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Introdução
Desenvolver novos produtos que atendam as novas exigências dos clientes, ou que por
sua vez as antecipem, constitui um ponto fundamental para a longevidade das
organizações. É notória a importância da atividade de desenvolvimento de produtos no
mundo dos negócios. Ela determina cerca de 70% a 90% do custo final dos produtos e
de outros desempenhos relacionados à qualidade, à diversificação e ao tempo de
introdução no mercado. Traduz objetivos, intenções e idéias em algo concreto, o produto
ou as soluções pelos quais os consumidores pagarão para satisfazer suas necessidades.
Portanto, o desenvolvimento de produto é um dos mais importantes processos
responsáveis pela agregação de valor aos negócios (TAKAHASHI & TAKAHASHI, 2007).
Para os autores, é aconselhável que a prática da GDP nas empresas seja interfuncional
ou multifuncional nas decisões e ações. Existem diversas metodologias para o
desenvolvimento de produtos, propostas na literatura, compostas de diversas etapas ou
fases.
O desenvolvimento de novos produtos pode ser visto como uma passagem do abstrato,
do intangível, que contempla as idéias ainda subjetivas e não muito claras, para o
concreto, o tangível, o resultado: “produto físico” (TAKAHASHI & TAKAHASHI, 2007).
De acordo com Rozenfeld et al. (2006), o PDP é tipicamente dividido em várias fases ou
etapas, visando facilitar a compreensão e o controle do processo, onde uma fase é
marcada pela conclusão de um ou um conjunto de resultados importantes do projeto.
Para Wheelwright & Clark (apud SILVA, 2002), o PDP pode ser dividido em cinco
fases a saber:
Obter sucesso significa saber integrar os diversos agentes, tanto externos como
parcerias, fornecedor e cliente, e internos como áreas funcionais de marketing, vendas,
engenharia, P&D, produção, de forma a trabalharem cooperativamente, envidando ao
sistema os esforços e competências grupais e individuais em conceitos, métodos e
técnicas qualitativas e quantitativas (CHENG & FILHO, 2007). Nesse sentido, as várias
decisões do projeto para realizar esta transformação englobam tanto áreas técnicas
como econômicas de mercado. A combinação de decisões das fases de
desenvolvimento, descritas abaixo, em uma progressão no tempo diminui a incerteza,
caracterizando assim o processo de desenvolvimento de produto análogo a um “funil”.
Estas fases, de acordo com os autores, são as seguintes:
Fase 3 – Teste e avaliação: o objetivo dessa fase é realizar um teste final e preparar a
produção e o lançamento do produto.
Os produtos que começam com uma boa especificação, discutida e acordada entre todas
as pessoas que tomam decisões na empresa, e cujos estágios iniciais de
desenvolvimento sejam bem acompanhados, têm três vezes mais chances de sucesso,
do que aqueles com especificações vagas ou acompanhamentos iniciais mal feitos.
Assim, é muito importante começar certo no processo de desenvolvimento (BAKSTER,
2003).
Segundo Rozenfeld et al. (2006), muitos autores expandem ainda mais o escopo do
PDP, incluindo atividades de planejamento estratégico no início do processo e atividades
de acompanhamento da produção e de retirada do produto do mercado no outro extremo.
Para o autor, a principal divisão das atividades do PDP é classificada em três etapas que
compreendem o pré-desenvolvimento, o desenvolvimento e o pós-desenvolvimento,
conforme apresentado na Figura 1 e exposto abaixo:
1. Conceptualização
O primeiro passo no desenvolvimento de um novo produto financeiro é conceitualizá-lo.
A idéia de um novo produto pode surgir de uma variedade de fontes, como demanda de
clientes, força de vendas interna ou um terceiro. Os fundos negociados no câmbio
surgiram porque eliminaram as limitações dos fundos de investimento tradicionais
através da negociação em uma bolsa e, portanto, oferecem liquidez instantânea e
transparência - características que são de grande atração para os investidores.
2. Desenvolvimento de produtos
Começar com uma idéia de produto é uma coisa, mas desenvolver isso é outra coisa, já
que o diabo está verdadeiramente nos detalhes. Nesta fase, a equipe de
desenvolvimento de produtos tem que traduzir a idéia para um produto tangível que pode
ser vendido para a clientela da instituição com um lucro razoável.A equipe de
desenvolvimento tem que caminhar uma linha fina na concepção de um produto que não
é desnecessariamente complexo (um risco real com produtos financeiros), nem é tão
simples, que é fácil para a competição se replicar. A clientela para o produto também é
identificada nesta fase, uma vez que a maioria das etapas subseqüentes são orientadas
pelo fato de o produto se destinar a um público varejista, ou apenas deve ser direcionado
a clientes institucionais.
