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CD??/—iT^r^p-^sao^nr-^nr^ns^grir^r-i-cv;
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Moschetti, La Porta & C.


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411 - Rua dos Andradas - 413


Telegrammas : MOSCHETTI £ Caixa do Correio n. 331

PORTO ALEGRE (Brasil)


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Qr?
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f 19201

INDUSTRIA - COMMERCIO - LITTERATURA


ARTES
ASSUMPTOS ECONÔMICOS
INFORMAÇÕES GERAES
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CHARADAS
ETC.

PRIMEIRO ANNO

Rio Gr. do Sul - PORTO ALE6RE - Brasil

Ofioinas Gráficas da UVRARIA DO GLOBO — Porto Alegre 3fe


• ^ » » » » » ~ ——-»-

fllmanach de Porto Alegre

ue ninguém se persuada de que nos


anima o intento pretencioso de apre-
sentar uma novidade.
NU novi sub sole.
E isso .já o dizia Salomão, 929 an-
nos antes de Christo, no Ecclesiastes.
Mas, não o sendo, não perde, entretanto, o nosso
almanach a utilidade que lhe attribuimos, com o direito
que nos assegura o interesse carinhoso com que o tra-
balhámos.
E não só útil será elle a quem o manusear: ser-
lhe-á, ainda, agradável, pois de suave repasto lhe se-
rão paginas litterarias, originaes umas e de fina lavra,
transcriptas outras, n u m capricho• apurado de sele-
cção.
Além disso, organisamol-o para o lar, para a repar-
tição, para o escriptorio, para o gabinete do intelle-
ctual, para as mãos delicadas do bello sexo, para a
mesa do agricultor e para os lazeres do operário.
D e todos nos lembramos, para todos tivemos cui-
dados.
Lograremos o êxito, senão, mesmo o successo que
é o nosso escopo, e o nosso almejo?
Pelo menos, essa esperança nutrimos.
E já não é pouco para quem começa.
Oh, a esperança! -
_
STT+$K 4 a X t C O O R W - H r l : A I . M * \ A C H I I K P O H T O AI.I5C.RK H^Kf^SKOtOirHItjH-TBra*

London Brazilian Bank, Ltd. ESTABELECIDO EM 1862


Capital Lb. 3.000.000
Capital pago Lb. 1.500.000
Fundo de reserva Lb. 1.500.000

CAIXA MATRIZ i

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FILIAL EM PARIS i

Endereço telegraphico para todas as filiaes NEOPHYTE.

Sacca contra a Matriz e as seguintes filiaes:


PARIS CEARA' CURITYBA
PORTO PERNAMBUCO RIO GRANDE DO SUL
LISBOA BAHIA PELOTAS
NEW-YORK RIO DE JANEIRO MONTEVIDÉO
MANAUS SANTOS BUENOS AIRES
PARA' SAO PAULO ROSÁRIO DE ST A. FE'
MARANHÃO
Também sobre os seguintes banqueiros:
Londres: Srs. Glyn, Mills, Currie & Cia.
Paris: Sobre nossa filial e principaes cidades da França, sobre a Societé Génerale
Gcnova e principaes cidades da Itália. Credito Italiano.
Madrid e principaes cidades de Hespanha, Credit Lyonaise e Anglo South Ame-
rican Bank Ltd.
Portugal: Banco de Portugal e filiaes.
índia, China e Japão: Hongkong & Shangai Banking Corporation.
Syria: Imperial Ottoman Bank.
CORRESPONDENTES
O Banco tem agentes e correspondentes em todos os'principaes portos e ci-
dades do Brasil, Uruguajr, Estados-Unidos e Europa. T
Desconta e cobra saques sobre as principaes cidades do BrasilSAcceita depó-
sitos a praso, pagando juros que se convencionar. Abre contas-correntes cre-
doras ou devedoras, desconta letras, fornece Cartas de Crédito para o Brasil
e extrangeiro e faz todas as transacções bancarias.
Informações serão fornecidas pela filial nesta cidade:

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tas, miudezas, drogas, etc, etc.
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Companhia das Salinas de Mossoró


no Estado do Rio Grande do florte

RÜA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA, 44,44' e 44'


DIRECÇÂO TELEGRAPHICA: COSEC

1
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*Héfc (. l.tCl ;;<OtCM i:\.'r ALMANACH DK MORTO ALKGKK

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Primeiro me: 31 dias

1 Quinta Circumscripcâo do Senhor. S. Fulgencio. S. Euphrosina.


2 Sexta S. Basilio. S. Isidoro. S. Macario. \
3 Sabbado S. Anthero. S. Florencio. S. Aprigio. S. Daniel. S. Genoveva
4 Domingo S. Grcgorio. S. Eugênio. S. Rigoberto. S. Tito. S. Clemência. S. Isabel.
s Segunda S- Simeão Stjrlita. S. Eduardo. S. Telesphoro. S. Apollinaria. S. Emiliana.
6 Terça Dia de Reis. Ss. Reis Magos. S. Frederico. S. Gertrudes.
7 Quarta S Theodoro. S. Luciano.
8 Quinta S. Lourenço Justiniano. S. Severino.
9 Sexta S. Julião. S. Adriano. S. Marcellino. S. Pedro. S. Basilisa.
10 Sabbado S. Gonçalo. S. Paulo, 1* Eremita. S. Guilherme. S. Agathonte.
11 Domingo S. Hygino. S. Theodorico. S. Alexandre. S. Palémon. S. Hortensio
12 Segunda S. Satyro. S. Arcadia. S. Alfredo. S. Taciana. S. Cesarina.
13 Terça S. Hilário. S. Remigto (Remy). S. Leoncio. S. Verônica.
14 Quarta S. Felix. S. Valentim. S. Pedro Urseolo.
15 Quinta S. Amaro. S. Secundina. S. Tarsitia.
16 Sexta Ss. Martyres de Marrocos. S. Marcello. S. Orlando. S. Honorato.
17 Sabbado S. Antão. S. Mariano. S. Servulo. S. Sulpicio. 6. Rosalina. S. Leonilde.
18 Domingo S. Leonardo. S. Beatriz. S. Prisca. S. Margarida.
19 Segunda S. Canuto. S. Mario. S. Martha. S. Germana. S. Antonieta.
20 Terça S. Sebastião. S. Clemente. S. Fabião. S. Lucina.'
21 Quarta S. Epiphanio. S. Fructuoso. S. Avito. S. Publio. S. Ignez.
22 Quinta S. Anastácio. S. Judith. S. Iria.
23 Sexta S. João, o Esmoler. S. Ildefonso. S. Bernardo. S. Raymundo de Penha-
24 Sabbado S. Timotheo. S. Marcolino, S. Beltrão [forte. S. Emerenciana.
25 Domingo S. Elvira. S. Aldevina.
I
28
Segunda
Terça
Quarta
S. Polycarpo. S. Theógenes. S. Paula. S. Victorina.
S. João Chrysóstomo. S. Julião. S. Dacio. S. Angela de Mericia.
S. Cyrillo. S. Herminia. S. Palmyra. B. Matheus de Agrigento.
29 Quinta S. Francisco de Salles. S. Valerio. S. Pedro Thomaz.
30 Sexta S. Hippolito. S. Felix. S. Martinha. S. Bathilde. S. Jacintha de Marig-
31 Sabbado S. Pedro Nolasco. S. Cyro. S. Marcella. B. Luiza d'Albertone. [cotti.

P H A 8 E 8 DA LUA
Cheia a . . 5, ás 18 e Nova a .. 21, ás 2 e 27
Minguante a 12, ás 21 e Crescente a 28, ás 12 e 38
Nei€i©fêfê^6{S!ei^si6íS{9ieK ALMAWACH D E PORTO ALEGRE aeeeieisoxiço: 7 *s*3K

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
JANEIRO
Planta-se a maioria dos graõs miúdos lo. Nesta época termina a colheita da ceva-
como sejam: repolhos, couves, couve-flor, da, alpiste, trigo, centeio. Correndo o tem-
moítardas, rabanetes, rabanos etc; feijão po chuvoso, é conveniente sulfatar as vi-
(do tarde), batata doce e ingleza (do tar- nhas. Nos jardins executam-se mondas e
de), milho, alcachofra, aipo, acelga, cebo- limpezas de sacho, mudam-se os cravos e
las, alface, nabos, vagens, e cerefolios. Até as violetas.
meiados do mez semeia-se feijão amarei-
<>4*>4<>4<>«K>«K>«K>KX<>'K><S^

UM compositor de musica N'um exame de português:


.exclama enthusiasmado: — O que vem a ser homicídio?
— Até que em fim, me — Homicídio... é matar um homem.
^sorriem a gloria e a fortuna! — Exactamente. E o que -vem a ser
— Como é isso? suicídio ?
i
— Sabem que a Marcha — Suicídio ... é matar um suisso.
nupdal, deMendelssohn,con-
tribuiu em grande parte para a reputação
d'esse auctor.
— Sim; mas isso o que tem com o teu? Antigamente convertia-se o mundo; hoje
caso? porque não se converte ninguém? Porque
hoje pregam-se palavras e pensamentos:
— Tem tudo. E' que estou resolvido a antigamente prégavam-se palavras e obras.
compor a Marcha do divorcio! — Padre Antônio Vieira.

BANCO COMMERCIAL FRANCO BRASILEIRO


Fundado em Porto Alegre em 1913

Capital social 16.000:000$000


<$. Capital realisado 1 6.400:000$000
Sede em Porto Alegre Filial em Pelotas

Operações bancarias e financeiras de qualquer vulto e natureza, tanto no Brasil e


Republica do Uruguay e Argentina, como na Europa e America do Norte.
Presta fianças e canções, acredita firmas perante Repartições Publicas e Bancos do
paiz e no extrangeiro. ,
Desconta notas promissórias e abre contas correntes devedòras garantidas por firmas,
por hypothecas, por caução de títulos e outros valores.
Compra saques sobre as praças do Brasil e Extrangeiro, valores bancários, ouro amoe-
dado, acções e apólices.
Toma dinheiro a juros, á disposição, nas condições de caderneta, com aviso de v30 e
.60 dias e a prazo fixo de seis e doze mezes, abonando os juros da praça e convencionaes.
Tem cofre forte com diversos compartimentos para alugar a preços módicos.
-O» »

Endereço telegraphico; FBANBRáSIL


PRAÇA SENADOR FL0RENCI0, 347-PORTO ALEGRE
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:
:T:-* 8 sxiaomaeKra; ALMANAC H DE i-onm ALEGRE •i-i-i-H^Lmii-;-:-:-:-'-''

mim
Segundo mei 29 dias

1' Domingo S. Ignacio. S. Brigida. B. André de Conti.


2 Segunda S. Candelária. S. Cosme. S. Espe^idião.
3 Terça S. Braz. S. Anatolio. S. Celerino. S. Olivia. B. Odorico.
4 Quarta S. André Corsini. S. Gilberto. S. José de Leonissa. S. Aventino.
5 Quinta S. Agueda. S. Pedro Baptista e 22 comp. Os 26 Mm. do Japão.
Sexta S. Gregorio. S. Amandio. S. Dorothea. B. Antônio de Amandula.
7 Sabbado S. Romualdo. S. Ricando. S. T,heodoro. S. Maximiano S. Julião. B. Anto-
8 Domingo S. João da Matta. S. Élfredo. S. Estevam de Muret. [nio de Stronconio.
9 Segunda S. Apollonia S. Cyrillo. S. Sabino. S. Nicéphoro. S. Satqrnino.
10 Terça S. Guilherme. S. Escolastica. S. Austreberta.
11 Quarta S. Lázaro. S. Desiderio. S. Severino. S. Adolpho. S. Theodora. B. Joan-
12 Quinta S. Julião Hospitaleiro. S. Lúcio. S. Eulalia. [na Valeria.
13 Se*ta S. Gregorio. S. Isidoro. S. Poliuto. S. Ephisio. S. Martiniano. S. Eugênio
14 Sabbado S. Valentim. S. Abrahão. S. Christina. B. João Baptista.
15 Domingo Trasld. de S. Antônio, de Lisboa. S. Faustino. S. Jovita. S. Samuel.
16 Segunda SvOnósimo. S. Juliana de Nicomedia. B. Bernardo de Corleone.
17 Terça S. Faustino. S. Flaviano. S. Theodulo. S. Silvano.
18 Quarta S. Theotonio, 1." Prior de Santa Cruz de Coimbra. S. SimeãoAs. fulche-
19 Quiiita S. Conrado. S. Honorato. B. Álvaro de Cordova. B. Archangda. [ria.
20 Sexta S. Eleutherio. S. Eucherio. S. Leão.
21 Sabbado S. Flaviana. Felix. S. Germano. S. Maximiano. S. Vitalina.
22 Domingo S. Abilio. S. Paschasio. S. Margarida de Cortona.
23 Segunda S Pedro Damião. S. Sereno. S. Lázaro. S. Martha. S. Romana.
24 Terça S. Mathias. S. Sérgio. S. Pretextato. S. Primitiva.
25 Quarta S. Cesarío. S. Dorothea. S. Altrudes. S. Sebastião de Apparicio.
26 Quinta S. Torquato, Are. de Braga. S. Victor. S. Alexandre. S. Nestorio.
27 Sexta S. Leandro. S. Lúcio. S. Montano. S. Fortunato. B. Eustachio B. Chris-
28 Sabbado S. Romão. B. Thomaz de Coria. [tina.
29 Domingo S. Severo.

PHASES DA LIA

Cheia a 4, ás 5 e 42 Nova a ... 19 ás 18 e 34


Minguante a 11, ás 17 e 49 Crescente 26, ás 20 e 49
^TíefeBiefêfêieeeeeieíefc ALMANACH DE PORTO ALEGRE aeesseteesfôKxsK 9 %$&&

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
FEVEREIRO
<
Proseguem os trabalhos do mez ante- E' época de se fazer estrumeiras com as
rior; faz-se a plantação de batata ingleza. ervas e folhas seccas, misturando com es-
Começa-se a colher o milho plantado cedo terço. Plantam-se roseiras, cravos romani-
e o algodão. Capinam-se as roças e hortas. nho e martyrios.
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Dilemma A um acusado de vadiagem, pergunta o


juiz:
(De Bartrina) — Desde quando está sem trabalho?
— Desde que tive a desgraça de perder
Se ao ser feliz creio sel-o minha mãe. (
Passo a soffrer h'esse 'estado, — E que edade tinha quando sua mãe
Porque me faz' desgraçado morreu?
Só o medo de perdel-o; — Cinco mezes.
E se estou bem sem sabel-o,
Como o não sei, não o estou.
N'esta incerteza assim vou; Problema intrincado
Mas feliz nunca o serei;
Porque se ò sou . . . não o s e i . . . Se três gatos apanham três ratos em
E se o s e i . . . já o não sou. três minutos quantos gatos apanharão um
F. C. cento de ratos n'um cento de minutos?

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antidyspepticas do Dr. Oscar fteinzelmahíi e do poderoso
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Terceiro mec
msm 31 dias

1 Segunda S. Albino. S. Rozendo. S. Adrião. S. Leão. S. David. S. Eudoxia.


2 Terça S. Simplicio. S. Carlos. S. Jayme. S. Numa. S. Camilla.
3 Quarta S. Martinho. S. Hemeterio. S. Conegundes.
4 Quinta S. Casimiro. S. Lúcio. S. Heraida.
5 Sexta S*. Theophilo. S. Virgílio. S. Rogério. S. João José. S. Gerasimo. S.
6 Sabbado S. Olegario. S. Marciano. S. Victorino. S. Collecta. [Pulcheria.
7 Domingo S. Thomaz de Aquino. S. Felicidade. S. Perpetua.
8 Segunda S. João de Deus. S. Eutropio. S. Pelagia. S. Emelina.
9 Terça S. Francisca Romana. S. Catharina de Bolonha. S. Methodio.
10 Quarta S. Militão e 39 comp. S. Sophronio. S. Doctroveu. S. Disciola.
11 Quinta S. Cândido. S. Firmino. S. Constantino. S. Euthymio. S. Anastácio.
12 Sexta S. Gregorio Magno. S. Maximiliano. S. Eulogio. S. Paulo de Lyão
13 Sabbado S. Rodrigo. S. Euphrasia. S. Christina. B. Sancha de Portugal.
14 Domingo S. Leandro. S. Mathilde da Germania. B. Pedro de Treja.
15 Segunda S Zacharias. S. Longino. S. Henrique. S. Matrona.
16 Terça S. Cyriaco. S. Abrahão. S. Eusebio. S. Juliana.
17 Quarta S. Patrício. Ap. da Irlanda. S. Gertrudes.
18 Quinta S. Alexandre. B. Salvador de Horta.
19 Sexta S. Adriano. S. Charitina.
20 Sabbado S.' Martinho Duniense. S. Gilberto. S. Justina. B. João de Parma.
21 Domingo S. Bento. S. Serapião.
22 Segunda S. Emygdio. S. Basilio. S. Octaviano. S. Benevenuto. S. A. de Senna.
23 Terça S. Felix e Comp. S. Victoriano. S. Liberato. S. Theodosia S. Humiliaria.
24 Quarta S. Marcos. S. Agapito. S. Ireneu. S. Simeão. S. Dimas. S. Gabriella.
25 Quinta S. Cesarea.
26 Sexta S. Ludgero. S. Braulio. S. Manuel. S. Emma.
27 Sabbado S. Roberto. S. Phileto. S. Alexandre. S. Augusta. S. Lydia.
28 Domingo S. Jonas. S. Dorothea.
29 Segunda S. Victorino. S. Quirino.
30 Terça S. João Climaco. S. Pastor. *S. Angelina. B. Amadeu de Saboya.
31 Quarta S. Benjamim. S. Guido. S. Balbina. S. Cornelia. S. Catulla.

