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0 çã
o

COLEÇÃO

HISTÓRIA
GOSTO
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Flora Morena M. M. de Araújo


SABER

5o
.
ano
Flora Morena M. M. de Araújo
Bacharelada e licenciada em História pela Universidade Federal do Paraná. Mestre e
Doutora em História pela Universidade Federal do Paraná. Atuou como professora no
Ensino Médio, nos cursos de graduação em História na modalidade presencial e EAD,
na pós-graduação em História da Arte e História Cultural e com assessoria de ensino
da disciplina de História. Atualmente é professora do Ensino Fundamental I e II e
autora de material didático.

COLEÇÃO

GOSTO
DE
SABER
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

HISTÓRIA

1.ª edição
Curitiba, 2021

5 .
ano
o
©COPYRIGHT - 2021 - Terra Sul Editora Eireli. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo eletrônico,
reprográfico, etc., sem autorização por escrito dos autores e da editora.

Dados internacionais de catalogação na publicação


Bibliotecária responsável: Natália Vicente Montanha Teixeira (CRB-9/1642)

Araújo, Flora Morena M. M. de.


História : 5º ano : livro do estudante / Flora Morena
M. M. de Araújo ; ilustradores: Roberto Zoelner e Sérgio
Bonfim dos Santos. – 1. ed. – Curitiba, PR : Terra Sul
Editora, 2021.
128 p. : il. ; 28cm. – (Coleção Gosto de Saber)

ISBN 978-65-5645-106-0

1. História (Ensino fundamental) – Estudo e


ensino. I. Zoelner, Roberto. II. Santos, Sérgio Bonfim dos.
III. Título.

CDD ( 22ª ed.)


372.89

COORDENAÇÃO EDITORIAL ICONOGRAFIA


Jane Gonçalves Raquel Deliberali
Victor Kubis
PROJETO GRÁFICO
Luciano Popadiuk REVISÃO
Márcio Guesser Ariane Roldan Melchior
Eliane Peixoto de Lima
CAPA Silmara Lídia Moraes Arcoverde
Márcio Guesser Sônia Maria Duarte
Ilustrações: Roberto Zoelner Wildiane Helena de Camargo

ILUSTRAÇÃO EDITORAÇÃO ELETRÔNICA


Roberto Zoelner Luciano Popadiuk
Sérgio Bonfim dos Santos Márcio Guesser

IMPRESSÃO

Rua Ricardo Beltrami, 82 – Bom Retiro


CEP 80520-570 – Curitiba – PR – Brasil
Fone/Fax : (41) 3253 0077
E-mail: terrasul@terrasuleditora.com.br
Apresentação

O
Caro aluno,

Conhecer o passado, os modos de vida, as lutas e

Ã
sonhos dos indivíduos que viveram antes de nós é uma
aventura empolgante. O conhecimento nos transforma e

Ç
nos dá a oportunidade de mudarmos o mundo. Ele nos
dá autonomia de reflexão e proporciona que sejamos os
A
verdadeiros donos das nossas ideias e ações.
Ao longo desta coleção serão muitos temas, perío-
G
dos históricos e sociedades estudadas através de docu-
mentos históricos que nossos antepassados deixaram
L

e que você irá aprender a utilizar. Esperamos que cada


uma das leituras e reflexões contribuam para despertar o
U

amor pelo o estudo e a curiosidade pelos modos de vida


e culturas de outros tempos e lugares.
IV

Vamos estudar?
D

A autora
SERÁ
QUE SEI ? e A cultura e a religião nas
sociedades da Antiguid
ainda hoje são consider ade foram muito ricas e
a Em seu caderno, explique como era caracterizado, durante Identifique cada um dos
adas importantes marcos
culturais no Ocidente.
denominado pré-história, o período elementos culturais abaixo
o modo caderno. e registre em seu
b Utilize os termos abaixo e, em seudecaderno
vida nômade e sedentár
, elabore
io.
mação dos primeiros Estados. frases sobre a for-
a) povoados – agricultu
ra – sedentarização.

Ilustrações: Roberto Zoelner


b) população – trabalho
– crescimento – especiali
zação.
c) Estado – administração
– governante.
d) Egito – Mesopotâmia
– rios.
c A marcação do tempo
foi feita de diversas maneira

As atividades da seção foram


tória. Sobre esta questão, s ao longo da his-
escreva as frases a seguir
marque V para as alternati em seu caderno e
vas verdadeiras e F para
as falsas.

organizadas para verificar os seus


Apesar de haver muitos,
podemos dizer que há
um calendário correto, apenas
os demais estão errados.

conhecimentos em relação aos


A vida de muitos grupos
humanos foi organizada
da observação da natureza a partir
.
f Os patrimônios culturais
são riquezas da humanid

conteúdos que serão abordados.


preservados. Em seu caderno ade que precisam ser
Os calendários são instrume , responda às questões
ntos de marcação tempora a seguir.
l. a) O que são patrimôn
ios? Qual sua importân
cia?
d Os seres humanos desenvo
lveram muitas formas de
comunicação. Entre
b) O que são patrimôn
ios materiais e imateria
elas a escrita, que foi muito plos de cada um deles. is? Explique e cite exem-
importante para o desenvo

O
tados. Sobre isso, respond lvimento dos Es-
a às questões em seu caderno
.
g Faça um texto utilizand
o os termos do quadro
a) Explique o desenvo abaixo.
lvimento da escrita nas
sociedades antigas.
gerações
b) Quais outras formas história memória
de comunicação e linguage oralidade
pelos humanos ao longo ns foram utilizadas fontes grupos sociais
da história?
h Em seu município há marcos
de memória que preserva
memória de todos os grupos m a história e a
8
que fizeram parte da história
dele? Explique.

Ã
Roberto Zoelner
A SEDENTARIZAÇÃO
E A VIDA EM
1
UNIDADE

SOCIEDADE

Abertura da unidade

Ç
Nestas páginas, você encontrará imagens
e questionamentos para que você e seus
colegas possam refletir e discutir sobre os

• Quais atividades estão sendo


representada?
• A vida dessas pessoas seria
comunidade? Por quê?
desenvolvidas na sociedad

diferente se não vivessem


e

em
A assuntos que serão estudados.
G
com a sua? Explique.
• Essa sociedade se parece

1
CAPÍTULO

10
A FORMAÇÃO DAS
PRIMEIRAS CIDADES a Observe e descreva em
seu caderno as imagens
a seguir.
1
2

Roberto Zoelner
A formação dos primeiros
povos
Roberto Zoelner
L

Capítulos
b Quais as diferenças entre
a vida nômade e a sedentár
ia? Explique.
Antes de viverem em
comunidades sedentár
coleta e da caça. ias, as pessoas viviam
da

Nos capítulos, encontram-se os


Conviviam em pequeno
s grupos que
se deslocavam com frequênc
ia em busca

s
Joanbanjo / wikimedia.common
de alimentos, já que
dependiam direta-
mente dos elementos que

conteúdos a serem desenvolvidos


encontravam na
U

natureza para sua subsistên


cia.
Assim, estavam se locomov
endo cons-
tantemente em busca
de caça, abrigos e

na unidade.
água, por exemplo.
Este período foi chamado
por pes-
quisadores de paleolít
ico e foi marcado
também pelo domínio
do fogo e pelas
moradias em cavernas Cena de caça da caverna
, onde os humanos reprodução Cavalls,
muitas vezes deixavam do Museu Valltorta, Espanha.
registros de suas experiên
conhecidos como pinturas cias e ideias que ficaram
rupestres.

Qual o papel da agricultu c Como era a vida dos seres humano


ra para este povoado represen
tado? d Por que no período paleolític s nodeperíodo paleolítico?
Qual a relação entre os
e Quais foram as formas encontrao odasestilo vida era o nômade?
IV

seres humanos e o meio


representada? ambiente na imagem pelos humanos do
para registrar suas experiên período paleolítico
cias? Quais memórias eles
criaram sobre si?
12

apenas na forma 13
para sedentário não ocorreu
A mudança de nômade a agricultura e a criação
alteração do espaço. Com
de vida, mas também na ar as vegetações na-
humanos passaram a transform aos poucos as
dos animais, os grupos transform ando
silvestre e, assim,
tivas, afugentando a fauna se estabeleciam. Transfor-
lugar e ao redor de onde
paisagens naturais no
vão levar ao crescimento Afugentando: expulsando.
mações que, por sua vez, necessi-

Para saber mais


ência, às novas
populacional e, por consequ
r os povoados.
dades na forma de organiza explorados e as
que apresenta os períodos
Observe a linha do tempo
s:
principais mudanças ocorrida
6 mil anos

Esta seção apresenta informações


12 mil anos
2 milhões de anos

Período Neolítico
Período Paleolítico Surgimento
Surgimento

e curiosidades que ajudam a


Surgimento da da escrita
da agricultura a) Qual veículo de imprensa
D

espécie Homo publicou o texto e qual


da agricultura seu tema?
em que o estabelecimento b) Qual a relação entre
h Você conhece alguma situação Converse com seus cole- as religiões e a violência
na sociedade, segundo
ou a paisagem natural? o texto?
tem alterado o espaço

ampliar seu conhecimento.


.
suas ideias em seu caderno c) O que é comemorado
gas e professor e anote as
desenho onde esteja representado as mudanç no dia 22 de agosto? Por
que essa data come-
Em uma folha, faça um morativa foi criada?
i na vida dos humanos do
paleolítico para o neolítico
.
d) Segundo o texto, por
que a tolerância religiosa
é importante?
e) Elabore um panfleto
para uma campanha contra
giosa. Nele, insira informaç a intolerância reli-
ões sobre o que é a intolerân
Vênus de Willendorf os principais males causado
s por ela e os benefício
cia religiosa,
produzido no período paleolí- que buscam a tolerância s para os cidadãos
Um exemplo de artefato e o respeito as demais religiões
s
S.I / wikimedia.common

região
da por arqueólogos na Após a confecção, divulgue além da sua.
tico é uma estatueta, encontra de Vênus o material para sua comunid
em 1908. Ela foi batizada o Você acredita que foi ade.
de Willendorf, Áustria, que tenha alcançada a tolerância
de Willendorf. Estima-se ainda encontra formas religiosa ou
de Willendorf, ou Mulher antro- de intolerância em seu
entre 28 e 25 mil anos a.C. Ela é uma de Quais são elas? cotidiano?
sido esculpida forma Vênus
é uma escultura de uma Willendorf. Museu
pomorfização, ou seja, da rea- de Naturhistorisches • Como podemos resolver
não é uma “reprodução as questões de intolerân
humana de mulher, mas

Dicas
em Viena, Áustria.
nosso dia a dia? cia religiosa em
ão para representar questões Ela tem essa
lidade”, é uma idealizaç ela foi produzid a.
e em que
importantes para a sociedad s era sinal de ferti-
mais volumoso das mulhere
forma porque o corpo DICAS
sucesso e de bem-estar.
lidade, de segurança, de

Nesta seção, você encontrará


Grécia Antiga passo a
passo, de Eric Teyssler,
15 Editora Claro Enigma. Éric Dars,
Enigma

Este livro faz um passeio


pela cultura grega em suas
Divulgação / Editora Claro

muitas facetas, desde as


informações mais comuns

sugestões de livros para ampliar


descobertas científicas nos até as
campos da física, da matemát
e da astrologia, e ainda ica
traz diversas curiosidades
culturais.
Egito Antigo passo a passo,
de Aude Gross Beler, Editora

seus conhecimentos.
Claro Enigma.
Enigma

No vale fértil do Rio Nilo,


alguns milênios atrás,
Divulgação / Editora Claro

viviam os antigos egípcios.


Se, por um lado, todos
conhecemos as pirâmide nós
s, os nomes de alguns
e faraós e a escrita hieroglífi deuses
ca; por outro, sabemos
muito pouco sobre o dia
a dia naquela época. Este
escrito por uma egiptólog livro,
a, vai trazer muitos detalhes
surpreendentes sobre a
vida dessa civilização, que
no mundo em que vivemos deixou tantas heranças
hoje.

39
i Observe as ilustrações
abaixo e descreva qual
as características de cada
um dos deuses gregos
a Copie o quadro em seu
caderno e preencha-o
com as informações soli-
representados.
citadas em relação a algumas
sociedades da Antiguid
ade.
Mesopotâmia

Ilustrações: Roberto Zoelner


Egito Olmecas
Localização
geográfica *********** *********** ***********
Atividades
econômicas *********** ***********
b Qual a relação entre a natureza e a religiosidade na ***********
c Elabore uma representação visual para monoteísmo Antiguid ade?

d Explique como era a religião no Egito e na Grécia na e politeísmo.


e Elabore representações visuais de dois deuses egípciosAntiguidade.
f
insira uma legenda informan

Qual a importância do
do a respeito de cada um
e dois gregos e
deles. Zeus
Hera
A seção finaliza o capítulo, permitindo
respeito às diferenças e

que se revisem alguns conteúdos


à liberdade religiosa para Artemis
os indivíduos e sociedad
es? Elabore uma tirinha
ideias sobre essa questão. que represente suas
g Utilize os termos a seguir
e elabore frases.

estudados até o momento. Nela, você


a) politeísta – judaísmo
– Egito – monoteísta.
b) Grécia – religião – cidades-
estados.
c) Zeus – Osíris.
h Leia as alternativas a seguir
seu caderno e indique
analisando cada uma.
Depois, copie-as em
V para as alternativas verdadei poderá avaliar se compreendeu e

O
sas. Em seguida, reescreva ras e F para as fal-
as frases incorretas corrigind

aprendeu o que foi ensinado.


a) No Egito, o Faraó era o-as.
considerado um deus vivo.
b) Os egípcios eram monoteí
stas, acreditavam em vários
c) Alguns deuses egípcios deuses.
eram representados com
humana. a forma animal e
d) Os egípcios não acreditav Afrodite
am na vida após a morte. Apolo
Poseidon
40

41

Ã
b O que é patrimônio dacultural?
preservação dos patrimôn
ios culturais?
c Qual a importância enumere corretamente cada um
dos itens abaixo
d Em seu caderno, is
ios materiais ou imateria
arqueológico e, em indicando se são patrimôn
a descoberta de um sítio
a Leia a notícia abaixo sobre 2. Patrimônio imateria
l
em seu caderno. 1. Patrimônio materia
l
seguida, responda às questões

Ç
tâmia é descoberta
anos na Mesopo • Danças
Cidade perdida de 4 mil
• Brincadeira de roda

Française Peramagron
Aline Tenu/Mission Archéologique
Uma antiga “cidade perdida” • Construções e edifícios
gi-
foi descoberta no sítio arqueoló
o. Se- • Festas
co de Kunara, no Curdistã
gundo pesquisadores, ela
prospe- • Obras de arte
rou durante o Império Acádio,
há • Como fazer uma comida

Esta seção marca o momento de


alternativas a seguir
na Antiguidade, leia as
4 mil anos.
e Sobre a formação das cidades e indique V para
Cinco áreas escavadas reve- copie-as em seu caderno
por metros e eviden- analisando cada uma. Depois, Em seguida, reescreva
as
de pedra que se estendem ras e F para as falsas.
laram grandes fundações encontraram as alternativas verdadei
lavouras. Os pesquisadores também

verificar o que foi aprendido no


ciam que eram antigas o-as.
quadrados que tinham frases incorreta s corrigind
cerca de 10 centímetros esteve relacionada à agri-
pedaços de argila com de escrita. Isso mostra s povoado s não
dos primeiros sistemas a) A formação dos primeiro
escrita cuneiforme – um bem como de

livro. Realize todas as atividades


e, com seu professor, verifique se
ainda existem dúvidas a respeito dos
A que o povo “tinha compreen
seus vizinhos mesopotâmicos”,
são da escrita acádia e suméria,
afirmou Philippe
CNRS.

rindo que a comunid


Clancier,

Outros itens indicam que


ções comerciais com regiões
e porcos, restos de leões e
ade
especialis

realizou
e cerâmicas feitas de materiais
deve ter sido bastante próspera”
diana e cornalina eram usadas
REDAÇÃO Galileu. Cidade
Galileu, 28 mar. 2019.
ta do

a cidade era rica e próspera


distantes. Foram encontrad
ursos – animais de prestígio
caçadas
e mantinha rela-
os ossos de ovelhas
naquela época –, suge-
ou recebeu presentes. Ferramen
nobres também foram descober
, comentou Tenu. “Pedras
para produzir equipamentos
perdida de 4 mil anos na
Disponível em: https://tinyu
tas
tas. “A cidade
raras como obsi-
comuns.”
Revista
Mesopotâmia é descoberta.
rl.com/MesopotamiaCid
ade.
Acesso em: 23 jul. 2021.
f
cultura.
b) Os rios foram fundame

c) O processo de sedentar
ções no ambiente mesmo
e para a construção de
d) Com o crescimento

dades.
Em seu caderno, faça um
ntais para a formação
responsáveis pela irrigação
ização não promoveu
que tenha
povoado s.
desmata

da população e complex
muitos povoados crescera

na Antiguidade. Para isso,


texto sobre as formas de
das cidades. Eles eram
das colheitas e cuidado
dos animais.
grandes transforma-
do áreas para o plantio

ificação administrativa,
m e aos poucos transform
aram-se em ci-

organização política
utilize as palavras do quadro
abaixo.

conteúdos estudados. poder


G
centraliz ação administração
de Kunara? cidade-estado Estado
rtas arqueológicas no sítio
a) Quais foram as descobe
sticas da cidade
dores, quais eram as caracterí
b) Segundo os pesquisa gicas?
das pesquisas arqueoló 123
perdida encontrada através

122

Ícones
L

Pesquisando
U

Indica atividade de pesquisa.

Ser cidadão
Como você interage com as pessoas? Este ícone representa momentos de
IV

reflexão sobre suas ações e seu convívio com o outro, possibilitando a construção
de valores éticos indispensáveis na relação com tudo o que nos cerca.

Em dupla
Indica atividade que será feita em dupla.
D

Para resolver em casa


Indica atividade que será realizada em casa com o auxílio da família.

Eu e meus colegas
Indica atividade que será feita em grupo.

Brincar e jogar
É um convite para você brincar e jogar, interagindo com os colegas
de formas diversas
SERÁ QUE SEI? ........................................ 8

2 ESTADO E
UNIDADE

CIDADANIA.........................42
A SEDENTARIZAÇÃO
1
UNIDADE
E A VIDA EM

Roberto Zoelner
O
SOCIEDADE........................10 2
UNIDADE

Roberto Zoelner
ESTADO E CIDADANIA

Roberto Zoelner
A SEDENTARIZAÇÃO

1
UNIDADE

Roberto Zoelner
E A VIDA EM
SOCIEDADE

Ã
Ç
• Qual período histórico está representado em cada uma das
imagens?
• O que está acontecendo em cada uma das imagens?
• Qual a importância desses espaços para suas sociedades?

42

10

CAPÍTULO 1: A FORMAÇÃO DAS


• Quais atividades estão sendo desenvolvidas na sociedade
representada?
• A vida dessas pessoas seria diferente se não vivessem em
comunidade? Por quê?
• Essa sociedade se parece com a sua? Explique. A CAPÍTULO 1: A FORMAÇÃO
DOS ESTADOS......................................... 44
O que é um Estado?............................. 44
G
PRIMEIRAS CIDADES ............................ 12
A formação do Estado brasileiro.......... 49
A formação dos primeiros povos......... 12
L

As primeiras cidades............................ 16 VOCÊ JÁ SABE? .................................. 52

VOCÊ JÁ SABE? .................................. 20 CAPÍTULO 2: CIDADANIA E


U

DIREITOS HUMANOS............................ 54
CAPÍTULO 2: POVOS, CULTURAS E
A cidadania na Antiguidade................. 54
RELIGIÕES............................................... 22
A luta pela cidadania............................ 59
IV

Sociedades da Antiguidade.................. 22
• Os mesopotâmicos.......................... 24 A cidadania no Brasil na atualidade..... 68
• Os egípcios....................................... 26
• Os olmecas....................................... 28 VOCÊ JÁ SABE? .................................. 72
As religiões na Antiguidade................. 30
D

• Os deuses egípcios.......................... 32
• Mitologia grega................................ 35
• Judaísmo.......................................... 36
• Cristianismo..................................... 37

VOCÊ JÁ SABE? ................................... 40


CULTURA, COTIDIANO
3 4
UNIDADE UNIDADE
E AS FORMAS DE O TEMPO E A MEMÓRIA
COMUNICAÇÃO................74 NA HISTÓRIA..................102

O
Roberto Zoelner
Roberto Zoelner
CULTURA, COTIDIANO O TEMPO E A

3 4
UNIDADE
UNIDADE
E AS FORMAS DE MEMÓRIA NA

Roberto Zoelner
COMUNICAÇÃO HISTÓRIA

Roberto Zoelner

Ã
Ç
• Qual o tipo de atividade a imagem está representando?
• O que cada uma dos indivíduos das ilustrações estão fazendo?
• Quais foram os objetos encontrados?
• Você acha que o tempo é um fator importante para cada uma
• Qual a importância dessa atividade e de suas descobertas para a das pessoas representadas? Explique.
história?
• Qual dessas imagens está representando um patrimônio histórico,
• Você conhece ou já visitou algum sítio arqueológico? Conte para a uma oralidade e um instrumento de marcação temporal?
turma sua experiência.

102
74

CAPÍTULO 1: CULTURAS E MODOS DE


VIDA NA ANTIGUIDADE........................ 76
A CAPÍTULO 1: O TEMPO NA HISTÓRIA.. 104
O tempo.............................................. 104
Arte....................................................... 76
G
Os diferentes calendários e as
• Mesopotâmia................................... 78
formas de medir o tempo.................. 107
• Egito................................................. 80
• Grécia............................................... 81
L

VOCÊ JÁ SABE? ................................ 110


As formas de lazer na Antiguidade...... 87
• Egípcios............................................ 88 CAPÍTULO 2: PATRIMÔNIO: AS
U

• Romanos.......................................... 89 HERANÇAS DA HUMANIDADE........... 112


A UNESCO e os patrimônios
VOCÊ JÁ SABE? .................................. 90
da humanidade................................... 112
IV

CAPÍTULO 2: LINGUAGENS, ESCRITA E Patrimônio e memória....................... 115


COMUNICAÇÃO....................................... 92
VOCÊ JÁ SABE? ................................ 120
Comunicar-se é preciso........................ 92
O desenvolvimento da escrita............. 96 O QUE APRENDI! ................................ 122
D

VOCÊ JÁ SABE? ................................ 100


REFERÊNCIAS ................................. 128
SERÁ
QUE SE
I ?
a Em seu caderno, explique como era caracterizado, durante o período
denominado pré-história, o modo de vida nômade e sedentário.
b Utilize os termos abaixo e, em seu caderno, elabore frases sobre a for-
mação dos primeiros Estados.

O
a) povoados – agricultura – sedentarização.
b) população – trabalho – crescimento – especialização.

Ã
c) Estado – administração – governante.
d) Egito – Mesopotâmia – rios.

Ç
c A marcação do tempo foi feita de diversas maneiras ao longo da his-
A
tória. Sobre esta questão, escreva as frases a seguir em seu caderno e
marque V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas.
G
Apesar de haver muitos, podemos dizer que há apenas
um calendário correto, os demais estão errados.
L

A vida de muitos grupos humanos foi organizada a partir


U

da observação da natureza.
IV

Os calendários são instrumentos de marcação temporal.

d Os seres humanos desenvolveram muitas formas de comunicação. Entre


D

elas a escrita, que foi muito importante para o desenvolvimento dos Es-
tados. Sobre isso, responda às questões em seu caderno.
a) Explique o desenvolvimento da escrita nas sociedades antigas.

b) Quais outras formas de comunicação e linguagens foram utilizadas


pelos humanos ao longo da história?

