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TRANSFORMAÇÃO SOCIAL A PARTIR DE UM ABRIGO DE REABILITAÇÃO

COM FOCO NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL PARA MORADORES DE RUA

Letícia Araújo Melo ¹


Prof. Tiago Ribeiro Goretti ²

Resumo

O presente artigo destaca o impacto que um ambiente de qualidade físico e


espiritual, podem gerar para um avanço social com foco em grupos desqualificados
da sociedade, que são os moradores de rua.
O objetivo é destacar a transformação de vida que é possível alcançar com o
espaço arquitetônico adequado e alimento espiritual necessários. Visando o
reconhecimento de identidade e propósito para o desenvolvimento pessoal e
individual, alcançando assim, uma transformação social e coletiva.
Foram feitas pesquisas exploratórias, de artigos, teses, sites, bibliografias,
estudos de caso e coleta de dados gerais para conceituar os termos e compreender
a importância da inserção do projeto do abrigo na sociedade.

Palavras-chave: abrigo, arquitetura, espiritualidade, neurociência, neuroarquitetura.

Abstract

This article highlights the impact that a quality environment, physical and
spiritual, can generate for a social advance with a focus on disqualified groups of
society, which are homeless people.
The aim is to highlight the life transformation that is possible to achieve with
the designed space and the necessary spiritual nourishment. Aiming at the
recognition of identity and purpose for personal and individual development, thus
achieving social and collective transformation.

1
Estudante – Arquitetura e Urbanismo – Faculdade Metodista Granbery. – E-mail: lameloarquitetura@gmail.com.

2
Professor Orientador.
Exploratory research was carried out, articles, theses, websites, bibliographies,
case studies and general data collection to conceptualize the terms and understand
the importance of inserting the shelter project in society.

Keywords: shelter, architecture, spirituality, neuroscience, neuroarchitecture.

Introdução

Os moradores de rua são reputados como invisíveis pela sociedade e ignorá-


los não é a solução para a presente situação. A desmazela da população com o
atual contexto agrava o problema social em questão. A grande maioria não
consegue sair por falta de reconhecimento de um propósito em sua vida, apesar de
muitas serem as causas, pois trata-se de uma categoria social complexa (COSTA,
2005). Dessa forma, será abordado nesse artigo não somente a problemática em
questão, mas a solução do problema vigente.
A finalidade da construção é um abrigo com foco em reabilitação para
moradores de rua, que semanticamente, está associado ao amparo, proteção e,
respectivamente, à recuperação e regeneração.
O abrigo desde a pré-história é um meio ao qual obtém-se uma forma de
proteção do perigo, adversidades climáticas e de amparo noturno (SILVA, 2015).
Eram-se usadas as cavernas ou cabanas feitas de gravetos e pele de animais para
essa funcionalidade no período Paleolítico, pois a sociedade ainda vivia de forma
nômade. Pode-se notar a carência de salubridade não dissemelhante à que a
população de rua vive no atual contexto:
“[…] o ambiente construído não passava de uma modificação
superficial do ambiente natural, imenso e hostil, no qual o homem
começou a mover-se: o abrigo era uma cavidade natural ou um
refúgio de peles sobre estrutura simples de madeira” (BENEVOLO,
2015, p. 13).
Hoje, trocam-se as peles de animais por cobertores, sacos plásticos e até
mesmo papelão, e as estruturas de gravetos por barracas feitas com restos de lixo,
carrinhos de mercado ou pelas marquises dos grandes centros urbanos.
Somente no período Neolítico que iniciou um Modus Operandi no pensar,
trazendo assim o trabalhar e agir nas tarefas de rotina como destaca Leonardo:
“O ambiente das sociedades neolíticas não é apenas um abrigo na
natureza, mas um fragmento de natureza transformado segundo um
projeto humano: compreende os terrenos cultivados para produzir, e
não apenas para se apropriar do alimento; os abrigos dos homens e
dos animais domésticos; os depósitos de alimento produzido para
uma estação inteira ou para um período mais longo; os utensílios
para cultivo, a criação, a defesa, a ornamentação e o culto”
(BENEVOLO, 2015, p. 16).
Nota-se uma mudança no pensar em sociedade pois como é destacado por
Silva (2015): houve uma transição entre a vida nômade, em que não existia moradia
fixa, para uma vida em comunidade, e as moradias passam a ser fixas e um cultivo
de alimentos coletivo:
“Ao mesmo tempo, a produção de excedentes agrícolas possibilitou o
uso do tempo para outras atividades, como artesanato, troca ou
funções de administração, características das primeiras formas de
vida urbana. A produção e o comércio começaram a gerar no período
Neolítico um modelo de convivência que impulsiona os
assentamentos a crescerem em extensão e população (LIMA,
2015).”
A fundamentação é que houve uma mudança de mentalidade nesse período
de tempo, devido à proteção do território; as cabanas começaram a serem
construídas próximas às outras, trazendo senso de cooperação humana e ação
mútua. Dessa maneira, seguiremos com a metodologia que será abordada em
nosso Abrigo:

