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Capítulo 2 – O Ensino de Administração no Brasil

Gustavo Salomão Viana9


Amanda Ribeiro Vieira
Adriana Backx Noronha Viana
Camila Igari

2.1 Introdução
Observa-se que o ato de administrar está inserido em praticamente todas as
atividades humanas, desde o dia-a-dia pessoal até no desenvolvimento das grandes
organizações. Assim, em uma sociedade que busca o desenvolvimento, é necessário
formar pessoas altamente capacitadas para administrar. O ensino de administração deve
permitir a formação de um profissional extremamente capaz e dinâmico, com
conhecimento técnico e capacidade de relacionamento interpessoal. Morais (2002, p.60)
conclui que é preciso:
(...) entender que o acadêmico de Administração é um
usuário específico, com necessidades diferenciadas e especiais
que aprende, representa e utiliza o conhecimento de forma
diferente e que necessita ser efetivamente atendido em suas
postulações, ou seja, é preciso dar importância às diferenças e
particularidades de cada indivíduo.

A demanda para o curso de Administração é cada vez maior, uma vez que
fatores como competitividade e qualidade passam a ser requisitos para o sucesso das
organizações. A expansão do curso de Administração no Brasil foi expressiva a partir da
segunda metade da década de 1990. É possível observar que aproximadamente 17% dos
alunos matriculados no ensino superior atualmente estão fazendo um curso de
graduação em Administração (Dados do INEP). Tal expansão se deu tanto pela
necessidade de pessoas melhores capacitadas como pelo baixo investimento exigido no
desenvolvimento de uma faculdade de Administração.

9
Mestre em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

19
Ao analisarem o sistema de educação superior no Brasil, muitos estudiosos
concluem que o modelo tradicional é fragmentado, repetitivo, rotineiro e prescritivo.
Segundo Moraes (1997, p.84):
(...) a escola atual continua influenciada pelo universo
estável e mecanicista de Newton, pelas regras metodológicas de
Descartes, pelo determinismo mensurável, pela visão fechada de
um universo linearmente concebido. De acordo com esse
paradigma, contamos com um controle rígido, um sistema
paternalista, hierárquico, autoritário, dogmático, não percebendo
as mudanças ao redor e, na maioria das vezes, resistindo a elas.

No caso dos cursos de Administração, adiciona-se a este problema a necessidade


de formação profissional interdisciplinar, caracterizada por um novo conjunto de
competências e habilidades exigidas do administrador na sociedade contemporânea,
muitas vezes dificultada pela rigidez acima mencionada.
Ao tratar do tema, Larán e Costa (2001, p.73) advertem ainda que:

(...) uma das primeiras questões levantadas quando se


discute o ensino de Administração no Brasil refere-se à
adequação do conhecimento à realidade local, pois
frequentemente é feita uma objeção no que se refere aos
pressupostos culturais presentes nos ensinamentos importados
dos Estados Unidos.

Nesse processo tanto de crescimento quanto das especificidades da área, duas


perguntas emergem: Como melhorar a qualidade de ensino na graduação e pós-
graduação? Como formar mais e melhores professores?
A melhora da qualidade de ensino nos cursos de graduação e pós-graduação
pode se dar em função da análise curricular, bem como da utilização de métodos de
ensino mais apropriados ao contexto dessa área. Além disso, é possível melhorar a
qualidade de ensino, quando se considera a possibilidade de formar professores mais
bem preparados em termos de entendimento do funcionamento da didática, bem como
conhecimentos específicos na área e técnicas de apresentação. Esse livro busca
contribuir com conteúdos importantes para a formação de professores nos programas de

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pós-graduação e estratégias de educação continuada, através de um Modelo Integrado
de Formação Continuada Docente. Em linhas gerais, esse modelo envolve os seguintes
aspectos: Ser Professor no Ensino Superior, Didática e conhecimento pedagógico,
Tecnologia educacional, Habilidades Comunicativas, Saúde ocupacional do professor,
A formação do professor pesquisador.
Este capitulo de introdução traz um breve histórico do curso no Brasil e sua
evolução curricular,o perfil do profissional de Administração e por fim, o perfil dos
professores de Administração.

