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Conceito
Além da Carta de Atenas, existem outras cartas e documentos importantes no campo do urbanismo,
como:
Existem diferentes tipos de cartas de urbanismo, cada uma com suas características e áreas de
aplicação específicas. Alguns dos tipos mais comuns incluem:
As características e regras específicas de cada tipo de carta de urbanismo variam de acordo com o
contexto local, as necessidades da comunidade e as políticas adotadas pelas autoridades
responsáveis pelo planejamento urbano. No entanto, todas essas cartas têm em comum o objetivo
de orientar o desenvolvimento urbano de forma sustentável, promovendo a qualidade de vida e o
bem-estar dos cidadãos.
Plano director
O Plano Diretor, também conhecido como Plano Diretor Urbano, é um documento fundamental no
planejamento urbano de uma cidade ou região. Ele estabelece as diretrizes gerais para o
desenvolvimento físico, social, econômico e ambiental do território em questão. Aqui estão alguns
aspectos importantes sobre o Plano Diretor:
5. Instrumento legal: O Plano Diretor possui força de lei e serve como referência para a
elaboração de legislação urbanística, como leis de zoneamento, código de obras e outras
normas relacionadas ao desenvolvimento urbano. Ele orienta o poder público na tomada de
decisões sobre questões urbanísticas e na aprovação de projetos de infraestrutura e
edificação.
6. Flexibilidade e atualização: Embora tenha uma visão de longo prazo, o Plano Diretor deve ser
flexível o suficiente para se adaptar a mudanças nas condições sociais, econômicas,
ambientais e políticas ao longo do tempo. Por isso, ele geralmente passa por revisões
periódicas para garantir sua relevância e eficácia contínuas.
São duas Cartas de Atenas, uma escrita em 1931 e outra em 1933, que exprimem ideias importantes quanto à
preservação do patrimônio e ao novo urbanismo.
A primeira, contou com o Escritório Internacional dos Museus Sociedade das Nações trazendo para discussão
questões das principais preocupações da época, que envolviam a legislação, as técnicas e os princípios de
conservação dos bens históricos e artísticos. Nesse sentido, o documento mostra a necessidade tanto
organizações que trabalhem na atuação e consultas relacionadas à preservação e restauro dos patrimônios,
como de legislação que ampare tais ações, garantindo o direito coletivo (IPHAN – Carta de Atenas, 1931).
Já a Carta de Atenas de 1933 envolve questões das novas cidades, no período de grande crescimento urbano.
Resultado do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), este manifesto teve como tema principal
a cidade funcional e contou com renomados arquitetos e urbanistas, dentre eles Le Corbusier.
A Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO),
em 1956, resultou a Recomendação de Nova Delhi, que possui um conteúdo que apoia princípios internacionais
sobre pesquisas e preservação arqueológicas. Este documento define a proteção do patrimônio arqueológico,
programas educativos, instituição de órgãos governamentais e criação de acervo como responsabilidades do
Estado (IPHAN – Recomendação de Nova Delhi, 1956).
A Recomendação Paris a Paisagens e Sítios, elaborada em uma Conferência Geral da Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), foi o primeiro documento com a ideia principal sobre
proteção da beleza e do caráter das paisagens, bem como seus respectivos territórios.
Com esta Recomendação, o conceito de patrimônio cultural se tornou mais amplo, estendendo à beleza e
caráter das paisagens e sítios, naturais, rurais ou urbanos. Ficou evidente a necessidade de estímulo nas áreas
da educação e proteção aos bens, complementando as medidas de proteção à natureza (IPHAN –
Recomendação Paris, 1962).
Primeiramente, monumento histórico é definido como uma criação isolada, sítio urbano ou rural que testemunha
uma civilização particular, evolução significativa ou acontecimento histórico. Posteriormente descreve sua
finalidade como sendo a busca de conservação e restauração dos monumentos, visando preservar tanto a obra
propriamente dita, quanto o seu testemunho histórico.
