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Copyright © 2022 by AllBook Editora.

Direção Editorial: Beatriz Soares


Tradução: Clara Taveira
Preparação e Revisão: Raphael Pellegrini e Allbook Editora
Diagramação e produção digital: Cristiane [Saavedra Edições]
Capa: Rebecca Barboza

Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro,
sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais
forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
Os direitos morais do autor foram declarados.

Esta obra literária é ficção. Qualquer nome, lugares, personagens e incidentes são produto da
imaginação do autor. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, eventos ou
estabelecimentos é mera coincidência.

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa


(Decreto Legislativo nº 54, de 1995)
CIP - BRASIL. Catalogação na Publicação
Sindicato Nacional dos Editores da Livros, RJ
Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária - CRB-7/6439

I74g
Isaly, Dana
Games we play [recurso eletrônico] / Dana Isaly ; tradução Clara Taveira.
- 1. ed. - Rio de Janeiro : Allbook, 2022.

Tradução de: Games we play


Modo de acesso: word wide web
ISBN: 978-65-80455-48-5 (recurso eletrônico)

1. Romance americano. I. Taveira, Clara. II. Título.

22-81249
CDD: 813
CDU: 82-3(73)

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À ALLBOOK EDITORA


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SU MÁRI O

CA PA
CR É D I TOS
GAME 01
GAME 02
GAME 03
GAME 04
GAME 05
GAME 06
GAME 07
GAME 08
GAME 09
GAME 10
GAME 11
Wes
GAME 12
Jack
GAME 13
GAME 14
GAME 15
GAME 16
GAME O VE R
Um ano depois…
AL L B O OK E DI TOR A
A campainha tocou, e eu gemi, provavelmente alto o suficiente para
que a mulher ouvisse do outro lado da porta. A única razão pela qual
eu sabia que era uma entrevistadora era porque meu advogado
trouxe os papéis para me mostrar que ela havia assinado o contrato de
confidencialidade, e a assinatura dela, toda cursiva, estava rabiscada em
cada página.
Não foi realmente uma decisão minha dar uma entrevista, e eu
realmente esperava, enquanto caminhava até a porta da frente, que não
demorasse mais do que uma hora. Esperançosamente, ela teria feito a lição
de casa, então eu a faria entrar e sair bem rápido para poder voltar a me
entocar.
Passei o moletom pela cabeça e o puxei para baixo o máximo que
pude. A máscara que eu usava tinha um sorriso selvagem e maníaco, e eu
a ajustei na ponte do nariz.
Assim que abri a porta, vi um rosto bonito rodeado por uma auréola de
ondas de um tom escuro de ruivo. Ela sorriu para mim, mostrando os
dentes brancos e retos. Eu vi uma pequena cicatriz em seu lábio inferior
que parecia ser de um piercing antigo. Vestida daquele jeito, com uma
calça apertada e blazer fechado, eu nunca teria pensado que ela era do tipo
que tinha piercings.
Ela era uns bons centímetros mais baixa do que eu, o que a fez esticar
o pescoço para trás, a fim de me olhar, me dando um vislumbre direto de
seu amplo decote. Meu pau se contraiu.
Porra, ela é estonteante.
— Ah, olá! — Ela estendeu a mão e notou meu rosto coberto. — Eu
me chamo Quinlan. Pode me chamar de Quin. — Estendi a mão e apertei
os pequenos dedos esbeltos. — Eu assinei o contrato. Você não precisa
usar a máscara. — Ela puxou a mão para trás, e eu dei um passo para o
lado para deixá-la entrar. Mesmo pela máscara, eu podia sentir seu
perfume doce.
— Eu tenho problemas de confiança — eu disse com uma piscadela.
Ela me deu um sorriso tímido e seguiu pelo restante do caminho,
observando meu apartamento de conceito aberto. Fechei a porta e a levei
para a cozinha. Quin pulou em uma das banquetas e tirou o laptop da
bolsa, instantaneamente se sentindo em casa.
— Você quer beber alguma coisa?
Seus grandes olhos castanhos se voltaram para mim. Ela piscou antes
de um rubor percorrer por suas bochechas.
— Eu… eu não posso. Estou trabalhando.
— Eu quis dizer água ou algo do tipo, Quinlan — respondi com uma
risada suave. O rubor se transformou em uma mancha vermelha viva,
extensa e perdidamente adorável. Eu me perguntei como seriam as outras
partes dela iluminadas dessa maneira.
— Ah, não, não precisa. Obrigada. — Ela limpou a garganta, abriu o
laptop e tirou o gravador. — Você acabou de acordar?
Inclinei o quadril contra o balcão e olhei para ela.
— Há cerca de trinta minutos. Por quê?
— Parece que você ainda está meio dormindo. — Seu sorriso era
suave e provocante.
— É só a minha voz, amor. — Ela não tinha feito nenhuma pesquisa a
meu respeito? — Eu sou conhecido principalmente pela minha voz. Você
não fez a lição de casa?
Ela balançou a cabeça, digitando em seu laptop e configurando tudo.
— Gosto de tentar vir para uma entrevista com a menor quantidade de
informações possível. Eu sinto que isso me ajuda a fazer perguntas
melhores. De uma forma mais autêntica.
Eu gemi internamente. Isso significava que não seria um tipo de
entrevista rápida. Ia demorar um pouco.
Quin fez uma pausa e olhou para cima.
— Eu não sei nada sobre você, Coringa. Isso é um golpe no seu ego?
Sim, pensei instantaneamente. Eu queria que ela soubesse quem eu era,
ficasse impressionada com o que eu construí. Por que me incomodava
tanto que ela não soubesse nada disso?
— Vamos começar, então — eu disse, andando ao redor do balcão para
me aproximar de onde ela estava sentada. — Vou te mostrar o que eu faço
da vida antes de você começar a fazer perguntas. Te dar um vislumbre do
meu mundo.
— Ok — ela hesitou. — Mas eu já vi muitos setups de jogos. É meio
que meu trabalho. — Ela pulou da banqueta, e eu tive de me forçar a
ignorar a forma como seus seios saltavam sob aquele blazer. Eu queria que
ela o tirasse. Eu queria ver a pele lisa de seus ombros e braços esbeltos.
Eu me sacudi mentalmente quando percebi que Quin estava olhando
para mim, esperando que eu mostrasse o caminho. Saí em direção aos
fundos da casa, onde ficava minha sala de jogos.
— É o seu trabalho, mas você não disse que não sabe nada sobre as
pessoas que vai entrevistar? — Acionei um interruptor quando entrei,
iluminando a sala inteira com os LEDs azuis. Quin ficou na porta me
observando enquanto eu caminhava até o meu computador e começava a
apertar alguns botões para ligar e acender tudo.
— Eu sei quem você é. Só não sei muito a seu respeito. Gosto de
aprender sobre meus entrevistados do jeito que as pessoas fazem na vida
real. — Ela sorriu e olhou ao redor da sala, absorvendo tudo.
— Então é aqui que a mágica acontece — eu disse, gesticulando para a
mesa que agora estava iluminada num tom de verde brilhante.
Quin deu alguns passos e caminhou pela sala, olhando para todos os
meus pôsteres e passando os dedos pelas prateleiras que continham todos
os meus mangás. Cruzei os braços sobre o peito e me encostei na parede
para observá-la.
— Essa é uma coleção impressionante — disse ela antes de continuar
se movendo pela sala e parar na minha mesa. Ela se jogou direto na minha
cadeira e deu uma volta. — Confortável.
— Passo muito tempo nela. Ela precisa ser.
— Todas as superfícies aqui acendem? Qual é o lance dos gamers com
LEDs? — Ela riu, e descobri que gostava do jeito que seu rosto se
iluminava.
— Nem todas as superfícies — eu disse. — Mas quando faço uma
transmissão, não gosto de luzes brilhantes. É mais fácil manter meu rosto
escondido se estiver um pouco mais escuro.
Ela assentiu e deu outra olhada ao redor.
— É legal. Por que não fazemos a entrevista aqui? Você estará mais no
seu território. Pode te ajudar a não ficar tão nervoso.
— Não estou nervoso.
— Pare de se mexer para lá e para cá, então — ela disse com um
sorriso.
E então Quin estava do lado de fora do cômodo, indo pegar suas
coisas. Quando voltou, eu estava sentado na minha cadeira, de modo que
ela se instalou no sofá à minha frente. Quin tirou o blazer, expondo as
tatuagens coloridas que cobriam cada centímetro de seus braços e ombros.
— Mangas inteiras? — eu perguntei. — Por essa eu não esperava.
Aquele leve rubor percorreu suas bochechas novamente. A pequena
cicatriz em seu lábio fazia mais sentido agora.
— Eu tento me vestir profissionalmente. Isso não significa que eu seja
uma puritana. Você tem alguma tatuagem?
Eu estava vestido com jeans e um moletom de manga comprida. Nem
um centímetro de pele estava aparecendo além das minhas mãos, um
pouco do pescoço e dos olhos. Então ela não podia ver que eu estava
realmente coberto de tatuagens.
— Em off?
— Claro — ela disse, alegre.
— Sim. Eu realmente não conto a ninguém sobre elas por causa de
toda a coisa de identidade. Eu tenho o braço esquerdo fechado e algumas
no peito. Minhas pernas estão quase completamente cobertas.
— Eu tenho o quadril tatuado, tipo, da coxa até o osso do quadril, e,
puta merda, como doeu. A dor na perna é um tipo totalmente diferente de
dor.
Meus olhos passaram por seu corpo e pararam em seu quadril por um
momento, imaginando que tipo de tatuagem ela teria ali. Quin limpou a
garganta, e eu olhei de volta para ela, nossos olhos se encontrando por um
momento mais longo do que parecia ser profissional. O ar parecia pesado
e carregado. Eu observei seu pescoço esbelto se mover enquanto ela
engolia a saliva de uma maneira nervosa.
— Quais são suas perguntas, Quinlan? — perguntei para quebrar o
silêncio que se prolongara por muito tempo. Eu adoraria ficar sentado a
vendo se contorcer sob meu olhar, mas percebi que aquela era uma
reunião profissional e não pessoal, então não deveria deixá-la muito
desconfortável.
Mas eu não conseguia parar de pensar em seus braços e pernas
amarrados à cama, seu corpo disponível e esperando por mim. Ou talvez
ela de quatro, com uma coleira em volta daquele lindo e pequeno pescoço,
me seguindo como uma boa menina. Sua boca em meu pau. A bunda
avermelhada por causa dos meus brinquedos.
— Vamos começar do começo — ela disse, me tirando do meu
devaneio. Cruzei as pernas e puxei o moletom um pouco para baixo,
tentando esconder a ereção crescente. — Por que você começou com isso?
Ela colocou os pés para cima e se sentou sobre eles. Seus grandes
olhos castanhos pousaram nos meus, e eu me perguntei se ela podia ver
que um era azul e o outro, marrom. Provavelmente era minha maior
insegurança. E, claro, era normalmente a primeira coisa que alguém
notava em mim e não podia deixar de comentar. Mas Quin não disse nada
sobre isso.
— Dinheiro — eu disse sem rodeios. Quin deu uma pequena risada.
Eu me inclinei para trás na cadeira e fiquei confortável, tentando fazer o
sangue bombear para o cérebro. — Sempre gostei de games, quando
percebi que poderia ganhar dinheiro com isso, decidi que poderia tentar
fazer streaming. Fiquei cada vez melhor nisso. Mais pessoas estavam se
juntando toda vez que eu jogava. Sinceramente, acho que muitas pessoas
começaram a participar principalmente para me ouvir falar e não porque
eu era realmente bom no que estava fazendo.
— E você lida bem com isso?
— Claro — respondi e dei de ombros. — Dinheiro é dinheiro. Se eles
querem ficar só me ouvindo falar, quem sou eu para impedi-los?
— Você recebe pedidos especiais? Tipo, as pessoas pedem para você
dizer certas coisas ou dizer oi para elas? — Ela mordeu o lábio enquanto
fazia a pergunta e digitava algumas notas em seu laptop. Eu olhei para o
computador de Quin enquanto respondia.
— Sim. O tempo todo. E muitas vezes são pedidos sexuais. — Seus
olhos arregalaram, e ela parou de digitar. Aquela porra de rubor adorável
subiu por seu pescoço novamente, e eu sorri sob a máscara. Eu amei ser a
causa dessa vermelhidão.
— Sexuais? — ela perguntou enquanto levantava os olhos da tela para
mim.
— Ah, sim, Cacheada — eu disse, me inclinando para frente e
apoiando os cotovelos nos joelhos. — Você ficaria surpresa com as coisas
que as pessoas me pagaram para dizer a elas. — Eu a observei engolir a
saliva novamente, minha mente se desviando para outra coisa que ela
poderia também engolir. E quando sua próxima pergunta saiu ofegante e
tensa, eu sabia que tinha acabado. Quin estava prestes a ser uma mosca
presa na minha teia.
— Que tipo de coisas?
Eu sorri.
— M itas pessoas têm certas fantasias, e elas gostam de me contar.
Você já ouviu falar de tara em humilhação ou elogios, Quinlan?
O rubor passeou do seu pescoço até as bochechas enquanto ela tentava
rir.
— Já ouvi falar, sim. Não posso dizer que já experimentei. Eu nunca
julgaria ninguém por suas fantasias, mas realmente não entendo toda essa
coisa de humilhação. Não sei por que alguém iria querer ser degradado
assim.
— Há muitas razões. Para algumas pessoas, é uma libertação. Eles
podem se soltar no quarto e deixar outra pessoa no comando. O tabu
envolvido nisso gera uma grande excitação para muitas pessoas. — Se ela
não parasse de morder aquele lábio inferior… Eu respirei fundo e
continuei: — De qualquer forma, as pessoas vêm me pedir para falar
pequenas frases e me mandam tokens e tudo por isso, o que é apenas uma
maneira elegante de me pagar.
— Então você ganha dinheiro para se sentar aqui, fazer streamings e
vencer competições, mas você também joga com as fantasias das pessoas
a seu respeito?
— Não sei se seria correto dizer que são fantasias sobre mim
especificamente, mas, sim.
— Ah, eu tenho certeza de que são. As pessoas têm fascínio por
personalidades da internet. Especialmente pessoas como você, que têm
todo esse mistério sexy sobre si. Com essa voz profunda e a máscara, traz
à tona as fantasias com mascarados que existem em todos nós.
— Todos nós? — eu perguntei, me recostando na cadeira e dando um
sorriso por baixo da máscara. — Isso te inclui, Quinlan? Você tem uma
queda por máscaras? — Inclinei a cabeça para o lado e deixei meu olhar
vagar por seu corpo antes de retornar ao seu rosto. Quin encontrou meu
olhar e não vacilou, mesmo que eu visse seu peito subir e descer um
pouco mais rápido. Saber que incitei essa reação nela fez o sangue correr
direto para o meu pau.
Tive de lutar contra um gemido. Eu queria cruzar o espaço que nos
separava e mostrar a ela meu lado sombrio, mostrar a Quin tudo o que eu
poderia fazê-la sentir. Eu queria mostrar a ela que se pudesse confiar em
mim por uma noite, a faria sentir tudo o que tinha medo de sentir. Quin
moveu as pernas e esfregou as coxas sutilmente. Ela estava com tesão?
Talvez eu não fosse o único a sentir a quantidade estúpida de cargas
elétricas entre nós. Ela limpou a garganta.
— Eu pensei que era eu quem deveria fazer as perguntas, não? — Ela
estava tentando mudar de assunto. Eu me levantei e caminhei até ela,
tirando algumas de suas coisas do caminho e se sentando à sua frente.
— Sim, Quinlan. Vá em frente. Faça as perguntas. — Eu
propositadamente abaixei a voz uma oitava só para deixá-la um pouco
mais desequilibrada.
Esta entrevista rapidamente se transformou em algo muito mais
perigoso, mas eu não estava disposto a lutar contra isso. Havia algo em
Quinlan que me atraía. Eu queria vê-la rastejar para mim. Eu queria despi-
la, amarrá-la com belos nós e provocá-la até o limite. Eu me recostei no
sofá e voltei meu olhar para ela.
— E sua infância, Coringa? Esse assunto está fora dos limites? — Ela
sorriu para mim, e eu me vi sorrindo de volta. Fiquei desapontado por
Quin não ter mordido a isca, mas ainda era só o começo.
— Nem tudo — respondi.
— Ok. Vamos começar do início. Você sempre foi um nerd? — Quin
olhou para mim, e seu sorriso era puro flerte.
— Um nerd? Seu trabalho é entrevistar pessoas como eu. Você insulta
todas as pessoas que entrevista, Cacheada? Ou apenas as que acha
atraentes?
Ela jogou a cabeça para trás e riu, batendo levemente no meu braço e
expondo o comprimento cremoso do pescoço; em seguida olhou para
mim.
— É ousado de sua parte assumir que eu te acho atraente. Como seria
possível? Eu só consegui ver seus olhos.
— São olhos bonitos, não?
Ela fez uma pausa e olhou para mim.
— São. — Ficamos nos encarando por um momento, apenas olhando
um para o outro. Eu me perguntei se Quin podia sentir a atração
gravitacional que parecia estar nos mantendo próximos, implorando para
que nos tocássemos. — Continuando então. Quando essa obsessão por
jogos e coisas de computador começou?
— Quando eu era muito jovem, acho que já tinha interesse por isso,
mas éramos pobres demais para comprar qualquer equipamento para
entrar nesse mundo. Quando estava no ensino médio, consegui um
emprego depois das aulas e nos fins de semana. Economizei muito, e
depois comecei a gastar muito. Consegui montar um setup. Quando tinha
tudo o que precisava, consegui me concentrar realmente em jogar.
— Então, em vez de passar seus anos de ensino médio com garotas,
você decidiu ficar acordado a noite toda jogando. E você não se chamaria
de nerd? — ela brincou.
— Confie em mim, se as garotas estivessem interessadas naquela
época, eu teria saído com elas.
— Acho isso difícil de acreditar. As garotas não estavam interessadas
em você? — Suas sobrancelhas se uniram enquanto digitava algumas
anotações no laptop.
— Um menino comprido como um espaguete que não sabia se vestir
ou dizer algumas frases coerentes perto das garotas? Eu não era bem um
partidão, querida. Foi só na faculdade que comecei a ganhar corpo e me
preocupar em cuidar de mim mesmo. Não que eu seja um fisiculturista,
mas ganhei alguns músculos, comecei a me importar com a aparência…
— Deixei a frase sem terminar.
Quin mordeu o lábio inferior enquanto digitava no teclado.
— E você fez qual curso na faculdade? — ela perguntou, olhando para
mim por baixo de seus longos cílios.
— Ciência da Computação.
— Que chocante.
— Minha vida meio que deu uma guinada na faculdade. A confiança
que ganhei fora do quarto começou a se traduzir em confiança dentro do
quarto. Comecei a ganhar reputação por um certo tipo de… experiência,
quando se tratava de sexo.
Ela tentou esconder um sorriso, mas eu vi a pequena contração de sua
boca antes que se recuperasse. Se eu a conhecesse bem, teria pensado que
Quin estava interessada no que exatamente eu quis dizer.
— E isso o levou a toda… — Ela fez uma pausa, e eu podia vê-la
tentando encontrar as palavras certas para o que estava tentando dizer. —
Isso o levou a toda essa questão de dizer coisas sensuais para as pessoas
em transmissões online?
— Eventualmente — eu respondi. — Comecei a notar as garotas com
quem eu falava reagindo de uma certa maneira à minha voz e às coisas
que eu dizia. Então, quando saí da faculdade, comecei a fazer streaming
em tempo integral e pensei em fazer uns testes com esse tipo de fetiche. E
funcionou. Então achei que poderia ser pago por isso.
— Sim, mas agora você tem que se esconder o tempo todo. Isso não o
fez se sentir solitário? — Sua pergunta me pegou desprevenido, e eu tive
de pensar um momento antes de responder. Eu me sentia solitário?
— Há muitas pessoas que não fazem parte deste mundo em que estou
mergulhado — eu disse a ela enquanto pensava em voz alta. — Eu
normalmente posso sair, que ninguém vai me reconhecer. Ninguém
conhece minha aparência, e seria preciso alguém que conhecesse muito
bem meu conteúdo para reconhecer minha voz. Muitos caras têm vozes
profundas. E eu tenho que encher a dispensa de alguma forma.
Ela riu da minha piadinha e então inclinou a cabeça enquanto me
olhava de cima a baixo.
— Me conte algumas das coisas que as pessoas pedem — ela soltou.
Eu pisquei. Isso pareceu ter surgido do nada. Quin olhou para mim com
uma pequena faísca em seus olhos ao lançar esse desafio.
Eu realmente mostraria a ela esse meu lado?
A resposta era sim. Porra, e como.
Afinal, meu pequeno animal de estimação queria brincar.
— Isso tem que ser em off, Quinlan. Eu não quero que as pessoas
pensem que eu tirei vantagem de você, e não quero que você pegue isso e
distorça minhas palavras para fazer parecer que eu disse essas coisas de
maneira inadequada.
Ela respirou fundo, aparentemente se equilibrando, e fechou o laptop
com um clique satisfatório. Quin se certificou de que todo o restante
estivesse desligado e colocou tudo no chão, aos nossos pés.
Ela se virou para mim, cruzando as pernas como um pretzel. Coloquei
meu braço no encosto do sofá e estendi a mão, correndo os dedos pelo seu
cabelo. Porra, era macio.
— Melhor? — ela perguntou, a voz tremendo ligeiramente.
Eu balancei a cabeça.
— Você quer jogar um jogo comigo, Quinlan?
Ela parecia insegura, mas respirou fundo antes de responder:
— Sim.
Eu sorri.
— Você vai ser uma boa garota para mim esta noite, Quinlan?
Seus olhos se arregalaram, mas ela não respondeu. Quin não percebeu
que seria aqui que a noite ia dar uma guinada. Foi a minha vez de assumir
esta pequena entrevista e transformá-la em algo muito mais divertido para
nós dois.
— Eu lhe fiz uma pergunta — eu disse. — É do seu interesse
responder. Não gosto de ter de repetir. — Segurei seu cabelo com mais
firmeza, apenas o suficiente para que ela sentisse que começava a
tensionar seu couro cabeludo. — Vou pedir mais uma… vez. — Minha
voz desceu ainda mais, e eu vi sua garganta se mover enquanto ela