2.2 Breve histórico do curso de Administração no Brasil


Segundo o Conselho Federal de Administração (CFA, 2008), o curso de
Administração tem uma história muito recente no Brasil, principalmente quando
realizada uma comparação com os Estados Unidos, visto que os primeiros cursos de
Administração iniciaram suas atividades no final do século XIX, com a criação da
WhartonSchool (GIROLETTI, 2005).
A WhartonSchool, pertencente à Universidade da Pensilvânia, iniciou suas
atividades no ano de 1881, quando o minerador e administrador autodidata Joseph
Wharton realizou uma doação de US$100.000 para a Universidade criar um faculdade
de finanças e economia (UNIVERSITY OF PENNSYLVANIA, 2011).
No ano de 1908, destaca-se a fundação da Harvard Business School para ensinar
Administração em nível de pós-graduação, com uma autorização de cinco anos, sob a
tutela do departamento de economia da mesma universidade (UNIVERSITY OF
HARVARD, 2011).
Em relação ao Brasil, observa-se que o curso de Administração
institucionalizou-se e profissionalizou-se por meio de um longo processo, iniciado com
a criação de disciplinas de Administração ministradas em vários cursos superiores
(GIROLETTI, 2005).
O ensino de Administração se inicia no Brasil com a criação do Departamento
de Administração do Serviço Público (DASP), no ano de 1938, pelo Decreto nº 91.147,
no governo de Getúlio Vargas, órgão federal diretamente subordinado ao Presidente da
República. O DASP foi criado objetivando estabelecer um padrão de excelência no
serviço público federal e criar canais democráticos de seleção de recursos humanos para

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a administração pública, por meio de concursos de característica pública e universal
(CFA, 2008).
Após sua criação, o DASP foi autorizado pelo governo federal a constituir a
Fundação Getúlio Vargas (FGV), direcionada ao estudo de organizações e à
racionalização do trabalho, sendo responsável pela preparação de quadros profissionais
em nível superior.
Segundo Egoshi [20--], há grande polêmica quanto à determinação da primeira
escola de Administração no Brasil, sendo importante destacar que, segundo as fontes
pesquisadas, a Escola de Administração do Brasil e da América Latina (ESAN),
fundada no ano de 1941, por Roberto Sabóia de Medeiros, foi a primeira escola de
Administração do Brasil. É interessante considerar que o curso foi baseado no programa
da Graduate School of Business Administration, da Universidade de Harvard,
apresentando, inicialmente, uma duração de 2 anos, com mais 1 ano de especialização, e
aberto a alunos possuidores ou não do certificado de conclusão do curso secundário.
O ensino de Administração no Brasil, desde seu início, estabeleceu fortes
vínculos com o sistema de ensino norte-americano, incluindo bibliografia e modelos
curriculares, bem como a participação de docentes norte-americanos nos primeiros
cursos aqui instituídos (MARTINS, 1989).
No ano de 1948, iniciou-se a abertura de canais de comunicação entre
representantes da FGV e escolas de administração pública norte-americanas, visando à
criação de um curso de formação superior na área de administração pública. A abertura
desse canal de comunicação resultou na criação da Escola Brasileira de Administração
Pública (Ebape) no ano de 1952 (CFA, 2008).
Em 1952, enquanto o Brasil implantava o seu primeiro curso de graduação em
Administração na cidade do Rio de Janeiro, os Estados Unidos já formavam, em
Administração, aproximadamente cerca de 50 mil bacharéis, 4 mil mestres e 100
doutores por ano. É notável observar que a criação da FGV ocorreu em um momento de
transição do ensino superior brasileiro, deslocando-se de uma tendência
predominantemente europeia para uma tendência, eminentemente, norte-americana
(CFA, 2008).
Posteriormente, a FGV, no ano de 1954, promoveu a criação da Escola de
Administração de Empresas de São Paulo (EAESP). A escassez de recursos propiciou a
criação de um convênio com a United States Agency for International Development
(Usaid), que gerou um profícuo intercâmbio de profissionais: enquanto professores da

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Universidade Estadual de Michigan viriam para o Brasil ajudar na construção do curso
de Administração, docentes brasileiros iriam realizar estudos de pós-graduação nos
Estados Unidos, para a geração de um quadro de docentes genuinamente brasileiros
(CFA, 2008).
O ensino de Administração se inicia, portanto, na região sudeste do país,
caracterizando tal região como pólo referencial para a construção dos demais cursos da
área no Brasil (COVRE, 1981). Em 1946, foi criada a Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – FEA/USP, ministrando
cursos de Ciências Econômicas e Ciências Contábeis, mas, somente em 1963, a
FEA/USP passou a oferecer os cursos de Administração de Empresas e Administração
Pública.
Por meio das mudanças econômicas, ocorreu uma tendência de
profissionalização da profissão do administrador. A Lei nº 4.769, de 9 de setembro de
1965, estabeleceu, em seu artigo 3º, que o exercício da profissão de técnico em
Administração seria privativo aos bacharéis em Administração Pública ou de Empresas
(BRASIL, 1965).
A Lei nº 4.769/65 estabeleceu, em seu art. 2º, as atividades profissionais dos
técnicos em Administração:

Art 2º A atividade profissional de Técnico de Administração


será exercida, como profissão liberal ou não, mediante: a)
pareceres, relatórios, planos, projetos, arbitragens, laudos,
assessoria em geral, chefia intermediária, direção superior; b)
pesquisas, estudos, análise, interpretação, planejamento,
implantação, coordenação e controle dos trabalhos nos campos
da administração, como administração e seleção de pessoal,
organização e métodos, orçamentos, administração de material,
administração financeira, relações públicas, administração
mercadológica, administração de produção, relações industriais,
bem como outros campos em que esses se desdobrem ou aos
quais sejam conexos (BRASIL, 1965).

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Fato curioso é que, somente com a Lei nº 7.321/85, verificou-se a modificação
da denominação do profissional da área da Administração, antes denominado de
“Técnico em Administração”, de acordo com a Lei nº 4.769/65, para “Administrador”.
No ano de 1968, a Lei nº 5.540/68 estabeleceu novas diretrizes para o ensino
superior brasileiro, não exigindo mais a vinculação do curso a uma Instituição
Universitária, possibilitando o surgimento de faculdades isoladas (BRASIL, 1968). Tal
fato, por sua vez, propiciou a proliferação dos cursos de Administração desde então,
considerando a demanda reprimida por profissionais da área.
Segundo a Comissão de Especialistas de Ensino de Administração10 (1997, p. 25
apud NICOLINI, 2003, p. 47), um fator importante para a acelerada expansão do curso
de Administração no Brasil é o baixo dispêndio financeiro necessário, pois não são
necessários vultosos investimentos em laboratórios, nem outros refinamentos
tecnológicos.
A tabela 1 apresenta a evolução do número de cursos, de alunos matriculados e
concluintes do curso de Administração no Brasil.

Tabela 2.1- Resumo da evolução dos cursos de graduação em Administração no Brasil


ANO Cursos Matriculados Concluintes
1970 164 66.289 5.276
1980 247 134.742 21.746
1990 320 174.330 22.394
2000 821 338.789 35.658
2001 1.205 404.122 39.147
2002 1.413 493.104 54.656
2003 1.710 576.305 64.792
2004 2.046 640.724 88.322
2005 2.484 704.822 108.793
2006 2.836 768.693 122.227
2007 2.886 798.755 120.562
2008 3.207 863.718 139.989
2009 3.958 870.536 155.364
2010 3.855 910.956 161.253

Fonte: adaptado de Inep (2011)


De acordo com o Censo do Ensino Superior, realizado pelo MEC em 2009,
existiam 5.115.896 alunos matriculados em cursos de graduação. Desse total, 870.536
estavam matriculados nos cursos de Administração, representando 17% do universo de
alunos matriculados nesse nível de ensino no Brasil.