Este documento defende que a conservação exige uma manutenção constante, sendo sempre favorecida
quando sua destinação é útil para a sociedade, mas vale ressaltar que não podem ocorrer mudanças de
disposição ou decoração da construção. Outro ponto levantado é a proibição de deslocamento do monumento,
salvo quando sua preservação exige tal ação, ou quando há interesses nacional e internacional.
A restauração é tratada como uma ação de caráter excepcional, tendo por objetivo a conservação e revelação
dos valores estéticos e históricos do monumento, se fundamentando essencialmente no respeito ao material
original e aos documentos, bem como à época de criação. Como diretriz importante, os elementos que
substituírem as partes faltantes devem ser integrados de forma harmoniosa, porém é imprescindível que se
distinguem das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o objeto em questão (IPHAN – Carta de
Veneza, 1964).
Ainda em 1964, acontece a Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (UNESCO), que publicou a Recomendação Paris que fala sobre medidas de proibir e impedir a
exportação, a importação, bem como a transferência de propriedade ilícita de bens culturais. Foi enfatizada
questões como a identificação e inventário dos bens culturais, a instituição de órgãos oficiais adequados para
proteção do patrimônio, legislação para aplicar medidas administrativas adequadas, a colaboração internacional
em acordos e ações que impeçam operações ilícitas, etc. (IPHAN – Recomendação Paris, 1964).
As Normas de Quito foram elaboradas em Quito, no Equador, para tratar da conservação e utilização dos
monumentos e lugares de interesse histórico e artístico. Foi recomendado que os projetos de valorização de
bens fossem parte integrante dos planos de desenvolvimento nacional, sendo tal ação responsabilidade do
governo.
A difusão dos conhecimentos acerca dos bens culturais objetiva eficiência na preservação e, ainda, como
produtos a serem explorados, assim como a legislação adequada ou disposições governamentais para o
interesse público. O documento ainda relatou a importância da coordenação de projetos por instituto idôneo,
contando com equipe técnica (IPHAN – Normas de Quito, 1967). RECOMENDAÇÃO PARIS – 1968
Diante das problemáticas enfrentadas com o crescimento das cidades, em 1968, a Conferência Geral da
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) publicou a chamada
Recomendação Paris de Obras Públicas ou Privadas, na qual considerações foram dispostas sobre
intervenções urbanas que estejam relacionadas com a preservação do patrimônio, sendo um indicativo da
necessidade e importância de assegurar o vínculo entre a população e os bens.
Este documento deixou clara a responsabilidade governamental sobre as medidas de preservação e salvamento
do patrimônio, mesmo assegurando a expansão e/ou renovação urbana, obras em locais onde os bens possam
correr qualquer tipo de perigo de destruição, modificações e reparos, construção ou alteração de vias de grande
fluxo, implantação de barragens, oleodutos e trabalhos de desenvolvimento de indústria.
Deve, ainda, ser garantido, a fim de proteger o patrimônio, o uso de uma legislação adequada, financiamento,
medidas administrativas, métodos de preservação e salvamento dos bens, sanções, reparações, recompensas,
assessoramento e programas de educação (IPHAN – Recomendação Paris, 1968).
A Carta de Brasília de 2010 foi um documento elaborado no Fórum Juvenil do Patrimônio Mundial Brasil Brasília,
que contou com a participação de 46 jovens de diferentes países, como Brasil, Argentina, Paraguai, Chile,
Colômbia e Uruguai. O encontro reuniu diferentes realidades e experiências com o patrimônio sendo um
denominador comum. Foram propostas nove ideias como a participação ativa dos jovens no Comitê do
Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); a
promoção do turismo sustentável e responsável, divulgando o patrimônio sem comprometê-lo; etc. (IPHAN –
Carta de Brasília, 2010). CARTA DOS JARDINS HISTÓRICOS, DITA CARTA DE JUIZ DE FORA – 2010
Em Juiz de Fora, no ano de 2010, foi elaborada a Carta dos Jardins Históricos descreve conceitos, diretrizes e
critérios para a defesa e preservação dos jardins históricos como sítios e paisagens criados pelo homem (IPHAN
– Carta dos Jardins Históricos, dita Carta de Juiz de Fora, 2010).