P H A S E S DA LUA

Cheia a —__ 4, ás 18 e 12 Nova a .. 20, ás 7 e 55


Minguante a 12, ás 14 e 57 Crescente a .... 27, ás 3 e 45
^ICOXOXOCOClOrólCO: AIMANACH D E PORTO ALEGRE 38K113eieK

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
MARÇO
Destinadas a serem aproveitadas como tros, favas. Transplantam-se as hortaliças
forragem verde, pôde começar-se a plan- semeadas em Fevereiro. Plantam-se tam-
tação de centeio, aveia, e cevada. E o tem- bém ervilhas, e morangos. Semeiam-se:
po mais apropriado para a plantação da amores perfeitos, jacinthos, junquflhos, li-
alfafa; semeiam-se chicória, acelga, azedi- lazes, margaridas, papoulas, cravinas e goi-
nha, aipo, alcachofra, cardo, espinafre, cou- vos. Convém lavrar-se e estrumar-se os
ves, repolhos (precoces), salsa, alface, na- pedaços desoccupados da horta.
bos, beterrabas, rabanetes, cenouras, coen-
04<0«K>4<>*<>*04<>«i<>*<>*0«<>«K>'K>^

Um deputado vae procurar o seu medi- De um burro com a queixada,


co, e diz-lhe: Samsão, eleito de. Deus,
— E' verdade, doutor, que o que eu te- Pos, um dia, em debandada,
nho é ictericia? As hostes dos philisteus.
-r- E' verdade, meu amigo; mas não se
desconsole com isso. Essa doença é mui- Pobres guerreiros,
to vulgar nos deputados. Bem sabe que Se o destemido Samsão
os homens políticos costumam mudar de Tivesse encontrado, á mão,
côr... Burros inteiros!...

O que nos toma insupportavel a vaidade Leiam isto
dos outros é ella ferir a nossa.
ataataolaloagaigaiaaaeis.

Capital Autorisado £ 4.000.000


Capital subscripto__ £ 3.000.000
Capital pago £ 1.800.000
Fundo de Reserva.. £ 2.100.000
MATRIZ: 7, Frinces Street, Londres; Filiaes em Paris, Lisboa, Antuérpia; Agencias em
Nova York e Manchester.
FILIAES NO BRASIL FILIAES NA ARGENTINA
Rio de Janeiro Buenos Aires (com cinco Sub-filiaes) 1
São Paulo Rosário
Pernambuco Mendoza
Bahia Cordoba
Curityba Tucuman
Victoria Paraná
Pará Concórdia
Santos Bahia Blanca
Porto Alegre ,
Agencia em Mpnaos URUGUAY
CHILE Montevidéo (com uma sub-filial)
Santiago Paysandú
Valparaiso Salto

Filial em Porto Alegre: 1 C, Rua 15 de Novembro


* •*• •=• * sgs=
^
-r-r UViKKKFJ.W.KM AI.MANACH D E PORTO A L E G U E -^f^H4^r>-K:r.iíU';|Q|€K.

Quarto me. 30 dias

1 Quinta S. Macario. S. Hugo. S. Valerio. S. Irene.


2 Sexta S. Francisco de Paula. S. Maria Egypciaca. S. Theodosia. .
3 Sabbado S. Pancracio. S. Ricardo. S. Menedicto. S. Urbano. S. Apphiano.
4 Domingo S. Isidoro. S. Ambrozio. S. Pedro de Poríiers. S. Zozymo. S. Allicia.
5 Segunda S. Vicente Ferrer. S. Geraldo. S. Severino. S. Juliana.
6 Terça S. Marcellino. S. Celestino. S. Guilherme. B. Catharina de Palencia.
•v
7 Quarta S. Epiphanio. S. Hegesippo. S. Elvira.
8 Quinta S. Amancio. S. Diniz. S. Gualberto. B. Clemente de Ozimo.
9 Sexta S. Chrístiano. S. Maria. Cleophas, irmã de Nossa Senhora. S. Marcello.
10 Sabbado S. Ezechiel. S. Fulberto. S. Terencio. B. Antônio.
11 Domingo S. Leão Magno. S. Isaac. S. João Calybita. B. André de Montreal.
12 Segunda S. Júlio. S. Victor. B. Ângelo de Clavasio.
13 Terça S. Justino. S. Hermenegilda. S. Mathilde da Escócia.
14 I Quarta S. Tiburcio. S. Valeriano. S. Máximo. S. Pedro Teimo. S. Macedonio.
15 Quinta S. Basilissa. S. Anastácia. S. Bento Labré. S. Eutychio.
16 Sexta S. Engracia. S. Fructuoso.
17 Sabbado S. Aniceto S. Elias. S. Estevam. S. Hermógenes. B. Rodolpho.
18 Domingo S. Galdino. SS. Pionio, Sabino e A,sclepiades. B. André Hibernou. J
19 Segunda S. Leão. S. Jorge. S. Timão. S. t)da do Brabante. B. Conrado Miliano.
20 Terça S. Sulpicio. S. Serviliano. S. Theodoro. S. Ignez de Montepoliciano.
21 Quarta S. Anselmo. S. Simeão. S. Opportuna. S. Melania.
22 Quinta S. Sotero. S. Caio. S. Apelles. S. Leonidas. S. Senhorinha.
23 Sexta S. Adalberto, S. Fortunato. S. Jorge.
24 Sabbado S. Fidelio de Sigmaringen. S. Alexandre. S. Honorio. S. Roberto.
25 Domingo S. Floriberto. S. Aviano. S. Franca.
26 •Segunda S. Pedro de Rates. S. Cleto. S. Marcelino. S. Riquier.
27 Terça S. Tertuliano S. Anthemio. S. Tyribio. B. Jacob dcy Bicteto.
28 Quarta S. Vital. S. Prudencio. S. Valeria. S. Paulo da Cruz. S. Theodora.
29 Quinta S. Pedro de Verona. S. Roberto.
30 Sexta S. Catharina de Sena. S. Máximo. S. Peregrino. S. Sophia.

PHASES DA L I A

Cheia a 3, ás 7 e 54 Nova a 18, ás 18 e 43


Minguante a 11, ás 10 e 24 Crescente a 25, ás 10 e 27
MefêeeiefêieieieesfêBiefôK ALMANACH DE PORTO ALEGRE %$&®'£&'£me&$&i3%s&£

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
ABRIL
Prosegue a^ preparação das terras para ser semeado de preferencia nesta época.
plantios de inverno e da primavera. Co- Faz-se a transplantação dos morangos.
lhem-se batatas, algodão, fumo e milho. Terminam a enxertia das roseiras e a vidi-
Planta-se: aveia, cevada, alfaia, ervilhaca, ma. Semeiam-se: luzerna, trevo, sarradilla
azevem etc, as hortaliças e legumes indi- e azevem.
cados no mez anterior. O cebolinho deve
<>*<>«0'K>*<>K>4<X<>«<>K>«{<>*^^

— O quê? a senhora condessa encon- Entre amigos de collegio:


trou-te quando sahias da casa de penho- —E' verdade que te casas, Henriqueta?
res! Não lhe disseste, de certo, que tinhas
v
— Sim; d'aqui a dois mezes.
ido empenhar uma jóia minha?... — Com quem?
— Então/minha senhora, julga que eu — Com o Gustavo, que tu conheces.
•era capas de faser uma cousa d'cssas? — E estás muito apaixonada?
Disse-lhe que tinha ido empenhar o meu — Estou, sim, muito... mas não por
casaco, porque este mez nãc tinha rece- elle.
bido ordenadol...
A sebe dura três annos, o cão três vi-
O amor é filho da pobreza e do deus das de sebe, o cavallo três vidas de cão,
das riquezas: da pobreza, porque sempre
está pedindo, do deus das riquezas, por- o "Homem três vidas de cavallo, o corvo
que é liberal. — Platão. três vidas do homem.

FABRICA DE VIDROS NAVEGANTES 1 D E

g VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA, 677 • PORTO ALEGRE H


M Teleplxoaa.e 3 0 7 7 Ei
H H
gg Fabríca-se frascos para drogarias, laboratórios, fabrica' de M
j|[ licores e perfumarias, sem ou com rolhas esmerilhadas, con- M
JgJ ta-gottas, tubos para remédios homoeopathicos, vidros de boc- «
gg ca larga, copos para cerveja, vinho, cálices, licoreiros, galhe- a
M teiros, vasos de luxo pintados e lapidados, reflectores e fran- j | |
M jas de Vidrilhos, vidros ornatnentaes, artigos para reclame, etc. ^
181 ^^^ _ ifâí
HSBt; 14^KirieaeBi-rírrSieK ALMAXAC H DK PORTO AI.KC.HK Mmm&8md-&#m¥$k*-.

Quinto mes 31 dias

1 Sabbado S. Felippe. S. Theobaldo. S. Segismundo. S. Amador


2 Domingo S. Athanasio. S. Rachilde. B. Mafalda.
3 Segunda S. Alexandre. S. Juvenal. S. Antônio. S. Maura.
4 Terça S. Monica. S. Floriano. B. João Baptista de Lasalle.
5 Quarta Conversão de Santo Agostinho. S. Pio. S. Hilário. S. Crescenciana.
6 Quinta S. João Evangelista, S. João Damasceno. S. Benedicto. S. Judith.
7 Sexta S. Estanislau. S. Augusto. S. Valeriano. S. Gisela.
8 Sabbado S. Desiderio. S. Celerino. S. Indeburges. B. Otta.
9 Domingo S. Gregorio Nazianzeno. S. Branca.
10 Segunda S. Antônio. S. Aureliano. S. Hermes.
11 Terça S. Mamerto. S. Anastácio. S. Gumberta. S. Palmyra.
12 Quarta S. Epiphanio. S. Joanna de Portugal. S. Domitilia.
13 Quinta Nossa Senhora dos Martyres. S. Pedro Regalado. S. Mucio.
14 Sexta S. Bonifácio. S. Gil. S. Pacomio, S. Justina. S. Aglia. B. Franc." de Fa-
15 Sabbado S. Isidro. S. Roberto. S. Simplicio. S. Dyonisio. S—Bertha [biano.
16 Domingo S. João Nepomuceno. S. Honorio. S. Ubaldo. S. Germana. S. Máxima.
17 Segunda S. Paschal Baylão. S. Possidonio. S. Tropez.
18 Terça S. Venancio. S. Eurico. S. Euphrasia. S. Julieta.
IV Quarta S. Pedro Celestino. S. Ivo. S. Pudenciana. S. Cyriaco.
20 Quinta S. Bernardino de Sena. S. Basilio. B. Colomba de Rietto.
21 Sexta S. Mancos. S. Theobaldo. S. Virgínia.
22 Sabbado S. Ritta de Cássia. S. Helena. S. Ramão. S. Emilio. S. Julia. B. Quiteria.
23 Domingo S. Basilio. S. Didier. S. Sophia. S. Catharina de Cordova.
24 Segunda S. Cláudio. S. Donaciano. S. Melicio. S. Afra. S. Suzanna.
25 Terça S. Gregorio. S. Bonifácio. S. Maria Magdalena de Paazi.
26 Quarta S. Filippe Nery. S. Berengario. S. Agostinho d'Inglaterra. S. Marianna
27 Quinta S. João. S. Eutropio. S. Olivio. S. Hildeberto. [de Jesus.
28 Sexta S. Germano. S. Guilherme. S. Francisco. S. Theodosio.
29 Sabbado S. Máximo. S. Cyrillo. S. Restituto.
30 Domingo S. Fernando. S. Felix. S. Emilia.
31 Segunda S. Simpliciano. S. Petronilla. B. Diogo Salomonio.

P H A S E S DA LOA

Cheia a 2, ás 22 e 47 Nova a 18, ás 3 e 25


Minguante a 11, ás 2 e 51 Crescente a 24, ás 18 e 7
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CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
MAIO
Plantam-se: cardos, alcachofras, favas, de adorno, fructiferas e arbustos, roseiras
aipo, agrião, cebolas, chicória, espinafre, e jasmins. Plantam-se vários tuberculos,
salsa, íabanetes, nabos, cenouras, alface, plantas bulbosas e flores annuaes, como:
beterraba, ervilhas e repolhos. Inicia-se a gladiolus, lirios, ixas e anemonas. Se-
plantação do trigo, bem como da cevada, meiam-se: eucalyptus e casuarios.
aveia, azevem e centeio. Podam-se arvores
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Pequeno dialogo entre bohemios impe- — Que differença ha entre um agiota e


nitentes: um espargo?
— Crês que se possa ter confiança no —• 1 ? . . .
Eduardo ? :— E* que o agiota chupa e o espargo é
— Creio, sim. Eu cá, por mim, até lhe chupado.
confiava a vida. • • •
— Não é isso, que eu pergunto/ O que
quero saber é se lhe pôde confiar alguma Professor: — Diga-me, Thomé, quando
coisa de valor? foi edifiçada Roma?
Thomé: — Foi n'uma noite.
Professor: — O' Thomé! Quem lhe
metteu isso na cabeça? Onde foi buscar
Na adversidade dos nossos melhores esse disparate ? . . .
amigos, achamos muitas vezes alguma cou- Thomé: — Então não foi o senhor mes-
sa que nos não desagrada. mo.

BANCO POUTO-ALEGRENSE
RUA 7 DE SETEMBRO, Sobrado - PORTO ALEGRE Rio G. do Sul-Brasil
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Particulares.
Agentes e correspondentes no paiz e extrangeiro
Este; Banco faz todas as transações bancarias, guardando' a mais severa discreção —
Saca francamente sobre qualquer praça — Empresta dinheiro em conta corrente ou em
notas promissórias com garantias de firmas, hypqthecas, penhor mercantil, caução de tí-
tulos, etc. Faz descontos de saques nacionaes e extrangeiros, bem como de qualquer outro
titulo de credito — Encarrega-se de receber dividendo de Bancos e Companhias, juros de
apólices, e t c Ãcceita dinheiro em conta corrente.

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juros, capitalisados semestralmente, sendo que as retiradas até Rs. 1:0Ó0$000 podem ser feitas
sem aviso
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aaêfc 16 S maCKK-BH: ALMANACH D E PORTO A L « O R E WSWí

Sexto ma 30 dias

1 Terça S. .Fortunato. S. Pamphilio S. Firmo. S. Sabina. B. Jayme de Strepp».


2 Quarta S. Marcelino de Jesus. S. Erasmo. S. Pothino. B. Sadoc e comp.
3 Quinta S. Ovidio. S. Cecilio. S. Clotilde. S. Paulo. B. André de Hyspelo.
4 Sexta S. Quirino. S. Alexandre. S. Francisco Caracciolo, S. Saturnino. t,
5 Sabbado S. Filippe e suas 4 filhas. S. Marciano. S. Bonifácio. S. Allyrio. S. Elosa.
6 Domingo S. Norberto. S. Cláudio. S. Cândida. S. Paulina.
7 Segunda S. Gilberto. S.' Roberto. S. Paulo.
8 Terça S. Salustiano. S. Severino. S. Médard. S. Cloud. S. Fiacre. E. Callíope.
9 Quarta S. Ricardo. S. Primo. S. Feliciano.' S. Julião.
lü Quinta S. Margarida da Escócia. S. Evremond. S. Landfy.
11 Sexta S. Barnabé. S. Fortunato. S. Adelaide. S. Basilida. S. Rosalina.
12 Sabbado S. João de Sahagunto. S. Adolphdf S. Onofre. S. Qlympio. S. Antonina.
13 Domingo S. Antônio, de Lisboa e de Padua.
14 Segunda S. Basilio Magno. S. Valerio. S. Elyseú.
15 Terça ' S. Vito. S. Constantino. S. Modesto. S. Germana. S. Crescencia.
16 Quarta S. Aureliano. S. Cyro. S. João Francisco Regis. S. Julieta.
17 Quinta S. Anatolio. S. Manuel e seus Irmãos. S. Alina. B. Thereza de Leão.
m Sexta S. Leoncio. S. Amancio. S. Marcos. S. Marcellino. S. Marina. B. Oísana.
19 Sabbado S. Gervasio. S. Protasio. S. Juliana de Falconeri. S. Dié. B. Miqüelina.
20 DomlagQ 9. Silverio. S. Bonifácio. S. Romualdo. S. Macario. S. Florentino.
21 Segunda S. Luiz Gonzaga. S. Albano. S. Lanfredo. S. Raul. S. Demetria.
22 Terça S. Paulino. B. Thereza. B. Filippe de Placencia.
23 Quarta S. João. S. Eusebio. S. Edeltrudes. S. Jayme. S. Agrippina.
24 Quinta Nascimento de São João Baptista, o Precursor.
25 Sexta S. Guilherme. S. Prospero. S. Lúcia. S. Febronia.
26 Sabbado S. João e S. Paulo, Irmãos. S. Pelagio. S. Anthelmo. S. Maxencio.
27 Domingo S. Ladislau da Hungria. S. Adelino. S. Fernando. B. Benevenuto.
28 Segunda S. Leão. S. Ireneu. S-sÇenigna. S. Marcello.
29 Terça S. Pedro e S. Paulo, apóstolos.
30 Quarta S. Marcai. S. Etniliana. S. Lucillina.

