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Aula 3 – Identificação de Minerais:

Propriedades Físicas e Morfológicas


Revisão Aula Anterior
Introdução
Minerais - Identificação
Propriedades Físicas e Morfológicas
Modo de Quebra ou Deformação
Interação com a Luz
Prop. Magnéticas, Elétricas e Densidade Relativa
Modo de Cristalização
Referências
ROCHAS
Localidades

Pessoas
MINERAIS NOMENCLATURA
Prop. Físicas

Comp. Química

ESTRUTURA
Identificação de

Isomorfismo

Polimorfismo

Solução Sólida

PROP. FÍSICAS
OUTRA PERSPECTIVA...

NOMEADOS
PROPRIEDADES
FÍSICAS

COMPOSIÇÃO
MINERAIS IDENTIFICADOS QUÍMICA

ESTRUTURA
CRISTALINA

CLASSIFICADOS

PRÓXIMAS
AULAS
— Resultado direto de suas respectivas
MINERAIS características químicas e estruturais

— Propriedades macroscópicas:
— Ferramentas para o
reconhecimento rápido dos
minerais diretamente na amostra de
mão por meio de testes e ensaios
simples.
PROP. FÍSICAS
— Outras propriedades (microscópicas):
— Identificação precisa e detalhada
— Requerem preparação específica
— Equipamentos mais sofisticados
Modo de Quebra ou
de Deformação
MINERAIS

Interação com a Luz

Prop. Magnéticas,
PROP. FÍSICAS Elétricas e
Densidade Relativa

Modo de
Cristalização
FRATURA
MINERAIS

CLIVAGEM

PARTIÇÃO
PROP. FÍSICAS
DUREZA

TENACIDADE
Modo de Quebra ou
de Deformação
FRATURA

— Superfície de quebra irregular de


minerais, comumente associada a
MINERAIS substâncias com força de ligações e
densidade similares em todas as direções

— Caracteriza-se o Estilo do fraturamento:


— Conchoidal: superfícies lisas e
curvadas (interior de concha)
— Uniforme ou Planar: superfície
plana
PROP. FÍSICAS — Irregular: superfíce irregular ser
uma orientação específica
— Serrilhada: superfície denteada,
irregular, com bordas cortantes
— Fibrosa: formando fibras ou
estilhaços

Modo de Quebra ou
de Deformação
CLIVAGEM

MINERAIS
— Tendência de um mineral quebrar-se em
direções preferenciais, paralelamente a
planos atômicos específicos, sendo
consistente com a simetria do mineral.
— Intrinsecamente relacionada à estrutura
PROP. FÍSICAS cristalina
— Superfície de clivagem = superfície de
quebra
Face cristalina = superfície de crescimento

Modo de Quebra ou
de Deformação
CLIVAGEM

— Caracteriza-se o número, a orientação e a


MINERAIS qualidade das clivagens em um mineral:
Formas
— Romboédrica : como na calcita

— Octaédrica: como no diamante


— Cúbica: como na galena

Qualidade (Escala Comparativa e


PROP. FÍSICAS Empírica)
— Excelente
— Boa

— Pobre
— Ruim
Modo de Quebra ou
de Deformação
CLIVAGEM

Exemplo: Ortopiroxênio MgSiO3


CLIVAGEM

Estrutura da mica (biotita)

K(Mg,Fe) (AlSi O )(OH)


PARTIÇÃO

— Superfície de quebra associada a planos


estruturais específicos de fraqueza,
MINERAIS podendo estar relacionada a planos de
geminação entre cristais ou como
resposta à pressão
— Não necessariamente encontrada em
todas as espécies de um mesmo mineral
— Exemplo: cristais geminados podem
apresentar partição ao longo de seus
PROP. FÍSICAS planos composicionais, mas entre esses
planos eles fraturam de forma irregular

Modo de Quebra ou
de Deformação
DUREZA

— É a resistência que a superfície lisa


MINERAIS do mineral oferece ao risco
(resistência à deformação).

— Propriedade vetorial que depende


da estrutura cristalina do mineral

PROP. FÍSICAS — Escala de Mohs


— 10 minerais utilizados como
padrões;
— Escala Relativa: o mineral com
maior dureza risca os de menor
dureza (não se refere à
Modo de Quebra ou magnitude absoluta em cada um
de Deformação deles).
DUREZA

A Escala
de Mohs
Talco (1) Gipsita (2) Calcita (3)

Fluorita (4) Apatita (5) Feldspato (6)

Quartzo (7) Topázio (8) Coríndon (9) Diamante (10)


DUREZA

A Escala de Mohs
1 – Talco Mg3Si4O10(OH)2 Palito de fósforo (±1)
2 – Gipsita CaSO4.2H2O Unha (± 2)
3 – Calcita CaCO3 Alfinete (±3,5)
4 – Fluorita CaF2