4. Operações
Nesta fase da evolução de um novo produto, o nitty-gritty é marcado. Este é
provavelmente o passo mais importante em todo o processo de desenvolvimento de
novos produtos, uma vez que engloba todos os principais detalhes envolvidos com a
oferta do produto. Isso inclui o desenvolvimento de formulários e papéis a serem
preenchidos por um cliente, garantindo que a transação seja executada de forma
eficiente na plataforma da empresa e identificando as etapas envolvidas no
processamento do comércio no back office. Também inclui outros elementos-chave, tais
como a elaboração de gerenciamento de riscos e controles para garantir que os riscos
para a empresa decorrentes do novo produto sejam mitigados, bem como relatórios de
clientes, treinamento de funcionários (front office e back office) e supervisão. (Para mais
informações, veja: Introdução ao Gerenciamento de Riscos .)
5. Registro
6. Marketing
O marketing do novo produto é vital para garantir seu sucesso. Esta fase também envolve
a educação do cliente se o produto for bastante complexo. Em geral, o marketing não
pode começar - ou só pode ser conduzido de forma limitada - até que a aprovação tenha
sido recebida do corpo com quem o prospecto ou documento de oferta tenha sido
registrado. O desenvolvimento de literatura de marketing, como brochuras e
apresentações que efetivamente comuniquem os recursos e os benefícios do produto, e
a formulação de uma estratégia de mídia coesa, são atividades intensivas em tempo que
podem levar sema nas para serem concluídas.
7.Distribuição
Este é outro passo importante, pois, se não houver uma força de vendas efetiva para
vender ou distribuir o produto, ele será condenado ao fracasso. A empresa ou instituição
deve tomar uma série de decisões importantes nesta fase - quem venderá o produto,
como eles serão compensados, qual é o nível de compensação e assim por diante. Os
atributos do produto são essenciais para determinar o público alvo certo para isso. Por
exemplo, um produto de alto risco e alta recompensa ou bastante complexo pode ser
mais adequado para investidores institucionais, enquanto um relativamente mais simples
pode ser atraente para investidores de varejo. Uma vez que o mercado-alvo foi
identificado, os canais de distribuição corretos podem ser postos em prática.
8. Lançamento de produto
9. Conformidade
Factores Definições
Estratégias:
Ambiente de Mercado:
• Apoio da Alta Gerência Refere-se ao compromisso da alta gestão com o projeto de DNP, assim com
seu envolvimento diário, orientação e controle.
Adaptado de HENARD E SZYMANSKI, 2001; BROW e EISENHARDT, 1995; MONTOYA-WEISS e CALANTONE, 1994
De acordo com uma pesquisa realizada em 2018 pela consultoria Nielsen, metade dos
produtos lançados anualmente na América Latina fracassa — e 30% não sobrevivem
sequer por um ano. A mesma fonte adianta que, apenas 50% dos novos produtos
seguiram o caminho certo: traduzir uma necessidade do consumidor em um produto
adequado. Os outros 50% simplesmente basearam o desenvolvimento de novos
produtos nos motivos errados, tentando copiar a concorrência ou aproveitar tendências
sem avaliar o que os consumidores realmente queriam. Além disso, a especialista
reforça que somente um processo estruturado pode garantir o sucesso da inovação,
levando em conta aspectos como um design estratégico, boa execução comercial e
divulgação eficiente.
As pesquisas sobre o fracasso na inovação servem para nos alertar sobre os erros mais
comuns dos empreendedores. Veja quais atitudes evitar em todas as etapas do
processo de desenvolvimento de novos produtos.
Ter uma ideia genial não significa que ela se tornará um bom produto — essa é a
primeira lição do desenvolvimento de novos produtos. Isso porque a criação e
introdução de algo novo no mercado depende de muitos fatores, e uma boa ideia
não significa nada se não for executada com maestria.
Outro erro fatal é criar novos produtos sem focar nos desejos, necessidades e
dores do consumidor. Muitas vezes, o usuário quer algo mais simples e prático, mas
a empresa tenta incluir uma série de funcionalidades e diferenciais no mesmo
produto. O resultado é uma solução que não mira no problema essencial do
público-alvo, e parece estar mais voltada aos interesses de investidores e do próprio
empreendedor do que à demanda de consumo.
3. Copiar a concorrência
É verdade que boa parte dos produtos e serviços de sucesso são inspirados em
conceitos e soluções existentes — e que é praticamente impossível ser 100%
original. Mas isso não significa que deve copiar as ideias da concorrência toda vez
que um produto novo é lançado e começa a vender bem.
5. Falhar no marketing
Por fim, os problemas no marketing podem decretar o fracasso do produto logo
após o lançamento, desde a distribuição até as ações de promoção e divulgação.
Entre os erros mais comuns está a definição equivocada das personagens semi-
fictícios que representam o público-alvo ideal —, distribuição ineficiente, má escolha
de canais de comunicação e publicidade insuficiente (ou mal segmentada).