8
e A cultura e a religião nas sociedades da Antiguidade foram muito ricas e
ainda hoje são consideradas importantes marcos culturais no Ocidente.
Identifique cada um dos elementos culturais abaixo e registre em seu
caderno.

Ilustrações: Roberto Zoelner


O
Ã
Ç
A
G
L
U

f Os patrimônios culturais são riquezas da humanidade que precisam ser


preservados. Em seu caderno, responda às questões a seguir.
IV

a) O que são patrimônios? Qual sua importância?

b) O que são patrimônios materiais e imateriais? Explique e cite exem-


plos de cada um deles.
g
D

Faça um texto utilizando os termos do quadro abaixo.

gerações história memória


oralidade fontes grupos sociais

h Em seu município há marcos de memória que preservam a história e a


memória de todos os grupos que fizeram parte da história dele? Explique.

9
A SEDENTARIZAÇÃO

1
UNIDADE
E A VIDA EM
SOCIEDADE

O
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

10
Roberto Zoelner
O
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

• Quais atividades estão sendo desenvolvidas na sociedade


representada?
• A vida dessas pessoas seria diferente se não vivessem em
comunidade? Por quê?
• Essa sociedade se parece com a sua? Explique.
1
CAPÍTULO

A FORMAÇÃO DAS
PRIMEIRAS CIDADES

A formação dos primeiros povos

O
Roberto Zoelner
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

Qual o papel da agricultura para este povoado representado?

Qual a relação entre os seres humanos e o meio ambiente na imagem


representada?

12
a Observe e descreva em seu caderno as imagens a seguir.
1 2

Roberto Zoelner
O
Ã
b Quais as diferenças entre a vida nômade e a sedentária? Explique.

Ç
Antes de viverem em comunidades sedentárias, as pessoas viviam da
coleta e da caça. A
Conviviam em pequenos grupos que

Joanbanjo / wikimedia.commons
se deslocavam com frequência em busca
G
de alimentos, já que dependiam direta-
mente dos elementos que encontravam na
L

natureza para sua subsistência.


Assim, estavam se locomovendo cons-
tantemente em busca de caça, abrigos e
U

água, por exemplo.


Este período foi chamado por pes-
IV

quisadores de paleolítico e foi marcado


também pelo domínio do fogo e pelas Cena de caça da caverna Cavalls,
moradias em cavernas, onde os humanos reprodução do Museu Valltorta, Espanha.
muitas vezes deixavam registros de suas experiências e ideias que ficaram
D

conhecidos como pinturas rupestres.

c Como era a vida dos seres humanos no período paleolítico?


d Por que no período paleolítico o estilo de vida era o nômade?
e Quais foram as formas encontradas pelos humanos do período paleolítico
para registrar suas experiências? Quais memórias eles criaram sobre si?

13
f Em seu caderno, copie o texto a seguir preenchendo as lacunas com as
palavras do quadro abaixo.

povoados único local deslocamento


criação de animais agricultura

Com o desenvolvimento da **********, entre 14 e 12 mil anos,

O
e também do domínio da **********, os humanos passaram, paula-
tinamente, a viver de outra maneira. Por não terem mais a necessidade
de estarem em constante **********, poderem plantar gêneros ali-

Ã
mentícios como o trigo, a cevada, a batata e a domesticar animais como
ovelhas, bois e galinhas, passaram a viver em um **********. Torna-

Ç
ram-se sedentários e formaram **********.

Esse período de grandes transformações no modo de vida, das relações


A
humanas e nas maneiras dos humanos se relacionarem com o meio ambiente,
foi denominada pelos pesquisadores de período neolítico.
G
Nas comunidades do período neolítico, as principais atividades eram a
agricultura e o pastoreio, sendo os trabalhos divididos por gênero. Os ho-
mens dedicavam-se à caça, cuidavam dos animais domesticados e faziam
L

a construção das moradias. Já as mulheres, dedicavam-se à agricultura, ao


preparo dos alimentos e ao cuidado das crianças.
U

Roberto Zoelner
IV
D

g Quais foram as atividades desenvolvidas no período neolítico?

14
A mudança de nômade para sedentário não ocorreu apenas na forma
de vida, mas também na alteração do espaço. Com a agricultura e a criação
dos animais, os grupos humanos passaram a transformar as vegetações na-
tivas, afugentando a fauna silvestre e, assim, transformando aos poucos as
paisagens naturais no lugar e ao redor de onde se estabeleciam. Transfor-
mações que, por sua vez, vão levar ao crescimento
Afugentando: expulsando.
populacional e, por consequência, às novas necessi-

O
dades na forma de organizar os povoados.
Observe a linha do tempo que apresenta os períodos explorados e as
principais mudanças ocorridas:

Ã
2 milhões de anos 12 mil anos 6 mil anos

Ç
Período Paleolítico Período Neolítico
Surgimento da Surgimento Surgimento

h
espécie Homo A da agricultura da escrita

Você conhece alguma situação em que o estabelecimento da agricultura


G
tem alterado o espaço ou a paisagem natural? Converse com seus cole-
gas e professor e anote suas ideias em seu caderno.
i Em uma folha, faça um desenho onde esteja representado as mudanças
L

na vida dos humanos do paleolítico para o neolítico.


U

Vênus de Willendorf
IV

Um exemplo de artefato produzido no período paleolí-


tico é uma estatueta, encontrada por arqueólogos na região
S.I / wikimedia.commons

de Willendorf, Áustria, em 1908. Ela foi batizada de Vênus


de Willendorf, ou Mulher de Willendorf. Estima-se que tenha
D

sido esculpida entre 28 e 25 mil anos a.C. Ela é uma antro-


pomorfização, ou seja, é uma escultura de uma forma Vênus de
Willendorf. Museu
humana de mulher, mas não é uma “reprodução da rea- de Naturhistorisches
lidade”, é uma idealização para representar questões em Viena, Áustria.
importantes para a sociedade em que ela foi produzida. Ela tem essa
forma porque o corpo mais volumoso das mulheres era sinal de ferti-
lidade, de segurança, de sucesso e de bem-estar.

15
As primeiras cidades

Ilustrações: Roberto Zoelner


O
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

Qual a diferença entre as cidades representadas?

A sua cidade se parece com alguma dessas? O que ela tem de seme-
lhanças e diferenças em relação às representadas? Explique.

16
a Quais atividades estão sendo realizadas em cada cidade representada?
b Essas atividades existem ainda hoje? Converse com seus colegas e pro-
fessor.
c Elabore em uma folha de papel um desenho que mostre as principais
atividades desenvolvidas na sociedade. Depois, compartilhe com os co-
legas e professor o que você representou.

O
As primeiras cidades surgiram na região do Egito e da Mesopotâmia e
se formaram junto a rios, pois dependiam das suas águas para a agricultura

Ã
e o consumo. Muitas, inclusive, aprenderam a utilizar os ciclos naturais em
suas técnicas de produção: periodicamente as cheias fazia com que as águas
transbordassem de suas margens. Com isso, quando voltavam ao seu volume

Ç
normal, deixavam o solo do terreno, que havia sido encharcado, com adubo
natural, que era utilizado no cultivo.
A
Vivendo com mais segurança e alimentando-se com mais regularidade,
a vida dos humanos melhorou, passando a ser mais tranquila e confortável,
possibilitando que homens e mulheres vivessem além de melhor, mais tem-
G
po. Diante disso, os agrupamentos humanos, aos poucos, foram se tornando
maiores, aumentando também a necessidade de produzir mais alimentos.
L

Com isso, ocorreram algumas mudanças: a produção de alimentos dei-


xou de ser coletiva e houve a divisão do trabalho, em que uns faziam vasos,
outros produziam alimentos, outros fabricavam tecidos e havia os que prati-
U

cavam o comércio ou se dedicavam à administração das cidades.


O comércio se tornou uma prática importante. Comprar e vender pro-
IV

dutos pouco a pouco passou a fazer parte da vida das pessoas. Assim, co-
merciantes e mercadores foram profissões fundamentais para as cidades.
Aos poucos, o campo, onde havia a produção de alimentos, foi se se-
parando e se distanciando do local onde as pessoas moravam, praticavam o
D

comércio, estabeleciam as feiras e aconteciam as demais atividades, surgindo


as primeiras cidades.

d Quais as atividades realizadas nesse período? E qual a importância delas


para a sociedade?
e Por que a população cresceu após o processo de sedentarização?

17
f Analise o mapa a seguir e depois responda às questões.

Elizabeth Gislaine Rathunde Lopes


O
Ã
Ç
IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018.
a) O que o mapa está representando?
b)
c)
A
Quais cidades estão representadas no mapa?
O que as cidades representadas no mapa têm em comum?
d) Quais cidades são banhadas pelo Rio Eufrates?
G
e) Quais cidades são banhadas pelo Rio Tigre?
f) Qual a importância dos rios para essas sociedades?
L

g) Em grupo, escolham uma das cidades represen-


tadas no mapa e façam uma pesquisa a respei-
U

to dela:
• como surgiu, perto de qual rio foi fundada, como se desenvolveu,
como era o modo de vida da população e outras informações que
IV

encontrarem.
• utilizem fontes de pesquisa que sejam confiáveis e anotem as
fontes utilizadas.
D

• usem imagens para enriquecer o trabalho.


• após a pesquisa, compartilhem com seus colegas e professor o que
descobriram.

g A região do Egito e da Mesopotâmia ficou conhecida


como crescente fértil. Com um colega, façam uma
pesquisa sobre o motivo dessa região ter recebido essa denominação.
Ao realizarem uma pesquisa, é importante seguir alguns passos:

18
• utilizem fontes de pesquisa que sejam confiáveis.
• anotem sempre as fontes de pesquisa.
• usem imagens para enriquecer o trabalho.
• após a pesquisa, compartilhem com seus colegas e professor o que
descobriram.

h A água foi fundamental para que os seres humanos tivessem condições

O
de mudar o modo de vida nômade para sedentário. Recorte de revistas,
jornais ou imprima da internet imagens que representam atividades co-
tidianas em que o ser humano utiliza a água. Depois, cole-as em uma

Ã
folha. O professor irá montar um mural com a produção da turma.
i Com ajuda de seus familiares, faça uma pesquisa

Ç
sobre a fundação de sua cidade.
• Identifique perto de qual ou quais rios ela foi
fundada e quais que abastecem a água da região na atualidade.
A
• Utilize fontes de pesquisa que sejam confiáveis e anote as fontes
utilizadas.
G
• Use imagens para enriquecer o trabalho.
• Após a pesquisa, converse com seus colegas e professor sobre o que
L

descobriu.

j A sua região sofre ou já sofreu períodos com a seca dos reservatórios de


U

água? Converse com as pessoas mais velhas da sua família e vizinhança


sobre essa questão e anote suas descobertas em seu caderno.
k Com sua turma, conversem sobre a situação do abastecimento
IV

de água da sua cidade ou região a partir das suas descobertas


nas questões anteriores. Juntos reflitam:
a) Qual a importância da água para a cidade de vocês? O que aconte-
ceria se os reservatórios secassem?
D

b) Como nós, cidadãos, podemos colaborar para o uso consciente e


preservação da água?
l Reúna-se com um colega e façam um cartaz so-
bre a conscientização do uso da água. Em seguida,
apresentem para a turma a produção e exponha-a
em um mural junto com os trabalhos dos demais colegas.

19
a Copie a tabela em seu caderno e preencha-a informando as diferenças
entre os períodos paleolítico e o neolítico.

Paleolítico Neolítico

O
********************** **********************

b Elabore um texto utilizando os termos do quadro abaixo.

Ã
agricultura sedentarização povoados fixação cidades

Ç
c Leia as alternativas a seguir analisando cada uma. Depois, copie-as em
seu caderno e indique V para as alternativas verdadeiras e F para as fal-
A
sas. Em seguida, reescreva as frases incorretas corrigindo-as.
a) Embora o desenvolvimento da agricultura tenha sido importante, ele
G
não se relaciona ao processo de sedentarização dos seres humanos.
b) Nas cavernas, por meio das inscrições rupestre, os seres humanos
deixaram marcas de suas experiências, ideias e memórias.
L

c) A caça sempre foi muito farta no período paleolítico, porque o pla-


neta não estava povoado como hoje. Por isso, os seres humanos não
U

precisavam se movimentar atrás de alimentos.


d) A busca por alimento foi uma questão importante para a transfor-
IV

mação no modo de vida dos seres humanos.


d Observe as imagens a seguir a respeito de alguns trabalhos realizados no
período neolítico e relacione cada uma delas as suas respectivas legendas.
1 2
D

Roberto Zoelner

20
3 4

Roberto Zoelner
O
Ã
Ç
a) Cuidado com animais.
b) Colheita.
A
c) Preparação de alimentos.
G
d) Volta da caça.
e Como era a divisão de trabalho por gênero nos primeiros povoados?
L

f O mapa abaixo representa algumas das cidades mais antigas do mundo.


Indique quais são os nomes dos rios e das cidades indicadas.
U

Elizabeth Gislaine Rathunde Lopes


IV
D

IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, 2018.

21
2
CAPÍTULO

POVOS, CULTURAS E RELIGIÕES

Sociedades da Antiguidade

O
Aziz1005 / wikimedia.commons

JETOVAR / wikimedia.commons
Ã
Ç
Babilônia. Suas ruínas encontram-se ao norte do
A Tumba Olmeca no Parque La Venta, Villahermosa,
G
centro da cidade atual de Hila, capital da província México. 2015.
de Babil, no Iraque. 2014.
Jose Javier Martin / Flickr

BeBo86 / wikimedia.commons
L
U
IV

O Templo de Nefertari, também conhecido como O Fórum Romano em Roma, Itália. 2015.
Templo de Hathor, Abu Simbel, Aswan, Egito.
D

2018.

As imagens possuem registros históricos de quais sociedades do passa-


do?

De que maneira está sendo realizada a preservação histórica de cada


uma das sociedades da Antiguidade?

22
a Observe novamente as imagens dos patrimônios preservados das cida-
des do passado. O que esses patrimônios contam a respeito das socie-
dades que ali viviam?
b Faça uma pesquisa sobre quando ocorreu o período histórico
da Antiguidade. Em seguida, busque informações sobre al-
gumas das principais sociedades desse período.
c Reorganize corretamente as frases dos quadros abaixo. Em seguida,

O
reescreva o texto em seu caderno.
Assim, o modo Com o Toda essa Cada uma delas, com o passar

Ã
de viver de cada processo de herança do tempo, foi desenvolvendo
povo adquiriu sedentarização, cultural era seu modo de vida, artesanato,
organização formaram-se as transmitida organização social, valores,

Ç
social e cultura primeiras aldeias através das religião, língua e formas de
particular. e cidades. gerações. comunicação particulares.

O processo de crescimento que havia se iniciado nas primeiras vilas,


A
transformou também as cidades. Muitas, com o passar do tempo, tornaram-
-se grandes centros comerciais ou mesmo poderosos impérios que conquista-
G
ram outros povos. Contudo, à medida que cresciam, as sociedades também
se tornavam mais complexas.
A quantidade de alimentos necessária para alimentar a população deve-
L

ria ser maior, as atividades eram mais numerosas e os conflitos sociais tam-
bém, o que fazia com que novos cargos administrativos e trabalhos fossem
U

criados. Entre eles, estava o de chefe político de cada Estado, que na Antigui-
dade era exercido por reis.
Aos poucos, também foram aparecendo novos
IV

Ourivesaria: atividade
ofícios, como a ourivesaria, metalurgia (utilizando ini- que consiste em fabricar
cialmente o cobre, depois o bronze e posteriormen- joias e ornamentos de
metais preciosos.
te o ferro), cestaria e a produção de tecidos, já que a
produção de artesanatos, vestimentas, construções de
D

casas e prédios públicos foi também se desenvolvimento nas cidades e ga-


nhando cada vez mais importância no cotidiano dos indivíduos.

d Quais mudanças ocorreram nos primeiros povoados até se transforma-


rem em cidades?
e Cite exemplos de trabalhos desenvolvidos nas cidades e relacione-os
com sua atividade.

23
► Os mesopotâmicos
Localizada entre os rios

David Stanley / Flickr


Tigre e Eufrates (conforme já
mostrado no mapa da pági-
na 18), onde atualmente é o
Iraque, a civilização mesopo-

O
tâmica ficava em uma região
formada por vários Estados in-
dependentes, como Ur, Eridu,

Ã
Lagash. Cada um deles tinha
suas leis e seus governantes.
Zigurate em Ur, Iraque. 2015.
Muitos deles, inclusive, entra-

Ç
vam em conflitos entre si.
Diferente do Egito e Roma, por exemplo, essa civilização não formou
A
um Estado unificado, sob o comando de um governante. Apesar das parti-
cularidades das cidades, havia também traços em comum entre elas. O pri-
meiro é que desenvolveram técnicas e sistemas de irrigação para aproveitar
G
e controlar as cheias dos rios. Cada cidade tinha seu zigurate, que era o
templo onde os excedentes agrícolas eram guardados para que a população
L

não passasse fome em época de bai-

Roberto Zoelner
xa produtividade e para comercializar
com outros povos.
U

Ao lado do zigurate ficava o palá-


cio do governo, chefe considerado re-
IV

presentante dos deuses para governar.


Na Mesopotâmia não havia mobi-
lidade social, ou seja, a sociedade era
estratificada, dividida por classes so-
D

ciais. O rei estava no topo da pirâmide


social, depois sacerdotes e logo abai-
xo vinham os funcionários públicos, os
comerciantes e os artesãos. Após esses
grupos estavam os camponeses e na base da pirâmide social, representando
o grupo menos favorecido, estavam os escravos, que eram, principalmente,
prisioneiros de guerra, mas também havia os condenados por dívidas.

24
f Elabore a pirâmide social da Mesopotâmia em seu caderno.
g Explique as características da sociedade mesopotâmica.
h O que eram os zigurates nas cidades mesopotâmicas?

GualdimG / ikimedia.commons
Uma importante contribuição dos mesopotâmicos foi
a elaboração do código de Hamurabi, primeiro código ju-

O
rídico que se tem notícia na história, escrito por volta de
1780 a.C. Ele foi talhado na pedra basalto e reunia vários
costumes e preceitos sumérios transformados em leis. Eram

Ã
cerca de 300 leis que ditavam normas quanto à herança,
divórcio, casamento e estabeleciam punições consideradas

Ç
bem severas.
Código de Hamurabi,
no Pergamonmuseum,
Berlim. 2017.

i A
Leia um trecho do Código de Hamurabi e em seguida responda às ques-
tões.
G
"Se um homem com-

Marcus Teshainer / Flickr


prou um escravo ou escrava
L

e (se) este não tiver cumpri-


do seu mês (de serviço) e (se)
U

uma moléstia (dos membros)


se apossou dele, ele retornará
IV

a seu vendedor e o comprador


tomará o dinheiro que des- Código de Hamurabi, no Pergamonmuseum,
prendeu. Berlim. 2017.

Se um homem comprou um escravo ou escrava e (se) surgir uma


D

reclamação, seu vendedor satisfará a reclamação.


Se um escravo diz a seu senhor: "Tu não é meu senhor", seu se-
nhor o convencerá de ser seu senhor e lhe convencerá de ser seu escra-
vo e lhe cortará a orelha.
PINSKY, Jaime. 100 textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 2018. p. 9-10.

25
a) O que era o Código de Hamurabi?
b) Para que o Código de Hamurabi servia e qual sua importância na
sociedade?
c) Segundo o Código de Hamurabi, qual era ao menos uma das manei-
ras de conseguir escravo na sociedade?
d) As leis sobre a venda de escravos favoreciam o escravizado? Explique.

O
► Os egípcios

Ã
Assim como a ci-

S.I / wikimedia.commons
Ç
vilização mesopotâmi-
ca, a egípcia também
foi formada ao lado
de um grande rio, o
Nilo. Dele, os egípcios
A
dependiam para irrigar
G
seus campos e garan-
tir a sobrevivência dos
L

humanos e animais, já
que as cheias do Nilo Tumba de Menna, escriba do rei. Na cena é apresentado um cortejo
fúnebre para Abidos, um barco funerário semelhante teria levado o
deixavam as terras co- corpo de Menna e sua esposa para Abidos, local consagrado ao deus
U

bertas de húmus que Osíris, por volta de 1422-1411 a.C.


as tornavam extremamente férteis e ideais para o cultivo, favorável para a
IV

produção agrícola que, com o sistema de irrigação, proporcionou o desen-


volvimento da agricultura e do comércio, por conta dos excedentes produ-
zidos. A região, ainda, era privilegiada por outra característica geográfica: o
deserto do Saara, que era ao sul, era uma barreira natural contra ataques e
D

invasões de estrangeiros.
Os primeiros povoados, os nomos, formaram-se há cerca de 7 mil anos.
Eram vilarejos independentes que há cerca de 5 mil anos foram unificados
e passaram a estar sob governo de um único faraó. A centralização política
contribuiu para o fortalecimento e crescimento econômico de muitas cidades.
O governante era o faraó, considerado um deus vivo, dono de todas as
terras e riquezas do Egito. Ele estava no topo da sociedade, com sua família.

26
Abaixo dele estavam os nobres e sacer-

Roland Unger / wikimedia.commons


dotes, em seguida vinham os escribas,
altos funcionários e soldados. Depois,
os comerciantes e mercadores, que por
sua vez eram seguidos pelos artesãos.
Assim como na Mesopotâmia, na base
da sociedade estavam os camponeses e

O
abaixo deles, os escravos.
Os grupos que representavam a
base da pirâmide tinham os trabalhos

Ã
físicos mais pesados e menos direitos.
Os camponeses, que eram obrigados a

Ç
pagar tributos e a trabalhar nas terras
do Faraó; e os escravos, que eram ge-
ralmente prisioneiros de guerra e que, A máscara de Tutankhamon, c. 1327
A a.C. Composta por ouro, vidro e pedras
apesar de não serem um número ex- semipreciosas. Museu Egípcio, Cairo, Egito.
pressivo de pessoas, estavam expostos
G
a trabalhos pesados nas pedreiras e minas do Egito.

j Elabore a pirâmide social do Egito em seu caderno.


L

k Explique quais eram as principais características da sociedade egípcia.

l Leia as alternativas a seguir analisando cada uma. Em seguida, copie-as


U

em seu caderno e indique V para as alternativas verdadeiras e F para as


falsas.
IV

a) Os rios tinham grande importância para o Egito e a Mesopotâmia.


Por conta disso, essas sociedades se preocuparam em desenvolver
técnicas de irrigação e cultivo.
b) Por conta das chuvas, os rios não eram necessários para a agricultura.
D

Assim, não foi necessário sistemas de irrigação e de atenção às cheias


nas sociedades egípcia e mesopotâmica para o cultivo agrícola.
c) No Egito, todos os grupos sociais tinham os mesmos direitos.
d) Mesmo com a produção de excedentes e artesanatos, não houve
trocas comerciais, que ainda demorou milênios para se iniciar.

27
O escravo era considerado propriedade de outra pessoa, que as-
sim como uma casa ou um móvel, podia ser vendido a qualquer mo-
mento, bastava que seu dono tivesse a intenção de vendê-lo. E como

O
uma propriedade, ele não tinha direitos políticos ou mesmo sobre si.
Contudo, a escravidão teve características próprias em cada contexto
histórico: os grupos escravizados; como se tornavam escravos; quais

Ã
seus direitos enquanto humanos (casar-se, por exemplo) todos esses
fatores se alteraram em cada sociedade.

Ç
É importante frisarmos que atualmente a escravidão é uma prá-
tica inaceitável e que há séculos vem sendo combatida e debatida.
Muitos países, como o Brasil, possuem leis que garantem liberdade a
A
todos os cidadãos. Essa também é uma prática condenada pelos Di-
rietos Humanos.
G
► Os olmecas
L

Os olmecas foram a primeira civilização das Américas. Eles se localiza-


vam na região litorânea Mesoamérica, onde hoje fica o atual território do
U

golfo do México.