engolia. — Você vai ser uma boa menina para mim esta noite?
Quin assentiu, os olhos arregalados e travados em mim.
— “Sim, senhor” é a resposta apropriada.
Ela respirou levemente pelos lábios entreabertos, e, em seguida, com
um suspiro, o som mais doce possível saiu de sua boca.
— Sim, senhor.
U m calor líquido parecia circular pelo meu corpo ao ouvir aquelas
palavras. Olhei para Quin e deixei os olhos passearem por cada
centímetro de seu corpo, rezando para que ela estivesse se sentindo
da mesma forma que eu.
Até onde me deixaria levar esse jogo?
Seus lábios cheios ainda estavam separados. Seu peito arfava
rapidamente para cima e para baixo. Eu podia ver através da sua blusa fina
que seus mamilos estavam endurecendo. Eu mal reprimi um gemido
pensando neles na minha boca.
Juntei mais de seu cabelo em meu punho e puxei sua cabeça para trás,
expondo mais do seu pescoço. Eu me inclinei para mais perto, nossos
joelhos se tocando, meu rosto pairando sobre o dela. Suas pupilas estavam
dilatadas de luxúria. E quando eu estava prestes a falar, Quin fez com que
cada gota de sangue no meu corpo descesse dolorosamente para o meu
pau.
Ela sorriu. Foi um sorriso que me fez querer arrancá-lo de seu lindo
rosto.
Ela deu uma risada gutural que era puro sexo.
— Parece que você está fazendo mais do que apenas me dizer algumas
frases, Coringa.
— Meu nome é Jack.
Seu sorriso ficou mais largo.
— Eu sei — disse ela.
Ah, sim, pensei. O documento de confidencialidade.
— Você vai tirar essa máscara ou…? — Ela parou e estendeu a mão
para puxar a máscara do meu rosto. Minha outra mão envolveu seu pulso
antes que ela pudesse tocar o tecido, e eu não tão gentilmente coloquei sua
mão de volta ao seu colo. Eu balancei a cabeça para os lados. Ela fez um
beicinho com o lábio inferior. Como uma pirralha. Larguei sua mão para
passar o polegar pelo lábio inferior.
— Estou bem aqui na sua frente em vez de em uma tela de
computador. Talvez você consiga sentir tudo desse jeito. O que você acha,
Quinlan?
— Não faz diferença se você estivesse na tela do computador. Eu
continuo não te vendo. Me deixe te ver.
Minha mão escorregou de sua boca para sua mandíbula, e depois para
baixo, em torno de sua garganta. Eu apertei o suficiente para marcar meu
desejo.
— Agora, Quinlan, amor. — Eu me levantei de joelhos, para pairar
mais acima dela. Sua cabeça se inclinou para trás, para olhar para mim.
Ela mordeu o lábio e se inclinou na minha mão, que ainda estava parada
em sua garganta. — Você não pode fazer exigências. Você pode se sentar,
calar a boca e fazer o que for mandada.
— Eu…
Eu a cortei antes que pudesse dizer qualquer coisa apertando ainda
mais forte nas laterais de seu pescoço.
— Não, Quinlan. As coisas vão acontecer da seguinte forma. — Eu
respirei fundo. Eu ia conseguir fazer aquilo. Eu ia convencê-la a me deixar
fazer tudo o que eu estava sonhando na minha cabeça. — Você vai me dar
seu consentimento. Uma noite comigo, Q — continuei. — Você vai
escolher uma safe word. E então vou usar seu corpo de todas as maneiras
imagináveis. Eu vou usar todo o meu tempo com você. Eu vou possuir seu
corpo. Eu vou te levar para além dos seus limites. E você vai implorar por
mais. Eu vou punir essa sua boceta apertada até que você não consiga
pensar em mais nada além de mim. Você entende o que estou dizendo?
Eu segui o movimento de sua garganta enquanto Quin engolia.
— Sim, senhor.
Dei um suspiro de alívio. Puta merda. Ela queria. Quinlan havia
concordado.
— Essa é a minha boa menina — eu murmurei, e ela se iluminou sob
essa pequena quantidade de elogios como uma flor ao sol. Segurei seu
rosto para manter seu olhar em mim.
— Me dê o seu consentimento, Quinlan. — A essa altura, eu tinha me
esforçado tanto para isso, que estava preparado para implorar se fosse
preciso. Eu teria ficado de joelhos por ela. Eu precisava que me deixasse
adorar seu corpo da única maneira que eu sabia.
Quinlan respirou fundo e fechou os olhos, inclinando-se para o meu
corpo. Enfiei minhas mãos em seu cabelo e me inclinei para mais perto de
seu rosto, de repente desejando não estar com a máscara. Mas não
conseguia tirar. Ainda não. Seu pequeno comentário sobre fetiches com
máscara não me escapou. Tive a sensação de que, embora ela quisesse ver
meu rosto, desejava mais que eu a mantivesse.
— Sim — ela soltou, abrindo os olhos e encontrando os meus
novamente. — Eu aceito. — Ela soava como se ainda estivesse tentando
se convencer. Não que eu pudesse realmente culpá-la. Quinlan me
conhecia há quarenta e cinco minutos, e eu já estava pedindo sua
permissão para fodê-la para além dos limites. Mas isso foi parte do motivo
para meu desejo. Meu corpo vibrava de excitação. — Uma noite aleatória
com um cara aleatório que afirma que pode balançar minhas estruturas. —
Ela deu uma pequena risada.
Havia tantas coisas que eu queria fazer.
— Você aceitou — eu confirmei. — Safe words, palavras de
segurança. Vermelho significa parar. Se você disser isso a qualquer
momento, vou parar imediatamente o que eu estiver fazendo. Amarelo
significa desacelerar, você está chegando ao limite. E verde significa que
posso avançar — eu terminei com um sorriso. — Mas você pode confiar
que vou parar a qualquer momento que você precisar.
— O que você vai fazer comigo, Coringa? — ela deixou escapar.
Suas mãos, que estavam imóveis em seu colo o tempo todo, agora se
moveram para a minha cintura, e ela enfiou os dedos pelos passantes do
cinto. Quin me deu um pequeno puxão, e eu deixei meu corpo se mover
um pouco mais para perto dela.
— Primeiro… — eu disse enquanto me abaixava, movendo meu nariz
ao longo da lateral de seu pescoço até sua orelha, sentindo seu cheiro
mesmo ainda de máscara. Sua cabeça pendeu para o lado, e eu vi sua pele
arrepiada. — Eu vou te deixar tomar banho. Eu também vou tomar um
banho. E então vou te dar um vislumbre do meu mundo. Você vai perceber
como é libertador ceder a coisas que nunca pensou que poderia gostar.
Quinlan estremeceu contra mim.
— Se solte por uma noite, Q. Me deixe ajudá-la a se soltar.
Aqueles grandes olhos castanhos se voltaram para mim, e eu agarrei
sua mão para levá-la ao banheiro de preparação. Lá, coloquei tudo o que
ela precisaria. Quinlan parecia um pouco hesitante, mas quando eu disse
que estaria do outro lado da casa também tomando banho, ela começou a
se despir antes mesmo que eu pudesse sair do cômodo.
— Você tem certeza de que não quer apenas ficar aqui e se juntar a
mim? — Eu assisti sua blusa cair no chão. Meus olhos percorreram seus
seios. E eles eram perdidamente fenomenais. Ela estava usando um sutiã
de renda preto, e eu podia ver a sugestão dos mamilos rosa perfeitos por
baixo.
Seus dedos foram para o botão da calça jeans, e ela deslizou a peça
pelas pernas em seguida. Usei toda a força de vontade que eu tinha para
não cair de joelhos e agarrar a carne macia de sua barriga e quadris. As
coxas se moveram uma contra a outra quando Quinlan escapava do jeans,
ficando apenas de calcinha e sutiã rendados.
— Entra na porra do chuveiro — eu rosnei. — E venha me encontrar
quando terminar. — Ela sorriu e levou as mãos às costas para desabotoar o
sutiã. Bati a porta do banheiro com tanta força atrás de mim quando saí,
que tive certeza de que a porta reabriu.
Esta mulher ia ser a causa da minha morte.
Depois do meu banho, vesti uma camiseta branca, cueca boxer preta e
um jeans. Afundei no sofá que dava para o corredor onde o banheiro de
preparação estava localizado. Eu a veria quando abrisse a porta do
banheiro.
Eu tinha tirado o moletom, querendo que ela visse um pouco mais de
mim. Minhas tatuagens no braço estavam agora à vista, assim como meu
cabelo. Pode não parecer muito para a maioria das pessoas, poucos
precisam se preocupar com o fato de alguém te reconhecer na rua. Eu
ainda estava com a máscara no nariz e na boca.
Quando a porta finalmente se abriu, foi devagar. Quinlan saiu enrolada
apenas em uma toalha. Quando seus olhos pousaram em mim, ficou
tímida. Seus olhos foram para o chão, e suas bochechas ficaram
vermelhas.
— Eu não tinha certeza se deveria colocar minhas roupas de volta.
— Olhe para mim — eu ordenei do meu lugar no sofá. Sua cabeça se
ergueu, os olhos encontraram os meus imediatamente. Porra, Quinlan era
uma boa ouvinte. — Solte a toalha. — Ela respirou fundo. Eu ia contar até
dez na minha cabeça antes de ameaçá-la e pedir novamente. Eu nem
cheguei a três antes que ela soltasse a toalha e o tecido se amontoasse aos
seus pés.
Meu pau estava instantaneamente pressionado contra a calça jeans,
implorando para ser libertado. Meus olhos percorreram as poucas
tatuagens que ela tinha nas panturrilhas e depois aquela que circulava do
topo da sua coxa até o quadril. Sua boceta era macia, e eu já podia vê-la
brilhando para mim.
As curvas do quadril, a curva suave de sua barriga, os seios empinados
estavam implorando para serem apertados, lambidos e chupados. Quinlan
tinha tatuagens cobrindo os dois braços, subindo pelo peito e parando
entre os seios. Quando meus olhos finalmente pararam no rosto dela,
Quinlan estava olhando para os pés, tentando proteger o rosto com o
cabelo.
— Fique de quatro. — Suas sobrancelhas se uniram, mas ela fez o que
eu mandei. — Engatinhe até mim.
— E se eu não fizer?
Eu sorri por trás da máscara.
— Então eu posso puni-la. E antes mesmo de você pensar em ser uma
pirralha mimada e me pressionar para puni-la porque você acha que vai
gostar… aviso que não dará certo. Eu vou te machucar, baby. Agora
engatinhe até mim como a cadela que você é, porra.
S eus quadris balançaram para frente e para trás enquanto ela
percorria o caminho até mim. Ela tomou a sábia decisão de ouvir
desta vez. Quinlan ainda não estava no momento certo para aceitar o
tipo de punição que eu daria.
— Senta.
Ela se acomodou entre minhas pernas; eu me inclinei para frente e
peguei seu queixo para a forçar a me olhar. Um pouco de desafio aparecia
nele, e eu não podia esperar para a foder até que ele desaparecesse.
Eu pressionei dois dedos em seus lábios, e ela abriu a boca apenas o
suficiente para os dedos deslizarem para dentro. Sua língua deslizou entre
meus dedos. Em seguida, Quinlan fechou os lábios, sugando-os ainda
mais em sua boca quente e molhada. Eu gemi e os aprofundei mais,
testando sua capacidade e sua ânsia.
Não que isso importasse. Eu iria foder sua pequena garganta apertada
esta noite, ela sabendo ou não lidar com isso. Eu esperava que ela não
soubesse. Eu queria ver seu batom borrado pelo rosto e no meu pau, suas
lágrimas e rímel rolando pelas suas bochechas. Ah, Deus, os sons que ela
faria enquanto eu a forçava a me levar ao máximo.
As pontas dos meus dedos alcançaram o fundo de sua boca, e eu os
empurrei em sua garganta, testando. Ela tossiu e se engasgou, seus olhos
nunca deixando os meus.
Perfeito.
Eu mexi meus dedos em sua boca mais algumas vezes, até que ficaram
tão molhados, que parte da saliva escorreu pelos seus lábios e queixo.
— Boa cadelinha — eu disse em voz baixa. Seus olhos se iluminaram
com um pouco de raiva, mas ela sustentou meu olhar e não se moveu. —
Me diga, Quinlan. Você está molhada para mim? — Sua respiração
acelerou. — Isso está te deixando desse jeito, cadelinha?
Inclinei-me para frente e bati a mão em sua coxa direita, mandando
que se abrisse. Ela se arrastou e abriu um pouco mais as pernas. Minha
mão apertou suas coxas antes que meus dedos lentamente e levemente
percorressem sua fenda. Eu nem precisei me esforçar mais para sentir a
umidade se acumulando. Quinlan estava encharcada.
— Você está pingando, minha cadelinha. — Eu olhei por cima dos
meus dedos e encontrei seus olhos fechados, a boca entreaberta. Eu sorri.
— Olhos abertos — mandei enquanto passava a ponta do dedo nas suas
dobras, até chegar ao seu clitóris inchado.
Quinlan ofegou, e seus olhos se abriram quando agarrou meus joelhos
para evitar cair. Fiz pequenos círculos ao redor do pequeno feixe de
nervos, mas não cheguei a tocá-lo. Três círculos, e então lentamente
deslizei o dedo para dentro. Eu observei seu rosto enquanto o corpo se
aquecia e ficava corado.
Caí de joelhos na sua frente, mantendo o movimento de antes. Três
círculos, e então um dedo dentro. Não mais. Apenas um. Apenas o
suficiente para me sentir.
— Não tire os olhos de mim, entendeu? — eu perguntei.
— Sim, senhor — ela soltou. Quinlan não seria capaz de se segurar
por muito mais tempo, então passei um braço ao seu redor enquanto
continuava meu jogo lento e metódico em seu clitóris. Seu corpo estava
incrível pressionado contra o meu. Ela manteve os olhos em mim, embora
eles ameaçassem revirar algumas vezes.
— Você quer gozar? — Ela gemeu e concordou com a cabeça. —
Então implore por isso.
— Por favor — Quinlan choramingou. — Por favor, me deixa gozar.
Eu estou te implorando. Eu preciso. Por favor.
Eu a pressionei mais contra meu corpo, roçando meu pau contra sua
barriga. Eu não tinha certeza de quanto tempo eu seria capaz de fazer isso
sozinho. Eu não queria gozar nas calças como um adolescente
excessivamente excitado. Nós precisaríamos fazer algo sobre isso antes
que eu explodisse.
— Claro que você pode, minha doce putinha. Goze para mim — eu
disse. Um gemido sôfrego saiu de sua boca, se chocando direto contra o
meu pau ou contra o meu ego, eu não sabia qual. Provavelmente ambos.
— Goze. — Eu enfiei o dedo dentro dela, deixando a palma da mão roçar
contra o clitóris ao mesmo tempo.
Quinlan desmoronou.
Ela se desfez na minha mão, caindo contra meu peito e agarrando
minha camiseta com tanta força, que pensei que fosse rasgá-la. Ela soltou
um gemido que era mais um grito em meu peito, enquanto sua boceta se
contraía em volta do meu dedo.
Uma vez que ela havia gozado, sua respiração se tornou mais
uniforme. Nesse momento, eu puxei meu dedo de sua boceta e trouxe para
sua boca.
— Você fez uma bagunça. Melhor lamber tudo até ficar bem limpo.
Ela se afastou do meu peito e encontrou meu olhar.
— Você causou a bagunça. Você é que deveria limpar isso — ela disse,
cruzando os braços sobre o peito.
Eu ri, e antes que ela pudesse reagir, estendi a mão e dei um tapa no
seu rosto com a mão em que ela havia montado. Não forte o suficiente
para deixar uma marca, mas forte o suficiente para fazer arder. Agarrei seu
rosto quando ele voou para o lado e trouxe sua atenção de volta para mim.
Puta merda, ela ficou puta da vida. Se olhares pudessem iniciar
incêndios, eu teria sido incinerado na hora. Porra, Quinlan ficava gostosa
assim, ainda um pouco suada por causa do orgasmo, uma leve marca de
mão rosa em sua bochecha e fogo em seus olhos.
— Só boas garotas têm orgasmos, Q. Putas travessas são punidas.
Você quer orgasmos ou você quer que eu te amarre na minha cama e te
chicoteie até que você não consiga respirar?
Ela me encarou, claramente querendo dizer mais, mas sabendo que sua
boca a colocaria em mais problemas do que estava disposta a aceitar.
Sua boca se abriu, e eu soltei seu rosto para segurar meu dedo na
frente de seu rosto. Eu estava usando o dedo médio, então me deu uma
grande alegria vê-la ficar ainda mais irritada quando percebeu que eu
estava dando o dedo do meio para ela.
Quinlan fez um bom trabalho lambendo sua lubrificação no meu dedo,
e ainda teve tempo para se certificar de que os outros estavam limpos.
Quando estava satisfeita com o trabalho, se sentou sobre os calcanhares e
olhou para mim, esperando meu próximo comando. Levantei-me para
seguir até a sala de jogos.
— Venha, cadelinha.
Ela se moveu para se levantar e me seguir, mas não foi isso que eu
quis dizer.
— Tsc-tsc.
Ela olhou para mim.
— O que é agora?
Eu ajustei meu pau ainda duro e me agachei na frente dela.
— Essa sua boca é muito bonita. Mas se você continuar falando
comigo com todo esse atrevimento, eu vou foder sua boca até você ficar
dolorida demais para falar, ok?
Ela sorriu e se inclinou para mim, ficando de quatro e empurrando os
quadris para cima, para me dar uma boa visão da sua bunda.
— Sim, senhor — disse de um modo doce e um tanto sarcástico. Ela
chegou mais perto, até ser capaz de pressionar a lateral de seu rosto contra
o meu. Sua pele era tão perfeitamente macia. Ela pegou minha orelha
entre os dentes. — Você cheira tão bem — ela disse enquanto beijava o
local onde minha máscara encontrava a mandíbula. — Eu aposto que você
tem um gosto tão bom — ela ronronou. Sua língua seguiu lambendo a
lateral do meu pescoço.
Quinlan se moveu para que pudesse olhar para mim. Uma vez que
seus olhos castanhos encontraram os meus, estendi a mão para acariciar
seu rosto, principalmente a bochecha que eu tinha dado um tapa
momentos atrás. Ela sorriu e se inclinou na minha mão. Pobre cordeiro.
Minha mão se fechou em torno de sua garganta, e eu vi o sorriso escapar
de seu rosto.
— Eu disse que você poderia me tocar, cadela? — Aquela careta
determinada voltou ao lugar, e eu dei às laterais de seu pescoço um
pequeno aperto extra para marcar meu ponto antes de me levantar. —
Você virá engatinhando quando me seguir por esta casa, até provar que é
digna de poder andar. Entendido?
Ela olhou para frente.
— Sim, senhor.
— Boa garota. — Eu acariciei a sua cabeça. — Venha, então.
F iz com que Quinlan se sentasse ao lado do sofá enquanto eu saía em
busca de itens para montar uma cama de cachorro para ela. Peguei
alguns travesseiros e um cobertor da minha cama e coloquei tudo no
chão ao lado da mesa do meu computador. Enquanto procurava esses
itens, peguei uma coleira e uma guia do meu estoque de brinquedos e os
trouxe para a sala de jogos também.
Sentei-me e chamei-a para perto de mim. A visão dela engatinhando,
de joelhos para mim, nunca seria algo com que eu me acostumaria. Seus
quadris tão incrivelmente perfeitos tornavam minha respiração difícil. Sua
pele era impecável, com estrias bonitinhas pontilhando os quadris e a
bunda. Eu queria lamber cada uma delas.
Eu brinquei com a fivela da coleira enquanto a encaixava em seu
pescoço, certificando-me de que ainda poderia enfiar dois dedos entre a
coleira e Quinlan antes de prender a guia. No momento em que prendi ao
redor de seu pescoço, seus músculos relaxaram.
Às vezes, isso acontecia. Algumas pessoas precisavam de algo extra
para fazê-las relaxar, para as fazer se sentir um pouco menos nuas e
desnudas para o mundo. Era o mesmo conceito das pessoas que gostavam
de Shibari, porque as relaxava, a pressão em seus músculos as mantinha
seguras. Eu me perguntei se Quinlan iria gostar de ser amarrada com
lindos nós também.
Ela se sentou sobre os calcanhares e olhou para mim, seus olhos mais
suaves do que antes. Eu levei um momento para olhar para ela. Eu ainda
estava sólido como uma rocha, mas não ia deixá-la me tocar ainda. Eu
queria que ela desejasse tanto, que mal poderia suportar.
— Eu tenho que me conectar por um momento. Fique à vontade. —
Apontei para a cama de cachorro improvisada que eu tinha feito para ela
ao meu lado. Ela sorriu, e não teve o mesmo desafio de antes. Este era
suave e doce.
Quando ela se acomodou, amarrei a guia na minha cadeira e preparei a
transmissão. Meus pensamentos foram completamente consumidos por
ela. Eu já tinha estado com muitas outras mulheres. Não o suficiente para
me tornar um cara nojento, mas eu tinha visto o meu quinhão. E eu tinha
gostado de controlá-las, possuí-las durante a noite.
Mas nenhuma delas me pegou como Quinlan. Eu podia lembrar
exatamente da sensação de quando gozou em meus dedos, me apertando.
Eu não conseguia parar de pensar quão incrível seria quando eu
finalmente deslizasse para dentro dela. Eu olhei para Quinlan com o canto
do olho e vi seus olhos se fechando enquanto descansava a cabeça contra
minha coxa.
Algo me fisgou no peito ao ter essa visão, mas eu joguei essa sensação
para longe antes de voltar minha atenção para organizar tudo. Ajeitando as
luzes, deixei tudo do jeito que eu queria, tentando não a mover muito; em
seguida me inclinei e peguei o moletom que eu normalmente usava e que
estava na minha mesa.
Eu o vesti, puxei o capuz para cima e me certifiquei de que minha
máscara ainda estava cobrindo a metade inferior do rosto. Coloquei a mão
no topo da cabeça de Quin enquanto fazia login. A câmera só mostrava do
meu peito para cima, então se ela se comportasse, não teríamos nenhum
problema.
Coloquei os fones de ouvido e esperei o carregamento. Eu não ia
transmitir nenhum jogo; a presença de Quinlan seria muito perturbadora
para isso. Em vez disso, faria apenas uma pequena conversa ao vivo com
as pessoas e depois encerraria a noite. Quinlan me deixou ansioso para
acabar com essa merda o mais rápido possível, para que eu pudesse voltar
e torná-la o centro da minha atenção.
— Ei, pessoal — eu disse quando as pessoas começaram a inundar o
chat do streaming. Isso fez Quinlan se assustar. Ela deve ter cochilado por
alguns minutos. Corri meus dedos pelo cabelo dela e a vi pela visão
periférica olhar para mim. Eu corri a mão por seu rosto, e ela se inclinou
na minha palma, absorvendo todo o carinho que poderia receber. Quinlan
