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Londrina
2011
ELIANE ALVES DE SOUZA
Londrina
2011
ELIANE ALVES DE SOUZA
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________
____________________________________
Prof. Componente da Banca
Universidade Estadual de Londrina
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Prof. Componente da Banca
Universidade Estadual de Londrina
RESUMO
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................09
HISTÓRIA E CONTEXTUALIZAÇÃO........................................................................12
NO TRABALHO PEDAGÓGICO................................................................................19
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................36
REFERÊNCIAS...........................................................................................................39
APÊNDICE..................................................................................................................43
INTRODUÇÃO
pedagógica, tais como: Libâneo (1994); Masetto (1994); Haydt (1995); Cunha
como o professor cria vínculos com seus alunos, buscando melhorar o trabalho de
professora sempre tive interesse por este assunto, por perceber a importância desta
que abordasse esta relação, para poder esclarecer, estudar e aprofundar melhor
esta questão.
aprendizagem?
aluno na aprendizagem.
alunos.
resposta para nosso problema, mas sempre vendo essa importância através do que
um individuo ou grupo. Por exemplo, sexo, idade, estado civil etc. O questionário
comunicação.
seu papel como mediador dos conhecimentos, mas sempre tendo como objetivo
uma boa relação com seus alunos, para contribuir para o desenvolvimento do aluno
junto aos alunos de uma escola pública estadual. Nesse capitulo, buscamos
procurou entender como esse relacionamento se faz importante na visão dos alunos
CONTEXTUALIZAÇÃO
o ensino médio teve seu processo histórico delineado por acontecimentos que
O primeiro modelo de escola que se teve no Brasil foi aquela proposta pelos
catequizar os povos indígenas que viviam nessas terras que até então eram
desconhecidas dos europeus. O objetivo dessa missão era levar a esses povos a
civilidade, que tinha como base a pregação através da palavra de Deus. Teixeira
Soares (1961, p. 142) afirma que a Companhia de Jesus surgiu como "uma explosão
do primado da fé, que era defendido pela Igreja católica e pela coroa portuguesa,
padres jesuítas civilizarem e educarem os nativos, fazendo com que, de uma forma
ou de outra, eles se transformassem em instrumentos que trouxessem mais riquezas
para filhos dos donos de terras e, também, para os índios, os que não tinham vez
riquezas.
O papel dos jesuítas foi crucial para o aparecimento dos futuros colégios, que
primeira denominada período heróico, os padres moravam nas aldeias junto com os
nativos. Eles acreditavam que essas pessoas eram papeis em branco. Nessa etapa,
com mímicas e presentes, iam atraindo os índios para o mundo que eles queriam
índios, conforme seus moldes não estava dando certo, pois os nativos começaram a
se rebelar. Por isso, foi necessário uma nova proposta iniciada por padre Nóbrega
contar, cantar, tocar flauta, ler, escrever, além de catecismo de doutrinas cristãs,
atividades proposto nos modelos da Ratio Studiorum, que também havia nas demais
programa de ensino dos colégios era composto por aulas de gramática, retórica e
aldeias. Os alunos tinham que cumprir com suas tarefas se não eram punidos com
cenário político e econômico do país. A vinda da família real para o Brasil trouxe
várias mudanças nesses campos porem em nível de ensino médio, que é o foco
deste trabalho, nada se modificou, este continuava com o propósito de formar a elite,
Getúlio Vargas. É criado, por sua vez, o Ministério da Educação, que teve como
reformulações:
Do ponto de vista do ensino médio, já em 1931, em pleno governo
provisório, surge o Decreto n° 19.890, que dispõe sobre a
organização do ensino médio secundário, complementado pelo
Decreto-Lei n° 4.244, de abril de 1942 (gestão de Gustavo
Capanema), que se constituiu a lei orgânica do ensino secundário.
