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01- A adaptação à mudança de hábitos intestinais e os novos cuidados de higiene são dificuldades a
serem enfrentadas pelos pacientes submetidos à colostomia. Após o procedimento cirúrgico, o
acompanhamento e o incentivo do enfermeiro são imprescindíveis para que o paciente e sua família
aceitem a nova realidade e recebam as orientações necessárias às práticas relacionadas ao autocuidado.
Considerando os cuidados necessários à promoção da saúde do paciente submetido a esse procedimento
cirúrgico, diga quais os cuidados e orientações que o paciente deve receber.
De acordo com o caso clínico apresentado, alguns possíveis diagnósticos de enfermagem são:
- Dor aguda relacionada à intervenção cirúrgica, evidenciada por relato de incômodo no local cirúrgico e
sono afetado.
- Nutrição desequilibrada: menos do que as necessidades corporais, relacionada à anorexia, evidenciada
por relato de apetite e ingesta hídrica diminuídos.
- Constipação relacionada à imobilidade, uso de analgésicos e ingestão insuficiente de líquidos,
evidenciada por ausência de evacuações há dois dias.
- Risco de infecção relacionado à presença de ferida cirúrgica e uso de cateter venoso periférico.
- Ansiedade relacionada ao diagnóstico de câncer de mama e ao tratamento quimioterápico, evidenciada
por comunicação verbal excessiva.
b) Cite cinco cuidados de enfermagem indicados para o caso clínico. (valor: 5,0 pontos)
Alguns cuidados de enfermagem indicados para o caso clínico são:
04- Uma menina de 4 anos de idade foi admitida em uma unidade pediátrica para realização de
apendicectomia. O enfermeiro do centro cirúrgico realizou a visita pré-operatória para identificar e avaliar a
criança e preencheu o instrumento de Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória
(SAEP). No que se refere à aplicação da SAEP e do protocolo de cirurgia segura, assinale a opção correta.
Quais os cuidados de enfermagem no pré operatório?
05- Um paciente de 64 anos de idade foi internado no setor de clínica cirúrgica de um hospital, em
pósoperatório imediato de cirurgia de ressecção transuretral de próstata (RTUP), decorrente de diagnóstico
médico de hiperplasia prostática benigna. No histórico pré-operatório, estavam registradas como principais
queixas do paciente a frequência aumentada da micção, com diminuição do volume e da força do jato
urinário e a sensação de que a bexiga não tinha sido totalmente esvaziada, acompanhada por infecções
recorrentes do trato urinário. O paciente encontra-se com irrigação vesical de três vias, com aspecto de
sangramento vivo O que é a RTUP
A RTUP é uma cirurgia para remover partes da próstata através da uretra, sem a necessidade de fazer uma
incisão na parte inferior do abdômen. É um tratamento para a hiperplasia prostática benigna (HPB), que é
um aumento benigno da próstata que causa dificuldade para urinar. A RTUP é feita com anestesia geral ou
raquianestesia, e utiliza um instrumento chamado ressectoscópio, que tem uma câmera e uma alça
metálica que usa corrente elétrica para cortar o tecido prostático. Durante a cirurgia, o médico remove o
adenoma, que é a parte da próstata que comprime a uretra, em pequenos fragmentos. Após a cirurgia, o
paciente fica com um cateter na bexiga para drenar a urina e irrigar a bexiga e a uretra com uma solução
estéril para prevenir a formação de coágulos sanguíneos. A RTUP é considerada um tratamento eficaz e
seguro para a HPB, mas pode ter algumas complicações, como sangramento, infecção, ejaculação
retrógrada e síndrome de ressecção transuretral.
- Hemorragia: é o sangramento excessivo durante ou após a cirurgia, que pode exigir transfusão sanguínea
ou nova intervenção.
- Infecção urinária: é a infecção causada por bactérias que entram na bexiga ou na uretra, que pode causar
febre, ardor ao urinar, urgência e aumento da frequência miccional.
- Ejaculação retrógrada: é a condição em que o sêmen flui para a bexiga em vez de sair pela uretra durante
o orgasmo, que pode causar infertilidade e diminuição do volume ejaculatório.