agia como se estivesse faminta por isso, e eu me perguntei quando foi a
última vez que alguém a tratou do jeito que ela merecia.
Quinlan se arrastou aos meus pés, ficando mais confortável, enquanto
eu falava com todos que estavam se juntando. Uma vez que eles
perceberam que eu não estava no jogo, os pedidos começaram a chegar
para todas as merdas que queriam que eu dissesse. Havia algumas
mensagens normais espalhadas, mas a maioria das pessoas estava apenas
me enviando uma tonelada de fichas para começar a colocar minha voz
em bom uso.
— Ah, porra — eu gemi quando senti as mãos de Quinlan correrem
sobre minhas coxas e minha virilha. O quarto de jogos estava escuro, mas
as pessoas assistindo ainda seriam capazes de perceber se eu olhasse para
ela. E eu definitivamente não podia dizer nada em voz alta para fazê-la
parar.
Então suas mãos continuaram, até que eu pensei que meu pau ia rasgar
o jeans, de tão duro.
— Tudo bem — eu disse com uma voz trêmula como uma folha. Os
dedos de Quin abriram o botão do meu jeans, e, em seguida, lentamente
libertaram meu pau. — Que tal fazermos algo um pouco diferente desta
vez? — Eu estava lutando para dizer frases completas. Ela ia ter de
desacelerar, ou isso acabaria muito mais cedo do que eu queria. — Que tal
eu conversar com vocês de uma forma mais NSFW em vez de apenas
jorrar frases aleatórias que vocês pedem, sim? — Examinei os
comentários inundando, e todos pareciam desanimados. Mas isso
realmente não importava. Porque quando senti a mão dela me envolver, eu
estava em outro lugar.
Deitei a cabeça para trás e respirei fundo.
Você consegue fazer isso.
— Você está debaixo da minha mesa enquanto estou transmitindo,
quando decide que quer me dar alguma ajuda. Suas mãos correm pelas
minhas coxas e pela minha virilha, antes de me libertar e colocar sua mão
macia em volta de mim.
Respirei fundo algumas vezes enquanto Quinlan me acariciava da base
à cabeça. Seu polegar correu ao longo da cabeça, e eu arrisquei um olhar
para baixo apenas para vê-la lamber a ponta do polegar onde meu pré-
sêmen havia surgido.
— Por favor? — ela murmurou sem emitir som.
— Sim, baby — eu respondi, voltando minha atenção para o
streaming. Ou, pelo menos, eu tentei. Nesse ponto, ela deslizou seus lábios
macios ao meu redor, e minha mente só conseguia se concentrar nisso.
— Deus, eu amo a sensação da sua boca.
Ela tinha colocado a boca em torno de mim o mais fundo que podia
sem engasgar. Não importa o quanto eu quisesse me abaixar e empurrar
mais, eu não podia arriscar que ela fizesse muito barulho. Enfiei meus
dedos em seu cabelo e saboreei a sensação dos fios sedosos.
Eu gemi quando ela chupou e me lambeu mais, e mais.
— Você gosta de agradar seu mestre, menina? Você gosta da sensação
do meu pau duro batendo no fundo de sua garganta enquanto você busca
por ar? — eu perguntei enquanto a empurrava um pouco mais para baixo.
Senti sua garganta se contrair enquanto ela tentava não fazer barulho. —
Que boa puta você é. Me faça gozar, e eu te recompensarei mais tarde.
Sua sucção e carícias tornaram-se mais febris.
— Porra, você é uma piranha, sabia? Só piranhas são tão boas em
chupar um pau assim. A única coisa para a qual você serve, não é,
cadelinha?
Senti minhas bolas apertarem, e um calor familiar começou a se
espalhar na base da minha coluna e pelo abdômen. Eu agarrei a frente de
seu cabelo e a puxei de cima de mim antes que eu gozasse. Olhei para
Quinlan o melhor que pude. Ela manteve a boca aberta, o peito ofegante, a
língua ainda para fora, pronta para acabar comigo. Ela não conseguia nem
tirar os olhos do meu pau.
Que porra de visão.
Com minha outra mão, agarrei a base do meu pau e bati contra sua
língua antes de soltá-la e a ver me colocar de volta em sua boca. Inclinei a
cabeça para trás novamente, deixando o calor começar a se espalhar
novamente.
— Continue fazendo isso, querida. Vou gozar na sua boca, e você vai
engolir até a última gota. Eu quero que você use essa porra de boca
esperta para me ordenhar com tudo o que mereço.
Eu sabia que o que estávamos fazendo era bem, bem errado. As
pessoas que assistiram a esta transmissão não consentiram com isso. Eles
não tinham ideia do que estavam realmente assistindo. Para eles, eu estava
apenas representando uma cena. Eles não tinham ideia de que Q estava
abaixo de mim, colocando meu pau para dentro e para fora de sua boca
quente e molhada.
Porra.
Ela estava fazendo aquela coisa com a língua que me fazia passar da
porra do limite. Meus quadris começaram a se mover no ritmo de sua boca
enquanto ela balançava para cima e para baixo, engolindo o máximo de
mim que conseguia. O fogo estava se espalhando por todo o meu corpo.
Minhas mãos agarraram as laterais da cadeira com tanta força, que eu
podia senti-las ficando brancas.
— Jesus Cristo, baby. Por favor. — Eu me vi implorando.
Que porra?
Eu nunca implorei a ninguém por nada em toda a minha vida. Eu não
fazia esse tipo de pedido. Elas faziam. Mas a sensação que ela estava me
causando, e aquela língua… meu Deus.
— Por favor — eu repeti, e juro por Deus que podia sentir seu sorriso
contra mim.
Fedelha.
Minhas bolas se contraíram, minha respiração ficou presa na garganta,
e eu gemi de uma forma lenta e forte enquanto meus quadris tremiam e
empurravam fundo em sua boca, minha mão mantendo sua cabeça imóvel
e sua boca em volta de mim. Eu a senti engolir algumas vezes, ainda
chupando enquanto meu pau se contorcia em sua boca.
— Boa menina — eu disse, um pouco sem fôlego.
Não demorei um minuto para olhar quaisquer comentários, tokens que
pudesse ter recebido ou mesmo tentei me despedir. Eles ficariam bem. Eu
tinha dado a eles mais do que o suficiente para esta noite. Apenas
desliguei a câmera e o microfone, encerrando a transmissão.
Eu a levantei do chão, colocando-a no meu colo. Quinlan montou em
mim, e eu gemi novamente quando seu calor escorregadio me pressionou.
Tirei minha máscara, e antes que ela pudesse registrar o que eu tinha feito,
puxei sua boca para a minha. Ela se derreteu em mim, e eu deixei minhas
mãos deslizarem por seu corpo até se prenderem em seus quadris.
Eu ainda podia sentir meu gosto nela, mas não me importei. Isso só me
fez querer engoli-la inteira. Éramos um choque de lábios, dentes e língua.
Chupei sua língua e depois a soltei para poder olhar para seu rosto. O
batom estava borrado, assim como o delineador. Meu pau se contraiu
contra ela, querendo um segundo round.
Quinlan olhou todo o meu rosto e sorriu, puxando meu moletom para
cima. Eu não conseguia me lembrar da última vez que deixei alguém que
acabei de conhecer me olhar completamente, sabendo exatamente quem
eu era. Mas foi libertador para caralho, e eu amei como ela olhou para
mim, absorvendo cada característica como se estivesse me memorizando.
Quinlan me beijou suavemente.
— Oi, Jack.
— V amos, Cacheada — eu ri, dando um tapa em sua bunda enquanto
soltava a coleira e me levantava, levando-a comigo. — Vamos
nadar.
Quinlan soltou um gritinho enquanto colocava as pernas em volta da
minha cintura e os braços em volta do meu pescoço. Joguei a máscara na
cadeira e a carreguei para a piscina.
— Você é estupidamente rico, sabia?
Eu soltei rapidamente o ar pelo nariz e abri a porta dos fundos que
dava no pátio. O sol estava se pondo, e a iluminação externa já estava
acesa, fazendo o quintal brilhar em tons de dourado. Liguei um interruptor
na lateral da casa para acender as luzes da piscina e a cachoeira.
— Você pode me colocar no chão. Eu posso ir andando, sei que não
sou leve.
— Cala a boca, você é linda — eu disse e dei um aperto na sua bunda.
Eu falei sério. Eu estava atraído por cada curva, cada nuance e cada estria
que ela tinha no corpo. Seus seios estavam pressionados contra o meu
peito, e a cada passo saltavam contra mim. Quinlan ia deixar meu pau
maluco.
Ela mordeu o lábio ao dar um sorriso e olhou ao redor.
— Você não pode ter conseguido todo esse dinheiro só com os games.
— Ela me deu um olhar, e eu ri.
Boa suposição, pequena.
— Você sabe nadar?
— Claro que sei — disse ela com as sobrancelhas franzidas.
— Ok, muito bem — eu disse e a joguei na piscina. Tirei minha
camisa enquanto ela tossia e voltava à superfície.
— Imbecil! — ela gritou e tirou o cabelo do rosto. Sorri para Quinlan
e tirei o jeans e a cueca boxer.
— Olha a boca, cadelinha.
— Entra aqui e me obriga então.
Eu sorri e observei seus olhos vagarem pelo meu corpo. Meu sangue
aqueceu sob seu olhar, especialmente quando Quinlan permaneceu
observando um ponto logo abaixo da minha cintura. Ela segurou o lábio
inferior entre os dentes, e eu pulei ao seu lado, me certificando de produzir
a maior quantidade de respingos possível.
— Cuzão — ela murmurou quando me aproximei dela.
— Você é muito desbocada — eu disse, puxando-a para mim. Eu
mergulhei a cabeça de volta na água, para tirar o cabelo do rosto. Eu o
mantinha longo em parte porque ajudava a esconder meu rosto e em parte
porque gostava quando as garotas tinham algo para puxar.
Quinlan estava olhando para minha boca quando olhei de volta para
ela.
— Eu gosto do seu piercing no lábio. — Seus braços envolveram
meus ombros, e eu nos movi para o banco da piscina, para que eu pudesse
colocá-la em cima de mim. Eu não ia transar com Quinlan ainda, mas
adorava a doce tortura de a ter pressionada contra mim.
— Você tinha um — eu disse, esfregando o polegar em seu lábio
inferior, onde havia uma cicatriz. Seu batom ainda estava manchado ao
redor da boca, como um hematoma, e isso só a fazia parecer mais bonita.
— Eu tinha. Embora não fosse algo muito profissional. Eu me livrei
dele há alguns anos. — Seus dedos passearam ao longo das tatuagens no
meu braço. — Então… — disse ela, inclinando-se para trás para molhar o
cabelo também. Na luz baixa do sol poente, os fios pareciam fogo líquido.
Seus seios espreitavam para fora da água, e precisei de toda a minha força
de vontade para não cair de boca neles. — O que mais você faz além de
jogar para conseguir pagar por tudo isso? — ela perguntou, voltando para
fora da água.
— Bem, alguns anos atrás, criei um código muito complicado e
bastante desejado e o vendi para a Microsoft. Isso pagou a maior parte do
que você está vendo. Eu também comprei uma série de boates em Los
Angeles e São Francisco com esse dinheiro, como uma forma de
investimento, e elas estão indo muito bem. — Eu podia vê-la tomando
notas mentalmente enquanto eu falava, ainda trabalhando, mesmo
enquanto me tocava. — Ainda faço streamings e jogo porque gosto, não
porque preciso.
— E o que todos os seus fãs apaixonados fariam sem você? — Ela
soltou uma risadinha, e eu correspondi ao seu sorriso. Deixei minhas mãos
descerem dos seus quadris para suas coxas e dei um aperto.
— Apaixonados pode ser uma palavra forte.
Ela deu de ombros.
— Então, o Coringa, o jogador sem rosto e ator de voz excitante,
também é Jack, o dono de boates e gênio da computação.
Eu a puxei um pouco mais para perto, deixando seu calor assentar
contra o meu membro, que estava em um estado perpétuo de dureza com
Quinlan por perto. Ela suspirou, e eu vi sua pele brilhar no tom de dourado
avermelhado do sol poente.
— Basicamente — completei e então me inclinei para frente e capturei
sua boca. Ela passou a língua pelo meu piercing no lábio. — O que mais
você quer saber? — eu perguntei, abandonando seus lábios apenas para
agarrá-los novamente. — Você poderia me pedir qualquer coisa agora, que
eu acho que daria a você.
Quinlan riu na minha boca.
— Ok — ela disse, interrompendo o beijo completamente e se
afastando para que eu não pudesse capturá-la novamente. Ela saiu do meu
colo e entrou na água. — O que você quer que eu escreva sobre você?
— Como assim? — eu perguntei enquanto observava seus braços se
moverem pela água. O sol estava se pondo rapidamente, quase
completamente abaixo do horizonte, o que permitiu que toda a sua silhueta
se iluminasse sob a água morna devido às luzes da piscina.
— Se houvesse uma coisa que você gostaria que as pessoas soubessem
sobre você, o que seria? Você quer que eu construa sua imagem como esse
cara misterioso durão? — Ela deu uma risada. — Ou você quer que eu
faça você parecer o docinho de coco que você é?
— Docinho de coco?
— Sim, você entendeu. Macio, doce… com um ótimo sabor… — Ela
parou e me deu um olhar quente.
— Macio? — perguntei com falsa indignação enquanto avançava
sobre ela. Quinlan soltou uma risada alta e tentou nadar para longe,
jogando água no meu rosto para tentar me desacelerar.
— Ok, Ok! — ela gritou quando eu a alcancei, e supondo
corretamente que ela sentiria cócegas, ataquei suas costelas. — Ok! Macio
foi a palavra errada! — Eu parei e puxei seu corpo contra o meu. Quinlan
respirou fundo, tentando recuperar o fôlego.
Eu tirei seu cabelo dos ombros e desci rumo ao seu pescoço,
mordendo forte o suficiente para deixar uma marca, enquanto minha mão
a segurava. Quinlan gemeu, e eu lambi o local em que havia mordido.
— É isso que um docinho de coco macio faria? — Ela jogou a cabeça
para trás no meu ombro, e um sorriso satisfeito se abriu nos seus lábios.
Mesmo dentro da água, eu podia sentir que ela estava molhada para mim.
Eu enfiei um dedo em suas dobras e suavemente circulei o clitóris. Seu
corpo inteiro ficou tenso quando ela respirou fundo.
— Ok, talvez eu prefira o perfil misterioso e durão — ela disse já
quase sem fôlego. Sorri contra sua pele macia e beijei a marca que deixei
em seu pescoço. Minha mão deslizou entre suas coxas, e Quinlan gemeu.
— Definitivamente um cuzão — ela murmurou.
— Você estava me entrevistando — eu disse inocentemente. — Eu não
queria ser rude e distraí-la.
Ela se virou em meus braços e olhou para mim.
— Me fala dos seus pais. De onde você vem?
Suspirei e passei a mão pelo meu cabelo.
— Minha mãe biológica nunca esteve por perto. Eu não a conheci. Ela
ficou por perto nos primeiros meses e depois sumiu. Ela era de Porto Rico,
meu pai sempre disse que achava que ela tinha ido para casa com a
família. Ela supostamente nunca quis ser mãe. Então acho que tenho sorte
de estar aqui. — Dei de ombros quando vi a expressão de Q se fechar.
— Jack — ela murmurou, os olhos tristes. — Eu sinto muito. Eu… eu
não sei o que dizer. Isso é horrível.
— Tudo bem. É difícil sentir falta de alguém que você nunca
conheceu. E meu pai era mais do que suficiente.
— Ele ainda está por perto?
— Com certeza. — Meus dedos traçaram pequenos círculos em cada
parte de sua pele. Eu não conseguia me sentir satisfeito. Seria difícil a
deixar ir embora na manhã seguinte, sabendo que eu não seria capaz de
saboreá-la novamente. O acordo era uma noite. Uma. Mas eu não tinha
mais certeza se seria suficiente.
— Então, onde ele mora? — ela perguntou, me tirando dos meus
pensamentos.
— Ele vive em São Francisco. É um grande advogado, daqueles
importantes.
— E ele apoia suas escolhas? — Seu sorriso era caloroso quando eu
passei o polegar para começar a limpar o batom teimoso que ainda
manchava sua pele.
— Sim. Ele entrou na faculdade de direito quando eu tinha idade
suficiente para cuidar de mim mesmo depois da escola. Foi perrengue,
mas eu nunca passei por dificuldades, nunca faltou algo que fosse
essencial. E, como eu disse, quando eu tive idade suficiente, consegui meu
próprio emprego e aprendi a ser esperto com o dinheiro bem rápido.
— Eu amei isso — disse ela, passando as mãos pelo meu cabelo. —
Meus pais estão no Nordeste totalmente insatisfeitos com a vida que
escolhi.
— Por quê? — eu perguntei, franzindo a testa. — Você parece estar se
saindo bem.
— Eu estou me saindo mais do que bem, obrigada. Mas eu venho de
uma família de gerações muito ricas. Eles assumiram, esperavam que eu
seguisse os passos determinados por todo esse dinheiro e me tornasse
médica, senadora ou algo do tipo, mas não rolou — ela terminou,
revirando os olhos. — Mas eu amo escrever. Adoro conhecer novas
pessoas. E como você pode ver… — ela disse, apontando para suas
tatuagens. — Gosto de coisas que senadores e médicos não deveriam
gostar.
— Quais outras coisas que senadores e médicos não deveriam gostar
que você gosta, Quinlan? — Suas sobrancelhas se juntaram em uma
pergunta silenciosa. — Tipo as coisas que eu estava fazendo com você
mais cedo? As coisas que eu estava dizendo a você? — O sol já tinha
desaparecido, mas eu ainda podia ver o rubor em suas bochechas. Ela
desviou o olhar, mas eu agarrei seu queixo e trouxe sua atenção de volta
para mim. Eu cheguei a alguns centímetros de seus lábios, tão perto que
podia sentir sua respiração na minha. — Você gostou, Quinlan?
— Sim — ela soltou.
C om a confissão de que Quinlan gostava de tudo que eu estava
fazendo com ela, eu a carreguei para fora da piscina, suas coxas
deliciosas em volta de mim. Graças a Deus eu conhecia minha
própria casa bem o suficiente para que pudesse andar pelo local às cegas.
Porque Quinlan não ia descolar da minha boca. E eu não queria que ela
descolasse.
Enrolei seu cabelo na mão e puxei, tentando tirar o máximo de água
antes de entrar e levá-la para o meu quarto. Acionei um dos interruptores
na parede, e a sala se iluminou em um tom de vermelho profundo. Quinlan
interrompeu o beijo, olhou em volta e riu.
— Mais LEDs? Que clichê — disse um pouco sem fôlego, antes de
colar sua boca na minha novamente. A cabeça do meu pau mal tocava seu
centro quente, o que me deixava louco. Eu mal podia esperar para afundar
nela e senti-la me envolver.
— Você gostaria de receber sua recompensa por ser uma boa menina
mais cedo? — eu perguntei quando a sentei na minha cama. Quinlan se
inclinou para trás nos cotovelos e colocou um pé em cima da cama,
abrindo sua boceta para mim. Senti um rosnado ressoar no meu peito. Eu
iria devorá-la, porra.
— Sim, por favor. — O sorrisinho tímido estava fazendo estrago tanto
no meu pau quanto no meu coração. Eu poderia dizer que estava
desenvolvendo uma pequena paixonite pela coisinha selvagem na minha
frente.
— Você se lembra das suas palavras de segurança?
— Sim.
— Ok. Lembre-se, você pode usá-las a qualquer momento, eu sempre
vou obedecê-las — eu disse, me aproximando de Quinlan e pegando seu
rosto macio na minha mão.
— Me dê o que você tem de pior — disse com um fogo em seus olhos.
— Ah, querida — eu disse, acariciando seu cabelo ainda molhado
grudado em seu rosto e ombros. — Esta é sua recompensa, não sua
punição. Este será o meu melhor, não o meu pior. — Ela inclinou a cabeça
e sorriu antes que eu encostasse meu lábio em sua boca e encostasse meu
piercing em seus dentes.
— Me dê o seu melhor, então, Coringa. — Quinlan me deu um beijo
nos lábios.
Dei a volta para o lado da cama e mandei que se afastasse e deitasse.
Peguei um dos seus pulsos e a amarrei na cabeceira da cama. Eu tinha
lenços permanentemente presos no topo da minha cabeceira, muito bem
instalados, por sinal. Uma vez presa, não havia chance de se soltar.
Enquanto eu andava ao redor da cama, amarrei os dois tornozelos, para
que ela ficasse bem aberta para mim, e, em seguida, prendi o outro pulso
na cabeceira.
Ela testou a força dos nós, puxando-os um pouco com as pernas e os
braços, mas mal conseguia se mover um centímetro. Um barulhinho fofo e
patético veio de sua garganta quando percebeu que estava perfeita e
verdadeiramente amarrada à cama de alguém que ela havia conhecido
apenas algumas horas antes.
Seu peito começou a subir e descer rapidamente.
— Ei, ei — eu disse em voz baixa enquanto engatinhava para cima
dela, ficando sobre seu corpo. Ela olhou para mim com os dois grandes
olhos castanhos arregalados, e senti um aperto no peito. — Eu vou cuidar
de você. Eu não vou te machucar. — Acariciei seu rosto. — Confie em
mim. Eu vou fazer você ver Deus, ok? — eu afirmei, sorrindo para ela.
Sua respiração desacelerou, e Quinlan devolveu meu sorriso.
— Você pode tentar — ela rebateu.
— Ah, menina. Vou fazer muito mais do que tentar.
Estendi a mão e peguei um de seus mamilos, o pressionando entre o
indicador e o polegar antes de beliscá-lo com tanta força, que ela gritou e
arqueou as costas para fora do colchão. Eu o puxei até que seu seio pesado
fosse erguido, e então o soltei; eu o assisti balançar. Seus quadris se
moveram e tentaram se aproximar de mim, querendo algo para roçar.
Tenho certeza de que ela estava latejando. Dei a mesma atenção ao outro
mamilo, e a observei se contorcer embaixo de mim.
— Já volto, minha cadelinha. — Saí do quarto e voltei para a minha
sala de jogos. Encontrando meu fone de ouvido onde o deixei, na minha
mesa, o trouxe de volta para o quarto comigo. Ela levantou a cabeça
enquanto eu caminhava, tentando ver o que eu tinha trazido. — A
privação sensorial pode realmente aumentar seu orgasmo, porque todo o
seu foco se direciona para a sensação. Vou vendar seus olhos e colocar
esses fones de ouvido em você. Você não será capaz de me ouvir ou me
ver. Você só será capaz de me sentir. Tudo bem, princesa?
Seus olhos pareceram pesados novamente, mas eu podia ver, de onde
estava, sua boceta brilhando à luz vermelha. Eu sabia que Quinlan estava
