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Objetivo
Apresentar as atividades exercidas e a casuística acompanhada durante o
período de estágio curricular supervisionado, além de relatar o caso clínico
principal.
Hospital
Fundado em 2022
Localizado na Avenida Manoel Elias 2001 – Porto
Alegre/RS.
Atendimentos clínicos, cirurgicos e especializados:
24 horas
Fonte: arquivo pessoal, 2023
Fonte: arquivo pessoal, 2023 Fonte: arquivo pessoal, 2023 Fonte: arquivo pessoal, 2023
Bloco Cirúrgico
Internação
Machos Fêmeas
70 64
60
50
40
36
30
20
10
0
SEXO
CÃES GATOS
80 75
60
40
25
20
0
ESPÉCIE
CONSULTÓRIO
10.4%
IMAGEM
23.7%
CIRURGIA
18.5% INTERNAÇÃO
47.4%
Tratamento
Relato do caso CARCINOMA
RENAL
Diagnóstico
Classificação
Resultados
Sinais Clínicos
exames
Referências: ALVES, 2015; HAGMAN, 2022; FERREIRA, 2007; NELSON, 2023; OLIVEIRA, 2023; VOLPATO 2018.
OBJETIVO
1º dia
Anamnese:
Canino 5 anos
Fêmea castrada
Raça Fila 43,5kg
Queixa principal perda de peso progressiva, inapetência, dispneia,
cansaço, pouco apetite e hematúria
Fonte: Arquivo pessoal, 2023.
RELATO DE CASO
Exame físico:
ECC (4/5)
Temperatura retal 39.5ºC
Algia abdominal durante a palpação em região hipogástrica
Mucosa hipocorada
Desidratada
Prescrito:
3 ml/kg/h, IV.
0,2 mg/kg, SC. 25 mg/kg, SC. Durante 6h
QID. TID. 2 ml/kg/h, IV.
Exames complementares:
Anemia
Hematócrito 28% 37 - 55 %
REMIFENTANIL
10ug/Kg/h
DEXDOMITOR
4 ug/kg, IM.
PROPOFOL DEXDOMITOR 1ug/Kg/h
4 mg/kg, IV
METADONA
0,4 mg/kg, IM. LIDOCAÍNA svc 1mg/Kg/h
RELATO DE CASO
Tricotomia
Decúbito dorsal
Assepsia (Clorexidine 2% e álcool)
Pós-operatório:
Internação:
Histopatológico:
RELATO LITERATURA
Conforme consta na literatura, os carcinomas renais são mais comuns em caninos machos e geriatras, enquanto o paciente era
uma fêmea geriatra. Com relação as espécies acometidas, podem ocorrer em humanos, cães, gatos, primatas, equinos e bovinos.
RAÇA, IDADE, SEXO E ESPÉCIE
Enquanto há estudos que dizem que não há predisposição racial, outros mencionam que pode haver predileção em cães da raça
Cocker Spaniel, Labrador, Rottweiler, Golden Retriever, Pastor-alemão e Poodle (DOURADO, 2020; DALECK, CR e STUPACK, 2017).
os sinais clínicos do paciente vão de acordo com a literatura, sendo prostração, hematúria, pouco apetite e perda de peso. Este
também apresentou dispneia, o qual não costuma estar descrito, mas sim que pode haver distrição respiratória e em felinos. Outros
SINAIS CLÍNICOS sinais clínicos que também podem ser observados em cães são letargia, polidipsia, poliúria, emese, dor a palpação(FOSSUM, 2014 e
JERICÓ, 2017).
Há certa probabilidade de haver algum tipo de equivoco ou erro na localização do órgão aderido em relação ao tumor,
principalmente se for uma massa muito grande. No caso presente ocorreu exatamente isto, o tumor tinha aproximadamente 23
LOCALIZAÇÃO DO TUMOR
centímetros (tamanho acima da média segundo Edmondsom ,2015). A acurácia, sensibilidade e determinação da malignidade do
NOS EXAMES DE IMAGEM tumor no US foi de aproximadamente 91%, sendo considerado um exame eficaz para a realidade da medicina veterinária no Brasil
(GARCIA, 2012).
DISCUSSÃO
RELATO LITERATURA
exame de tomografia computadorizada também mostra-se muito eficiente, e por vezes tanto quanto o US, ainda mais pois neste
EXAMES PARA
há a possibilidade de visualizar melhor certas estruturas e determinados aspectos que no US é um pouco mais limitado. Logo, conclui-
DIAGNÓSTICO E TC se que as modalidades diagnósticas para tumores renais são o US, RX e TC (NOH, 2022)
Na maioria das casuísticas de tumores renais, há algum tipo de envolvimento metastático, e no caso relatado houve o mesmo, isso
foi comprovado pelo US abdominal semanas após sua cirurgia, evidenciando um aumento de linfonodo. Os locais mais comuns de
METASTASE
metástase são o pulmão, fígado, glândulas suprarrenais, linfonodos, cérebro e tecido ósseo(ALVES, 2023; DOURADO, 2020;
FOSSUM, 2014).
