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FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR

MARIA APARECIDA MAGALHÃES GONÇALVES

O PAPEL DO GESTOR NO AMBIENTE ESCOLAR

Londrina

2015
FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

MARIA APARECIDA MAGALHÃES GONÇALVES

O PAPEL DO GESTOR NO AMBIENTE ESCOLAR

Monografia apresentada à Faculdade Campos


Elíseos, como requisito parcial para a obtenção do
título de Especialista em Gestão Escolar, sob
supervisão da orientadora: Prof.Fátima Ramalho
Lefone.

Londrina

2015
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FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

MARIA APARECIDA MAGALHÃES GONÇALVES

O PAPEL DO GESTOR NO AMBIENTE ESCOLAR

Monografia apresentada à Faculdade Campos


Elíseos, como requisito parcial para a obtenção do
título de Especialista em Gestão Escolar, sob
supervisão da orientadora: Prof. Fatima Ramalho
Lefone.

Aprovado pelos membros da banca examinadora em


___/___/___.com menção ____ (________________).

Banca Examinadora

_________________________________

_________________________________

Londrina
2015
6

RESUMO

Este trabalho teve como base principal, levantar qual o procedimento do gestor na
escola, e qual seu papel, suas funções e atribuições, propondo uma reflexão sobre o
assunto pesquisado. Tendo em vista, que o Gestor é a peça chave para o bom
funcionamento do ambiente escolar, e também para todo o trabalho existente na
escola, que deve ser estimulado a ser desenvolvido em equipe. Será abordado
também sobre ensino aprendizagem de qualidade, qual a responsabilidade do
Gestor neste assunto, o aprendizado do aluno, esse deve ser o objetivo principal do
mesmo. Conhecer o processo da administração escolar, quais profissionais são
envolvidos além do Diretor, para compor esta Gestão, e como obter sucesso de toda
a sua equipe. Também mostrar a importância do projeto político pedagógico para o
processo de aprendizagem e a relação do Gestor nestas condições da Educação
atualmente.

Palavras-chave: Gestão Escolar. Projeto Pedagógico. Aprendizagem.

ABSTRACT

This work had as main base, which raise the manager of the procedure in
school, and what its role, its functions, proposing a reflection on the subject
studied. Considering that the manager is the key to the smooth operation of
the school environment, and to all the existing work in the school, which
should be encouraged to be developed as a team. It will also be approached
about teaching quality learning, which the responsibility of the manager on this
subject, student learning, this should be the main objective of it. Know the
process of school administration, which professionals are involved besides the
director, to compose this management, and how to succeed in your entire
team. Also show the importance of the political pedagogical project for the
learning process and the manager regarding these conditions education today.

Key-words: school management. Education programme. Learning.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVOS
1.1.1 OBJETIVO GERAL
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 PROBLEMA...........................................................................................................

2 BREVE HISTORIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

2.1 INICIO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL


2.1.1 REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
2.1.1.1 LEIS IMPORTANTES QUE REGULARIZAM A EDUCAÇÃO NO BRASIL

3 GESTÃO ESCOLAR DEMOCRATICA

3.1 A HISTORIA DA GESTÃO DEMOCRATICA NO BRASIL


3.1.1 A GESTÃO DEMOCRATICA NA ESCOLA
3.1.1.1 A IMPORTANCIA DA DEMOCRACIA NA ESCOLA

4 O GESTOR E A ESCOLA
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4.1 O GESTOR E O PROJETO POLITICO PEDAGOGICO


4.1.1 ATRIBUIÇÕES DO GESTOR
4.1.1.1 O PERFIL DO GESTOR

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

1 INTRODUÇÃO

Quem está de fora do ambiente escolar, as vezes não tem conhecimento de


como funciona uma Escola, Levando em consideração esse fato, houve o interesse
em abordar o tema em pauta, em busca de compreensão para este pensamento,
buscando em fontes seguras, ideias que leve o leitor ao conhecimento profundo do
papel do Gestor na Escola.
O presente trabalho parte da seguinte problemática de pesquisa: Qual o
papel do gestor escolar num ambiente de ensino aprendizagem?
Para a resolução da problemática, buscou-se conhecer o verdadeiro papel
do Gestor escolar, apontar e compreender as dificuldades encontradas na
Educação, como minimizar essas situações, e ainda também, buscou-se identificar
como o Gestor deve se preparar para promover o ato de ensinar, que deve ser
centrado no aluno, e ainda deve acontecer a todas sem discriminação, respeitando
suas diferenças.
No primeiro capítulo, será recapitulada a História da Educação no Brasil,
desde seus primeiros momentos, revoluções, e serão analisados documentos
nacionais que dizem a respeito da Educação Brasileira.
Já no segundo capítulo, será explorado também a história da Gestão Escolar
no Brasil, conceitos sobre a Gestão democrática, e sua importância para a Escola.
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E para concluir, será apresentado no terceiro capítulo, a relação e a


importância do Gestor com o Projeto Político Pedagógico, como também, as suas
atribuições e o perfil que o Gestor Democrático deve ter em um ambiente escolar.
E ainda, que o Gestor Democrático deve ser um exemplo para os
professores e funcionários, sua comunidade, seus alunos, estar centralizado no
ensino de aprendizagem de qualidade, para que junto com a sua equipe, possam
desenvolver uma escola renovada.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 OBJETIVO GERAL

Analisar qual o papel do gestor escolar, seus objetivos e sua importância em


um ambiente de ensino e aprendizagem.