Este sistema vai sobreviver em linhas gerais, até 1971. Por ele, o
ensino secundário tinha a duração de sete anos e se dividia em duas
etapas ( ginásio de quatro anos e colegial de três anos). Para avaliar
a seletividade do sistema, os alunos que concluíam ensino primário
tinham que se submeter a um exame (exame de admissão) para o
ingresso no ginásio. Em caso de reprovação, deveriam cursar um
ano de estudo complementar (PINTO, 2007, p.50).
alterações que ocorreram nessa modalidade de ensino foram mais profundas do que
levar o aluno aos cursos superiores, mas essa regra foi descartada com a primeira
demanda de formação de mão de obra para o trabalho, pois o país estava decidido
ter um avanço cada vez maior como potencia econômica e, para que isso
quantidade e o mais rápido que pudesse e para tal, foram aumentados os números
a união do antigo ginásio com o primário, dando origem ao 1°grau que tinha duração
de oito anos, e o colegial, alterado para 2°grau, com duração de três anos. Mas o
médio tinham que oferecer ensino técnicos a seus alunos. Na verdade, essa forma
de ensino veio para conter a demanda para o nível superior. O argumento usado era
que os jovens que não tinha a chance de ingressar nas universidades pudessem ter
Somente com a Lei n° 7.044, no ano de 1982, que essa medida foi descartada
básica, que hoje engloba desde a educação infantil até o ensino médio. Se antes o
propósito era formar técnicos especialistas, agora o propósito era de que os alunos
se tornassem politécnicos, fazendo uma relação da sua pratica social com o trabalho
formar os sujeitos para vida em sua totalidade, como ser humano. Com a
médio passou a ter essa a função, fazendo com que as pessoas aprendessem a ter
passivo, indiferente à realidade em que viviam, não fazendo ponte entre a teoria e a
era muito técnico, repetitivo, sem conceito prévio do que estava sendo aprendido,
porém, com LDB de 1996 (BRASIL, 1996), essa configuração se transformou, dando
interação com a vida pública e com o mundo do trabalho. Seriam interessante que
ora pela formação para a continuidade dos estudos no Ensino Superior, ora pela
formação técnica para o mundo do trabalho. Para Kuenzer (2005, p. 25), “o grande
articule de forma competente essas duas dimensões”. Para a autora, essa é uma
e profissional.
fazer para a educação brasileira chegar a ser de boa qualidade. Para que isso seja
formação dos professores e, discutir qual a formação dos professores que atuam
dentro das salas de aulas do ensino médio, quem são esses professores, como
trabalham com seus alunos, que formação possuem e como eles lidam com as
Para que o processo educativo, nas escolas, seja de boa qualidade, é preciso
Cortella (1998), que adjetivada de social, é indicadora da presença de: uma sólida
É claro que uma educação de qualidade não se limita somente a esse fator,
(apud TEDESCO, 1998, p.57), essa formação inicial não tem sido a esperada.
professores vão para o campo educacional, muitas vezes, não conseguem enfrentar
técnica que durante muito tempo foi vigente nos cursos de licenciatura,
ensino médio, bem como sua organização no decorrer do tempo até os dias de hoje.
Abordamos também o trabalho docente nesse nível de ensino, desde sua origem,
aprendizagem.
2. A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO NO TRABALHO PEDAGÓGICO
mediador desse trabalho deve ter em mente que seu modo de agir e realizar a ação
que está trabalhando sobre o conteúdo, é também aquele que organiza suas aulas
de forma com que eles se interessem e interajam com o assunto que está sendo
requer flexibilização por parte dos docentes. Aparecendo em muitos estudos como
dentro da sala de aula e são vários os fatores responsáveis por esse processo
pessoal.
a qual possibilita uma aprendizagem mais harmônica e eficaz levando em conta que
escola, como instituição educativa, deve oferecer condições para que o diálogo seja
relação professor aluno na sala de aula. A escola é vista por muitos alunos como
algo chato, entediante, e, muitas vezes, eles estão lá simplesmente por serem
obrigados pelos dos pais e por terceiros. Em vista disso, o professor, como
profissional, tem o dever de criar situações que motivem seus alunos. O primeiro
passo é mostrar a eles o quanto é interessante trabalho que poderá ser realizado
com os conteúdos e mostrar a importância que este pode ter para a vida.
Acreditamos que a partir do momento que o aluno tem uma boa relação com
o professor, ele terá vínculos também com disciplina. Em muitos casos, o aluno
desenvolve ódio pela matéria, em virtude das atitudes que o docente tem ou deixa
de ter em sala de aula. Desse modo, os alunos irão atribuir significados negativos,
por exemplo, deduzir que o professor “não se interessa por nós”, que a matéria é
“inútil e enfadonha”, que não “vale o esforço”, e que a própria pessoa “não tem valor”
sua ação se torne eficaz, porém não é impossível desenvolver um trabalho bom para
com os alunos.