- Disfunção erétil: é a dificuldade ou incapacidade de obter ou manter uma ereção suficiente para a relação
sexual, que pode ser causada por danos nos nervos ou nos vasos sanguíneos da região pélvica.
- Sintomas miccionais irritativos: são sintomas como urgência, frequência, noctúria, incontinência e disúria,
que podem persistir ou surgir após a cirurgia, devido à inflamação, à cicatrização ou à hiperatividade da
bexiga.
- Contratura do colo vesical: é o estreitamento da saída da bexiga, que pode dificultar ou impedir a
passagem da urina, causando retenção urinária, jato fraco e gotejamento terminal¹²³.
- Síndrome de ressecção transuretral: é a absorção excessiva da solução de irrigação utilizada na cirurgia,
que pode causar distúrbios hidroeletrolíticos, edema cerebral, hipertensão, bradicardia, náuseas, vômitos,
confusão mental e convulsões.
- Manter o sistema de drenagem fechado e estéril, trocando todo o sistema quando ocorrer desconexão,
quebra da técnica asséptica ou vazamento.
- Manter o fluxo de urina desobstruído, evitando torções, dobras ou compressões do cateter ou da
extensão.
- Esvaziar a bolsa coletora regularmente, quando atingir 2/3 da sua capacidade, utilizando técnica asséptica
e sem desconectar o sistema.
- Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga, para evitar o refluxo da urina e o risco de
infecção.
- Fixar o cateter adequadamente na coxa ou no abdômen, evitando traumas ou trações no meato uretral.
- Realizar a higiene íntima do paciente duas vezes ao dia, com água e sabão neutro, limpando o meato
uretral e o cateter com movimentos unidirecionais, da frente para trás.
- Observar e anotar o aspecto, a quantidade e a frequência da eliminação urinária, comunicando ao médico
qualquer alteração ou anormalidade.
- Monitorar os sinais vitais e os exames laboratoriais do paciente, especialmente a temperatura, a
leucocitose e a urocultura, para detectar precocemente sinais de infecção.
- Orientar o paciente sobre os cuidados com o sistema de drenagem vesical, os sinais de infecção e a
importância de ingerir líquidos, conforme a prescrição médica.
01- Um paciente internado na unidade de terapia intensiva para tratamento de choque séptico
apresenta os seguintes resultados laboratoriais: pH = 7,30; PaO2 = 90 mmHg; PaCO2= 28
mmHg; HCO3= 19 mEq/L; BE = -3 mEq/L); SaO2= 98%.
O quadro desse paciente corresponde a:
Acidose metabólica, um distúrbio acidobásico conhecido como acidose metabólica. Que tem como
característica a diminuição do pH sanguíneo, causada pela baixa do bicarbonato (HCO3-) e baixa da base
excesso (BE). No caso em questão, o pH está abaixo do parâmetro normal (7,35-7,45), o HCO3- está
abaixo do parâmetro normal (22-28 mEq/L) e o BE está abaixo do parâmetro normal (-2 a +2 mEq/L).
Os resultados indicam que o paciente está com um acúmulo de ácidos em seu organismo, o que pode estar
sendo causado pela causa de sua internação, o choque séptico. O tratamento pode envolver a
administração de bicarbonato de sódio para corrigir o déficit de bicarbonato e a identificação e tratamento
da causa da acidose metabólica.
02- Um homem de 56 anos de idade, 78 kg, está no 6º dia de internação em Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) devido a politraumatismo após acidente automobilístico. Encontra-se sedado, com entubação
orotraqueal e em ventilação mecânica, hemodinamicamente instável, hipotenso (PAM: 52 mmHg),
taquicárdico (FC: 126 bpm), recebendo noradrenalina 30 mL/h e mantendo cateter vesical de demora com
débito de 100 mL nas últimas 4 horas. Está febril e seu hemograma aponta leucocitose, sugestiva de
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). Descreva o motivo para indicação da noradrenalina e
as ações de prevenção às IRAS em sítio respiratório.