Elizabeth Gislaine Rathunde Lopes


IV
D

Fonte: KINDER, Hermann; HILGEMANN, Werner; HERGT, Manfred. Atlas histórico mundial:
de los orígenes a nuestros dias. 22. ed. Madri: Akal, 2007. p. 234.

28
Eles se fixaram na região em 1500 a.C. Naquele momento, a maior par-
te da população vivia próximo as zonas agrícolas e as elites, formadas pelos
chefes olmecas e sacerdotes, próximas aos centros cerimoniais, onde mora-
vam também os artesões e os comerciantes.
Os sacerdotes tinham grande poder na sociedade Olmeca. Possuíam
conhecimentos privilegiados, como o de astronomia e da escrita, além de
elaborarem o calendário.

O
Esses povos desenvolveram técnicas agrícolas e o comércio, fatores que
deram a eles a possibilidade de agregar diversas populações e formar centros
urbanos. Entre eles, o principal era San Lorenzo, que assim como as demais

Ã
cidades da Antiguidade, possuía construções em pedra. Esta era uma cidade
de grande esplendor, mas aos poucos foi perdendo espaço e, entre os anos
de 950 a 900 a.C., La Venta se tornou a maior cidade dos olmecas.

Ç
As pesquisas e escavações ar-

Glysiak / wikimedia.commons
queológicas têm descoberto muitos
artefatos e indícios dessa sociedade
que teve mais de 300 mil habitantes
e influenciou as sociedades ameri-
A
G
canas. Contudo, cerca de 400 a.C.
ela entrou em declínio. Os cientistas
não sabem ao certo o que provocou
L

o desaparecimento de sua cultura,


mas uma das hipóteses é a ambien-
U

tal, secas teriam causado baixa na


produção e, assim, falta de alimen-
tos, o que teria esvaziado as cida-
IV

Uma das quatro cabeças colossais encontradas


des olmecas. em La Venta, com altura aproximada de 3 metros,
Museu Villahermosa.

m Quem foram os olmecas? Qual foi a característica desse povo?


n
D

O que era La Venta para os olmecas? Qual sua importância para aquele
povo?
o As cidades olmecas ainda são habitadas? Como elas foram descobertas?
p Em grupo, façam uma pesquisa para descobrirem
mais informações a respeito dos olmecas: as cida-
des formadas, o que já descobriram com as esca-
vações, quais são suas tradições culturais e os artefatos encontrados.

29
As religiões na Antiguidade

omar_chatriwala / wikimedia.commons

Photo Dharma / wikimedia.commons


O
Ã
Ç
Crucifixo. Igreja de Nossa Senhora do Rosário,
Doha, Qatar.
A
ariely / wikimedia.commons

Estátua de Buda. Templo Kelaniya Raja Maha


Vihara, em Kelaniya, Sri Lanka.
G

Vamshireddy / wikimedia.commons
L
U
IV
D

Réplica da Menorá do Templo Instituto Estátua de Shiva, em Murdeshwara, Karnataka, Índia.


do Templo, Bairro Judeu, Jerusalém.

Quais religiões estão representadas nas imagens?

Em sua cidade existem templos ou você conhece pessoas que professem


alguma dessas religiões? Explique.

Quais outras religiões você conhece?

30
a Em sua cidade essas religiões são representadas? De que forma?
b Você considera importante o respeito às religiões para que as
pessoas vivam bem? Explique.

Ao longo da história, a religiosidade foi um aspecto muito presente no


cotidiano dos seres humanos. Contudo, embora possamos encontrar mani-
festações religiosas nas diferentes sociedades, há particularidades nas formas

O
que cada uma delas entendeu o que é Deus e como elaborou seus ritos reli-
giosos.

Ã
A maioria dos povos da Antiguidade eram politeístas, ou seja, acredita-
vam em vários deuses, que eram considerados seres superiores e poderosos,
responsáveis pela criação do mundo, por dar e tirar a vida e pelos fenômenos

Ç
da natureza.
Por se preocuparem com a agricultura e por uma colheita bem-suce-
A
dida, acreditavam que dos seus cultos dependia a boa oferta dos recursos
naturais, como a terra e água. Dessa forma, passaram a realizar cerimônias e
rituais para atrair ou afastar determinados elementos. De acordo com as pes-
G
quisas arqueológicas, os grupos humanos sedentários possuíam muitas vezes
imagens femininas relacionadas à fertilidade. Os gregos, por exemplo, cul-
tuavam a deusa Deméter, deusa da colheita, da agricultura e da fertilidade.
L

A religião teve grande importância para os povos da Antiguidade e os


sacerdotes, de maneira geral, ocupavam uma importante posição nessas so-
U

ciedades. Não é por acaso que os zigurates ficavam no centro das cidades
mesopotâmicas e eram construções imponentes, que se destacavam entre as
IV

demais. Os grandes templos representavam as moradias dos deuses na Terra,


por conta disso, eram espaços de muito respeito.

c Como eram as religiões na Antiguidade?


D

d No que as religiões da Antiguidade se diferem das que você conhece?


Explique.
e O que é uma religião politeísta?

31
► Os deuses egípcios

Imagens: Perhelion / wikimedia.commons


Os egípcios acreditavam na vida após a morte e, por
conta disso, os rituais funerários eram bem elaborados e
tinham como objetivo que o indivíduo chegasse de ma-
neira adequada ao outro plano. Assim, o corpo era prepa-
rado através das técnicas de mumificação e os pertences

O
separados.
Os egípcios também tinham muitos
deuses e todos eles eram antropozoo-

Ã
mórficos, ou seja, uma mistura de huma-
nos com animais. Anúbis, por exemplo, era

Ç
representado por um homem com cabeça
de chacal. Considerado o deus da mumifi- Deus egípcio Rá.
cação, após a morte do indivíduo, era ele
que auxiliaria o encontro com Osíris. Ele seria o responsável
por pesar o coração de cada um após seu falecimento. E, caso
A
o órgão fosse mais leve que uma pena, a pessoa certamente
G
Deus egípcio
Anúbis. era repleta de bondade. Dessa forma, seria admitida no além
e conduzida à Osíris. Alguns dos principais deuses egípcios:
L
U
IV
Gunawan Kartapranata / wikimedia.commons
Jeff Dahl / wikimedia.commons

Jeff Dahl / wikimedia.commons


D

Amon: deus da cidade de Baset: a filha do Sol. Hórus: protetor da realeza


Tebas. Representado por um Representada por uma egípcia. Representado
homem usando uma coroa com gata ou por uma mulher por um falcão ou por um
duas grandes plumas ao topo. com cabeça de gata. homem com cabeça de
falcão.

32
Imagens: Perhelion / wikimedia.commons
O
Ã
Ísis: esposa de Osíris, protetora Osíris: deus dos mortos, Toth: representado com as
dos vivos e mortos. Representada representado por um homem formas da ave íbis ou de um

Ç
por uma mulher com um trono na mumificado com pele verde, babuíno, era relacionado
cabeça. a cor da esperança, com uma pelos antigos egípcios à
coroa com duas plumas na escrita e à sabedoria.
cabeça, um cajado e um açoite
A
nas mãos.
G
f Observe a imagem abaixo e depois responda às questões.

S.I / Acervo Museu Britânico


L
U
IV
D

Papiro de Hunefer. Julgamento de Hunefer no Tribunal de Osíris. O peso do coração contra a pena
da verdade de Maat, detalhe do Livro dos mortos. Papiro produzido por volta de 1275 a.C. por
Hunefer, escriba que viveu durante o reinado de Ramsés II. Museu Britânico, Londres.

a) Quais deuses estão sendo representados na imagem?


b) Qual cena está sendo representada?

33
Os rituais de mumificação
O ritual de mumificação era uma cerimônia muito importante no Egito
Antigo. As etapas de sua realização nos ensinam como as múmias chegaram

O
preservadas até os nossos dias e demonstram a importância religiosa que
envolvia a cerimônia.

Ã
Ilustrações: Roberto Zoelner
Ç
A
1. A primeira coisa a ser feita era a limpeza 2. Após essa limpeza, todos os órgãos eram
G
geral do corpo do morto. A limpeza removidos, ficando apenas o coração.
também era importante para que o dono do Os egípcios acreditavam que o coração era
corpo o recebesse em bom estado na vida responsável pela inteligência e a força dos
após a morte. homens, por isso era mumificado junto ao
L

corpo.
U
IV
D

3. O corpo estava agora praticamente vazio, 4. A última etapa era a de enfaixar o corpo
momento da cerimônia em que passava pela com tiras de linho. Usando a máscara de
desidratação, que evitava o apodrecimento Anúbis, deus dos mortos, o sacerdote que
da múmia depois que ela fosse enterrada. O comandava o ritual enrolava o linho pelo
corpo era preenchido com natrão, um tipo de corpo, começando pela cabeça, mãos e pés,
sal, e permanecia desidratando por 40 dias completando toda a mumificação com até
antes da próxima etapa da mumificação. 20 camadas de faixas.

34
► Mitologia grega
Os gregos também eram politeístas. Eles acreditavam que suas divin-
dades habitavam o monte Olimpo e de lá controlavam tudo que acontecia
na Terra. Os fenômenos da natureza e terrestres, e as demais criações, eram
explicadas através da mitologia grega, que era exercida mediante os rituais
cotidianos.

O
Os deuses eram figuras humanas, mais fortes e belas, porém, com com-
portamentos semelhantes aos humanos, com muitos de seus defeitos e sen-
timentos, como a inveja, a ira, a vaidade e a paixão. Por conta disso, além

Ã
de muitas vezes envolverem-se em conflitos humanos, também se envolviam
em conflitos entre si. Alguns dos principais deuses gregos:

Ç
Ilustrações: Roberto Zoelner
A
G
L

Afrodite: deusa do amor Apolo: filho de Zeus, deus da luz Hermes: mensageiro dos
e da beleza. Brotou da e das artes. Protegia os músicos, deuses e deus do comércio.
U

espuma do mar. os médicos e os profetas. Também protegia os


Em geral, é acompanhado viajantes e os escritores.
pelo canto das nove musas,
protetoras das artes.
IV
D

Zeus: senhor de todos os deuses.


Posseidon: deus dos mares, Quando ocorria uma tempestade, os
irmão de Zeus. Foi ele que gregos acreditavam que os raios e
deu os cavalos de presente à trovões eram lançados por Zeus em
humanidade. estado de fúria.

35
g O que era o Olimpo?
h Como eram os deuses gregos?
i Em grupo, façam uma pesquisa sobre o que eram
as Olimpíadas para os gregos e qual sua relação
com a religião na Antiguidade. Para isso, sigam alguns passos:
• usem fonte de pesquisa confiáveis.

O
• anotem as referências bibliográficas utilizadas.
• utilizem imagens que considerarem pertinentes para compor a
pesquisa.

Ã
• compartilhem com os colegas e professor suas descobertas.
j Em dupla, façam uma pesquisa sobre um deus da mitologia

Ç
grega. Busquem um mito e informações sobre as característi-
cas do deus escolhido. Ao finalizar a pesquisa, compartilhem com a turma
A
o mito e depois elaborem um cartaz com as informações encontradas.

► Judaísmo
G

HOWI / wikimedia.commons
Diferente das religiões politeístas que cul-
L

tuavam vários deuses, as monoteístas acredi-


tam em um Deus, a quem entendem ser o úni-
U

co criador do universo.
Na Antiguidade, nasceram na região do
Oriente Médio duas importantes religiões, o
IV

judaísmo e o cristianismo.
A religião monoteísta mais antiga é o ju-
daísmo, que surgiu aproximadamente no sé-
culo VIII a.C., na região do Oriente Médio, quando Abraão teria recebido de
D

Jeová (também chamado de Javé), a missão de levar a seu povo, os hebreus,


da região da Mesopotâmia para Canaã (região que atualmente é o territó-
rio da Palestina). Para os Judeus, Jeová é um Deus onisciente, onipotente e
onipresente, que criou e determina a ordem de todo
Onisciente: que sabe tudo.
o universo e que se relaciona de forma especial com Onipotente: que pode tudo.
seu povo. O livro sagrado dos judeus é a Torá e seu Onipresente: que está
templo é a sinagoga, onde realizam seus cultos. presente em todos os lugares.

36
► Cristianismo
Os cristãos acre-

jcomp / Freepik
ditam que Jesus Cris-
to, um carpinteiro
judeu que viveu no
século I, na provín-

O
cia da Judeia, seria
o Messias, o filho de
Deus. A partir de seus

Ã
ensinamentos relata-
dos pelos apóstolos,
tendo como base a

Ç
doutrina judaica, a
população do Impé-
A
rio Romano se converteu, espalhando o cristianismo por toda a Europa, Nor-
te da África e Oriente próximo. Após a Idade Média, tornou-se a religião
mais praticada no mundo, com a evangelização dos nativos americanos e
G
populações asiáticas. Contudo, atualmente, existem dezenas de igrejas que
professam o cristianismo, que são diferentes entre sim, pois divergem em
suas doutrinas.
L

k Elabore uma definição para politeísmo e outra para monoteísmo.


U

l Sobre o surgimento das religiões monoteístas na Antiguidade, responda:


a) Como surgiu o judaísmo?
IV

b) Como surgiu o cristianismo?


c) Há semelhanças entre o judaísmo e o cristianismo? Quais?
• Você conhece essas religiões? Converse com seus colegas e
D

professor se há igrejas cristãs e judaicas em sua cidade e onde fica


cada uma delas.

m Em grupo, façam uma pesquisa sobre as demais


religiões que há na atualidade e destaquem algu-
mas características e locais de origens de cada uma. Depois, comparti-
lhem o que descobriram com os colegas e professor.

37
n Leia o texto e em seguida responda às questões.

Em Dia Internacional, ONU pede combate a atos de


violência por causa de religião
As Nações Unidas marcam neste 22 de agosto, o Dia Internacional
em Homenagem às Vítimas dos Atos de Violência Baseados em Religião

O
ou Crença. Segundo a ONU, o mundo continua vivenciando atos con-
tínuos de intolerância e violência a indivíduos incluindo integrantes de
comunidades e minorias religiosas.

Ã
No ano passado, o secretário-geral, António Guterres, lançou a Es-
tratégia e Plano de Ação das Nações Unidas contra Discurso de Ódio e

Ç
um Plano de Ação para salvaguardar locais religiosos. Para a ONU, o de-
bate aberto, construtivo e respeitoso pode desempenhar um papel positivo
no combate ao ódio religioso, incitamento e violência.
A
As liberdades de religião ou crença, de opinião e de expressão além
do direito à reunião pacífica e à liberdade de associação, são descritas, res-
pectivamente, nos artigos 18, 19 e 20 da Declaração Universal dos Direitos
G
Humanos.
Segundo a ONU, a defesa destes direitos tem um papel importante na
L

luta contra todas as formas de intolerância e discriminação. Para a organiza-


ção, o exercício do direito à liberdade de opinião e expressão é fundamental
para o fortalecimento da democracia e do combate à intolerância religiosa.
U

A data é celebrada pela segunda vez desde sua criação em 3 de junho


de 2019, quando a Assembleia Geral proclamou o Dia Internacional numa
IV

resolução. António Guterres lembrou que “todas as principais religiões do


mundo defendem a tolerância e a coexistência pacífica em um espírito de
humanidade compartilhada”.
Segundo ele, as pessoas devem “resistir e rejeitar aqueles que, de ma-
D

neira falsa e maliciosa, invocam a religião para construir equívocos, ali-


mentar a divisão e espalhar o medo e o ódio”. O secretário-geral afirmou
ainda que “há riqueza e força na diversidade” e que esta diferença “nunca
é uma ameaça”.
EM DIA Internacional, ONU pede combate a atos de violência por causa de religião. ONU
News, 22 ago. 2020. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2020/08/1724022. Acesso
em: 16 mar. 2021.

38
a) Qual veículo de imprensa publicou o texto e qual seu tema?
b) Qual a relação entre as religiões e a violência na sociedade, segundo
o texto?
c) O que é comemorado no dia 22 de agosto? Por que essa data come-
morativa foi criada?
d) Segundo o texto, por que a tolerância religiosa é importante?

O
e) Elabore um panfleto para uma campanha contra a intolerância reli-
giosa. Nele, insira informações sobre o que é a intolerância religiosa,

Ã
os principais males causados por ela e os benefícios para os cidadãos
que buscam a tolerância e o respeito as demais religiões além da sua.
Após a confecção, divulgue o material para sua comunidade.

Ç
o Você acredita que foi alcançada a tolerância religiosa ou
ainda encontra formas de intolerância em seu cotidiano?
Quais são elas? A
• Como podemos resolver as questões de intolerância religiosa em
G
nosso dia a dia?

DICAS
L

Divulgação / Editora Claro Enigma


Grécia Antiga passo a passo, de Eric Teyssler, Éric Dars,
U

Editora Claro Enigma.


Este livro faz um passeio pela cultura grega em suas
muitas facetas, desde as informações mais comuns até as
IV

descobertas científicas nos campos da física, da matemática


e da astrologia, e ainda traz diversas curiosidades culturais.

Egito Antigo passo a passo, de Aude Gross Beler, Editora


Divulgação / Editora Claro Enigma

Claro Enigma.
D

No vale fértil do Rio Nilo, alguns milênios atrás,


viviam os antigos egípcios. Se, por um lado, todos nós
conhecemos as pirâmides, os nomes de alguns deuses
e faraós e a escrita hieroglífica; por outro, sabemos
muito pouco sobre o dia a dia naquela época. Este livro,
escrito por uma egiptóloga, vai trazer muitos detalhes
surpreendentes sobre a vida dessa civilização, que deixou tantas heranças
no mundo em que vivemos hoje.

39
a Copie o quadro em seu caderno e preencha-o com as informações soli-
citadas em relação a algumas sociedades da Antiguidade.

Mesopotâmia Egito Olmecas

O
Localização
geográfica *********** *********** ***********
Atividades

Ã
econômicas *********** *********** ***********

b Qual a relação entre a natureza e a religiosidade na Antiguidade?

Ç
c Elabore uma representação visual para monoteísmo e politeísmo.

d A
Explique como era a religião no Egito e na Grécia na Antiguidade.

e Elabore representações visuais de dois deuses egípcios e dois gregos e


G
insira uma legenda informando a respeito de cada um deles.

f Qual a importância do respeito às diferenças e à liberdade religiosa para


L

os indivíduos e sociedades? Elabore uma tirinha que represente suas


ideias sobre essa questão.
U

g Utilize os termos a seguir e elabore frases.


a) politeísta – judaísmo – Egito – monoteísta.
b) Grécia – religião – cidades-estados.
IV

c) Zeus – Osíris.
h Leia as alternativas a seguir analisando cada uma. Depois, copie-as em
seu caderno e indique V para as alternativas verdadeiras e F para as fal-
D

sas. Em seguida, reescreva as frases incorretas corrigindo-as.


a) No Egito, o Faraó era considerado um deus vivo.
b) Os egípcios eram monoteístas, acreditavam em vários deuses.
c) Alguns deuses egípcios eram representados com a forma animal e
humana.
d) Os egípcios não acreditavam na vida após a morte.

40
i Observe as ilustrações abaixo e descreva qual as características de cada
um dos deuses gregos representados.

Ilustrações: Roberto Zoelner


O
Ã
Ç
A
Zeus Hera Artemis
G
L
U
IV
D

Afrodite Apolo Poseidon

41
2
UNIDADE
ESTADO E CIDADANIA

O
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

42
Roberto Zoelner
O
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

• Qual período histórico está representado em cada uma das


imagens?
• O que está acontecendo em cada uma das imagens?
• Qual a importância desses espaços para suas sociedades?
1
CAPÍTULO

A FORMAÇÃO DOS ESTADOS

O que é um Estado?

O
S.I / Pixabay

Moacir Ximenes / wikimedia.commons


Ã
Ç
Bandeira da França. Constiuição Brasileira.

WikiImages / Pixabay
S.I / wikimedia.commons

A
G
L

A Coroa de Santo Eduardo, o Orbe, os Soldados na Primeira Guerra


cetros e o anel do soberano. Mundial, 1917.
U
©Richard Hook

Acervo A Galeria de Leiden


IV
D

RUBENS, Peter Paul. Júlio César. 1625. Óleo no


Membros do exército de Esparta painel, 33,1 x 26,8 cm. Acervo The Leiden Gallery
no século 5 a.C. LLC, Nova Iorque, Estado Unidos.

O que está representada em cada uma das imagens?

O que todas estas imagens têm em comum?

44
a Converse com seus colegas e professor sobre a responsabilidade do gover-
no em relação a infraestrutura, a organização e a segurança da sociedade.
• Como é a infraestrutura, a organização e a segurança no seu município?
b Elabore uma frase com cada uma das palavras a seguir.

Estado governo território

O
Ao passo que a popula-

S.I / Pixabay
Ã
ção das cidades ia crescendo, a
quantidade de alimento preci-
sou ser ampliada, e a estrutu-

Ç
ra urbana, necessária para dar
conta do novo contingente po-
pulacional, teve que ser aperfei- A
çoada. Isso ocorreu em cidades
como a Grécia, que por conta
G
da vida pública muitas obras ti-
veram que ser construídas para Partenon, Grécia. 2017.
que os cidadãos tivessem onde
L

organizar e desfrutar da sua cidadania.


Outro exemplo é Roma, que foi

sosinda / Pixabay
U

fundada em 753 a.C., mas cerca de


700 anos depois era o império mais
poderoso do Ocidente. Devido ao seu
IV

crescimento por toda a Europa, norte


da África e Ásia, formando um Estado
forte, desenvolveu importantes obras
públicas. Entre essas obras estão as
D

estradas que ligavam as províncias do


Império – fundamentais para a co-
municação do poder central com os
governantes provinciais e o exército –
e os aquedutos que possibilitavam a Estrada romana, Roma, Itália. 2017.
travessia de água para pessoas e ani-
mais a longas distâncias.

45
Logo, nos Estados, conforme

Pamela McCreight / wikimedia.commons


apareciam novas necessidades, os
centros urbanos foram expandidos,
cargos administrativos criados e leis
foram elaboradas com o objetivo de
garantir a ordenação e a boa gestão
dos bens da sociedade. Entre as me-

O
didas colocadas em prática estavam:
• construção de obras públicas
visando o bem público (canais Aquaduto de Tarragona construído pelos romanos,

Ã
Espanha. 2015.
de irrigação, aquedutos, pré-
dios públicos, templos, entres

Ç
outros);
• cobrança de impostos;
• realização de Censos. A
Assim, foram se constituindo as práticas organizacionais e políticas que
formaram os Estados.
G
c Por que houve tantas modificações nas cidades ainda na Antiguidade?
Explique.
L

d Elabore um mapa mental com as transformações e necessidades que


levaram à formação do Estado na Antiguidade.
U

Mas afinal, o que é um Estado?


IV

Estado é a organização política que exerce poder sobre a população de


um determinado território ou região. Esse poder geralmente é exercido
por um imperador, rei, presidente, sobre um território, que pode ser um
império, reino, cidade-estado, país ou uma cidade.
D

Os Estados precisam de instituições para a administração, formulação e


fiscalização das leis e impostos, bem como de exércitos para cuidar de suas
fronteiras.

e No mapa mental produzido na questão anterior, insira o significado e as


características de Estado.

