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Respostas
1) As ideias da narrativa de Iracema permeiam o ideal de miscigenação entre
colonizador europeu e o indigena americano, assim formando um povo de uma
cultura autêntica e original, à brasileira. Esse tipo de abordagem tem sido criticado
por diminuir as complexidades das relações sociais, e romantizar a violência
histórica gravada nos povos indígenas.
Por outro lado, o lado do IHGB ( instituto Histórico e Geográfico Brasileiro)teve um
papel importantíssimo para a formação da consciência histórica na construção de
identidade do brasileiro, ao exaltar o passado colonial, assim afirmando a suposta
superioridade cultural e moral da elite branca brasileiras em relação as populações
que eram consideradas inferiores: índios, negro e mestiços.
3)
a) O livro de Ricardo Salles sobre a Guerra do Paraguai pode ser situado como
uma obra pioneira dentro da produção acadêmica acerca do tema, por
apresentar uma abordagem menos apaixonada e mais crítica dos
acontecimentos históricos envolvidos no conflito.
b) A partir dele, outros autores posteriormente também se dedicaram a explorar
a Guerra do Paraguai com um olhar mais objetivo e distante das visões
nacionalistas e patrióticas que dominaram a historiografia brasileira por muito
tempo.
4)
a) A tese fundamental de José Murilo de Carvalho é que a elite imperial
brasileira vivia em um isolamento social, político e cultural em relação ao
restante da sociedade, o que contribuiu para a manutenção da desigualdade
e da exclusão social no país, ele argumenta que essa elite era formada por
um pequeno grupo de famílias ricas, proprietárias de grandes latifúndios, que
detinham o poder político e econômico do país durante o período imperial era
tão isolada que assim cultivou uma cultura própria, influenciada pelo modelo
europeu de civilização, que a distanciava ainda mais do restante da
sociedade. Essa cultura era caracterizada pelo culto à etiqueta, ao
refinamento, ao conhecimento erudito e à língua francesa.