03- Um paciente de 23 anos de idade foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI), em período pós-
operatório imediato de cirurgia de craniotomia para exérese tumoral. O paciente encontra-se em ventilação
mecânica por tubo orotraqueal, com monitorização pressórica arterial, cardíaca e da pressão intracraniana
(PIC), além de oximetria de pulso. Mantém acesso venoso central em subclávia direita com curativo
oclusivo. Apresenta anisocoria e sinais de hipertensão intracraniana como complicações pós-operatórias.
Nessa situação, qual a intervenção de enfermagem indicada para o posicionamento do paciente no leito?
No caso em questão o paciente apresenta sinais de hipertensão intracraniana como complicações pós-
operatórias. Com isso, a intervenção de enfermagem indicada para o posicionamento do paciente no leito é
a elevação da cabeceira em um ângulo em torno de 30 graus.
A elevação da cabeceira nesse ângulo ajuda a reduzir a pressão intracraniana. Essa posição faz com que
aja o aumento do retorno venoso e a drenagem do líquido, promovendo assim a diminuição da pressão
intracraniana.
Além disso, é importante garantir que o paciente esteja bem posicionado, nas primeiras 24 horas e em
semifowler, ficar em posição contraria ao lado da cirurgia com o pescoço e a coluna cervical alinhados, para
evitar qualquer compressão ou torção que possa aumentar a pressão intracraniana.
04- Os pacientes com queimaduras de grande extensão, ou grandes queimados, podem desenvolver
complicações sistêmicas severas, entre elas a insuficiência renal aguda (IRA) do tipo pré-renal, com a
consequente redução do fluxo plasmático renal e do ritmo de filtração glomerular devido à hipovolemia.
Nesse caso, é importante que o enfermeiro conheça essa patologia, no que diz respeito aos parâmetros
clínicos e laboratoriais, a fim de intervir precocemente na melhoria do prognóstico, que apresenta
mortalidade ao redor de 50%.
Considerando as informações apresentadas, entre os parâmetros clínicos e laboratoriais que devem ser
monitorados para controle nesses pacientes podemos citar:
Parâmetros clínicos e laboratoriais que devem ser monitorados para controle adequado.
Parâmetros clínicos:
Pressão arterial: A monitorização da pressão arterial é essencial para avaliar a perfusão renal e identificar
possíveis sinais de hipoperfusão.
Débito urinário: A quantidade de urina produzida pelo paciente é um indicador importante do funcionamento
dos rins. Uma diminuição no débito urinário pode indicar disfunção renal.
Sinais vitais: Acompanhar a frequência cardíaca e a temperatura corporal para detectar possíveis
complicações sistêmicas.
Parâmetros laboratoriais:
Eletrólitos séricos: Os níveis de eletrólitos, como sódio, potássio e creatinina, devem ser monitorados
regularmente. Alterações nesses níveis podem indicar comprometimento renal.
Nitrogênio ureico no sangue (BUN): O BUN é um marcador que pode indicar disfunção renal. Altos níveis
de BUN podem ser um sinal de insuficiência renal aguda.
Creatinina sérica: A creatinina é outro marcador importante para avaliar a função renal. Aumentos nos
níveis de creatinina podem indicar disfunção renal.
Gasometria: Avaliar os níveis de pH, bicarbonato e gases no sangue para avaliar a função ácido-base do
paciente
Monitorar a resposta do paciente ao tratamento, como a reposição volêmica, administração de diuréticos e
outras intervenções terapêuticas para melhorar o fluxo plasmático renal e o ritmo de filtração glomerular.
As ações a serem tomadas pelo enfermeiro em suporte básico de vida são as seguintes:
- Verificar a segurança do local e a resposta do paciente.
- Acionar o sistema de emergência e solicitar um desfibrilador externo automático (DEA).
- Abrir as vias aéreas do paciente usando a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo.
- Verificar a presença de respiração normal por no máximo 10 segundos.
- Iniciar compressões torácicas de alta qualidade, com frequência de 100 a 120 por minuto e profundidade
de pelo menos 5 cm, permitindo o retorno completo do tórax após cada compressão.
- Minimizar as interrupções nas compressões torácicas, alternando com ventilações na proporção de 30:2,
usando uma máscara facial ou um dispositivo bolsa-válvula-máscara.
- Aplicar o DEA assim que disponível e seguir as instruções do aparelho para análise do ritmo cardíaco e
eventual choque elétrico.
- Continuar as compressões e as ventilações até a chegada do suporte avançado de vida, a recuperação da
circulação espontânea do paciente ou a decisão de interromper a ressuscitação.
R: Laranja
2)Uma mulher com 40 anos de idade é admitida na Unidade de Pronto Atendimento com queixa de prurido
intenso, erupções cutâneas, face edemaciada e dificuldade respiratória leve. Refere que os sintomas
surgiram no dia anterior ao da consulta, após a ingestão de camarão. Nega quadros alérgicos anteriores
em relação a medicamentos, alimentos ou quaisquer produtos químicos. Com base nesse quadro clínico
como será classificado o atendimento de acordo com o protocolo de classificação de risco de Manchester.
3)A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do Sistema Único de Saúde (SUS) foi
acionada para atender um adulto, vítima de acidente automobilístico em área urbana com tráfego intenso.
O atendimento para vítimas de traumas deverá estar pautado nas recomendações do Ministério da Saúde,
fundamentadas nos protocolos de atendimento da American Heart Association. Portanto, é essencial que o
profissional conduza a avaliação das vítimas de forma ordenada, sistemática e assertiva, considerando as
prioridades de atendimento. Quanto ao estado da vítima, o enfermeiro, primeiro profissional a chegar no
local em uma motolância, identificou que se tratava de um adulto jovem, que estava inconsciente e não
apresentava sangramento aparente. Considerando o caso apresentado, descreva acerca da seqüência de
avaliação da vítima.
A sequência de avaliação da vítima de trauma é baseada no método XABCDE, que verifica as seguintes
condições do paciente:
- X: hemorragia exsanguinante, ou seja, uma perda maciça de sangue que pode levar à morte em minutos.
Nesse caso, o socorrista deve aplicar compressão direta sobre o ferimento, elevar o membro afetado e usar
torniquete se necessário.
- A: via aérea com proteção da coluna cervical. Garantir que as vias aéreas do paciente estejam
desobstruídas e que não haja risco de lesão na coluna. Nesse caso, o socorrista deve usar manobras de
elevação do mento (chin lift) ou tração da mandíbula (jaw thrust), e imobilizar a cabeça e o pescoço com um
colar cervical.
- B: ventilação e respiração, verificar se o paciente está respirando adequadamente e se há sinais de
insuficiência respiratória. O socorrista deve observar a frequência, o ritmo e a profundidade da respiração,
auscultar os pulmões e verificar a presença de cianose, dispneia ou hemoptise. Se necessário, o socorrista
deve administrar oxigênio suplementar ou ventilar o paciente com ambu
- C: circulação com controle e hemorragia, é a avaliação do pulso palpável, pressão arterial adequada e
perfusão periférica. No caso, o socorrista deve verificar o pulso radial, femoral ou carotídeo, aferir a pressão
arterial e observar a cor e a temperatura da pele. Se necessário, o socorrista deve iniciar acesso venoso
periférico, administrar fluidos e usar drogas vasoativas.
- D: disfunção, estado neurológico, ou seja, avaliar o nível de consciência, a pupila e os reflexos do
paciente. Nesse caso, o socorrista deve usar a escala de coma de Glasgow (GCS) para classificar o grau
de comprometimento neurológico, verificar o tamanho e a reatividade das pupilas e testar os reflexos
osteotendinosos e cutâneos.
- E: exposição/controle do ambiente, ou seja, remover as roupas do paciente para examinar todo o corpo
em busca de lesões ocultas e evitar a hipotermia. O socorrista deve cortar as roupas do paciente com
cuidado para não agravar as lesões, cobrir o paciente com um lençol estéril e aquecido e monitorar a
temperatura corporal.
Essa é a seqüência básica de avaliação da vítima de trauma, que deve ser realizada em até 10 minutos
pelo profissional que chega ao local do acidente. Após essa avaliação primária, o paciente deve ser
transportado para um centro hospitalar adequado, onde será submetido a uma avaliação secundária mais
detalhada.
01- Um homem com 67 anos de idade, com hiperplasia prostática benigna (HPB) é acompanhado pela
equipede um hospital-escola. O paciente utiliza sonda vesical de demora (SVD) há seis meses, tendo
recebido orientações a respeito dos cuidados necessários. Apresentou duas vezes infecção urinária (no 1º
e no 5º mês de uso da sonda), ocasionada pelo mesmo agente etiológico e tratadaem domicílio. Há três
dias, foi internado no hospitalescola e submetido a prostatectomia radical. No 2ºdia de pós-operatório foi
constatado aumento datemperatura corporal, com temperatura axilar de38,5 °C, além de turvação da
urina.O aparecimento dos sinais flogísticos sugere a presença de infecção:
O aparecimento dos sinais flogísticos sugere a presença de infecção urinária, que pode ser causada por
diversos fatores, tais como:
- O uso prolongado da sonda vesical de demora, que aumenta o risco de contaminação bacteriana e
formação de biofilme na superfície da sonda.
- A manipulação inadequada da sonda ou do sistema coletor, que pode introduzir micro-organismos na
bexiga.
- A cirurgia de prostatectomia radical, que pode provocar trauma, inflamação ou obstrução na uretra,
favorecendo a infecção.
- A resistência bacteriana aos antibióticos, que pode dificultar o tratamento e a prevenção da infecção.
A infecção urinária pós-prostatectomia pode ser diagnosticada por meio de exames de urina, como
urocultura e antibiograma, que identificam o agente causador e a sua sensibilidade aos antibióticos. O
tratamento deve ser feito com o uso de antibióticos adequados, conforme a prescrição médica, e com a
manutenção de uma boa hidratação. Além disso, é importante seguir as orientações da equipe de saúde
sobre os cuidados com a sonda, a ferida operatória e a recuperação pós-cirúrgica.
02- O contexto hospitalar historicamente é visto como espaço de cuidados orientados por tecnologias
levesduras e duras. Estudos recentes apresentam experiências e evidências da associação de tecnologias
leves aos cuidados dispensados aos pacientes hospitalizados e seus familiares. Entre essas tecnologias
leves de cuidado, destacam-se as ações de educação em saúde. Em qual tipo de tecnologia se enquadra
as ações de educação de saúde.
As ações de educação em saúde se enquadram no tipo de tecnologia leve, que são as tecnologias de
relações do tipo produção de vínculo, autonomização, acolhimento, gestão como uma forma de governar
processos de trabalho. As tecnologias leves são aquelas que envolvem o saber-fazer, o saber-ser e o
saber-conviver, que são fundamentais para o cuidado humanizado e integral. As ações de educação em
saúde visam promover o conhecimento, a participação e a autonomia dos usuários e familiares no processo
de cuidado, bem como fortalecer o vínculo entre eles e os profissionais de saúde. As ações de educação
em saúde podem ser realizadas de forma individual ou coletiva, por meio de orientações, diálogos, oficinas,
grupos, entre outras estratégias. As ações de educação em saúde contribuem para a qualidade do cuidado,
a prevenção de agravos, a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida.
- A carga de trabalho de enfermagem, que é o tempo médio despendido pela equipe de enfermagem para a
realização das atividades assistenciais e administrativas em cada unidade de internação, de acordo com o
sistema de classificação de pacientes (SCP) e o modelo assistencial adotado.
- O índice de segurança técnica (IST), que é o percentual de horas de enfermagem adicionado ao cálculo
do pessoal para cobrir as ausências previstas (férias, folgas, feriados) e não previstas (faltas, licenças,
atrasos) da equipe de enfermagem.
- A jornada de trabalho, que é o tempo diário de trabalho dos profissionais de enfermagem, considerando as
pausas obrigatórias e os intervalos entre os turnos.
- A proporção de profissionais de enfermagem de nível superior e de nível médio, que é a distribuição
percentual dos profissionais de enfermagem de acordo com o grau de formação e a complexidade das
atividades desempenhadas.
Essas variáveis são utilizadas para calcular o número de profissionais de enfermagem necessários para
cada unidade de internação, bem como para dimensionar o quadro de pessoal de enfermagem do hospital
como um todo. O método de Gaidzinski é considerado um dos mais adequados para o dimensionamento de
pessoal de enfermagem no Brasil, pois leva em conta as especificidades de cada unidade e a legislação
vigente sobre o exercício profissional da enfermagem.
04- Um homem deu entrada no pronto-socorro de um hospital acompanhado pelo seu filho, o qual é seu
único cuidador. O filho relatou que o pai apresentava sintomas de desorientação, agitação e quadro de
torpor surgidos uma semana após a ingestão de diazepam. No exame físico, o paciente encontrava-se
confuso e desorientado, com diminuição da acuidade visual, da ingesta hídrica e da alimentar, além de
apresentar dificuldade de comunicação e locomoção. Devido ao quadro apresentado decidiu-se pela sua
internação na unidade de clínica médica. O enfermeiro da unidade de internação, ao admitir o paciente,
percebeu que os dados referentes à consulta de enfermagem, realizada no pronto-socorro, foram inseridos
no prontuário eletrônico conforme fases do processo de Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE) e teorias de enfermagem. Considerando os benefícios do processo de sistematização da assistência
de enfermagem bem como das teorias de enfermagem na avaliação do paciente, avalie as afirmações a
seguir.
05- A enfermeira gestora de uma unidade de clínica médica tem enfrentado a seguinte situação com a
equipe de enfermagem: um enfermeiro assistencial não tem cumprido as regras institucionais,
apresentando faltas injustificadas e constantes atrasos no plantão. Esse fato levou a outra enfermeira
assistencial a ter que assumir as obrigações do colega, o que gerou um conflito nas relações de trabalho,
com trocas de falas agressivas, além de reclamações de outros profissionais. Acrescenta-se ao caso o fato
do enfermeiro assistencial ser parente da enfermeira gestora. Diante das circunstâncias, cabe à enfermeira
gestora mediar esse conflito. Com base nessa situação descreva como gerenciar esse conflito.
O conflito entre os enfermeiros assistenciais é um problema que afeta o clima organizacional, a qualidade
do cuidado e a satisfação dos profissionais. Portanto, cabe à enfermeira gestora mediar esse conflito de
forma ética, imparcial e efetiva. Para isso, ela pode seguir os seguintes passos:
- Identificar as causas do conflito, ouvindo as partes envolvidas e buscando compreender os seus pontos de
vista, sentimentos e expectativas. Nesse caso, as causas podem estar relacionadas à falta de
compromisso, responsabilidade e respeito do enfermeiro faltoso, à sobrecarga e ao desgaste da enfermeira
que assume as suas funções, e à insatisfação e ao descontentamento dos demais profissionais da equipe.
- Reconhecer os efeitos do conflito, tanto positivos quanto negativos, para a equipe e para a organização.
Nesse caso, os efeitos negativos podem ser: desmotivação, estresse, baixa produtividade, erros
assistenciais, comunicação deficiente, clima de hostilidade e desconfiança. Os efeitos positivos podem ser:
oportunidade de mudança, aprendizado, crescimento, inovação, melhoria dos processos e das relações.
- Escolher a melhor estratégia para gerenciar o conflito, de acordo com o seu tipo, estágio, intensidade e
contexto. Nesse caso, a estratégia mais adequada pode ser a colaboração, que visa a encontrar uma
solução que atenda aos interesses de ambas as partes, promovendo a cooperação, o diálogo, o respeito e
a confiança.
- Implementar a estratégia escolhida, utilizando habilidades de comunicação, negociação, liderança e
tomada de decisão. Nesse caso, a enfermeira gestora pode realizar uma reunião com os enfermeiros
assistenciais, expondo o problema, as suas causas e os seus efeitos, e solicitando a colaboração deles
para a resolução do conflito. Ela pode ouvir as opiniões, as sugestões e as críticas de cada um, e estimular
o debate construtivo e a busca de consenso. Ela pode também definir as metas, as ações e os prazos para
a solução do conflito, bem como os critérios para a avaliação dos resultados.