Metodologia

É seguindo esse senso de comunidade, cooperação humana e ação mútua


que trabalharemos nossa construção, alinhados ao pensar milenar de Salomão,
homem mais sábio e rico que já existiu, segundo descreveu as escrituras sagradas:
“É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a
recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo
pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não
tem quem o ajude a levantar-se! E se dois dormirem juntos, vão
manter-se aquecidos. Como, porém, manter-se aquecido sozinho?
Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem
defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com
facilidade.” (A BÍBLIA, Ec 12,9-12)
É importante destacar que essa mudança de mentalidade se efetivou no
decorrer das condicionantes de tempo e da evolução da mente humana. Entretanto,
será apresentada uma colaboração induzida promissora com objetivo de renovação
no Modus Operandi, como destaca Paulo em sua carta aos Romanos: “Não se
amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua
mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.” (A BÍBLIA, Rm 12,2)
Desta maneira, irão ser abordados aspectos em três dimensões: físico,
emocional e espiritual; visto que a arquitetura tem caminhado para estudos cada vez
mais complexos de interação humana nos espaços físicos ligados às emoções e
sensações que um ambiente pode proporcionar. Segundo Gurgel (2002), a maneira
que percebemos o ambiente emocionalmente depende de elementos como cor,
textura, forma e dimensão. Pois assim como afirma Colin (2000), “além do
atendimento aos requisitos técnicos, [...] deve o edifício tocar nossa sensibilidade,
nos incitar à contemplação, nos convidar à observação de suas formas, à textura
das paredes, à sua leveza e solidez”. Lira Filho (2001, p. 61) vai ainda além na
percepção de um ambiente, destaca os elementos invisíveis, que estão ocultos ou
mesmo percebidos de maneira abstrata: “a paisagem pode ser visualizada por sua
dimensão mítica, pelo seu poder evocativo, por inspirar emoções e sentimentos”.
A presente pesquisa abordou o assunto Arquitetura aplicada à Neurociência e
à transformação biopsicossocioespiritual dos indivíduos que farão uso do espaço em
questão. Justificou-se o presente no meio socioespacial, onde é possível constatar o
impacto de um ambiente físico bem trabalhado juntamente com aspectos
emocionais e espirituais eficazes para uma renovação da mente e verdadeira
mudança de vida, trazendo novos hábitos e valores e atitudes associados a um novo
estilo de vida.
A problemática da presente pesquisa foi: Somente trabalhando um ambiente
no âmbito físico, o torna apto para provocar uma mudança de vida e uma
requalificação dos moradores de rua na sociedade? Abordaremos o quanto um
ambiente arquitetônico é capaz de influenciar e induzir sentimentos e emoções, mas
somente ele é suficiente para uma renovação da mente dessas pessoas que já se
acostumaram a habitar nas ruas?
A presente pesquisa tem como finalidade apresentar a importância da
disseminação de propósito, através de estudos baseados nas Neurociências com
aplicação física pela Neuroarquitetura e aplicação biopsicossocioespiritual por meio
da Bíblia, livro de sabedoria milenar mais conhecido do mundo, para a elaboração
do projeto do Abrigo para moradores de rua.

Desenvolvimento

As Neurociências são estudos amplos e diversos desde o funcionamento


cerebral até às reações físicas. Englobam estudos das disciplinas científicas como
matemática, física, química, biologia, filosofia, sociologia, artes, pedagogias e
psicologias que se dedicam ao estudo da interação entre o sistema nervoso, os
demais órgãos, a mente humana e o ambiente externo. (RIBEIRO, 2013.)