1.1.1 OBJETIVO ESPECÍFICO

Apresentar breve história da Educação Brasileira;


Acompanhar na legislação Brasileira, as mudanças que ocorreram dentro da
Educação;
Conhecer a Gestão democrática, e as atribuições do Gestor na escola dentro
da LDB;
Explicar a relação do gestor com o Projeto Político Pedagógico;
Especificar qual deve ser o perfil do gestor diante a democracia na escola.

1.2 JUSTIFICATIVA

Este trabalho surgiu a fim de conhecer melhor o papel do gestor escolar, como
deve ser o seu dia a dia com os docentes, alunos, funcionários, comunidade, sua
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equipe de trabalho, que juntos batalham pelos mesmos objetivos, seu processo de
acompanhar tudo ao mesmo tempo, e ter a responsabilidade de manter o ensino
aprendizagem de qualidade, que o motivo central da escola.
Também recapitulamos a história da Educação no Brasil, como foi que iniciou,
quais as mudanças que ocorreram, e a legislação Brasileira o que diz a respeito da
Gestão democrática para os dias de hoje.
Analisando toda a história da Educação Brasileira percebe-se que no Brasil as
mudanças na Educação vêm sempre ocorrendo, devido a tecnologia, leis,
comunidade escolar, enfim, como o gestor deve receber ou se preparar para essas
mudanças, e ainda gerenciar e promover o trabalho democrático na escola.
Ele passa por muitos desafios, mas no entanto deve estar sempre envolvendo
toda a equipe escolar para estarem unidos num só objetivo, tendo a autonomia e a
capacidade de organizar a capacitação de seus profissionais.
A Gestão Escolar democrática foi e é, uma vitória que foi conseguido com muito
esforço e lutas de pessoas que acreditavam na igualdade de ensino e
aprendizagem, neste trabalho com a ajuda de fundamentações teóricas, desvendar
também as ações do gestor em sua liderança diante da democracia dentro da
escola, sem perder o foco na qualidade de ensino, levando em consideração que a
Educação é um direito para todos.

1.3 PROBLEMA

Qual o papel do gestor escolar num ambiente de ensino aprendizagem?

2 BREVE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

2.1 INÍCIO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Os portugueses chegaram à costa da Bahia em 1500, segundo Aranha


(2009) perceberam que os indiozinhos encontrados no Brasil, já eram instruídos
educacionalmente por adultos. Mais tarde, por volta de 1549, chegaram ao Brasil
os primeiros Jesuítas para missão civilizatória e para converter os índios à fé
católica. Para catequizar, os alunos aprendiam o português, o espanhol,
profissões e operações básicas. Para o ensino também eram usadas as técnicas
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do teatro, o canto e atividades lúdicas. Nessas primeiras escolas, o estudo


acontecia nas casas, construções de taipa simples anexas às aldeias, e assim
iniciou a Educação no Brasil.
E ainda Aranha (2009), em 1564 foi inaugurado o primeiro colégio para
brancos na Bahia, frequentado somente por meninos. As meninas tinham que
aprender a ler e escrever em casa através do ensino de sua mãe ou de sua ama.
O colégio de brancos era mais estruturado do que as escolas de índios, pois
recebiam órfãos de portugueses e filhos da elite colonial em regime de internato.
Os Jesuítas passam a assumir também a educação dos brancos, pois era preciso
bancar alimentação, remédio e roupas dos índios.
No colégio estudaram durante 11 anos, depois desse período os alunos
tinham que cursar uma universidade além mar. Porém poucos estudantes
procuravam a universidade, pois consideravam que a aprendizagem recebida no
colégio era suficiente para viver no século XVI. Na época o método de ensino dos
Jesuítas era a repetição, a memorização e provas periódicas, os alunos tinham
que anotar tudo que o professor falava em um caderno. O colégio dos brancos e a
escola dos índios sofriam com a falta de professores, alguns demoravam a
chegar, outros morriam no mar durante a viagem. ARANHA (2009).
Em 1759 o marquês de Pombal que comandava Portugal na época,
expulsou os Jesuítas, pois se manifestou contra a companhia de Jesus, para
fortalecer seu governo absolutista. Em 1760 a educação brasileira passou a ser
organizada pelo Estado, e os professores concursados eram pagos pelo governo
e passaram a proibir os livros Jesuítas, a cobrar impostos e a fazer leis. PALMA
(2005).
E ainda conforme Palma (2005), um novo método de ensino passou a
surgir e os livros didáticos foram impressos, com tudo, os estudantes mais
ambiciosos precisavam ir até a Europa para concluir seus estudos, pois no Brasil
ainda não tinha universidade. E somente com o tempo, por volta de 1808 que
foram surgindo na Bahia e no Rio de Janeiro as primeiras faculdades de medicina.