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COMISSÃO DE ESPECIALISTAS DE ENSINO DE ADMINISTRAÇÃO DA SESu /MEC.
Biblioteca básica para os cursos de Administração. Florianópolis: UDESC, 1997

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2.3 Evolução curricular do curso no Brasil
Inicialmente é importante destacar que o ensino superior na área de Administração
apresenta peculiaridades, sendo classificado como um curso de Ciências Sociais Aplicadas,
pois reúne em suas exigências curriculares aspectos técnicos e sociais (ALVARÃES;
LEITE, 2008).
Posteriormente à regulamentação da profissão de “Técnico de Administração” pela
Lei nº 4.769/65, fez-se necessário o estabelecimento de um currículo mínimo para a
formação do administrador.
Em 1966, o Conselho Federal de Educação, por meio do Parecer nº307,
estabeleceu as diretrizes básicas curriculares do ensino de administração no Brasil.
As diretrizes do Parecer se inspiram na análise das condições
reais da administração no país, e nos postulados que emanam da
lei e da doutrina fixada na experiência nacional e internacional.
Tivemos o cuidado de confrontar os currículos de todos os
nossos cursos de administração, e de ouvir os especialistas mais
autorizados. Não seria possível, nem conveniente, limitar-nos a
somar as sugestões, muitas vezes contraditórias, e não raro - em
que pese a autoridade do opinante no campo da administração -
carentes da perspectiva educacional (BRASIL, 1966).

O Parecer nº307/1966, do CFE, determinou a divisão da estrutura curricular do


curso no seguinte conjunto de matérias:
• Cultura Geral: tem por objetivo o conhecimento sistemático de fatos e
condições institucionais em que se insere o fenômeno administrativo, com
grande ênfase nas ciências sociais e jurídicas;
• Instrumentais: oferece modelos e técnicas de natureza conceitual ou
operacional, vinculadas ao processo administrativo;
• Formação Profissional.
Os conteúdos de Estatística, bem como os de matemática, foram inseridos no
conjunto denominado de matérias instrumentais, já sendo vislumbrada a importância da
análise de dados para o curso:
[...] embora não constitua matéria do currículo o processamento
e controle de dados através de instrumentos mecânicos, elétricos
e eletrônicos. A indispensabilidade desses instrumentos
tecnológicos e a sua complexidade, que exige conhecimentos
especializados, tornam obrigatória a sua presença no curso [...]
(BRASIL, 1966).

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Outro ponto de destaque no referido Parecer é a já existente preocupação em
relação à interdisciplinaridade do curso e a necessidade de integração entre as
disciplinas:
Seria ideal, ainda que de remota viabilidade, a existência de
matérias–síntese ou de professores polivalentes nos cursos de
graduação. O seu papel seria o de integrar as matérias afins que
partilham o mesmo campo do saber, de tal modo que cada uma
delas se enquadrasse no curso, na proporção e no espírito que a
unidade estrutural deste viesse a recomendar (BRASIL, 1966).
No ano de 1993, o Conselho Federal de Educação, por meio da Resolução nº2,
modificou o tempo útil de horas-aula de 2700, para 3000 horas-aula e reestruturou o
currículo mínimo do curso de Administração, que passou a apresentar três grupos de
disciplinas: Disciplinas de Formação Básica e Instrumental (720 horas), Disciplinas de
Formação Profissional (1.020 horas) e Disciplinas Eletivas e Complementares (960
horas), contendo os seguintes grupos de matérias (BRASIL, 1993):
• Formação Básica e Instrumental: Economia, Direito, Matemática,
Estatística, Contabilidade, Filosofia, Psicologia, Sociologia e Informática
(24% do curso);
• Formação Profissional: Teoria da Administração, Administração
Mercadológica, Administração da Produção, Administração de Recursos
Humanos, Administração Financeira e Orçamentária, Administração de
Materiais e Patrimoniais, Administração de Sistemas de Informação e
Organização, Sistemas e Métodos (34% do curso);
• Disciplinas Eletivas e Complementares (32% do curso);
• Estágio Supervisionado (10%).
No ano de 2004, o Conselho Nacional de Educação, por meio da Resolução nº1,
tornou obrigatória a existência do projeto pedagógico pelas faculdades de
Administração, devendo conter, obrigatoriamente, o perfil do profissional formado, as
competências e habilidades, os componentes curriculares, a atividade de estágio
supervisionado, o sistema de avaliação e a monografia (BRASIL, 2004).
A referida Resolução trouxe, genericamente, como perfil do formando em
Administração:
[...] o curso de Graduação em Administração deve ensejar, como perfil desejado do
formando, capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas,
sociais e econômicas da produção e de seu gerenciamento, observados níveis