P H A S E S DA LUA

Cheia a 1, ás 14 e 18 Nova a 16, ás 10 e 41


Minguante a 9, ás 15 e 58 Crescente a 23, ás 3 e 49
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CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
JUNHO
Faz"-se a transplantação das arvores fru- primavera. Faz-se sementeiras geraes, comp
ctiferas e videiras, larangeiras, cidras, li- de cevada, trigo, alpiste, centeio, ervilhas,
moeiros, pereiras, macieiras, pecegueiros favas, linho e ervilhaca. Plantam-se aspar-
etc., esÇas ultimas, de folhas caducas quando gos e canna. Continuam os trabalhos do
despidas de folhas. Pros<tgue-se no amanho mez anterior, gradam-se os prados. Inicia-
das terras para sementeiras de inverno e se a podadas arvores fructiferas e roseiras.
0«K><<>*<>«K>«<>«Í<>*0«?<>^'KX<>^

Não dizer um homem o segredo que sa- N'uma loja de barbeiro.


be, é guardar segredo ás cousas; mas não Estavam fazendo a barba a um freguez,
dizer que sabe o segredo» é guardar se- e como este nptasse, que a navalha lhe le-
gredo ao segredo, e isto é muito maior. —- vava a pelle, por não estar bem afiada,
Antônio Vieira. chamou para o factoa attenção do bar-
beiro/ o qual, com ares de erudição muito
• •• freqüentes nos do officio, exclamou:
— Eu lhe digo... como a (navalha é um
A' beira de um rio, encontram-se um ' mineral... e o cabello um vegetal...
doutor e um camponio. O doutor pergun- — E o senhor um animal, — replicou
ta: o freguez, justamente furioso.
— Como se chama este xio ?
E o camponio responde: • • •
— Este rio não se chama; vem por sua
vontade. Dos pobres pesam até os favores.

• •

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31 dias
Sétimo me

1 Quinta S. Theodorico. S. Theobaldo. S. Simão. S. Júlio. S. Aarão. S. Leonor.


2 Sexta S. Praxedes. S. Maximiano. S. Mareia. S. Processa. [S. Irene.
3 Sabbado S. Jacinto. S. Heliodora. S. Anatolio. S. Monegundes.
4 Domingo S. Isabel, de Portugal. S. Ulrico. S. Bertha.
5 Segunda S. Athanasio. S. Zoé. S. Philomena. B. Miguel dos Santos.
6 Terça S. Angela. S. Dominica. S. Lúcia.
7 Quarta S. Prospero. S. Eudo. S. Cláudio e Comp. S. Pulcheria.
8 Quinta S. Procopio. S. Virgínia. S. Celina, B. Lourenço de Brindisi.
9 Sexta S. Cyrillo. S. Ephrem. S. Verônica. S. Anatolia. B. João de Colônia.
10 Sabbado S. Januário e Comp. S. Felicidade e seus 7 filhos. S. Amélia. B. Joanna
11 Domingo S. Cypriano. S. Pio. S. JoãodeBergamo.S.Sabino.S.Euphemia. [Scapelli.
12 Segunda S. João Gualberto. S. Felix. S. Nabor. S. Hydulpho. S. Sara. S. Marciana.
13 Terça S. Anacleto. S. Eugênio. S. Brigida.
14 Quarta S. Boa ventura. S. Justo. S. Paulo.
15 Quinta S. Camillo de Lellis. S. Henrique. B. Ignacio d'Azevedo e 39 Comp.
16 Sexta Triumpho da Santa Cruc. S. Sizenando. S. Valentim.
17 Sabbado S. Aleixo. S. Jacintho. S. Marcellina.
18 Domingo S. Frederico. S. Marinha. S. Emilia. S. Symphronia. B. Simão de Lipi-
19 Segunda S. Justa. S. Rufina. S. Vicente de Paula. S. Arsenio. [nica.
20 Terça .S. Jeronymo Emiliano. S. Elias. S. Margarida. S. Macrina.
21 Quarta Santa Praxedes. S. Julia. S. Victor.
22 Quinta S. Maria Magdalena. S. Theophilo. S. Josepha. S. Platão.
23 Sexta S. Apollinario. S. Liborio. S. Vandrillo. S. Herondlna. B. Joanna Vanna.
24 Sabbado S. Christina. S. Francisco Solano. S. Bernardo. S. Ursino. S. Diogo. B.
25 Domingo S. Thiago Maior. S. Christovam. S. Valentina. [Antônio d'Aquila.
26 Segunda S. Symphronio. S. Olympio. S. Theodulo. S. Marcello. S. Germano.
27 Terça S. Pantaleão. S. Sérgio. S. Aurélio. S. Nathalia. B. Conegundes.
28 Quarta S. Nasario. S. Celso. S. Innocencio. S. Eustachio. S. Beatriz.
29 Quinta S. Martha. S. Olavo. S. Lopo. S. Prospero. S. Seraphina.
30 Sexta S. Rufino. S. Abel. S. Abdão. S. Máxima. S. Julieta. S. Donatilia.
31 Sabbado S. Ignacio de Loyola. S. Germano. S. Olga.

P H A 8 E 8 D A LUA
Cheia a 1, ás 5 e 40 Nova a 15, á s 17 e 25
Minguante a 9, ás 2 e 5 Crescente a 22, ás 16 e 20
Cheia a 30, ás* 20 e 19
ALMANACH DE PORTO ALEGRE ÜU9a©r3K

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
JULHO
Sãcha-se o trigo, descova-se o tabaco, planta-se cebolinho, citrinas e cebolas. En-
ultimam-se os trabalhos de lavoura para xertam-se: ameixeiras, laranjeiras, maci-
as sementeiras de primavera. Plantam-se: eiras, pereiras, pecegueiros e roseiras. Con-
aveia, alpiste, acelga, alcachofras, agrião, tinua a transplaptação e poda das arvores
alface, beterraba, bacellos de videira^ ce- fructiferas, das vinhas e a sua limpeza.
vada, centeio, chicória,, cardos, couve, cou- Convém que os garfos das vinhas, des-
ve-flor, couve-nabo, cenoura, ervilhas, es- tinados a enxertia do mez de Agosto, se-
pinafres, espargos, favas, lentilhas, nabos, jam cortados no actual.
repolhos, rabanetes, salsa e trigo. Trans-
0«M<>K>*0*0«K>4<>4<>*0«K>*<Í>^^
Numa casa de modas: No campo da honra:
Entra um cavalheiro e Uma das testemunhas diz ao seu apa-
pergunta a um amigo que
ali encontra: drinhado :
— Que grande caixa é — Está tudo combinado. Batem-se á
esta ao teu lado? pistola, a vinte passos.
— Um chapéo de se- — A essa distancia, eu preferia... a es-
nhora.
pada.
— Deixe v ê r . . . Que enorme chapéo!
Com essas abas não é possível vêr-se a
cara da senhora que o p u z e r . . .
• ••
— Não, senhor.
— Pois foi por isso mesmo que o com- Quando a má ventura adormece, nin-
prei. E' para minha sogra! guém a desperte.
• • « • - ; • ; ; ; ; ; : ; : ;
.i'.s;rLi-''Si-:l- ''-'•

^iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuiiiiinuiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiii iiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiiiiuiiiiiiiiiiiiiii iiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiuiiiig

1 KOTECK IRMÃOS 1
H Casa de fazendas, miudezas, cal- J
B çados e roupas feitas |

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Oitavo mez
mmm 31 dias

1 Domingo S. Pedro, ad Vincula. S. Sophia e suas filhas: S. Esperança, S. Fé e S.


2 Segunda S. Affonso Ligorio. S. Estevam. S. Gustavo. S. Marianna. [Caridade.
3 Terça S. Lydia. S. Euphronia. S. Friard da Bretanha.
4 Quarta S. Domingos. S. Flaminio. S. Aristarcho. S. Perpetua. *
5 Quinta S. Memmio. S. Oswald. S. Gezelin. /,
6 Sexta S. Xisto. S. Thiago. S. Hormisdas. S. Regaldina.
7 Sabbado S. Caetano. S. Alberto. S. Severino. S. Donato. S. Mafalda. S. Afra.
8 Domingo S. Cyriacô e Comp. S. Severo. S. Justo. S. Pastor. S. Justino. S. Julia.
9 Segunda S. Romão. S. Veridiano. B. João de Salerno.
10 Terça S. Lourenço. S. Domiciano. S. Paula. S. Filomena.
11 Quarta S. Tiburcio. S. Alexandre. S. Taurino. S. Suzanna.
12 Quinta S. Clara. S. Numidico.
13 Sexta S. Hippolyto. S. Cassiano S. Helena. S. Radegundes. B, Pedro de Molea-
14 ' Sabbado S. Eusebio. S. Alexandre. S. Athanasia. B. Juliana de Busto. [no.
15 j Domingo Assumpçio de Nossa Senhora. S. Estanislau. S. Arnaldor
16 Segunda S. Roque. S. Jacintho. vener. Cecilia de Palermo.
17 Terça S. Mamede. S. Augusto. S. Carloman. S. Juliana. S. Germana.
18 Quarta S. Joaquim. Pae de Nossa Senhora. S. Helena. S. Firmino. S. Agapito.
19 Quinta S. Luiz. S. Venusto. [S. Laura. S. Clara de Montefalco.
20 Sexta S. Bernardo. S. Filisberto. S. Samuel. S. Etriilia.
21 Sabbado S. Joanna de Chantal. S. Anastácio. S. Privato. S. Bonosio. S. Umbelina.
22 Domingo S. Symphoriano. S. Timotheo.. S. Anthusia.
23 Segunda S. Filippe Benicio. S. Liberato e Comp. S. Sidonio Appollinario: S.
24 Terça S. Bartholomeu. S. Ouein. S. Aura. [Flaviano. S. Joanna.
25 Quarta S. Luiz de França. S. Peregrino. S. Patricia.
26 Quinta S. Zeferino. S. Eulalio. S. Rosa.
27 Sexta S. Cesario. S. José de Calazans. S. Rufo. S. Margarida. S. Eulalia.
28 Sabbado S. Agostinho. S. Viviano. S. Ignez. S. Rusticola. B. Adelinda.
29 i Domingo S. Sabina. S. Adolpho. S. Cândida.
30 Segunda S. Rosa de Lima. S. Eonio. S. Agilio. S. Gaudencia.
31 Terça S. Raymundo Nonnafõ. S. Amado. S. Ovidio. S. Isabel de França.

P H A S E S DA L I A

Minguante a 7, ás 9 e 50 Crescente 21, ás 7 e 52


Nova a 14, ás 0 e 47 Cheia a 29, ás 10 e 3
aeiei$!e®ieee!Sieieíe}eeeK ALMANACH D E PORTO ALEGRE aeieiseaPKtõfòieK 21 aetsft

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
AGOSTO
Mez de operosidade, por excellencia. se plantações de bacellos; transpláhtações
Semeiam-se: acelgas, ajboboras; beringelas de arvores fructifecas; póda-se e enxer-
cenouras, couves, coentros, couveMlor, cou- ta-se a vinha; cortam-se madeiras. Quasi
ve-nabo, chicória, espargos, legumes, mos- todas as flores annuaes, comprehendidas
tarda, mangerona, nabos, pimenta, pimen- as dahlias, semeiam-se por este tempo.
tões, tomates, vagens, e todas as semen- Continua-se a preparação das terras para
tes de pevide (cucurbitaceas) como, por as próximas sementeiras. De meados do
exemplo, pepino, cabaça e melancia. E' mez em diante, no norte do ( Estado, em
boa época para semear acácias, angico, terras altas, plantam-se: batata ingleza,
cypreste, cinamomos, cedros, casuarina, eu- feijão, fumo, milho, melões, melancias e
calyptus, grapiapunha, ipé, louro, etc. Faz- pepinos.
<>^<>^>^<>^<^<>':<>«:«o*<>J<>*0'K> • O ^ O ^ < X < X - O * O ^ < > ^ < X K > * < > : - < > * <

— Está incommodado, doutor? O que Mama curiosa:


tem? I
— Amélia! aquelle rapaz que toda a
— Uma constipação. fortíssima, de que noite dançou comtigo, sempre acabou por
não sei como me hei de livrar. te declarar as suas intenções ?
— Deveras? — Sim, mama. /
— E' como lhe digo. Aqui onde me vê, — Ora graças a''Deus! E que te disse
elle?
passo todo o dia a tossir, tal qual como — Que estava resolvido a ficar solteiro
qualquer doente. , toda a vida.

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Nono me. 30 dias

1 Quarta S. Egydio. S. Gil. S. Lopo. S. Constando. S. Anna e seus 12 Irmãos.


2 Quinta S. Lázaro. S. Estevam, da Hungria. S. Ricardo. B. Margarida de Lovaina
3 Sexta S. Eufemia. B. João de Perugia. B. Pedro de Saxoferrato.
4 Sabbado S. Rosa de Viterbo. S. Marino. S. Cândida. S. Rosalia de Palermo.
5 Domingo S. Antonino. S. Lourenço. S. Victoriano. B. Gentil. B. Catharina de
6 Segunda S. Humberto. S. Onesiphoro. S. Libania. S. Beata. [Raconis.
7 Terça S. João de Nicomedia. S. Anastácio. S. Grimonia.
8 Quarta Natividade de Nossa Senhora. S. Adrião. S. Regina. S. Belina. S. Natalia.
9 Quinta S. Graciano. S. Sérgio. S. Omer. S. Goron. B. Seraphina.
10 Sexta S. Nicolau Tolentino. S. Alberto. S. Paciano. S. Pulcheria.
11 Sabbado S. Jacintho. S. Emiliano. S. Theodorica. B. Bernardo de Offida.
12 Domingo S. Lothario. S. Juvencio. S. Bonna. S. Auta.
13 'Segunda S. Filippe. S. Amado. S. Maurilio. S. Erminia.
14 Terça S. Materno.
15 Quarta S. Domingos Soriano. S. Nicodemo.'S. Alfredo de Inglaterra. S. Mili-
16 Quinta Trasladação de S. Vicente. S. Cypriano. S. Edith. [tana.
17 Sexta S. Pedro de Arbués. S. Lamberto. S. Colomba. S. Hildebarda.
18 Sabbado S. José Cupertino. S. Thomaz de Villa Nova. S. Sophia. S. Irenea.
19 Domingo S. Januário. S. Constança. S. Elias. B. Poncio de Larazio.
20 Segunda S. Eustachio. S. Theophista. S. Fausta. '
21 Terça S. Matheus. S. Mauro.- S. Iphigenia.
22 Quarta S. Maurício e a sua Legião.
23 Quinta S. Lino. S. Constando. S. Tecla.
24 Sexta S. Geraldo. S. Thyrso. B. Dalmacio.
25 Sabbado S. Firmo.'IS. Herculano. S. Padfico. S. Severino. S. Cleophas. S. Aurélio.
26 Domingo S. Eusebio. S. Cypriano. S. Justina. S. Eugenia. S. Detphina. B. Luzia.
27 Segunda S. Cosme. S. Damião. S. Elisario. S. João Marcos. S. Florentino.
28 Terça S. Venceslau. S. Exupero. S. Bernardino de Feltro. S. Eustachia. B. Si-
29 Quarta S. Miguel, archanjo. S. Petronia. [meão de Roxas.
30 Quinta S. Jeronymo. S. Leopoldo. S. Honorina.

P H A 8 E S DA LUA

Minguante a ,5 ás 16 e 5 Crescente a 20, ás 1 e 55


Nova a 12, ás 9 e 51 Chda a 27, ás 10 e 56
36ieBe!6ms&O0iÇiCi6J$K. ALMANACH D E PORTO A L E G R E ^eiei^iCOXOCK 23 38E9R

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
SETEMBRO
Convém que fiquem concluídas todas sinto etc. Semeiam-se: arroz, algodão,
as sementeiras, plantações e transplanta- amendoim, aboboras-morangas, batatas in-
ções dos jardins e hortas; torna-se neces- glezas, feijão (até o dia 15), melões e
sário regar, mondar e sachar as culturas mandioca, batata doce para obter rama
anteriores. Plantam-se pastos, como: ca- para plantações posteriores e estacas de
pim colônia, guiné, jaraguá, sorgho, theo- olivdra. Póde^se enxertar de encosto.
0«K>«K>f<>«K>«<>S<>«K>«K>#<>K>*^^

Uma colônia de símios — Eu não tenho casa... — disse o pe-


dinte, começando a sua lamúria.
O professor Richard Linch Carner ten- — Tenho muita pena, pobre velho; e eu
ciona estabelecer uma nação de chipanzês e tenho uma só. Mas se vocemecê quer des-
gorilhas nos Estados Unidos, America do hypothecal-a, dou-lh'a de presente.
Norte, no intuito de incrementar e me-
lhorar a raça dos macacos. Allega o re- o y o
ferido professor que, se o homem pode
civilisar os cães e educal-os a, servirem de
pastores, o que não se poderá fazer dos Humanidade, modera teus ardentes de-
macacos. Escolheu para este fim um ter- sejos: toma assento no banquete da vida
reno no rio Indian, na Florida, onde os como cumpre a um humilde convidado, e
monos receberão as suas primeiras lições. não te permittas pedir outros pratos, que
não sejam os què figuram na lista da
O OO refeição. (Von Knobel).