2.1.1 REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA


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Conforme Vidigal (2002), em meados de 1827 houve uma revolução


escolar, a primeira lei geral de ensino criava colégios nas vilas e nas cidades mais
populosas do império, que passaram a dar acesso para meninas nas salas de
aulas. Surge outro método de aprendizagem chamado mútuo, o professor
orientava os melhores alunos da sala e os mesmos repassavam o conhecimento
a outros 10 alunos. Agora a separação das turmas é por estágios do
conhecimento e não mais por idade.
Mestra Benedita, solteira e filha de pai desconhecido, foi a primeira
professora no estado de São Paulo a lecionar no colégio só para meninas. Ela
tinha boa conduta, pois era comportada e honesta. Mestre Benedita deu aula por
30 anos. Não usava o método mútuo, pois ao contrário do colégio para meninos
as turmas tinham até 20 meninas nas turmas e as mesmas já haviam aprendido a
ler e a escrever em suas casas. VIDIGAL (2002).
Em 1837, inaugura no Rio de Janeiro o colégio Pedro II para alunos
homens. Eles tinham aulas de gramática, latim, grego, princípios de física,
botânica, astronomia e outros. O imperador contratava e controlava os
professores, o ensino e as refeições. Depois de 6 anos, os alunos ingressam nos
cursos de medicina, engenharia e direito. Por volta do ano de 1874 as ideias do
positivismo, cientificismo e do movimento publicano chegam e influenciam a
educação no Brasil. Surgem novas escolas laicas e particulares. O colégio culto à
ciência em Campinas (SP), reflete o espírito dessa época. VIDIGAL (2002).
No auge do desenvolvimento da lavoura cafeeira outras escolas foram
criadas em 1883, e surgem as escolas técnicas. O objetivo dessas escolas seria
qualificar os trabalhadores para as indústrias. O Oliceu de Artes e Ofícios nasce
na capital paulista quando a cidade começa a se urbanizar. Somente em 1889 o
governo reforça o ensino primário e normal, organizando uma rede de escolas
normais aumentando a presença feminina. O magistério surgiu como alternativa
ao casamento forçado ou para não serem parteiras ou lavadeiras. Nesta época as
mulheres já começam a superar os homens. VIDIGAL (2002).
A nova constituição de 1890 separa a igreja de estado, em 1895 surge em
São Paulo o primeiro Jardim de Infância pública no Brasil, antes disso as crianças
ficavam em casa até os 7 anos de idade. E somente em 1920 os alunos
começaram a ser o centro das atenções, ganhando força a discussão sobre a
importância da educação para o desenvolvimento do país.
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Ainda a mesma autora vem complementando, que nesta mesma época


surge o método da escola nova, reinventando uma nova escola. Anísio Teixeira e
outras personalidades assinam o manifesto da escola. Em 1942 surge o SENAI
(serviço nacional de aprendizagem industrial), pela necessidade da demanda de
mão de obra qualificada pelo fato de crescer as indústrias no Brasil.
As décadas de 50 e 60 são marcadas por projetos voltados à
alfabetização de adultos conduzidos por Paulo Freire. Ele dava aula para os
cortadores de cana de açúcar, conseguindo alfabetizá-los em 45 dias. Esse
episódio foi um marco para a educação brasileira. No auge da repressão do
regime militar, movimentos de defesa da escola pública e de ampliação da
educação e outros movimentos sociais são violentados e reprimidos em 1964 e
Paulo Freire é exilado. Surge o vestibular para entrar nas universidades, e por
falta de vagas na escola o ensino primário passa de 4 para 8 anos, a medida leva
a maiores números de docentes, mas diminui o salário. VIDIGAL (2002).