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graduais do processo de tomada de decisão, bem como para desenvolver
gerenciamento qualitativo e adequado, revelando a assimilação de novas
informações e apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade
contextualizada no trato de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários
segmentos do campo de atuação do administrador (BRASIL, 2004).

A Resolução nº1 de 2004 apresentou, pela primeira vez, um rol de competências e


habilidades que devem ser desenvolvidas nos alunos do curso de graduação em
Administração, servindo como um verdadeiro vetor na formação. O Quadro 2.1 apresenta
competências e habilidades que devem ser desenvolvidas nos alunos do curso de graduação
em Administração.
Quadro 2.1-- Competências e habilidades que devem ser desenvolvidas no administrador
I - reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações
no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em
diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;
II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos
processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;
III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na
estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;
IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas
presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem
assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;
V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender,
abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;
VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o
ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais,
revelando-se profissional adaptável;
VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações;
VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias
administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.
Fonte: BRASIL (2004)

Em relação ao conteúdo curricular mínimo, a Resolução nº1 de 2004, do


Conselho Nacional de Educação, determinou a existência de quatro grupos de
disciplinas:
• conteúdos de formação básica: compreendem as disciplinas voltadas à
sociologia, psicologia, filosofia, economia, contabilidade, tecnologia da
comunicação e informação e conteúdos jurídicos;
• conteúdos de formação profissional: relacionam-se diretamente com as áreas
específicas do curso, envolvendo teorias da Administração, recursos
humanos, marketing, produção, finanças, sistemas de informação,
planejamento estratégico e serviços;

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• conteúdos de estudos quantitativos e suas tecnologias: contemplam
matemática, pesquisa operacional, teoria dos jogos, estatística e aplicação de
tecnologias na resolução de problemas administrativos;
• conteúdos de formação complementar: conteúdos de caráter interdisciplinar
e transversal, congregando várias disciplinas ou exigindo o conhecimento de
várias disciplinas para o desenvolvimento de determinado conteúdo.
O quadro 2 mostra a evolução da regulamentação do currículo mínimo do curso
de Administração, assim como a estruturação dos grupos de matérias ministradas ao
longo das regulamentações.
Quadro 2.2- Evolução curricular do curso de graduação em Administração
PARECER nº 307 de 1966 RES. nº2 de 1993 RES. nº1 de 2004
Grupos de Matérias Grupos de Matérias Grupos de Matérias

