Felicidade

1º Período Psicologia
Profe.: Fábio Rodrigues Carvalho
Vamos fazer um debate sobre o tema: Definindo o que é felicidade

Divisão dos grupos por temáticas:

Definam o que é a felicidade. (Grupo 01)
Fontes e possibilidades para a felicidade. (Grupo 02)
Limites e desafios à felicidade. (Grupo 03)
Estratégias para promover a felicidade. (Grupo 04)
 Algumas questões para pensarmos juntos:

1. Dá para pensar felicidade sem saúde mental?

2. É possível pensar saúde mental sem pensarmos contexto socioeconômico?

3. As práticas individuais, e estratégias sociais, como o apoio comunitário podem

ajudar a superar os desafios e promover a felicidade?

4. Como a Psicologia pode colaborar nesse processo?

Vamos ver um vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Fb_Z-Ty1Eh4
A etimologia da palavra:

A palavra "felicidade" tem sua origem no latim "felicitas", que deriva de

"felix", significando "afortunado", "bem-sucedido" ou "feliz", e o verbo
grego PHYO que significa “produzir” com a conotação de “fecundo,
produtivo”. Enquanto a origem da palavra alegria em Latim é “Alacritas”
que significa de “ânimo leve, contente”.
● A felicidade é uma temática cada vez mais estudada em Psicologia.

● A Psicologia positiva como área que estuda profundamente o tema.

● Área cada vez mais interdisciplinar.

Alguns apontamentos iniciais:

Estado de Bem-Estar Subjetivo: a felicidade é um estado subjetivo de bem-estar e

satisfação pessoal, mas que se desenvolve através da relação com a realidade.
Sentimentos de Satisfação e Contentamento: caracteriza-se por sentimentos de
satisfação, contentamento e realização pessoal.
Influência de Diversos Fatores: Relações interpessoais, realizações pessoais, saúde física
e mental, contexto socioeconômico e cultural.
Experiência Multifacetada: A felicidade é uma experiência complexa e multifacetada, que
vai além de momentos de alegria intensa ou prazer momentâneo.
Para além de um estado, é um processo: Se desenvolve na própria dinâmica da vida, não
apenas como emoções passageiras.
Envolve continuidade: A felicidade não é uma meta estática, mas sim um processo
contínuo de autodescoberta e crescimento pessoal.
Desenvolvimento de Habilidades: Envolve o desenvolvimento de habilidades
interpessoais e intrapessoais.
A felicidade nos tempos antigos

Filosofia grega e grandes religiões abordaram a felicidade como ligada às

virtudes humanas.
Conceitos de Aristóteles e Epicuro sobre a felicidade.

Hedonia x Eudaimonia

Distinção entre felicidade hedônica e eudaimônica.

Busca do prazer imediato vs. busca do bem e moral.
Adaptação hedônica e insaciabilidade
Desafios da busca hedonista

Exemplos de adaptação hedônica na vida cotidiana.

Comportamento consumista e compulsivo.
Expectativas irreais em relacionamentos e empregos.

Felicidade x Euforia

Diferença entre felicidade duradoura e euforia fugaz.

Riscos da busca constante por euforia.
Impacto fisiológico e psicológico da euforia.
Felicidade "Neutra"

Conceito de felicidade moderada e equilibrada.

Valorização das pequenas conquistas e da rotina.

Controle sobre a felicidade

Genética, circunstâncias e atividades na determinação da felicidade.

Enfoque na parcela controlável da felicidade.
Impacto positivo da mudança de atitude sobre a saúde geral.
Felicidade é um Processo Ativo:

A felicidade não é passiva, mas sim construída diariamente.

Envolve um estado psicológico amplo, incluindo avaliações cognitivas e emocionais
da satisfação pessoal.

Impacto da Felicidade na Vida:

Pessoas felizes tendem a ter melhores resultados no trabalho, relacionamentos

interpessoais e engajamento em atividades voluntárias.
Adaptação Hedônica:

A adaptação hedônica leva as pessoas a se acostumarem rapidamente com

mudanças positivas, reduzindo sua satisfação com o tempo.
Experimentar novidades inicialmente traz felicidade, mas essa sensação diminui com
o tempo.

Felicidade e Relacionamentos:

O casamento nem sempre garante a felicidade; muitas vezes, a monotonia e o tédio

surgem ao longo do tempo.
Ter filhos pode diminuir a satisfação no relacionamento, devido ao estresse e às
responsabilidades adicionais.
Felicidade e Dinheiro:

O dinheiro proporciona conforto material, mas não garante felicidade duradoura.

Após atender às necessidades básicas, o dinheiro contribui menos para a felicidade.
Gastar dinheiro em experiências é mais satisfatório do que em bens materiais.

Comparações Sociais e Felicidade:

Comparar-se com os outros e buscar constantemente o que falta pode levar à

infelicidade.
A atenção excessiva às mídias sociais e às conquistas alheias pode diminuir a
satisfação pessoal.
Atenção e Realização Pessoal:

Focar na realização de metas pessoais e no desenvolvimento próprio é essencial para

alcançar a felicidade duradoura.
Investir atenção em projetos significativos e nas relações interpessoais pode
promover a felicidade.

Dessa forma:

A felicidade é um estado construído ativamente, influenciado por diversos fatores.

Encontrar um equilíbrio entre satisfação material e realização pessoal é essencial para
uma vida feliz.
O Estudo da Felicidade na Psicologia e Psiquiatria

Mudança de paradigma na Psicologia e Psiquiatria: de um foco em estados afetivos

patológicos para estados afetivos positivos.
Surgimento da Psicologia Positiva: investigação de estados afetivos positivos como
felicidade, contentamento, resiliência, entre outros.

Desafios na Compreensão da Felicidade:

Psiquiatria tradicional focada em doenças mentais, não em saúde mental.

Natureza categorial das classificações em psiquiatria limita a compreensão da saúde
mental.
Métodos de diagnóstico e tratamento na psiquiatria limitados e caros.
Perspectiva da Psicologia Positiva:

Ênfase na identificação e desenvolvimento das forças e virtudes individuais.

Educação como cultivo dos talentos e potencialidades, não apenas correção de
falhas.

Aspectos Sociodemográficos e Culturais:

Variações na felicidade entre países e culturas.

Pouca correlação entre aumento de renda e felicidade.
Religião e espiritualidade associadas a maiores índices de felicidade.
Impacto de Eventos e Características Individuais:

Estabilidade relativa dos níveis de felicidade ao longo do tempo.

Casamento, filhos e outras características têm influência limitada na felicidade.

Em resumo:

● Diversas abordagens teóricas complementam o entendimento da felicidade.

● Valores contemporâneos nem sempre levam à felicidade.
● Aspectos psíquicos (personalidade, otimismo) têm forte influência na felicidade.
● Fatores sociais também desempenham papel importante.
● A felicidade não é apenas a ausência de transtornos mentais, mas uma condição
qualitativamente distinta.
Algumas questões para pensarmos:

O que te faz feliz hoje? Quais são os elementos essenciais que compõem a sua
felicidade?

Quais são os fatores que limitam sua felicidade?

Como você lida com sentimentos de tristeza, estresse ou ansiedade quando

surgem em sua vida?

Quais são os seus rituais diários ou práticas que ajudam a promover seu
bem-estar emocional?
Referências:

FERRAZ, Renata Barboza; TAVARES, Hermano; ZILBERMAN, Monica L. Felicidade:

uma revisão. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), v. 34, p. 234-242, 2007.

Cap 02: Omais, Sálua. Manual de psicologia positiva: tudo o que você precisa
saber sobre o movimento que vem mudando a forma de olhar o ser humano,
despertando o melhor das pessoas e unindo: ciência,
felicidade e bem-estar / Sálua Omais. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Qualitymark
Editora, 2018.