2.1.1.1 LEIS IMPORTANTES QUE REGULARIZAM A EDUCAÇÃO NO BRASIL

Para a compreensão da educação no Brasil é importante conhecer as


mudanças que ocorreram dentro das leis e que garantem o aprendizado escolar:
Na LDB de 1996 é promulgada a nova lei de diretrizes e bases, o ministério da
educação e cultura edita os parâmetros curriculares nacionais e o destaque é da
educação impondo a pré-escola como primeira etapa da educação básica
(BRASIL, 1996).
A nova constituição de 1988 obriga a união e os estados a aplicar
respectivamente 18% e 25% da receita em educação. E ainda diz que a educação
é direito de todos e dever do Estado e da família, sendo promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho
(BRASIL, 1988).
E ainda no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no seu art.53,
vem confirmando que a criança e o adolescente têm direito à educação, visando
ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparando para o exercício da
cidadania e qualificação para o trabalho. Como também igualdade de condições
para o acesso e permanência na escola, direito de ser respeitado por seus
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educadores e de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias


escolares superiores, de organização e participação em entidades estudantis e
acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. (BRASIL,1998).
Em 1998 surgem as avaliações da educação, o ENEM, o exame mais
conhecido do país foi criado para avaliar os conceitos aprendidos pelos
estudantes do ensino médio. Junto com o SAEB e a prova Brasil em 2004 surge o
programa universidade para todos, o PROUNI, vinculada a concessão de bolsas
em faculdade e universidade brasileiras ao desempenho do ENEM popularizando
o exame. (MEC,1998).
Em 09 de maio de 2001 é Aprovado o Plano Nacional de Educação
(PNE), com duração de dez anos, e a partir da vigência desta Lei, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios deverão, com base no PNE, elaborar planos
decenais correspondentes. Fica decretado a erradicação do analfabetismo,
universalização do atendimento escolar, superação das desigualdades
educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e
de orientação sexual. Como também a melhoria da qualidade da educação,
formação para o trabalho e para a cidadania, promoção do princípio da gestão
democrática da educação pública, promoção humanística, científica, cultural e
tecnológica do País, estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos
em educação como proporção do produto interno bruto, que assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade
e valorização dos profissionais da educação. (BRASIL, 2001).
Em 2009 surge do MEC a proposta do ensino fundamental em 9 anos,
que vem assegurando a todas as crianças um tempo mais longo no convívio
escolar, com mãos oportunidades de aprender dentro de um ensino de qualidade,
com a intenção que a criança aos seis anos de idade esteja no primeiro ano do
ensino fundamental e termine esta etapa de escolarização aos 14 anos. O prazo
que foi determinado para que o ensino fundamental seja de nove anos em todo o
Brasil foi até 2010. (MEC, 2009).
A lei 7.611, de 17 de novembro de 2011, vem falando sobre o dever do
Estado com a educação das pessoas da educação especial com garantia de um
sistema educacional inclusivo em todos os níveis, educação gratuita, sem
discriminação e com base na igualdade de oportunidades, durante toda a vida e
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com a oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com


vistas a facilitar sua efetiva educação. (BRASIL, 2011).
Em 4 de abril de 2013, que altera a LDB n. 9394/96, diz que as crianças
com 4 anos devem ser matriculadas na Educação Infantil, Com isso, a Educação
Infantil passa a fazer parte da Educação Básica (BRASIL, 2013).
Recentemente em 2014 foi elaborado o novo PNE que terá duração até
2020 e firmado convênios de educação, ciência, tecnologia e inovação - ECTI -
instrumentos que tenham participação com Instituição Federal de Ensino Superior
- IFES ou demais ICT - Instituição Científica e Tecnológica - ICT, fundações de
apoio a empresas públicas ou sociedades de economia mista. Suas subsidiárias
são controladas, visando às finalidades de pesquisa científica, desenvolvimento
tecnológico, estímulo e inovação com apoio a projetos de ensino, pesquisa,
extensão e desenvolvimento institucional, com transferência de recursos
financeiros ou não financeiros, em parceria com entidades privadas, com ou sem
fins lucrativos, envolvendo a execução de projetos de interesse podendo contar
ainda com a participação de organizações sociais. (BRASIL, 2014).

3 GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

3.1 HISTORIA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NO BRASIL

Segundo a enciclopédia livre, a definição de Gestão democrática, nada mais é


que, “uma forma de gerir uma instituição escolar de maneira que possibilite a
participação, transparência e democracia”.
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Então pode-se entender que, Gestão Escolar democrática é a democracia


dentro da própria Instituição, ou seja a participação de todos em tudo que está
relacionado a Escola.
Mas voltando um pouco na História da Educação brasileira, nota-se que nem
sempre foi assim, pois desde o período colonial o poder de decisões sempre esteve
centralizado nas mãos de quem não se importava com a classe mais desfavorecida.
Acúrcio (2004) lembra que no século XIX, frente às pressões, ocorreu a
república, trocando os monarcas por militares, porém, as classes sociais excluídas
ainda permaneceram. Mas no final da década de setenta do século XX, surgiram
algumas organizações que iniciaram a política em rumo a democracia no Brasil.
Então nesta época pessoas se encorajaram, e foram à luta em defesa da
Educação pública e gratuita para todos, adquirindo cada vez mais forças e otimismo
para lutar contra o autoritarismo e exclusão que acontecia nas Instituições.
Vem complementando Acúrcio (2004), que as escolas não disponibilizam todas
as suas vagas, a fim de oferecer o ensino para alunos que não tinham acesso à
Educação, a escola ainda se organizava para atender alunos de classe elevada, e a
classe dos desfavorecidos continuavam na mesma. Mas após 1930 as coisas
começaram a mudar, os movimentos que começaram a surgir, finalmente foram
provocando transformações.
Como por exemplo a Constituição Federal de 1934:
Art 148 - Cabe à União, aos Estados e aos
Municípios favorecer e animar o desenvolvimento
das ciências, das artes, das letras e da cultura em
geral, proteger os objetos de interesse histórico e o
patrimônio artístico do País, bem como prestar
assistência ao trabalhador intelectual.
Art 149 - A educação é direito de todos e deve ser
ministrada, pela família e pelos Poderes Públicos,
cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e a
estrangeiros domiciliados no País, de modo que
possibilite eficientes fatores da vida moral e
econômica da Nação, e desenvolva num espírito
brasileiro a consciência da solidariedade humana.
Art 150 - Compete à União:
a) fixar o plano nacional de educação,
compreensivo do ensino de todos os graus e
ramos, comuns e especializados; e coordenar e
fiscalizar a sua execução, em todo o território do
País;
b) determinar as condições de reconhecimento
oficial dos estabelecimentos de ensino secundário
e complementar deste e dos institutos de ensino
superior, exercendo sobre eles a necessária
fiscalização. (BRASIL, 1934).
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A Constituição de 1946 vem reforçando de forma eficaz a Educação tão


reivindicada de longos anos para todos:
Art 166 - A educação é direito de todos e será
dada no lar e na escola. Deve inspirar-se nos
princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana.
Art 167 - O ensino dos diferentes ramos será
ministrado pelos Poderes Públicos e é livre à
iniciativa particular, respeitadas as leis que o
regulem.
Art 168 - A legislação do ensino adotará os
seguintes princípios:
I - o ensino primário é obrigatório e só será dado
na língua nacional;
II - o ensino primário oficial é gratuito para todos; o
ensino oficial ulterior ao primário sê-lo-á para
quantos provarem falta ou insuficiência de
recursos;
III - as empresas industriais, comerciais e
agrícolas, em que trabalhem mais de cem
pessoas, são obrigadas a manter ensino primário
gratuito para os seus servidores e os filhos destes.
(BRASIL, 1946).

Mas somente na constituição de 1988 que a gestão democrática aparece


legalmente, facilitando a democracia dentro das escolas brasileiras, pois havia uma
reivindicação de uma Gestão democrática que favorecesse a coletividade e a
participação da comunidade no planejamento escolar.
Conforme o artigo 206 da Constituição Federal de 1988: O pleno
desenvolvimento da pessoa, marca da Educação como dever de Estado e direito do
cidadão. (BRASIL, 1988).
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, consolidou as normas da
Gestão Democrática: A participação dos profissionais da Educação na elaboração
do Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola, como também a participação da
comunidade escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL,
1996).

3.1.1 A GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA

Foi na década de 90 que ocorreram as primeiras eleições para diretores


escolares, desde então a Instituição vem sofrendo transformações, como por
18

exemplo o crescimento da demanda, o aumento do trabalho na administração, onde


o Diretor cuidava de tudo. Então a parte que envolve a administração passou a ter
uma dimensão maior, e passa então a ser substituído pelo termo Gestão Escolar.
Atualmente a Gestão Escolar Brasileira, são classificadas em cinco áreas,
que juntas trabalham e se completam promovendo a Educação para todos, a
harmonia escolar, o norteador para o ensino aprendizagem e a formação de
cidadãos.
Segundo o MEC (2004), a Gestão Escolar é classificada nestas cinco
áreas a seguir:
Gestão Pedagógica: Esta área trata do coração da escola, o Projeto
Político Pedagógico (PPP), pois o objetivo maior da Instituição é, e deverá ser
sempre o ensino aprendizagem.
Gestão participativa e estratégica: Aqui se faz valer a democracia, pois
dá direito aos pais e comunidade a participarem e formarem o grêmio estudantil, a
associação de pais e mestres (APMF), acompanhando o desenvolvimento da
escola.
Gestão de pessoas: Esta área deve integrar pais, alunos, funcionários,
professores, desenvolvendo e valorizando o trabalho de cada um na escola.
Gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros: Trata-se
da administração da avaliação do rendimento escolar, alunos, professores,
funcionários, recursos recebidos e gastos, prestação de contas, ou seja,
gerenciamento da parte física, burocrática e humana da escola.
Gestão de resultados (avaliação): Avaliar os resultados obtidos pela
escola, que abrange o aluno em seu rendimento escolar, analisando metas e
objetivos alcançados, causas e consequências de má desempenho,
acompanhamento e gerenciamento dos índices escolares quanto ao ensino
aprendizagem.
E ainda o MEC fala sobre a importância da autonomia dos estudantes:
Assim, a nosso ver, na luta pela autonomia da
unidade escolar, pela democratização da educação
e, consequentemente, pela construção da gestão
democrática, a escola precisa garantir a autonomia
dos estudantes para se organizarem livremente
através de grêmios estudantis participativos e
críticos, que atuem de forma efetiva nos processos
decisórios da instituição, possibilitando o
desenvolvimento de uma verdadeira ação
educativa. MEC (2002).
19