Acreditasse que há envolvimento de alguns genes em especifico, os quais quando há algum tipo de mutação poderá haver uma não
GENES ENVOLVIDOS NO
supressão do tumor. Esses genes são os FLGN, VHL e relacionados a síndrome de Von Hippel-Lindu, sendo os principais envolvidos
TUMOR (JERICÓ, 2017).
DISCUSSÃO
RELATO LITERATURA
Sua prevalência em cães e gatos é considerada extremamente baixa, representando cerca de 0,3% a 1,5% de todas as neoplasia
% DE OCORRENCIA caninas (EDMONDSON, 2015 e MEUTEN, 2004). Sua baixa ocorrência também se deve por falhas diagnósticas e poucos trabalhos e
estudos direcionados a ela no Brasil (JERICÓ et al, 2015).
DIAGNÓSTICO É importante que o carcinoma seja diferenciado de outras causas de renomegalia, tendo alguns diagnósticos diferenciais como a
DIFERENCIAL doença policística, abcessos, hidronefrose, outras neoplasia esplênica e hepática (FOSSUM, 2014).
DISCUSSÃO
ESTADIAMENTO TNM
DISCUSSÃO
RELATO LITERATURA
A realização do estadiamento para os pacientes oncológicos mostra-se fundamental, isso pois através dela conseguimos sistematizar
as informações clínicas, organizar o planejamento terapêutico/cirúrgico e melhor classificar seu prognóstico (ALVES, 2023).O método de
estadiamento mais comum é TNM (tumor, linfonodo, metástase e invasão vascular), ele tem como funções melhor classificar a
ESTADIAMENTO
extensão do tumor primário, registrar se há algum acometimento de linfonodos regionais, se há ou não metástase e se possui ou não
algum envolvimento vascular
Segundo Edmondsom, 2015, tem algumas características e sinais clínicos que podem auxiliar a avaliar melhor o prognóstico do
INDICE MITOTICO E paciente, determinando uma média de tempo de sobrevida do animal. Fatores como caquexia, hematúria e altos índices mitóticos
TEMPO DE SOBREVIDA (número de células em mitose x 100/número total de células observadas) são, por exemplo, sinais que reduzem essa sobrevida. IMs
(PROGNÓSTICO) maiores que 30 teram sobrevida média de 187 dias, IMs que vão entre 10 a 30 teram sobrevida média de 452 dias, e IMs abaixo de 10
terão sobrevida média de 1184 dias
PROGNÓSTICO É de reservado a ruim, tendo como fatores que o influenciam o índice mitótico, caquexia e hematúria
CONCLUSÃO
STUPAK et al. Carcinoma renal sólido em cadela: Relato de caso. 1º Simpósio de Oncogeriatria em Pequenos Animais, v. 16(05), p. 15, 2017.
DALECK et al. Carcinoma renal em cão. Braz J Vet Res Anim Sci, v. 41 (supl), 2004.
DOURADO et al. Carcinoma renal bem diferenciado, padrão papilar em cão: Relato de caso. Pubvet. V. 15, n. 04, 2021.
EDMONDSON et al. Prognostic Significance of Histologic Features in Canine Renal Cell Carcinomas: 70 Nephrectomies. Veterinary Pathology. V. 52, p. 260-268, 2015.
SILVA et al. Técnica de biopsia renal em cães. XXVIII Congresso de Iniciação Científica da UFPEL. V. 28, 2019.
PONTES. Aspectos clínicos, ultrassonográficos e patológicos do carcinoma renal em dois cães. 2022. Dissertação (TCC) Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Agrárias. Paraíba,
2022.
GOMY. Identificação e caracterização de mutações germinativas no gene VHL em famílias com a doença de von Hippel-Lindau. 2008. Dissertação (Mestrado) Universidade de São Paulo –
Faculdade de Medicina de Ribeirão preto. Departamento de Clínica Médica – São Paulo. 2008.
VIDAL. Avaliação das alterações do gene VHL nos carcinomas renais de células claras associados à síndrome de von Hippel-Lindau. 2009. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Centro
Biomédico – Rio de Janeiro. 2009
GARCIA et al. Ultrassonografia abdominal pré-operatória em cães e gatos com suspeita de tumores abdominais. Ciência Rural. v. 42(1), 2012
NOH. Computed tomographic findings of primary renaç tumors in dogs nad cats. The Thai Journal of Veterinary Medicine. V. 52, 2022
ALVES & GIL. Estudo retrospectivo de cães e gatos submetidos a nefrectomia (2011 – 2021). 2023. Dissertação (Mestrado) Universidade de Lisboa. Faculdade de Medicina Veterinária. Lisboa,
2023.
Livro Tratado Médico de Pequenos Animais, Jericó 2017
Livro Cirurgia de Aequenos Animas
CONSIDERAÇÕES FINAIS