- Avaliar os resultados da estratégia implementada, verificando se o conflito foi resolvido ou reduzido, se as
metas foram alcançadas, se as ações foram efetivas, se houve melhoria no clima organizacional, na
qualidade do cuidado e na satisfação dos profissionais. Nesse caso, a enfermeira gestora pode realizar um
feedback com os enfermeiros assistenciais, reconhecendo os avanços, as dificuldades e as oportunidades
de melhoria, e reforçando os valores, as normas e as políticas da organização.
Além disso, a enfermeira gestora deve considerar o fato de ser parente do enfermeiro faltoso, e evitar que
isso interfira na sua conduta profissional. Ela deve agir com transparência, isenção e equidade, tratando
todos os membros da equipe com o mesmo critério e respeito. Ela deve também orientar o enfermeiro
faltoso sobre as suas responsabilidades, os seus direitos e os seus deveres, e aplicar as medidas
disciplinares cabíveis, caso ele não cumpra as regras institucionais.
06- Uma mulher de 89 anos de idade, internada há 10 dias em uma unidade de clínica médica e em uso
de múltiplos medicamentos prescritos, caiu do leito na noite passada. Segundo relato da equipe, a idosa
apresentava-se desorientada, e a queda ocorreu quando ela tentou levantar-se. Após realização raio X, foi
constatada fratura do fêmur direito. No momento, a paciente está com tração esquelética, aguardando
cirurgia. O membro inferior direito permanece aquecido, com boa perfusão periférica. Considerando o caso
descrito e o protocolo de prevenção de quedas do Ministério da Saúde de 2013 decreva os fatores de risco
e as prevenções para risco de queda.
Os fatores de risco para queda da paciente, de acordo com o protocolo de prevenção de quedas do
Ministério da Saúde, são:
As medidas de prevenção para queda da paciente, de acordo com o protocolo de prevenção de quedas do
Ministério da Saúde, são:
- Realizar a avaliação de risco de queda na admissão e diariamente, utilizando uma escala validada, como
a Morse Fall Scale ou a Escala de Quedas de Saint Thomas.
- Registrar o risco de queda no prontuário e comunicar à equipe multiprofissional.
- Identificar o paciente com risco de queda com um sinal visível, como uma pulseira ou um cartaz na
cabeceira do leito.
- Orientar o paciente e os familiares sobre o risco de queda e as medidas de prevenção.
- Manter o leito na posição mais baixa possível, com os freios acionados e os grades laterais elevados.
- Manter o ambiente seguro, iluminado, livre de obstáculos e com os equipamentos necessários ao alcance
do paciente.
- Oferecer assistência ao paciente para as atividades de vida diária, como higiene, alimentação e
deambulação.
- Monitorar o paciente frequentemente, especialmente à noite, e atender prontamente aos seus chamados.
- Revisar a prescrição médica e ajustar os medicamentos que possam aumentar o risco de queda, como
sedativos, hipnóticos, antidepressivos e anti-hipertensivos.
- Avaliar e tratar as condições clínicas que possam predispor à queda, como infecções, desidratação,
hipoglicemia e hipotensão.
- Utilizar dispositivos de contenção física ou química somente em situações extremas, com indicação e
autorização médica, e sob supervisão constante.
- Manter a tração esquelética em posição adequada, com o peso suspenso e sem contato com o solo, e
verificar a integridade da pele e a circulação do membro afetado.
- Registrar e notificar toda a ocorrência de queda e seus desfechos, e realizar a análise do evento para a
identificação das causas e a implementação de ações corretivas e preventivas.
07- O risco de quedas de pessoas idosas em ambiente hospitalar está associado a fatores de risco
vinculados tanto ao indivíduo quanto ao ambiente físico. Um enfermeiro do setor de internação, ao admitir
um paciente do sexo masculino, de 85 anos, internado para tratamento de diabetes mellitus, em uso de
agentes antidiabéticos, diuréticos, antipsicóticos e antidepressivos tricíclicos, relatou diminuição da
acuidade visual, incontinência urinária e inatividade física. Ao exame físico, observou desequilíbrio postural,
manchas arroxeadas nos braços e na região do tórax, além de condições higiênicas precárias. Como o
perfil do paciente se enquadrava em idosos com risco de queda, o enfermeiro utilizou o protocolo de
avaliação de risco padronizado pela instituição. Aponte os fatores de risco e diga qual o protocolode risco
comumete utilizado nas instituições de saúde brasileiras.