Lagache Hotel Moderno


Edifício de constrncção moderna com 5 andares,
* servido por um elevador OTIS *

Estabelecimento de primeira ordem. —. Excellentes accomo-


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Décimo me: 31 dias

1 Sexta S. Veríssimo. S. Máxima. S. Julia. S. Remigio. S. Gastão.


2 Sabbado S. Theophilo. S. Ligerio.
3 Domingo €>. Diniz. S. Geraldo. S. Cândido. S. Desiderio.
4 Segunda S. Frandsco de Assis. S. Flavia. S. Galisthena.
5 Terça S. Plácido e seus Comp. S. Constante. S. Aura. i
6 Quarta S. Branco. S. Romão. S. Fé.
7 Quinta S. Sérgio da Rússia. S. Augusto. S. Justina de Padua.
8 Sexta S. Brigida. S. Simão. S. Pelagio. S. Thais.
9 Sabbado S. Diniz, de Paris. S. Andronico. S. Athanasiò. S. Publio. S. Abrahão.
10 Domingo S. Frandsco de Borja. S. Luiz Beltrão. S. Aubry. S. Eulampia.
11 Segunda S. Firmino. S. Germano. S. Nicasio. S. Zenaida.
12 Terça S. Seraphim. S. Wilfrido de York S. Plácida.
13 Quarta S. Eduardo d'Inglaterra. S. Venancio. S. Daniel e seus Comp. S. Cheli-
14 Quinta S. Calixto. S. Donaciano. S. Evaristo. S. Gaudencio. [donia.
15 Sexta S. Thereza de Jesus. S. Severo.
16 Sabbado S. Martiniano e três Comp. S. Florentino. S. Gallo.
17 Domingo S. Edwiges, da Polônia. S. André de Creta. S. Cerbonay.
18 Segunda S. Lucas. S. Triphonia. B. Maria. Alacoque.
19 Terça S. Pedro d'Alcantara. S." Saviniario. S. Potenciano. S. SeveririO.
20 Quarta S. Iria. S. Jorge. S. Feliciano. S. José Cancio. S. Cleopatra.
21 Quinta S. Ursula e suas Comp. S. Hilarião. S. Leonardo.
22 Sexta S. Maria Salomé. S. Marcos. S. Eusebio. S.. Theodorico. S. Elodia.
23 Sabbado SMoão Capistrano. S. Pedro. S. Paschoal. S. João Bom. S. Romão.
24 Domingo S. Raphael, archanjo. S. Fortunato. S. Senoch. S. Sabina. S. Maxencia.
25 Segunda S. Chrispim. S. Chrispiniano.
26 Terça S. Evaristo. S. Amandio. S. Luciano e seus Comp. S. Cyrilla.
27 Quarta S. Mudo. S. Frumencio. S. Elesbão. S. Graciano. Os Mm. de Évora.
28 Quinta S. Simão. S. Judas Thadeu. S. Luiza.
29 Sexta S. Narciso. S. Feliciano. S. Eusebia.
30 Sabbado
31 S. Ângelo. S. Arsenio. S. Lucano. S. Serapião. S. Zenobio.
Domingo S. Quintino. S. Mathurinp. S. Affonso Rodrigues. B. Thom. de Florença.

P H A S E S DA LUA
Minguante a 4. ás 21 e 53 Crescente a 19, ás 21 e 29
Nova a 11, ás 21 e 60 Cheia a 27, ás 1\ e 9
^ISfê&B&í^iemeeefêK ALMANACH DE TORTO ALEGRE i;e£;-;e;e;eie;e;6&K 25 Meies

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
OUTUBRO
Nos jardins, pomares e hortas convém transplantando-se as sementeiras. Faz-se
muita monda e sacho. Semeiam-se: ar- a' transplantação do fumo. Opera-se- a
roz, amendoim, feijões para verdura, er- enxertia, de borbulha, das cidras, limões,
vilhas, lentilhas, aipim, batata doce, algo- limas t larangeiras. Si o tempo peTmittir
dão, canhamo, < mandioca, theosinto e tre- deve fazer-se a sulfatagem das vinhas.
moços, as hortaliças do mez anterior, Começam as regas.
<X<<>«<>«$<>'X>*0<<>*0*<>*0'§<>4^

— P o i s e verdade, minha senhora, não Prederico adora sua mãe, que é a nfelhor.
sabia que v. exa. se tivesse separado' de das senhoras, mas que tem um caracter
seu marido!
— Assim é; enganou-nos a todos: di- msupportavcl.
zia que tinha o titulo de barão... Depois de uma questão, que tiveram,
— E afinal... Frederico encheu-a de caricias, disendo-
— Depois de nos casarmos, viu-se que Ihe:
não era barão, nem nada . . . — Que felicidade para mim é seres mi-
• •• nha mãe!
— Porque dizes isso?
Entre os homens que gritam contra a — Porque assim não poderás ser minha
oppressão, quantos o fazem, que o seu
maior desejo seria poderem opprimir. sogra.
(Napoleão.)

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Umdecimo mes 30 dias

1 Segunda Todos os Santos.


2 Terça Commemoração dos Finados. S. Victorino. S. Nectario.
3 Quarta S. Malachias da Irlanda. S. Marcello. S. Benigno. Huberto. S. Sylvia.
4 Quinta S. Carlos Borromeu. S. Modesta. [S. Alphaida.
5 Sexta S. Zacharias e S. Isabel, pães de S. João Baptista. S. Maurino. S. Ber-
6 Sabbado S. Leonardo. S. Gregorio. S. Severo. [thilde.
7 Domingo S. Ernesto. S. Amarando. S. Hercules. S. Amphiloco. S. Florencio.
8 Segunda Os 4 Irmãos Coroados: S. Severiano e seus Comp. S. Godofredo. S.
9 Terça S. Mathuríno. S. Raymundo. S. Theodoro. S. Eustolia. [Deodato
10 Quarta Nossa Senhora Auxiliadora. (Patrocínio de Nossa Senhora). S. André
11 Quinta S. Martinho. S. Veranio. S. Clemência. [Avelino. S. Leão. S. Justo.
12 Sexta S. Martinho. S. Renato. S. Diogo.
16 Sabbado S. Eugênio. S. Estanislau. S. Brice. S. Didacio. S. Maxellendo.
14 Domingo Trasl. de S. Paulo, 1." Eremita. S. Bertrando. S. Ursino. S. Marciano.
15 Segunda S. Leopoldo. S. Maclou. S. Eugênio. S. Gertrudes Magna. B. Alb. Magno.
16 Terça S. Edmundo. S. Valerio. S. Balsameu. B. Gonçalo de Lagos.
17 Quarta S. Gregorio Thaumaturgo. S. Agnano. S. Victoria. S. Alphea. S. Salomea
18 Quinta S. Ramão. S. Othão. S. Pedro. S. Eudo de Cluny. S. Mandré. S. Alda.
19 Sexta S. Isabel da Hungria. S. Nerino.
20 Sabbado S. Felix de Valois. S. Edmundo de Inglaterra. S. Maxencio. S. Franc"
21 Domingo S. Alberto. S. Columbano. S. Rufo. '
22 Segunda S. Cecília. S. Philomeno. S. Mauro. S. Pagancio.
23 Terça S. Gemente. S. Lucrecia. S. Felicia.
24 Quarta S. João da Cruz. S. Chrysógono. S. Flora. S. Firmina. S. Maria
25 Quinta S. Catharina de Alexandria. S. Moysés. S. Jocumba.
26 Sexta S. Pedro Alexandrino. S. Conrado. S. Delphina. S. Genoveva.
27 Sabbado S. Margarida de Saboya. S. Thiago. B. Leonardo de Porto Maurício
28 Domingo
29 Segunda S. Sosthenas. S. Gregorio III. S. Hilário. S. Quieto.
30 Terça S. Saturnino. S. Ida.
S. André. S. Justino. S. Constança.

P H A S E S DA L I A

Minguante a 3. ás 4 e 35 Crescente a 18, ás 17 e 12


Nova a 10, ás 13 e 5 Cheia a 25, ás 10 e 42
aejeeefèie^eieíeie&ieieieK ALMANACH D E PORTO ALEGRE aejsieie!eee{eieí$£27aeieK

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
NOVEMBRO
Faz-se enxertos, de borbulha, nas arvo- das. Semeiam-se hortaliças e transplan-
res fructiferas. Colhem-se as folhas dej tam-se as sementeiras dos mezes prece-
amoreira. Ha, ás vezes, necessidade de dentes. Plantam-se: arroz, amendoim,
tornar as regas mais abundantes e repeti- batata doce e mamona.
•K> < K>*0'K>'I<*K>«K>4<><<>*0*<>K>*^^

Problema arithmetico: Dialogo entre um freguez e um livreiro


O professor: — Um cocheiro percorre, editor:
com a sua carruagem, oito kilometros por — Qual é, por anno, o preço de assigna-
hora. Um outro cocheiro percorre, ape- tura do seu Magasine?
nas, seis, no mesmo tempo. Mas, este ul- — Seis mil réis.
timo leva já um kilometro de vantagem ao — E elle é destinado a alguma classe
primeiro. A que distancia do ponto, de particular de leitores?
partida deverão encontrar-se? — E' sim, senhor: áquelles que teem
O discípulo, depois de reflectir alguns seis mil réis.
momentos — Com toda a certeza, encon- #
tram-se na primeira taverna, que houver
no caminho. Conversa de amigas:
— E' fora de duvida que o Fernando
© OO tem todas as condições necessárias para
ser um bom marido, menos uma.
A lisonja é uma moeda fajsa, a que só — Qual?
dá curso a nossa vaidade. — A de não querer casar.

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Dssodecimo mez 31 dias

1 Quarta S. Eloy.
2 Quinta S. Leoncio. S. Theódulo. S. Bibiana. S. Aurelia. S. Romana.
3 Sexta S. Francisco Xavier, Apóstolo das índias.
4 Sabbado S. ^Clemente de Alexandria. S. Pedro Crysólogo. S. Barbara. S. Armando.
5 Domingo S. Geraldo, Arcebispo de Braga. S. Niceto. S. Sabbas. B. Isabel Bonna.
6 Segunda S. Nicolau. S. Dyonisia. S. Leonia.
7 Terça S. Ambrosio.
8 Quarta Conceição de Nossa Senhora.
9 Quinta S. Leocadia. S. Valeria de Aquitania.
10 Sexta S. Melchiades. S. Eulalia. S. Julia. S. Justina.
11 Sabbado S. Damaso. S. Sérgio de Carcassona. S. Franco. S. Daniel.
12 Domingo S. Justino. S. Synesio. S. Corentino. S. Valery.
13 Segunda vV. Luzia. S. Alberto de Cambraia. S. Odilia de Alsacia. B. João Mari-
14 Terça S. Agnello. S. Xicasio. */ [nonio.
15 Quarta S. Eusebio. S. Valeriano. S. Mesmin. S. Euspicia.
16 Quinta S. Adelaide. S. Adão. S. Branca. B. Sebastião Maggi.
17 Sexta S. Lázaro. S.-Bartholomeu de S. Geminiano. S. Olympia. S. Viviana.
18 Sabbado S. Espiridião. S. Brasiliano. S. Auxencio. S. Gorgonia.
19 Domingo S. Dario. S. Adjucto. S. Faustina. S. Rufino. S. Nemesio.
20 Segunda S. Domingos de Silos. S. Alfredo. S. Philigenio.
21 Terça S. Thomé. S. Sejferino. S. Themistocles..S. Glyceria.
22 Quarta S. Honorato. S. rlaviano.
23 Quinta S. Servulo. S. Dagoberto. E. Ivo. S. Victoria. B. Nicolau Factor.
24 Sexta S. Gregorio. S. Herminia. S. Tharsilia. S. Emiliana.
25 Sabbado Nascimento de Jesus. S. Pedro, o Veneravel. S. Eugenia.
26 Domingo S. Estevam, proto-martyr. S. Marino. S. Edelfrida. (
27 Secunda S. João Evangelista. S. Theodoro. S. Fabiola.
28 Terça Santos Innocentes. S. Abel.
29 Quarta S. Thomaz de Cantuaria. S. Leonor. S. Melania.
30 Quinta S. Sabino. S. Hilário. S. Trophymo. S. Colomba.
31 Sexta S. Silvestre. S. Ev/oul. S. Nominando. S. Paulina.

PHAMiS DA LUA
Minguante a _ 2, ás 13 e 29 Crescente 18, ás 11 e 40
I^*ova a _ 10, ás 7 e 4 Cheia a __ 25, ás 9 e 38
aaaeieieiêieieiefêjeieiefêieK ALMANACH D E PORTO ALEGRE 529*80?

CALENDÁRIO DO AGRICULTOR
DEZEMBRO
Fazem-se regas, algumas sachas e amon- lancias, melões, pepinos e tomates. Inicia-
toas. Transplantam-se as sementeiras dos se a colheita do alpiste, centeio, cevada,
mezes anteriores. Póde-se semear, ainda, feijão e trigo, trilhando-as logo que seja
saudades, malmequeres e hortaliças têm- possível.
poras. Capam-se: abóboras* cabaça, me-
•K>«K>'K>*0*<>«K>K>4<>«$K>4<>«K>*<^^

— Vejamos, minha senhora, — disse um Bohemio inveterado: — Acredita, meu


advogado a certa viuva, que p estava con- velho, que tinha gostado immenso de ir ao
sultando sobre um pleito; — diga-me al- teu casamento; mas foi-me impossível.~>
Bohemio ... emendado: — Não te preoc-
guma coúsa com referencia á sua vida cupes com isso... Fica para a outra
anterior. i vez 1...
— A historia da minha vida é simplis- * **
sima. O meu primeiro foi a felicidade A borboleta nocturna maior que se co-
da minha existência; o meu segundo foi a nhece é a borboleta Athas, que se encontra
na China, e cujas azas medem 22 centí-
bondade em 'pessoa • 0 m e u terceiro.... metros de envergadura.
Queira perdoar, — diz-lhe o advogado, 9 9 6
interrompendo-a,. — mas desejava saber
Não ha homem rico que seja tão ditoso
se isso é uma charada que me está pro- com o que tem, como infeliz com o que
pondo ? . . . não possue. — Seneca.

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(Vegesimo anno do Século XX)
O anno de 1920 da Era Vulgar, que parte do nascimento de Christo, no
Calendário Gregoriano, estabelecido em outubro de 1582, corresponde aos an-
nos:

6633 do período juliano. >


2696 das Olympiadas. v
2673 da fundação de Roma, segundo Varrão.
2667 depois da era de Nabonassar, fixada em quarta-feira, 26 de fevereiro
do anno 3967 do período juliano, ou 747 annos antes de J. C, segundo
os chronólogos e 746 segundo os astrônomos.
1920 do calendário gregoriano estabelecido em outubro de 1582, ha 324 annos.
1920 do calendário juliano ou russo; começa treze dias depois.
128 do calendário republicano francez.
5680 da era dos Judeus.
1337 da hegira, calendário turco.
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CALENDÁRIO PARA VINTE ANNOS


'
1917 1918
UIAIIHO 1919 1921 1922 1925 1928
DK 1923 1929 1920 1924 1926 1936
ASSO* 1930 1927 1933 1931 1932
1934 1935

Janeiro _ - 1 2 3 4 6 7 2 4 5 7 5 3
Fevereiro 4 S 6 7 2 •3 5 7 1 3 1 6
MarÇo 4 5 6 1 2 3 6 7 1 4 2 7
'Abril 7 1 2 4 5 6 2 3 4 7 b 3
Maio _ _.. 2 3 4 0 7 1 4 5 6 2 7 5
Junho... 5* 6 7 2 3 4 7 1 2 5 3 1
Julho...... 7 1 2 4 5 6 2 3 4 7 b 3
Agosto... 3 4 5 7 1 2 S 6 7 3 1 6
Setembro 6 , 7 1 3 4 5 1 2 3 6 4 2
Outubro .. 1 2 3 5 6 7 3 4 5 1 6 4
Novembro. 4 5 6 1 3 6 7 1 4 2 . 7
S6
•>

Oezembro.. 6 7 1 3 4 5 1 2 3 4 2

Kxpllraçftoi l'arm taber cm que dia da (emana cahe qualquer data, vê-se antes de tudo o anno
no quadro de annos. Segue-te esta columna ate chegar ao algarismo em frente do mez desejado. Pro-
cura-se, entio, o correspondente algarismo (preto) no ultimo quadro e o dia será aquelle que se acha
junto da data desejada. ,
E x e m p l o ! Em que dia da semana cahe o 7 de Setrmbro' de 1920? — Seguindo a columna do
anno de 1920 acha-se em frente do mez de Setembro o algarismo 3. Na columna encimada pelo al-
garismo 3, janto ao dia 7, lê-se: Terça-feira, que é o dia desejado.

1 * 2 3 4 f» « 7
I Segunda 1 Terça 1 Quarta 1 Quinta 1 Sexta 1 Sabbado 1 Domingo
2 Terça 2 Quarta 2 Quinta 2 Sexta 2 Sabbado 2 DomlnKO 2 Segunda
J Quarta 3 Quinta 3 Sexta 3 Sabbado 3 Doalngo 3 Segunda 3 Terça
4 Quinta 4 Sexta 4 Sabbado 4 Domingo 4 Si tfnnda 4 Terça 4 Quarta
5 Sexta 5 Sabbado 5 Domingo 5 Segunda 5 Terça, 5 Quarta 5 Quinta
6 Sabbado. 6 Domingo 6 Segunda 6 Terça 6 Quarta 6 Quinta 6 Sexta
7 Domingo 7 Segunda 7 Terça 7 Quarta 7 Quinta 7 Sexta 7 Sabbado
8 Segunda 8 Terça 8 Quarta 8 Quinta 8 Sexta 8 Sabbado 8 Domingo
9 Terça 9 Quarta 9 Quinta 9 Sexta 9 Sabbado 9 Domingo 9 Segunda
10 Quarta 10 Quinta 10 S e x t a . 10 Sabbado 10 D o m l n K O 10 Segunda 10 Terça
11 Quinta 11 Sexta 11 Sabbado 11 Domingo 11 S<«unda 11 Teça 11 Quarta
12 Sexta 12 Sabbado 12 D o m i n g o 12 Segunda 12 Terça 12 Quarta 12 Quinta
13 Sabbado 13 Domingo 13 Segunda 13 Terça 13 Quarta 13 Quinta 13 Sexta
14 Domingo 14 Segunda 14 Terça 14 Quarta 14 Quinta 14 Sftcta 14 Sabbado
15 Segunda 15 Terça 15 Quarta 15 Quinta 15 S e x t a ' 15 Sabbado 15 Domingo
16 Terça 16 Quarta 16 Quinta 16 Sexta 16 Sabbado 16 Domingo 16 Segunda
17 Quarta 17 Quinta 17 Sexta 17 Sabbado 17 D o m i n g o 17 Segunda 17 Terça
18 Quinta 18 Sexta 18 Sabbado 18 Domingo 18 Segunda 18 Terça 18 Quarta
19 Sexta 19 Sabbado 19 D o m i n g o 19 Segunda 19 Terça 19 Quarta. 19 Quinta
20 Sabbado 20 Domingo 20 Segunda 20 Terça 20 Quarta 20 Quinta 20 Sexta
21 Domingo 21 Segunda 21 Terça 21 Quarta 21 Quinta 21 Sexta 21 SabbajHr
22 Segunda 22 TeTça 22 Quarta 22 Quinta 22 Sexta 22 Sabbado 22 Domingo
23 Terça 23 Quarta 23 Quinta 23 Sexta 23 Sabbado 23 DomlnKO 23 Segunda
24 Quarta 24 Quinta 24 Sexta 2.4 Sabbado 24 D o m i n g o 24 Segunda 24 Terça
25 Quinta 25 Sexta 25 Sabbado 25 Domingo 25 Segunda 25 Terça 25 Quarta
26 Sexta 26 Sabbado 26 D o m i n g o 26 Segunda 26 Terça 26 Quarta 26 Quinta
27 Sabbado 27 Domingo 27 Segunda 27 Terça 27 Quarta 27 Quinta 27 Sexta
28 Dominar o 28 Segunda 28 Terça 28 Quarta 28 Quinta 28 Sexta 28 Sabbado
29 Segunda 29 Terça 29 Quarta 29 Quinta 29 Sexta 29 Sabbado 29 Domingo
30 Terça 30 Quarta 3t0 Quinta 30 Sexta 30 Sabbado 30 Domingo 30 Segunda
31 Quarta 31 Quinta 31 Sexta 31 Sabbado 31 D o m i n g o 31 Segunda 31 Terça
HSfêfêieseieieier^efêiefêfêier; ALMANACH D E PORTO ALEGRE ;:e56:eie:e:e^fê^33HefevH

As datas nacionaes

1." de Janeiro. — Confraternisação da hu- 14 de Julho. — Commemoração da Repu-


manidade. blica, da liberdade e da independência
dos povos americanos.
24 de Fevereiro, ~ Promulgação da Con-
stituição Federal (1891). 7 de Setembro. — Independência do Bra-
sil (1822).
21 de Abril. — Execução de Tiradentes 12 de Outubro.
(1792). Descobrimento da Ame-
rica (1492).
3 de Maio. — Descobrimento do Brasil 2 de Novembro. — Commemoração geral
(1500). dos mortos.
13 de Maio. — Extihcção da escravatura 15 de Novembro. — Proclamação da Re-
(1888). publica (1889).

As datas estaduaes

Amazonas —• 13 de Março: promulgação dação da cidade do Rio de Janeiro.' —


da Constituição do Estado. — 1." de Ju- 20 de Setembro: lei orgânica municipal.
lho: installação do Congresso Consti-
tuinte. — 10 de julho: libertação dos Espirito Santo — 2 de Maio: promulgação
escravos. — 5 de setembro: creação da da ^Constituição do Estado. — 23 de
província do Amazonas. — 21 de No- Maio: povoamento do território dó Es-
vembro: adhesão á Republica. tado. — 12 de Junho: execução de Do-
mingos José Martins. 25 de Agosto: fes-
ta de N. Sra. da Penha. — 25 de Dezem-
Alagoas — 15 de março: installação da pri- bro: Natal.
meira assembléa provincial. — 11 de Ju-
nho : promulgação, da Constituição do Goyaz — 1." de Julho: promulgação da
Estado. — 16 de Setembro: creação da Constituição do Estado. — 13 de Ju-
província de Alagoas. lho: reforma constitucional. — 16 de
Dezembro: adhesão á independência.
Bahia — 2 de Julho: creação da provín-
cia da Bahia. — 7 de Novembro: revo- Maranhão — 28 de Julho: promulgação
lução de 1837 (sabinada). da Constituição do Estado. — 18 de No-
vembro: adhesão á Republica.
Ceará — 25 de março: redempção dos ca- Minas Geraes — 15 de junho: promulga-
ptivos do Ceará. — 12 de Julho: pro- ção da Constituição do Estado.
mulgação da Constituição do Estado. —
16 de Novembro: adhesão á Republica. Matto Grosso — 15 de Agosto: promulga-
ção da Constituição do Estado. — 9 de
Districto Federal '— 20 de Janeiro: fun- Dezembro: adhesão á Republica.
Alra. P. Alegre - 2
*ae* 34 mmmé&dm ALMANACH DE POHTO* AI.EÍiHE :«C<Ci'(CtOH-I-wKOXI" BK

Pará — 22 de Junho: promulgação da zembro: installação da província, cm


Constituição do Estado. — 15 de Agos- 1853.
to: adhesão á Independência.—16 de No-
vembro: adhesão á Republica. Rio de Janeiro — 9 de Abril: promulga-
ção da Constituição do Estado.
Piauhy — 24 de Janeiro: adhesão á In-
dependência. — 13 de junho: promulga- Rio Grande do Sul — 14 de Julho: pro-
ção da Constituição do Estado. mulgação da Constituição do Estado. —
20 de Setembro: revolução de 1835.
Parahyba — 20 de Julho: promulgação da Rio Grande do Xorte — 19 de Março: in-
XTonstituição do Estado. — 5 de Agosto: stallação do governo republicano, em
N. Sra. das Neves, padroeira do Estado. 1817. — 7 de Abril: promulgação da
Constituição do listado. — 12 de Ju-
Pernambuco — 27 de Janeiro: restaura- lho: fuzilamento de frei Miguellinho.
ção de Pernambuco do domínio hollan- «
dez. — 6 de Março: revolução republi- São Paulo — 25 de Janeiro: fundação da
cana de 1817. — 17 de Junho: promul- (apitai. — 8 de Julho: installação do
gação da Constituição do Estado. — 24 Congresso Constituinte. — 14 de Julho,
de Julho: proclamarão da Republica do promulgação da Constituição do Esta-
Equador em 1824. — 10 de Novembro: do. — 15 de Dezembro: restauração da
primeiro brado da Republica, por Ber- legalidade.
nardo V. de Mello, em 1710.
Santa Catharina — 11 de Junho: promul-
Paraná — 7 de Abril: promulgação da gação da Constituição do Estado. — 17
Constituição do Estado. — 19 de De- de Novembro: adhesão á Republica.

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A s d a t a s dos paizes e x t r a n g e i r o s
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Argentina — 25 de Maio — dia da Consti- Costa Rica — 15 de Setembro — Indepen-
tuição; 9 de Julho — Juramento da dência; 12 de Outubro — Descobrimen-
Constituição. to da America.
Bélgica. — 8 de Abril — Anníversario dó Dinamarca. — 8 de Abril — Anniversario
rei Alberto I; 21, 22,e 23 de Junho — natalicio do rei Christiano IX; 5 de Ju-
/•Anníversario da ascensão de Leopoldo nho — Promulgação da Constituição.
I ao throno e da pyoclamação da Inde-
pendência. ,.-"'" Equador. — 10 de Agosto — Independên-
i cia; 9 de Oujtubro — Independência de
Bolívia. — 6 de Agosto — Primeiro Con- Guayaquil.
gresso (1825) e proclamação da Inde- Estados Unidos. — 22 de Fevereiro — An-
pendência. , níversario natalicio de Washington; 4
Chile. — 18 de Setembro — Proclamação de Março — Posse do presidente de
da Independência. / > quatro em quatro annos; 30 de Maio —
Decorações dos túmulos — 4 de Julho
China. — Anno Bom; O Deus da Cozinha Independência; 1.* segunda-feira de
(sete dias antes do Anno Bom) ; Fes- Setembro — dia do trabalho; 1.° dia-de
tas das Lanternas. (15. do 1.° mez); Novembro — Acção de Graças.
Festas dos Dragões (4 do 5.° mez) ; Fes-
ta do Outomno (15 do 8.° mez). Fiança — 14 de Julho — Queda" da Bas-
tilha.
Colômbia. — 27 de Julho — Independên-
cia ; 28 de Outubro — ^.nniversario na- Grécia. — 25 de Março .6 de abril —
talicio de Bolívar. Independência.
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SANATÓRIO DA SERRA
Fundado em PASSO FUNDO
Sob a direcção xdos
Drs. NICOLAU ARAÚJO VERGUEIRO, CARLOS
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Guatemala. — 15 de Março — Posse do bro — Anniversario natalicio^do rei Vi-


Vresidente; 30 de Junho — Revolução ctor Manoel III.
liberal; 15 de Setembro — indepen-
dência. Japão — 11 de Fevereiro — Ascensão ao
throno do primeiro imperador Jimmu.
Haiti. — 1/ de Janeiro — Independência; México. — 5 de Fevereiro — Publicação
1." de Maio — Festa da Lavoura. da Constituição; 5 de Maio — Anniver-
sario rfa Hatalha de Puebla; 1<> <lc Se-
Hespanha. — 2 de Maio — Antiiversario tembro — Independência.
de 1808; 17 de maio — Anníversario na-
talicio do rei Affonso XIII ; 21 de Julho Monteneoro. — 23 de Abril — 6 de Maio
— Anníversario natalicio da rainha Ma- — Festa de S. Jorge; 25 de Setembro—
ria Christina; 12 de outubro — Anni- 8 de Outubro — Anniversario natalicio
versario do descobrimento da America.
de Nicolau I.
Hollanda .— 31 de Agosto — Anniversa- Nicarágua — 11 de Junho — Começo da
rio natalicio da rainha Guilhermina; 2 de guerfa civil (1893); 15 de Setembro —
Agosto — Anníversario natalicio da rai- Independência.
nha-máe.
Noruega. — 3 de Agosto — Anniversario
Honduras 15 de Novembro — Indepen- natalicio de Haaçhon VII.
dencia.
Paraguay. — 15 de Maio — Independên-
Inglaterra. — 3 de Junho — Anniversario cia ; 25 de Novembro — Constituição.
natalicio. do rei Jorge V.
Prfií. — 28 de Julho — Independência.
Itália. — 1." domingo de Junho — Dia da
Constituição; 20 de Setembro — entra- Portugal. — 5 de Uutubro — Proclama-
da das tropas.ein Roma: 11 de Novem- ção da Republica.

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Rumania. — 14-27 de Março — Anniver- Suissa. — 1." de Agosto — Anniversario


sario da proclamação do rei; 10-23 de da fundação da Confederação; 3.° do-
Maio — Anniversario da coroação do mingo de Setembro — Dia da prece pu-
Rei Carlos I. i blica.
S. Salvador. — 29 de Abril — Anniversa-
rio da revolução Gutierrez; 15 de Se- Turquia. — 8 de Dezembro — Anniver-
tembro — Independência. sario natalicio do sultão; 30 de Abril —
Festa do Anno Bom.
S. Matino — 5 de Fevereiro — Inde-
pendência; 3 de Setembro — Festa de
S. Marino, padroeiro da Republica. Uruguay. — 3 de Fevereiro — Anniversa-
rio da batalha de Montecaseros; 18 de
Servia. — 15-28 de Julho — Festa com- Julho — Juramento da Constituição;. 25
memorativa dos guerreiros mortos pela de Agosto — Proclamação da Indepen-
fé e pela pátria. dência:.
Suécia. — 16 de Junho — Anniversario
natalicio do rei Oscar II. Venezuela. — 5 de Julho — Independência.

As festas nas legações e consulados extrangeiros

Republica de S. Domingos. — 7 de Feve- Bélgica. — 8 de Abril — Anniversario na-


reiro — Anniversario da Independência. talicio do Rei Alberto I.
Grécia. — 6 de Abril — Anniversario da Paraguay. — 5 de Maio — Anniversario
Independência. da Independência.

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Hcspanha. — 17 de Maio — Anniversario Suissa. — 1 de Agosto — Anniversario d a
natalicio do rei Affonso XIII. fundação da Confederação.
Republica Argentina. - 25 de Maio - ,X<>rucgp. - 5 de Agosto - Anniversario
Anniversario da Independência. natalicio do rei Haachon V i l .
Inglaterra. — 3 de Junho — Anniversario faliria. — 6 de' Agosto — Anniversario
natalicio do rei Jorge V. da Independência.
Dinamarca. - 3 de Junho - Anniversario Equador - 10 de Agosto - Anniversario
d a
do rei Christiano X. Independência.
Suécia. — 16 de Junho — Anniversario Republicado Uruguay. — 25 de A g o s t o —
natalicio do rei Gustavo V Anniversario da Independência.
Estados Unidos. — 4 de Julhp — Anniver- Hollanda. — 31 de Agosto — Anniversario
sario da Independência. natalicio da rainha Guilhermma.

Venezuela. — 5 de Julho — Anniversario Japão. — 31 de Agosto — Anniversario-


da Independência. natalicio do imperador Yoshihito.

França. — 14 de Julho — Tomada da Bas- Cjiile. — 18 de £etembro — Anniversario


tilha. da Independência.
Colômbia. — 27 de Julho — Anniversario Portugal. — 5 de Outubro — Anniversa-
da Independência. rio da proclamação da Republica.

Peru. — 28 de Julho —^Anniversario da Itália. — 11 de Novembro — Amiiversario


Independência. do rei Victor Manoel I I I ,

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Festas religiosas inoveis
15 de Fevereiro. Quinquagesima (Car- 4 de Abril. — Paschoa.
naval). 13 de Maio. — Ascensão do Senhor.
18 de Fevereiro. Quarta-feira de Cin- 23 de Maio. — Espirito Santo.
zas. 3 de Junho. Corpo de Deus.

Pàschoa — A festa da Paschoa, segundo Domingo de carnaval ou quinquagesima


a Egreja, é o primeiro domingo que segue — E' a 49 dias antes da Paschoa.
á lua cheia, depois de 20 de Março; si ca- Cirnas — Na quarta-feira que se segue
hir a lua cheia em 2l, e si o dia seguinte i á quinquagesima.
for domingo, este, será o dia da Paschoa. Domingo da Paixão — 14 dias antes da
Portanto, nunca essa festa pôde realizar- Paschoa. J
se antes de 22 de Março. Domingo de Ramos •— 7 dias antes da
Si a lua cheia for a 20 de Março, a lua Paschoa.
cheia seguinte dar-se-ha a 18 de Abril, e Sexta-feira da Paixão — A primeira an-
si for domingo esse dia, só no domingo se- terior á Paschoa.
guinte, isto é, a 25 de abril, poderá reali-
zar-se a Paschoa; ipso facto, nunca pôde Sabbado de Alleluia — Véspera da Pas-
ser a Paschoa posterior a 25''de Abril. choa.
Damos adiante um quadro com as datas Paschoela ou Quasimodo — No domin-
até o anno 2.000. go seguinte ao da Paschoa.
Septuagesima — E' o nono'domingo'ou Ascenção — E' na quinta-feira, 39 dias
63 dias antes da Paschoa. depois da Paschoa.

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Ladainhas — Nos três dias que precedem Coração de Jesus — Na s e *í a ;V" r t * M *


a ascençao. Kuinte
u n i u . ao
c»v 2.°
. . . domingo apus
uwii...»r.~ — i o- E. -Santo.
0. •

Espirito-Santo — 49 dias depois da Pas- Patrocínio de São José — No 3. domin-


choa. go depois da Paschoa.
Santíssima Trindade — Xo domingo de- SanfAnna — No domingo seguinte ao
pois do Espirito Santo. ao dia 25 de Julho.
Corpo de Deus — Na quinta-feira depois
da Santíssima Trindade. São Joaquim — No domingo seguinte a
Maternidade de Nossa Senhora — No 15 de Agosto.
1.* domingo de Maio.
Pureza de Nossa Senhora — No ultimo As têmporas — Instituídas em 460 pelo
domingo de Junho. papa São Leão, foram fixadas da maneira
Dores de Nossa Senhora — No 3.° do- seguinte, por Gregorio II: observam-se
mingo de Setembro. i sempre na quarta-feira, sexta-feira e sab-
Nossa Senhora do^ Rosaria — Xo 1.° do- bado, principiando pela quarta-feira imme-
mingo de Outubro. * diata ao dia do Espirito Sant»; quarta-
Nossa Senhora dos Remédios — No 3.° feira depois da Exaltação da Santa Cruz
domingo de Outubro. (14 de Setembro); quarta-feira da tercei-
Patrocínio de Nossa Senhora — Xo 2.° ra semana do Advento (os quatro domin-
domingo de Novembro. gos de Advento são os que precedem 25 de
Santo Coração de Maria — Xo 2." do- Dezembro) ; quarta-feira depois da das
mingo de Setembro. Cinzas.
/

Festas religiosas fixas

1 de Janeiro. — Circumcisão de N. Se- 15 de Agosto. — Assumpção de Nossa Se-


nhor. nhora.
6 de Janeiro. — Os reis magos (Epi- 8 de Setembro. — Natividade dè Nossa
fania). Senhora.
2 de Fevereiro. — Purificação de X. Se-
nhora. 1 de Novembro. — Todos os Santos.
25 de Março. —- Annunciação de N. Se- 2 de Novembro. — Finados.
nhora. \ 8 de Dezembro. — Conceição de Nossa
24 de Junho. — S. João Baptista. Senhora.
29 de Junho. — S. Pedro e S. Paulo. 25 de Dezembro. — Natal.

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Tabeliã d a s P a s c h o a s desde 1920 a 2000

Paschoa Paschoa Paschoa Paschoa

Annos Annos / Annos Annos


Mezes Dias Mezes Dias Mezes Dias Mezes Dias

1920. Abril 4 1941 Abril 13 1961 Abril 2 1981 Abril 19


1921 Março 27 1942 » 5 1962 » 22 1982 » 11
1922 . Abril . 16 1943 » 25 1963 » 14 1983 > 3
1923 » 1 1944 » 9 1964 Março 29 1984 » 22
1924 » 20 1945 » 1 1965 Abril 18 1985 » 7
1925 » 12 1946 » 1966 » 10 1986 Março 30
1926 P 4 1947 » \ 1967 Março 26 ' 1987 Abril 19
1927 » 17 1948 Março 28 1968 Abril 14 1988 » 3
1928 » 8 1949 - Abril 17 1969 » 6 1989 Março 26
1929 Março 31
1950 » 9 1970 Março 29 1990 Abril 15
1930 Abril 20 1951 Março 25 1971 Abril 11 1991 Março 31
1931 ; » 5 1952 Abril 13 1972 » 2 1992 Abril 19
1932 Março 27 1953 » 5 1973 » 22 1993 » 11
1933 Abril 16 1954 » 18 1974 » 14 1994 > 3
1934 » 1 1955 » 10 1975 Março 30 1995 » 16
1935 » 21 1956 » 1 1976 Abril 18 1996 > 7
1936 » 12 1957 » 21 1977 » 10 1997 Março 30
1937 Março 28 1958 •» 6 1978 Março 26 1998 Abril 12
1938 Abril 17 1959 Março 29 1979 Abril 15 1999 » 4
1939 » 9
1940 Março 24 1960 Abril 17 1980 » 6 2000 » 23

A presente Tabeliã foi attentamente con- A data de 24 de Abril, também não será
ferida, e é merecedora da mais absoluta a de nenhuma Paschoa do século em que
confiança. estamos. Foi a do anno 1859 e só tor-
E' ella muito interessante. e de grande nará a ser a do anno 2011, isto é, com
utilidade. um intervallo de 152 annos. Maior, toda-
via, foi o intervallo da reapparição da data
A data de 22 de março, a mais baixa em 23 de Abril, que sendo a da Paschoa de
que a Paschoa pôde cahir, que appareceu 1628 só tornou a ser a da Paschoa de 1848,
pela ultima vez em 1818, não se vê nem isto é, após um intervallo de 220 annos.
uma vez no século XX, nem se tornará No presente século, appareceu já em 1905,
a vêr senão no século XXIII. voltou em 1916, e depois em 2000, fechan-
i. do o século. No immediato, apparecerá
A data de 24 de março, também é re- uma vez apenas, depois de uma ausência
belde. Appareceu uma vez .no século de 79 annos; e no século XXII, também
XVIII, nenhuma no XIX, apparecerá uma apparecerá uma vez só, após um interval-
vez no actual, e não será vista em nenhu- lo de 73 annos..
ma Paschoa dos séculos XXI e XXII.
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Começo das estações

(Para todo o Estado do Rio Grande do Sul)

Outomno (Equinoxio de) a 21 de Março Primavera (Equinoxio de) a 23 de Setem-


ás 13 h e 19 m. (hora legal). bro ás 23 h. 35 m.
Inverno (Solsticio de) a 21 de Junho ás Estio (Solsticio de) a 22 de Dezembro-
8 h. 54 m. ás 6 h.

Calendário do criador

Período de gestação dos animaes domésticos

ESPÉCIES Minimò Médio Máximos

Égua _ 365 dias 380 dias 391 dias


Burra _ 289 333 419
Vacca— 240 270 321
Ovelha- 146 150 161
Cabra— 140 150 160
Porca 109 126 143
Cadella- 55 60 63
Gata 48 50 56
Coelha_ 20 31 35

Período de incubação das aves domesticas

ESPÉCIES Minimo Médio Máximos

Perua chocando ovos de Gallinha 17 dias 24 dias 28 dias


P/rua .rhnranHo nvrvs He P e m a , . . , „ „ , 24 » 26 » 30 *
Perna rhoranHn nvíK nV Pata 24 > 27 » 30 »
Gallinha chocando ovos de Pata.- - _.. _ .. 26 > 30 » 34 »
Gallinha chorando o v o s de Gallinha 19 > 21 » 24 >
Pata 28 » 30 » 32 >
fiança - y
27 » 30 » 33 >
Pnmha 16 » 18 » 20 »

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12 20(000 000 1(000 000 0(083 333 0(794 928 0(981 388 4(119 753 4(451 307
Vie 19$896 373 0(994 818 0(082 901 0(790 809 0(976 303 4(098 407 4(428 244
Vs 19(793 814 0(989 690 0(082 474 0(786 733 0(971 270 4(077 282 4(405 418
Vl6 19(692 307 0(984 615 0(082 051 0(782 698 0(966 290 4(056 327 4(382 826
V4 19(591 836 0(979 591 0(081 632 0(778 705 0(961 360 4(035 677 4(360 464
V ie 19(492 385 0(974 619 0(081 218 0(774 752 0(956 480 4(015 191 4(338 330
3
/8 19(393 939 0(969 696 0(080 808 0(770 839 0(951 649 4(994 912 4(316 419
.Vie 19(296 482 0(964 824 0(080 402 0(766 966 0(946 867 4(974 837 4(294 729
Vi 19(200 000 0(960 000 0(080 000 0(763 131 0(942 132 3(954 963 4(273 255
9
/l6 19(104 477 0(955 223 0(079 601 0(759 334 0(937 445 3(935 287 4(251 995
Vs 19(009 900 0(950 495 0(079 207 0(755 576 0(932 804 3(915 805 4(230 946
n
/16 18(916 256 0(945 812 0(078 817 0(751 853 0(928 209 3(896 515 4(210 104
»/4 18(823 529 0(941 176 0(078 431 0(748 167 0(923 659 3(877 415 4(189 466
18
/l« 18(731 707 0(936 585 0(078 048 0(744 518 0(919 153 3(858 501 4(169 029
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v/81 6
1B
18(550 724 0(927 536 0(077 294 0(737 324 0(910 273 3(821 220 4(128 749
18 L 18(461 538 0(923 076 0(076 923 0(733 780 0(905 896 3(802 849 4(108 899
' Vie 18(373 205 0(918 660 0(076 555 0(730 269 0(901 562 3(784 654 4(089 239
Vs 18(258 714 0(914 286 0(076 190 0(726 791 0(897 269 3(766 632 4(069 767
Vie 18(199 052 0(909 952 0(075 829 0(723 347 0(893 016 3(748 780 4(050 579
V4 18(113 207 0(905 660 0(075 471 0(719 935 0(888 804 3(731 097 4(031 373
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17(943 ,925 0(897 196 0(074 766 0(713 206 0(880 497 3(696 227 3(993 696
vVi«
8 17)860 465 0(893 023 0(074 418 0(709 889 0(876 402 3(679 035 3S975 121
18 V a 17(777 777 0(888 888 0(074 074 0(706 603 0(872 345 3(662 003 3(956 718
V,e 17(695 852 0(884 792 0(073 732 0(703 346 0(868 325 3(645 127 3(938 484
Vs 17(614 678 0(880 733 0(073 394 0(700 120 0(864 342 3(628 407 3(920 418
"Ae 17(534 246 0(876 712 0(073 059 0(696 923 0(860 395 3(611 838 3(902 516
8
/4 17(454 545 0(872 727 0(072 727 0(693 765 0(856 484 3(595 421 3(884 777
18 17(375 565 0(868 778 0(072 398 0(690 616 0(852 608 3(579 152 3(867 199
/ie
Vs 17(297 297 0(864 864 0(072 072 0(687 505 0(848 768 3(563 030 3(849 779
"/,« 17(219 730 0(860 986 0(071 748 0(684 422 0(844 962 3(547 052 3(832 516
14 17(142 857 0(857 142 0(071 428 0(681 367 0(841 190 3(531 217 3(815 406
Vie 17(066 666 0(853 333 0(071 111 0(678 338 0(837 451 3(515 523 3(798 449
V8 16(991 150 0(849 557 0(070 796 0(675 337 0(833 745 3(499 967 3(781 642
Vi, 16$916 299 0(845 614 0(074 484 0(672 3JS2 0(830 072 3$484 549 3(764 982
V4 16(842 105 0(842 105 0(070 175 0(669 413 0(826 432 3(469 266 3(748 469
Vie 16(768 558 0(838 427 0(069 868 0(666 490 •0(822 823 3(454 116 3(732 101
Vs 16(695 652 0(834 782 0(069 565 0(663 592 0(819 245 3(439 098 3(715 874
Vie 16(623 376 0(831 168 0(069 264 0(660 719 0(815 699 3(424 210 3(699 788
Va 16(551 724 0(827 586 0(068 965 0(657 871 0(812 183 3(409 451 3(683 841
Vie 16(480 686 0(824 034 0(068 669 0(655 048 0(808 697 3(394 818 3(668 030
Vs 16(410 256 0(820 512 0(068 376 0(652 248 0(805 241 3(380 310 3(652 355
"/ie 16(340 425 0(817 021 0(068 085 0(649 473 0$801 815 3(365 926 3(636 813
8
/4 16(271 186 0(813 559 0(067 796 0(646 721 0(798 417 3(351 664 3(621 403
18
/l6 16(202 531 0(810 126 0(067 510 0(643 992 0(795 048 3(337 522 3(606 122
V8 16(134 453 0(806 722 0(067 226 0(641 286 0(791 708 3(323 498 3(590 971
15
/l8 15(066 946 0(803 347 0(066 945 0(638 603 0(788 395 3(309 693 3(575 946
16 16(000 000 0(800 000 0(066 666 0(635 942 0(785 110 3(295 803 3(561 046
'.r.-&46Hfl-Hrl-Xrírí-lT;* ALMANACH D E PORTO ALEGUE -HrSSr!-,'

THE BRITISH BANK OF SOUTH AMERICA


LIMITED
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Autorisado pelo Governo Federal, o Banco também recebe
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JfêieiefêfêfêfêfêieiefêfêBfêieK ALMANACH D E PORTO ALEGRE rfêBS18£ieiei8ieS8K47a6ieK

fí Revolução f^io-õrandense
(asocxraxBiTTO BTOSOOO ;

[A estagnação lodosa do despo- Commemorar hoje a revolução rio-


tismo, a revolução é a taboa de grandense é, simultaneamente, vene-
salvação a que se apega um rar aquella geração de patriotas
povo impellido pela limpida e impe- inexcediveis, £. por nossa vez atirar
tuosa corrente do movimento. á face da corrupta monarchia brasi-
Mas essa ef fervescencia, em que se leira o solemne protesto contra o es-
retrata a feição do estado social, é tado de cousas qúe assoberba a nos-
sempre a synthese de longos esforços sa pátria. E ' preciso que a evocação
que, ao áspero contacto de elementos do passado, de nossas gloriosas tradi-
repulsivos, fazem surgir das tremen- cções, seja o fio conduetor do es-
das convulsões a obra operada'pelas pirito brasileiro atravez da escuridão
imperiosas suggestões da natureza. » do presente em busca do seu ideal —
Assim, impellida pela fatalidade a liberdade.
evolutiva, a revolução de 1835, pro- Cabe, pois, á geração presente, pelo
vocada pelas citcumstancias de então, vinculo da solidariedade que a pren-
que fiel e cruamente ostentavam o de aos,intuitos de 35, robustecidá pe-
execrável abuso da força e a mais la fé patriótica e scientifica, coroar a
horrorosa prepotência, concretisa a obra dos nossos antepassados, empe-
sua aspiração na gloriosa «Republi- nhando a sua vida no affanoso en-
ca do Piratiny». cargo de levantar á Pátria livre na li-
Essa eclosão do povo no-granden- vre America.
se, coagido pelas necessidades da vida Borges de Medeiros.
e acabrunhado pelo pezo descommu-
Do folheto commemorativo do 48.° an-
nal d'um poder vasado sobre os mol- niversario da Revolução Rio-grandense,
des mediévos, tem, na escala dos acon- publicado em São Paulo em 20 de Se-
tembro de 1883, e no qual collaboraram,
tecimentos, a accentuação edificante também, Joaquim Saldanha Marinho, Ri-
do espirito nacional. vadavia Corrêa, Severo Peixoto,- M. P a -
checo Prates, João Kopke, Francisco M a i -
Mas o martyriologio brasileiro, ini- wald, Xisto Pinto Barbosa, Frederico
Bastos, Joaquim Ribeiro, Campos Silles,
ciado em 1792, não havia terminado, Gabriel Piza e Almeida, Falcão Júnior, Ma-
e ainda desta vez o direito da força chado da Silveira, Possidonio da Cunha
Júnior, Bartholomeu de Assis Brasil, Al-
vence a força do direito. fredo Cama, Victorino Monteiro, Aurelia-
Assim, victimada pelo imperialis- no Barbosa, Carlos Ferreira, Randolpho
Fabrino, Raul Penido, Américo de Cam-
mo bragantino, aquella geração de he- pos, Venancio Ayres, Antônio de- Freitas,
róes tombou na grande queimada do Antônio, Mercado, A. Pereira de Queiroz,
Ernesto Alves, Raul Pompeia, Gaspar da
absolutismo, e com ella 3> sua obra Silva, Lycurgo, Américo Brasiliense e Á l -
gigantesca. varo Chaves. J i a 36 annos!
•:^m^-;-^^'-'-^':-i-i'
^ 4 8 ^ ; ^ ; ^ ! * XLMANACH DE ™»™™^^

CORVOjg ^
<5~ è t f ^ o

1>
j * /ÍHCÍMIO. o azul da Esphera intcrjciçõcs arranca;x
embaixo, o Mar. nervoso c insomnc, se espreguiça;
e a praia, em curva, é toda itma toalha branca,
manchada pela côr sangüínea da carniça.

Vede: um corvo! (Que máo agoitro!) Sobre uma anca


pousa: belisca e rasga, abre, revolve, erriça,
retalha o peito, o ventre .. A mesa é lauta c franca,
e a Fome c um tribunal: — que officiaes de Justiça!

D'esses que, da Miséria alheia, enriquecidos,


vivem do Ouro pelo Ouro, inda os ha mais ferozes,
— têm cinco dentes mais, ao envez dos sentidos

E a civilisação não queima esses atrases


corvos que, a sangue humano fc lagrimas nutridos,
querem do alto pompear com pennas de albatrozes!? ..
Hermes-Fontes.
OOOOCX^(XIX)0<X300CXIXXDC)^^

As três verdades do barqueiro quando o narrador acabou de desembarcar.


— A terceira,'respondeu este, é: se a
Esta phrase encontra-se explicada no todos passares pelo preço porque me pas-
seguinte conto: saste, para que estás aqui?-»
cChegou um homem á margem de um
rio, e não tendo dinheiro para pagar ao
barqueiro, que havia de transportal-o pa-
ra a margem opposta, combinou com este — Eu não a acho bonita. E' uma cara
que elle o passasse na barca, mediante a vulgar.
relação das três verdades do barqueiro, — Pois, senhora viscondessa, não é es-
verdades que este ignorava. A meio da tra- sa a opinião geral; e até muitas pessoas a
vessia/ disse-lhe a primeira: o pão duro, acham parecida com v. exa.
duro, duro, mais vale duro que nenhum; — S i m ? . . . Effectivamente, reparando
passado um pedaço, disse-lhe a segunda, bem, talvez eu não tivesse razão; tem uns
sapato roto, roto, roto, mais vale no pé, olhos bonitos; o nariz é bom; ah! e a
quê na mão.
bocea! a bocea é deveras graciosa. Quem
— E a terceira? perguntou o barqueiro, disse, que ella era parecida c o m m i g o ? . -
~:-:-:7íe:9fêeeí: ALMANACH D E PORTO A L E G R E ti^^r&àvr&Tr. 49 TlStSfc

MANDINGA
Devido a uma gentileza do Sr. Sinval Guimarães,
{vamos publicar, a seguir, um trabalho inédito
de Apolinario Porto Alegre, consagrado
fscriptor rio-grandense.