BÁSICAS E
CULTURA GERAL FORMAÇÃO BÁSICA
INSTRUMENTAIS
Economia Brasileira Economia Antropologia
Psicologia (aplicada) Direito Sociologia
Sociologia (aplicada) Matemática Filosofia
Inst. Dir. Públ. e Priv. Estatística Psicologia
Legislação Social Contabilidade Política
Legislação Tributária Filosofia Ética-Profissional
Teoria Econômica Psicologia Comportamento
Sociologia Economia
INSTRUMENTAIS Informática Contabilidade
Matemática Tecnologia da Comunicação
Estatística PROFISSIONAIS Direito
Contabilidade Teorias da Administração
Adm. Mercadológica FORMAÇÃO PROFISSIONAL
PROFISSIONAIS Adm. da Produção Teoria da Administração
Teoria Econômica Adm. de Recursos Humanos Adm. Fin. e Orçamento
Teoria Geral da Administração Adm. Fin. e Orçamento Adm. de Recursos Humanos
Adm. Financeira e de Orçamento Adm. de Materiais e Patrim. Adm. de Materiais
Adm. de Pessoal Adm. de Sist. de Informação Mercado e Marketing
Adm. de Material Org. Sistemas e Métodos Adm. da Produção e Logística
Teoria da Organização
Adm. de Sistemas de Informação
Planejamento Estratégico
Administração de Serviços
ESTUDOS QUANT. E TECN.
Matemática, (Pesq.Oper.), Teoria dos Jogos
Estatística
FORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Disciplinas de caráter transversal e interdisciplinar
Fonte: elaborado pelo autor

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2.4 Perfil do profissional de Administração
De acordo com a pesquisa nacional feita pelo Conselho Federal de
Administração , na qual foi analisado o perfil, a formação, a atuação e oportunidades de
trabalho do administrador, pôde-se identificar os perfis dos administradores que vão
para o mercado e dos professores atuantes nas universidades (ANDRADE et. al., 2006).
Dos profissionais atuantes no mercado obteve-se que a maioria é do sexo
masculino, casado e sem dependentes, está na faixa etária de até 30 anos, é egresso de
universidades particulares e concluiu o curso de Administração entre 2000 e 2005.
No entanto, percebe-se um grande acréscimo de mulheres na carreira de
Administração. Em 1994 o percentual apurado de mulheres no mercado era de 21% em
relação aos homens, enquanto que em 2006 essa quantidade subiu para 32,6%, ou seja,
um aumento de 57%.
A pesquisa mostra que cerca de 80% dos egressos das faculdades possuem
carteira de trabalho registrada, é empresário ou trabalha como autônomo. Em relação à
sua área de atuação, 35,28% dos profissionais optaram pela Administração Geral (inclui
Planejamento Estratégico), 14,28% pela área financeira e 9,03% pelo setor de vendas,
seguidos por Recursos Humanos e pela área operacional.
Outro fato analisado consistiu na renda média destes profissionais. Apurou-se
um salário médio de 11,51 salários mínimos, o que representa em valores atuais uma
quantia equivalente a R$ 6.272,95, considerando o salário de R$ 545,00 mensais.
Em relação ao desemprego, houve pequeno acréscimo de 1,37% nos que se
declararam desempregados (4,89% em 2003 e 6,27% em 2006).
A maioria dos empregadores (63%) declarou que um dos requisitos principais
em um profissional da Administração é o domínio da língua inglesa. Outro dado
confirmado pelos empregadores foi quanto à alocação destes profissionais: 51,38% dos
empregadores afirmam que a Administração Geral é a área que mais empregados são
absorvidos em suas empresas.
Ao serem perguntados qual o requisito que o mercado de trabalho exige e que
obteve durante o curso de Administração, os administradores responderam que em
relação a um conhecimento específico, o mais exigido é a administração de pessoas e
equipes; quanto à competência, foi a identificação de problemas, a formulação e
implantação de soluções a mais citada; a visão do todo foi indicada como habilidade
mais utilizada e o comportamento ético como atitude mais importante (ANDRADE et.
al., 2006).
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Em relação à análise das competências profissionais, vale destacar a elevada
demanda por competências descritas por Aubrum e Orofiamma (1993 apud
SANT’ANNA et. al 2005) como competências de terceira dimensão, as quais se
caracterizam não por serem habilidades manuais, nem conhecimentos técnicos, mas,
qualidades pessoais e relacionais.
Segundo outra pesquisa desenvolvida na área (ECHEVESTE et. al. 1998),
descobriu-se que entre os requisitos requeridos para atuação no mercado destacam-se os
seguintes apresentados nos quadros 3, 4 e 5:

Quadro 2.3-Requisitos necessários quanto a Atitudes/Valores


Atitudes/Valores
1º - Predisposição à negociação 5º - Motivação
2º - Predisposição para correr riscos 6º - Intuição
3º - Criatividade 7º - Empreendedorismo
4º - Flexibilidade 8º - Ética profissional e social

Quadro 2.4- Requisitos necessários quanto a Habilidades / Competências


Habilidades/Competências
1º - Dimensionamento do tempo 5º - Capacidade para tratar com culturas diversas
2º - Coordenação de trabalhos em equipe 6º - Antecipação de ameaças e oportunidades
3º - Gerenciamento da inovação 7º - Capacidade de negociação
4º - Integração das áreas funcionais

Quadro 2.5- Requisitos necessários quanto a Conhecimentos


Conhecimentos
1º - Perfil generalista 4º - Processos de alianças e joint ventures
2º - Visão da empresa 5º - Outros idiomas
3º - Conhecimento de negócios internacionais 6º - Tecnologia da informação

Para outros autores como Pucik, Thichy e Barnett (1992), Prahalad e Hamel,
Bartlett e Ghoshal (1990, 1987 apud SANT’ANNAet. al. 2005), na medida em que
fontes tradicionais de vantagem competitiva, tais como tecnologia e mão-de-obra barata,
não mais se revelam suficientes para proverem uma posição competitiva sustentável, os
indivíduos e suas competências passam a ser enfatizados como elementos centrais de
diferenciação estratégica.

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Esta análise do mercado entra em convergência com a visão de outros autores
sobre o mesmo assunto. Conforme salientam Marquardt e Engel (1993 apud
SANT’ANNAet al., 2005), em nenhuma outra época na história das organizações, as
pessoas com suas competências e talentos foram tão valorizadas como atualmente.
Assim, as habilidades e atitudes adequadas ao mercado globalizado devem ser
identificadas e desenvolvidas para o alcance de uma administração eficaz e
contemporânea à nova ordem econômica (HESSELBEIN et al., 1996 apud
ECHEVESTE et. al, 1998).
Em relação à Formação Profissional, um fator importante que foi incluído na
pesquisa do CFA (ANDRADE et al., 2006) é a identificação de novos assuntos que
surgem no mercado de trabalho e que são ou não implantados na grade curricular do
curso. Os assuntos apresentados na para que integrassem os cursos.
.2 consistem naqueles que mais foram citados pelos estudantes entrevistados
para que integrassem os cursos.

Tabela 2.2– Novos conteúdos para o curso de Administração


Novos conteúdos 2006 (%)
Empreendedorismo 46,03
Gestão de Micro e Pequenas empresas 27,34
Gestão ambiental e desenvolvimento sustentável 23,51
Ética empresarial 20,11
Criatividade e inovação 17,99
Parcerias público-privadas, Cooperativismo e Terceiro Setor 17,78
Construção de Indicadores de Resultados 16,01
Responsabilidade social da empresa 14,59
Construção de cenários 13,17
Processo decisório 12,32
Gestão Pública 11,90

Isto mostra que, mesmo a lista tendo alguns assuntos familiares ao mercado,
como, por exemplo, empreendedorismo, ainda não são absorvidos pelas faculdades em
geral, gerando um profissional deficiente em certos aspectos. O administrador está
diante de um ambiente de trabalho que prima pela competitividade, pela velocidade das
informações e pela busca de novos modelos de gestão, mais flexíveis e capazes de
reagir rapidamente às mudanças. Surge a necessidade então de adaptações da formação
oferecida a esse novo profissional.

31
Entendendo quais são as atitudes / valores, habilidades / competências,
conhecimentos e novos assuntos imprescindíveis aos futuros administradores, observa-
se a necessidade e importância de estudar o perfil dos professores de administração,
conforme apresentado no item a seguir.