tão excitada, que provavelmente teria dito sim a qualquer coisa que eu
sugerisse. Ela assentiu.
Abri a gaveta ao lado da cama e tirei uma venda. Eu voltaria àquela
gaveta em questão de minutos para pegar algum brinquedo erótico, mas
ela não precisava saber disso. Coloquei a venda em seus olhos e então me
inclinei para beijar sua bochecha.
— A quem essa boceta pertence? — eu perguntei, tocando em sua
boceta encharcada e deslizando dois dedos para dentro; em seguida os
dobrei para cima, para encontrar aquele pequeno local especial, e o
pressionei. Ela gritou e levantou os quadris para receber a pressão que eu
estava dando a ela. — De quem é essa porra de buceta? — eu perguntei
novamente, puxando meus dedos e colocando de volta, a acendendo pela
segunda vez.
— A você! — ela gritou, tentando roçar o clitóris contra a palma da
minha mão. — É sua, por favor — ela implorou. — É sua.
— Boa menina, baby. Deite e aproveite sua recompensa. — Coloquei
os fones de ouvido em seus ouvidos, bloqueando completamente qualquer
ruído externo.
Abri a gaveta novamente, puxando um vibrador tipo wand e o
deixando no colchão. Eu me deitei sobre Quinlan, atento para não deixar
meu pau roçar em qualquer parte do seu corpo. Isso não era para mim. Era
para ela. Quinlan tinha sido muito boa para mim, tinha confiado muito em
mim.
Ela me fez implorar por sua boca. Agora eu a faria implorar por meu
pau.
Eu a beijei, deixando minha língua preguiçosamente encontrar a dela,
antes de passar para sua mandíbula e pescoço, beijando, mordiscando e
lambendo. Um leve gosto de cloro estava em sua pele, mas o restante era
tudo dela. Seu cheiro e gosto eram perfeitamente inebriantes, e eu não
podia suportar não a tocar, saborear ou respirar seu cheiro.
Quinlan era viciante.
Eu desci para a parte inferior de seu corpo e me acomodei entre suas
pernas. Deixei beijos até chegar em suas coxas, parando pouco antes de
chegar ao seu sexo nu. Ela tinha um cheiro perfeitamente incrível. Lambi
os dois lados da vulva, sorrindo enquanto Quinlan tentava se aproximar da
minha boca.
— Gulosa — murmurei contra sua carne, embora ela não pudesse me
ouvir.
Usando meus polegares, eu a abri diante de mim, e então a lambi do
fundo de sua doce boceta até seu clitóris, antes de o sugar com os lábios.
Ela ofegou e se empurrou contra a minha boca. Eu enganchei meus braços
sob suas pernas e ao redor de seus quadris, prendendo-a ao meu rosto
enquanto eu me banqueteava, como se ela fosse minha última refeição.
— Você tem um gosto tão doce, baby — eu disse enquanto lambia os
lábios, não querendo perder uma única gota sua. Chupei seu clitóris
novamente, provocando-o com os dentes e a língua. Eu estabeleci um
ritmo, me mantendo no local até ela atingir seu segundo orgasmo da noite.
Sua respiração estava rápida e curta, e cada pequeno gemido que escapava
de seus lábios parecia música para os meus ouvidos. Eu afundei meus
quadris no colchão, tentando aliviar um pouco da minha necessidade.
Quinlan gemeu, respirou fundo, e então, enquanto eu girava minha
língua em círculos rápidos ao redor de seu clitóris, ela se desfez. Eu
mergulhei a língua, lambendo-a e perdendo a porra da sanidade por quão
forte seu orgasmo estava me apertando.
Senti-la envolver meu pau ia ser o mais próximo que eu já tinha
chegado de uma experiência espiritual.
Enquanto gozava e se contorcia, Quinlan arfava, tentando respirar. Eu
gentilmente usei minha língua, me certificando de não perder uma gota,
mas sem a superestimular… ainda.
— Ok — ela disse entre respirações. — Eu vi Deus. Você estava certo.
Puta merda. — Ela estava voltando do clímax, e eu sorri. Ela pensou que
tínhamos terminado.
Que fofo.
— J ack? — ela perguntou, provavelmente em dúvida sobre os
motivos de ainda não ter tirado a venda. — Não fode comigo —
ela avisou da maneira mais fofa de todas. Tão ameaçador para uma mulher
tão pequena. Eu sorri e coloquei o vibrador na configuração mais baixa,
antes de encostar em um dos mamilos.
Quinlan gritou, e suas costas arquearam novamente. Observei sua pele,
ainda úmida da piscina, mas também molhada de suor, enquanto os
mamilos endureciam ainda mais. Quinlan estava uma bagunça só
enquanto choramingava e gemia; e estava muito deliciosa. Suas
respirações rápidas e curtas, seus gemidos eram quase suficientes para me
fazer gozar sem nem mesmo a tocar.
Mudei o vibrador para o outro mamilo, e seus quadris se empinaram
com ainda mais força, tentando encontrar algo para roçar. Eu ri e me
reposicionei, para que meu joelho ficasse entre suas pernas, perto o
suficiente para que ela mal conseguisse fazer com que o clitóris fizesse o
mínimo contato com minha coxa. Próximo o suficiente para ser torturante.
— Por favor, Jack — ela gemeu. Deus, eu adorava ouvir meu nome
em seus lábios. Eu nunca desejaria que isso parasse. — Se você quer que
eu implore por isso, considere isso como implorar!
Sorri e coloquei minha mão livre entre suas coxas, inserindo um, e
depois dois dedos. Ela estava tão molhada, que pingava na cama, e eu
estava um pouco arrependido que aquilo tudo estivesse indo para o
colchão, e não para minha boca.
Eu me movi lentamente dentro e fora dela enquanto descia o vibrador
por seu abdômen e quadris. Eu o coloquei levemente no clitóris, e Quinlan
gemeu profundamente, quase de maneira gutural.
— Você acabou de rosnar para mim, princesa? — Eu soltei um “tsc” e
apertei os botões algumas vezes para ligar o vibrador no máximo. Eu
encostei com mais força, e então ela soltou um grito. Eu gemi, bebendo
em seus sons. Movi meus dedos para dentro e para fora em um ritmo
constante e lento, enganchando-os dentro dela e a massageando enquanto
torturava seu clitóris.
Eu podia ouvir quão molhada Quinlan estava mesmo com o barulho
do vibrador e o som dos seus gemidos. Seu corpo inteiro estava vibrando
de prazer, e eu olhei para ela enquanto suas paredes internas se apertavam
em volta dos meus dedos. Quinlan jogou a cabeça para trás no colchão e
gritou meu nome.
Mas eu não desacelerei. Eu queria vê-la se partindo. Eu queria ver seu
corpo desmoronar em minhas mãos. Continuei a pressionar o vibrador em
sua protuberância inchada enquanto a fodia com os dedos duros e rápidos.
— Jack, pare. Por favor. Por favor, meu Deus, pare. — Ela mal
conseguia respirar através do fogo que eu sabia que estava atirando em seu
corpo. Ela conhecia a palavra de segurança. E Quinlan não parecia querer
dizer.
— Boa menina, Quinlan — eu disse enquanto adicionava outro dedo,
enchendo-a um pouco mais. Ela gritou e empurrou os quadris, tentando
fugir do contato. Era muita coisa ao mesmo tempo, seu corpo não
conseguia se concentrar em mais nada. Quando tudo o que seu cérebro
tem de lidar é com o toque, este tende a ficar um pouco avassalador. —
Sim, baby. Goza novamente para mim. Vamos lá, baby.
— Jack! — ela gritou quando gozou novamente, esguichando e
apertando as paredes internas em torno dos meus dedos com tanta força,
que eu não podia fazer nada além de permanecer lá dentro. Desliguei o
vibrador, não querendo que ela sentisse muita dor, e lentamente puxei os
dedos de sua boceta agora cansada. Meu ego disparou com a visão de
Quinlan encharcando minha cama.
Eu fiz isso.
— Eu disse que você veria Deus — falei em voz alta para mim
mesmo.
Inclinei-me sobre sua boceta rosada e inchada, e Quinlan quase pulou
quando sentiu minha respiração fria em seu sexo. Eu pressionei a parte
plana da minha língua em seu clitóris inchado e então o chupei
suavemente.
Eu preguiçosamente lambi dentro dela, até sua bunda, e mordisquei
seus grandes lábios. Eu a chupei mais uma vez, fazendo com que Quinlan
quase saltasse para fora da pele antes de me posicionar sobre ela.
Meu pau estava pingando, e eu estava com muito tesão,
completamente pronto para ela, mas ainda não era a minha vez. Ela
precisava de uma pausa. Quinlan precisava comer e beber alguma coisa.
Precisava de cuidados. E eu não ia ser egoísta e usá-la além do ponto do
prazer.
Apoiei o corpo no dela e tirei o fone de ouvido lentamente, deixando-a
se acostumar a ter sua audição de volta. Aconcheguei meu rosto em seu
pescoço e belisquei sua orelha.
— Oi, baby — eu sussurrei. Ela respirou fundo e virou o rosto para
mim. Eu lhe dei um pequeno beijo antes de gentilmente puxar a venda de
seus olhos. Ela piscou algumas vezes e então encontrou meu olhar.
— Oi — disse, sorrindo para mim. Estendi a mão acima de nós e soltei
seus braços. Fazendo o mesmo com seus tornozelos, comecei a retirar os
lençóis da cama.
— Vire por um segundo — eu disse assim que levantei todos os
cantos. Ela rolou sobre o protetor de colchão, e eu puxei os lençóis
completamente. Ela rolou de volta para a cama.
— Me desculpa.
— Pelo quê? — eu perguntei enquanto jogava os lençóis no chão, eu
colocaria na máquina de lavar mais tarde; em seguida coloquei um lençol
novo tirado da gaveta.
— A bagunça que fiz nos seus lençóis. É embaraçoso — ela gemeu e
ficou de bruços para esconder o rosto.
— Não há nada para se desculpar ou se envergonhar — eu disse, me
agachando ao lado da cama para olhar para ela. — Eu deveria é estar
agradecendo o elogio. Não há nada mais gostoso do que saber que te
deixei tão satisfeita que você deixou uma poça nos meus lençóis. — Ela
gemeu novamente, ficando vermelha, e fechou os olhos. — Ei — eu disse,
tocando sua bochecha. — Estou falando sério. Eu nunca fiquei de pau tão
duro em toda a porra da minha vida, Quinlan.
Ela abriu os olhos e os revirou antes de se mover para se sentar.
— Não — eu disse, a interrompendo. — Fique aqui um segundo. Eu
vou pegar algo para te limpar, e então você pode ir pegar o que quiser para
comer.
Coloquei o lençol ao lado da cama e fui até a minha suíte master para
molhar uma toalha com água morna. Eu precisava limpá-la e cobrir a
porra do corpo dela com aquele lençol para que eu pudesse me livrar da
minha ereção furiosa. Coloquei uma calça de moletom e aguardei até que
ela decidiu se acalmar.
Caminhando de volta para a cama, eu abri suas pernas e a limpei antes
de jogar a toalha na pilha de lençóis sujos.
— Obrigada — ela disse, sonolenta, enquanto eu a cobria com o
cobertor.
— O que você gostaria de comer? Eu realmente não tenho comida em
casa, mas vou pedir o que você quiser. Vamos precisar de algumas calorias
para aguentar o resto da noite. — Ela me deu um olhar, e eu dei de
ombros. — O quê? Se você acha que eu não vou te manter aqui até o sol
nascer, enlouqueceu. Agora me diga, o que você quer?
— Pizza. — Ela riu. — Só com pepperoni, por favor.
Saí atrás do meu telefone e a deixei descansar. Quando finalmente
encontrei, ignorei todas as notificações e pedi a pizza. Quando terminei,
levei alguns minutos para ler tudo o que havia perdido. Havia alguns e-
mails dos gerentes das minhas boates avisando que estavam trabalhando
ou enviando relatórios.
Chequei todas as redes sociais. Muitas pessoas estavam pedindo para
repetir a apresentação desta noite. Eu ri para mim mesmo. Mesma coisa
aqui, pensei. Algumas mensagens dos meus amigos me lembrando de
nossos planos de nos encontrarmos em uma das minhas boates no centro
da cidade. Eu estava muito envolvido com Quinlan para lembrar desses
planos.
Eu estava prestes a dar uma desculpa para eles sobre o motivo de não
poder ir quando tive uma ideia. Nós não poderíamos nos pegar por
algumas horas. E sair com Quinlan por algumas horas poderia ser
divertido. Pensamentos de a ver em uma roupa apertada e pecaminosa,
agarrada ao meu braço, exibindo-a na frente de todos… Porra, minha
ereção nunca iria diminuir desse jeito.
Eu voltei para o meu quarto e a encontrei dormindo. Eu me arrastei
para debaixo do cobertor e a puxei para perto do meu corpo. Quinlan rolou
e descansou a cabeça no meu braço, jogando em seguida uma perna sobre
meus quadris. Ela mal conseguia abrir os olhos.
— Pizza?
— A caminho. Dorme. Eu vou te acordar quando chegar, não se
preocupe — eu respondi.
— Você quer ouvir uma coisa? — ela perguntou, enterrando o rosto no
meu peito. — Você vai pensar que estou mentindo para fazer você se
sentir como uma espécie de deus ou algo assim. — Ela riu. — Mas eu juro
que não estou. Um cara nunca foi capaz de me fazer gozar.
— Eu… como é? — eu perguntei, chocado.
— Pois é.— Ela bocejou. — Eu sempre fingia para que eles parassem
de tentar. E aqui está você, me dando três experiências extracorpóreas em
poucas horas. — Eu inalei seu cheiro, tentando encontrar as palavras
certas. Mas eu não precisava. Quinlan tinha voltado a dormir.
Ninguém nunca a tinha feito gozar. Que tipo de fodidos estavam por
aí? Eu nunca entendi os homens com essa incapacidade de se importar
com outra coisa além de satisfazer seus paus e depois ir embora. Sem se
incomodar em olhar para a parceira e ver se elas também gostaram.
Porra, eu podia entender o lance de gozar primeiro. Acontece até com
os melhores. Mas você ainda pode se certificar de que ela receba o que lhe
pertence antes de ir para casa.
Suspirei.
— Dai-me forças — eu disse baixinho para mim mesmo enquanto
esfregava os olhos. Tirei meu celular do bolso e coloquei um alarme para
trinta minutos, só para ter certeza de que estaria acordado quando a pizza
chegasse. Enfiei o telefone debaixo do travesseiro e fechei os olhos,
adormecendo com o som reconfortante da respiração tranquila de Q.
— E uterminava
quero que você saia comigo esta noite — eu disse enquanto ela
de comer a fatia de pizza. Eu estava sentado atrás de
Quinlan, no sofá, acariciando suas costas, quando decidi que aquela
pequena fantasia que eu tinha produzido, de a ver vestida daquele jeito e
de braço dado comigo, iria realmente acontecer.
— Para onde? — ela perguntou, virando-se e parecendo um pouco
surpresa.
— Uma boate minha no centro da cidade.
Ela se olhou de cima a baixo.
— Você quer que eu vá para uma boate com esta aparência?
Eu sorri e me afastei.
— Não, obviamente não. — Eu já tinha pensado nisso. — Vou te levar
até sua casa, espero você se arrumar e então iremos. Eu tinha planos de
passar um tempo com alguns dos meus amigos hoje à noite, mas fiquei
muito envolvido com você e acabei esquecendo. Mas eu meio que gosto
da ideia de sair com você e de ainda ter a chance de te ver toda
embonecada agarrada no meu braço.
— Ok — ela riu. — Por mim…. Eu moro em Brookdale. Tem
problema?
— Nenhum! — eu disse e me levantei do sofá. — Eu vou tomar um
banho rápido para não cheirar a cloro, e então vamos até a sua casa, pode
ser?
— Ok. — Ela sorriu um pouco mais. Talvez Quinlan gostasse da ideia
de estar agarrada no meu braço também.
Quarenta e cinco minutos depois, entrei na garagem do seu
condomínio e a segui até seu apartamento, no décimo segundo andar. Era
maior do que eu esperava para uma jornalista, mas acho que Quin não
estava mentindo quando disse que estava se saindo perfeitamente bem
sozinha.
— O controle remoto está no suporte ao lado do sofá. Fique à vontade.
Vou tentar ser rápida.
Olhei para o imóvel em seu conceito aberto. Ela tinha plantas em
todos os lugares. Algumas estavam penduradas no teto, algumas estavam
presas a pequenos suportes e outras apenas espaçadas no chão. A casa
tinha tanta personalidade, que fazia a minha parecer rígida e fria. Quinlan
tinha um sofá de veludo esmeralda e um tapete multicolorido que quase
ocupava todo o piso da sala.
Quando a ouvi ligar o chuveiro, me aventurei a espiar seu quarto; lá vi
mais dos mesmos tecidos bonitos e das malditas plantas em todos os
lugares. Eu estava transando com algum tipo de fada de jardim? Uma
bruxa verde?
Jesus Cristo.
Abri seu armário e vasculhei todas as suas roupas até encontrar a seção
que parecia conter todos os vestidos. Um deles imediatamente me chamou
a atenção. Era de um cetim bem macio e de um verde profundo que ficaria
incrível em contraste com seu cabelo. Eu o puxei para fora e o coloquei
em sua cama; em seguida, fui em busca de sapatos.
Nos fundos do armário, no chão, havia uma sandália de tiras pretas
que eu sabia que faria maravilhas por sua bunda. Olhando para os outros
sapatos, percebi que ela não era uma grande fã de saltos. Sem problemas.
Eu estava mais do que disposto a carregá-la para qualquer lugar que
fôssemos.
Quinlan saiu do banheiro em uma nuvem de vapor, sua pele ainda
corada pelo chuveiro. Eu localizei a marca da mordida que dei em seu
pescoço, estava começando a escurecer, então sorri. Se isso não gritasse
que ela era minha, eu não sabia mais o que poderia ter tal efeito. Eu a
deixei tirar a coleira antes de sair de casa, embora gostasse de ver as
reações de todos a isso.
Minha, eu pensei novamente quando ela largou a toalha e caminhou
em minha direção. Seu cabelo estava molhado e ondulado, caindo sobre os
ombros e pingando água entre os seios. Eu não era possessivo desse jeito
com outra pessoa há muito tempo, e isso começou a trazer um pequeno
tom de ansiedade ao meu peito. Eu não era a pessoa mais fácil de se lidar
quando começava a seguir por esse caminho.
Meu pau se mexeu mais uma vez.
— Por favor, coloque essa porra de roupa antes que eu te jogue contra
a parede e te foda até você gritar e acordar seus vizinhos.
Ela sorriu e olhou para a cama ao nosso lado.
— Você escolheu minha roupa? — ela perguntou.
— Sim. Eu quero te ver de verde.
— Então vou de verde. Mas talvez você tenha que me carregar no final
da noite. Eu nunca me saí muito bem com saltos. Sou desajeitada, para
dizer o mínimo. — Ela caminhou até a cômoda e começou a vasculhar em
busca de um sutiã e calcinha.
— Você pode usar sutiã. Mas não pode usar calcinha. — Ela olhou
para mim por cima do ombro, e eu levei um momento para admirar sua
bunda atrevida. — Quero ter acesso a você o tempo todo. — Ela revirou
os olhos, mas só tirou um sutiã da gaveta. Pegando o vestido da cama, ela
se virou e voltou para o banheiro.
— Serei rápida — ela disse e fechou a porta. Eu provavelmente ia
parecer simples demais ao lado dela, mas nunca me importei com isso.
Mesmo sendo o dono da boate, eu era conhecido por aparecer com botas
pretas, jeans pretos e camiseta preta.
Depois de algum tempo, a porta se abriu, e eu me sentei e a devorei
com os olhos. Quinlan havia alisado e prendido seu cabelo, que, em
contraste com o verde-escuro do vestido, quase parecia roxo. Sua
maquiagem estava escura e pesada, e eu adorei. Em contraste com a pele
pálida, a fazia parecer luminosa.
E o vestido.
O maldito vestido.
Todas as suas tatuagens estavam à mostra, e a forma como o tecido
abraçava seus quadris me fez cambalear. O vestido parava no meio da
coxa, mas a fenda ia quase até o quadril. Isso tornaria bem fácil o ato de
deslizar minha mão para lá a qualquer momento.
— Gostou? — ela perguntou, parecendo um pouco tímida.
— Gostar é um eufemismo. Você vai ser a pessoa mais gostosa da
boate esta noite — eu disse enquanto pegava seus sapatos e me ajoelhava
na sua frente. Ela se apoiou na cômoda ao lado, e eu levantei um de seus
pés para deslizar o sapato. Apertei a fivela e beijei sua coxa antes de
passar para o outro pé e fazer a mesma coisa.
Quando olhei para Quinlan, ela estava com os olhos fechados. Beijei
sua perna um pouco mais acima e observei seu peito subir e descer um
pouco mais rápido. Segui passando o nariz pela pele macia que a fenda do
vestido revelava. Nesse momento, a mão de Quinlan veio até meu cabelo.
— Não comece algo que não pode terminar — ela disse quando seu
aperto no meu cabelo se tornou mais áspero. A rápida explosão de dor fez
meu estômago apertar da melhor maneira. Ela olhou para mim.
— Você gosta de me ver de joelhos para você, querida? Você gostou
quando meu pau estava em sua boca e eu estava implorando por isso?
Você gosta de saber que me deixa vulnerável?
Ela puxou minha cabeça para trás, e eu sorri. Eu nunca deixei ninguém
me dominar de qualquer forma. Nem mesmo do jeito que Quinlan estava
fazendo naquele momento.
Mas quando ela olhou para mim com aquela faísca muito familiar em
seus olhos, eu pensei que talvez eu estivesse disposto a ver como era estar
no outro lado daquele fogo. Soltei um rosnado que parecia sair do meu
peito e corri as mãos por suas pernas, até encontrar a bunda. Segurando-a,
eu apertei até que ela vacilou.
Eu me levantei e a beijei no pescoço.
— Vai ser um milagre se eu sobreviver a esta noite — ela disse
baixinho enquanto saíamos do seu apartamento.
— A propósito — eu comecei, segurando a porta para ela. — Qual é a
desse monte de plantas? Como você mantém tudo vivo? Você é uma
bruxa? Uma pequena fada do jardim?
Quinlan jogou a cabeça para trás com uma risada. Eu realmente
gostava de fazê-la rir.
— Eu só gosto de cuidar das coisas — disse depois que parou de rir.
— Confia em mim, eu matei muitas antes de pegar o jeito.
Ela se agarrou ao meu braço para se manter de pé enquanto descíamos
as escadas e seguíamos até o carro. Quinlan até teve de se inclinar um
pouco para mim, para ter certeza de que não ia sair tropeçando. Eu me
ofereci para pegá-la no colo e carregá-la por aí, mas ela me empurrou e
disse para guardar para mais tarde.

Eu: Estamos a caminho.

Enviei a mensagem para meu amigo Wes enquanto fechava a porta do


passageiro.

Wes: Estamos? Quem você está trazendo? Você tem outros amigos? É uma garota?!

Eu: Comporte-se.

Sorri para ela e dei partida no carro.


— Preparada?
— Como sempre.
Eu me ajeitei no banco e saí da garagem, esperando que essa decisão
de última hora não fosse um erro.
D eixei o carro com o manobrista e a escoltei até o segundo andar, a
área VIP onde todos os meus amigos já estavam presentes. Levá-la
até o seu apartamento e deixá-la se arrumar nos atrasou um pouco.
Provavelmente não ajudou o fato de ter parado para dedar Quinlan até que
ela atingisse o clímax durante o caminho. Eu não consegui evitar. Aquele
vestido era um tipo muito doce de tortura.
— Então, alguma dessas pessoas sabe sobre seu pequeno alter ego? —
ela perguntou enquanto subíamos as escadas.
— Eles sabem. Eles são meus amigos desde antes de eu começar a
trabalhar com isso.
— Olha ele aí! — Wes gritou enquanto corria e me puxava para um
abraço. — Ela é gostosa, cara — ele disse no meu ouvido antes de
literalmente me empurrar para longe para olhar para Quinlan.
— Oi — ela disse, sorrindo para Wes. — Meu nome é Quin.
— Quin! — ele disse enquanto se aproximava e a abraçava. Revirei os
olhos e os observei, tentando não deixar que me afetasse o fato de que as
mãos dele estavam sobre ela. Wes era meu melhor amigo, afinal de contas.
E não é como se ela fosse realmente alguma coisa minha. Não deveria me
incomodar.
Ela deu um gritinho e jogou a cabeça para trás em uma risada depois
de superar o choque inicial de ser abraçada por um urso. Wes parecia
nunca se lembrar de quão grande ele realmente era. Wes tinha alguns
centímetros a mais do que os meus 1,80 m, além de ter a porra de o corpo
de um fisiculturista. Wes era um caçador de recompensas. E era muito
bom nisso. Wes era o cara que você gostaria que estivesse do seu lado em
uma briga.
— Eu me chamo Wes. É muito bom te conhecer! Bem-vinda ao grupo!
— Ele a apertou mais uma vez antes de gentilmente colocá-la de volta no
chão.
— Prazer em te conhecer também, Wes — ela disse, tentando ter
certeza de que o vestido não tinha subido. Ela passou o braço pelo meu e
se inclinou na minha direção. Soltei um suspiro que não tinha percebido
que estava segurando durante toda aquela conversa.
— Vamos, vamos — disse ele, gesticulando para que o seguíssemos
até o restante do grupo. — Os caras não mordem, mesmo que pareça que
sim. — Ele olhou para mim, e eu levantei uma sobrancelha. — Ok, talvez,
em algumas situações, a gente dê umas mordidas. Mas não nas pessoas de
quem gostamos. — Ele fez uma pausa, e seus olhos se moveram para
Quinlan com um sorriso malicioso. — A menos que você queira. — Wes
piscou para ela.
— Ela não quer — eu respondi por Quinlan.
Ele olhou de volta para mim e sorriu como se tivesse entendido tudo.
Babaca. Eu deveria saber que Wes estava fazendo essa cena para arrancar
alguma reação minha. Ele estava testando para ver se eu marcaria o
território. Senti que Quinlan estava olhando para mim, mas mantive os
olhos em frente, sorrindo para o meu grupo de amigos enquanto nos
aproximávamos da mesa.
— Pessoal — Wes dirigiu-se à mesa antes que eu pudesse dizer
qualquer coisa. — Essa é a Quin, então é melhor a gente se comportar
bem perto dela ou o Jack aqui pode chutar todos os nossos traseiros.
Revirei os olhos e puxei uma cadeira para ela se sentar. Sentei-me ao
lado de Quinlan e comecei as apresentações.
— Você já conheceu o Wes — eu disse alto o suficiente para me fazer
ser ouvido sobre a música. — Ele é um caçador de recompensas. Aquele é
o Greg — eu disse, apontando para o loiro que não tinha um centímetro de
pele sem tatuagens. — Ele é um desenvolvedor de software meio cabeça
quente. Ele normalmente é quem nos coloca em apuros. — Greg revirou
os olhos para mim, mas sorriu para Quinlan.
— Prazer em conhecê-la, Quin — disse ele.
— Aquele filho da puta é o Owen. Ele é o herdeiro.
— Eu não sou herdeiro! — ele rebateu. — Meus pais que são muito
ricos — disse ele, piscando para Quinlan. — Então me deram os negócios
para administrar. — Quando ele disse “negócios”, fez aspas no ar.
— Restaurantes — eu disse a ela. — Não deixe que Owen te convença
de que ele é um grande traficante de drogas ou algo assim. Ele administra
restaurantes asiáticos. — Ele bufou. — Nós estamos meio convencidos
neste momento, porém, que ele é parte de uma família da máfia — eu
murmurei perto do ouvido de Quinlan quando Owen desviou o olhar. —
Ele nunca confirmou nem negou essa ideia. — Ela sorriu. — E este é
Hudson — eu disse, acenando para meu amigo sentado à minha direita. —
Mas todo mundo o chama de Pyro. Ele tem uma pequena obsessão por
fogo.
— Prazer em conhecê-la, Quin — disse ele, estendendo o braço e
apertando a mão dela. Quinlan olhou para baixo, mas, felizmente, seus
olhos não passaram muito tempo nas múltiplas cicatrizes de queimaduras
que cobriam as mãos do meu amigo.
— Ele é o caçula do grupo e tem o típico comportamento de um
caçula. Ele é baterista em uma banda e não faz absolutamente nada da
vida.
— Com o que você trabalha, Quin? — Greg perguntou do outro lado
da mesa.
— Eu sou uma redatora — ela respondeu. — Eu trabalho para The
Lead, uma revista digital de games. Também comecei a escrever algumas
histórias em paralelo. Eu gostaria de me tornar uma autora um dia. —
Olhei para Quinlan e sorri, colocando meu braço nas costas da sua cadeira.
Nesse momento o garçom se aproximou de nós.
— O que você gostaria? — eu perguntei a ela. — Do que você gosta?
Ela me olhou de cima a baixo com um sorrisinho tímido.
— Qualquer coisa doce.
— Sim, aposto que sim — disse Owen. Eu o chutei por baixo da mesa
enquanto Quinlan ria, e ele cuspiu sua bebida, me olhando com espanto.
— Comporte-se — eu disse, apontando em sua direção.
Eu fiz nosso pedido e me recostei na cadeira, parando de observar as
pessoas para dar minha atenção somente para Quinlan. Ela riu e conversou
com meus amigos como se os conhecesse há anos.
Depois de alguns drinques, meu braço desceu do encosto da cadeira
para os seus ombros. Tínhamos começado a noite com nossas cadeiras um
pouco afastadas uma da outra, mas quando olhei para baixo, elas estavam
já alinhadas. Eu não conseguia me lembrar de ter feito isso, mas não me
surpreendeu. Desde que Quinlan entrou na minha vida, eu senti a
necessidade de estar o mais perto possível dela. Quinlan olhou para mim e
me pegou a observando.
Sua mão encontrou minha coxa, e eu pisquei, tentando voltar minha
atenção para o grupo e o que diabos eles estavam falando, já que minha
atenção tinha escapado completamente da conversa. Graças a Deus
Quinlan parecia estar se virando bem com eles, porque eu não era de
muita ajuda.
— Sim — ela estava dizendo e concordando com a cabeça para
Hudson. — Eu realmente não gostei. Bem, quer dizer… Gostei, mas não
gostei das aulas.
— Ninguém gosta das aulas — disse ele. — Aprendi a tocar sozinho.
Fazer aulas tira toda a diversão. Faz com que pareça mais uma obrigação e
menos algo que você gosta.
— Você toca bateria? — eu perguntei a ela, um pouco chocado.
— Ah, bem-vindo de volta à conversa — Owen disse enquanto
Quinlan ria.
— Não, eu tive aulas de piano quando criança. — Ela virou seus
lindos olhos para a minha direção; Quinlan parecia feliz para caralho, e eu
só queria agarrar seu rosto e beijá-la até o último dos meus dias.
— Mesmo não querendo interromper o momento amorzinho que está
rolando — disse Owen, deixando sua bebida na mesa. — Acho que é hora
de deixar Quin se divertir. Vamos dançar.
— Sim! — Wes gritou e se levantou com Owen e Hudson. Greg
permaneceu firme em seu assento. A última coisa que ele seria pego
fazendo seria dançando. Puto rabugento. Não que eu pudesse dizer muito.
Também não era minha parte favorita, mas ver o corpo de Quinlan se
movendo com a música e sendo empurrado contra mim?
Porra.
— Senhor? — Olhei para cima e vi Anders pairando atrás de mim. Ele
era um cara mais velho, trinta e tantos anos, e muito esperto com os
números. Ele foi altamente recomendado pela família de Owen, então eu o
peguei o mais rápido possível quando comprei as boates. Esta era a boate
que ele usava como base, mas Anders estava sempre viajando para todos
os estabelecimentos, verificando como andava tudo e mantendo as coisas
funcionando.
— Anders, por favor — eu disse, esfregando os olhos. — Já pedi
tantas vezes. Por favor, não me chame de senhor. Meu nome é Jack.
— Hum, Jack — ele começou de novo. — Derek me disse que você
estava na boate. Temos alguns problemas relacionados aos negócios e
pensamos que talvez você quisesse examinar tudo enquanto está aqui em
vez de ter de voltar amanhã. O que você prefere?
Olhei para Q e depois para Wes. Ele assentiu.
— Vá cuidar dessa merda, eu cuido dela.
— Por que ela não estaria segura comigo? — Owen perguntou.
— Ninguém está seguro com você — respondeu Hudson. — Quem
sabe que tipo de merda estranha você gosta?
— Como se você fosse um cara exemplar, Pyro — Wes entrou na
conversa. — Você fode qualquer coisa que se mexa.
Quinlan riu e assistiu as brincadeiras que iam e vinham de um lado
para o outro. Hudson olhou para ela, tirou um palito de dente do bolso
traseiro e o enfiou na boca. Era um hábito que ele tinha desde que eu o
conhecia. Hudson estava sempre mastigando alguma porcaria.
— Não acredite nele, querida. Me comportarei de maneira exemplar,
eu prometo — disse ele.
Ela deu uma balançada quando nos levantamos, e eu olhei para a
mesa. Quinlan tinha bebido um pouco, e sendo pequena como era, eu não
ficaria surpreso que ela já estivesse sentindo os efeitos.
— Você está bem? — eu perguntei. — Não vai demorar muito, e os
caras vão cuidar de você. Eles podem parecer e agir como um bando de
desajustados, mas sabem que vou matá-los se não cuidarem bem de você.
— Literalmente — disse Greg antes de olhar para mim. — Vou ficar
de olho aqui de cima.
— Eu estou bem. — Ela me deu um empurrãozinho brincalhão. — Eu
serei o recheio de um sanduíche de homens. O que poderia dar errado?
Muita coisa, eu refleti para mim mesmo. Parecíamos atrair problemas
em todos os lugares que íamos. Desde que todos nos encontramos, éramos
conhecidos como os caras a serem evitados. Não tenho certeza se era o
temperamento um tanto esquentado de Greg, o passado mafioso assumido
de Owen, a caça de recompensas de Wes, a obsessão de Hudson pôr fogo
ou minha possessividade, mas estávamos sempre precisando salvar um ao
outro.
— Tudo bem — eu disse, cedendo e lhe dando um beijo rápido na
cabeça. Olhei para cada um dos meus amigos. — Me chamem se algo
acontecer.
Wes

— M uitas coisas ruins tendem a acontecer nesta boate ou elas só


rolam com vocês? — Quinlan me perguntou enquanto
descíamos para a pista de dança.
— Honestamente? — Eu ri. — Só com a gente.
— Bom saber — disse, rindo também.
A verdade era que os problemas tendiam a nos encontrar mesmo
quando não estávamos procurando por eles. E, sim, às vezes a gente
procurava confusão. Olhei para ela com o canto do olho, Quinlan segurava
meu braço com uma mão e o de Owen com a outra. Hudson estava vindo
logo atrás, olhando ao redor da pista de dança e torcendo aquele palito
estúpido na boca.
Ela era linda. Não à toa Jack decidiu mantê-la por perto. Todos nós
sabíamos no que Jack estava metido, e me surpreendeu olhar para esse
pequeno deslize, imaginando-a mergulhando em toda aquela merda.
Não me entenda mal, todos nós tínhamos nossos vícios. Pyro tinha o
fogo e suas mulheres. Owen tinha seja lá o que ele fizesse com a família
quando não estávamos por perto. Greg tinha uma parada séria por facas.
Eu sentia pena da mulher que chamasse sua atenção e tivesse de lidar com
isso um dia.
E eu? Eu tinha minhas brigas. Eu não conseguia passar mais do que
alguns dias sem bater em alguém. Fosse legal ou ilegal, eu estava sempre
no ringue tentando me divertir. Falando nisso, fazia muito tempo desde
que eu tinha batido em alguma coisa.
— Greg está de olho na gente — Owen disse para ela, me tirando dos
meus pensamentos. — Não deixe ninguém além da gente tocar em você
ou ele vai relatar isso para Jack, e Jack não ficará feliz.
Eu vi suas sobrancelhas se unirem em uma pergunta silenciosa.
Ah, ela não tem ideia de onde se meteu, eu pensei.
— Olha — eu disse a ela, fazendo com que todo mundo parasse ao pé
da escada. — Jack pode parecer um cara doce, e ele é, não me entenda
mal. O lance é que uma vez que ele vê algo de que gosta, é como a mamãe
ursa com seus filhotes.
Pyro riu.
— É verdade — disse ele. — A analogia é horrível, mas, sim. Ele
pode ser extremamente possessivo.
— Ele só me conhece há um total de cinco horas. E nós não estamos
juntos — Quinlan protestou. — É só uma parada casual. Estamos só
saindo.
— Sim — disse Owen. — Continue dizendo isso a si mesmo. Mas
todos nós vimos como ele estava olhando para você na mesa. E você
estava olhando para ele como uma criança em uma loja de doces.
— De qualquer forma — eu disse, me intrometendo antes que os caras
falassem demais sobre Jack e isso a assustasse. — Você é a garota dele
essa noite pelo menos. E Jack não vai gostar de outra pessoa tocando na
garota dele. Então fique entre com a gente, ok?
— Ahn, tudo bem — ela disse, suas bochechas ficando vermelhas por
toda a atenção. — Mas vocês vão dançar comigo? Vai ser um pouco
estranho se vocês ficarem em círculo ao meu redor enquanto eu danço
sozinha.
— Wes e Pyro vão dançar com você. Greg está de olho no andar de
cima. Eu ficarei de olho lá embaixo — Owen respondeu.
Ela revirou os olhos e sorriu.
— Tudo bem, tanto faz. Chega de conversa fiada. Vamos nessa. Vocês
podem fazer parte do meu pequeno harém esta noite.
Todos nós demos risada, e eu joguei meu braço em volta dos ombros
de Quinlan.
— Sim, senhora. Vá na frente.
Owen foi ficar ao lado do bar, tendo uma visão ampla de onde
estávamos no meio da pista de dança. Pyro e eu dançamos com Quinlan,
nos revezando, girando-a, segurando-a, para que ela não torcesse um
tornozelo, e a trazendo um tanto inocentemente contra nosso corpo.
Seu rosto estava constantemente iluminado com o maior sorriso que eu
já tinha visto. Isso fazia seus olhos brilharem, e era contagiante estar por
perto. Até Owen estava sorrindo para ela lá do bar. Eu nunca furaria o
olho de um dos meus amigos, mas eu estava com uma inveja do caralho
que essa criatura tinha se aproximado dele em vez de mim.
Quando chegou a minha vez de pegá-la e deixá-la se apoiar em mim
enquanto dançava, uma outra garota, com cabelo loiro platinado, se
aproximou de Pyro e roubou sua atenção. Ele olhou para mim, e eu
assenti. Tudo parecia bem. A boate estava relativamente tranquila pela
primeira vez. Eu nem vi ninguém se aproximando demais da gente e me
dando uma boa desculpa para uma briga.
Mas então fui surpreendido por Quin sendo derrubada dos meus
braços; lá estava ela no chão, seu vestido em torno dos quadris nus
enquanto ela rapidamente tentava puxá-lo para baixo antes que alguém
visse alguma coisa. Ela foi bem rápida na tarefa, mas qualquer um que
tivesse prestado atenção provavelmente deu uma boa olhada.
Merda.
Virei a cabeça para encontrar o culpado enquanto Pyro literalmente
empurrava a linda garota de cima dele e se jogava no chão para ajudar
Quin a se levantar. Meus olhos pousaram em um clássico babaca que
estava olhando para as pernas nuas de Quinlan enquanto ria.
— Ah, você fodeu com a mulher errada — eu gritei sobre a música.
Seus olhos se voltaram para mim, e ele bufou. Essa não era uma reação
que eu estava acostumado a receber dos caras. Normalmente, eles davam
uma olhada e recuavam. Eu era um cara bem grande e sabia parecer maior
quando precisava.
— Qual é, cara — disse ele, tomando outro gole de sua cerveja barata.
— Ela é só uma vagabunda que nem se preocupou em usar calcinha. Tava
pedindo, se quer saber.
— Resposta errada — Owen disse, de repente ao meu lado.
— Tire ela daqui — eu disse para Pyro. Ele a pegou, tomando cuidado
para não a expor a ninguém que estivesse ao nosso redor, e a levou no
colo. Eu vi sua boca se movendo, mas a música engoliu seus protestos.
Meu corpo inteiro vibrava com a adrenalina.
— Esta realmente não é sua noite, amigo — eu disse quando ele
percebeu que tanto Owen quanto eu não estávamos do lado dele. Ele
olhou ao redor freneticamente, provavelmente tentando ver se os amigos
viriam em seu socorro. Não importava se viessem. Greg já teria visto e
provavelmente teria avisado a Jack que havia um problema. Ele sairia em
breve com Anders para acabar com tudo.
— Qual é, cara — ele gaguejou. — Eu só estava zoando.
Ele começou a recuar, mas Owen estendeu a mão e o agarrou pelo
colarinho para mantê-lo ao nosso alcance. Alguns homens que presumi
serem seus amigos se aproximaram, perguntando o que estava
acontecendo.
Eu sorri.
Finalmente, eu pensei.
Respirei fundo e dei o soco, meu punho acertando a mandíbula do
cara, o fazendo voar para longe das garras de Owen. Ele estava largado no
chão quando olhei em volta para seus amigos.
— O chefe vai sair em breve para arruinar nossa diversão, rapazes.
Então é melhor fazer isso rápido. Quem é o próximo?
Jack

F oi uma porra de uma profusão de socos na pista de dança. As pessoas


dispersavam enquanto tentavam escapar da confusão ilesas. Greg
veio me buscar assim que viu Q cair no chão. Olhei em volta,
tentando descobrir para onde ela tinha ido. Owen e Wes estavam no meio
de tudo, e Greg estava descendo as escadas correndo para se juntar a eles.
Eu realmente deveria ter desconfiado da minha certeza de que
teríamos a porra de uma noite sem gente se chutando. Eu não reclamaria
da confusão se fosse uma noite normal. Mas este não era um lado que eu
queria que Quinlan visse por enquanto.
Eu não encontrei Hudson em lugar nenhum, esperava que Wes
estivesse em seu juízo perfeito para mandar Hudson levá-la para algum
lugar e ficar com ela até ter certeza de que Quinlan não tivesse saído
machucada do tombo. A culpa martelou em meu peito por fazê-la usar
aqueles saltos, mesmo depois de ela ter dito que ela não era muito boa
com eles.
Egoísta.
— Acaba. Com. Isso — eu disse a Anders, que nos seguiu pela
varanda. — Nós não precisamos de mais reputação negativa. — Ele
assentiu e foi embora, enquanto eu descia para encontrar o sujeito que a
havia empurrado.
Eu estava cagando para os outros que tinham se metido na briga. Eu
queria só aquele cara. Aquele que a tocou. Aquele que colocou as mãos
sobre ela. O que provavelmente viu sua boceta nua.
Ele tocou no que era meu.
— Quem foi? — eu gritei sobre o barulho da música e dos sons de
punhos se chocando contra pessoas. As luzes estroboscópicas estavam
distorcendo tudo ao meu redor, tornando difícil focar em mais de uma
pessoa ao mesmo tempo.
— No chão! O loiro! — Wes gritou de volta, sorrindo enquanto cuspia
sangue. Revirei os olhos. Alguém ia ter de limpar tudo aquilo, e meu
amigo não estava tornando a tarefa mais fácil. Desviei minha atenção dele
para empurrar as pessoas para fora do meu caminho, até que vi o culpado
de toda a confusão deitado no chão, acabando de acordar, quando alguém
tropeçou nele. Ele tentou sentar.
Apoiei a bota em seu ombro e o empurrei. Ele caiu de costas no chão e
olhou para mim. O olhar em seu rosto me disse que estava a dois segundos
de se cagar.
— Você tocou na minha garota? — eu perguntei, olhando para ele. O
cara engoliu em seco e olhou ao redor, em busca de ajuda. — Você olhou
para a boceta nua quando ela caiu? — Ele balançou a cabeça para um lado
e para o outro. Eu estalei o pescoço e me agachei até a sua altura.
— Eu, não, cara, juro!
Eu sorri e mexi nos anéis em meus dedos antes de olhar para ele.
— Eu acho que você está mentindo — eu disse calmamente. — Eu
não gosto de mentirosos, Chad. — Eu não sabia se esse era o nome dele,
mas eu não estava nem aí. O Sr. Garoto de Fraternidade não falou muito
sobre si mesmo. — Sua mãe nunca te ensinou que o castigo é sempre pior
quando você mente?
— Ok, ok, cara. Sim, eu olhei quando ela caiu.
— Ela é linda, não é? — eu perguntei com um sorriso cruel no rosto.
Ele assentiu e começou a tentar rastejar para longe de mim. — Ela não era
sua para você ficar olhando, Chad. Ela é minha. E você precisa aprender a
respeitar a propriedade dos outros.
Eu me levantei assim que ele conseguiu se virar e começou a se
levantar novamente.
Apoiei um pé no chão e o chutei nas costelas. O sujeito caiu de costas,
agarrando onde, eu sabia, pelo menos uma de suas costelas havia se
quebrado. A música parou, e todas as luzes se apagaram. Anders estava
finalmente acabando com tudo. Senti as pessoas começarem a se espalhar
sob o manto da escuridão. Aproveitei a oportunidade para esparramá-lo no
chão e acertar um soco na lateral de seu rosto, meus anéis abrindo fendas
em sua pele.
— Todo mundo para fora! Agora! — Anders disse pelo sistema de
som antes que as luzes acendessem, inundando a boate inteira com luzes
fluorescentes. O primeiro piso estava esvaziando rapidamente, e eu levei
só um segundo para vasculhar seus bolsos e encontrar sua carteira.
Puxando a identidade, eu tirei uma foto dela com meu telefone.
— Uau — eu disse, a guardando em seu bolso. — Seu nome é Chad
mesmo. — Ele olhou para mim com o olho que já estava começando a se
fechar. — Bem, surpresa, mano. Eu sou o dono dessa boate e você foi
oficialmente banido.
Eu saí de cima dele e o cutuquei com a bota. Ele entendeu a
mensagem e correu para ficar de pé e saiu da boate, com a mão nas
costelas.
— Pode mandar a conta do hospital. É por nossa conta se você
mantiver a boca fechada e as mãos longe das mulheres! — eu gritei para
as suas costas.
Wes gemeu à minha esquerda, e eu olhei para ele. Seus dedos estavam
sangrando, mas ele tinha um sorriso largo no rosto e seu peito arfava.
Revirei os olhos. Ele adorava uma boa briga, e pela aparência dos idiotas
que estavam rastejando para fora dali, fazia algum tempo desde que ele
tinha arranjado uma.
— Você deveria ter apagado o cara — disse ele.
— Ele tem que proteger as preciosas mãos de gamer — Owen riu,
chutando um cara em direção à porta, literalmente.
— Não foi isso que eu quis dizer quando disse para cuidarem dela —
eu disse, gemendo em minhas mãos.
— Eu o vi caminhando em direção a vocês da varanda. Ele estava de
olho nela. Ele sabia o que estava fazendo — disse Greg, enxugando o
nariz sangrento na manga da camisa.
— Quem está cuidando dela? — perguntei a todos eles.
— Pyro a tirou do chão antes que ficasse fora de controle. Creio que
ele a levou para um dos escritórios nos fundos, onde dá para trancar a
porta — Wes respondeu.
— Vocês, por favor, ajudem Anders a controlar as coisas e iniciar o
processo de limpeza?
— Vou fazer algumas ligações para ter certeza de que isso não vai
vazar — disse Owen, caminhando de volta para a varanda e subindo os
degraus de dois em dois. Presumi que por “fazer ligações”, ele quis dizer
falar com sua família. Eu nunca tinha feito perguntas, mas quando se
tratava desse tipo de merda nas minhas boates, ele sempre conseguia
manter as coisas em segredo. Porque, sim, merdas como essa pareciam
acontecer com muita frequência quando todos nos reuníamos.
— Vamos ajudar Anders — Wes disse.
— Vá se certificar de que ela está bem — disse Greg antes que eu
começasse a seguir para os fundos, onde ficavam todos os escritórios.
— Pyro? — eu gritei no corredor. A porta do meu escritório no final
do corredor se abriu.
— Aqui, parceiro — ele gritou de volta e saiu, fechando a porta atrás
de si. — Ela está bem — disse enquanto eu caminhava em direção a ele,
provavelmente com um olhar que poderia matar um ser humano
estampado em meu rosto. Ele riu um pouco enquanto eu me aproximava.
— Mano, não vá lá assim ou você vai assustá-la para caralho. Ela está
bem. O tornozelo está um pouco dolorido, só isso. E ela está um pouco
envergonhada.
Eu respirei fundo. Eu precisava me recompor. Eu estava perdendo o
controle por causa de uma garota que tinha acabado de conhecer. Isso não
era normal. Pessoas normais não ficam obcecadas dessa maneira. Quinlan
provavelmente estava assustada. Eu duvidava que alguém alguma vez
tivesse reagido assim a ela levando um tombo em uma pista de dança.
Se ninguém nunca se dedicou a fazê-la gozar, eu duvidava que alguém
se importasse o suficiente para a defender.
Eu soltei um som que era metade gemido, metade rosnado do lado de
fora do escritório. Olhei para Hudson enquanto andava de um lado para o
outro, tentando expulsar a adrenalina do corpo.
— Você a conhece há muito tempo ou o quê? Cinco horas? — Eu
lancei para ele um olhar que dizia que era melhor calar a boca. Eu sabia
para onde aquela pergunta ia, e eu não tinha vontade alguma de seguir por
esse caminho. — Apenas uma noite, foi o que ela nos disse.
— Só uma noite — eu concordei.
— Mmm — ele assentiu. — Então é um desses seus joguinhos? Você
não tem um desses faz tempo. Mas ela parece diferente. Você nunca
trouxe ninguém. Especialmente não uma garota que deveria ficar por perto
só por uma noite. Você não tinha só que a manter em casa e realizar todos
os seus caprichos?
— Pyro — eu disse com um toque de advertência na voz.
— Só estou comentando, cara. Talvez seja hora de parar de brincar e
tentar o lance do namoro uma vez.
— Isso exige muita confiança — admiti.
— Eu já saquei que para você isso é complicado, por causa da
necessidade de privacidade, mas você não pode simplesmente deixar sua
vida inteira parada porque gosta de falar umas paradas indecentes online e
jogar uns games usando uma máscara. — Eu grunhi. — Talvez você tenha
encontrado seu par.
— Não passou um dia inteiro desde que a conheci — eu rebati.
— Às vezes, isso não é necessário.
— Para alguém que pula de uma garota para outra com a mesma
frequência com que troca de cueca, você está me soando meio romântico.
Ele riu e me deu um tapinha no ombro.
— Eu não uso cueca — disse ele perto do meu ouvido. Eu grunhi e o
empurrei enquanto Pyro gargalhava.
— Vá ajudar os outros. Vou levá-la para casa.
— Sim, você vai! — ele gritou de volta, balançando as sobrancelhas, e
correu pelo corredor.
Q uando entrei no meu escritório, Quinlan estava deitada no sofá, o pé
apoiado em um travesseiro e um dos moletons que eu tinha deixado
aqui cobrindo seu colo. Ela olhou para mim quando entrei parecendo
nervosa.
— Você está bem, princesa? — eu perguntei, me agachando ao lado do
sofá. Ela assentiu e olhou para minhas mãos entrelaçadas na frente do meu
corpo. Agarrando-as, ela me puxou para perto até que eu me sentei ao seu
lado no sofá, seus dedos alisando o sangue seco nos meus.
— Vocês sempre batem nas pessoas ou isso foi apenas um show para
mim? — ela perguntou com um sorriso.
— Talvez sejamos um grupo um pouco cabeça-quente. — Ela riu e
colocou o braço na minha cintura. — Você está pronta para ir embora
ou…?
— Ou… — ela disse, sentando-se e movendo-se cuidadosamente para
montar em mim. — Nós poderíamos terminar o que você começou esta
noite. — Eu levei as mãos ao seu cabelo, o afastando de seu rosto. Seus
lábios desceram nos meus. Sua língua passou no meu piercing no lábio, e
ela gemeu enquanto movia os quadris contra mim. — Olha o que você fez
comigo — disse ela, agarrando minha mão e empurrando-a para baixo do
seu vestido, me fazendo tocar em seu sexo. Eu mantive os olhos nela
enquanto continuávamos a nos beijar. O desespero em sua voz estava
prestes a me mandar ultrapassar a porra do limite. — Você tirou sangue
dele? — ela perguntou enquanto pressionava um dos meus dedos junto de
um dedo seu para dentro. Juntos nos movemos lentamente entre suas
dobras, encharcando nossas mãos.
Porra, que tesão isso dá.
— Sim — eu gemi em sua boca. — Sim, eu tirei sangue dele por você,
baby. — Eu poderia jurar que ela ficou ainda mais molhada do que já
estava com essa confissão.
De onde diabos essa garota tinha vindo? Ela era uma escritora, vestia
blazer e usava maquiagem suave durante o dia, mas aí se tornava essa
criatura sombria e selvagem à noite, desnudando esse lado apenas para
mim.
— Eu quero você dentro de mim — disse ela, ainda montando em
nossos dedos como se a porra da sua vida dependesse disso. — Eu quero
ver se você pode me fazer gozar com o seu pau do jeito que consegue com
os dedos… — Ela nos empurrou mais para dentro para dar ênfase. — E a
boca — ela disse, mordendo meu lábio inferior com força.
Sua mão deixou a minha e abriu meu jeans, puxando para baixo o
zíper e se abaixando em seguida para me liberar da minha cueca boxer.
Sua mão macia agarrou meu membro, e eu tirei o dedo do seu calor úmido
e o trouxe para a boca, chupando-o enquanto ela me observava. Os olhos
estavam escuros e cobertos de luxúria enquanto Quinlan me acariciava
gentilmente, gentilmente para caralho, da base à cabeça, e de volta.
Ela estava me provocando, deixando a cabeça do meu pau roçar no
clitóris enquanto mal me tocava. Minhas mãos cobriram sua garganta, e
ela sorriu enquanto lutava para respirar.
— Me coloca dentro de você, princesa — eu exigi. — Monta no meu
pau como a boa menina que você é. E quando eu finalmente deixar você
gozar, eu quero que você grite meu nome tão alto, que todos nessa porra
de boate vão te ouvir. Você entendeu?
Como resposta, ela alinhou minha cabeça na sua boceta e se sentou
com tanta força, que pensei que gozaria logo na primeira estocada.
— Jesus Cristo, porra! — eu rosnei, a segurando pelos quadris.
Encostei minha testa na dela e fechei os olhos. — Você é gostosa para
caralho, baby. Você é tão apertada.
E ela era. Puta merda, Quinlan era muito apertada. Ela se encaixava ao
meu redor como se um deus a tivesse moldado só para mim, e mesmo que
eu mantivesse seus quadris parados, suas paredes internas me apertavam.
Quando abri os olhos, ela estava sorrindo. Ela sabia exatamente o que
diabos estava fazendo.
— Estou tão preenchida — ela disse em uma vozinha de lamento que
fez meu pau se contorcer dentro dela. Passei os braços ao seu redor e
lentamente comecei a roçar em seus quadris, para frente e para trás,
fazendo seu clitóris sofrer com toda a fricção.
— Isso é bom, baby? — eu exalei contra sua boca. Ela fez um
pequeno barulho que eu imaginei significar um sim quando sua boca se
abriu e seus olhos se fecharam. — Me fale. Use suas palavras, Quinlan.
— Deus, você é tão gostoso — ela exalou enquanto seus quadris
continuavam se movendo em pequenos oitos. Ela xingou e começou a se
mover um pouco mais rápido, roçando e se apertando no meu pau da
maneira mais deliciosa que pode existir.
— Você está tão molhada, princesa. É isso que te excita? — Ela
assentiu, movendo-se um pouco mais rápido. — Você fica excitada por
saber que eu quebrei as costelas daquele babaca? Eu o chutei com tanta
força, que senti as costelas quebrarem. — Ela gemeu e passou os braços
em volta do meu pescoço com mais força. — Eu dei um soco na cara dele
por ousar ter olhado para você. Por ter a audácia de tocar no que é meu.
— Por favor, Jack — ela disse, afundando o rosto no meu pescoço.
— Fala isso de novo.
— Por favor — ela gemeu.
— Deus, que patética. Minha doce putinha. Minha para usar como eu
achar melhor — eu rosnei enquanto meus dedos afundavam
dolorosamente em sua pele. Ela gemeu e se sentou com mais força. —
Ninguém toca no que é meu, Quinlan. Você entendeu? — Eu recuei e dei
um tapa forte em sua bunda, o suficiente para saber que deixaria uma
marca. Ela gritou e começou a se mexer, para cima e para baixo, se
empalando de novo, e de novo. — Você nunca vai deixar ninguém — eu
disse, dando outro tapa em sua bunda. — Te tocar. — Pá. — Nunca. —
Pá. — Mais. — Pá.
Ela gritou meu nome e caiu em cima de mim uma última vez, me
apertando com todas as forças que tinha
Não goze. Não goze. Não goze, repeti mentalmente. Eu não queria que
acabasse ainda. Eu desejava saborear esse momento. Eu nunca quis tanto
estar em um lugar quanto aquele. Dentro dela. Com Quinlan gritando meu
nome. Esse era o meu pedacinho de céu.
Enquanto ela surfava na onda do orgasmo, peguei um pouco da sua
lubrificação com o dedo e o levei para um buraco ainda mais apertado que
eu tinha de explorar ainda naquela noite. Sua respiração engatou quando
eu circulei, trazendo mais e mais de seu orgasmo de volta para ela.
— Você já botou algo aqui? — eu perguntei, beijando seu pescoço
suado.
— Não — disse ela, ainda ofegante.
— Relaxe — eu disse enquanto empurrava a ponta do meu dedo
lentamente. Quando enfiei a falange inteira, ela começou a fazer ruídos
adoráveis. Seus quadris começaram a se mover novamente. Sua respiração
acelerou em pequenos espasmos. Eu enfiei o dedo um pouco mais.
— Oh, meu Deus, Jack — ela gemeu em meu ouvido. Comecei a
movê-lo lentamente para dentro e para fora de sua bunda, movendo seus
quadris no mesmo ritmo. Cada vez, indo um pouco mais fundo, até que
meu dedo inteiro estava dentro dela.
— Vamos, baby — eu a encorajei. Com meu dedo se movendo dentro
dela, meu pau a enchendo, e seu clitóris roçando contra meu corpo, eu
sabia que não demoraria muito para ela gozar novamente.
— Puta merda — ela sussurrou quando eu senti seu clímax
novamente, sua boceta gananciosa tentando espremer meu pau.
— Quinlan, merda. Você é tão apertada. Eu não acho que vou durar
muito mais. — Eu lentamente puxei meu dedo para fora dela enquanto
Quinlan se acomodava e recuperava o controle de sua respiração. — Eu
quero foder você agora — murmurei próximo ao seu ouvido. — Quero te
possuir com meu êxtase.
Ela levantou a cabeça, e eu afastei seu cabelo úmido de suor da sua
testa. A maquiagem dos olhos estava borrada pelo rosto, e os lábios
estavam inchados.
— Faça isso, então — ela disse naquela voz malcriada que eu tanto
amava. Eu sorri e me levantei, fazendo com que ela saísse do meu colo e
fosse para o chão. Olhei para ela, meu pau apontando diretamente para seu
rosto.
— Cuzão — ela disse, se apoiando nas mãos e joelhos para se
levantar.
— Não esta noite, querida. Temos que trabalhar com você antes. —
Ela olhou para mim de cara feia. Eu me movi para o seu lado e me
abaixei, envolvendo meu braço em torno de sua cintura para a levantar.
Ela gritou e se segurou com as mãos no sofá antes de ficar com a cara no
estofado. Eu empurrei o tecido do vestido para cima, o tirando do
caminho.
Antes que ela pudesse abrir a boca novamente, eu agarrei ambos os
lados de seus quadris e dei um tapa em sua bunda. Apertei onde havia
deixado marcas sensuais enquanto usava meus polegares para a deixar
bem aberta para mim. Eu queria uma boa visão de ambos os buracos
enquanto a fodia descontroladamente. Deslizei para fora lentamente e
depois voltei, observando-a se esticar para mim. Ela estava tão molhada,
tão rosada, tão bonita.
Comecei a me mover com movimentos rítmicos, observando sua
batalha para permanecer de pé a cada vez que eu me afundava dentro dela.
Eu serpenteei a mão ao redor de seus quadris e encontrei seu clitóris,
massageando suavemente a pequena protuberância. Fui recompensado
com o doce som dos gemidos de Quinlan.
Ela xingou quando eu aumentei o ritmo, colidindo com ela como um
homem possuído.
— Isso, isso, isso — ela repetia.
— Lembre-se — eu disse para ela. — Quando você gozar em torno do
meu pau novamente, eu quero que todos neste prédio te ouçam. Eu quero
que cada um deles saiba que você é minha, entendeu?
E então as próximas palavras que saíram de sua boca me levaram ao
limite e fizeram minha cabeça girar.
— Sim, daddy — ela choramingou. — Por favor, me faça gozar. —
Meus quadris tremeram, e eu belisquei sua protuberância inchada, fazendo
Quinlan gritar de prazer. Uma onda de calor inundou minhas veias, e eu
me senti derramar sobre ela, ouvindo seu nome em meus lábios. Eu mal
consegui registrar que ela havia gritado meu nome também antes de
afundar o rosto nas almofadas.
Ela se contorceu ao meu redor, me ordenhando até que eu liberasse a
última gota. Eu a segurei pelos quadris enquanto deslizava para fora.
— Você está tomando pílula? — perguntei, completamente sem
fôlego.
Ela assentiu.
— Que bom — respondi. — Porque eu quero que você me mantenha
dentro de você até que eu esteja pronto novamente. — Eu bati na sua
bunda novamente. — Mantenha esses quadris para cima e não derrame
uma gota.
E u vesti minha boxer e meus jeans antes de endireitar a camisa e
caminhar até minha mesa, a fim de pegar alguns arquivos que eu
precisaria nos próximos dias. Olhei para Quinlan, ainda parada ali,
completamente nua para mim.
Seu rosto estava pressionado nas almofadas do sofá, e sua bunda
estava o mais alto que conseguia empinar. Tão alto, que vi suas pernas
começarem a tremer com o esforço. Provavelmente não ajudou que ela
estivesse com o tornozelo dolorido, mas isso era parte de sua punição por
deixar aquele homem tocá-la e vê-la.
Ela gemeu e moveu os pés, fazendo os quadris balançarem para frente
e para trás. Eu caminhei de volta para ela e vi meu esperma vazar
lentamente enquanto suas pernas começavam a ceder.
— Acho que nunca vi nada tão sexy na minha vida — eu disse. —
Mas eu não estou pronto para entrar ainda. — Ela gemeu, e eu bati em sua
boceta tão forte quanto havia batido em sua bunda antes.
Ela gritou, e suas pernas cederam. Caindo no chão, Quinlan olhou para
mim com um beicinho.
— Menina má — eu repreendi. — De pé. — Minha voz era dura e
exigente, e fez com que ela se levantasse. Quinlan esfregou as coxas, sem
dúvida sentindo meu gozo descendo livremente para fora dela, escorrendo
pelas coxas. Ela se inclinou para um lado, claramente favorecendo o
tornozelo direito.
— Me desculpa — disse ela. — Meu tornozelo está doendo.
— Do que mais você precisar se desculpar, Quinlan?
Suas sobrancelhas se juntaram, e sua voz tremeu quando ela
respondeu:
— Me desculpa. Eu não sei o que você quer dizer.
— Você se arrepende de ter deixado outro homem te tocar? — eu
perguntei, dando um passo em direção a ela. —Você se arrepende de ter
deixado outro homem olhar minha doce bocetinha?
— Sim, senhor — disse ela.
— Diga — eu disse, envolvendo minha mão em torno de sua
mandíbula e olhando em seus olhos arregalados.
— Sinto muito por ter deixado outro homem me tocar. E sinto muito
por ter deixado que me visse.
— Você vai para casa com meu esperma entre as pernas como um
lembrete de a quem você pertence esta noite. — Ela assentiu com a
cabeça. Então me inclinei e a beijei.
Quinlan abriu a boca para mim, absorvendo meu perdão como uma
esponja. Lambi, mordi e chupei sua boca, até que ela se apoiou em mim,
usando meu corpo para se segurar. Minha mão permaneceu firme em sua
mandíbula, mas meu outro braço envolveu sua cintura, para ajudá-la a
suportar seu peso.
Eu me afastei e olhei em seus olhos. Eu vi tanta confiança, que meu
estômago se apertou. Eu me peguei me perguntando novamente de onde
diabos Quinlan tinha vindo. Eu beijei seu nariz e depois a peguei como
uma criança, certificando-me de que meu braço sob suas coxas estava
longe o suficiente para cobri-la enquanto saíamos da boate.
— Isso foi bem rápido — disse Hudson quando aparecemos no
corredor.
— Sim, Jacky — Wes concordou. — Você perdeu o jeito? — Todos
eles riram, eu estava prestes a mandar todos para o inferno, mas Quinlan
intercedeu.
— Pessoal… — ela disse com repreensão na voz. — Peguem leve.
Vocês também não durariam dois segundos com essa belezura nota dez
aqui.
Todos eles caíram na gargalhada enquanto Quinlan estava sentada lá
parecendo igualmente satisfeita e acabada.
— Obrigado por ainda insinuar que eu não durei o suficiente — eu
disse só para ela. Quinlan riu e voltou sua atenção para os caras.
— Foi um prazer conhecê-los — disse ela.
— Volte sempre, Quin — Wes disse, sorrindo de orelha a orelha.
— Sim, amor — disse Hudson. — Talvez, da próxima vez, você
poderia trazer uma amiga para mim, hein?
— Galinha! — Owen gritou da sacada. — Até a próxima, Quin.
Ela olhou para ele e sorriu.
— Será que da próxima vez a gente pode pular a parte da briga?
— E onde está a graça nisso? — Greg entrou na conversa, sorrindo
para a gente do bar. — Até a próxima, amor.
— Vejo vocês mais tarde. Avisem a Anders que se ele precisar de
alguma coisa, estarei indisponível até de manhã.
— Você quer dizer até a tarde! — Wes chamou quando eu empurrei a
porta.
— A tarde é a minha manhã! — devolvi e deixei a porta se fechar
atrás de nós.
O manobrista tinha puxado meu carro para a frente da boate,
presumindo, quando a briga começou, que eu ia querer ir embora
rapidamente.
— Desculpe por deixá-los esperando — eu disse para os dois caras
parados ao lado do manobrista.
— Não se preocupe, chefe.
Quinlan bufou, e quando eu a coloquei no banco do passageiro, apertei
mais do que o necessário o cinto.
— Qual é a graça, Q? — eu perguntei, me inclinando sobre ela e
invadindo seu espaço no pequeno carro esporte.
— Nada! — Ela reforçou a última sílaba e sorriu para mim. Beijei seus
lábios escuros e fui dar uma gorjeta ao manobrista. Eu provavelmente
parecia um desastre naquele momento, com batom escuro espalhado por
toda a boca e maquiagem manchando meu pescoço, mas eu realmente não
estava nem aí. Todo mundo daqui e do pessoal lá de dentro já tinha me
visto muito pior.
— Cheguem em casa em segurança, pessoal, ok? — gritei por cima do
ombro para eles enquanto contornava meu carro. Eles assentiram e
voltaram a conversar enquanto cuidavam do fechamento.
Olhei para o painel.
— Meia-noite. — Ela suspirou, seguindo meu olhar. — Você sabe
quando foi a última vez que eu fiquei acordada até meia-noite?
Liguei o carro e mudei de marcha, seguindo para minha casa.
— Quando? — Eu sorri.
— Provavelmente um ano atrás, pelo menos — disse ela, inclinando a
cabeça para trás no encosto. — Bem, talvez um pouco menos de um ano.
A última vez que saí e fiquei até tarde na rua foi no meu vigésimo terceiro
aniversário.
— Quando é seu aniversário? — eu perguntei.
— Mês que vem. Dia catorze. — Ela bocejou. — Quando é seu
aniversário? Espera, quantos anos você tem?
— Acabei de fazer vinte e sete em dezembro. Eu fui um milagre de
Natal.
— Ah! — ela bufou. — Com certeza. Isso é exatamente o que toda
mulher quer fazer no dia de Natal, fazer uma melancia passar por um
buraquinho.
Olhei para ela, e quando nos encaramos por um segundo, nós dois
começamos a rir.
— Só estou dizendo — ela disse, interrompendo seu ataque de riso.
— Ok, é justo — eu disse. — Mas olhe para o anjo completo em que
me transformei. Eu sou um presente de Deus.
— E humilde — Quinlan rebateu.
— Muito humilde. Então me conte mais sobre esse seu sonho de virar
uma autora.
Ela se arrumou no banco, e minha mente voltou para o que tinha
acabado de acontecer no meu escritório antes que ela quebrasse o silêncio.
— Sempre quis ser escritora — disse enquanto olhava pela janela. —
Eu meio que caí nesse nicho porque precisava de algo para pagar as contas
enquanto escrevia as minhas histórias. Paga bem, estou escrevendo e eles
dão um ótimo plano de saúde — brincou.
— Ok, então há quanto tempo você trabalha lá?
— Há quase dois anos? Comecei a trabalhar lá logo depois da
faculdade como estagiária e depois fui subindo.
— Por que você não tentou publicar seus livros?
Ela suspirou e voltou seu olhar para mim, depois para minha mão
enquanto eu mudava de marcha. As pontas dos seus dedos dançaram na
minha mão, e eu virei sua mão e a agarrei, deixando seus dedos se
encaixarem entre os meus.
— Estou morrendo de medo — ela confessou. — E se ninguém gostar
deles? Eu não sou casca grossa. Ler críticas ruins sobre meu livro
provavelmente me jogaria em uma espiral de tristeza. — Ela limpou a
garganta e continuou. — Uma razão pela qual eu meio que estou com os
laços rompidos com minha família é porque eu tive um pequeno colapso
depois do ensino médio.
Eu apertei sua mão.
— Eu não te julgo — eu a tranquilizei. — Eu mesmo já passei por
muita merda, Q. Eu sou a última pessoa que iria te julgar por causa disso.
Ela suspirou e passou a mão pelo cabelo.
— É, bem… — ela murmurou. — No verão, depois do meu último
ano, tentei me matar.
M eu peito parecia que ia desabar. A ideia de Quinlan se matando
quase fez meu coração parar de bater. Apertei sua mão ainda mais
forte.
— Minha família estava me pressionando demais para ser perfeita. Eu
estava me pressionando para ser perfeita. Eu tinha que ter notas perfeitas,
um corpo perfeito e ir para a faculdade perfeita. Eu estava morrendo de
fome, tentando caber no tamanho 36, já que minha mãe escolhia as roupas
e colocava no meu armário. Eu estava comprando remédio de TDAH dos
traficantes da minha escola e pagando o dobro só para mantê-los quietos.
Eu precisava ficar acordada e estudando sem parar para entrar em Harvard
ou Yale.
“E então, um dia, eu estava sozinha em casa quando o correio chegou.
Recebi uma carta de Harvard. Antes mesmo de abri-la, decidi que, se não
tivesse passado, eu acabaria com tudo. De jeito nenhum eu poderia olhar
meus pais nos olhos e dizer a eles que não entrei em outra de suas
prestigiadas escolas. Yale já havia me dispensado, e o olhar em seus rostos
era puro… desgosto.”
“Então eu fui para a cozinha, nossa grande cozinha branca com janelas
com vista para o mar, e peguei um abridor de cartas da gaveta do lado
esquerdo da pia. Era prateado e tinha umas flores de hortênsia gravadas no
cabo…”
Quinlan olhou para mim com um pequeno sorriso antes de continuar:
— Eu cortei a carta, puxei e desdobrei.
“‘Senhorita Van Haas’, dizia a carta. ‘Lamentamos informar que…’
Mas não continuei lendo. Era o suficiente. Eu sabia o que ia me dizer. Ia
dizer que eu não era boa o suficiente. Eu não era inteligente o suficiente.
Eu não era magra o suficiente. Eu não era perfeita o suficiente. Eu não era
nada. Eu simplesmente não era o suficiente.”
Ela respirou fundo e enxugou furiosamente o rosto.
— Então eu segurei o abridor de cartas na minha mão direita e apontei
para meu antebraço. Eu me lembro de algum idiota dizendo na aula um
dia como se cortar. Eu me lembro — ela disse, meio que se interrompendo
— que não doeu tanto quanto eu esperava.
Estava difícil de respirar só de ouvir essa história. Minha garganta
estava ardendo, e eu estava piscando para conter as lágrimas. Eu nunca
tinha conhecido ninguém que tivesse tentado suicídio até aquele momento.
Eu não queria nada além de parar na beira da estrada para puxá-la para o
meu colo e tentar extrair cada gota de dor que havia nela.
— Enfim — Quinlan disse suavemente. — Meus pais me encontraram
no chão da cozinha alguns minutos depois. Eles voltaram para casa depois
do tênis e pisaram na poça de sangue que começou a escorrer para o tapete
embaixo da pia. Fui levada para o hospital, e acho que o resto é história.
Fui institucionalizada pelo resto do período escolar e durante o verão. Eu
perdi a formatura, mas fiquei sinceramente grata por isso. Nada teria sido
pior do que ficar cara a cara com minha família e amigos depois disso.
— Quinlan — eu disse suavemente e acariciei sua mão com meu
polegar. — Sinto muito.
— Eu consegui a ajuda que eu precisava — disse ela, virando a cabeça
para me olhar. Troquei de marcha rapidamente, saímos da rodovia e
entramos nos subúrbios onde eu morava. — Fiz muita terapia e tomei os
remédios certos para me ajudar. Ainda vou à terapia uma vez por semana e
tomo um delicioso coquetel de remédios para passar o dia. — Ela riu
baixinho. — Estou muito melhor aqui — disse ela quando entramos na
minha garagem. — Você não entende como é sufocante viver esse tipo de
vida até sair dela. A Califórnia é muito aberta, ensolarada e feliz o tempo
todo. A Califórnia é toda amarela, laranja e vermelha. A Nova Inglaterra
era apenas cinza e azul. As cores são mais vivas aqui. O vento é mais
quente.
Eu me virei para ela depois de estacionar e enxuguei as lágrimas
restantes de seu rosto.
— Obrigado por ter me contado isso.
Ela sorriu e assentiu.
— Você me contou muita coisa esta noite. Eu queria que você tivesse
um pedaço meu para quando eu for embora de manhã. Isso é bobo, né?
Eu a achava bonita antes. Mas com a vulnerabilidade que vi em seus
olhos quando me fez essa pergunta? Estava de tirar o fôlego. Nada, nem
mesmo seu rosto quando ela ria com meus amigos ou suas bochechas
rechonchudas quando enchia a boca de pizza ou mesmo seus gemidos
quando estava se contorcendo debaixo de mim, nada disso poderia se
comparar a como ela estava naquele momento.
Eu a encarei por um momento, a estudando.
Diga a ela que você quer que seja mais do que uma noite. Acalme-se e diga a
ela que você quer vê-la novamente. Pare de ser um covarde.
— Não é nada bobo, Quinlan — eu finalmente respondi.
Ela sorriu e se virou para abrir a porta, mas eu agarrei seu braço e a
puxei de volta para mim. Eu podia sentir as lágrimas salgadas em seus
lábios enquanto eu corria a língua sobre eles. Ela abriu a boca para mim, e
eu a invadi. Eu era mais suave com ela do que tinha sido antes. Eu queria
que esse beijo comunicasse algo que estava com muito medo de dizer em
voz alta.
— Eu preciso muito, muito mesmo de um banho — disse ela,
interrompendo o beijo. Ela me deu um selinho rápido e então saiu do
carro. Eu inclinei a cabeça para trás, passando as mãos pelo cabelo, e
suspirei.
— Que porra você está fazendo, Jack? — eu murmurei para mim
mesmo antes de segui-la para dentro de casa.
Ela dormiu. Eu entrei no chuveiro com ela e lavei seu cabelo. Seu
rosto se iluminou pelas risadas quando lavei seu corpo e não consegui
parar de ensaboar seus seios. Ela se enxaguou, e eu me certifiquei de que
toda a maquiagem tivesse saído. Eu tinha beijado sua boca, sua
mandíbula, seu pescoço, seu peito e descido por seu abdômen,
mordiscando seus quadris.
Ela se encostou na parede do chuveiro enquanto eu lhe dava seu oitavo
orgasmo da noite.
Não que eu estivesse contando.
Dei a ela um dos meus moletons, embora Quinlan tivesse protestado,
dizendo que era grande demais. Eu odiava os resquícios de autoaversão
que ela ainda carregava. Eu enfiei o moletom sobre sua cabeça e a vi
desaparecer, quase sendo engolida inteira pelo tecido. Era longo o
suficiente para cobrir sua bunda, e eu adorava como ela aparecia toda vez
que Quin levantava os braços para afastar o cabelo dos ombros.
Enquanto ela se preparava para dormir, peguei novos lençóis e os
enrolei para ela. Quinlan correu, pulou neles e suspirou, esfregando as
pernas e os pés no tecido macio.
E então adormeceu, relaxada em meus braços e no meu peito, com
uma perna jogada sobre a minha. Ela estava se agarrando a mim como se
fosse um coala. Eu tinha planejado que esta noite durasse muito mais do
que aquilo. Mas vendo Quin deitada, ouvindo sua respiração e seu
telefone tocando ruído branco (ela supostamente não conseguia dormir
sem um ventilador, e eu não tinha nenhum em casa), desejei poder fazer o
tempo desacelerar pelas próximas horas.
E não só porque eu queria mais daquilo, os doces momentos em que
ela estava quieta e calma. Não, eu queria mais tempo porque tinha muitas
outras coisas que queria fazer com seu corpo. Sim, eu queria mais de sua
risada, e queria que ela compartilhasse mais de si mesma comigo. Mas eu
também queria ouvi-la implorando por isso. Eu queria ver de quantas
outras maneiras eu poderia fazer seu corpo cantar para mim.
Isso foi um lance de uma noite só, eu disse a mim mesmo algumas vezes.
Você não deveria deixá-la dormir a noite toda. Você deveria trazer todos os seus
brinquedos e vê-la se desmanchando por você.
Mas lá estávamos nós, deitados juntos na cama, com Quinlan
dormindo e eu pensando em que diabos tinha me metido. Eu poderia
facilmente mantê-la acordada o restante da noite. Eu nunca fui dormir
antes do sol nascer mesmo. Eu estava sempre fazendo streamings,
trabalhando nas boates ou apenas assistindo TV.
A definição da insônia.
Mas ela estava cansada. Eu tinha visto seus olhos se fechando no
caminho para casa, e ela mal conseguiu ficar de pé depois que terminou o
banho. Levou cinco minutos para Quin adormecer ao meu lado. E por
causa disso, eu não poderia mantê-la acordada. Eu nem queria, se fosse
completamente honesto comigo mesmo.
Meu pau brigou muito comigo nesse assunto, mas minha sensatez
venceu. Entrar no tipo de jogo duro que eu queria participar com ela
estando cansada, desgastada e provavelmente ainda muito sensível pela
conversa no carro não teria sido justo. Não era o momento certo para Quin
se divertir.
O que ela precisava era de descanso e cuidados.
Eu cuidadosamente estendi a mão para a mesa de cabeceira e peguei
meu telefone. Diminuí o brilho e conferi minhas mensagens. Claro, todos
eles me mandaram mensagens depois de termos saído da boate. Eles eram
piores que velhas fofoqueiras, constantemente metendo o nariz onde não
eram chamados.

Wes: Eu juro por Deus, caralho, se você deixar que ela vá embora de manhã e não volte nunca mais, nunca vou
te perdoar. Eu amo essa mulher. Sem querer ser dramático, mas eu morreria por Quin.

Eu bufei. Idiota.
Owen: Tudo foi resolvido graças ao meu raciocínio rápido e à minha família muito engenhosa. Diga a Quin que
eu mando um oi e que se ela se cansar de seus jogos estúpidos, minha porta estará sempre aberta.

Meu olho se contraiu com isso. O merdinha sabia exatamente o que


dizer para me irritar.

Hudson: É melhor você ter seguido meu conselho, porque se eu nunca mais a ver, vou ficar de coração partido.
Wes e eu estamos apaixonados.

Greg: Acho que concordo com o que todo mundo está digitando e mandando para você agora. Não seja idiota.
Nós só queremos ver você feliz, cara. Ela combina com sua energia. E se ela aguentar suas merdas, é melhor
você ficar com ela.

Eu criei um bate-papo em grupo com todos os quatro.

Eu: Eu vou dizer a ela.

Mandei.

Eu: Agora vão se ferrar. Ela está dormindo.

Meu telefone vibrou mais algumas vezes antes que eu pudesse colocá-
lo de volta no móvel, mas eu não me importei. Leria tudo pela manhã. E
eu já sabia o que eles diriam.
Eu bocejei e me cobri. Talvez eu conseguisse dormir, afinal de contas.
Fechei os olhos e contei a respiração de Quinlan até o sono me encontrar.
E u não sei quem acordou primeiro, mas de repente ela estava de frente
para mim, e sua perna estava na dobra do meu braço, abrindo-a.
Então eu estava dentro dela, movendo e acariciando-a lentamente.
Encostamos a testa uma na outra, e nossos narizes se tocaram. As
respirações se misturaram enquanto nossos lábios se aproximavam o
suficiente para mal se tocarem.
Ela estava tão molhada e quente. Eu afundei nela o mais fundo que
pude, inclinando-a para que seu clitóris pudesse se mover contra minha
pélvis. Minha mão livre se enroscou em seu cabelo, a prendendo a mim
enquanto eu ganhava velocidade.
— Você é tão gostoso — ela sussurrou. — Eu nunca pensei que teria
isso — admitiu. Eu atingi um certo ponto dentro dela que a fez
choramingar.
— Teria o quê? — perguntei, ofegante e tentando me conter e não a
jogar no colchão.
— Alguém que poderia me fazer sentir isso tudo. — Quin gemeu e
começou a se mover contra mim o máximo que dava na posição em que a
mantinha. — Vai ser muito difícil voltar a fingir depois disso — ela disse
com uma risadinha ofegante.
Uma onda de ciúme irracional me atravessou, e eu a beijei para
impedi-la de dizer qualquer outra coisa que pudesse me provocar. Em um
gesto muito parecido com o de um homem das cavernas, eu a virei de
costas e coloquei ambas as pernas em meus ombros, assumindo o
controle.
Quando eu deslizei de volta para seu calor úmido, eu a senti
estremecer contra mim. Inclinei-me para a frente e comecei a me esfregar
nela como se estivesse possuído. Meu polegar encontrou seu clitóris, e ela
imediatamente gritou, suas paredes me agarrando como se eu fosse uma
tábua de salvação. Eu fui ao fundo do poço um momento depois,
reivindicando-a para mim e arruinando-a para qualquer outro homem ou
mulher que pudesse cruzar seu caminho.
— Você não precisa — eu finalmente disse quando a última gota do
meu esperma se derramou nela. Suas pernas escorregaram dos meus
ombros e caíram ao redor dos meus quadris. Ela se apoiou em mim, ainda
desejosa, e, porra, ela ficava gostosa daquele jeito. Meus dedos
gentilmente começaram a se mover entre suas dobras, movendo-se ao
redor daquele pequeno feixe de nervos, mas sem tocá-lo.
— Não precisa o quê? — ela perguntou, movendo-se mais rápido
contra mim.
— Porra — sussurrei enquanto ela continuava a se mover contra meu
pau amolecido, a fricção fazendo meu abdômen se contrair. — Você não
precisa voltar a fingir — eu resmunguei.
Ela pressionou a cabeça nos travesseiros, enquanto fazia o que tinha de
fazer, gozando novamente no meu pau. Eu a senti me cobrir com calor
líquido enquanto eu me contorcia dentro dela, lutando para não me mover.
Eu estava superestimulado da melhor maneira possível.
Eu gemi e vi seu peito subir e descer enquanto ela se afastava para me
soltar, mas eu agarrei seus quadris e a segurei contra mim. Eu podia sentir
nossos orgasmos escorrendo, e estava quase quente o suficiente para me
fazer ficar de pau duro de novo.
— Você não precisa voltar a fingir. — Sua boceta se moveu contra
mim novamente, e eu entrei um pouco, a estimulação contraindo meu
abdômen. — Poderíamos estender esse joguinho.
Ela sorriu para mim na escuridão.
— Você me quer por mais uma noite, Coringa? — ela perguntou,
lambendo os lábios.
— Ou mais — respondi, me perguntando se ela iria recusar. Eu
realmente não tinha pensado antes de falar. Eu não deveria ter perguntado
enquanto ainda estava dentro dela. Eu me encolhi ao notar quão
manipulador isso poderia parecer. Eu não pretendia que fosse. Escapou
completamente.
Ela ficou em silêncio por um momento longo demais.
— Eu… Desculpa. Eu vou pegar um pano, espera — eu disse meio
sem jeito e me afastei dela, indo para o banheiro sem olhar para trás. —
Seu imbecil — eu sussurrei para mim mesmo e abri o chuveiro. Enquanto
esperava que esquentasse, me olhei no espelho. — É por isso que você
não entra nessa de relacionamentos mais — eu disse, apontando um dedo
acusador para mim mesmo.
Molhei a toalha com água morna e me limpei antes de a lavar. Eu
odiava ser pego desprevenido. Teria de lutar contra o constrangimento,
voltar lá e me desculpar.
Eu estava me perguntando como faria isso enquanto deixava a água
quente escorrer por meus dedos. E então mãos quentes deslizaram por
minhas costas e minha cintura. Ela plantou um beijo entre minhas
omoplatas enquanto eu ficava em silêncio.
— Você saiu de lá rápido demais — ela murmurou às minhas costas.
— Você estava me convidando para sair?
Fechei a torneira e me virei em seus braços. Deixei as mãos molhadas
apoiadas no balcão atrás de mim enquanto ela mantinha os braços firmes
em volta da minha cintura. Eu estava começando a me sentir sufocado
pela possibilidade de Quinlan dizer não.
— Sim — eu respondi.
— Você demorou bastante — disse ela com um sorriso. — Quero
dizer, eu realmente pensei que você iria me chamar depois que Hudson
ficou enchendo seu saco no corredor.
— Ah, você ouviu isso, não foi? — perguntei, dando um suspiro de
alívio. — Estava bisbilhotando, garota travessa?
— Você pode me punir por isso mais tarde — disse ela, olhando para
mim com desafio nos olhos cor de café.
— Isso é um sim, Cacheada? — Enrolei uma mecha de seu cabelo
ondulado em meus dedos. Tinha secado naturalmente depois do nosso
banho mais cedo, então os cachos estavam mais macios.
— Acho que sim — disse ela com um encolher de ombros e um
sorriso. Eu sorri, me inclinei e a joguei sobre meu ombro antes que
pudesse protestar. Ela gritou e agarrou minha cintura. — Que atrevida! —
Pegando a toalha limpa do balcão com a mão livre, limpei-a o melhor que
pude, observando nosso reflexo no espelho. — Você é perfeita para
caralho, sabia? — perguntei, deixando a toalha no balcão.
Eu a abri com meus dedos, observando a bela visão de Quin inchada e
dolorida da nossa noite juntos. Sua respiração ficou um pouco acelerada
enquanto eu explorava com meus dedos, observando-a ficar molhada de
novo. Ela era muito responsiva. Eu mergulhei um dedo dentro dela, e Quin
ofegou contra mim.
— Pena que pirralhas atrevidas não merecem orgasmos — eu disse,
tirando meu dedo e dando um tapa forte em sua boceta antes de levá-la de
volta para a cama.
— Por favor, Jack — ela gemeu, tentando esfregar as coxas. — Foi
você quem começou!
— Você vai deitar aqui e dormir o resto da noite. Se você se
comportar, eu o recompensarei pela manhã. Para — eu ordenei, agarrando
uma de suas coxas que não parava de se mover, procurando algum alívio.
Meu pequeno animal de estimação era insaciável, e eu adorava aquilo.
— Por favor — ela tentou novamente.
— Não. Vá dormir. E não se atreva a se tocar, ou vou te dar uns tapas
tão fortes antes que você vá trabalhar amanhã, que não vai conseguir se
sentar. Entendeu?
Ela gemeu e suspirou.
— Tudo bem, eu vou me comportar. — Ela bufou. — Estou exausta
pra caralho de qualquer maneira — disse, e então, como se estivesse
provando que estava falando a verdade, bocejou dramaticamente.
— Vá dormir e pare de tentar me usar para conseguir orgasmos então.
— Se você insiste — ela murmurou, já meio adormecida, e ficou em
silêncio.
Acariciei seu cabelo e aspirei seu perfume enquanto ela relaxava e
voltava a dormir. Uma vez que Quin enfim dormiu, finalmente consegui
me permitir sorrir amplamente, animado com a perspectiva de sair com
aquela coisinha selvagem em meus braços. Os caras iam me encher muito
o saco por estarem certos. Revirei os olhos pensando nisso.
Quando o sol começou a nascer, minha mente finalmente se exauriu e
me deixou voltar a dormir.

Acordei e pisquei contra a luz do sol brilhante que entrava pelas


minhas persianas. Eu rolei para o lado e verifiquei a hora no telefone. Já
era meio-dia.
— Merda — eu xinguei e rolei para acordar Quinlan. — Q, você está
muito, muito atrasada — disse, e me vi sozinho na cama.
Que porra é essa?
Tirei as cobertas e andei pela casa, chamando seu nome e procurando
qualquer sinal dela. Todas as suas roupas e as coisas de trabalho se foram.
Olhei pela janela, o carro dela também tinha sumido. Passei as mãos pelo
cabelo, sentindo um peso no estômago.
Ela decidiu ir embora?
E então um verdadeiro pânico surgiu.
Ela tinha brincado comigo? Ela apenas garantiu uma boa foda e
concordou com tudo apenas para me expor e ter uma grande chance no
trabalho?
— Não, Jack — eu disse em voz alta. — Ela assinou os termos de
confidencialidade.
Mas ela realmente só assinou qualquer coisa que a proibisse de dizer a
alguém meu nome verdadeiro. Ela poderia facilmente contornar isso
falando sobre nossa noite juntos e todas as coisas que fizemos.
— Cala a boca — eu murmurei, voltando para o meu quarto. — Ela
pode ter deixado um bilhete.
Suspirei quando fui para o lado em que ela havia dormido e encontrei
um pequeno pedaço de papel no chão, que deve ter caído em algum
momento.
Eu me chamei de patético e me inclinei para pegá-lo.

Eu tenho que trabalhar até às 5.


Me mande uma mensagem quando você acordar,
Coringa.
524-333-1167
Q.

Pouco mais de cinco horas até que ela voltasse para perto de mim,
preenchendo meu espaço com sua risada e boca atrevida. Eu não tinha
algo, alguém, que me fizesse esperar havia tanto tempo, que não tinha
certeza do que fazer.
Peguei o bilhete que ela havia escrito para mim e o enfiei no fundo da
gaveta de meias. Eu não sabia o que havia me dado para o guardar, mas,
naquele momento, eu não poderia jogá-lo fora. Eu o cobri e fechei a
gaveta.
Olhando para a cama, ainda bagunçada dos dois lados, sorri para mim
mesmo.
Cinco horas.
Um ano depois…

E u a observei do lado de fora, sentada sob o sol poente que ardia em


seus cabelos enquanto ela tomava um gole de vinho. Sua cabeça
pendeu na cadeira, e ela fechou os olhos. Meu estômago estava
embrulhado de ansiedade enquanto tentava me lembrar de tudo o que
queria dizer.
Eu a convenci a morar comigo cerca de seis meses atrás, porque Quin
estava passando mais tempo aqui, e suas pobres plantas estavam sofrendo.
A casa passou de uma residência de programas de televisão para uma casa
de verdade muito rapidamente. Todos os dias eu jurava que encontrava
uma nova planta pendurada no teto ou enfiada em uma prateleira perto de
uma janela.
Em vez de ir dormir sozinho todas as noites, agora eu a tinha comigo
depois que terminasse com os streamings. Eu poderia entrar sorrateiro
onde Quin estivesse e tomá-la em meus braços, minha mão serpenteando
entre suas coxas enquanto ela suspirava e se movia contra mim.
Olhei para ela de maiô, mesmo que as noites estivessem quase frias
demais para nadar, e meus olhos se detiveram nas pequenas marcas de
mordidas e hematomas com formatos de dedos em sua pele. Era o que ela
mais gostava que eu fizesse, marcá-la de alguma forma quase todas as
noites, para que ela pudesse olhar para eles como um lembrete todas as
manhãs.
— Ei — disse, estendendo a mão para ela. Ela a agarrou, deixando seu
vinho na mesa e vindo se sentar no meu colo. — Você sabe que eu te amo,
certo?
— Sei — ela disse, hesitante.
— Você é tudo para mim, Quinlan. Você me encontrou quando eu
honestamente tinha desistido de encontrar alguém. Eu estava sozinho,
escondido e fechado para qualquer um, e você veio com seus olhos
grandes e boca atrevida e me arrebatou. Você me deu algo que eu não
sabia que poderia ter.
Ela riu e se inclinou para me dar um beijo. Sua boca tinha gosto de sol
e vinho.
— Minha boca atrevida é minha melhor característica, eu ouvi falar —
ela disse, sorrindo para mim.
— Discordo. Qualquer um que tenha dito isso não viu sua bunda. —
Para provar meu argumento, eu dei um apertão, e Quin deu um gritinho.
Provavelmente ainda estava dolorida dos tapas que levou na noite passada.
— Você também não é tão ruim também — ela disse com um sorriso.
— Decidi que vou ficar com você.
— Bom saber — eu disse, puxando-a para mais perto do meu peito. —
Porque eu estava me perguntando se você gostaria de jogar outro jogo.
— Que tipo de jogo? — Ela se endireitou e olhou para mim com
desconfiança.
— Então — disse, pegando algo no meu bolso e tentando segurá-lo ao
mesmo tempo. — É um jogo semelhante ao nosso primeiro.
— Aquele “só por uma noite, vamos nos divertir”? — ela perguntou, a
sobrancelha levantada.
— Sim, mas em vez de ser apenas uma noite — disse quando meus
dedos finalmente encontraram a pedra dura no meu bolso — eu queria
saber se você gostaria de torná-lo um pouco mais permanente. — Tirei o
anel do bolso e me levantei para ela ver.
Sua boca se abriu, e seus olhos arregalaram, alternando entre focar em
mim e no anel. Eu sorri.
— Eu… o quê? — ela gaguejou.
— Você quer se casar comigo, Cacheada?
Algo entre uma risada e um choro brotou dela, e Quin jogou os braços
em volta do meu pescoço, praticamente bloqueando minhas vias aéreas.
Ela soluçou e enfiou os dedos no meu cabelo. Algumas respirações
profundas depois, e eu estava começando a ficar preocupado que não
conseguiria uma resposta. Apertei sua cintura com o braço.
— Então — disse, seus braços abafando minha voz. — Isso é um sim
ou…?
Ela se afastou e agarrou meu rosto com ambas as mãos, olhando direto
para a porra da minha alma. Eu nunca me acostumarei com a maneira
como ela consegue roubar meu fôlego com um único olhar.
— Sim — ela disse e, em seguida, esticou a mão esquerda, sinalizando
que eu deveria colocar o anel em seu dedo. Era um diamante de lapidação
esmeralda salt-and-pepper, cercado por uma auréola de diamantes brancos
em lapidação baguete.
Será que eu sabia o que isso significava antes de escolher? Não. Mas
perguntei para as amigas dela, prestei atenção em suas pastas do Pinterest
e ignorei todos os conselhos que qualquer um dos meus amigos tinha para
dar.
Ele encaixou confortavelmente em seu dedo. O calor se espalhou pelo
meu corpo quando vi a representação física da minha reivindicação sobre
ela. Eu olhei para Quin, observando as lágrimas caírem por suas
bochechas enquanto ela as enxugava com rapidez. Quin ficava muito
bonita quando chorava.
— É lindo. Eu amei. — Ela me beijou, e eu lambi as lágrimas salgadas
de seus lábios. — Eu amo você. — Ela me beijou novamente.
À medida que o beijo se aprofundava, meu pau entendeu a dica e
ganhou vida, ficando duro embaixo dela. Quinlan gemeu em minha boca
enquanto mudava seu peso, tentando montar em meus quadris.
— Eu nunca vou me cansar disso — disse. Minhas mãos percorriam
seu corpo, apertando e tateando cada centímetro de pele que eu poderia
pegar. — Quer comer sua noiva? — ela perguntou e começou a sair do
meu colo. Seu sorriso era um desafio que eu estava pronto para aceitar.
Ela levou as mãos às costas e desamarrou o biquíni. A parte de cima
caiu no chão a seus pés, meu pau se esticou quase dolorosamente contra o
jeans. Eu me inclinei para trás na cadeira e me ajustei. Seus olhos foram
para minha virilha, e ela lambeu os lábios.
— E a parte de baixo — eu disse, apontando para o pequeno pedaço
de tecido que mal a cobria.
Seus olhos encontraram os meus novamente, e seus lábios se curvaram
em um sorriso sedutor. Lentamente, lentamente para caralho, ela se virou
para me dar a visão completa de seu sexo enquanto descia o biquíni pelas
coxas torneadas. Eu absorvi cada segundo disso. Quin se levantou, se
virando para me encarar.
Ela olhou para mim em expectativa, esperando meu comando, como a
boa menina que é. Eu a fiz ficar parada por um tempo, deixando-a se
frustrar e corar sob meu olhar antes de assumir o controle.
— Fique de joelhos.
Ela sorriu, seus olhos escurecendo, e então de repente ela se virou,
rindo e saindo correndo de volta para a casa. Meu sangue aqueceu, e meu
pau se contraiu pelo desafio.
Que o jogo comece.
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