T7
I As gramineas dos prados*, começando a
pungir viçosas e com alegria do gado ma-
Corria ò anno de 1867. gro e famulento, após alguns dias de be-
Estávamos no mez de Julho, mez de néfico sol crestavam ás bategas de neve
geadas hyb^rnaes e calores de verão. A que, sobrevindo de repente, esvaeciam o
inconstância da temperatura transtornava prematuro sorriso da primavera, cerravam
a saúde e os cálculos do homem. uma ou outra flor que, como um signal de
O estado athmospherico, pela sua irre- esperança e de alegria, ia desabotoando in-
gularidade e súbitas mudanças, trazia um tempestivamente as pétalas, espargindo no
mal( estar que affectava não só a existên- ambiente a caçoila de perfumes.
cia com os interesses de cada um. O passarinho ensaiando o atilo da qua-
A própria natureza parecia dominada % dra verna, illudido pela transição menti-
pelos sentimentos de angustia e tristeza* rosa do tempo, logo emmudecia tremulo
estereotypados em cada physionomia;, pe- dç frio e, talvez de susto.
lo trajar sombrio e desalinhado do arvo-
redo, pelo plangente soluço de cada folha II
e dè cada onda, dir-se-ia que ella vestia
luto e chorava a viuvez e a orphandade
Proseguia, no emtanto, activa a safra da
inconsolaveis ao ceifar da morte.
farinhada, apezar de lá vir um dia em que
Era um mez maldito! ' a massa fermentava no cocho ou fazia es-
Assim, por vezes, de manhã, o capinzal talar o ordume dos tipitins nas prensas.
surgia ennastrado de carambanos, ao meio As raízes da gostosa rhaniva agúaram pela
dia a mormacenta calma convidava á sés- maior parte, e as de roça, em baixadas,
ta, ao entardecer os serros vestiam humi- apodreceram. v
das nevoas «jue, como um manto, pouco a Os farinheiros estavam descontentes e,
pouco, desdobravam e cubriam toda a su- resmungando, continuavam no serviço, que
perfície da terra. este anno lhes promettia poucos lucros.
O minuano de sopro glacial, mas saudá- Vamos então a uma atafona na encosta
vel ; o minuano que se espoja bravio no do morro de Sant'Anna.
tapete das várzeas e nas trancas da matta- E' noite.
ria, esparzindo a maunças a rama ama- As rodas dos engenhos rangem, movem-.
relíenta; o minuamo que revolve os ca- se e gritam no silencio daquellas para-
hetés do banhado e os borbotões das ca- gens.
tadupas e curva a vetusta coma dos pinhei- O pião guincha gyrando, o tremonhal es-
raes, a raros intervallos, cruzava o espaço, tremece, a almanjarra estala aos empuxos
repontando o rebanho de nimbos que em- de um possante animal.
panavam o azul diaphano dos céos do sul. As pás do forno batem furiosas agitan-
Soprava, ás vezes, algumas horas e des- do o polme da mandioca.
apparecia, deixando as caligens e nevoeiros O cevador e o forneiro estimulam, a es-
invadir seus largos domínios. paços, os bois com o palavra e o diapazão
Os campeiros não sabiam mesmo a esta- que lhes são peculiares.
ção por que passavam. E' o ruido do trabalho. E' a voz da
E quem o. poderia dizel-o? vida.
•W&: so :*oiOMCwotooc<c*: A L M A N A C H D E P O R T O A L E G R E :totc*)iO(iicKo:ic(Oi:íxt:K

Viajar, no paiz onde encontrares ma- Todos olharam* para o moço.


chinas funccionando, a agitação de mós — João, ponderou Brigida, mais res-
e o borborinho da gente que se affana, peito 1
conclui logfc que este paiz marcha, pro- O silencio restabeleceu-se.
gride.
Este era o interior. III
Por fora o ceo era negro e tremenda
borrasca ribombava. Tudo tfeva e cháos! Num quarto contíguo á atafona estava
Relâmpagos, trovões e raios succediam-se uma negra doente.
continuamente; quasi sem interrupção! 4 A pathologia acharia sérios embaraços
Uma chuva de pedras de todas as dimen- em determinar os caracteres da enfermi-
sões zurzia o telhado e a frente da casa. dade.
A geração que trabalhava naquella ata- Ella não gemia, mugia. Não admittia
fona, não se lembrava de tormenta igual, roupas sobre si. Em vão luetavam para
e a própria tradição talvez só tivesse para tel-a coberta. Em vão ! Cobertores e len-
cotejo as scenas e peripécias do dilúvio. çóes, os arrojava longe ; camisas e vesti-
Em torno do monte de mandioca estão dos, despedaçava-os. De gatinhas e núa
umas vinte pessoas. As facas lestas es- atirava-se no soalho e retouçava como
folam as raízes; porém os pensamentos *e os brutos.
a palestra versam sobre o tempo que ber- O grande Nabuchodonosor, dizem, acaba-
ra e estruge fora. As luzes das candeias ra assim.
pousam pallidas e versáteis em cada sem- Triste desvario. o em que uma creatura
blante. humana, dotada de sentimentos elevados,
A raspagem da mandioca, que é õ ser- duma intelligencia superior aos outros se-
viço mais alegre e animado, ora é triste res do globo, se ve num instante esbulhada/'
e cheio de mãos presagios. Os capotes de taes predicados, buscando descer á con-
são dados sem gracejos; o olhar da ro- dição do quadrumano e do réptil I
ceirinha não tem a viveza e o dengue pro- Que enfermidade é esta ?
vocadores, nera sua bocea se desfaz num Que nome lhe dá a sciencia ?
muxoxo faceiro; os moços estão tacitur- Nenhum. Não é a alienação mental,
nos, os velhos mudos e a miuçalha, sempre nem a excentricidade dos filhos de Al-
travessa e ruidosa, sempre com a risadi- bion.
nha prompta e o gesto em acção, está re- Se fosse o desejo de ser pássaro, ainda
trahida como a flor do cacto ao bafo do ia bem, porque era uma aspiração a vôo.
pampeiro. Voar, sondar os céos, seria admirável ;
Formavam um grupo digno de uma pay- porém, rastejar ? ! E'. uma degradação.
sagem campestre. mas com uma expres- A negra assaltada de mal tão incompre-
são te terror pouco frisante. hensivel chama-se Luiza. Nasceu em ter-
— Máo tempo! Desde que vim ao mun- ras de África. E' mina de nação, segundo
do, não vi uma inventada assim! excla- o sello do rosto. Alta, volumosa, feia e
mou Brigida. então meio fula, por effeito da febre e
— Máo tempo! Máo tempo! Repetiram insomnias. Dorme quasi sempre durante o
alguns em coro acompanhando como um dia, se é possível dar o nome de somno a
echo a reflexão da respeitável matrona. um estado marasmatico. De noite vela,
Um rapaz, de mangas arregaçadas até os grita e preenche as funeções de alimaria,
cotovellos, ajuntou: de que se incumbiu. Tornou-se, também,
— Má cara traz Sant'Anna! Hoje nem de uma voracidade espantosa. E' gastro-
viola, nem tyran.na e chimarrita. E' um noma como uma avestruz ou dois padres.
tempo dos diabos!
— Cala-te bagual 1 . . . Ouves como tro- IV
veja e não conténs essa língua maldita, se
lhe dirigiu cutro, cujo medo pelos raios — Máo tempo ! repetiram os raspado-
era proverbial. res em coro.
, — B a g u a l ! . . . Eu p o d i a . . . e mostrou- — Eu só o que digo é que o diabo anda
lhe uma enorme raiz de cananéa... porém... com este mez, insistia João, levando um
mil raios te partam! balaio para o cevadouro.
Cavernosa e profunda detonação aba- — Mais respeito, rapaz ; o céo está feio!
lou céos e terra. tornava Brigida.'
<~h'-'h'-'Ò'&3&\- ALMANACH DE PORTO ALEGRE r^n\-\z\^%\-'&&Á SI %SB'Á

— Tia Brigida, cada um sabe de si e — Historias de bambaé! Já tropeei em


Deus cie todos. Eu sei porque fallo. toda a campanha e nunca vi coisa que me
e você mesma tem o exemplo em casa. arredasse- pé.
Porque esticaram o molambo quasi todas E com sorriso sarcástico mediu toda a
suas gallinhas, a leitoada, que era só boa, roda tnais propensa á opinião de João.
e aquelle terneiro petiço que, á força t de Este jiltimo não desacoroçoou:
raspa, estava redondinho ?
— E porque a negra Luiza grita dum
— Ora João, descobriste o mel de páo! modo tão esturdio? Aquillo é gemer de
exclamou um da roda. gente?
— Como ?
—; Pois bicho que bebe manipueira lá se Os gritos da africana eram bem distin-
estriba mais no g a r r ã o ! <tos aos ouvidos de todos.
— Ou eu ou vocês não damos em bola. Os , trabalhadores paravam'com os ca-
Não é a mesma calha das prensas? Não é cherenguengues numa mão e a raiz pen-
a mesma manipueira de sempre? E como dida na outra sobre os monticulos de ras-
nos outros annos nunca tal aconteceu? O pas. Acharam razão ao dito de João. O
Chico Dias, que é o ilhéo mais caborteiro próprio* Nunes não encontrou retruque.
da redoitdeza e feliz como filho de padre, Houve silencio iprofundo (por instan-
não contou também outro dia no Claudino tes. Só o boi do cevadoufo, desajoujado
que a mãi do ouro sapecou todo o seu ha pouco da almanjarra, num canto, fa-
mandiocal ? zia estalar a sua tamina de cruera. Luiza
— E eu vi quando ella passou, inter- mugia—e a tempestade detonava fora!
calou um. Parecia a roda grande quen- Um, afinal, quebrou o estado de espe-
granza no rodízio! Véiu do cocuruto do Ctação: * '
cerro e passou pelo potreiro das Pedras. — .Aquillo não será mandinga que bo-
O Bernardino Nunes, que era um in- taram na negra?
crédulo digno de excomunhão, voltcAi á —r Qual 1 Eu sei porque fallo...
carga: — João, desde inda agora, estás a dizer

0
LUIZCERONI &C^
Fabricantes e Exportadores dos acreditados productos
COQUEIRO
End. telegr. reglttrado: CERONI Código RIBEIRO

Depositários dos afamados vi- Especialidade em ÁLCOOL F I -

nhos LARANJA, COQUEIRO e N O 40 gráos, C O G N A C , GE-

de vinho tinto, procedente dos NEBRA, FERNET, BITTER,

melhores vinicultores de Caxias * WHISKY e L I C O R E S ' *


(tarei bgistnn)
COQUEIRO

Rua Sete de Setembro, 69 — Telephone Ganzo 1383


Fabrica de Álcool no {ftunicipio de Torres
)Vtll,52j<0IQC<.IXIXlÇKfc ALMANACH D E PORTO M.EGHE )10tOClTrOX*vHrÍT, f

que sabes porque fallas. .. O que é que irregular do coração e regelo da medulla
sabes? dos ossos.
— Eu vi, retrucou, com um gesto de in- — Ante-hontem, começou elle, vinha eu
tima convicção. * do morro com a fouce c o machado ao
— Viste? exclamaram. hombro. Ao passar pela casa do Anacle-
Elle meneiou a cabeça com um movi- to, o porqueiro, entrei. Pauteando, e ver-
mento affirmativo. deando, a noite cahiu. Depois arranja-
— O que? Conta-nos isto. mos um fandango. Vieram mais rapa-
João foi o alvo da attençáo geral. zes do vizinhario e eu esqueci-me da ca-
"O joeirador e o torneiro deixaram o sa. Era natural.
serviço e vieram ao monte. A neta de Bri- A estrella da meia-noite opontou, quan-
gida esqueceu a barrica do polvilho com do eu sahia por ultimo. A noite estava
a massa empilhada na peneira. O bahia- escura como carvão.
no Maneca retirou tão rapidamente o bra-
ço de dentro do tipitim, onde socava o Ao passar junto á coivara do Tiradeira
polme da mandioca, que o arranhou todo foi que v i . . . ó inda sinto os cabellos se
nas pontas de taquara. O Prudencio, cuja espetarem na cabeça! Vinha* montado
surdez fazia suar no rigor do inverno a num touro caraúno.
quem com elle conversasse, mudou de ce- — Num touro?! bradaram.
po e começou a escutar antes do moço — Sim, o juro por minha alma! Caram-
faltar. O imprenseiro, não depoz, atirou ba! Era um novilho ligeiro! Corria mais
a vara. que um galheiro no vargedo ou uma cotia
João estava pallido, merencorio e tre- no cerrado I E elle vinha montado gua-
mulo. pamente, trazendo um poncho encarnado
As mulheres mais que os homens ti-> e chilenas que repenicavam como nas co-
nham triagem no seio, não esta da athmos- ritibas da sapatèada. Seus cabellos e seus
phera, a do susto, sempre mais contagiosa olhos pareciam de fogo.
e enérgica, sempre produzindo oscillação — Mas, quem.'

Bercht, Woermke & Linau


• ,!,.• I • I I I I' I l n l n l l l l . l t ' . I | | I l n l i l'!l | ; I i l n l M ll::|i l i l l l i l l l l l U i ; ! •,illllill"IIIIIIIIIIIIIUIIIIIIIIIIilllllnl!llll|

Telegrammas : WOERMKE
GT3
RUA TRIUMPHO, 2
Telephone Central 5% (FRACA PUTO BâlDIDU)

IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO
Seccos e Molhados por atacado
DEPOSITO DE ASSUCAR, FARINHA, CAFÉ, etc,
CEVADA E LUPULO
CIMENTO, COLLA, AZEITES DE TODA ESPÉCIE

AGENTES GERAES
do Sr. CARLOS DREHER FILHO, de Bento Gonçalves,
fabricante do afamado vinho Rheno Rio Grandense
^.'.'.-^•BBiefêfèfèlêfêfêBÍ: ALMANACH D E PORTO ALEGRE H^SfêBSieBí^fêK53rieí^