Uma das abordagens das Neurociências efetivamente ligadas ao ambiente


externo é a Neuroarquitetura, que consiste na aplicação de saberes das
Neurociências nos projetos arquitetônicos: “projetar ambientes eficientes baseados
não apenas em parâmetros técnicos de legislação, ergonomia e conforto ambiental,
mas também em índices subjetivos como emoção, felicidade e bem-
estar.” (MATOSO, 2022) À vista disso, a neuroarquitetura pode auxiliar a criar o
ambiente adequado:

“espaços inteligentes e mais humanizados que atendam às


necessidades físicas e fisiológicas dos usuários, levando em
consideração o ser humano e o impacto de um ambiente de trabalho
no cérebro das pessoas e consequentemente nas emoções.”
(ABRAHÃO, 2019)

Em uma pesquisa realizada na Inglaterra por Human Spaces (2017), “foi


evidenciado que quando as pessoas estão em um ambiente com presença de
elementos naturais como: madeira, pedras, água, vegetação; há um aumento de
15% na sensação de bem estar e criatividade, além de 6% na produtividade.”
(BENCKE, 2018). Dessa forma, podemos perceber que os usos de materiais
sensoriais que trazem emoções são eficazes para um auxílio de maior resultado nas
percepções humanas, bem como o uso intencional de cores, texturas, sons e
iluminação. Assim como destaca o arquiteto alemão Walter Gropius (1945), em seu
livro Bauhaus Nova arquitetura:

“A cor e a textura de superfície têm, por assim dizer, uma existência


própria e emitem energias físicas, que são até mensuráveis. O efeito
pode ser quente ou frio, aproximativo ou retrocessivo em relação a
todos nós, de tensão ou de repouso, ou mesmo repulsivo ou
atraente.” (GROUPIUS, 1945)

Benutti (2011) destaca uma abordagem diferenciada de como usar a natureza


no espaço: alega que a presença da geometria traz uma busca por harmonia, pois a
aplicação dos símbolos geométricos possibilita inserir o homem em um sistema de
ritmo e harmonia natural – presentes na natureza. Esse seria o elo entre o plano
material e o plano espiritual, segundo a sua visão. O arquiteto e escritor, Bruno Zevi
também tem uma visão interessante a respeito das formas geométricas e da
interpretação involuntária feita por nosso cérebro:
“Linha horizontal é paralela a terra sobre a qual o homem caminha,
acompanha por isso o seu andar, decorre à mesma distância da vista
e por isso não dá lugar à ilusão acerca do seu cumprimento; Linha
vertical é o símbolo do infinito, do êxtase e da emoção. A linha
vertical rompe-se no céu, perde-se nele, e nunca encontra
obstáculos e limites, ilude acerca do seu cumprimento, é por isso
símbolo do sublime. Linhas retas e curvas. As linhas retas significam
decisão, rigidez e força. As linhas curvas representam hesitação,
flexibilidade ou valores decorativos. A helicoidal é símbolo do
ascender, do desprendimento, da libertação da matéria terrena. O
cubo representa a integridade porque as dimensões todas iguais,
imediatamente compreensíveis, dão ao espectador a sensação de
certeza definitiva e segura. O círculo dá a sensação do equilíbrio, do
controle sobre todos os elementos da vida. A esfera, e por isso as
cúpulas semiesféricas, representa a perfeição, a lei final, conclusiva.”
(ZEVI, 2000, p. 161).

Através da análise da Neuroarquitetura podemos perceber diversos exemplos


de como os elementos arquitetônicos de um espaço influenciam no sentimento das
pessoas. Um caso muito citado é o do complexo residencial Pruitt-Igoe, inaugurado
em 1995 no estado de Missouri, nos Estados Unidos. Reunindo 33 prédios, esse
grande empreendimento acabou sendo demolido na década de 70, após ser
acusado várias vezes de aumentar a criminalidade na área. A culpa recaiu sobre os
grandes espaços vazios entre as torres da construção, que desestimulavam o senso
de comunidade entre os moradores. (GUARANY, 2019.)

Dessa forma, podemos perceber como a ausência de cuidado ao trabalhar


um espaço também pode influenciar até mesmo para que as pessoas cheguem ao
ponto de sentirem desconfortáveis em um ambiente e o abandonem. Esse complexo
residencial citado, se tivesse sido melhor trabalhado com elementos sensoriais que
ativam memórias afetivas de conforto e bem estar, não teria incitado a criminalidade
naquele espaço.