2.5 Perfil dos Professores de Administração


A formação profissional em nível superior no Brasil, especificamente aquela
direcionada para a área de negócios, vem passando, desde a segunda metade da década
de 1990, por uma forte expansão na oferta, oriunda especialmente das instituições
privadas (PLUTARCO; GRADVOHL, 2010).
Salm, Menegasso e Moraes (2007) afirmam que uma das consequências desta
expansão é a falta de preparo dos professores para a prática docente. A respeito da
formação dos professores, Fischer (2006, p. 194) argumenta que:
A formação de pesquisadores teve prioridade até o início
da primeira década do novo milênio. O fato de haver um
trabalho final dissertativo no mestrado e uma tese de doutorado,
como requisito formal dos cursos de pós-graduação, teve como
consequência o reforço nos currículos de disciplinas e de outras
atividades voltadas à formação do pesquisador. Todos os
programas têm disciplinas voltadas à formação do pesquisador.
Ainda assim, muito poucos têm disciplinas e outras práticas
voltadas à formação do professor.

Para Andrade et al.(2006), a pesquisa feita pelo CFA expõe que 56,08% dos
professores possuem mestrado, enquanto apenas 8,92% são doutores; isto mostra que,
mesmo longe do desejável, existe o interesse na capacitação e na atualização, pois há
também uma quantidade significativa de professores que fizeram especializações
(31,22%). Mesmo os números de doutores sendo baixos, os pesquisados mostraram
interesse em fazer esta pós-graduação dentro de cinco anos na área de Administração.
Quanto à formação acadêmica desses professores, a maioria é formada em
Administração (76,36%), seguido pelo curso de Engenharia (6,22%).
A formação complementar além do curso de graduação pode ampliar a visão
crítica do professor, pois conforme Souza-Silva e Davel (2005, p. 120):
(...) para contribuir com uma formação sofisticada, há de
se contar não com um mero instrutor, monitor ou transmissor de
conhecimentos isolados, porém com um profissional que esteja
continuamente refletindo sobre sua prática docente, sendo capaz

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de contribuir com o aluno na ampliação de sua capacidade de
pensar criativamente, criticamente e de forma contextualizada.

Ainda segundo Souza-Silva e Davel (2005, p. 120), “a aprendizagem e a


formação do professor revestem-se de relevância estratégica para a qualidade e
excelência do ensino superior de Administração”.
Os coordenadores de curso de Administração, bem como professores, deveriam
estar atentos às mudanças ocorridas no mercado de trabalho, considerando o objetivo
desses cursos, que consiste em preparar futuros administradores para atuarem no
mercado de trabalho. De acordo com Camargo et. al. (2006, p. 2):
(...) no mercado, o avanço tecnológico, principalmente
dos meios de comunicação, tem exigido cada vez mais
profissionais com capacidade permanente de aprendizado e com
novas habilidades e competências. Trata-se de um profissional
com capacidade de aprender, redefinir atividades, redesenhar
rotinas e processos, reavaliar os resultados e adaptar-se à
realidade competitiva. Nesse sentido, os cursos de
Administração passaram a ter que preparar não somente
profissionais eficientes, mas também cidadãos flexíveis,
criativos, que convivam com mudanças, tenham capacidade de
autogerir-se, de articular-se nas redes, e habilidade de aprender a
aprender para toda a vida.

Observa-se então que a elaboração de um curso de Administração envolve não


somente um conjunto de conteúdos, mas possibilidade de desenvolvimento pessoal, que
irá impactar na vida profissional do futuro aluno.
Para que o professor do futuro egresso de um curso de administração esteja apto
a trabalhar com os conteúdos referentes à sua disciplina, desenvolvendo no aluno
algumas das habilidades e atitudes observadas na literatura, faz-se necessário que este
entenda o que significa ser professor no ensino superior, bem como tenha os conceitos
de didática do ensino superior, apresentados nos capítulos a seguir.

2.6 Referências
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mínimos de conteúdos e duração do curso de Graduação em Administração. Disponível
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