3.1.1.1 A IMPORTÂNCIA DA DEMOCRACIA NA ESCOLA

Como se pode perceber o Diretor ou Gestor não decide tudo sozinho, pois a
Gestão democrática possibilita que todos que estão envolvidos com a escola,
expressem suas ideias, ajudando tomar decisões.
O Gestor deve promover essa democracia para que todos possam ter
oportunidades iguais, e tragam a inovação para dentro da escola, porém ele ainda
continua tendo a responsabilidade de supervisionar o desempenho do trabalho de
todos que ali estão. Porém deve ser com muito respeito, orientação, sugerindo
alternativas, pois ele não deve se considerar o único que sabe tudo, deve estar
sempre se lembrando que deve promover a harmonia na escola e não a discórdia.
Paulo Freire o grande Pensador, é um grande exemplo para todos e
complementa, com uma de suas frases:
“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de
convocar os que vivem em torno da escola, e
dentro da escola, no sentido de participarem, de
tomarem um pouco o destino da escola na mão,
também. Tudo o que a gente puder fazer nesse
sentido é pouco ainda, considerando o trabalho
imenso que se põe diante de nós que é o de
assumir esse país democraticamente”. Paulo
Freire.

Nos dias de hoje pede-se uma nova escola, devido às mudanças


aceleradas que acontecem, não somente no país mas no mundo todo, como todos
veem a olho nu, a tecnologia e a globalização não param de surgir, crescer e
aparecer.
Davis (2002), diz que no entanto a demanda social, econômica, política e
cultural que toda essa situação causa, é necessário que haja uma escola renovada,
para que atenda às exigências do mercado de trabalho e ao mesmo tempo que de
subsídios para a formação global do educando, o preparando para poder enfrentar
desafios proporcionais do ato de “viver, conviver, ser e fazer”.
E ainda o mesmo autor, fala muito profundo sobre a mudança que deve
ocorrer nas escolas: Como um aluno pode gostar de estar num lugar em que só
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pode ir apenas em uma sala, ao banheiro, ao refeitório, e ainda a direção somente


quando é repreendido.
A escola renovada somente surgirá quando a gestão escolar de alguma
forma promover o “gostar” da escola, o gostar de estar na escola, gostar de quem
está na escola e muito mais do que faz na escola. Davis (2002).

A cada idade corresponde uma forma de vida que


tem valor, equilíbrio, coerência que merece ser
respeitada e levada a sério; a cada idade
correspondem problemas e conflitos reais (...), pois
o tempo todo, ela (a criança) teve de enfrentar
situações novas (...) Temos de incentivá-la a
gostar da sua idade, a desfrutar do seu presente”.
George Snyders.

4 O GESTOR E A ESCOLA

4.1 O GESTOR E O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


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Na escola o projeto Político Pedagógico (PPP) é o Norteador, ou seja é o


que define a identidade da escola, e indica caminhos para o ensino de qualidade, é
um documento que traça objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser
desenvolvido na escola.
Neste documento deve constar as exigências legais do sistema
educacional, as necessidades, os objetivos a serem alcançados, como também as
expectativas da comunidade escolar, no PPP fica expresso também o pensar, a
cultura, a realidade escolar, e quais ações deve se manifestar para que a escola se
renove constantemente.
A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações
a respeito do PPP na gestão democrática:
Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as
normas da gestão democrática do ensino público
na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I. Participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico da escola;
II. Participação das comunidades escolar e local
em conselhos escolares ou equivalentes.
Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às
unidades escolares públicas de educação básica
que os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira,
observadas as normas de direito financeiro público.
(BRASIL, 1996).

Durante a elaboração do PPP o Gestor deve


propor algumas ações, para que se concretize,
segundo Gadotti (1994) são essas:
Reuniões de conscientização sobre a importância,
relevância e consequências do PPP, envolvendo
toda a comunidade escolar;
Etapas para a elaboração do material a constar no
documento;
Encaminhamento de atividades de acordo com os
envolvidos e seu grau de compreensão;
Momentos para compartilhar, com todos os
envolvidos, os itens construídos;
Leitura final do documento e discussão a respeito
dos tópicos e da necessidade da efetivação do
PPP.
Segundo Freire (2001), o gestor precisa constantemente estar analisando
o PPP, para que reflita a respeito da produtividade do trabalho de sua gestão, e se
necessário traçar novas metas de acordo com os seus objetivos. A auto avaliação é
muito importante, de grande utilidade, pois funciona como uma base para incentivar
suas ações, colocando em prática a democracia na escola.
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O Gestor deve sempre, em todas as ocasiões, promover realmente a


Gestão Democrática, já que essa democracia veio para garantir o direito da
participação de todos que estão envolvidos na Instituição.

4.1.1 ATRIBUIÇÕES DO GESTOR

Com certeza para o Gestor, não é tão fácil implementar a Gestão


democrática na Escola, como já foi dito, ele precisa ter espírito de mudança e
liderança, ter conhecimentos, para que essa Gestão democrática aconteça, é
necessário que o mesmo leve em considerações alguns pontos.
De acordo com Ferraz (2006) o Gestor precisa reconhecer dez pontos
importantes dentro da escola:
Enxergar a escola como um sistema: Pois a escola é um sistema, há
vários elementos que formam um conjunto, o Gestor precisa enxergar a escola como
um todo, respeitando as diferenças, para que haja um equilíbrio no processo
administrativo e pedagógico.
Escola e sociedade: A escola deve assumir a responsabilidade social,
ou seja com a sua comunidade, formar pessoas com a capacidade de não agredir o
semelhante, que se comunique e interaja, que trabalhe e faça decisões em grupo,
que respeite pessoas e o ambiente, que valorize o seu conhecimento e aprenda
conviver socialmente.
Agir com liderança em prol da produtividade: ser líder e ser chefe tem
diferenças, pois o líder convence, motiva e trabalha junto, como uma verdadeira
equipe, enquanto ser chefe é mostrar poder, desenvolvendo competitividade e a
desunião. Por isso o Gestor deve assumir o seu papel de líder, desenvolvendo seu
lado de capacitar, acompanhar e valorizar sua equipe.
Planejar: o planejamento é que decide as ações, é estudar, organizar e
coordenar para que haja a realização das atividades para que alcance os objetivos
propostos. No entanto, toda escola precisa ter claro seus propósitos, visando
elaboração de estratégias para realizar seus ideais, direcionando a escola, esta é
uma das responsabilidades do gestor.
Necessidade de capacitação profissional: o gestor deve propiciar aos
profissionais da escola capacitação continuada, tendo como objetivos aprimorar os
23

níveis de conhecimento, contribuir para a melhoria da qualidade da educação,


conscientizar o professor e demais profissionais quanto a importância do seu
trabalho, e como também oferecer subsídios que possibilitem mudança na prática do
professor.
Parceria com o professor: O Gestor precisa reconhecer que o professor
é seu parceiro e oferecer a ele melhores condições de trabalho, pois o bom
andamento da escola dependerá do bom trabalho de ambos.
Comunicação e diálogo: O Gestor deve ser claro com o profissional,
conforme o que se espera dele, mas com muita objetividade e gentileza. A
comunicação é muito importante entre todos na escola, mas deve tomar cuidado
com a linguagem, pois não se fala da mesma forma com um grupo de pais como se
fala com um grupo de pais.
Parceria com a família: A escola e a família devem caminhar juntos, e
formar também uma equipe, pois ambos devem lutar pelos mesmos objetivos em
relação à aprendizagem do aluno.
Cooperação: Neste sentido, o sucesso da escola depende da
cooperação e do envolvimento, de todos que estão envolvidos na escola, ou seja,
integração, comunicação, interação, responsabilidade e compromisso com a
Instituição, que se desenvolve durante o relacionamento em equipe.
Sintonia com a realidade: As Escolas possuem uma realidade diferente,
pois cada uma delas estão inseridas em comunidades diferentes, no entanto é
necessário que se desenvolva o trabalho de ensino aprendizagem de qualidade sem
perder a essência.
As atribuições do Gestor são muito importantes, pois é ele que irá
proporcionar a liderança, a harmonia escolar, a democracia, a autonomia, e o ensino
aprendizagem que deve ser prioridade para a Instituição.