materna, pois o termo relação é muito amplo e deve-se tomar cuidado com a forma
(2006):
quem ensina os alunos determinado o conhecimento, e isto até certo ponto e sob
certos aspectos pode até ser verdade, no decorrer do processo da ação educativa o
aluno aprende com o educador, mas o professor também poderá aprender com seus
alunos.
possam adquirir os conhecimentos propostos ele tem que repensar suas atitudes e
Segundo Haydt (1995, p.84) “[...] a atitude do professor, na sua interação com
a classe e nas suas relações com cada aluno em particular, depende da postura por
Muitas vezes, no início do ano letivo, o professor entra na sala de aula como
certo preconceito a respeito dos alunos, criado por alguns estereótipos construídos
por antigos professores da turma. Isso é muito recorrente nas escolas e, apesar de
não parecer, é um fato preocupante, tendo visto que isso traz certo receio por parte
do professor para com os alunos.
ouvir os alunos e conhecer cada um. O professor age na defensiva e isso levará os
alunos a pensarem que esse professor não é bem vindo, desencadeando a partir de
então um ambiente instável entre os indivíduos. Em vista desses fatos, que podem
ocorrer quando o professor entra pela primeira vez em sala de aula é preciso que ele
tenha cautela para colocar seu modo de ser, pois, dependendo disto, os alunos
professor e isso poderá contribuir para uma má relação ou relação nenhuma com o
docente.
processo. Ele terá, com seus alunos, uma relação de instigador e mediador para
com todos, desenvolvendo uma ação que hes permita falarem e exporem suas
na sala.
metodologias utilizados que não deram certo ou criando outros, para que seus
O professor deve tentar, de várias maneiras, dar uma aula que proporcione
aos alunos um empenho nas matérias ofertadas criando assim um interesse maior
tentar fazer com que suas explicações sobre determinado conteúdo sejam as mais
escola é uma fator preponderante para o empenho das ações educativas que se
deseja atingir.
ele.
refletir sobre essa relação, é necessário entender que estabelecer boas relações
entre professores e alunos não é uma tarefa fácil, mas este é um dos vários fatores
que devemos dar atenção, para que possamos ter condições de fazer um trabalho
relação com a realidade dos alunos; ser flexível; incentivar de diversas formas seus
maioria das vezes, tem que trabalhar para que essa relação seja construída para o
caso, cabe ao professor criar situações para tal. A partir disso, podemos também
pesquisas que têm como objetivo descobrir o que leva o aluno a não querer
professor, como agente organizador do espaço da aula, deve criar entre si e sua
classe pactos combinados para que este elemento não atrapalhe o andamento do
trabalho pedagógico. Desta maneira, quando o professor preparar suas aulas para
isto for feito desde o inicio, fará com que ambos se sintam a vontade para discutir
vínculos com esse aluno para que proporcione um ensino ativo, participativo e
com um conteúdo predeterminado, tem que saber das necessidades dos alunos
para poder melhor compreendê-las e possibilitar que seus alunos não se sintam
papel e a responsabilidade de fazer com que os educandos tenham para com ele
Freire (1996) aborda vários aspectos a respeito do fazer docente, entre eles
Não podemos pensar nos seres humanos como sujeitos passivos, o trabalho
não existem sem a participação dos dois sujeitos, que são os professores e os
alunos. Os papeis são diferentes mas, ambos aprendem, tanto quem está ensinando
quanto quem está aprendendo.
dinâmico, dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Partindo disto, o professor
deve propor, no contexto da sala de aula, uma relação em que ele e o aprendiz
pensem certo. Para Freire (1996), esse pensar certo supera o pensar ingênuo e tem
Para que o trabalho docente seja eficaz, o professor como agente que faz a
mediação dos conhecimentos ter uma reflexão crítica de suas práticas. Dessa
maneira perceberá as razões porque são assim e será capaz de mudar quando for
necessário.
escola pública.
nossa analise e discussão sobre a relação professor e aluno na visão dos próprios
alunos. A consulta aos alunos teve como objetivo conhecer o que eles entendiam, o
que pensavam, como percebiam e qual era a importância que atribuíam à relação
não ter um bom relacionamento com os professores dentro da sala de aula e se este
ensino médio. A consulta foi realizada por meio de um questionário, contendo duas
resposta. Dessa forma, já podemos constatar que eles acreditam que o bom
contexto escolar.
unidade que mais apareceu nas considerações dos alunos foi facilidade de
Como vimos, os alunos foram bem objetivos nas respostas que deram,
propiciando a sua compreensão de forma mais fácil. No modo de ver dos alunos
consultados, uma matéria que consideram difícil pode ser mais bem compreendida
dependendo das condições de relação com que o professor tem com seus alunos.
Os depoimentos dos alunos revelam que estes valorizam a boa relação entre
aula. Muitos evidenciaram que, a forma como se relacionam dentro da sala de aula
pode criar subsídios para entender melhor o conteúdo, podendo então ter um maior
Por outro lado, se essa relação não for boa, os alunos passam a não se
Outro aspecto que chamou atenção, nas justificativas dos alunos em relação
relação na sala de aula. Freire (1996) nos alerta que para que o conhecimento
perguntas dos alunos, ele deve ser investigador e curioso e instigar o conhecimento
em momentos de busca.
O professor, para ter uma boa prática educativa, deve estar disposto a ouvir, a
prática docente também exige do professor para com o aluno o respeito a sua
autonomia, possibilitando coerência no saber que ele traz consigo para escola. Este
Tendo como base que em todas as relações humanas se faz importante uma
Sim, porque assim ele não fica como um ditador na sala e da chance
dos alunos expressarem suas opiniões (A19).
Nesse ponto, podemos ver que os alunos demonstram, em suas falas, que o
professores estão tão alheios ao aprendizado de seus alunos, o que torna suas
transmite não dando importância ao conteúdo como deveria. O aluno coloca muito
bem em sua fala que isso não contribui em nada para sua formação, que se
feito seria mais eficaz e proveitoso tanto para o aluno quanto para o professor.
Em vista do que ressaltamos até o momento com base nas respostas dos
relacionamento entre professores e alunos. Como nos ensina Freire (1998), ensinar
exige disponibilidade para o diálogo e uma abertura ao mundo e aos outros, pois isto
O saber escutar é outro aspecto apontado por Freire (1996), como um saber
necessário á prática docente. O saber escutar que ele fala não é apenas ouvir o que
outro diz e deixar pra lá, mas significa a disponibilidade permanente por parte do
que os outros dizem ou pensam. O verdadeiro escutar não diminui nada na pessoa
na qual cria um compromisso entre ambos, pois não se deve avaliar um aluno por
um bem querer maior ou menor que se tenha por eles, mas “também não serei
considerado um bom professor quanto mais severo, mais frio, mais distante e
‘cinzento’ me ponha nas minhas relações com os alunos” (FREIRE, 1996, p.159-
alegria de viver. Justa alegria de viver, que, assumida plenamente, não permite que
me transforme num ser ‘adocicado’ nem tampouco num ser arestoso e amargo”.
alunos o que pensavam sobre o assunto, partimos para uma segunda questão, mais
sobre essa boa ou má relação com professores no decorrer da sua vida escolar.
A segunda questão proposta aos estudantes foi a seguinte: você teve alguma
experiência negativa com algum professor que tenha afetado sua aprendizagem na
disciplina? O objetivo dessa pergunta foi tentar conhecer alguns aspectos, que na
vontade para colocar o que sentiam em relação aos professores ou a fatos que de
conflitante com algum professor e 22 alunos responderam que sim, que já haviam
tido algum tipo de problema que, na sua concepção, influenciou de alguma maneira
análise que nas variadas respostas dadas apareceu, que foi o aspecto metodologias
alunos que a forma como os professores conduziam as aulas deixava os alunos com
dificuldades ou até mesmo com certo receio do que estava sendo passado a eles.
razões que podem ser desde questões salariais até a problemas pessoais ou ainda
seus alunos uma aula não muito boa fazendo com que conflitos sejam gerados. Uma
mais bem detalhado para criar condições prazerosas para os alunos fazendo com
forma que o professor trabalha em sala de aula não favorecia aprendizagem de seus
alunos. Possivelmente alguns até conseguiam a aprender, mas sabemos que cabe
ao professor averiguar como os alunos estão percebendo a forma como está sendo
trabalhado o conteúdo dentro da sala de aula.
avaliados por meio de exames, provas, trabalhos entre outros meios, mas, eles
sempre se fazer presente para que não haja impedimento para aprender e para se
ter uma boa relação professor aluno dentro da sala de aula. Isto significa que
respostas dos alunos que mais chamaram atenção. Outro aspecto muito destacado
fatos que fizeram com que eles chegassem à conclusão de que, seus professores
depoimentos a seguir:
forma como eles vêem os professores. Muitas vezes, acreditamos que os alunos são
alheios ao que está acontecendo na sala de aula mas, assim como os professores,
aprendizagem é configurado.