“Viver é interagir constantemente com variados estímulos ambientais


que guiam nossas emoções, pensamentos e comportamentos.
Desde a forma das coisas até elementos que podem parecer um
detalhe – como padrões, luz, cor, sons e textura -, os espaços nos
afetam constantemente, sem sequer percebermos que isso está
acontecendo.” (VILLAROUCO, 2021.)

Contudo, apenas o espaço físico não é suficiente para impactar na mudança


do indivíduo como uma virada de chave para uma renovação de mente e da vida.
Dessa maneira, destaca a Arquiteta e Urbanista Célia Ferraz de Souza (2003): a
construção de um novo ambiente físico, como uma nova casa para uma família,
pode até mexer com o psicológico familiar, mas em si, não é suficiente para salvar
um casamento por exemplo. Visto que é recorrente o pensamento em nossa
sociedade que a partir da concretização do sonho de um novo lar, todos os
problemas serão resolvidos e os integrantes da família viverão tranquilamente e
felizes com uma casa bem projetada. Entretanto, sabemos que os problemas
pessoais e psíquicos estão fora do alcance da arquitetura, visto que a arquitetura em
si pode proporcionar uma casa ou um ambiente bem planejado, mas somente as
ações humanas e um bom convívio a transformarão em um lar. Por isso, para uma
visão organizada da perspectiva e compreensão do ser humano é preciso entender
como a neurociência contribui de fato uma análise social e transparente para o
estudo, pois as Neurociências estudam como o cérebro processa pensamentos,
sentimentos e comportamentos, além das vulnerabilidades, moldagens e
transformações do modo operante de pensamento. (RIBEIRO, 2013.)

Um dos estudos científicos das Neurociências, não consensual, destaca que


o processamento de pensamento é diferente entre os hemisférios cerebrais. Sendo
o hemisfério esquerdo mais racional, lógico, serial e analítico, enquanto o
hemisfério direito se dedica a processos mais emocionais, intuitivos, em paralelo e
holístico (DALGALARRONDO, 2011). Através de estudos da Física moderna aliada
a biomedicina, pôde-se chegar a estudos significativos a respeito da saúde humana,
porém definidos apenas a aspectos biológicos e materiais da compreensão do
homem (CAPRA, 2006). Já a abordagem biopsicossocial, assim chamada através
de um novo paradigma de estudos incluindo análises psicológicas e sociais,
avançou ainda mais o processo de entendimento saúde-doença (ENGEL, 1977).

Entretanto, ainda assim têm-se ampliado os estudos para uma abordagem


biopsicossocioespiritual de compreensão humana, validando a dimensão espiritual
por diversos neurocientistas, incluindo a atual Diretora Académica e Presidente do
Neurogenesis Institute, nos EUA: Rosana Alves, brasileira, considerada uma das 4
melhores neurocientistas do mundo, também autora do livro: A neurociência da
felicidade. Esta nova abordagem espiritual se refere à aquisição de um significado e
propósito de vida (CLONINGER, 2006), possibilitando a compreensão das
adversidades da vida, trazendo identificação e uma nova identidade para o
indivíduo, pois não se trata de um pensar dualístico no qual uma “alma”
acidentalmente “habita” em um corpo. (RAMSEY, 1970).

Conforme o relatório do primeiro Encontro Nacional Sobre População em


Situação de Rua, organizado e realizado em 2005 pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome por meio da Secretaria Nacional de
Assistência Social, “a caracterização da população em situação de rua ficou definida
como: grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes
realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos
interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo
compelido a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por contingência
temporária ou de forma permanente.” (FRANCISCO, 2013). Diante disso, é possível
compreender a carência emocional que essas pessoas se encontram visto que, na
maioria dos casos há uma ausência de vínculo afetivo com os familiares.
Entendemos que a falta de moradia é apenas um dos problemas que essas pessoas
possuem. Fazer um abrigo apenas para abrigar de fato seria o mesmo que dar um
remédio sem diagnóstico à um paciente, ignorando a raiz do problema. Dessa forma,

“Procurou-se listar, de forma não exaustiva, quatro grandes grupos


de fatores que podem contribuir para a explicação do “por quê” um
indivíduo ou mesmo uma família acabam por se encontrar numa
“situação de rua”. Seriam eles: A violência, As drogas, O
desemprego e Os problemas de Saúde. Muitas vezes, estes fatores
podem ser encontrados isoladamente, ou de forma combinada, por
determinados períodos de tempo, ou permanentemente.” (IBGE,
2006)

Nota-se uma carência de bem estar físico, emocional e espiritual abalados por
falta de entendimento da vida e de propósito. Diante disso, podemos destacar a
influência do indivíduo no coletivo, pois o coletivo é transformado por uma
transformação individual. (DUHIGG, Charles, 2012.). Se uma pessoa está
emocionalmente ferida, ela fere outras pessoas, afetando assim o coletivo em
questão. Dessa forma, quando auxiliamos à cura interior de apenas uma pessoa, ela
é capaz de curar outras e ser um referencial para transformação de outras pessoas
como ela. (MEYER, Joyce, 2018).
Dessa maneira, quando cuidamos da vida de um morador de rua que seja,
somos capazes de estar cuidando de vários outros moradores de rua que também
serão transformados através da vida deste em questão. “Porque há esperança, para
a árvore, pois mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos.
Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, ao cheiro das
águas brotará e dará ramos como a planta nova” (A Bíblia. Jó 14,7-9). Ainda que
seja uma parábola, é validada em toda sua essência, visto que também é relatado
que o Espírito de Deus é a fonte de águas vivas, que ao encontro do nosso ser nos
faz crescer e gerar frutos. Nessa perspectiva, estudos científicos nos ajudam a
entender como Palavra de Deus pode gerar uma nova perspectiva de vida e
transformar a nossa mentalidade. Vejamos um exemplo:
“Um estudo foi feito recentemente pelo centro de Engajamento
Bíblico em que eles estudaram 40.000 pessoas nos Estados Unidos
de 8 a 80 anos de idade. Eles apenas queriam ver como nós
estamos interagindo com as escrituras. E eles descobriram uma
coisa que acabou se tornando a principal descoberta do estudo em
si. Eles não estavam procurando por isso e se tornou o ponto
principal do estudo. Quando nós lemos a Bíblia uma vez por semana,
e isso poderia ser o culto de domingo, quando o pastor diz: ‘Abra sua
Bíblia’ e nós ouvimos a mensagem. Uma vez por semana mostrou
um efeito quase insignificante em algumas áreas chave da sua vida.
Vou explicar melhor daqui a pouco. Duas vezes por semana efeito
quase insignificante. Agora igual ao lermos três vezes por semana
houve um sinal diferente no mapa, como se fosse um batimento
cardíaco. Algo aconteceu, ainda que fosse como um batimento. Mas
a profunda descoberta é essa: quando lemos a Bíblia quatro vezes
por semana o efeito sobe de forma incrível. O esperado seria que
fosse 1, 2… que houvesse um aumento gradual do efeito e impacto
na sua vida. Mas foi literalmente 1,2,3…4 algo muda radicalmente!”
Foi comprovado através de análises científicas que “O sentimento de
solidão cai 30%. Isso lendo a Bíblia quatro vezes por semana.
Problemas com raiva caem 32%. Amargura em relacionamentos,
casamento, relacionamento com seus filhos cai 40%. Alcoolismo cai
57%. Lindsey completou dizendo “Sentimento de estagnação
espiritual... se eu tivesse que escolher uma área, quando eu
converso com as pessoas, na qual elas são realmente honestas é
que elas se sentem estagnadas espiritualmente. É só fazer a
pergunta: ‘Quanto tempo você investe na palavra?’ Lendo a bíblica
quatro vezes por semana ou mais esse sentimento cai 60%. Contato
com pornografia cai 61%. E se olharmos para hábitos positivos o
comportamento da Fé aumenta 200%, porque você confia na palavra
de Deus. Há um aumento de 230% no discipulado.” (LINDSEY,
2012.)
Dessa forma, é possível analisar a maneira que o cérebro humano é
impactado com a palavra de Deus, porque ela é viva e eficaz e mais penetrante que
qualquer espada de dois gumes (A BÍBLIA. Hb, 4,12). Trazendo fé e esperança para
os que nela confiam. Pois está escrito “Levanta do pó o necessitado e, do monte de
cinzas ergue o pobre; ele os faz sentarem-se com príncipes e lhes dá lugar de
honra. "Pois os alicerces da terra são do Senhor; sobre eles estabeleceu o mundo.
(A BÍBLIA. 1 Sm 2,8)
Muitos que ali estão em situação de rua não enxergam saída para seu
presente estado, acreditam que por estarem na atual circunstância não é possível
ter uma vida plena e abundante visto que as condições e aspectos físicos validam
isso. Mas ao encontro da fé, são chamados para acreditar na possibilidade de
transformação, que é o primeiro passo, pois tudo se começa na mente (OURIVES,
Elainne).

