do autor, nas discussões realizadas sobre o texto e nos seus
conhecimentos, discorra, na forma de um texto dissertativo, como foi realizado o recrutamento militar dos escravizados
para as forças armadas no Brasil imperial.

Questão 3 – “Soldados negros, [ex-escravizados] ou não, lutaram em pelo menos três dos quatro exércitos dos países
envolvidos. Os exércitos paraguaio, brasileiro e uruguaio tinham batalhões formados exclusivamente por negros. Como
exemplos temos o Corpo dos Zuavos e o batalhão uruguaio Florida. [Escravizados] propriamente ditos engajados como
soldados, lutaram comprovadamente nos exércitos paraguaio e brasileiro.” (TORAL, 1995, p. 287)

Na citação em destaque, André Amaral do Toral discorre sobre o recrutamento militar de escravizados, libertos e seus
descendentes para a Guerra do Paraguai. Para o autor, este contingente populacional lutou “em pelo menos três dos quatro
exércitos dos países envolvidos.” No tocante aos escravizados, estes “lutaram comprovadamente nos exércitos paraguaio
e brasileiro.” No Paraguai, em particular, apesar de recrutar pretos e pardos para as suas forças armadas, criou-se uma
visão concretamente detratora do exército brasileiro, na medida em que este, era também constituído por uma grande
maioria de pretos e pardos, escravizados e/ou livres. Desta feita, com base nas considerações do autor, nas discussões
realizadas sobre o texto e nos seus conhecimentos, comente, na forma de um texto dissertativo, como se processou o
recrutamento de escravizados no Paraguai e qual era a visão estereotipada do exército brasileiro feita pelos paraguaios.
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Questão 4 – Sobre a Guerra do Paraguai, Maria Teresa Garritano Dourado chama a atenção para um aspecto que é
consenso entre os(as) estudiosos(as) do conflito: as “enfermidades e fome, pestes e deserções” (DOURADO, 2012, p.
194), foram as maiores responsáveis pelas baixas entre os combatentes, bem como entre a população civil, do que o
combate em si. Apesar deste consenso, as “enfermidades e fome, pestes e deserções” permaneceram como um tema
marginalizado para a compreensão da guerra, na medida em que “ainda não foram pesquisadas devidamente”
(DOURADO, 2012, p. 194). No entanto, para Dourado este é um tema promissor e com rica fonte de pesquisa para os(as)
historiadores(as) e estudiosos(as) em geral. Neste sentido, com base nas considerações da autora, nas discussões
realizadas sobre o texto e nos seus conhecimentos, discorra, na forma de um texto dissertativo, quais seriam as fontes
disponíveis para os(as) historiadores(as) pesquisarem a “história esquecida” da Guerra do Paraguai.

Questão 5 – “Aqui não há ‘bandidos’ e ‘mocinhos’, como quer o revisionismo infantil, mas interesses.” (DORATIOTO,
2002, pp. 93-6)

Na citação, Francisco Doratioto descontrói certos vícios de interpretação sobre as origens e causas da Guerra do Paraguai.
Para o autor, as razões que levaram ao maior conflito já registrado na história da América do Sul não podem ser reduzidas
à visão de um conflito entre “bandidos”, de um lado, e “mocinhos”, do outro. Desta feita, com base nas considerações do
autor, nas discussões realizadas sobre o texto e nos seus conhecimentos, comente, na forma de um texto dissertativo,
quais seriam os “interesses” que, segundo Doratioto, levaram à Guerra do Paraguai.

A correção será realizada considerando-se os seguintes indicadores: clareza e coesão, bem como a capacidade de síntese e
aparato de erudição empregado pelo aluno na formulação da resposta por ele escolhida.

Em caso de plágio, parcial ou total, a nota atribuída à avaliação será 0,0 (zero) sem oportunidade de
recuperação da nota.

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