Você está na página 1de 2

Prova Brasil 2

prof : linderval Aluna: Liandra Melque Rolon Benites

Respostas
1) As ideias da narrativa de Iracema permeiam o ideal de miscigenação entre
colonizador europeu e o indigena americano, assim formando um povo de uma
cultura autêntica e original, à brasileira. Esse tipo de abordagem tem sido criticado
por diminuir as complexidades das relações sociais, e romantizar a violência
histórica gravada nos povos indígenas.
Por outro lado, o lado do IHGB ( instituto Histórico e Geográfico Brasileiro)teve um
papel importantíssimo para a formação da consciência histórica na construção de
identidade do brasileiro, ao exaltar o passado colonial, assim afirmando a suposta
superioridade cultural e moral da elite branca brasileiras em relação as populações
que eram consideradas inferiores: índios, negro e mestiços.

2) A falta de um exército nacional efetivo no Brasil e a superioridade numérica da


guarda nacional em relação aos soldados do exército foram fatores cruciais para o
longo tempo em que a guerra contra o Paraguai se arrastou. Enquanto o exército
brasileiro era mal equipado mal treinado e alem disso nao ser de fato um exército,
contando apenas com recrutas sem experiência e sem estratégias de guerras, o
Paraguai apesar de ser um país pequeno, sua estratégia de guerra era baseada em
uma força militar bem treinada e equipada, liderada pelo presidente Francisco
Solano López, que estava disposto a usar todas as armas à sua disposição para
defender seu país.
Essa situação foi agravada pelo fato de o "mundo do governo" (ou seja, a elite
política e econômica do Brasil) não ter percebido a importância de investir na
construção de um exército nacional forte e moderno. Desde o período imperial, o
país tinha uma forte tradição de usar a força militar como meio de resolver conflitos
internos e externos, mas os governos negligenciaram a necessidade de
modernização das forças armadas. Assim, a Guerra do Paraguai foi um alerta para
a necessidade de se construir um exército nacional eficiente.

3)
a) O livro de Ricardo Salles sobre a Guerra do Paraguai pode ser situado como
uma obra pioneira dentro da produção acadêmica acerca do tema, por
apresentar uma abordagem menos apaixonada e mais crítica dos
acontecimentos históricos envolvidos no conflito.
b) A partir dele, outros autores posteriormente também se dedicaram a explorar
a Guerra do Paraguai com um olhar mais objetivo e distante das visões
nacionalistas e patrióticas que dominaram a historiografia brasileira por muito
tempo.
4)
a) A tese fundamental de José Murilo de Carvalho é que a elite imperial
brasileira vivia em um isolamento social, político e cultural em relação ao
restante da sociedade, o que contribuiu para a manutenção da desigualdade
e da exclusão social no país, ele argumenta que essa elite era formada por
um pequeno grupo de famílias ricas, proprietárias de grandes latifúndios, que
detinham o poder político e econômico do país durante o período imperial era
tão isolada que assim cultivou uma cultura própria, influenciada pelo modelo
europeu de civilização, que a distanciava ainda mais do restante da
sociedade. Essa cultura era caracterizada pelo culto à etiqueta, ao
refinamento, ao conhecimento erudito e à língua francesa.

b) Segundo Carvalho, a elite imperial brasileira não tinha uma relação de


proximidade com as classes populares e não se preocupava com suas
necessidades e demandas. Pelo contrário, essa elite buscava manter o status
quo, garantindo seus interesses e perpetuando seu poder.
Já Guimarães destaca a influência das ideias europeias sobre esses
intelectuais, bem como as disputas políticas que marcaram a história do
instituto ao longo do século XIX. Ou seja enquanto José Murilo de Carvalho
adota uma postura mais crítica em relação à elite intelectual que compunha o
IHGB no século XIX, Manoel Luis Lima Salgado Guimarães opta por uma
abordagem mais descritiva e neutra, analisando as principais personalidades
e tendências do instituto ao longo do tempo.

Você também pode gostar