Estudo de caso
A seguir, será exemplificado 2 estudos de casos, que são exemplos de locais
com foco voltados para reabilitação e auxílio beneficente para grupos específicos da
sociedade que carecem de recursos e assistência personalizada.

• Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont / Billard Leece


Partnership

Figura 1: Perspectiva Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-155486/centro-comunitario-de-reabilitacao-de-belmont-
slash-billard-leece-partnership
O Centro Comunitário de Reabilitação Belmont oferece um programa ativo e
com objetivo focado em reabilitação, entretanto, com um diferencial: em um
ambiente residencial. O programa foca na prevenção de ex dependentes químicos,
diminuindo as chances de recaídas e melhora do bem-estar. Situado ao lado do
Centro de Saúde Kardinia, conectado através de uma passarela coberta. O Centro
de Reabilitação compartilha a recepção com o Centro de Saúde, sendo um
complemento importante, visto que fazem acompanhamento do mesmo grupo em
questão.
Esse projeto, além do grupo social em comum com nosso estudo, visto que
74% dos moradores de rua são dependentes químicos, segundo pesquisa realizada
pela Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS). Destaca-se, também, pelo amplo
pátio principal, em que é possível trabalhar as relações interpessoais abordadas em
nossa tese, trazendo cura e conexão entre os indivíduos.

Figura 2: Planta Baixa Humanizada do Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont

Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/01-155486/centro-comunitario-de-reabilitacao-de-belmont-
slash-billard-leece-partnership
Figura 3: Jardim externo do Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont

Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/01-155486/centro-comunitario-de-reabilitacao-de-belmont-
slash-billard-leece-partnership

Como podemos analisar pelas imagens, uma arquitetura marcada por


elementos simples como a madeira de cipreste, destacada como elemento principal
da fachada devido à sustentabilidade, que conforme a Neuroarquitetura traz
sensação de conforto devido a ser um elemento natural e seus tons alaranjados que
estimula a conversação, é a cor da vitalidade, da criatividade e da afetividade; além
dos tons marrons que proporcionam sensação de solidez e segurança. (LACY,
1996)

• Centro Comunitário Pilares Valentín Gómez Farías / a|911

Figura 4: Fachada principal do Centro Comunitário Pilares Valentín Gómez Farías

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/999239/centro-comunitario-pilares-valentin-gomez-farias-a-911
Espaço localizado no distrito de Benito Juárez, na Cidade do México, que faz
parte de uma iniciativa e política pública com o objetivo de reconstruir, através de
uma arquitetura comprometida, um centro comunitário que beneficie a cidadania. De
acordo com o programa, a proposta dá prioridade à população jovem que
abandonou as instituições de ensino formal, às mulheres que precisam fortalecer
sua autonomia econômica e às comunidades que atualmente não têm acesso a
equipamentos culturais e esportivos decentes.

Figura 5: Pátio externo do Centro Comunitário Pilares Valentín Gómez Farías

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/999239/centro-comunitario-pilares-valentin-gomez-farias-a-911

Este projeto destaca-se também por um amplo pátio que estimula o bom
convívio e fortalece as relações interpessoais, além de ser um local que pode ser
destinado para palestras, programas como áreas de estar, leitura e fórum ao ar livre,
criando um sistema educacional onde o aprendizado também é feito nos espaços
externos.
Figura 6: Vista aérea do Centro Comunitário Pilares Valentín Gómez Farías

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/999239/centro-comunitario-pilares-valentin-gomez-farias-a-911

O volume se entrelaça com o parque através de um gesto nobre e equilibrado


entre permeabilidade e presença. Através das claraboias é possível obter espaços
iluminados e ventilados naturalmente mesmo nos corredores internos do edifício. As
salas de aula e os espaços educacionais são conectados por uma passarela
longitudinal, tornando este um pavilhão mais do que uma simples edificação. Além
disso, os elementos como os tijolinhos aparentes e os pilares aparentes em concreto
armado trazem ao espaço uma simplicidade única e grande estilo.