Fase 1
Fase 2
Uma vez captada esta oportunidade (por qualquer área ou canal do Banco), a idéia é
amadurecida pela área de Produtos. Este amadurecimento da idéia faz-se necessário
para se definir o conceito do produto e os primeiros contornos do mesmo bem como uma
prioridade para desenvolvimento. Esse amadurecimento de idéias para posterior escolha
das que continuarão o processo de desenvolvimento já havia sido apontado por
Wheelwright e Clark (1992 p.112), em um modelo batizado de Funil de Desenvolvimento.
Nesta fase de definição do conceito do produto, a orientação dos gestores é a mais
diversa possível . Todavia há um ponto em comum que é o desenho do produto levando-
se em consideração: finalidade, público-alvo e comportamento de consumo
essencialmente. Nesta fase há ou não o envolvimento das demais áreas do Banco,
porém se houver este ocorre de maneira informal.
Fase 3
Esta fase pode ou não estar integrada à fase 2. Uma vez definido o conceito, passa-se
ao desenho definitivo do produto envolvendo as demais áreas do Banco. Nesta fase pode
existir o suporte de sistemas de informação e TI para o controle e troca de informações
entre as áreas. Em alguns Bancos, existe uma normatização bastante rígida, orientando
esta fase para não haver perda de informação ou erro de análise (ZEITHAML et al, 1990).
Neste momento faz-se um contra-ponto entre o conceito do produto e a análise de
viabilidade do mesmo sob a ótica das diversas áreas do Banco. Cada uma das áreas
analisa em profundidade o novo produto e apresenta recomendações, avaliações de
risco e pontos críticos para cada novo produto. Uma vez passado por todas as áreas, o
desenho do produto é refeito para adequar todas as recomendações das diversas áreas
do Banco envolvidas no DNP
Nesse meio tempo (de desenho do produto) podem ter havido diversas aprovações
intermediárias e Comitês para aprovação e alinhamento das informações do produto.
Esses Comitês tem por objetivo acompanhar e dar suporte ao desenvolvimento do
produto na visão das áreas do Banco. Dependendo das decisões que precisem ser
tomadas, esses comitês pode ser formados apenas por analistas de produtos, passando
por superintendentes ou até diretores. No caso do Comitê envolvendo diretores, em
todos os Bancos, já existe uma periodicidade mensal de encontros, e neste último caso
aproveita-se o fórum para se discutir e apresentar também os novos produtos antes de
serem lançados.
Fase 4
Aprovado o produto, este é confeccionado sempre sob a supervisão da área de produtos
para posteriormente ser lançado. Normalmente, os novos produtos são testados testados
antes de serem lançados. Estes testes têm o objetivo de permitir uma avaliação de
comportamento do produto. Todavia, diferente de um protótipo de um bem tangível, o
próprio desenvolvimento de um “protótipo” de um produto bancário é o desenvolvimento
do produto em si (excetuando-se custos de divulgação, capacitação de canais e de
distribuição, entre outros). Desta maneira, apesar de Thomke e Bell (2001) proporem
que, quanto antes os testes puderem ser realizados e o processo de DNP realimentado,
o produto final terá maiores chances de sucesso, este fato não se aplica bem á produtos
bancários. Destarte, a fase de definição do conceito e desenho do produto são
fundamentais para o processo do DNP, uma vez que “o produto somente pode ser
testado, no fim de seu desenvolvimento”
Fase 5
.O Mercado
Os Agentes Reguladores
Os agentes reguladores não impõem qualquer regra para o processo de DNP aos
Bancos. Entretanto apontam algumas características da operação dos produtos, além de
condições de contorno dos mesmos, Em sua atuação, os agentes reguladores têm por
função principal, regulamentar todo e qualquer tipo de produto bancário. Uma vez que a
atuação e abrangência destes agentes reguladores é igual para todos os players neste
mercado, não há favorecimento de um ou de outro Banco. Por outro lado os agentes
reguladores fornecem algumas regras, mas não influenciam o processo de DNP ou o
posicionamento e aplicação que o produto precisa ter. Este último ponto é
particularmente interessante, pois é justamente onde reside uma oportunidade de DNP
para diferenciação.
Os Canais de Distribuição
Todo o acesso por parte dos clientes aos produtos dos Bancos, se dá por meio de sua
rede de distribuição fortemente capilarizada. Rede essa formada por agências bancárias,
caixas eletrônicos, correspondentes bancários,, além da distribuição por meio da
Internet.. Aliada á sua natureza como canais de distribuição, esta rede também funciona
como importante canal de comunicação (juntamente com acesso por telefone), entre o
Banco e o cliente. Estes canais funcionam como “via de duas mãos” onde tanto o Banco
aciona o cliente como o cliente aciona o Banco. Dessa maneira, a captação das
percepções dos clientes e a obtenção de oportunidades, seja para um DNP ou para
melhoria em produtos já existentes, ocorre por esses canais.
A Tecnologia
.Outros Fatores
Procedimentos ou normatizações internas de DNP impõe a confecção de um
planejamento detalhado de produto, formatando ao final do processo um Projeto com as
seguintes características:
Gestão de Produto:
Desenvolvimento de Produto: