NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO DE LESÕES E CAVIDADES

Além de localizar, as lesões/restaurações também Número de face envolvidas

devem ser classificadas.

Preparo Cavitário: envolve a identificação e

remoção do tecido cariado. O objetivo é conferir
características para o Material Restaurador.
Amálgama não se adere à cavidade, por isso, ela
precisa ser retentiva. A resina composta se adere, pois
utiliza-se um sistema adesivo previamente.
De acordo com as faces envolvidas
Cavidade: termo empregado para definir a lesão
ou a condição do dente causada pela destruição Exemplos
de tecido duro. Podem ser patológicas ou
terapêuticas. ● Cavidade oclusal (O),

Patológica: cavidade com forma e dimensões ● Cavidade mesio-oclusal (MO),

irregulares causada pela destruição dos tecidos
duros do dente. Agente etiológico (bactéria) ● Cavidade disto-oclusal (DO),
aliado a uma dieta cariogênica. A
desmineralização local também leva a uma perda ● Cavidade ocluso-palatina (OP),
de estrutura dentária localizada, que é a cavidade
patológica. ● Cavidade ocluso-vestibular (OV),

Terapêutica: cavidade com forma geométrica e ● Cavidade mesio-disto-oclusal (MOD),

dimensões definidas, resultante de um processo
cirúrgico que visa à remoção do tecido cariado. ● Cavidade ocluso-vestíbulo-palatina (OVP)
Respeito às características do material e etc.
restaurador que será utilizado. | Cavidade feita
pelo profissional para o tratamento. É o próprio
preparo cavitário. Classificação Artificial de Black
❗ Atualmente, a cavidade terapêutica é mais
conservadora: não se remove o tecido cariado
(G.V. Black desenvolveu em 1908).
Classe I: Cavidades presentes em regiões de
por completo (mantém o que é passível de ser má coalescência do esmalte (cicatrículas e
remineralizado), para evitar expor a polpa. fissuras). Qualquer dente!
Uma cavidade causada por trauma pode ser
patológica e terapêutica.
Cavidades limpáveis não precisam ser restauradas para
a cura da doença.

CLASSIFICAÇÕES DAS CAVIDADES (4)

Quanto à finalidade
1. Terapêutica: cavidade resultante da total
remoção da cárie, em condições de
receber material restaurador direto.
2. Protética: cavidade com ou sem lesão de
cárie, cujo objetivo é servir de suporte de
uma peça protética (para reabilitação de
pacientes com área edêntula).
● Oclusal de pré-molares e molares (exceto
cúspides).
● -⅔ oclusais da face vestibular dos molares
inferiores.
● -⅔ oclusais da face palatina dos molares
superiores.
● -Palatina dos incisivos e caninos superiores
(abaixo do cíngulo).
Classe II: faces proximais de molares e
pré-molares (exclusiva de posteriores) mesmo
que também envolva outras faces. Ex: MO ou DO
Classe III: faces proximais dos anteriores sem
comprometimento do ângulo incisal, mesmo que
envolva outras faces.
Classe IV: faces proximais dos dentes anteriores
com comprometimento do ângulo incisal.
Costuma ocorrer por traumas, geralmente por
volta dos 10 anos.
Classe V: terço gengival ou cervical das faces
livres de todos os dentes.
Classe VI (proposta por
Howard e Simon):
bordas incisais e nas
pontas de cúspides.
Geralmente ocorre por
parafunção.
Partes constituintes das cavidades: paredes e
ângulos.
PAREDES são os limites internos das cavidades.
Podem ser circundantes (vestibular, lingual,
mesial, distal) e de fundo (relaciona-se à polpa).
Circundantes: são as paredes laterais da cavidade
e que se relaciona com a superfície externa do
dente. Recebem o nome da face as que
correspondem ou estão mais próximas.
De fundo: correspondem ao assoalho da
cavidade.
- Pulpar: na oclusal.
Perpendicular ao longo eixo
do dente ou paralela à face
oclusal.
- Axial: paralela ao longo
eixo do dente ou perpendicular à face oclusal.
Ex: a cavidade MOD tem 3 paredes de fundo (1
pulpar, 1 axial na caixa mesial e 1 axial na distal).
ÂNGULOS: linha ou ponto resultante da união de
duas ou mais paredes.
● Ângulos diedros (ângulo linha). Ex: ângulo
mésio-vestibular. São formados pela união de
duas paredes de uma cavidade, denominados
pela combinação dos seus respectivos nomes.
1°, 2° ou 3° grupo.
1º grupo: formado pela união de duas paredes
circundantes.
2º grupo: parede circundante com uma de
fundo. (Pulpar e cervical não se encontram).
3º grupo: apenas paredes de fundo. Axial-pulpar
● Ângulos triedros (ponto). Ex: vestíbulo-mésio- EXEMPLOS DOS ÂNGULOS DIEDROS
pulpar. Formados pelo encontro de três
paredes e denominados pela combinação dos
seus respectivos nomes.

Obs: O ângulo incisal pode ser diedro

(vestíbulo-lingual) ou triedro (vestíbulo-lingual-
axial).

● Ângulo cavo-superficial: (margem da

cavidade) formado pela junção das paredes
internas da cavidade com a superfície externa
do dente. Ele é diedro.
Na prática se pede biselamento (corte a 45°).

Cavidade terapêutica, composta, MO, classe II.

Paredes circundantes: vestibular, lingual, distal,
cervical
Paredes de fundo: pulpar e axial.
Ângulos diedros: (1) vestíbulo-distal, disto-lingual,
cérvico-vestibular, cérvico-lingual;
(2) cérvico-axial, vestíbulo-pulpar, línguo-pulpar,
disto-pulpar, áxio-lingual, áxio-vestibular;
(3) áxio-pulpar.
Ângulos triedros: vestíbulo-disto-pulpar, línguo-
disto-pulpar, línguo-pulpo-axial, vestíbulo-pulpo-
axial, cérvico-vestibulo-axial, cérvico-linguo-axial.
Ângulo cavo-superficial