4.1.1.1 O PERFIL DO GESTOR

O Gestor escolar, para gerenciar e garantir a aprendizagem na escola,


tem que ser um excelente profissional, que deve reunir também várias
24

características, que o possibilite liderar e não chefiar o ambiente escolar como já foi
visto acima.
Segundo Glória (2010), o Gestor deve ter muita disposição para o
trabalho coletivo, saber trabalhar em equipe, ser articulador e mediador dos
segmentos internos e externos, ter iniciativa e firmeza de propósito para realização
de ações, ser conhecedor dos assuntos técnicos, pedagógicos, administrativos,
financeiros e Legislativos, ter espírito solidário, ético e da realidade da escola.
E ainda a mesma autora frisa que o Gestor precisa:

Ser um defensor da educação: O diretor precisa


acreditar no modelo de ensino, nas práticas
educacionais e no sistema de educação como um
todo. Deve ter também compromisso na
elaboração e execução das políticas e públicas,
além de acreditar, deve repassar para os outros,
esse seu entusiasmo.
Ter liderança democrática e capacidade de
Mediação. Sabemos que estamos sendo
repetitivos, mas o diretor para poder dirigir a escola
precisa saber ouvir a todos, dividir
responsabilidades e ser capaz de mediar conflitos
e oposições. Somente assim é que ele irá construir
uma gestão democrática e participativa.
Ser capaz de auto promover e Avaliar-se uma
avaliação do grupo. O diretor precisa saber que
nem sempre está certo e razão que nem sempre
têm, nem ele e muitas vezes nem o grupo. Por
isso, deve ser ele capaz de Reconhecer e tomar
isso como necessárias medidas para corrigir suas
deficiências e as deficiências do grupo. Entenda
isso, como um sinal de humildade. Ao fazer uma
avaliação de si mesmo e do grupo, o diretor está
tendo a grande oportunidade de medir seus
acertos e erros e corrigi-los a tempo antes que seja
tarde demais e comprometer todo o seu trabalho e
o trabalho de sua equipe. GLÓRIA (2010).

Para Ferraz (2006), o Gestor democrático, deve promover a ligação entre


os diversos segmentos da escola, tomar decisões colegiadas, administrar com
transparência os recursos financeiros, priorizar a questão pedagógica, buscando a
melhoria da qualidade do ensino, exercer o papel de líder, amenizando os conflitos
existentes, Buscar parcerias para o desenvolvimento de projetos pedagógicos com a
comunidade, Manter constante contato com seu público alvo, avaliando as ações
propostas e realizadas pela comunidade escolar e estimular a formação continuada
dos profissionais da unidade escolar.
25

Os autores descrevem características importantes do perfil profissional


que o Gestor escolar deve reunir, a mais importante de todas é o trabalho em
equipe. Pois essa é a peça chave, se o gestor trabalha em equipe, o resultado de
uma Gestão democrática será satisfatório, pois ele saberá ouvir, sentir, orientar,
observar, compreender, avaliar, cuidar, reconhecer, articular e executar, valorizar,
planejar e promover a autonomia de forma correta na escola.

O Diretor-Gestor é um líder democrático, que


trabalha, coopera, sugere que sabe fazer,
participando das tarefas, que diz “nós” para
avaliação dos efeitos positivos ou negativos da
instituição. Este é o líder da organização que
aprende e que assume responsabilidades,
possibilita autonomia, que interage, participa e
coordena a busca de soluções e construções. Visa
um grupo motivado, cooperativo e que tenha
vontade de crescer. Enfim, um líder leal, que seja o
elo das ligações interpessoais com parceria, que
não impõe sua verdade, mas que constrói
verdades com o grupo e tem o respaldo da
comunidade escolar, fazendo-a participar
ativamente, trazendo-a cada vez mais para dentro
da Escola e buscando estreitar sempre os laços de
parceria e cumplicidade. LOPES (2004) .

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
26

Foi Concluído, que o papel do Gestor escolar, não é somente administrar


a Instituição, mas se compreende que ele é responsável de tudo que acontece neste
ambiente.
Ele deve promover o ensino aprendizagem dentro da Instituição, com
qualidade e dimensão. Promover e incentivar mudanças dentro deste ambiente, de
forma que todos possam participar.
A Gestão Democrática escolar, nada mais é, que a participação de todos
que estão envolvidos neste ambiente, cabendo ao Gestor, fazer acontecer esse
direito, para que haja realmente mudanças para melhorar a Instituição.
Porém, é preciso incorporar essa luta, que foi tão marcante para a
educação Brasileira, encarar como valores conquistados ao povo brasileiro,
herdando esta luta e a levando para frente.
É preciso que o Gestor entenda, que a Educação não é apenas para
gerenciar, e fazer acontecer eventos ou somente para mostrar evoluções na Escola,
mas que a Escola se completa num todo.
E essa Escola Democrática, representa a democracia, ensino
aprendizagem, harmonia, espírito de liderança, confiança, preocupação com
professores, funcionários, alunos e comunidade.
É importante também, que o diretor valorize o que cada um tem de bom,
assim estará estimulando a vontade de inovar, que atingirá todos, que de alguma
forma estão envolvidos com a escola.

REFERÊNCIAS

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CRIANÇAS E ESCOLAS NA PASSAGEM DO IMPÉRIO PARA A REPÚBLICA
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ANÍSIO TEIXEIRA: GRANDE EMPREENDEDOR DA EDUCAÇÃO

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