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Ensino de Ciências e Matemática na Educação Básica

Simone da Silva Miranda


SILVA, L. R. C.; FILHO, J. B. R. Métodos de ensino de ciências e matemática na
educação básica: como pensam e atuam os professores? REnCiMa, São Paulo, v. 13, n. 1,
p. 1-17, 2022.

A presente resenha pretende analisar, o artigo científico escrito por Luciano Racts
Claudio da Silva, Doutorando em Educação em Ciências e Matemática, Professor da
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e por João Bernardes da Rocha Filho,
Doutor em Enseñanza de las Ciencias. Professor da Escola Politécnica e do Programa de Pós-
Graduação em Educação em Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (PUCRS), que teve como título Métodos de ensino de ciências e
matemática na educação básica: como pensam e atuam os professores?
O artigo está dividido em quatro seções, a primeira seção é destinada a Transmissão
e Aprendizagem, a segunda trata dos Procedimentos Metodológicos, a terceira apresenta a
Análise e discussão dos resultados, compreendendo a Categoria 1: O efeito do uso de métodos
transmissivos na sala de aula, a Categoria 2: A influência dos métodos, em geral, no interesse
e na motivação de estudantes e a Categoria 3: Métodos de ensino adotados e considerados
eficazes pelos professores e a quarta e ultima seção discorre sobre as considerações Finais. O
objetivo da pesquisa foi mapear as atitudes de um grupo de docentes do ensino médio e
superior, pós-graduandos na área da educação em Ciências e Matemática, em relação às
práticas das quais se utilizam e os respectivos procedimentos metodológicos que
potencializam a motivação dos educandos.
Na Transmissão e aprendizagem os autores iniciam abordando sobre utilização do
método transmissivo que ainda permanece na atualidade, os autores fazem uma análise
atualizada sobre metodologias de ensino. O artigo caracteriza o método transmissivo apenas
como receptor de conhecimento, por meio da transmissão de informação pelo professor. Por
consequência as escolas desenvolvem um ensino com visões simplistas sobre a natureza da
ciência, além de se observar que as visões de muitos professores são “empírico-indutivistas da
natureza da ciência e que isso tem sido refletido num ensino transmissivo e tradicional”.
Deixando o ensino limitado, que se pauta pela quantidade de informações decoradas (dados e
algoritmos) e pelo cumprimento rigoroso do planejamento temporal da exposição de
conteúdos, com pouca ou nenhuma preocupação em relação à formação crítica e reflexiva.
Limitando os professores a trabalhar com materiais previamente elaborados por autores quase
sempre inacessíveis, admitidos como autoridades, sem adaptações significativas ao contexto
dos educandos, cumprindo papéis meramente técnicos e renunciando a suas autonomias e
liberdades em sala de aula e colocando o professor no centro do processo de aprendizagem.
Nos procedimentos metodológicos os foram analisadas as respostas, enviadas por e-
mail aos pesquisadores, de dezessete professores graduados nas áreas de física, química,
biologia ou matemática, com tempo de docência entre um e nove anos e alunos de um
componente curricular de um programa de pós-graduação em educação em Ciências e
Matemática de uma universidade da região sul do Brasil ofertado no primeiro semestre de
2021, do qual responderam a seguintes pergunta “Qual a importância do método que você
utiliza nas aulas que ministra?” As respostas foram submetidas à Análise Textual Discursiva
(ATD), dividida em três etapas. A Etapa Zero (o reconhecimento intensivo), a Etapa Um
(desmontagem das respostas, denominada unitarização), Etapa Dois (categorização) e a Etapa
três (captação do novo emergente).
Na Análise e discussão dos resultados foram organizados segundo as categorias
propostas como emergentes dos textos analisados. Na Categoria 1: O efeito do uso de
métodos transmissivos na sala de aula, na Categoria 2: A influência dos métodos, em geral, no
interesse e na motivação de estudantes, e a Categoria 3: Métodos de ensino adotados e
considerados eficazes pelos professores, que propêm uma diversificação nos métodos de
ensino com o objetivo de alcançar o máximo de estudantes possível propondo uma
metodologias alternativas e diferenciadas para a escola a fim de auxiliar no processo de
ensino e amplificar a aprendizagem e sugere a construção de um novo modelo educacional,
um novo paradigma educacional, afirmando que é preciso focalizar o indivíduo, aquele sujeito
original, singular, diferente e único; dotado de inteligências múltiplas, que possui diferentes
estilos de aprendizagem e, consequentemente, diferentes habilidades para resolver problemas,
indicando a utilização de metodologias mais ativas, como a resolução de problemas e a
investigação científica. Os autores concluem que é importante investir em formação
continuada e na disponibilização de recursos didáticos para que os professores possam utilizar
metodologias mais ativas de ensino, contribuindo para uma educação mais efetiva e
significativa para os alunos.
Para concluir, o artigo apresenta uma discussão relevante sobre a prática de ensino de
ciências e matemática na educação básica, e os resultados do estudo apresentado oferecem
uma base para reflexões e intervenções na formação e na prática docente, ficando evidente
que os participantes da pesquisa destacaram o método utilizado em sala de aula como um
fator de influência no processo de aprendizagem dos estudantes.

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