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Materiais Cerâmicos
Refratários
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Definição:
REFRATÁRIOS
Material sólido, policristalino e/ou vítreo, natural ou manufaturado,
não metálico (não excluindo adições metálicas em pó ou fibras),
inorgânicos (podendo ser constituído de elementos e compostos
orgânicos) capaz de em condições específicas de uso a altas
temperaturas, suportar: carga, erosão e corrosão sem se deformar
ou fundir.
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Micro e Macro-estrutura
Contornos de grão
Importância:
geradoras de riqueza (PIB; 1:1200)
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Perfil de consumo
Cimento 6 – 10%
Vidro 2 – 4%
celulose
não-ferrosos 14 – 20%
cerâmica
petroquímica
• Em meados de 1960, o Brasil produzia um milhão de toneladas por ano de refratários, enquanto a produção de aço
beirava os 2,6 milhões de toneladas. Hoje, o país produz menos de 450 mil toneladas de refratários/ano, contra 27 milhões
de toneladas de aço por ano. À primeira vista, esses números parecem revelar que pesquisa e desenvolvimento em
refratários no Brasil tornou-se um péssimo negócio. Mas, na prática, eles indicam que o refratário vem se adaptando a uma
tendência da siderurgia em nível mundial de usar revestimentos térmicos de melhor qualidade, mais resistentes e de
menor volume, tanto que, nos anos 70, o consumo de refratários nas siderúrgicas brasileiras era de cerca de 30 kg/t de
aço. Atualmente, para cada tonelada vazada nas aciarias das usinas são consumidos 11 kg de refratário, representando
uma produtividade muito próxima à do Japão (7 kg/t), que é referência mundial em tecnologia para o setor siderúrgico .
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
composição química
PEÇAS
TIJOLOS GRANULADOS
MOLDADOS
PLACAS
BLOCOS
de socar
de projeção
MOLDÁVEIS MASSAS de tamponamento
de reparo de soleira
CONCRETOS REFRATÁRIOS
PLÁSTICOS REFRATÁRIOS
Refratários A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
fatores de desgaste
Condições de operação
Projeto do revestimento
Aplicação
Seleção apropriada: ácidos básicos, densos, isolantes, formado, monolítico
tipos gerais
Densos Ceramizados
Formados De liga hidráulica
Isolantes De liga química
monolíticos:
argamassas, concretos, plásticos, coberturas, projetáveis.
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Fluxograma
geral
de fabricação
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Testes refratários
decréscimo do MR
com T devido a
M.R. grande % de fase
líquida que ocasiona
um escorregamento
entre os grãos
T
Refratários A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
À FRIO À QUENTE
CAPACIDADE DE SUPORTAR
CONTROLE DE QUALIDADE TENSÕES TERMO- MECÂNICAS
NA FÁBRICA CAUSADAS POR:
F d
3 FL (L /2) -x
MRF =
2 db2 (L /2)
b
Onde: F = Carga na ruptura (N)
L = Espaçamento entre os apoios (mm)
L d = Largura do corpo (mm)
b = Espessura do corpo (mm)
x = Distância entre o ponto de aplicação de carga
e onde o corpo se rompeu(mm)
COMPRESSÃO
O corpo se rompe eminentemente por tração.
DIAMETRAL
• fatores de desgaste:
Condições de operação
Projeto do revestimento
Aplicação
Seleção apropriada: ácidos básicos, densos, isolantes, formado, monolítico
KIC = fYc1/2 KI = 2 E
ENERGIA DE FRATURA:
nBT , woF → resistência ao choque térmico
onde:
Vg = volume do gás permeante por segundo (cc/s)
h = espessura do corpo de prova (cm)
S = área da secção transversal do corpo de prova (cm2)
P1 = pressão de gás na entrada (mmHg)
P = P1 + P2 (mmHg)
Refratários A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
permeabilidade
resistência à abrasão
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
• Tradicionais:
Silicosos: (80 < SiO2 < 90%) quartzitos impuros ou argilas silicosas
(cristobalita/tridimita/mulita) com até 15% Al2O3 após queima a 1000 oC;
continua... →
Refratários A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
• Tradicionais:
ATAQUE DE ESCÓRIA
resistência à abrasão, relacionada a:
Ataque de escórias
nível de temperatura
composição química/mineralógica → compatibilidade
refratário/escória
viscosidade da escória
atmosfera do meio
tipo de operação (laminar, turbulento)
mudanças metassomáticas no refratário
microestrutura (tamanho de grão, porosidade
poros de pequeno diâmetro não são atacados devido a pressão insuficiente
SBET - ataque
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Fases finais:
Tridimita 40 – 50% (A fase vítrea
favorece sua formação)
Cristobalita 30 – 40%
Quartzo ~10% (nuclea grãos maiores)
Vidro 5 – 10%
Wolastonita 2 – 5% (CaO-SiO2, pequenos cristais na fase vítrea)
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
trincas
• Tridimita → 40 - 50% → matriz e bordas do grão
quartzo
• Cristobalita → 30 - 40% → interior e superfície
• Vidro → 5 – 10%
Sílica
Impurezas:
Al2O3 (<1,58% → quebra a refratariedade → eutéticos;
elimina imiscibilidade de líquidos no sist. SiO2-CaO)
TiO2 (melhora RCT → mineraliza tridimita + fácil)
Na2O
K2O
FeO → (aumenta a molhabilidade da fase vítrea)
Usos:
Abóbodas de fornos
Coqueria (paredes)
Fornos de vidro
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Sílica
Britagem separação
quartzito
e granulométrica
moagem
conformação
lignosulfonato de Ca, Fe2O3,
(*)leite de cal = ligante secagem
mineralizador atm levemente
o suficiente p/ fornecer queima redutora p/
2% CaO após calcinação formação de
cristobalita
( ) Ca(OH) + Mg(OH) + CaCO
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Sílico-Aluminosos
15%<Al2O3<45% (mais comuns 30 - 40% Al2O3)
Matérias-primas principais:
Pirofilita (Al2O3.4SiO2.H2O)
O que é um chamote?