46
É importante ressaltar que muitas sociedades ao longo da história for-
maram Estados organizados, mesmo que tenham tido características e for-
mas de governo e adminis-

Alexandre Salomão / slideshare


tração muito diferentes.
No Egito, por exem-
plo, por volta do ano de
3500 a.C., os nomos, as al-

O
deias autônomas, se reuni-
ram em suas regiões e for-
maram o reino do Alto

Ã
A unificação do Egito foi representada em suas coroas. Na
Egito (regiões do norte) e imagem estão representadas as coroas das regiões do Baixo Egito
reino do Baixo Egito (re- (branca) e Alto Egito (vermelha) e a usada após a unificação
(vermelha e branca).

Ç
giões do sul). Então, 300
anos depois, os reinos do Alto Egito e do Baixo Egito também passaram pelo
processo de unificação. Menés, responsável por esse processo, se tornou o
primeiro faraó da história do Egito.
A
A partir de então, o Egito passou a ser governado Teocrático: tipo de
G
pela monarquia teocrática dos faraós, em que os fa- governo em que o
líder religioso também
raós eram considerados deuses vivos e tinham poderes é o chefe político.
sobre as questões terrenas e divinas.
L

f O que eram os nomos? Como se transformaram em cidades?


U

g Que tipo de governo era o dos faraós? Explique-o.


h Elabore perguntas para cada uma das afirmativas abaixo.
a) Foi o império mais importante da Antiguidade, se estendendo da
IV

Europa até a Ásia e tendo também territórios na África.


b) Os nomos uniram-se formando as aldeias do Alto e do Baixo Egito.
Até que 300 anos após essa formação, Menés iniciou o processo de
D

unificação, tornando o Egito um Estado unificado.


c) É uma organização política em que o poder do governante é exerci-
do sobre uma população, em um território delimitado.
d) Não há um modelo único de Estado. Podemos citar como exemplo as
cidades-estados, que eram unidades políticas autônomas e também
os Estados centralizados, em que um poder político centralizado era
exercido sobre várias regiões.

47
Outro modelo bastante comum neste período foi o já citado, cidade-es-
tado, comum na Mesopotâmia e também na Grécia.
A Grécia é considerada por muitos historiadores o berço da civilização oci-
dental, por ter deixado importantes legados para a sociedade contemporânea.
Ela fica na região da Península Balcânica e começou a ser colonizada a
partir de 2 000 a.C. por vários grupos, como os aqueus, jônios, dórios.

O Elizabeth Gislaine Rathunde Lopes


Ã
Ç
A
G
L
U

ALBUQUERQUE, Manuel M. de. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1988. p. 86. (Adaptado).

Após séculos de disputas territoriais, as aldeias, chamadas de genos, se


IV

uniram-se em cidades organizadas e governadas por um líder e possuíam


exército próprio.
As cidades-estados gregas eram chamadas de pólis e tinham autonomia
entre si. Cada uma organizava sua política e sociedade conforme suas leis e
D

regras particulares. Elas não eram ligadas por um governo central, o que as
uniam era a língua, a história e a cultura em comum.

i Explique como ocorreu a formação da Grécia.


j O que são as pólis? Quais suas características?
k Você acha que há semelhanças entre a história da Grécia, da Mesopotâ-
mia e do Egito? Explique.

48
A formação do Estado brasileiro

Acervo Museu Paulista


O
Ã
Ç
A
AMÉRICO, Pedro. O grito do Ipiranga. 1888. Óleo sobre tela, 415 cm × 760 cm. Museu Paulista da USP,
São Paulo.
G
M. Nogueira /
wikimedia.commons

Pedro Américo de Figueiredo nasceu em 1843 e


morreu em 1905. Foi um importante pintor e dese-
L

nhista brasileiro.
U

O que a obra de arte está representando?

Quem produziu a obra? Quando ela foi produzida?


IV

Pela data de produção da obra, você acha que o artista foi testemunha
do evento e em seguida pintou a tela? Explique.
D

a Antes de ser uma nação independente, o Brasil era vinculado a qual ou-
tro reino? Qual era a relação que mantinha com ele?
b O que significava, naquele momento, o Brasil se tornar independente?
c Você sabe qual é o regime político vigente no Brasil na atualidade? Ele
sempre imperou no nosso país? Converse com seus colegas e professor.

49
O Brasil nasceu enquanto um Estado autônomo quando se tornou inde-
pendente de Portugal, em 1822. Contudo, mesmo livre para criar suas leis, for-
mar sua economia e política, naquele momento, o governante continuou a ser
um português, o filho do rei de Portugal: Dom Pedro I foi o primeiro governante
do Brasil, como imperador.
Nesse período, o país era uma monarquia, que é uma forma de governo
em que o poder é exercido por um monarca e é transmitido de forma hereditá-
ria. Assim, após Dom Pedro I deixar o país, seu filho, Dom Pedro II, por direito

O
de nascença, assumiu o trono.

d Após se tornar independente, quais foram as características do Estado

Ã
brasileiro?
e Quais as rupturas e continuidades podem ser citadas ao analisarmos o

Ç
processo de independência do Brasil?

Foi em 1889 que o Estado brasileiro se tor-


A
nou uma república e que os brasileiros tiveram
a chance de começar a escolher seus governan-
República: forma de governo
em que o Estado se constitui
de modo a atender o
interesse geral dos cidadãos.
G
tes, que deveriam governar para o bem do Estado
brasileiro e de todos os seus cidadãos.
Mas, naquele momento, o país ainda não podia ser considerado uma de-
L

mocracia, pois grande parte da população estava excluída das eleições e não
tinha a oportunidade de exercer sua cidadania de forma plena. Mulheres, anal-
U

fabetos e jovens não podiam votar e, pelo voto ser aberto, muitos indivíduos
eram pressionados a escolherem candidatos selecionados pelos chefes políticos
das regiões. Não podendo, assim, escolher livremente em quem votar.
IV

f Leia um trecho da primeira Constituição da República de 1891 e em


seguida responda às questões.
Art. 70 - São eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem
D

na forma da lei.
§ 1º - Não podem alistar-se eleitores para as eleições federais ou para
as dos Estados:
1º) os mendigos;
2º) os analfabetos;
3º) as praças de pré, excetuados os alunos das escolas militares de
ensino superior;

50
4º) os religiosos de ordens monásticas, companhias, congregações ou co-
munidades de qualquer denominação, sujeitas a voto de obediência,
regra ou estatuto que importe a renúncia da liberdade Individual.
§ 2º - São inelegíveis os cidadãos não alistáveis.

a) Segundo a Constituição de 1891, quem podia votar?


b) Quais grupos não foram citados nessa Constituição?

O
• Por que você acha que esses grupos não foram citados?
• Quem você entende que são os cidadãos citados nesta Constituição

Ã
de 1891? Por quê?

Ç
Após muita luta da população pela

Evandro Teixeira/ Acervo IMS


ampliação dos seus direitos, embora te-
nha existido um período de ditatura, hoje
A
o Brasil é uma república democrática, as-
sim como muitos dos Estados ocidentais,
G
em que todos os cidadãos, incluindo mu-
lheres, analfabetos e jovens são eleitores.
Diferentes do passado, que estavam ex- Passeata dos 100 mil, em 1968, no Rio de
L

Janeiro, RJ.
cluídos do processo eleitoral.
Nessa forma de organização estatal, os governantes são presidentes
U

eleitos pela população para administrar o país. Entre suas obrigações estão
a de organizar a sociedade e garantir o bem-estar da população. Para isso
devem, entre outras coisas:
IV

• reconhecer os impostos federais e aplicar o valor recolhido em investimen-


tos para a população (na saúde, educação e infraestrutura, por exemplo);
• elaborar e executar leis para o bem comum;
D

• garantir a segurança interna e a inviolabilidade das fronteiras nacionais.

g Pesquise exemplos de países que ainda na atualidade são monarquias.


h Quais as diferenças entre a monarquia e a república?
i Em dupla, pesquisem o que é uma ditadura e em
que períodos ela foi instaurada no Brasil.
j Qual a diferença entre a ditadura e a democracia?

51
a Faça um texto explicando a formação dos Estados na Antiguidade.

b Quais eram as características das pólis gregas? Explique.

c Quando e como foi o processo de formação do Estado brasileiro?

O
d Copie a linha do tempo em seu caderno finalizando o preenchimento
com as informações que faltam.

Ã
1822 ******

Ç
************** Brasil Império ******************

*****************
*****************
A Proclamação da
República
G
e Leia as alternativas a seguir analisando cada uma. Em seguida, copie-as
em seu caderno e indique V para as alternativas verdadeiras e F para as
L

falsas.
a) A República foi o primeiro sistema político brasileiro e foi declarada
U

por Dom Pedro I, após a independência do Brasil.


b) O Brasil já passou por períodos em que vigorou monarquia, ditadura
IV

e democracia.
c) A República foi proclamada no ano de 1889 e a partir daquele mo-
mento o país deixava de ser governado por um monarca de forma he-
reditária, para ter um presidente da república como seu governante.
D

d) Assim como outros tipos de governo, a principal preocupação do


presidente deve ser manter-se no poder. O bem público e o bem-es-
tar da população são questões secundárias.
e) A Constituição de 1891 oferecia a todos os brasileiros direitos polí-
ticos iguais.

52
D f
IV
U
L
Acervo Arquivo Nacional

Presidência da República/Jusbrasil
G Kaoru/CPDoc

A
Elabore uma legenda para cada uma das imagens.

Ç
Ã
S.I / Pixabay
O

53
Acervo Museu de Arte do Rio S.I / Oimparcial
2
CAPÍTULO

CIDADANIA E
DIREITOS HUMANOS

A cidadania na Antiguidade

O Roberto Zoelner
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

O que está representado na imagem?

O que as pessoas estão fazendo neste espaço público?

Por que algumas pessoas estão num plano mais alto que as demais?
Explique.

O que você entende por cidadania?

54
a Como as decisões são tomadas em sua comunidade? Você ou sua famí-
lia contribuem para as escolhas? Converse com seus colegas e professor
e, em seguida, registre as conclusões da turma em seu caderno.
b Você considera importante que todos participem das decisões da socie-
dade? Por quê?
c Leia a tirinha do Armandinho a seguir e depois responda às questões em
seu caderno.

O
©Alexandre Beck
Ã
Ç
A
BECK, Alexandre. Disponível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/116050121519/tirinha-original.
Acesso em: 19 mai. 2021.

a) As aulas de Armandinho são semelhantes ou diferentes da sua? Explique.


G
b) Registre o que você sabe sobre respeito, política, ética e cidadania.
c) Por que Armandinho considera importante incluir no currículo esco-
L

lar aulas sobre respeito, política, ética e cidadania?


d) E você, concorda com Armandinho? Explique.
U

Atenas é uma cidade ao sul da Península Balcânica. Ela se desenvolveu


em volta da acrópole, espaço público onde aconteciam os debates públicos
IV

a respeito da política local. A pólis também se desenvolveu muito no campo


das artes, da cultura e da filosofia, deixando um legado para muitos conquis-
tadores, que perpetuaram seus conhecimentos e ideias.
D
Christophe Meneboeuf /
wikimedia.commons

Acrópole em Atenas, Grécia. 2015.

55
Como as demais cidades da Antiguidade, Atenas passou por muitas
transformações. Foram vários os regimes de governo vivenciados ao longo
de sua história.
O primeiro foi a monarquia, ou seja, o governo de um rei. O rei era o
maior proprietário de terras da região. Com o tempo, as terras foram distri-
buídas entre seus descendentes, bem como seu poder político.
As decisões tomadas por eles, no entanto, nem sempre beneficiavam a

O
população. Então, por volta do século VI a.C., os pequenos agricultores, ar-
tesãos, comerciantes e escravizados, que estavam excluídos da política, pas-

Ã
saram a exigir mudanças.
Assim, iniciou-se um processo que leva-

Acervo Câmara e Senado de Ohio/ wikimedia.commons


ria à criação de uma nova forma de governo:

Ç
a democracia. A partir das reformas feitas por
Clístenes, político da época, que se formou a
A
democracia ateniense. Agora, os cidadãos esta-
vam divididos em grupos para votarem em seus
representantes.
G
Na democracia ateniense, todos os cida-
dãos tinham o direito de participar e votar sobre
os assuntos deliberados. Contudo, o conceito
L

de cidadão era muito diferente do atual. Só era Busto de Clístenes, considerado o


pai da democracia ateniense.
considerado cidadão os homens adultos (com
U

mais de 18 anos), com pai e mãe atenienses. As pessoas com essas particu-
laridades tinham três direitos essenciais: liberdade individual, igualdade entre
os outros cidadãos e direito a falar nas assembleias.
IV

As leis aprovadas deveriam ser respeitadas por todos e, caso alguém se


negasse a cumpri-las, poderia ser ba-
Acervo Antigo Museu da Ágora em Atenas

nido da cidade. Ser cidadão era algo


muito importante e valorizado em
D

Atenas. Por esse motivo, havia uma


preocupação em formar cidadãos
preparados para participar da vida
pública. Os meninos começavam a
Esses ostrakas de 482 a.C. foram recuperados de
um poço próximo à Acrópole. São cerâmicas com ser orientados desde muito novos
nome das pessoas excluídas da cidade. Antigo para essa função com base em uma
Museu da Ágora, Atenas.
educação ampla.

56
d Leia o texto abaixo do historiador Pedro Paulo Funari sobre a democracia
ateniense. Depois, responda às questões a seguir.

A partir de 395 a.C., os cidadãos que participavam da assem-


bleia também passaram a ter direito a receber um pagamento por sua
presença. A ideia era que cidadãos de menos posses, que trabalhavam
para garantir seu sustento, pudessem assistir às reuniões e usufruir dos

O
direitos políticos do mesmo modo que os mais abastados – o que era,
sem dúvida, mais democrático. [...]

Ã
Na democracia ateniense [...] apenas tinham direitos integrais
os cidadãos. Calcula-se que, em 431 a.C., havia 310 mil habitantes
na Ática, região que compreendia tanto a parte urbana como rural da

Ç
cidade de Atenas, 172 mil cidadãos com suas famílias, 28.500 estran-
geiros com suas famílias e 110 mil escravos. Os escravos, os estrangei-
A
ros e mesmo as mulheres e crianças atenienses não tinham qualquer
direito político e para eles a democracia vigente não trazia qualquer
vantagem. [...]
G
FUNARI, Pedro P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2015. p. 38-39.
L

a) Por que os cidadãos que participavam da assembleia recebiam paga-


mento?
U

b) Todos os habitantes da cidade-estado de Atenas antiga eram cida-


dãos? Explique.
IV

c) Quais os grupos excluídos da cidadania?

A palavra cidadania refere-se aos direitos e deveres que determinado in-


divíduo possui em um Estado politicamente organizado. Ou seja, é através da
D

cidadania que as pessoas exercem seus direitos políticos e, devem, também,


cumprir seus deveres para com sua sociedade.
Assim como outros conceitos estudados na disciplina de História, cida-
dania é um termo que tem vários significados ao longo da história, e cada
sociedade elaborou suas próprias concepções do que acreditavam ser um
cidadão.

57
Ao olharmos para o passado, podemos perceber que, apesar de hoje
todos serem considerados cidadãos e iguais perante a lei, nem sempre foi
assim. Historicamente, em muitas sociedades ao longo da história, a vida
política foi restrita a uma pequena parcela da população.

e Sobre o conceito de cidadania, reescreva as frases corrigindo-as e justi-


ficando sua escolha em seu caderno.

O
a) A cidadania é um termo que existe desde a Antiguidade e que ainda
hoje tem o mesmo significado da Grécia Antiga.

Ã
b) Cidadania é um termo que se refere apenas aos deveres dos cida-
dãos, já que os diretos devem ser conquistados após os 18 anos.
c) Ser cidadão na história foi um termo amplamente utilizado para a

Ç
vasta parcela da população.

A
Como já citado, na democracia de Atenas, todos os cidadãos pode-
riam participar das decisões políticas. No entanto, a definição de cidadão era
muito restrita: apenas os homens nascidos em Atenas, maiores de 18 anos
G
e filhos de pai e mãe também atenienses eram considerados cidadãos. Os
escravos, os estrangeiros e mesmo as mulheres e crianças atenienses não
L

tinham qualquer direito político.


Houve vários momentos da história em que os indivíduos ficaram com os
U

diretos muito limitados, como é o caso dos servos no período feudal ou mesmo
dos cidadãos nos períodos das monarquias absolutistas, ditaduras e regimes
totalitários. Em outros momentos, houve diferenças entre os indivíduos peran-
IV

te o Estado e os diretos foram distribuídos de maneira desigual entre eles.


O fato é que a busca por direitos é historicamente uma luta da popula-
ção e perpassa por muitos períodos históricos.
D

f Utilize as palavras do quadro abaixo e faça um texto a respeito da de-


mocracia ateniense.
cidadão democracia direitos Atenas

g Por que a cidadania é uma luta histórica dos indivíduos? Explique.


h O conceito de cidadania em Atenas antiga difere do nosso na atualida-
de? Justifique.

58
A luta pela cidadania

Gibran Mendes / Fotospublicas

Brasil de Fato / Flickr


O
Servidores públicos das escolas do Paraná Greve dos servidores públicos municipais

Ã
em greve, 2019. em São Paulo, 2019.

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Fernando Frazão/Agência Brasil


Ç
A
G
1.ª Caminhada Nacional da Luta dos Mulheres fazem caminhada em solidariedade à
Direitos das Pessoas com Deficiência no série de manifestações feministas na América
Parque da Cidade, em Brasília, 2019. Latina, Rio de Janeiro, 2016.
L Marcelo Camargo/Agência Brasil

Tomaz Silva/Agência Brasil


U
IV

Lideranças dos povos Pataxó e Tupinambá Manifestantes na orla da praia de


do extremo sul da Bahia protestam por Copacabana em protesto a favor dos
D

demarcação de terras na Praça dos Três direitos da comunidade LGBT, 2014.


Poderes, Brasília, 2016.

Quais são os grupos sociais representados nas imagens?

O que os indivíduos dos grupos acima estão fazendo em cada uma das
imagens representadas?

Qual o objetivo desses grupos ao se organizarem nesses eventos?

59
a De que forma as pessoas podem lutar pela cidadania e por seus direitos?
b Que outros momentos históricos você lembra que as pessoas lutaram
por seus direitos?
c Registre as frases a seguir em seu caderno completando-as. Para isso,
escolha as palavras do quadro abaixo.

cidadania direitos democracia livre pensamento

O
luta histórica cidadão direitos do cidadão

a) Entre os ************* individuais dos cidadãos estão o de

Ã
************* e liberdade religiosa.
b) O conceito de ************* é mais amplo que o conceito de

Ç
*************. Pois, além de se referir ao voto, está também rela-
cionado aos *************.
A
c) Os direitos do ************* são resultados da *************
dos indivíduos.
G
É fundamental em sociedades de-

Acervo Museu da Revolução Francesa


mocráticas que as pessoas possam exer-
L

cer seus direitos e deveres, e isso pode se


dar de várias formas. Alguns desses di-
reitos são chamados direitos políticos.
U

Um exemplo de um direito político que


temos enquanto cidadãos é o direito ao
IV

voto: de escolher, por meio de eleições


diretas, os nossos representantes. Isso
parece muito natural, não é mesmo?
O direito de escolher, independente
D

de nosso gênero e classe social, aquele


ou aquela que irá nos representar, não
foi sempre assim. No passado, muitos
grupos e movimentos sociais precisaram
Gravura dos 17 artigos da Declaração dos
lutar bastante para que todas as pessoas Direitos do Homem e do Cidadão, votados na
pudessem um dia votar e serem votadas. íntegra pela Assembleia Constituinte em 26 de
agosto de 1789. Acervo Museu da Revolução
Francesa. Vizille, França.

60
No final do século XVIII, na França, a Revolução Francesa buscava aca-
bar com os privilégios de nascimento dos nobres e da família real. Homens e
mulheres revolucionários acreditavam que a França precisava ter uma consti-
tuição em que estivesse especificado quais eram os direitos e também dese-
javam poder influenciar nas questões políticas através do voto.
A Revolução Francesa declarou o fim da monarquia e foi implementada

O
a Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão (1789), documento que
serviria de base para muitos outros e para a elaboração do conceito de direi-
tos humanos que temos na atualidade. Leia um trecho do documento:

Ã
Os representantes do povo francês, reunidos em Assembleia Na-
cional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo

Ç
dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da
corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos
A
naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declara-
ção, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lem-
bre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos
G
do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer
momento comparados com a finalidade de toda a instituição política,
L

sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações dos


cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis,
U

se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.


Em razão disto, a Assembleia Nacional reconhece e declara, na
presença e sob a égide do Ser Supremo, os seguintes direitos do ho-
IV

mem e do cidadão:
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As
distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
D

Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação


dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são
a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
BIBLIOTECA Virtual de Direitos Humanos. Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão. Disponível em: https://tinyurl.com/declaracao-direitos-humanos.
Acesso em: 14 abr. 2021.

61
d Quais direitos dos homens são assegurados pela Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão?
e Segundo a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, qual a
finalidade das organizações políticas?

Como foi possível notar, essa declaração foi escrita para os homens.
Assim como na Grécia Antiga, as mulheres mais uma vez foram excluídas

O
da cidadania. É possível observar isso, pois, por exemplo, ainda que a Decla-
ração dos Direitos do homem e do Cidadão defendesse a “igualdade”, as

Ã
mulheres eram impedidas de concorrer a cargos políticos e até de votar. Ou
seja, naquele momento, elas não eram consideradas cidadãs.
Os revolucionários, por mais que desejassem reformar a sociedade, ti-

Ç
nham um projeto bem limitado de quais mudanças queriam. Porém, muitas
mulheres não estavam dispostas a aceitar essas imposições. Elas estavam lu-
tando ao lado dos homens na Revolução e desejavam ser consideradas iguais
A
em seus direitos e deveres.
G

Acervo Biblioteca Nacional da França


L
U
IV
D

As mulheres não estavam afastadas dos debates ou da luta revolucionária. Desde o início da Revolução
Francesa, muitas viam aquele como um momento importante para a história e desejavam contribuir e
participar ativamente dos eventos e debates que levariam às mudanças políticas e sociais. Esta imagem
representa a marcha das mulheres em 5 de outubro de 1789, quando um grupo de mulheres se dirigiram
ao Palácio de Versalhes para impor suas exigências ao rei e levá-lo coercitivamente a Paris.

Coercitivamente: forçado.

62
Coleção particular / wikimedia.commons
Então coube à Olympe de Gouges
elaborar o que ela denominou de Decla-
ração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, KUCHARSKY, Alexander.
Retrato de Olympes
documento que, em diálogo com o ante- de Gouges. Século XVIII.
Pastel médio sobre tela.
rior, inseria as mulheres no ideal de cida- Coleção particular.
dania francesa lhes conferindo direitos.
Leia um trecho do documento:

O
Ã
[…]
Mães, filhas, irmãs, mulheres representantes da nação reivindicam
constituir-se em uma assembleia nacional. Considerando que a igno-

Ç
rância, o menosprezo e a ofensa aos direitos da mulher são as únicas
causas das desgraças públicas e da corrupção no governo, resolvem expor
em uma declaração solene, os direitos naturais, inalienáveis e sagrados
A
da mulher. Assim, que esta declaração possa lembrar sempre, a todos os
membros do corpo social seus direitos e seus deveres; que, para gozar de
G
confiança, ao ser comparado com o fim de toda e qualquer instituição
política, os atos de poder de homens e de mulheres devem ser intei-
ramente respeitados; e, que, para serem fundamentadas, doravante, em
L

princípios simples e incontestáveis, as reivindicações das cidadãs devem


sempre respeitar a constituição, os bons costumes e o bem-estar geral.
U

Em consequência, o sexo que é superior em beleza, como em


coragem, em meio aos sofrimentos maternais, reconhece e declara, em
presença, e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos da
IV

mulher e da cidadã:
Artigo 1.º A mulher nasce livre e tem os mesmos direitos do
homem. As distinções sociais só podem ser baseadas no interesse
comum.
D

Artigo 2.º O objeto de toda associação política é a conservação


dos direitos imprescritíveis da mulher e do homem. Esses di-
reitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e, sobretudo, a
resistência à opressão.
[…]
GOUGES, Olympe. Declaração dos Direitos das Mulher e da Cidadã. Disponível em:
https://tinyurl.com/direitos-mulher-cidada. Acesso em: 14 abr. 2021.

63
f Quem foi Olympe de Gouges e por que ela escreveu a Declaração dos
Direitos da Mulher e da Cidadã?
g Segundo Gouges, quais são os resultados ao menosprezo e ofensas aos
direitos da mulher?
h Quais são os direitos da mulher e cidadã?

Olympe de Gouges apresentou o documento em reunião da Assembleia

O
da Revolução Francesa, contudo, o documento não foi aceito e ela acabou
sendo executada por ser considerada inimiga da Revolução. Assim, mesmo

Ã
que os homens tenham conseguido direitos à cidadania através de lutas des-
de o século XVIII, as mulheres ainda tiveram que lutar por mais de um século
para serem reconhecidas iguais e terem os mesmos direitos que os homens

Ç
no exercício da cidadania.
Sua luta foi motivo de muitas manifestações e movimentos pelo mundo
A
durante os séculos XIX e XX, que ficaram conhecidos como os Movimentos
Sufragistas.
A palavra sufrá-
G

The New York Times / wikimedia.commons


gio significa o direito
a escolha de alguém
L

em uma eleição. Hoje


em dia pode parecer
estranho, mas por
U

muito tempo apenas


os homens brancos e
IV

de posses (donos de
fábricas, médicos, ad-
vogados, por exem-
plo) puderam votar. O Sufragistas desfilam pela Quinta Avenida, Nova Iorque em 1917.
Os defensores marcharam em outubro de 1917, exibindo cartazes
sufrágio era, portan- contendo as assinaturas de mais de um milhão de mulheres de Nova
D

to, apenas masculino. Iorque exigindo o voto.


Mas, vamos pensar
juntos: se ser cidadão significa, dentre várias coisas, que somos todos iguais,
isso parece justo? Se as mulheres também trabalhavam e pagavam impostos,
por que elas não podiam igualmente exercer o direito político do voto?

64
A luta pelo direito de as mulheres votarem e

S.I / wikimedia.commons
escolherem seus representantes foi especialmente
árdua, envolvendo milhares de ativistas em muitos
países do mundo. Além disso, é importante pensar-
mos que os movimentos sufragistas e feministas do
século XIX e do início do século XX buscavam não
só o direito ao voto, mas a transformação da con-

O
dição das mulheres nas sociedades, exigindo que
fosse a elas concedido a igualdade política e civil,
tal qual tinham os homens.

Ã
O primeiro país a reconhecer o sufrágio femi-
nino foi a Nova Zelândia, em 1893, a partir de um
Annie Kenney e Christabel

Ç
movimento liderado pela ativista Kate Sheepard. Pankhurst em campanha pelo
sufrágio feminino, Inglaterra, cerca
Nos Estados Unidos, após muita luta, as mulheres de 1908.
alcançaram esse direito no ano de 1920.
A

Acervo Arquivo Nacional


G
L

Bertha Lutz e a campanha


pelo voto feminino, ao
U

lado do avião do qual se


lançaram panfletos de
propaganda pelo voto
feminino em 1927.
IV

Ao mesmo tempo em que tais ativismos aconteciam no exterior, as mu-


lheres brasileiras igualmente se uniam, não poupando esforços para deman-
D

dar igualdade e o sufrágio feminino. Vários grupos e manifestações existiram


pelo país nesta época, demandando direitos políticos e justiça social para as
mulheres, mas apenas em 1932 o voto feminino foi reconhecido no Brasil.

i O que significa a palavra sufrágio?


j O que foi o movimento sufragista? Quais eram suas lutas?

65
k Faça uma pesquisa sobre Bertha Lutz e sua participação no
movimento sufragista brasileiro.
• Utilize fontes de pesquisa confiáveis.
• Anote a bibliografia utilizada.
• Utilize as imagens que considerar pertinente.
• Compartilhe com os colegas e professor a pesquisa.

O
l Observe a imagem a seguir sobre o sufrágio feminino em diversos países
e depois responda às questões.

Ã
© Companhia das Letras
Ç
A
G
L
U
IV

BREEN, Marta; JORDAHL, Jenny. Ilustração do livro Mulheres na luta: 150 anos em busca de
liberdade, igualdade e sororidade. São Paulo: Seguinte, 2019.

a) O sufrágio feminino aconteceu ao mesmo tempo em todos os países?


b)
D

Qual foi o primeiro país a conceder o voto para as mulheres?


c) Em que data as mulheres puderam votar no Brasil?
d) Qual foi o último país onde as mulheres puderam votar? Em que ano
isso ocorreu?
e) Quanto tempo se passou do voto feminino entre o primeiro país e o
último, de acordo com a ilustração? O que é possível concluir com
isso?

66
m Observe as fontes históricas e em seguida responda às questões.

Imagens: Museu Nacional / Projeto Semear


O
Ã
Ç
Título eleitoral de Bertha Lutz.
A
G
a) Que documentos são estes? A quem pertenciam?
b) Qual a data da inscrição do primeiro título de eleitor de Bertha Lutz?
L

c) Segundo estes documentos, em quais eleições Berta Lutz votou?


U

n Você considera que para Bertha Lutz exercer a cidadania era importan-
te? Explique.
o Atualmente, as mulheres têm os mesmos direitos que os homens? Con-
IV

verse com seus colegas e professor.

DICAS
D

Divulgação / Editora Ciranda Cultural

Mulheres Incríveis, de Marta Breen e Jenny Jordahl,


Editora Ciranda Cultural.
Em uma coleção de histórias que começa em 430 a.C.
e alcança os dias de hoje, este livro conta a história de
vida de jovens e adultas transgressoras, que subverteram
leis, lutaram por menos desigualdade entre gêneros e
ajudaram a construir um futuro melhor para todos nós.

67
A cidadania no Brasil na atualidade

Rovena Rosa/Agência Brasil

Antonio Cruz / Agência Brasil


O
Ã
Ciclovia na Avenida Brigadeiro Faria Lima, região Paralisação dos professores no Distrito Federal.
oeste de São Paulo. 2018. 2015.

Ç
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Rovena Rosa/Agência Brasil


A
G
L

Vacinação na aldeia indígena Umariaçu, próximo 250.ª Zona Eleitoral da Lapa, localizada na Escola
a Tabatinga, Amazonas. 2021. Heitor Garcia, durante as eleições municipais em
São Paulo. 2020.
U
IV

Quais são os direitos e deveres dos cidadãos que estão representados


nas imagens?
D

Você também exerce ou já exerceu algum desses direitos e deveres em


seu cotidiano? Explique.

a Explique como, através do exercício da cidadania, ao realizar cada uma


das atividades representadas, os cidadãos podem contribuir para o
Estado brasileiro.

68
b Em dupla, copie o quadro a seguir no caderno e preencham-
-no com alguns dos direitos e deveres que os cidadãos têm
na sociedade brasileira.

Deveres Direitos

*************************** ****************************

O
• Agora que vocês preencheram o quadro, converse com os demais
colegas e professor sobre as respostas deles e, juntos, reflitam sobre
os direitos e deveres dos cidadãos.

Ã
No Brasil, os direitos dos indivíduos podem ser divididos em políticos, ci-

Ç
vis e sociais e são garantidos a todos os cidadãos pela Constituição Brasileira
de 1988. Ela garante que os direitos das pessoas sejam assegurados e que
não haja desigualdade na aplicação da lei. É a Constituição, por exemplo,
A
que garante a liberdade de expressão, de defesa e de igualdade perante a lei.

c Leia um trecho da Constituição Brasileira de 1988 e depois responda às


G
questões.
L

[…]
TÍTULO II
U

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
IV

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade […].
D

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o


trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desam-
parados, na forma desta Constituição. […]
BRASIL. Constituição Brasileira de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 17 mar. 2021.

69
a) A Constituição é baseada na distinção ou na igualdade entre os in-
divíduos? Explique.
b) Quais são os direitos assegurados aos brasileiros pela Constituição
Brasileira?
d Você considera que todos os direitos citados no trecho da Constituição
são cumpridos amplamente? Converse com seus colegas e professor

O
sobre e registre suas reflexões no caderno.
e Faça um cartaz com recortes ou impressão de imagens que representem
situações em que está ocorrendo a cidadania.

Ã
f Você acha que as pessoas sempre tiveram os mesmos direitos
e foram consideradas iguais pelas leis ao longo da história?

Ç
Escolha uma desigualdade de direitos que tenha tido uma luta histórica
de um grupo por direitos iguais e faça uma pesquisa.
• Utilize fontes de pesquisa confiáveis.
A
• Anote a bibliografia utilizada.
• Utilize as imagens que considerar pertinente.
G
• Compartilhe com os colegas e professor a sua pesquisa.
L

É importante lembrarmos que ser cidadão não é apenas uma definição


teórica, deve ser também uma prática cotidiana. A cidadania é também um
U

conjunto de ações e considerações com os demais. Exercê-la é cuidar da co-


munidade e do meio ambiente, zelar pela manutenção dos espaços públicos
e pela preservação dos recursos naturais. É também estar atento às necessi-
IV

dades do outro, preocupar-se como suas ações podem afetar os demais, bem
como refletir de que maneiras podemos colaborar para o bem-estar social.

g Assim como na sua comunidade e no Estado brasileiro, na sua família


D

você tem deveres. Que deveres você tem em sua família?


h Você considera que assim como nas sociedades, na família é importante
cumprir os deveres e ter direitos? Por quê?
i Agora que você já estudou sobre as concepções de cidadania ao longo
dos séculos, quais as diferenças da cidadania na Grécia Antiga e no Bra-
sil na atualidade?

70
j Leia o texto a seguir junto com um familiar e depois respon-
da às questões em seu caderno.

©Dentro da História
O
Ã
Use máscara se estiver Não toque nos olhos,
tossindo e evite colocar nariz e boca sem antes
a mão (na máscara). lavar muito bem as mãos.

Ç
A
G
Não faça visitas aos Lave as mãos com água
idosos e portadores de e sabão, ou higienize
L

doenças crônicas! Ligue com álcool em gel,


diariamente para eles! especificamente após tossir,
espirrar ou chegar de lugares
públicos e antes de ingerir
U

qualquer elemento.

Disponível em: https://s3.amazonaws.com/blog.dentrodahistoria.com.br/wp-content/uploads/2020/04/14151632/


Cartilha-Coronavirus-Dentro-da-Historia.pdf. Acesso em: 14 jun. 2021. (Adaptado).
IV

a) Você lembra quando e como foi o início da pandemia com o corona-


vírus? Faça uma pesquisa para descobrir mais informações.
b) Quais são as formas de se proteger contra o coronavírus de acordo
D

com o cartaz?
c) Existem outras formas além dessas? Elabore um desenho que repre-
sente outras formas de cuidado e faça um texto explicando-a.
d) Qual a importância do cuidado individual contra o coronavírus?
e) Por que a informação é o melhor remédio contra o coronavírus? Ex-
plique.

71
a Como e onde nasceu a democracia? Ela era igual a democracia atual?
Explique.
b Você se considera um cidadão brasileiro? Explique.

O
c Leia as alternativas a seguir analisando cada uma. Depois, copie-as em
seu caderno e indique V para as alternativas verdadeiras e F para as fal-
sas. Em seguida, reescreva as frases incorretas corrigindo-as.

Ã
a) Os direitos e os deveres dos cidadãos não foram dados pelos nossos an-
tepassados, foram resultados das lutas históricas de homens e mulheres.

Ç
b) Entre os direitos individuais dos cidadãos está o de livre pensamento
e liberdade religiosa.
A
c) O conceito de cidadania nasceu na Grécia Antiga e nunca mudou.
d) A Constituição Brasileira de 1988, chamada de Constituição Cidadã,
G
define quais são os direitos e deveres dos cidadãos.
e) Apesar de todos serem iguais perante a lei, é importante termos em
mente que sempre alguns vão ter mais direitos que os outros.
L

f) Liberdade de pensamento não significa poder discriminar e cometer


injúria, por exemplo, isso é crime.
U

d Observe a imagem abaixo e em seguida responda às questões.


IV

Roberto Zoelner
D

72
a) O que a ilustração está representando?
b) Que grupos sociais estão representados na ilustração?
c) Qual mensagem a ilustração transmite sobre a política no nosso país?
e Produza uma representação sobre a democracia brasileira em que es-
tejam inseridos grupos que não estão contemplados na ilustração da
questão anterior.

O
f Pesquise em livros, revistas ou na internet imagens de luta
por direitos da população. Em seguida, cole as imagens em

Ã
uma cartolina, descrevendo cada uma delas. Depois, compartilhe com
os colegas e o professor por que você escolheu essas imagens.
g Observe as imagens a seguir e descreva cada uma em seu caderno. De-

Ç
pois, relacione-as ao direito que está sendo violado.

Direito ao lazer
A
Direito à moradia Direito ao estudo
Direito à alimentação.
G Rovena Rosa/Agência Brasil

Valter Campanato / Agência Brasil


1 2
L
U

Pessoas em situação de rua. Criança trabalhando como carregador em feira.


IV

©Roland Moskins

3
D

Pessoa buscando comida no lixo.

• O que é possível para fazer cumprir o direito dessas pessoas? Converse


com seus colegas e professor.

73
CULTURA, COTIDIANO

3
UNIDADE
E AS FORMAS DE
COMUNICAÇÃO

O
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

74
Roberto Zoelner
O
Ã
Ç
A
G
L
U
IV

• Qual o tipo de atividade a imagem está representando?


D

• Quais foram os objetos encontrados?


• Qual a importância dessa atividade e de suas descobertas para a
história?

• Você conhece ou já visitou algum sítio arqueológico? Conte para a


turma sua experiência.
1
CAPÍTULO

CULTURAS E MODOS DE VIDA


NA ANTIGUIDADE

Arte

O
Acervo Museu do Louvre

Alaa Al-Marjani/Reuters
1 2

Ã
Ç
A
G

©The Trustees of the British Museum


3
L
U
IV
D

Quais expressões artísticas estão representadas?

De que material é feito cada uma dessas expressões artísticas?

Você conhece alguma produção artística da nossa sociedade? Qual?

76
a Relacione cada uma das imagens da página anterior às legendas abaixo.
Após isso, anote as respostas em seu caderno.
a) Zigurate, monumento característico dos templos religiosos das cida-
des da região da Mesopotâmia.
b) Anel de ouro maciço, cerca de 575 a.C. Encontrado em Tebas, Egito.
c) Vênus de Milo. Estátua Grega atribuída à Alexandre de Antiloquia.

O
Produzida possivelmente no ano 130 a.C. Hoje, a estátua pertence
ao acervo do Museu do Louvre, em Paris, França.
b Converse com seus colegas e professor sobre quais as expressões ar-

Ã
tísticas que são produzidas em sua cidade. Juntos, façam uma lista e
anote-a em seu caderno.

Ç
c Em dupla, escolham uma das expressões artísticas inseridas na lista do
exercício anterior e façam uma pesquisa sobre ela. Atentem
para suas particularidades, características e mudanças ao lon-
go dos anos. Em suas pesquisas:
A
• utilizem fontes confiáveis de pesquisa;
G
• anotem a bibliografia utilizada;
• utilizem imagens que considerar pertinentes.
L

Uma maneira interessante de conhecer

Swen Pförtner/Getty Images


uma sociedade é através de sua cultura, já
U

que ela é a expressão de um povo, que une


os membros de um Estado em torno de uma
IV

mesma identidade. Assim, ao estudarmos as


artes, as literaturas, as tradições, a arquitetu-
ra e o modo de organizar o cotidiano, temos Os jogos olímpicos são uma tradição
a oportunidade de compreender um pouco da Grécia Antiga. A pira olímpica
acesa, simbolizando o início dos Jogos
D

mais das sociedades. Olímpicos. Tóquio, Japão. 2021.


Dessa forma, a História tem o papel de atentar para os elementos que
foram herdados dos antepassados que viveram há milhares de anos e que
deixaram vestígios materiais e imateriais de seu modo de vida e sua história.

d Através do estudo da cultura podemos conhecer uma sociedade do pas-


sado? Explique.

77
► Mesopotâmia
Comparadas com outras civilizações como a

©The Metropolitan Museum of Art


egípcia e a grega, temos menos conhecimento sobre
a arte desenvolvida pelos mesopotâmicos.
Talvez eles tenham realmente dado menor ênfa-
se à arte, mas também há outras hipóteses relacio-

O
nadas com a falta de conhecimento que temos sobre
Colar sumério, Primeira Dinastia
essas sociedades. Isso estaria ligado a alguns fatores. III, ca. 2600–2500 a.C.

O primeiro, está relacionado à sua região geo-

Ã
gráfica, já que a região onde ficava a Mesopotâmia não era rica em pedras.
As construções e as esculturas eram feitas em sua grande maioria em blocos

Ç
de tijolos cozidos, que, com o passar do tempo, desintegravam-se e viravam
pó. Eram raras as esculturas feitas de pedra e somente os artefatos e joias da
alta elite eram feitos com outros materiais como o ouro.
O segundo, é que entre
A

© The Trustees of the British Museum


os mesopotâmicos não havia a
G
crença religiosa de que, para a
alma sobreviver, tanto o corpo
humano, como também sua
L

representação, deveriam ser


preservados, como acredita-
U

vam os egípcios que, por con-


ta disso, deixaram uma grande
herança material e preservação
IV

Leonard Woolley em Ur, cidade-estado na antiga Sumé-


de artefatos que hoje são utili- ria, atual Iraque.
zados como fontes históricas.
Há ainda uma terceira questão a destacar. Na cidade de Ur, durante
muito tempo, os reis eram sepultados com todos seus pertences (incluindo
D

seus escravos). Todos os seus bens eram enterrados junto com eles. O que
também dificultou o acesso aos artefatos e às artes, fazendo com que muitas
das riquezas arqueológicas por séculos estivessem perdidas.
Há pouco mais de um século que arqueólogos como Leonard Woolley
fizeram importantes escavações onde descobriram artefatos da cultura me-
sopotâmica. Nelas foram encontrados objetos de uso cotidiano, feitos em

78
© The Trustees of the British Museum
ouro, como uma harpa, adaga, colar e uma copa.
Os mesopotâmicos dedicaram-se à produção
de objetos de uso cotidiano e sua arte tinha como
principal tema as cenas de batalhas. Também pro-
duziram monumentos e objetos em que eram cele-
bradas suas vitórias de guerra. Neles, ao exaltar os
feitos do rei, também mostrava as tribos derrota-

O
das, os espólios e os prisioneiros de guerra. Dessa
maneira, os mesopotâmicos utilizavam a arte para

Ã
exaltar o governante e construir uma história de
Lira da rainha, cerca de 2600-
superioridade de sua civilização e do governante 2400 a.C. Escavado por Leonard
Woolley no Cemitério Real (Ur).
perante seu povo. Museu Britânico, Londres.

Ç
Denis Bourez/Flickr
A
G
L
U
IV

Estandarte de Ur: é composto por painéis e narra uma história (que deve ser lida
sempre de baixo para cima). Nela, no primeiro quadro há uma cena bélica. No se-
D

gundo, tendo os sumérios vencido a guerra, os prisioneiros são levados ao seu rei
e, no terceiro, o governante levanta sua lança e decide o que será feito com a vida
de cada um dos prisioneiros.

e Por que há menor conhecimento da arte da Mesopotâmia do que de


civilizações como o Egito e a Grécia? Explique.
f Quem foi Leonard Wooley? Qual seu papel na História da Arte?
g Quais as características da arte mesopotâmica?

79
► Egito

Mohamed Abd El Ghany/Reuters


Diferente dos mesopotâmicos, as
fontes para o estudo da arte egípcia
são muito vastas. A expressão artística
era bastante presente no cotidiano dos
egípcios. Eles se dedicaram à produção

O
de esculturas, pinturas, arquitetura,
música, dança e peças em vários mate-
riais, como cerâmica, marfim e metais. Tumba de Tutancâmon. Vale dos Reis, Luxor,

Ã
Província de Luxor, Egito.
No Egito, a arte estava relaciona-
da à religião. Os egípcios tinham a crença de que para a

Acervo Museu Kunsthistorisches/Bridgeman Images


Ç
alma permanecer viva, o corpo e suas imagens deveriam
ser preservadas. Assim, representações das pessoas eram
feitas para serem colocadas juntos às suas múmias.
A
A pintura egípcia era caracterizada por suas cores
fortes e figuras humanas representadas de forma bastan-
G
te característica: enquanto o rosto e os pés eram desenha-
dos de perfil, o olho e o tronco eram grafados de frente.
As danças também eram frequentes na cultura egíp- Cabeça de retrato dos
L

cia. Segundo pesquisadores, inicialmente, eram realiza- túmulos da necrópole


de Gizé, c. 2600 a.C.
das exclusivamente por mulheres e estavam relacionadas
U

aos rituais de fertilidade em que Osíris, Íris e Hórus eram venerados. Contudo,
com o tempo, transformaram-se e faziam parte de espetáculos presentes em
festivais, festas ou banquetes.
IV

As joias também eram muito importantes no Egito. Feitas em ouro e


prata e, muitas vezes, também cravadas de pedras preciosas, eram símbolo
do status e do luxo das classes mais altas da sociedade.
©The Metropolitan Museum of Art
D

Artesãos. Tumba de Nebamun e Ipuky. Dinastia 18, reinado de Amenhotep III –


Akhenaton, ca. 1390–1349 a.C. Alto Egito, Tebas.

80
Jose Javier Martin Espartosa/Flickr

Acervo Museu do Cairo


Placa peitoral de
Hórus com o disco
solar, por volta de
1325 a.C. Tumba
de Tutancâmon.

O © Egypt Museum
Ã
Ç
Sandálias
Douradas de
Tutancâmon,
da Tumba de
A
Trono de Tutancâmon. Museu Egípcio no Cairo, Egito.
Tutancâmon.
G
h Qual a relação entre a religião e a arte no Egito?
i Quais tipos de arte os egípcios produziam?
L

► Grécia
U

A arte grega é considerada um marco na História da Arte por sua qua-


lidade e beleza. Por isso, durante muito tempo, foi considerada um modelo
IV

a ser seguido e uma referência para a arte do Ocidente. Ainda hoje, várias
obras e construções arquitetônicas tomam a arte grega como referência e
reiteram a relevância dessa civilização.
A produção cultural grega sofreu influência
Antropocêntrica: atribuir ao
D

de muitas culturas, como do Egito e do Oriente ser humano uma posição de


próximo. Contudo, sua cultura desenvolveu tra- centralidade em relação a todo
o universo.
ços muito particulares e está diretamente rela- Racionalista: modo de pensar
cionada à sua religiosidade antropocêntrica e ao que atribui valor somente à
razão, ao pensamento lógico.
desenvolvimento do pensamento racionalista.
As artes também foram fundamentais para os gregos. Eles dedicaram-se
à literatura, ao teatro, à escultura e à arquitetura.

81
Divulgação/ Editora Cultrix

Divulgação/Editora Principis
Um importante marco da literatura
grega foi a Ilíada e a Odisseia, de Homero.
Obras poéticas em que o escritor reuniu e
registrou vários mitos e histórias da tra-
dição oral grega. Muitos poetas canta-
vam seus versos em público e, com isso,
atraiam fama.