5 – Apatita Ca5(PO4)3(F,Cl,OH) Aço – lâmina de barbear (± 5)

6 – Feldspato K K(AlSi3O8) Vidro (± 5,5)


7 – Quartzo SiO2 Porcelana (± 6,0)
8 – Topázio Al2SiO4(F,OH)2

9 – Coríndon Al2O3

10 - Diamante C
TENACIDADE

— Medida da coesão de um mineral, ou seja, a sua


MINERAIS resistência a ser quebrado, esmagado, dobrado
ou rasgado.
— Classificação Qualitativa:
— Quebradiço: o mineral se rompe ou é
pulverizado com facilidade;
— Maleável: o mineral pode ser transformado
em lâminas , por aplicação de impacto;
PROP. FÍSICAS — Séctil: o mineral pode ser cortado por uma
lâmina de aço;
— Dúctil: o mineral pode ser estirado para
formar fios;
— Flexível: o mineral pode ser curvado, mas
Modo de Quebra ou não retorna à sua forma original após o
de Deformação esforço;
— Elástico: o mineral pode ser curvado, mas
volta à sua forma original após o esforço.
COR
MINERAIS

BRILHO

COR DE TRAÇO
PROP. FÍSICAS
TRANSPARÊNCIA

Interação com a Luz


COR

MINERAIS
— Resposta do olho ao intervalo da luz visível
do espectro eletromagnético;
— O que interpretamos como cor do mineral é
o resultado da absorção seletiva de
determinados comprimentos de onda (λ) da
PROP. FÍSICAS luz que atravessa o mineral;
— Os λs não absorvidos tornam-se dominantes
no espectro que emerge do mineral e a
combinação desses λs é o que se percebe
como cor
— Se a luz não é absorvida, o mineral é incolor.
Interação com a Luz
COR

— Mecanismos que produzem:


MINERAIS
— Presença de Íons Metálicos
(Transições de Campo Cristalino)

— Transferência de carga
PROP. FÍSICAS
(Transições de Orbitais
Moleculares)

— Centros de Cor
Interação com a Luz
COR

— Presença de Íons Metálicos

MINERAIS (Transições de Campo Cristalino)


— Metais de Transição
— Transições de elétrons de
elementos com os orbitais 3d
incompletos
PROP. FÍSICAS — (Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni e Cu)
Berilo: Be3Al2Si6O18)
(Esmeralda) (Água Marinha)
Fe2+: cor azul

Interação com a Luz

Cr3+: cor verde


COR

— Transferência de carga

MINERAIS (Transições de Orbitais Moleculares)


• transferência de um elétron (uma
carga) de um íon a um outro: absorção
de energia;
• necessário pelo menos 2 íons
diferentes com cargas (estados de
PROP. FÍSICAS oxidação) diferentes e variáveis;
• envolve a transferência de elétrons
entre íons diferentes:
• participantes: (Fe2+ e Fe3+ ; Ti3+ e Ti4+ ;
Mn2+ , Mn3+ e Mn4+)

Interação com a Luz Safira (Al2O3)


Azul – peq. qtd. Fe2+ e Ti4+
Fe2+ → Ti4+
COR

— Centros de Cor
— Imperfeições na estrutura
MINERAIS — absorção de energia luminosa e,

— o aparecimento da cor.
— Fenômeno associado (muitas vezes) à
exposição à radiação ionizante
— e- removidos de posições normais e
depois de perder energia, são
PROP. FÍSICAS aprisionados em vacâncias da estrutura
cristalina

Quartzo (estrut. ideal) Quartzo Fumê

Interação com a Luz


COR

MINERAIS — Minerais idiocromáticos


— têm cores próprias, constantes,
inerente à composição química,
— Enxofre, ouro.

— Minerais alocromáticos
PROP. FÍSICAS — quando puros são incolores
(acróicos) e assumem diversas
cores em função da presença de
impurezas, variações na
composição química ou
imperfeições no retículo
cristalino.
Interação com a Luz — Quartzo e fluorita.
COR de TRAÇO

— Cor do pó fino de um mineral.