No caso do Aluno 18, por exemplo, ele mostra sua revolta porque sua
criando confusão com os alunos. Outro ponto, que consideramos muito importante
nessa fala, é quando ele relata que o professor tem varias turmas, dando a entender
que talvez isso seja um dos fatores que influenciam essa falta de comprometimento
professor, que sabemos não ser favorável em nossa realidade educacional e que
docente.
professor, como devem ser? Como devem trabalhar? O que devem proporcionar aos
seus alunos para que cheguem ao objetivo desejado? Este é um problema muito
difícil de se falar pois o professor, assim como outro profissional qualquer, tem
um Deus, sem defeitos, seres prefeitos, mas o profissional da educação deve ter em
mente que tem um papel diferenciado na vida das pessoas que estão educando.
da escola, temos dificuldades e desafios para ser superados. Não estamos aqui
dizendo que o professor seja o único responsável para uma educação de qualidade
e eficaz, mas acreditamos que o professor seja um dos principais agentes para essa
educação tão desejada. Ele deve propor, fazer a diferença e inovar no que tange ao
Considerando tudo que foi apresentado nesse capítulo de análise dos dados
percepção dos alunos, importantes protagonista nesse processo, que uma boa
Nesse sentido, o ensino de médio, foco da nossa pesquisa, é uma etapa onde
junto aos alunos. A relação entre professor e aluno é um tema que ainda tem muito a
aprendizagem. Entendemos que esse fator tem uma grande importância para o
interessem pelo conteúdo apresentado. Por isso, a isso a relação do professor com
o aluno deve ser boa para facilitar a comunicação dentro da sala de aula.
que, na percepção dos alunos do ensino médio da escola que foi campo de nossa
investigação, a relação que eles possuem com o professores influenciam sim no seu
perceber esse fator no dia a dia do relacionamento com professor, dentro da sala de
aula, tanto na forma como o professor demonstra interesse ou não pelos educandos
como nas práticas avaliativas, nas metodologias utilizadas e até mesmo na interação
de ensino médio da escola publica. Acreditamos que isso foi possível na medida que
maneira, indicam que essa relação com o professor, seja ela boa ou ruim, tem
boas ou ruins e argumentar sobre elas, permitindo, deste modo, que pudéssemos
identificar que fatores eram esses que, na visão dos alunos, dificultavam a
aprendizagem.
de ensino aprendizagem. Pudemos observar, por meio das justificativas dos alunos
educação escolar.
Consideramos também que não podemos centralizar no professor toda a
exigências são crescentes. Além de interagir com os alunos, colegas e direção, deve
entre outros.
professor seja um dos principais agentes para essa educação tão desejada
aconteça. É ele quem deve propor, fazer a diferença e inovar procurando sempre
pra nossa formação, como docente e como profissional da área da educação. Outro
interessa a todos que atuam na área da educação, pois ele traz uma reflexão sobre
como os professores podem agir de maneira que seu trabalho dentro de sala de aula
acordo com o esperado. Estamos conscientes dos limites e fragilidades que são
inerentes à toda pesquisa, mas indicamos que uma questão que o estudo não se
propôs e que, portanto, não atendeu, mas que pensamos ser importante, é a
fazendo, dessa forma, um paralelo e uma comparação com a visão dos alunos para
com a dos docentes. Acreditamos que se isto fosse feito resultaria num trabalho
conhecer novos olhares sobre essa abordagem, o que só fez aumentar nossa
CUNHA, Maria Isabel. O Bom Professor e sua Prática. 16°. ed. Campinas:
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RICHARDSON, R.J. et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas,
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ZABALA, Antônio. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
APÊNDICE
Questionário de consulta aos alunos
Caro(a) colega,
Este questionário faz parte da minha coleta de dados para a realização do meu TCC
segundo a visão dos alunos de ensino médio. Para tanto, agradeço sua
Comprometo-me a manter total anonimato em relação aos seus dados assim como
lhe asseguro o direito de, a qualquer momento, retirar seu consentimento para uso
Em / / 2010
( ) sim ( ) não
Justifique sua resposta.
2- Você teve alguma experiência negativa com algum professor que tenha afetado
sua aprendizagem na disciplina?
( )sim ( ) não
Em caso positivo justifique sua resposta.