O
Assim como a literatura, o teatro também era muito admirado na Gré-
cia. Na comédia, as peças buscavam retratar questões da sociedade através
da sátira. Já na tragédia, os mi-

Ã
J.P.Eiti Kimura/wikimedia.commons
tos e sofrimentos humanos eram
abordados. Elas eram encenadas

Ç
ao ar livre por atores homens que
usavam máscaras como caracteri-
zação. O teatro era uma expressão
A
artística acessível a toda popula-
ção, que proporcionava reflexões
G
sobre a sociedade.
Detalhe do Prédio Histórico da Universidade Federal
do Paraná, Curitiba, PR. 2014.

Roberto Zoelner
As peças gregas eram
L

Os músicos se posicionavam representadas por, no máximo,


ao lado do palco. Os principais três atores. O camarim era
instrumentos eram a cítara, a constantemente utilizado por
U

lira e o aulos. eles para a troca de figurino.

A orquestra era a denominação


IV

O terraço era a área que


dada à área circular de terra ficava acima do palco,
batida ou com lajes de pedra. No também utilizada pelos
local, o coro dançava e cantava atores na encenação.
e os atores representavam boa
parte das tragédias.
D

O altar era posicionado no centro


da orquestra, era destinado às
Na tragédia clássica, o coro oferendas para o deus Dionísio.
representava personagem
que cantava partes
significativas do drama.

Teatro grego.

82
Margareths1/wikimedia.commons

Acervo/The University of Chicago


O
Ã
Partenon. Atenas, Grécia. 2020.

Ç
Colunas gregas.

Os gregos também foram grandes arquitetos. Construíram muitos pré-


A
dios e obras para os espaços públicos como templos e teatros que demonstra-
vam grande habilidade técnica e beleza. Originalmente, erguiam seus templos
G
de madeira e argila, contudo, com o tempo, passaram a usar pedra em suas
construções e desenvolveram a arquitetura.
A Grécia era rica em mármore, material que foi muito utilizado para fa-
L

zer colunas de sustentação dos seus prédios e suas esculturas. Com isso, cria-
ram uma tradição artística que deixaram de legado para as futuras gerações.
U

As colunas são expressões marcantes de sua arquitetura. Seus capiteis


possuem rico acabamento e diferentes estilos: o jônico, o dórico e o coríntio.
IV

j Faça uma pesquisa sobre a tragédia e a comédia grega. De-


pois, elabore um desenho representando as diferenças en-
tre a tragédia e a comédia no teatro grego.
k Quais são as características da arquitetura grega?
D

l Recorte de jornais, revistas ou imprima da internet, outros exemplos de


construções atuais que têm a arquitetura grega como referência.

Os gregos começaram a esculpir por volta do século VII, em grandes blo-


cos de mármore, uma clara influência egípcia. Contudo, para eles, era neces-
sário que a obra possuísse a beleza em si mesma. A busca pela simetria e re-
presentação perfeita dos corpos era uma preocupação dos escultores gregos.

83
A escultura grega era feita para

Andy Montgomery/Acervo Museu do Vaticano


agradar os deuses e os homens. Apesar
de elas terem passado por algumas fa-
ses com diferenças entre si, ao longo de
sua produção, os artistas gregos se de-
dicaram a representar figuras humanas
entalhando pedras. A busca pelo aper-

O
feiçoamento técnico levou a criação de
obras fiéis às proporções do corpo hu-
mano, com impressão de movimentos,

Ã
curvas e detalhes suaves.

Ç
© The Trustees of the British Museum

Acervo/Museu Gregoriano Etrusco/Museus do Vaticano

A
G
L

O Discóbolo. Feito Ânfora assinada por Estátua de Atenas. Museus do Vaticano.


no século V a.C. pelo Exekias. 540-530 a.C. Estado da cidade do Vaticano.
escultor Myron.
U

A produção de cerâmicas e pinturas também foi muito importante para


os gregos. Existiam vários tipos de cerâmicas: as grandes, as pequenas, as de
IV

uso doméstico, para transportes de itens alimentícios e líquidos (como o vinho


e o azeite). Havia também as usadas como jarras, as pequeninas para os perfu-
mes e óleos, bem como as que tinham duas alças ou as com apenas uma. Mas
uma coisa todas tinham em comum: nelas, eram representadas cenas da vida
D

cotidiana, mitos, prática de esportes e até mesmo cenas de guerra.

m Quais eram as características da escultura grega? Por que elas se torna-


ram tão importantes para a História da Arte?

n Para que as cerâmicas eram utilizadas na Grécia antiga?

o Quais eram as características da pintura grega? Explique.

84
p Relacione as imagens à descrição da pintura que consta em cada uma
das ânforas. Após isso, anote as respostas em seu caderno.

Paul Lachenauer/The Metropolitan Museum of Art

Ricardo André Frantz/wikimedia.commons


Acervo/J. Paul Getty Museum
1 2 3

O
Ã
Teseu matando o minotauro Ajax carregando o corpo de Ânfora com representação
Ânfora de Exekias. Cerca de Aquiles. ca. 520 a.C. da deusa Atena.
550 a.C.

Ç
a) Representação da deusa Atena.
b) Representação de luta.
c) Representação do mito da morte de Aquiles.
A
q Siga o modelo de pintura dos gregos e elabore uma ilustração para uma
G
ânfora que represente uma importante cena do cotidiano, esporte ou
cena religiosa da contemporaneidade.
L
U

Acervo Museu do Louvre


Beleza na Grécia Antiga: uma questão
IV

para além da estética


A busca por um corpo saudável e belo de acordo com os
padrões de beleza de uma época é algo antigo. Para os gre-
gos, a beleza do corpo não dizia respeito apenas a estética, a
D

algo que é aparente: ela devia ser um modo de vida. Ser belo
era ter um corpo bonito, ligado à prática de atividades físicas,
mas também significava ser alguém ligado às artes, ao conhe-
cimento e à política.
Vênus de Milo.
Ser um bom cidadão era também pressuposto para a 130 a.C. Museu do
beleza. Isso era tão importante para os gregos que era tema Louvre, Paris.

85
constante dentre os filósofos. Platão em sua famosa obra O banquete defendeu
que, dentre as coisas mais belas, está a sabedoria. Para um cidadão grego era
possível, portanto, nascer com a beleza física, mas

Hans Andersen/wikimedia.commons
era preciso perseguir as outras formas do belo e a
elaboração do corpo por toda a vida.
Como a beleza era associada não só ao corpo,
mas também a uma postura frente ao mundo, em gre-

O
go não havia uma palavra exata para falar em beleza
ou no belo. O termo mais próximo é o Kalón, que signi-
fica aquilo que agrada, que atrai o olhar e a admiração.

Ã
A importância dada pelos gregos às formas da
beleza está presente de forma marcante nas artes, Estátua de Poseidon, localizada

Ç
principalmente nas esculturas. As mulheres eram no porto de Copenhague,
Dinamarca.
constantemente representadas, e algumas dessas es-
culturas ainda hoje são famosas
A
Além disso, a elaboração do belo di-
zia respeito também ao corpo ser prepa-
Na arte grega, o ritmo, o equilíbrio e
a harmonia eram fundamentais para
existir beleza. Na arte escultórica (a de
esculpir, produzir estátuas), as medi-
G
rado para a batalha. Por isso, também o das proporcionais dos corpos eram o
padrão de beleza ideal perseguido.
tema dos jogos, competições de forma e
destreza são muito presentes nas artes desse povo,
L

Acervo Museu do Louvre


pois, aos homens, cabia desenvolver o corpo para
os jogos olímpicos, realizados em homenagem a
U

Zeus desde 776 a.C.


Ser um herói olímpico era, tal qual a sabedoria
e os belos corpos musculosos, uma maneira para os
IV

homens de ser belo perante os deuses.


Nossa sociedade herdou muitas coisas da Gré-
cia Antiga: a democracia, a filosofia, o culto as ar-
tes e mesmo os jogos olímpicos são exemplos dessa
D

longa tradição. Todavia, isso não quer dizer que é Ânfora panathenaica da Grécia
tudo igual a antigamente. Ainda existe o culto a be- antiga com arte representando os
jogos olímpicos. Os gregos usavam
leza muito presente, mas os padrões mudaram com as ânforas para transportar azeite,
o tempo. O que os gregos entendiam por beleza e vinho ou cereais.
por democracia, por exemplo, não é o mesmo que entendemos hoje: a beleza e
a política são, portanto, históricos.

86
As formas de lazer na Antiguidade

O
Daderot/wikimedia.commons

Venatio, fragmento, Roman,


300-400 d.C. Mosaico de

Ã
mármore e calcário. Galeria
Borghese, Roma, Itália.

Ç
A Artefatos encontrados na tumba de
Meketre. Harpista e cantor. Império
© The Metropolitan Museum of Art

G
Médio, Dinastia XII, princípio do
reinado de Amenemhat I, ca. 1981–
1975 a.C. Acervo do Metropolitan
Museum of Art -The Met. Nova
L

Iorque, Estados Unidos.


U

A quais sociedades do passado faziam parte estas práticas de lazer re-


presentadas?
IV

Quais atividades de lazer estão representadas em cada imagem?

a O que você gosta de fazer em suas horas de lazer?


D

b Faça uma pesquisa com as pessoas mais velhas da sua famí-


lia e descubra quais eram as atividades de lazer que existiam
quando elas eram mais novas e anote suas descobertas.
• O que você percebeu em sua pesquisa? As atividades de lazer mudam
ou elas se mantêm as mesmas ao longo do tempo? Converse com
seus colegas e professor e em seguida anote suas reflexões.

87
► Egípcios
O lazer era presente na

©The Met
vida dos egípcios. Eles gosta-
vam de organizar e participar
de banquetes ou de descansar
no jardim de suas casas. Outros

O
ainda gostavam de praticar es-
portes aquáticos, lutar e se di-
vertir com jogos de tabuleiro.

Ã
Outra atividade muito Menna e família caçando nos pântanos. Desenho da
praticada pelos membros da tumba de Menna. ca. 1400–1352 a.C.

Ç
elite era a caça e a pesca. Eles reuniam-se em família e saíam de barco para
passar o dia pescando e caçando aves aquáticas em pântanos.
O jogo de tabuleiro mais conhecido dos egípcios é o senet. Ele foi encon-
trado em escavações arqueológicas e é datado aproximadamente de 3500 a
3100 anos atrás.
A
G
O senet pode ser jogado sem adversário ou contra um ou mais adver-
sários. Nele, o tabuleiro de 30 casas, que podem ser maléficas ou benéficas,
é organizado em 3 linhas, das quais algumas são marcadas com hieróglifos.
L Gabana Studios Cairo/Flickr

©The Met
U
IV
D

Rainha Nefertari jogando senet. Tumba de Tabuleiro e peças do jogo Senet. Ca. 1550-1295 a.C.
Nefertari.

c Quais eram as formas de lazer no Egito?


d O que era o Senet?
e Agora, vocês terão a oportunidade de jogar senet. O profes-
sor irá orientar a turma sobre como jogar.

88
► Romanos

Coleção particular
O lazer e a diversão também faziam parte do
cotidiano dos romanos. Apesar de ser uma socie-
dade com grandes diferenças entre os modos de
vida de ricos e pobres, havia espaços públicos que
pessoas dos vários grupos sociais tinham a oportu-

O
nidade de frequentar. Entre eles, um dos principais
eram as termas.
As termas eram locais de banhos públicos

Ã
criadas no século II, muito comuns nas cidades do
Império Romano. Eram um complexo de lazer e ALMA-TADEMA, Lawrence. Os
banhos no Caracalla. 1899. Óleo

Ç
higiene em que as pessoas iam para banhar-se, sobre tela, 152,3 cm × 95,3 cm.
conversar e desfrutar de outras atividades de lazer. Coleção privada.
Havia espaços como piscinas, saunas, ginásios, salas de leitura, fontes, biblio-
tecas, jardins, teatros e até lojas. A
Diego Delso/wikimedia.commons

© The Archeology
G
L
U

Ruínas das termas públicas de Bath. Bath, Inglaterra. Ruínas do Frigidarium das termas romanas de
Caesaraugusta, Espanha.
IV

Outro espaço público de lazer eram os anfiteatros. Neles aconteciam


lutas entre os gladiadores (escravos escolhidos para desempenhar essa ativi-
dade) e feras como leões, tigres ou leopardos. Esses eventos eram oferecidos
D

por políticos à população, que os assistiam de arquibancadas que circunda-


vam a arena, em espetáculos que duravam um dia inteiro de lutas e atrações
para o deleite do público presente.
f Quais eram os espaços de lazer em Roma? Explique cada um deles.
g As termas eram todas iguais? Quais espaços elas poderiam ter?
h As formas de lazer de antigamente são semelhantes ou diferentes das
formas de lazer atuais?

89
a Em seu caderno, relacione cada uma das expressões artísticas às suas
legendas.
Acervo Neues Museum

©The Trustees of the British Museum

© The Met

Acervo Museu de Belas Artes de Lyon


1 2 3 4

O
Ã
a) Ânfora O julgamento de Paris. 575-550 a.C. Museu de Belas Artes

Ç
de Lyon, Lyon, França.
b) O busto de Nefertiti. Criado em 1345 a.C. Faraó Tutmés, Egito Anti-
A
go. Acervo Neues Museum, Berlim, Alemanha.
c) Imagem em relevo da Placa de Shamash. Encontrada em Sippar, na
G
Babilônia Antiga, no século IX a.C. Mostra o deus sol Shamash no tro-
no, na frente do rei babilônico Nabu-apla-iddina (888-855 a.C.) entre
duas divindades intercedentes.
L

d) Estela de Aafenmut. Terceiro Período Intermediário. Dinastia 22, rei-


nado de Osorkon I, ca. 924–889 a.C. Museu Metropolitano de Arte
U

de Nova Iorque, Estados Unidos.

b Sobre a arte na Antiguidade, responda:


IV

a) Por que há poucas fontes materiais preservadas da arte mesopotâmica?


b) Quais são as características da arte grega?

c
D

Produza textos com cada um dos termos abaixo.


a) Senet – Egito – Caça – Jardins
b) banhos – termas – coliseu – público
c) eu – atualmente – lazer
d) passado – trabalho – lazer – humanos

90
d Leia o texto a seguir e observe a imagem que o acompanha. Depois,
responda às questões em seu caderno.

[…]
Uma das ativida-

Angela Thomas
des mais recorrentes
no registro arqueo-

O
lógico do Egito são
aquelas com bolas. A
tumba de Baqet III,

Ã
em Beni Hassan, da-
tada do Médio Im-
pério, mais precisa-

Ç
mente da XI dinastia, Mulheres jogando bola, pintura localizada na tumba de Baqet III,
apresenta uma série Beni Hassan, Egito.
A
de representações de mulheres com bolas.
A atividade mais comum executada com bolas parece ter sido o ato de
lançá-las para que outra pessoa as pegasse, além disso, essa atividade parece
G
ter sido exclusivamente feminina. Ainda que o ato de lançar e pegar bolas
pareça algo simples, as egípcias possuíam diversas possibilidades para esse
lançamento, mesmo as mais acrobáticas, tais como a representada na tum-
L

ba de Baqet III, em que uma mulher está sobre outra reclinada. A atividade
masculina com bolas parece ter sido um jogo que incluía lançamento e
U

rebatida usando tacos, jogo cujas regras infelizmente não conhecemos, mas
podemos encontrar os tacos no registro arqueológico.
[…]
IV

GAMA-ROLLAND, Cintia Alfieri. Atividades físicas egípcias antigas: jogos, treinamento militar e
a força real. R. Museu Arq. Etn., São Paulo, n. 29, p. 7-19, 2017. Disponível em: https://www.
revistas.usp.br/revmae/article/view/140723/150906. Acesso em: 22 jul. 2021.
D

a) Registro de qual atividade de lazer foi encontrado na tumba de


Baqet III?
b) Quem praticava essa atividade e quais objetos eram utilizados para
a sua prática?
c) Descreva como era praticada essa atividade de lazer?
d) Atualmente, há jogos como esses? Explique.

91
2
CAPÍTULO

LINGUAGENS, ESCRITA E
COMUNICAÇÃO

Comunicar-se é preciso

O Ilustrações: Roberto Zoelner


Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

O que são os objetos representados?

Qual a função desses objetos?

Quais dos objetos acima você já utilizou?

92
a Elabore uma linha do tempo dos objetos da página anterior. Para isso,
coloque-os em ordem cronológica, do mais antigo para o mais novo.
b Qual o meio de comunicação que você mais utiliza na atualidade?

Há milhares de anos, os seres humanos vêm desenvolvendo meios para


se comunicarem. Antes da invenção da escrita, faziam uso da fala, de gestos
e desenhos. As pinturas rupestres são exemplos de figuras produzidas para

O
a comunicação. Hoje, usamos a internet diariamente para falar com pessoas
que, muitas vezes, estão longe de nós. Essa é apenas uma das maneiras en-

Ã
contradas pelos seres humanos para se relacionarem uns com os outros.
Ao longo da história,

rest/iStockphoto LP
foram desenvolvidas mui-

Ç
tas tecnologias para a co-
municação e registro das
ideias humanas, como a
carta, o telégrafo, o tele-
fone, o computador, entre
A
G
outras. Contudo, ainda
que todas essas tecnolo-
gias tenham sido muito
L

importantes para a huma-


nidade, as técnicas desen- Caminho Inca, Machu Picchu, Cordilheira dos Andes, Peru. 2016.
U

volvidas pelas sociedades sem escrita também se destacam por sua importân-
cia na preservação da memória de comunicação daqueles povos.
Uma dessas técnicas é possível observar no Império Inca, civilização
IV

ameríndia da América do Sul, que utilizava os chasquis, homens que tinham


a função de transmitir oralmente informações entre as várias partes do ter-
ritório. Percorriam as estradas e se deslocavam por grandes distâncias a pé
para entregar mensagens que lhes eram designadas.
D

Eles eram desde crianças selecionados e preparados fisicamente para


trabalharem como chasquis. Para isso, deveriam ter qualidades especiais,
além da habilidade de correr muito rápido. Precisavam ter físico atlético, per-
nas fortes e os dedos dos pés levemente abertos para conseguirem andar
bem em superfícies irregulares. Tinham que conhecer todas as estradas incas,
seus atalhos e ainda serem bons nadadores.

93
Um único chasqui não estava sozinho para entregar as mensagens e
percorrer longas distâncias. Eles contavam com um sistema de casas ao lon-
go das estradas, as chasqui wasi, que variavam de seis
Quipo: conjunto
a nove quilômetros de distância entre elas. E, ao che- de cordões com nós
gar em uma dessas casas, o mensageiro repassava o seu usados para fazer
cálculos e transmitir
quipo, para o chasqui seguinte e assim por diante até a mensagens.
próxima chasqui wasi.

O
Assim, os chasquis eram muito importantes para a organização política
e social dos incas. A comunicação no Império Inca dependia deles. Para resis-
tir ao frio, à sede e ao cansaço, mascavam folhas de coca, pois eram um dos

Ã
poucos que podiam mascar essa folha sagrada dos incas.

Ç
O que é um chasque?
A Armamento:
vara (macana)
G
e funda
(huaraca).
L

Pututu: Roberto Zoelner


concha marinha
U

que sopravam Qëpi:


para anunciar a carregado nas costas
sua chegada. para transportar objetos Uncu: túnica
e encomendas. sem mangas
Chasqui wasis: em lã e
algodão.
IV

pequenas casas
para o descanso
dos chasquis.

Distância: Relevo: Chuspa: saco de


cada 5 km aproximadamente. A mensagem era ervas, cancha (milho
transmitida torrado) e pitu (farinha
D

oralmente enquanto de milho torrada, para


Velocidade: o corria diluir em água).
Se estima de 10 km em 50 minutos. ao lado do novo
mensageiro.

Disponível em: https://www.portaldasmissoes.com.br/site/view/id/1950/o-que-e-um-chasque?.html.


Acesso em: 22 abr. 2021.

94
c Converse com seus colegas e professor sobre a importância da comuni-
cação para os seres humanos. Em seguida, anote suas ideias no caderno.
d Quem eram os chasquis?
e De que forma o chasquis faziam a comunicação no Império Inca?
f Qual a importância da oralidade para os incas?
g Em grupo, conversem sobre a presença da tradição oral

O
em nossa sociedade. Depois, façam uma lista do que vocês
aprenderam através da oralidade. Compartilhem com os

Ã
colegas e professor as suas descobertas.
h Observe as imagens abaixo e identifique a expressão cultural transmitida
por meio da oralidade representada em cada uma delas. Depois, em seu

Ç
caderno, faça um texto a respeito da expressão que mais gostou.

A Petra Mafalda/PMF

S.I./Correio Braziliense
G
L
U

Armazém da Renda com oficinas de renda Dupla de repentistas na Casa do Cantador,


de bilro, incentivando o convívio social e Ceilândia, DF. 2018.
o intercâmbio cultural entre as artesãs.
Florianópolis, SC. 2015.
IV

Renato Soares/Pulsar Imagens

Jonas Banhos/Flickr
D

Crianças da etnia Xavante aprendem sobre o Brincadeira de roda. Escola Índio Feliz, Aldeia
ritual de passagem contado pelos mais velhos. Kiriri Cajazeira. Banzaê, BA. 2013.
General Carneiro, MT. 2010.

95
O desenvolvimento da escrita

Ashashyou/wikimedia.commons
O
Ã
Ç
A
G
Como as palavras acima estão grafadas?

Qual desses idiomas você conhece?


L

Além dessas, você conhece alguma outra forma de escrita? Qual?


U

a Você gosta de escrever?


b Escreva uma carta para uma pessoa de sua escolha, contando um pouco
IV

sobre você e o lugar onde mora.

Durante muito tempo foi defendido que a escrita surgiu na região da Me-
D

sopotâmia, há cerca de 6 mil anos. Contudo, atualmente especialistas dizem


que surgiu mais ou menos ao mesmo tempo na Mesopotâmia, China e Egito.
Na Mesopotâmia, os sumérios foram os primeiros a utilizar a escrita,
provavelmente para realizar registros sobre a administração da sociedade:
dos produtos comercializados, da quantidade da produção agrícola, da con-
tagem dos animais. Aos poucos, essa forma de registro deu origem à orga-
nização da escrita em que registraram sua religião, tradições e mitos. Esse

96
estilo de escrita ficou conhecido como

Max Planck Society


cuneiforme, pois um instrumento em for-
ma de cunha era usado para gravar sím-
bolos ou caracteres nos tabletes de argi-
la. A escrita cuneiforme se espalhou pela
Mesopotâmia. Inicialmente era utilizada
para a administração estatal, aos poucos,

O
passou a ser aplicada no registro das leis,
textos religiosos, entre outros.
Mas a escrita não era acessível a to-

Ã
dos. O registro e a interpretação dos sím-
Texto com escrita cuneiforme, data do
bolos eram privilégio dos escribas, pro- sexto ano do príncipe Lugalanda, que

Ç
fissão muito valorizada na Mesopotâmia. governou por volta de 2370 a.C. no sul da
Mesopotâmia. Esses registros ajudam os
Sua formação começava na infância. Ain- pesquisadores a entender como era a vida
da jovens, os meninos aprendiam sobre das sociedades dessa região. Um texto em
A escrita cuneiforme é lido da esquerda para a
cada um dos sinais que formavam as lín- direita e de cima para baixo.
guas faladas pelas cidades.
G
A escrita inventada pelos sumérios foi adaptada por diversos povos. Um
deles foram os fenícios, que por conta do intenso comércio que realizavam ao
longo do Mar Mediterrâneo, tinham a necessidade de controlar seus negó-
L

cios. Assim, ela era uma ferramenta extremamente favorável à administração


e ao crescimento econômico desse povo.
U

Composto por símbolos, o siste-

Acervo/Museu Pergamon
ma de escrita sumério era pouco útil
às necessidades do cotidiano. Então,
IV

há 4 mil anos, os fenícios fizeram


adaptações que levaram à criação do
alfabeto. Era uma escrita mais sim-
ples, mas muito rica para a comuni-
D

cação, já que bastava conhecer as


letras e agrupá-las para montar pala-
vras e, por seguinte, frases.
Pedra memorial do Rei Kilamuwa de Sam’al
O alfabeto fenício também deu (Zincirli), escrita em fenício. Cerca de 850 a.C.
origem a muitos outros. Com o pas- Coleção do Museu Pergamon. Berlim, Alemanha.
sar do tempo, muitos povos foram desenvolvendo seu próprio alfabeto.