— Embora cor do mineral possa ser
MINERAIS variável, cor de traço relativamente
constante;
— especialmente importante em
minerais de brilho metálico;
— observação feita atritando-se o
PROP. FÍSICAS mineral numa placa de porcelana
não polida (dureza 6 a 7).
Hematita e Magnetita:
Traços Diferentes

Interação com a Luz


BRILHO

— É a capacidade de reflexão da luz


incidente pela superfície do mineral.
MINERAIS — brilho metálico
(com a aparência brilhante de metal)
— Reflexão >75% da luz incidente
— Característico de minerais
dominados por ligações metálicas
ou parcialmente metálicas
— Geralmente apresentam cor de
PROP. FÍSICAS traço escuro
— brilho não metálico
(sem a aparência de metal)
— Característico de minerais
dominados por ligações iônicas ou
Interação com a Luz covalentes
— Geralmente apresentam cor de
traço claro
BRILHO

— Brilho não metálico


MINERAIS
— Vítreo
— Resinoso
— Nacarado
— Gorduroso ou graxo

PROP. FÍSICAS — Sedoso


— Adamantino

Interação com a Luz


TRANSPARÊNCIA

MINERAIS
— Capacidade do mineral de ser
atravessado pela luz
— Classificação:
— Transparente: é possível ver
PROP. FÍSICAS contornos de objetos através do mineral
— Translúcido: há passagem de luz, mas
não é possível distinguir contornos de
objetos
— Opaco: não permite a passagem da luz,
mesmo em seções delgadas
Interação com a Luz
MINERAIS
PROP. MAGNÉTICAS

PROP. ELÉTRICAS

PROP. FÍSICAS

DENSIDADE RELATIVA

Prop. Magnéticas,
Elétricas e
Densidade Relativa
PROP. MAGNÉTICAS

MINERAIS — Magnetismo de um mineral é uma


propriedade atômica que depende da
somatória dos momentos magnéticos
dos elétrons constituíntes (relacionado
ao número quântico spin)
— Classificados em
Separador Magn. Frantz
— Diamagnéticos
PROP. FÍSICAS
— Paramagnéticos
— Ferromagnéticos
— Ferrimagnéticos
— Minerais comuns distinguíveis por
Prop. Magnéticas,
Elétricas e imã de mão:
Densidade Relativa — Magnetita – Fe3O4
— Pirrotita – Fe(1-x)S
PROP. ELÉTRICAS

— Condução de eletricidade em
MINERAIS minerais é fortemente
controlada pelo tipo de ligação
existente
— Piezoeletricidade
— produção de campo elétrico Kundt
por aplicação de pressão ao (1883)
longo de um eixo polar (em
PROP. FÍSICAS minerais que não possuam
centro de simetria);
— Piroeletricidade
— produção de campo elétrico
por variação de temperatura
Prop. Magnéticas, (em minerais que não
Elétricas e possuam centro de simetria e
Densidade Relativa com pelo menos 1 eixo polar).
Turmalina
DENSIDADE RELATIVA

— Indica quantas vezes certo volume do


MINERAIS mineral é mais pesado que o mesmo
volume de água a 4oC

— Dependente de
— tipo de átomo que compõe o
mineral
PROP. FÍSICAS — maneira que átomos estão
empacotados

— minerais formadores de rocha: 2,5 a 3,3

Prop. Magnéticas,
— minerais com elementos de alto peso
Elétricas e
Densidade Relativa
atômico (Ba, Pb, Sr) : > 4
DENSIDADE RELATIVA

Polimorfos de C
Grafita – 2,23; Diamante – 3,5

MINERAIS

Minerais da Grupo Isoestrutural da Aragonita


CaCO3 SrCO3 BaCO3 PbCO3
aragonita strontianita witherita cerussita
2,94 3,78 4,31 6.58

PROP. FÍSICAS

Olivina (Mg,Fe)2SiO4
SS completa entre
Prop. Magnéticas, Forsterita Mg2SiO4 3,3
Elétricas e Faialita Fe2SiO4 4,4
Densidade Relativa
HÁBITO

MINERAIS
— Forma geométrica externa
(aparência geral) dos indivíduos
de uma mesma espécie mineral

PROP. FÍSICAS — Reflexo da estrutura cristalina

— O hábito ocorre somente


quando grãos minerais crescem
livremente num espaço aberto
Modo de
Cristalização
MINERAIS

HÁBITO

PROP. FÍSICAS
GEMINAÇÃO

Modo de
Cristalização
HÁBITO

— Equidimensional – as formas
MINERAIS assumidas pelos cristais tendem a
apresentar dimensões iguais nas 3
direções espaciais.
— Prismático – uma das dimensões
predomina sobre as outras duas,
resultando formas alongadas.
— Acicular – predomínio exagerado de
PROP. FÍSICAS
uma das dimensões confere a forma de
agulha aos cristais (prisma muito
alongado).
— Tabular – duas das dimensões
predominam sobre uma terceira,
Modo de configurando-se formas achatadas.
Cristalização
— Placóide – o mineral se apresenta em
folhas ou placas.
HÁBITO

MINERAIS

PROP. FÍSICAS

Modo de
Cristalização
HÁBITO

MINERAIS — Equidimensional – as formas


assumidas pelos cristais tendem a
apresentar dimensões iguais nas 3
direções espaciais.