Os fatores de risco para queda do paciente, de acordo com o protocolo de prevenção de quedas do
Ministério da Saúde de 2013, são:
O protocolo de risco comumente utilizado nas instituições de saúde brasileiras é a Escala de Queda de
Morse, que é um instrumento validado e de fácil aplicação, que avalia seis itens relacionados ao risco de
queda: história de queda, diagnóstico secundário, uso de dispositivos auxiliares, uso de sonda intravenosa,
tipo de marcha e estado mental. A soma dos pontos de cada item resulta em uma classificação de risco
baixo, médio ou alto, que orienta as medidas de prevenção a serem adotadas pela equipe de saúde.
08- Um paciente de 67 anos de idade, portador de diabetes mellitus tipo II há 7 anos, é insulinodependente.
Há duas semanas, apresentou uma lesão superficial na região do calcâneo do pé direito, com média
quantidade de secreção serossanguinolenta, sem odores. Não soube referir o que ocorreu, pois não sentiu
nada, apenas um leve incômodo para andar, quando detectou presença de uma lesão. Passou por consulta
médica e de enfermagem para avaliação da ferida, com prescrição da realização de curativos e orientação
para prevenção de futuras lesões. Durante a consulta de enfermagem, a ferida foi caracterizada como uma
úlcera superficial pequena, localizada na região do calcâneo do pé direito, com média quantidade de
secreção serossanguinolenta e sem odores. O enfermeiro observou presença dos pulsos poplíteo e tibial
posteriores, com perfusão periférica reduzida após digitopressão na polpa plantar. Não havia presença de
calos na região, porém o paciente apresentava bolhas no calcâneo do pé esquerdo, com pele ressecada e
unhas quebradiças em ambos os membros, com diminuição de sensibilidade nos metatarsos e nas polpas
plantares.
Com base nos dados coletados durante a consulta de enfermagem, defina o que pode estar gerando a
lesão e a cobertura a ser utilizada.
A lesão do paciente pode estar relacionada à neuropatia diabética, que é uma complicação do diabetes
mellitus que afeta os nervos periféricos, causando perda ou diminuição da sensibilidade, dor, formigamento
ou fraqueza nos pés. A neuropatia diabética pode levar à formação de úlceras nos pés, especialmente em
áreas de pressão ou atrito, como o calcâneo. O paciente pode não perceber a lesão, pois não sente dor, e
atrasar o tratamento, aumentando o risco de infecção e complicações. A neuropatia diabética pode ser
prevenida ou controlada com o bom controle glicêmico, o uso de calçados adequados, a higiene e a
hidratação dos pés, e o exame regular dos pés para detectar qualquer alteração.
A cobertura a ser utilizada na lesão do paciente depende de vários fatores, como o tipo, o tamanho, a
profundidade, a localização, a quantidade de exsudato, a presença de infecção e o estado da pele ao redor
da úlcera. A escolha da cobertura deve ser feita pelo enfermeiro, de acordo com a avaliação da ferida e as
recomendações do protocolo de prevenção de úlceras no pé diabético. Uma possível opção de cobertura
para a lesão do paciente é o alginato, que é uma cobertura absorvente, que ajuda a controlar o exsudato, a
manter o meio úmido, a promover o desbridamento autolítico e a inibir o crescimento bacteriano. O alginato
deve ser trocado frequentemente, de acordo com a quantidade de exsudato, e pode ser combinado com
uma cobertura secundária, como uma gaze estéril, para fixar e proteger a ferida. Outras opções de
cobertura que podem ser utilizadas em úlceras do pé diabético são as espumas, os hidrocolóides, as
hidrofibras, os hidrogéis e as películas transparentes, dependendo das características da ferida e da
disponibilidade dos produtos.