97
c O que era a escrita cuneiforme? Quais suas características?
d No que a escrita fenícia se diferenciava da escrita cuneiforme dos su-
mérios?
e Observe a tradução dos caracteres sumérios, presentes na es-
crita cuneiforme, para o alfabeto em português. Em seguida,
utilize os caracteres e elabore uma frase para que seu colega
descubra o significado em português.

O
S.I / Acervo da Editora
Ã
Ç
A
G
L
U
IV

Na mesma época em que os meso-


Acervo/Museu do Louvre

potâmicos, os egípcios também desen-


D

volveram seu sistema de escrita, deno-


minada hieroglífica. Esse tipo de escrita,
inicialmente, era composta por sinais que
representavam objetos. Com o tempo,
esses sinais passaram a significar ideias e,
posteriormente, a constituir sílabas, até
formarem um alfabeto. Inscrição hieroglífica egípcia em madeira, do
túmulo do general Horemheb. Saqqara, Egito,
c. 1300 a.C. Museu do Louvre, Paris, França.
98
A palavra “hieróglifo” significava “escrita dos deuses”, pois, para os
egípcios, a escrita era considerada um presente dos deuses para os humanos.
Dessa forma, também era um privilégio de poucos na sociedade. Apenas os
escribas, os sacerdotes e os altos funcionários sabiam escrever.
Diferente dos mesopotâmicos, os egíp- Papiro: tipo de folha feita com as
cios escreviam com pincéis e tinta. Apesar fibras de uma planta, o papiro. Do seu
de escrever sobre diversas superfícies como caule bastante maleável eram feitas

O
as folhas de papiro, cordas, tecidos e
tecidos e paredes, era o papiro a principal outros produtos.
superfície utilizada para a escrita.

Ã
f O que era a escrita hieroglífica?

Ç
g No que a escrita dos egípcios se diferenciava da dos sumérios?
h Atualmente no mundo há muitos tipos de alfabetos e siste-
mas de escrita pictográficas. Pesquise quais são eles e faça
A
um quadro com imagens de alguns exemplos dessas escritas.
Para isso, elabore desenhos ou recorte e cole imagens de jornais e re-
G
vistas, ou, ainda, imprima da internet. Depois, compartilhe sua pesquisa
com a turma.
i Identifique as formas de comunicação abaixo presentes atualmente na
L

nossa sociedade.
U

S.I./Portal Ciata

Pixaline/Pixabay
IV

a b c d
D

New Zealand Transport


Agency/wikimedia.commons
S.I./Oficina de Libras

99
a Qual a importância da oralidade para as sociedades?

b Quais necessidades motivaram a elaboração da escrita?

c Leia as alternativas a seguir analisando cada uma. Depois, copie-as em

O
seu caderno e indique V para as alternativas verdadeiras e F para as fal-
sas. Em seguida, reescreva as frases incorretas corrigindo-as.
a) Os chasquis eram mensageiros orais no Império Inca.

Ã
b) As sociedades que inventaram a escrita automaticamente excluíram
a transmissão oral da cultura.

Ç
c) Os chasquis eram indivíduos sem importância ou treinamento. Por conta
disso, todos que desejassem a qualquer momento podiam se tornar um.
A
d) Os incas desenvolveram um sistema de comunicação entre as cida-
des bastante sofisticado que contava com mensageiros, sistema de
estradas e pontos de descanso e acomodação.
G
d Forme frases utilizando os termos abaixo:
a) cuneiforme - escrita - mesopotâmia
L

b) Sagrada - Egito - papiro


c) oralidade - conhecimentos - histórias
U

d) escrita - comunicação - pessoas - povos

e Leia o texto abaixo e em seguida responda às questões.


IV

Conheça e não confunda a linguagem da web, o internetês


[…] O jeito de falar tão próprio da internet permite uma mistura
saudável entre o formal e o coloquial. Isso, segundo os pesquisadores
D

Sali Tagliamonte e Derek Denis, representa um novo e expansivo re-


nascimento linguístico. […]
Contudo, há quem discorde e levante a bandeira do português
impecável. Os usuários mais tradicionais ainda não admitem toda essa
modernidade na língua materna. E mais: acreditam que o internetês
pode prejudicar o diálogo oral e escrito das gerações de internautas. […]

100
As abreviações vc, kd, tb e as transcrições fonéticas como o naum
em vez de não, fazem parte de um conjunto de condições para dar
rapidez e toques de oralidade ao diálogo virtual. Scheyla defende que
o falante tem que ser multilíngue na sua própria língua e o internetês
veio para acrescentar. Ainda assim, diz, para ter sucesso na comuni-
cação, é preciso reconhecer o interlocutor e a finalidade da fala. E

O
admite: não é falar errado. É falar diferente. É inteligência linguística.
No fim, cada um assume uma postura a respeito da melhor ma-
neira de escrever na web. O jeito é aguentar as consequências, boas ou

Ã
ruins. O fato é que cada vez mais o mundo virtual adota características
muito próprias, como o linguajar direto e abreviado. Mas cuidado! É
fácil cair em mal-entendidos nas conversas entre telas. Entretanto, a

Ç
professora acredita que os próprios usuários resolverão o problema no
futuro. Ofender o outro sem intenção, por exemplo, fará com que eles
A
mesmos criem um mecanismo de se adequarem, como a usar a caixa
alta para gritar ou chamar a atenção.
G
CONHEÇA e não confunda a linguagem da web, o internetês. Correio Braziliense, 28
jun. 2011. Disponível em: https://tinyurl.com/lingua-da-web. Acesso em: 15 abr. 2021.
L

a) Qual o assunto do texto?


b) Quais são as opiniões sobre a nova forma de comunicação? Explique.
U

c) O internetês é formado apenas por palavras? Explique e dê exem-


plos.
IV

d) Cite exemplos de formas de comunicação utilizadas na internet.


e) De que forma você escreve quando quer enviar uma mensagem ins-
tantânea para alguém?
D

f) Como você pode observar, antes mesmo de existir a escrita, as pes-


soas se comunicavam de diferentes formas. Após o seu surgimento,
a escrita sofreu várias mudanças, principalmente com o advento da
internet e mensagens instantâneas. Você acha que o “internetês” é
uma nova forma de comunicação que propõe diferentes maneiras de
escrita? Explique.

101
O TEMPO E A

4
UNIDADE
MEMÓRIA NA
HISTÓRIA

O
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

102
Roberto Zoelner
O
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

• O que cada uma dos indivíduos das ilustrações estão fazendo?


• Você acha que o tempo é um fator importante para cada uma
das pessoas representadas? Explique.

• Qual dessas imagens está representando um patrimônio histórico,


uma oralidade e um instrumento de marcação temporal?
1
CAPÍTULO

O TEMPO NA HISTÓRIA

O tempo

O Roberto Zoelner
Ã
Ç
A
G
L
U
IV
D

O que as pessoas da ilustração estão fazendo?

Quais são as maneiras utilizadas pelas pessoas da ilustração para marcar


o tempo?

Quais outros instrumentos que podem ser utilizados para observar a


passagem do tempo?

104
a De que maneira você faz a medição do tempo em seu cotidiano?
b Qual é a importância da medição e da organização do tempo na socie-
dade atual?
c Organize as imagens que representam o desenvolvimento do feijão. Em
seguida, copie a sequência numérica correta em seu caderno.

Roberto Zoelner
1 2 3 4 5

O
Ã
• Explique como é possível perceber a passagem do tempo no vegetal.

Ç
O tempo é um importante agente transformador da natureza. Ele pro-
picia o crescimento de animais e plantas, a transformação das fases da lua,
A
o movimento das marés dos oceanos, o passar dos dias e das noites. Nada
está parado na natureza, pois o tempo está constantemente transformando
tudo. Esse é o que chamamos de tempo natural ou tempo da natureza.
G
d Qual ação que o tempo promove na natureza?
L

e Recorte de jornais e revistas ou imprima da internet imagens que re-


presentem ciclos de transformação de elementos da natureza a partir
da passagem do tempo e elabore um quadro em seu caderno. Depois,
U

compartilhe com os colegas e professor sua produção.


IV

Foi através da observação dos ciclos da natureza que o desenvolvimento


da agricultura se tornou possível, no período neolítico. Conhecer a posição dos
astros, os ciclos da lua, os períodos das chuvas, das secas, permitiram que novas
técnicas fossem dominadas. Isso possibilitava compreender o período de cresci-
D

mento das plantas e do comportamento dos animais, fazendo com que os seres
humanos modificassem sua relação com o meio ambiente, que otimizassem a
caça e a pesca, e que, como dito, começassem a plantar.
Assim, observando a natureza e os fenômenos naturais, aos poucos,
os seres humanos foram percebendo a passagem do tempo. Para registrar
o tempo decorrido, utilizavam gravetos, ossos de animais ou então faziam
riscos nas paredes das cavernas. No entanto, aos poucos, essas formas de

105
registro foram ficando insuficientes e cada grupo humano foi desenvolvendo
diferentes técnicas de observação e marcação temporal. Com o tempo, de-
senvolveram calendários para atender suas necessidades.

f De que maneira podemos medir o tempo através da observação da na-


tureza? Cite exemplos.

O
A história é uma ciência que tem o tempo como uma constante. Ele é
essencial para seu estudo, já que a passagem temporal leva a mudanças nas
sociedades, nos modos de viver e pensar.

Ã
A prática humana de explicar e criar categorias para contar a passagem
do tempo é chamada de tempo cronológico. Ele não é natural, é uma

Ç
construção e elaboração que os grupos humanos fazem a partir das suas ob-
servações dos fenômenos naturais, ou seja, é algo cultural. Cada sociedade
desenvolve o seu, de acordo com seus conhecimentos e cultura.
A
O tempo cronológico organiza a dinâmica das sociedades e o cotidiano
dos seres humanos. É ele que está no cerne do trabalho dos historiadores,
G
que serve de marca para as análises das pesquisas realizadas.

g Observe a sequência da história representada abaixo:


L

Roberto Zoelner
U
IV

a) Ao observar a sequência da história, o que está sendo representado?


b) Elabore uma descrição para cada um dos quadrinhos:
D

• Quadrinho 1:
• Quadrinho 2:
• Quadrinho 3:
h Como você percebe o tempo natural e o tempo cronológico no seu dia
a dia? Cite exemplos.

106
Os diferentes calendários e as formas de medir o tempo

Calendario-365.com.br
O
Ã
Ç
Calendário gregoriano. A
© Calendarr.com
G
L
U
IV

Calendário chinês.
D

Observe os calendários e identifique qual deles você usa para organizar


a sua rotina?

Como é a forma de divisão do tempo de cada um desses calendários?

Localize no calendário chinês o ano vigente e o animal que o representa.

Localize no calendário gregoriano o dia e o mês em que estamos.

107
Na Antiguidade, muitas sociedades elaboraram técnicas de ordenação
e marcação do tempo. Há aquelas que utilizavam a observação dos ciclos do
Sol ou da lua para compor seus calendários.
Entre os conhecimentos que foram importantes para a elaboração de
calendários estava a astronomia, que foi muito desenvolvida nas sociedades
do mundo antigo.
Os sumérios tinham uma divisão temporal parecida com a nossa. Eles

O
elaboraram um calendário lunar há quase 5 mil anos, que era dividido em
12 meses de 30 dias. Contudo, o dia não era dividido em 24 horas como é o

Ã
nosso, mas em 12 partes.
Os egípcios também tinham um calendá-

Christian Décamps/Museu do Louvre


rio, que, assim como o dos sumérios, era lu-

Ç
nar. Contudo, com o avanço dos seus estudos,
há cerca de 5 mil anos, criaram um calendário
A
baseado em uma estrela que passava próximo
ao Sol a cada 365 dias. Assim, o calendário
egípcio tinha uma contagem temporal muito
G
próxima da nossa e é muito parecido com o
que utilizamos hoje.
Os egípcios utilizavam o calendário para Calendário egípcio. Período
L

marcar os ciclos de cheias do Rio Nilo e, assim, ptolomaico, 50 a.C. Acervo do Museu
do Louvre, Paris, França.
planejar o plantio e a colheita. Dessa forma,
U

o desenvolvimento do calendário para eles estava relacionado à produção


agrícola e a organização da vida cotidiana.
IV

a Quais os elementos da natureza foram observados para elaborar os ca-


lendários?
b Qual a diferença entre o calendário sumério e o egípcio?
D

Assim como os povos que viveram na África e na Ásia, os americanos


também desenvolveram calendários.
Os maias, civilização que viveu na região onde hoje é a América Central,
elaboraram um calendário há cerca de 2500 anos baseado no ciclo solar: com
365 dias, dividido em 18 meses de 20 dias e mais cinco dias que não pertencem
a nenhum mês e são acrescentados ao calendário para completar o ano.

108
Esse povo acreditava que o planeta Terra possuía 5 grandes ciclos, com
duração de 5.125 anos cada. Segundo a crença maia, em 2012, teria sido
finalizado um desses ciclos.
No Brasil, na contemporaneidade, além

© ISA
do calendário gregoriano, que é o utilizado
regularmente por boa parte da população,
existem os calendários que alguns povos in-

O
dígenas elaboraram a partir dos seus conheci-
mentos e culturas.

Ã
O povo Tuyuka, que vive no Amazonas e
na Colômbia, assim como os egípcios, baseia
o seu calendário na observação das estrelas.

Ç
Seu calendário é elaborado a partir do
ciclo da passagem de diversas constelações. Calendário anual Tuyuka.
A
Seus ciclos anuais estão relacionados à eventos naturais, ao regime de chuvas e
estiagens e a variação do nível das águas dos rios. As alternâncias nesse regime
são denominadas de acordo com a posição das constelações.
G
De acordo com o Instituto Socioambiental, “os Tuyuka distinguem a
existência de treze enchentes e oito estiagens. A designação da maior parte
delas combina o nome e a palavra ‘verão’ (k¡ma) ou ‘inverno’ (pue). A du-
L

ração de cada uma delas é variável, sendo que uma ou outra pode mesmo
deixar de ocorrer em determinado ano, conforme o verão seja mais forte ou
U

as chuvas mais prolongadas. Atualmente, eles usam tanto o seu calendário


astronômico quanto o calendário gregoriano para organizar suas atividades
anuais, buscando correspondências. No final de junho, por exemplo, foi ado-
IV

tado o ‘verão de São João’, chamado em Tuyuka sã ñu k¡ma”.

c Qual a diferença do calendário do povo Tuyuka para os demais citados?


Explique.
D

d Quais são os elementos do mundo natural que são marcos para o calen-
dário do povo Tuyuka?
e Atualmente, há outras culturas e povos que utili-
zam calendários diferentes. Em dupla, façam uma
pesquisa sobre quais são eles e escolham um para fazer uma pesquisa
mais completa. Depois, compartilhem com os colegas e professor o que
descobriram.

109
a Através de quais instrumentos podemos contar a passagem do tempo?
b Como podemos observar a passagem do tempo através da natureza?
c Como era o calendário egípcio na Antiguidade?

O
d Como era o calendário sumério na Antiguidade?
e Leia o texto e em seguida responda às questões em seu caderno.

Ã
Por que o Sistema Agrícola Tradicional Quilombola do Vale do
Ribeira é patrimônio cultural brasileiro?

Ç
Os quilombolas habitam e

Loiro Cunha/ISA
manejam a floresta atlântica no
Vale do Ribeira há mais de 300
anos. Não por acaso o Vale do Ri-
A
beira é o maior remanescente de
G
Mata Atlântica contínuo: dos 7%
que restaram do bioma de Mata
Atlântica em território nacional,
L

21% estão localizados no Vale do Quilombo de Ivaporunduva, em Eldorado, Vale


Ribeira. É a área mais conservada do Ribeira, SP.
U

de São Paulo, contrastando com


o restante do Estado que está desmatado e não abriga comunidades qui-
lombolas. [...]
IV

Ao longo de sua existência, para sobreviver no Vale, os quilombolas


praticaram uma agricultura itinerante, herdada dos povos indígenas que
habitaram a mesma região, chamada por eles de roça de coivara e que tem
outros nomes em outras regiões tropicais. É a forma de agricultura mile-
D

nar de povos e comunidades tradicionais. Até o passado recente, foi esta


agricultura que garantiu alimento para as famílias quilombolas e todas as
outras da região.
A partir de 2009, cinco anos de pesquisas inventariaram 180 bens da
cultura imaterial das comunidades da região. [...] Diante disso, em 2014 os
quilombolas deram início ao pedido de registro ao IPHAN.

110
O Sistema Agrícola Tradicional Quilombola do Vale do Ribeira é
um conjunto de saberes e técnicas aplicadas no cultivo de uma variedade
de plantas utilizadas na alimentação, medicina e cultura material. Abrange
também os espaços onde se desenvolvem as atividades, os arranjos locais
de organização do trabalho, os modos de processar os alimentos, os arte-
fatos confeccionados para este fim e os contextos sociais de consumo. A
existência de cada um dos componentes do sistema agrícola promove − e

O
ao mesmo tempo resulta − um modo de transmissão intergeracional dos
conhecimentos baseados na oralidade, no aprendizado presencial e prático.
Esses conhecimentos se expressam também por meio da linguagem,

Ã
pela existência de um “idioma” criado para designar processos, objetos, clas-
sificar e caracterizar elementos ligados ao fazer agrícola. As trocas comer-

Ç
ciais envolvendo produtos agrícolas configuram um aspecto do Sistema
Agrícola Tradicional, também conhecido como sistema agrícola itinerante
(SAI), é baseado no rodízio de áreas de plantio: o quilombola escolhe uma
A
área, corta, coloca o fogo apenas nesse trecho. Depois, observando os ciclos
da lua, ele planta. O solo se mantém fértil por alguns anos − e as cinzas
que sobram do fogo, assim como os troncos que não foram queimados, são
G
essenciais para isso. Dali ele retira o alimento que garante a sua sobrevi-
vência: arroz, feijão, milho, cará, mandioca, pimenta, laranja, entre outros
cultivares. O excedente do cultivo é comercializado e gera renda para aten-
L

der as necessidades básicas das famílias. A partir de 10 a 15 anos depois, a


roça vira novamente mata fechada.
U

PASINATO, Raquel. Por que o Sistema Agrícola Tradicional Quilombola do Vale do Ribeira
é patrimônio cultural brasileiro? O eco, 30 set. 2018. Disponível em: https://tinyurl.com/
SistemaQuilombola. Acesso em: 16 abr. 2021.
IV

a) O que é o Sistema Agrícola Tradicional Quilombola do Vale do Ribeira?

b) Esse sistema é formado apenas pela parte agrícola? Explique.


D

c) Qual a importância desse sistema para a comunidade? Explique.

d) Qual elemento do mundo natural esses povos quilombolas utilizam


para observar a passagem do tempo e realizar o plantio?

e) Qual é o modo de transmissão de todo o conhecimento para desen-


volver o sistema agrícola tradicional nesse espaço?

111
2
CAPÍTULO

PATRIMÔNIO: AS HERANÇAS
DA HUMANIDADE

A UNESCO e os patrimônios da humanidade

O
Public Domain Pictures / Pixabay

guilherme jofili / Flickr


1 2

Ã
Ç
Pirâmides de Guizé. Cairo, Egito. 2016.
A Praça do Marco Zero, Recife, PE. 2013
Natalie P/Pixabay

Yann / wikimedia.commons
3 4
G
L
U
IV

Acrópole. Atenas, Grécia. 2020. Taj Mahal, Agra, Índia. 2016.

O que todas estas imagens têm em comum?

Qual dos patrimônios acima fica no Brasil?


D

Você considera que esses patrimônios devem ser preservados? Por quê?

a Onde estão localizados cada um desses patrimônios?


b Converse com seus colegas e professor sobre as memórias que esses
patrimônios preservam. Juntos, elaborem um texto que fale a respeito
da preservação deles para a memória do seu povo. Em seguida, copie-o
em seu caderno.

112
A Organização das Nações Unidas para a Educa-
ção, a Ciência e a Cultura, a UNESCO, é uma agên-

S.I./Gratispng
cia especializada da Organização das Nações Unidas
(ONU) criada em 1945, com o objetivo de contribuir
para a paz e a segurança no mundo através do de-
senvolvimento da educação, das ciências naturais e
humanas, das comunicações e das informações.

O
A criação do conceito de Patrimônio Mundial está relacionada à Segun-
da Guerra Mundial, momento em que boa parte do território europeu havia
sido destruído pela guerra e muitas construções históricas, obras de arte,

Ã
documentos, artefatos da Antiguidade haviam se perdido ou foram destruí-
dos pelos conflitos. Assim, a comunidade europeia considerava que a huma-

Ç
nidade tinha sofrido perdas inestimáveis, já que muitas de suas riquezas e
memórias não poderiam ser recuperadas.
Entre as atividades da UNESCO estão as do comitê do Patrimônio Mun-
A
dial, que foi criado em 1972 para a proteção do Patrimônio Mundial, Cultural
e Natural, quando foi estabelecida a categoria de patrimônio.
G
Para que um bem ou local seja eleito é necessário sua inscrição pelos
representantes do país. Todos os anos, os membros do comitê do Patrimônio
Mundial se reúnem e avaliam as propostas recebidas. Ao entrar na lista, os
L

patrimônios precisam manter políticas públicas de cuidados, conservação e


valorização do patrimônio, entre outras práticas especificadas pela UNESCO.
U

Inicialmente, a UNESCO se concentrou em reconstruir escolas, biblio-


tecas e museus. Atualmente, a organização apoia esforços para melhorar a
educação de maneira geral. Também desenvolve inciativas de proteção ao
IV

meio ambiente e à herança cultural da humanidade.


Mas afinal, qual é a definição de Patrimônio da Humanidade?
D

Patrimônio é um local especial que tem grande valor cultural ou


apresenta características naturais importantes. Por esse motivo, deter-
mina-se que deve ser protegido e conservado. Existem mais de 1.000
lugares considerados Patrimônios da Humanidade, localizados em mais
de 160 países.

113
c O que é a UNESCO? Por que esse órgão internacional foi criado?
d Por que proteger os patrimônios da humanidade se tornou uma preo-
cupação?
e Observe alguns dos patrimônios da humanidade no Brasil e elabore em
seu caderno uma descrição para cada um deles.

Halley Pacheco de Oliveira/


wikimedia.commons

Geraldo Magela/Senado Federal do Brasil


O
Ã
Ç
• Imagem 1 • Imagem 2

A
S.I / wikimedia.commons

Paul R. Burley/wikimedia.commons
G
L

• Imagem 3 • Imagem 4
U
Poswiecie/Pixabay

Fernando Frazão/Agência Brasil


IV
D

• Imagem 5 • Imagem 6

f Em grupo, escolham um patrimônio da humani-


dade no Brasil explorado na atividade anterior e
busquem mais informações a respeito dele. Após a
pesquisa, compartilhem com os colegas e professor o que descobriram.

114
Patrimônio e memória

© Arco-Mix

Julio Cavalheiro/Secom
O
Ã
Bolo Souza Leão, prato típico da culinária
pernambucana. 2021.

Ç
José Medeiros/RDNEWS

Renda de Bilro. Florianópolis, SC. 2019.