PROP. FÍSICAS

halita - cubo granada - dodecaedro

Modo de
Cristalização

fluorita - octaédro pirita - dodecaedro magnetita - octaédro


HÁBITO

MINERAIS
— Acicular – predomínio exagerado de
uma das dimensões confere a forma de
agulha aos cristais (prisma muito
alongado).

PROP. FÍSICAS

Modo de rutilo em quartzo aragonita


Cristalização
HÁBITO

MINERAIS — Tabular – duas das dimensões


predominam sobre uma terceira,
configurando-se formas achatadas.

PROP. FÍSICAS

Modo de barita
Cristalização

feldspato
HÁBITO

MINERAIS — Placóide – o mineral se apresenta em


folhas ou placas.

PROP. FÍSICAS

Modo de
Cristalização
HÁBITO
Agregados
Cristalinos
— Distingue-se dos hábito cristalino
por ser formado por muitos
indivíduos da mesma espécie, e
nos quais frequentemente não se
PROP. FÍSICAS
consegue a observação de cada
indivíduo isoladamente.

Modo de
Cristalização
HÁBITO
Agregados
Cristalinos — compacto (maciço) - massas homogêneas
— granular – composto por grãos (sem
conotação específica de forma ou tamanho)
— terroso - massas pouco coerentes
(friáveis) constituídas por grânulos;
— botrioidal - concreções globulares que se
PROP. FÍSICAS reúnem a maneira de cacho de uva.
— reniforme - forma de rins
— dendrítico – arborescente, em ramos como
de uma planta
— fibroso - massas de indivíduos aciculares
Modo de — geodos –cavidade cuja superfície é coberta
Cristalização de cristais
— drusas – superfície coberta de pequenos
cristais
drusa - quartzo geodo - quartzo

dendrítico - pirolusita

Agregados
Cristalinos
botrioidal fibroso - amianto
terroso - bauxita
granular

hematita
reniforme - smithsonita
halita

enxofre psilomelano
GEMINAÇÃO

— intercrescimento de indivíduos de mesma


MINERAIS espécie cristalina segundo um padrão
cristalográfico definido, repetitivo para
exemplares de uma mesma assembléia ou de
procedências diversas

— o retículo cristalino de um indivíduo


relaciona-se ao retículo cristalino do outro
PROP. FÍSICAS através de uma operação de simetria que
não estava presente nos retículos originais

Modo de
Cristalização
Rutilo
TiO2
GEMINAÇÃO

Geminação de Penetração
MINERAIS Estaurolita
(Fe,Mg,Zn)2Al9(Si,Al)4O22OH2
Cruz de Malta e
Cruz de Santo André

PROP. FÍSICAS

Modo de
Cristalização
GEMINAÇÃO

MINERAIS Geminação de Penetração


Pirita
FeS2
Cruz de Ferro

PROP. FÍSICAS

Modo de
Cristalização
GEMINAÇÃO

Quartzo – SiO2
MINERAIS Geminação de contato
Lei do Japão

PROP. FÍSICAS

Modo de
Cristalização
GEMINAÇÃO

Geminação de Penetração
Feldspato Potássico
KAlSi3O8
Lei de Carlsbad
Geminação Múltipla - Polissintética – Lei da Albita
Feldspato Plagioclásio
GEMINAÇÃO
NaAlSi3O8
ROCHAS
Localidades
Pessoas
MINERAIS NOMENCLATURA Prop. Físicas

Comp. Química

ESTRUTURA

Isomorfismo
Polimorfismo
PROP. FÍSICAS
Solução Sólida

Modo de Quebra Prop. Magnéticas,


ou de Interação com Modo de
Elétricas e Cristalização
Deformação a Luz
Dens. Relativa

FRATURA COR
PROP. MAGNÉTICAS HÁBITO
CLIVAGEM
BRILHO
PARTIÇÃO PROP. ELÉTRICAS
GEMINAÇÃO
DUREZA COR DE TRAÇO
DENSIDADE
TENACIDADE TRANSPARÊNCIA RELATIVA
REFERÊNCIAS

TEIXEIRA, W., FAIRCHILD, T., TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2009) Decifrando
a Terra. 2º Edição, São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional. 623 p.
KLEIN, C. & HURLBUT, C.S.Jr. (1993) Manual of Mineralogy (after J.D.Dana). 21ª
Edição Revisada, Nova Iorque: Jonh Wiley & Sons, Inc. 681p.
NESSE, W.D. (2000) Introduction to Mineralogy. Oxford: Oxford University Press,
442p.

Sítio relacionados ao tema:


http://www.unb.br/ig/cursos/FundMineral/index.htm

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