Figura 7: Perspectiva interna do Centro Comunitário Pilares Valentín Gómez Farías

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/999239/centro-comunitario-pilares-valentin-gomez-farias-a-911
Conclusão

Visto a análise técnico-teórica sobre os espaços voltados para amparo de


grupos vulneráveis da sociedade, podemos concluir que os elementos físicos de um
espaço são de grande influência para nossos comportamentos, sentimentos e
percepções humanas. Da mesma maneira que, após um embasamento teórico
sobre Neuroarquitetura, Neurociência, Psicologia, Espiritualidade e Psicologia
Ambiental, pode-se perceber que há uma grande relação entre os temas propostos.
Com os correlatos foi possível compreender, que esses temas se aprofundam ainda
mais na questão científica e espiritual.
Há muitos estudos tentando compreender humanamente a sabedoria do
homem, o funcionamento de nossas conexões mentais e toda análise de nossos
pensamentos, desde o que se passa no cérebro ao se deparar com determinado
ambiente físico, assim como tentar compreender nossa maneira de comportamentos
e ações. Claro que através da Neurociência e da Neuroarquitetura, como visto,
podemos compreender de certa forma, mas de maneira ainda superficial, pois
somente compreendendo quem nos criou para de fato ter a compreensão de como
agimos e reagimos. Ao analisarmos a obra de um artista plástico podemos ter uma
breve noção ou até mesmo imaginar o que ele gostaria de nos passar, mas somente
conversando e tentando compreender o pensamento dele ao criar, que de fato
compreendemos toda a mensagem que está por trás de sua obra. Com Deus, nosso
criador, é a mesma coisa: para compreender a obra da criação é preciso aprender
sobre o criador da obra. Em estudos recentes realizados por Gregg
Braden, cientista americano, engenheiro, metafísico, geólogo, pesquisador e autor
best-seller constatou que temos a assinatura do nosso criador em nosso DNA: o
padrão numérico 10,5,6,5 sempre se repete em nosso DNA, cientistas intrigados
com essa sequência tiveram a ideia de substituir por letras hebraicas, que traduzidas
em nosso alfabeto YHVH, é o nome hebraico com o qual Deus se identificou a
Moisés no monte Horebe (A BÍBLIA, Êx 3,14). Após 12 anos de pesquisas, ele
concluiu que "há um nome que sobrevive como o nome pessoal de Deus: YHVH, o
eterno". (BRADEN, 2004.)
Diante disso, a relação com nossa tese se acrescenta por meio da aplicação
da Bíblia para de fato resgatar essas pessoas em situação de rua para uma vida
diferente: pois Jesus disse em sua palavra: “O ladrão vem somente para roubar,
matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. (Jo
10,10). Mas, com a falta de conhecimento dela, uma pessoa pode se ver
desamparada em ruínas, como diz a Palavra do Senhor, que foi dirigida a Oseias,
filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e nos dias
de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel. (por volta de 800 anos a.C.): “O meu povo
está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”. (Os 4,6).
Desta maneira, o ponto principal de nosso Abrigo e Centro de Reabilitação se
dará por uma Igreja. Tendo por fundamento o Cristo Jesus, pois conforme as
escrituras sagradas: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a
criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer
potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas.
Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o
primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque
aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo
sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas,
quer sobre a terra, quer nos céus.” (A BÍBLIA, Cl 1:15-20).
Visto que, os moradores de rua se encontram em situações extremas de
desamparo, tendo de enfrentar fome, sede, frio, calor, falta de higiene, entre outros
problemas, não encontrando forças para sair dessa situação em que apenas
sobrevivem, mas não vivem de fato àquilo que Deus tem pra vida deles. Para
reverter esse quadro, é possível que ao encontro da fé compreenderem a razão de
sua existência.
Da mesma forma, terá amparo psicológico e acompanhamento médico
através de um posto especializado em nossa construção, efetivando assim, um
Centro de Reabilitação. Será implementado também, espaços de abrigadouro com
quartos\dormitórios, banheiros e refeitório. Um dos desmembramentos de nosso
espaço físico será também o apoio ao trabalhar em conjunto aprendendo o plantio e
cultivo de alimentos que serão usados para própria alimentação enquanto estiverem
em processo de reabilitação em nosso centro comunitário. Além disso, para a
inserção no mercado de trabalho, o espaço contará com salas de aula para
aprendizagem de técnicas e usos de ferramentas, seguindo a necessidade,
interesse e sugestão dos mesmos.
Dessa maneira, serão trabalhadas todas as áreas de suporte para um
indivíduo nessas condições: físico e emocional através da Neuroarquitetura e
Arquitetura Ambiental, e espiritual através da assistência biopsicossocioespiritual
desenvolvida neste artigo.
.
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