Promove:
Sílico-aluminosos
Impurezas:
- TiO2
- CaO (carbonatos)
- MgO (carbonatos)
Sílico-aluminosos
Microestrutura
mulita (3Al2O3.2SiO2): 25 – 40%
vidro: 35 - 50%
cristobalita: 10 – 12%
córindon: ≤ 5%
É moderadamente ácido.
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Propriedades da mulita
(3Al2O3.2SiO2) → reter Fe2O3, TiO2 em s.s. evitando eutéticos (só começa
Sistema Al2O3-SiO2
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Produção de sílico-aluminosos
H2O,
proporcionamento
ligantes mistura
seco
prensagem semi-seco
plástica
conformação extrusão
colagem
moldagem
secagem
550–600°C
1) 2(Al2O3.2SiO2.2H2O) → 2(Al2O3.2SiO2) + 4H2O
metacaulim
800°C
2) 2(Al2O3.2SiO2) → 2(Al4Si3O12) + 2SiO2
espinélio
1100°C
mulita
4) 3(Al4Si3O10) → Al6Si2O10 + 2SiO2
3Al2O3.2SiO2
Reação Global
> 1200°C
3(Al2O 2SiO 2H2O)
3
.
2
.
→ 3Al2O3.2SiO2 4SiO2 + 6H2O
mulita cristobalita
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
* andalusita
cianita
- argilas aluminosas
- bauxita
Sintéticas: mulita
Al2O3 eletrofundida;
Al2O3 tabular
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Aluminosos
Aluminosos
Microestrutura
-Al2O3 5 – 10%
Cristobalita 5 – 10%
Aluminosos
Propriedades
alta refratariedade para Al2O3 > 60%
Refratários Magnesianos
Estes refratários são responsáveis pelos processos siderúrgicos
atuais (metalúrgicos): revestimento básicos, na metalurgia extrativa
do coque, não ferrosos.
Preparo do sínter (sinterização do MgO – é o chamote magnesiano
estabilizado) - 2 caminhos:
II
Magnesianos
Previsão da resistência à corrosão
CaO/SiO2 ≈2 (melhor)
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Refratários Magnesianos
MgO MgO
• A) sínter de MgO unidos por silicatos
resistentes à corrosão MgO
baixa resistência ao creep
décimos de % B2O3 reduz drasticamente a RMQ e refratariedade
sob condições de carga (1200 – 1250 oC)
B2O3 transforma os silicatos presentes em fases de alta
penetração reduzindo o contato entre os grãos de MgO
controlar a composição evitando compostos de PF
controlar a distribuição destes compostos na microestrutura
como o B2O3
•B) Magnesianos de liga direta → queima T > 1800°C (maior dureza)
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Magnesianos
Fases presentes
Periclásio (MgO)
Forsterita (Mg2SiO4)
Mantecelita (CaMgSiO4)
Magnesianos
propriedades
Desvantagem:
Magnesianos
aditivos de sinterização:
Outros tipos
Queimados e impregnados (piche, alcatrão); carbono
residual ~3 – 4% nos poros
Ligados à piche (prensados à quente ~150 – 200°C →
curado 350 – 400°C); carbono residual ~8 – 10%
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
quimicamente conformação
ligado
MgCO2 secagem
MgSO4
queima
conformação 1500 – 1750 °C
350 – 400 oC
cura resulta em 6 – 10% C
ligados a piche 8 – 10% C pto. amolecimento
→ prensados à quente (150 – 200 oC)
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
Cuidados especiais:
a.envelhecimento da massa (desenvolver gel Mg(OH)2)
b.secagem a 40°C com ar circulante
c.queima lenta até 1200°C
Produtos magnesianos quimicamente ligados:
5% MgCl2
Sinter. MgO +
H3PO4 prensagem secagem
calc. cáustica
(Na2HPO4)
Refratários magnésia-cromo
MgO-cromita → (s.s. espinélios)
RCT superior
RMQ superior
Refratários magnésia-cromo
Magnésia-cromo
Matérias-primas
Magnésia-cromo
propriedades
resistência ao ataque de escórias
porosidade, silicatos isolados em bolsões
resistência a absorção de FeO; menor tendência a
hidratação
Rcreep e RSC
prensagem
Refratários magnésia-cromo
microestrutura:
1. grãos MgO com inclusões angulares (espinélios)
2. grãos de cromita
3. Silicatos
→ durante a queima Cr+3, Fe+3, Al+3 difundem através dos silicatos no
MgO precipitando espinélios.
Efeito de calor:
a. 400 – 700 °C – desidroxilação e oxidação Fe+2 a Fe+3
b. >800 °C – início difusão íons
MgO
MgO
cromita
espinélio
cromita
MgO v
MgO
ordem de difusividade: Fe+2 > Fe+3 >Cr+3 > Al+3
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
MgO-Cromo → usos:
a.Abóbodas de fornos
b.Panelas de refino
c.Abóbodas forno elétrico
A. A. Rabelo (UFPA - FEMAT)
anexo