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Carta de Atenas
A Carta de Atenas é um documento de compromisso,
datado de 1933, redigido e assinado por grandes arquitetos
e urbanistas internacionais do início do século XX, entre os
quais se destaca Le Corbusier. A Carta foi redigida como
conclusão do Congresso Internacional de Arquitetos e
Técnicos de Monumentos Históricos que teve lugar
em Atenas, na Grécia, em outubro de 1931. Ao dar linhas
de orientação sobre o exercício e o papel do urbanismo
dentro da sociedade, serviu de inspiração à arquitetura
contemporânea.
No início do século XX, começaram a ter lugar uma série
de reuniões e conferências com o objetivo de identificar os
itens fundamentais que dariam forma a uma conceção
comum do conceito de cidade. Dessa forma, urbanistas e
arquitetos de renome fizeram um diagnóstico da situação
das cidades, identificando debilidades e problemas, bem
como as respetivas soluções. Foram redigidas normas a
respeitar a partir de um diagnóstico prévio. O grupo de
especialistas analisou 33 cidades de diferentes latitudes e
climas do mundo de forma a responder aos problemas
causados pelo rápido crescimento dos centros urbanos,
nomeadamente, devido à mecanização e às mudanças nos
sistemas de transportes.
Considera-se que a Carta de Atenas assentava em quatro
funções básicas na cidade: habitação, trabalho, diversão e
circulação. A Carta de Atenas propunha, em termos
sociais, que cada indivíduo tivesse acesso às alegrias
fundamentais, ao bem-estar do lar e à beleza da cidade.
Em 1998, foi elaborada pelo Conselho Europeu de
Urbanistas a Nova Carta de Atenas. Associações e
institutos de urbanistas de países da União
Europeia uniram-se no Conselho Europeu de Urbanistas,
composto por
representantesde Portugal, Alemanha, Bélgica, Dinamarca,
Espanha, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália e Reino
Unido. Este grupo começou a reunir regularmente a partir
de meados de 1995 e no início de 1998 apresentou a
redação da Nova Carta de Atenas. Esta pretendeu ser mais
adequada às gerações vindouras do que a de 1933, dando
o papel principal ao cidadão na hora de tomar decisões
organizativas.
Segundo a nova carta, a evolução das cidades deve
resultar da combinação de distintas forças sociais e das
ações dos principais representantes da vida cívica. O papel
dos urbanistas profissionais passou a ser o de proporcionar
e coordenar o desenvolvimento.