A
G

Daniel Tavares/ PCR


L
U

Viola de Cocho feita por Alcides Ribeiro dos


Santos, que hoje vive em Santo Antônio de
Leverger, MT. 2020.
IV

O bloco de carnaval Galo da Madrugada, Recife,


PE. 2017.

Quais são os patrimônios representados em cada uma das imagens?


D

Você conhece os patrimônios representados nas imagens?

De quais regiões são esses patrimônios?

Qual patrimônio há em sua região que você acha importante também


preservar? Explique.

115
a Em sua opinião, por que é importante preservar tradições culturais como
as representadas? Explique.
b Pesquise no dicionário o significado da palavra patrimônio e explique o
motivo das tradições culturais serem denominadas dessa forma.

Como estudamos em unidades

Rodrigo Tetsuo Argenton/wikimedia.commons


anteriores, as sociedades passadas

O
deixaram muitos legados para as que
vieram depois. Foram contribuições no

Ã
campo da cultura, das artes, da filoso-
fia, do conhecimento, da arquitetura,
da culinária, entre muitos outras.

Ç
Essas contribuições formaram o
patrimônio cultural, que representa to-
dos os bens e as riquezas de valor artís-
A
tico, cultural e histórico de um povo, e
abrange os elementos que compõe os Fachada da catedral Metropolitana de
Diamantina. Igreja de São Francisco de Assis,
G
costumes, tradições e expressões cultu- construída em 1771. Ouro Preto, MG.
rais que fazem parte da identidade dos

S.I. / Secretaria da Cultura - PE


indivíduos. Por conta disso, devem ser
L

preservados para que não se percam


com o tempo e possam ser conhecidos
U

pelas futuras gerações. Existem dois ti-


pos de patrimônio:
• Material: construções, monu-
IV

mentos, documentos, obras de


artes, artefatos, sítios arqueoló-
gicos. Frevo. Recife, PE. 2016.

• Imaterial: danças, músicas, tradições culturais, modos de fazer, recei-


D

tas culinárias, mitos, festejos.


No Brasil, o órgão responsável pela elaboração de políticas públicas de
preservação, salvaguarda e monitoramento dos bens culturais inscritos na lista
do Patrimônio Mundial e na lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Humani-
dade é o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional, IPHAN, orgão
vinculado ao governo federal.

116
c Em dupla, conversem sobre quais poderiam ser considerados
os patrimônios materiais e imateriais de sua cidade ou região.
Em seguida, nomeiem eles e façam um desenho de cada um,
inserindo uma legenda.
• Apresentem para a turma o trabalho e ouçam o dos seus colegas e,
juntos, reflitam sobre a importância dos patrimônios escolhidos.

O
Você e sua turma puderam reconhecer vários patrimônios em seu mu-
nicípio que representam diversas manifestações culturais. É importante lem-
brar que muitos grupos contribuíram para a construção da diversidade cul-

Ã
tural no Brasil. No entanto, nem todos eles são reconhecidos, representados
ou homenageados.

Ç
Durante muito tempo, somente alguns

Maria José Batista/Secult


deles foram considerados sujeitos históricos e
suas culturas e história eram valorizadas. En-
A
tão, apenas as suas memórias compunham a
história oficial e a memória coletiva da socie-
G
dade. Por isso, em muitos municípios, é possí-
vel encontrar prédios públicos, nomes de ruas
e patrimônios materiais relacionados a perso-
L

Comunidade quilombola Lajeado dançando


nalidades consideradas importantes na políti- suça. Distrito de Dianópolis, Tocantins. 2016.
ca e algumas comunidades de imigrantes.
U

Atualmente, os historiadores consideram todas as pessoas e grupos


como sujeitos históricos. E há um esforço em incluir todos – entre eles os
indígenas, os africanos, os afrodescendentes, os ciganos e outros grupos
IV

étnicos e culturais que foram historicamente silenciados ou marginalizados


– nas linhas da história e na memória coletiva. Por conta disso, não apenas
esses grupos e indivíduos foram inseridos nos livros de História, mas também
sua história e cultura como parte do nosso patrimônio material e imaterial.
D

d Qual a importância da valorização dos povos e culturas que compuse-


ram nosso país e de incluir todos da história nas políticas de memória?
Converse com os colegas e professor.
e Recorte de revistas ou imprima da internet imagens de patrimônios bra-
sileiros que fazem parte da cultura de vários povos distintos. Em seguida,
faça um mural que represente a pluralidade cultural e histórica brasileira.

117
A cultura imaterial também está muito relacionada à preservação da me-
mória, já que ela está presente tanto nas culturas que possuem escrita, como
também naquelas gráficas. Em algumas culturas, as pessoas mais velhas são
muito valorizadas, pois são consideradas as guardiãs da memória do povo.
A tradição oral ainda é muito presente em muitas comunidades que uti-
lizam a oralidade para a transmissão de seus saberes através das gerações e
garantir vivos os seus costumes.

O
Em países da África como o

The Harold E. Scheub Collection/African Studies Collection


Mali, a Guiné e outros da região

Ã
subsaariana, os responsáveis pela
transmissão do conhecimento das
tradições são os griôs. Eles são her-

Ç
deiros dos povos fulas e ainda hoje
mantém a tradição de utilizar can-
tos para a transmissão da cultura A
aos mais novos, ensinando sua
cultura, história e os conhecimen- Contadores de histórias Xhosa Transkei. África do Sul.
G
tos de plantas medicinais, artesa-
natos, entre outros.
No entanto, é preciso lembrar que mesmo uma sociedade que desen-
L

volveu a escrita, a oralidade não deixa de ter importância. As tradições orais


coexistem com a cultura escrita. Transmitir informações ou conhecimentos
U

verbalmente é parte da cultura oral, mesmo que também hajam livros na-
quela sociedade.
IV

f Quem são os griôs? Qual a sua importância na transmissão do conheci-


mento?
g Leia o texto abaixo e em seguida responda às perguntas em seu caderno.
D

Tradição oral e a preservação de culturas


A forma mais antiga de se conhecer histórias é através da oralidade,
a história ouvida pela sua avó, cuja sua bisavó contou-lhe e que hoje sua
mãe lhe conta. Talvez não tenha nenhum registro escrito, você não irá
até sua estante pegar um diário e ler em voz alta as histórias de centenas

118
de anos atrás, mas nem por isso você deixará de conhecer e encantar-se
por aqueles mitos, contos, ritos e ensinamentos. Talvez, naquela época, sua
bisavó sequer soubesse escrever, mas não é por isso que lhe faltavam as pa-
lavras e não é por isso que sua história deixava de ser ouvida e repassada por
gerações. A verdade é que, para conhecermos uma história não precisamos
da letra (escrita), mas, sim, da palavra (falada). Maria Joaquina da Silva, ou
Dona Fiota, disse isso durante um seminário sobre línguas faladas no Bra-

O
sil, realizado em Brasília em 2006. […]
Nesse cenário, é incontestável o poder da palavra falada. É através
da oralidade que povos constroem sua cultura, é através da palavra que

Ã
um indivíduo se torna capaz de construir sua identidade cultural. Essa
tradição tem como objetivo não só o repasse de histórias, mas também a

Ç
construção cultural de um povo, a criação dentro de uma coletividade da
importância de cada história, a importância das percepções individuais e
repasse das mesmas, através da tradição oral é
A
possível a construção dos povos de tempos em Incontestável: conjuntoque
tempos e esses valores, a tradição do coletivo, não há dúvidas.
Ancestralidade: legado de
G
a ancestralidade e a palavra não devem jamais antepassados.
deixar serem silenciados ou esquecidos.
PINTO, Fabiana. Tradição oral e a preservação de culturas Revista Capitolina, 24 mar. 2016.
L

http://www.revistacapitolina.com.br/tradicao-oral-e-a-preservacao-de-culturas/.
Acesso em: 16 abr. 2021.
U

a) Qual o assunto do texto?


b) Segundo o texto, qual o poder da palavra falada?
IV

h Utilize as palavras do quadro abaixo e escreva um texto em seu caderno.

tradição oral gerações conhecimentos memória


D

i Qual a importância das fontes orais para a preservação dos patrimônios


imateriais?
j Em grupo, construam um jogo da memória
sobre os patrimônios culturais da humanida-
de. Para isso, utilizem revistas, livros ou imprimam as ima-
gens da internet. O jogo terá um diferencial: ao escolherem uma ima-
gem, o par dela dará detalhes sobre o patrimônio.

119
a Qual a diferença entre tempo cronológico e tempo natural?
b Por que houve tantos calendários diferentes ao longo da história?
c Leia a matéria sobre o Taj Mahal e em seguida responda às questões em

O
seu caderno.

Por que o Taj Mahal corre o risco de desaparecer

Ã
[…]
O Taj Mahal é um dos principais pontos turísticos da Índia. […] Foi

Ç
construído na cidade de Agra, no século XVII, pelo imperador Shah Jahan.
Era um mausoléu para sua rainha favorita, Mumtaz Mahal, que morreu
ao dar à luz o décimo quarto filho do casal. Para construir o edifício, o
A
imperador encomendou mármore do Rajastão, que tem uma característica
singular: parece rosa pela manhã, branco à tarde e leitoso à noite.
G

Arny Christika Putri/BBC


L
U
IV
D

Mas o Taj Mahal começou a perder seu brilho. Suas fundações estão
danificadas e as rachaduras estão cada vez maiores e mais profundas na
cúpula de mármore do monumento. Diz-se que as partes superiores dos
minaretes estão à beira do colapso. No começo deste ano, ventos fortes
provocaram a queda de dois pilares do lado exterior.

120
Em julho de 2018, o ambientalista e advogado MC Mehta apresen-
tou uma petição para o Supremo Tribunal da Índia solicitando novos es-
forços para salvar o Taj Mahal. […] Além das chuvas ácidas causadas por
poluentes como o dióxido de enxofre, os resíduos químicos dos rios que
passam pelo Taj Mahal estão causando desiquilíbrio na água e fazendo
com que insetos e animais mortos se proliferem em seu entorno.

O
[…]
Atualmente o governo está buscando instalar unidades de tratamen-
to de resíduos e encontrar alternativas de preservação para o Taj Mahal.

Ã
Contudo, há alguns pesquisadores céticos que afirmam que toda a cons-
trução pode vir a se tornar apenas uma lembrança. Então, é necessário
apoio das autoridades para que sejam feitos estudos aprofundados sobre a

Ç
construção do prédio e as características técnicas de sua construção sejam
compreendidas e assim ele possa ser salvo.
[…] A
RAVI, Salman. Por que o Taj Mahal corre o risco de desaparecer. BBC Hindi, 3 jan. 2019.
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-46732097.
G
Acesso em: 26 mar. 2021. (Adaptado).
L

a) Por qual veículo de imprensa a notícia foi publicada? Qual a data de


publicação da matéria?
U

b) O que é o Taj Mahal e qual sua importância na contemporaneidade?

c) Por que há um grupo de pessoas querendo preservar o Taj Mahal e


IV

impedir que ele “desapareça”?

d) Em sua cidade, há algum patrimônio histórico que também corre o


risco de desaparecer? O que pode ser feito para que ele seja preser-
D

vado?

d Sobre patrimônio e memória crie frases utilizando os termos a seguir.


a) Preservação - patrimônio - gerações

b) Memória - bens - patrimônios

c) Material - Patrimônio - imaterial - exemplos

121
a Leia a notícia abaixo sobre a descoberta de um sítio arqueológico e, em
seguida, responda às questões em seu caderno.

Cidade perdida de 4 mil anos na Mesopotâmia é descoberta

O
Uma antiga “cidade perdida”

Aline Tenu/Mission Archéologique


Française Peramagron
foi descoberta no sítio arqueológi-

Ã
co de Kunara, no Curdistão. Se-
gundo pesquisadores, ela prospe-
rou durante o Império Acádio, há

Ç
4 mil anos.
Cinco áreas escavadas reve-
A
laram grandes fundações de pedra que se estendem por metros e eviden-
ciam que eram antigas lavouras. Os pesquisadores também encontraram
pedaços de argila com cerca de 10 centímetros quadrados que tinham
G
escrita cuneiforme – um dos primeiros sistemas de escrita. Isso mostra
que o povo “tinha compreensão da escrita acádia e suméria, bem como de
L

seus vizinhos mesopotâmicos”, afirmou Philippe Clancier, especialista do


CNRS.
Outros itens indicam que a cidade era rica e próspera e mantinha rela-
U

ções comerciais com regiões distantes. Foram encontrados ossos de ovelhas


e porcos, restos de leões e ursos – animais de prestígio naquela época –, suge-
rindo que a comunidade realizou caçadas ou recebeu presentes. Ferramentas
IV

e cerâmicas feitas de materiais nobres também foram descobertas. “A cidade


deve ter sido bastante próspera”, comentou Tenu. “Pedras raras como obsi-
diana e cornalina eram usadas para produzir equipamentos comuns.”
D

REDAÇÃO Galileu. Cidade perdida de 4 mil anos na Mesopotâmia é descoberta. Revista


Galileu, 28 mar. 2019. Disponível em: https://tinyurl.com/MesopotamiaCidade.
Acesso em: 23 jul. 2021.

a) Quais foram as descobertas arqueológicas no sítio de Kunara?

b) Segundo os pesquisadores, quais eram as características da cidade


perdida encontrada através das pesquisas arqueológicas?

122
b O que é patrimônio cultural?

c Qual a importância da preservação dos patrimônios culturais?

d Em seu caderno, enumere corretamente cada um dos itens abaixo


indicando se são patrimônios materiais ou imateriais

1. Patrimônio material 2. Patrimônio imaterial

O
• Danças
• Brincadeira de roda

Ã
• Construções e edifícios
• Festas

Ç
• Obras de arte
• Como fazer uma comida

e A
Sobre a formação das cidades na Antiguidade, leia as alternativas a seguir
analisando cada uma. Depois, copie-as em seu caderno e indique V para
as alternativas verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, reescreva as
G
frases incorretas corrigindo-as.
a) A formação dos primeiros povoados não esteve relacionada à agri-
L

cultura.
b) Os rios foram fundamentais para a formação das cidades. Eles eram
U

responsáveis pela irrigação das colheitas e cuidado dos animais.


c) O processo de sedentarização não promoveu grandes transforma-
IV

ções no ambiente mesmo que tenha desmatado áreas para o plantio


e para a construção de povoados.
d) Com o crescimento da população e complexificação administrativa,
muitos povoados cresceram e aos poucos transformaram-se em ci-
D

dades.
f Em seu caderno, faça um texto sobre as formas de organização política
na Antiguidade. Para isso, utilize as palavras do quadro abaixo.

cidade-estado Estado centralização administração poder

123
g Leia o texto a seguir.

Ísis e Osíris estavam entre os deuses mais importantes na mitologia


do antigo Egito. Osíris era o deus dos mortos. Também era o deus das
lavouras e do crescimento pleno. Ísis era sua esposa e irmã. Ela era uma
deusa mãe supostamente dotada de poderes mágicos. Ísis e Osíris tinham
um filho chamado Hórus. Os egípcios consideravam Ísis e Hórus mãe e
filho perfeitos. [...]

O
BRITANNICA. Ísis e Osíris. Britannica Escola. Disponível em: https://tinyurl.com/IsiseOsiris.
Acesso em: 2 ago. 2021.

Ã
De acordo com o texto é correto afirmar que:
a) Os egípcios eram politeístas.

Ç
b) Os egípcios acreditavam apenas em explicações científicas para os
fenômenos da natureza.
c) No Egito Antigo, o povo não acreditava na influência dos deuses em
A
suas vidas.
d) Os egípcios atribuíam aos deuses a ocorrência de fenômenos da na-
G
tureza.
h Leia as alternativas a seguir analisando cada uma. Depois, copie-as em
seu caderno e indique V para as alternativas verdadeiras e F para as
L

falsas. Em seguida, reescreva as frases incorretas corrigindo-as.


a) Na Grécia Antiga apenas eram considerados cidadãos homens, maio-
U

res de 18 anos e nascidos em Atenas. Atualmente no Brasil, a cidada-


nia é irrestrita. Todos os brasileiros são cidadãos.
IV

b) Na Antiguidade, a democracia surgiu da necessidade de administrar


a Grécia Antiga como um todo e outras localidades próximas; nas
democracias contemporâneas, a política ajuda apenas a administrar
unidades menores, como as cidades.
D

c) Na democracia brasileira contemporânea, a participação política é


vinculada à rendae ao voto censitário.
d) Nas democracias contemporâneas, o direito à participação política
se estende a todos os grupos sociais, na Grécia Antiga, apenas os
homens livres nascidos na pólis eram considerados cidadãos.

124
i O surgimento da escrita foi um marco importante? Explique.

j Quando e onde surgiram as primeiras tentativas de se criar sistemas de


escrita?

k Quais as diferenças e semelhanças da escrita hieroglífica, cuneiforme e


do alfabeto desenvolvido pelos fenícios?

O
l Além da linguagem escrita, nos comunicamos de várias maneiras.
Indique a forma de comunicação de cada imagem e sua importância na
sociedade atual.

Ã
Rádio Web UFPA/Senado Federal
Study.com

Pixaline/Pixabay
Ç
A
m Utilize os termos abaixo e elabore frases.
G
a) calendário – tempo
b) instrumentos – marcação – humanos
L

c) indígenas – natureza – ciclos


U

n Leia as alternativas a seguir analisando cada uma. Depois, copie-as em


seu caderno e indique V para as alternativas verdadeiras e F para as
falsas. Em seguida, reescreva as frases incorretas corrigindo-as.
IV

a) Os primeiros humanos organizavam seu cotidiano com base na ob-


servação da natureza.
b) Na atualidade, todas as sociedades organizam o tempo tomando
D

como base a observação da natureza.


c) Há vários tipos de calendário. Cada sociedade organiza o seu com
base em sua cultura e observações do mundo natural.
d) No Brasil, assim como há o calendário gregoriano, que toma o nas-
cimento de Cristo como seu marco inicial, há muitos calendários in-
dígenas.

125
o Leia o texto e em seguida responda às questões em seu caderno.

As Griots da Maré: narrativas de mulheres negras da favela


O conjunto de favelas da Maré, Zona Norte do Rio, é um mundo de
140.000 habitantes e muitas histórias para contar. A formação da favela
começou pelo Morro do Timbau na década de 1940, mas cada parte da
Maré tem sua própria história de ocupação. […]

O
S egundo

ComCat/RioOnWatch
Tereza Onã, do

Ã
Núcleo de Me-
mória e Iden-
tidade da Maré

Ç
(NUMIM) da
ONG Redes da
Maré, outro tra- A
ço marcante da D. Eva, D. Aidê e D. Durvalina compartilham suas histórias no Chá com
as Avós. Centro de Artes da Maré. 2019.
Nova Holanda
G
é a presença de uma população majoritariamente negra. Atenta a isso, Tereza
reuniu uma equipe de pesquisadoras negras para trabalhar a memória local
sob o recorte de gênero e raça. Os encontros entre as pesquisadoras e antigas
L

moradoras da Nova Holanda ficou conhecido como “Chá com as Avós”. […]
O documentário As Griots da Maré, dirigido por Diego Jesus e Tere-
U

za Onã em 2016, é um dos primeiros resultados do Chá com as Avós. O


filme de 15 minutos traz as narrativas de moradoras da Maré e está dispo-
nível no canal da Escola de Cinema Olhares da Maré (ECOM).
IV

“Elas ainda não têm noção exata do que é ser griot [pronunciado no
Brasil como griô]”, observa Tereza. “Eu as chamo de griot, mas elas não se
entendem ainda assim. Essa coisa do griot tem a ver com a história, com a
memória da nossa negritude. Meu sonho é que elas se olhem no espelho e
D

falem assim: ‘Nossa! Eu sou uma griot!’ Isso ainda é uma construção. [Esse
trabalho] é uma forma de dar visibilidade para elas. Eu só estou aqui por-
que elas estiveram antes de mim. Para nós, negros, nossa ancestralidade é
fundamental. Estamos em 2019 e a história do negro no Brasil ainda não
está contada”. […] Na cultura tradicional africana, griots são os guardiões
e contadores de histórias das suas comunidades. […]

126
Dona Durvaliana (88) que é uma das personagens do filme As Griots
da Maré, conta que nasceu em Minas Gerais e tem uma extensa família
na Maré: “Eu tenho cinco filhos, 16 netos, 32 bisnetos e seis tataranetos.
Se eu for fazer um aniversário só a minha família enche a festa”, ela conta
rindo. Do grupo de avós, Dona Durvalina conta que já conhecia Aidê: A
Maré “era uma comunidade em que todo mundo se comunicava. Hoje não

O
tem como, mas os meus antigos eu conheço tudo”. […]
PEREGRINO, Miriane. As Griots da Maré: narrativas de mulheres negras da favela. Rio On
Watch. Disponível em: https://rioonwatch.org.br/?p=41728. Acesso em: 30 abr. 2021.

Ã
a) Qual projeto está sendo noticiado? Explique a proposta do docu-
mentário As Griot da Maré.

Ç
b) O que é, onde fica e quais as características da Maré?
c) O que é uma griot?
d) Que história Dona Durvalina conta?A
• Por que você acha que ela foi uma das escolhidas para ser uma
G
das griots?
e) Por que senhoras como Durvalina foram escolhidas para serem as
griots da sua comunidade?
L

f) Qual a importância do documentário As griots da Maré para as ge-


rações futuras?
U

p Analise a tirinha e depois responda às questões em seu caderno.


©André Dahmer
IV
D

DAHMER, André. Vida e obra de Terêncio Horto. São Paulo: Quadrinhos na Cia, 2014.

a) Qual é o tema da tirinha?


b) Qual opinião é criticada pelo autor da tirinha?
c) Segundo a tirinha, por que protestar contra os direitos humanos é
como se cachorros protestassem contra os direitos dos animais?

127
REFERÊNCIAS
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ANDE, Edna; LEMOS, Sueli. Roma: arte na Idade Antiga. São Paulo: Callis, 2011.
ANDE, Edna; LEMOS, Sueli. Egito: arte na Idade Antiga. São Paulo: Callis, 2011.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2004.

O
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. O saber histórico na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 2012
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge

Ã
Zahar, Cortez, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Cur-
ricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base.

Ç
Acesso em: 28 jul. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. Política Nacional de Alfa-
betização – PNA. Brasília: MEC, SEALF, 2019.
A
BRAYER, Natália Guerra. Patrimônio imaterial: para saber mais. Brasília: IPHAN, 2007.
CABALZAR, Aloisio (Org.). Ciclos anuais no Rio Tiquié: pesquisas colaborativas e mane-
G
jo ambiental no noroeste amazônico. São Paulo: Instituto Socioambiental/São Gabriel da
Cachoeira/FOIRN - Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, 2016.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma: vida pública e vida privada. 2. ed. São Paulo: Con-
texto, 2002.
L

GOMBRICH, Ernst Hans. A história da arte. São Paulo: Editora LTC, 2000.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário eletrônico Houaiss da língua
U

portuguesa. Versão monousuário 1.0. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. 1CD-Rom.


PINSKY, Carla Bassanezzi; PINSKY, Jaime (Orgs.). História da cidadania. São Paulo: Con-
texto,2003.
IV

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. 2. ed. São Paulo:
Scipione, 2009.
SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING, Heloisa M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia
das Letras, 2015.
D

SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Henrique Maciel. Dicionário de conceitos históricos.


São Paulo: Contexto, 2014.
SOCIOAMBIENTAL. Povo Tuyuka. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/
Povo:Tuyuka. Acesso em: 29 jul. 2021.
TELES, Maria Amélia de Almeida. O que são direitos humanos das mulheres. São
Paulo: Brasiliense, 2007.
TOURAINE, Alain. O que é a democracia? Petrópolis: Vozes, 1996.

128
ISBN: 978-65-5645-106-0

9 786556 451060

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