— O diabo, respondeu João, grave e so-


lemne.
Neste momento, três pancadas na porta Eil-o activo no trabalho! As raizes
da atafonai, sobrepujando a tempestade, voam-lhe das mãos ao cesto com uma ra-
resoaram cavernosas e mortuarias. pidez indizivel.
— Quem bate? perguntou o imprensei- Está sentado numa banqueta.
ro. A penna do gallo fluctua-lhe na cabeça,
—Uma pousada. O temporal apanhou-me como o distinctivo da sua realeza.
em viagem. •Ninguém faltava em forno; um ou ou-
— Que diz, tia Brigida, abro a porta? tro olhar o buscava de viez, receiando en-
— Abre, abre, que é crueldade deixar contrar o seu.
um christão exposto ao tempo. Era o terror soberano.
Um dos que estavam sob a impressão Afinal Brigida ousou uma interrogação.
da crendice de João, interveiu: — O senhor é da cidade?
— Tia Brigida, seria bom não a b r i r . . . — Não, minha senhora, meu reino n ã o
Este mez não é como os o u t r o s . . . é deste mundo.
— Abre, tornou em tom incisivo a ve- Ella não o comprehendeu, „e depois de
lha matrona. breve pausa:
A porta escancarou-se. As candeias e — Viajava por nossos pagos?
velas se apagaram, talvez á lufada que — E ' verdade, respondeu sem fixal-a.
entrou esfüsiante. Jacto-me de ser excellente medico e offe-
Mas a luz do forno dos beijús esclarecia reço de tempos a tempos meus prestimos
a meio e destacou o vulto do hospede. á humanidade soffredora. H a mais de
Era o original da desCripção de João. cem mil annos o homem reclama o auxilio
Elle chegou-se ao monte de mandioca de minha arte que conhece os especificos
e saudou a todos com cortezia, dizendo: das cinco partes da terra.
— Fallai no máo, apparelhai o páo. E Também isto foi como uma zoada aos
dirigindo-se a João que parecia atacado de ouvidos da boa mulher que lhe dirigiu a
cezões: palavra, apenas para fazer as honras da
casa a hospede tão singular.
— Esqueceste de fallar do meu chapéo
de abas largas com plumas de gallo e Os 'outros da roda não o honraram tam-
destas botas de couro da Rússia, e, sobre bém com um só relance de olhos; porém,
t u d o ! da corrida de ante-hontem á noite. sentiram sua voz, abemolada e terna, titil-
Admirei-te as pernas . . . tinham azas! lar-lhes o ouvido como um canto de
sereia.
Todos estavam mudos e estatelados. Não tinham razão, era um preconceito»
Passavam por esta crise em que o espiri- uma injustiça que a presença do recém-
to humano se diria fluctuar entre a terra chegado destruía ao mais ligeiro exame.
e o céo, despojado de parte -das condições Era um bailo mocetão de cabellos ruivos,
da vida ordinária. Então qualquer obje- barba á inglezã e olhos azues, derramando
cto em torno toma aspecto diverso.formas carinhos e esplendores, que transbordavam
amplas e variáveis como a nuvem baloiça- pelos vidros dos óculos de ouro.
dã nos braços do tufão, e a semi-transpa-
réncia da bruma sobre as arvores da mon- Elle proseguiu.
tanha. — Se a senhora quizer utilisar-se de
meus serviços, nada de cerimonias. Gosto
H a na visão mil caprichos phantasticos de plena franqueza.
da imaginação sem que se possa chamar — Obrigada, senhor. Tenho uma negra
a este estado de vigília febril ou sonho. a quem, eu penso, botaram mandingá; pois
E* uma phase do terror, da qual os mais na cidade os médicos não conhecem a
fortes nem sempre se acham isentos. doença.
Emquanto, ouvindo-o, ficavam suspen- — O h ! exclamou elle, rindo-se, a Lui-
sos, elle accendeu as candeias. za?!
— D. Brigida, disse, ha de consentir que — Sim, meu senhor; conhece-a?
raspe algumas mandioquinhas. — Muito. Uma paga, nunca fqi baptisa-
A pobre senhora, que não era das menos da. Nem outra é a causa das geadas e ca-
medrosas, ainda maiá se espantou de ser lores "deste mez, e da saraiva, raios e chu-
tratada pelo nome, nem teve animo de va desta noite.
polidamente recusar o offerecimento. — E não ha remédio para ella? O h ! eu
lhe ficaria muito agradecida se pudesse hírtas no pericraneo como espinhos de
cural-a!... tuna. . , ,
— Impossível! Minha sciencia esboroa- — Não se assuste, minha senhora, sou
se contra os poderes do inferno que labo- o mais pacato cidadão do orbe civilisado.
ram naquella alma. E guardou na cinta sua faca que seme-
lhava antes uma pá de alvanel.
— Mas inda é tempo de baptisal-a. — Aquelle tolo do João, continuou o
— Quem diz á senhora que ella durará desconhecido impassível e com tom firme,
até amanhã? Ainda uma hora? A tempes-
contava uma bem exquisita historia quando
tade c r e s c e . . .
me lembrei de pedir pouso. Diga com toda
Não ouve? Máo signal! a sinceridade, acha o diabo tão feio como
Calaram-se. o pintam?
O extranho, com espantosa alacridade A misera velha tartamudeou. Não se en-
acabara, pondo de parte algum trabalho já tendeu o que articulara.
feito, com um carro de mandioca, de sévas — João mentiu impudentemente, obser-
de seis palmos de altura. Quasi só e con- vou ainda, tomando um tição e accendendo
versando, pois, quando entrara, o serviço um perfumoso charuto. Os papalvos, deve
havia começado ha pouco, e então ao redor confessal-o, acham poderosos recursos na
do monte apenas estavam elle e Brigida sua própria imaginação para esboçarem a
que se não aventurava a encaral-o. Os
pliysionomia de o u t r e m . . . Mas, que impor-
mais, tomados de susto pânico, se esguei-
raram furtivamente e foram barafustan- tunidade, com a minha parlenda a roubar-
do pelos mais remotos esconderijos da lhe as horas de repouso? Vá deitar-se,
casa. sem constrangimento. Eu me esiiro na
bocea deste forno e dormirei satisfeito. O
Quando a raspagem terminou, os dois foco é meu elemento.
interlocutores se olharam. Brigida respirou como • o prisioneiro que
Estavam a sós. sae das estacas, e perguntou tremula e
As raras falripas de Brigida ficaram pallida:
— O senhor não quer um mate?
— Nada absolutamente. Agradecido.
Meu systhema hygienico é de nada tomar
á noite, mormente bebidas frias.
LABORATÓRIO MEDICO Vi
D O
Que formosa manhã raiou após a noite
Dr. PeReiRA FILHO tempestuosa! Os primeiros albores vinham
dourando o topo dos cerros e a natureza
saudava a festiva madrugada.
Vamos á atafona. _
Em cada palpebra ha o carimbo das in-
somnias. Má noite, por certo, a que passa-
ram. O trabalho está todo em atrazo. São
poucos os tipitins nas prensas. Os fusos
estão frouxos, as chapeletas bamboleiam,
a massa não enxugou. Não se forneia,
ANALyses MÉDICAS portanto.
— Que é isto?! exejamou o vizinho Jua-
nico, entrando, então, hoje não se põe an-
TeLePHONe N. ai3 tolhos nos animaes, não se accende o for-
no? Temem estropeiar os bois? Estrompar
os braços? Ou estão encarangados?
Rua Pinto Bandeira n. ,3 Ninguém respondeu á explosão ruidosa
da intimidade de Juanico.
Brigida e João lhe fizeram um aceno, e
PORTO ALEGRE elle acompanhou-os a um quarto. O sol
entrava aos borbotões por uma janella. No
chão havia um cadáver nú, hirto,' nojento
£19i6í6i6i6í8K ALMANACH D E PORTO ALEGRE •M/M^jy-i/ e e M/M/M*

e com uma expressão tão medonha, que cho e poncho vermelho. Cavalgava um
arrancou um grito espontâneo ao bom vi- touro preto, levando na garupa uma coisa
zinho. que parecia uma mulher.
Não trocaram uma palavra. Sahiram. Se o tropeiro fatiava verdade, eis o que
Brigida ainda com vivos signaes dé pa- não sabemos.
vor contou o que já sabemos... e mais al-
guma coisa. Poz o capitei á columna. Era 1867.
o remate da historia. A]>ollinario Porto Alegre.
Eil-o:
— Não imagina, vizinho, como fiquei ->X>00 *
zonza quando levantei os olhos e vi que
estava a sós com elle! Todos, todos ti- A primeira borboleta que se queimou
nham fugido"! viu-se obrigado a blasphemar. Emquanto
— Eu com razão, murmurou João. se consummia na chàmma, dizia, para
— Não, não, retorquiu com energia; nos Deus:
homens foi uma vileza; tu, sobre todos," — Diste-me paixão pelas flores brilhan-
João I . . . Oh, nunca hei de esquecer a tes, sem calcular que, um dia, o homem
véspera de Sant'Anna 1 . . . havia de inventar o lume. Para outra nova
— Como podia valer-lhe, tia Brigida, Creação que faças, procura ser mais pre-
contra o demônio? vidente!
— Como ? ! Cala-te, é. melhor. Com tua
presença davas-me animo. Não esquece- • ••
rei, eu te juro, os amigos de hontem. Nes-
tas occasiões é que se conhece o, quilate de Os amigos dizem-se sinceros; são os
cada um. inimigos que o são: assim devíamos t o -
— Vizinha, vamos ao resto, acudiu Jua- mar a critica d'estes. como um remédio
nico. I amargo e aprender com elles a conhecer-
— Tem razão! Eu dizia?! A h ! deixei-o mo-nos melhor. , ,-
estendido junto ao forno, com o chapéo
de abas largas e a pluma de gallo. Não o
vi mais depois. Quando o "relógio da sala
deu a ultima pancada da meia noite, a F1. I>íUIVE«S,:DIA.S
casa estremeceu toda a um grito feroz e
horrível de Luizà. '
Persignou-se a boa velha e continuou.
— Um escravo cobrou animo e foi vel-a.
Estava morta e o hospede havia desappa-
recido.
Toda a casa se encheu de cheiro de en-
xofre. )
Também o tempo estiou e a noite lim-
pou, como p o r milagre. Junto ao fogo
elle deixou-me um gato negro, com uns
olhos! que olhos, meu Deus! Parece que
ainda os estou vendo! Que olhos mal-
vados !
E de novo persignou-se.
— Para enxotal-o e afugental-o, quei-
mei alecrim... todos queimaram alecrim...
rezamos. O bichano desappareceu, mas nin-
guém pregou olho até agora.
— E' extranho o passo! E' extranho!
resmungava entre dentes Juanico.
Casa de Fazendas, Modas e Miudezas.
Especialista em tecidos para vestidos.
Ao romper do dia, ainda no lusco-fusco, COMPLETO SORTIMENTO DE SEDAS
um tropeiro conta que vira subindo uma Rua dos Andradas, 250 - Parts Megrt • Titepta», 231
nuvem, um homem de chapéo de penna- ^ i
;
*8BS 56 ^r+rlrrrírb:-:-:-:- ALMAW» 11 DK POHTO AI.ECÍHE H^-Iri-írl-SfcrrbLl-h;-:-:-

«mirtw - ^y*w»

Agente em Porto-Alegre: F. G. MEIRELLES

O que revelam as unhas bem coloridas, virtude, saúde, generosida-


de e esplendidez; duras e eguaes, ira,
As unhas compridas e afiladas querem crueldade, espirito combativo; recurvadas
dizer imaginação, poesia, amor ás artes e em fôrma de gancho, hypocrisia, falsida-
preguiça; compridas e planas, prudência, de; brandas, debilidade de corpo e de es-
gravidade e reflexão; largas e curtas, có- pirito; curtas e rosadas próximo da car-
lera, gênio brusco e espirito de opposição; ne, sensualidade e libertinagem.
:'-l-l-lihBB'Ò'-'B[~^m. ALMANACH DE PORTO ALEGRE ^TiaeieiXiClCKK 57 0&è&

0 RIO GRANDE mENTAL


A litteratura, no Rio Grande, vae, pirava quer a seu favor, quer contra
cada vez ,mais, se desenvolvendo, to- si, — toda a litteratura desses moços,
mando vulto. E' digno de nota o ainda em pleno alvorecer espiritual».
enthusiasmo com que os nossos in- A esse tempo, Pinto da Rocha da-
tellectuaes, hoje, se apresentam á va â publicidade um drama em verso
analyse perscrutadora e minuciosa dò «Thalita». 'Victor Silva, o sonetista
publico, com sobranceria e desassom- exímio, que hoje vive, por assim di-
bro, enthusiasmo que só teve exemplo zer, enclausurado entre as quatro pa-
muitos annos atraz, ao tempo do redes do seu gabinete, atacou-o.
«Parthenon Litterario», onde se reu- Isto feito, não tardou logo que se
niam as figuras de maior relevo nas formassem dois grupos: um defen-
lettras gaúchas. dendo aquelle trabalho; o outro, com-
Formosos, resplandeciam alli talen- batendo-o ao lado do solitário da Bi-
tos como os de Mucio Teixeira, na bliotheca Publicaj
opinião nunca desmentida de João Foi através de toda essa ardorosa
Pinto da Silva «o maior poeta ro- polemica que o Rio Grande teve op-
mântico do Brasil meridional», Al- portunidade de conhecer dois talentos
cides Lima, Homero Baptista e As- admiráveis, José Picorelli e João Ne-
sis Brasil, para só citar os que ainda ves da Fontoura, a que se juntavam
hoje existem. muitos outros, entre os quaes Bar-
Pleiade de escriptores illustres es- bosa Netto, ha pouco fallecido.
sa, qúe assignalou uma epocha notá- O resultado que essa campanha as-
vel e brilhante, manteve publicações signalavel trouxe para o Rio Grande
de alto valor, sobresahindo-se.. dentre não se pode aquilatar. Ella veio dar
ellas, a* «Revista do Parthenon», que um impulso ás lettras que, até então,
teve uma existência luminosa e inin- depois que do «Parthenon Litterario»
terrupta de oito annos. não existiam mais do que vagas, re-
Com outro, não menos brilhante, miniscencias, permaneciam inactivas,
que aqui despertou nos annos de 1904, indifferentes, entregues quasi de to-
1905 e 1906, «todo elle produzido en- do á indolência, como se uma enfer-
volto desse magnífico espirito que é midade rebelde as tivesse attingido,
Pinto da Rocha», rivalisa também o inutilisando-as!
movimento litterario que hoje assis- «Dessa agitação, relata ainda aquel-
timos. le scintillante chronista a que me re-
«Separados pela política de então, feri, linhas acima, resultou certo en-
conta-nos um chronista, em dois gru- thusiasmo da parte da mocidade, a
pos, os novos que começavam a sur- qual começou a manifestar os seus
gir cheios de luminosas promessas, pendores, já pela imprensa diária, já
giravam, todavia, em redor desse jor- por mçio de revistas que assignalam
nalista, que, como redactor da «Ga- de modo lisongeiro aquella epocha.»
zeta do Commercio» e professor da Tudo isso serenou, porém. Hoje,
Faculdade de Direito, attrahia e ins- desse tempo, só saudades nos restam.
•<$48fl 58 aXKaa.lXrKfô* ALMANACH D E PORTO A L E G R E H^errBt8j6j^r!T -!r!ri-rl-

E não me consta, a mim pelo menos, va, na sua obra «Vultos do meu ca-
que houvesse aqui movimento litte- minho», tratando desse facto, sem
rario algum que ultrapassasse os dois minucial-o, porém, que a culpa não^é
primeiros. Entretanto, occultos e igno- do critico», que assim se mostra tão
rados, mercê do silencio a que se con- mal informado do movimento artís-
demnavam, floresciam novos talen- tico de- sua pátria. E' de ninguém* é
tos, que haviam de ser, mais tarde, de todos; é uma das conseqüências
os ornamentos da nossa prosa e da da fatalidade dessa ignorância reci-
nossa poesia. E graças ainda a esse proca em que vivem os Estados, en-
silencio censurável, que se não jus- tre si, isolando uma das outras as va-
tifica, sob qualquer ponto de vista, rias circumscripções nacionaes e pon-
éramos completamente desconhecidos do a nú, deante do extrangeiro, roida
da metrópole . . . pela politicagem, n'uma attitude de
Querei^ a prova? presa fácil, fácil e tentadora, a nossa
debilidade orgânica e insanável.. .»
Osório Duque Estrada, da Acade-
mia Brasileira, passando, um dia, por Hoje, felizmente, já se não repro-
uma das livrarias do Rio de Janeiro, duzem desses factos. O Rio Grande
teve a sua attenção despertada por intellectual já se revela, brilhante e
uma brochura que jazia, esquecidas na magestoso, aos olhos do centro. Hoje
vitrine . . . elle, como outr'ora, como nas duas
Era a «Torre de marfim», ultimo epochas apontadas, resurge com todo
livro de Zeferino Brasil. Entrou no o esplendor da sua Arte. De novp se
estabelecimento, pedindo . que lh'o alevanta aureolado pela intelligencia
deixassem ver. Ahi, folheou-o Duque dos seus filhos, desencadeando-se, as-
Estrada e, encantado das producções sim, da inércia inútil que o prostrára,,.
poéticas que se nelle encontravam, humilhando-o, para se nos mostrar,
adquiriu-o. mais uma vez, sublime na sua gran-
No dia seguinte, apparecia, no <Cor- deza e brilhante na robustez da sua
reio da Manhã*, assignado por cultura.
aquelle escriptor, um artigo em que No Rio, por exemplo, onde se reú-
fazia lisongeiras apreciações sobre nem as figuras de maior destaque no
«Torre de marfim» e em que confes- intellectualismo nacional, o Rio Gran-
sava ignorar a existência do seu au- de já possue representantes.
ctor, conforme se vê neste trecho: Uma lista?
«Trata-se, positivamente, de um Eil-a: Alcides Maya, membro da
escriptor de grande merecimento, cu- Academia Brasileira; Leal de Souza,
ja existência, por infelicidade minha, da Sociedade ' Brasileira de Homens
eu até hoje ignorava» (V. «Correio de Lettras; Álvaro Moreyra, o poeta
da Manhã», de novembro de 1911). da «Lenda das rosas» e, por fim, Fe-
Demonstra o sr. João Pinto da Sil- lippe de Oliveira. Em S. Pauío res-

SÀDDA — É o melhor cigarro!


* * Fabricantes: TERTULIANO G. BORGES & C. * *
'ò'-'ò'ò\- ALMANACH D E PORTO A L E G R E J ^ S T I T K T I T T O : 59 vrirr

)ondeccm os espirito^ de Homero Coelho da Silveira, espirito ainda em


D
rates e Manoel do Carmo. "Trmm- formação, mas destinado aos mais al-
)lia, na Bahia, Arnaldo Damasceno tos vôos, sãov uma fonte perenne em
Vieira. que se refletem bellos talentos.
Aqui, no Estado, para só referir Temos ainda, para encerrar a série
os novos, avultam os nomes de João luminosa, «Norte-Sub, dirigida por
Pinto da Silva, Eduardo Guimaraéns, Emilio Kemp, e que tem pdr fim úni-
Mansueto Bernardi, Roque Callage, co tornar conhecidos, entre si, os es-
César de Castro, Raul Totta, Alceu criptores nortistas e sulistas; «Tudo»,
Wamosy, Decio Coimbra, Rubens que apparece na cidade do Rio Gran-
Barcellos, Theophilo de Barros, Coe- de, sob a responsabilidade intellectual
lho da Costa e muitos outros. A de Frederico Carlos de Andrade, e
João Pinto dar-nos-á, em breve, um «Illustração Pelotense», de Pelotas,
novo livro; . Raul Totta tem o seu, que obedece á orientação de Coelho
prompto para o prelo. Não tarda a da Costa.
vir á luz da publicidade o de Wamosy, Por tudo isso, vê-se que é um facto
iCorôa* de Sonhos». o progresso intellectual do Rio Gran-
Prova exhuberante de actividade de, que vae, assim, a passos largos, a
mental, não são poucas a r revistas caminfio do lugar saliente a que tem
que possuímos. «Mascara», corn De direito entre os Estados de que se
Souza Júnior á frente; .«Kodak», com compõe a. Federação.
Lourival Cunha; «íris», com Adolpho Nelsoit Car d ia.
±

{JÇeJniger, Schmjftéc £
fazendas e miudezas por atacado

Rua 7 de Setembro 118 Torto ÇZLíegre


•A&Xi60IXKttXXCK»:o; ALMANACH D E PORTO ALEGRE

zes de commercio, accorrem todos ao


0 castigo da formosura «guichet» da graciosa funccionaria, com
grande gáudio das que não são bonitas c
e/~ que passam o dia lendo os seus jornaes,
Em uma conferência . que eu fazendo os seus cálculos e alimentando em
assisti na Sorbonne, em 1908, calma, em socego, os seus sonhos de co-
o conferencista falou, se bem ração !
-.vi me lembra, de um costume cu- E assim, tem a moça graciosa o seu cas-
M#(f rioso que vigorava em Babylo- tigo nos seus próprios attractivos, cmquan-
Xjf ^-» n'a, e de que Herodoto lhe dera to .as outras recebem, com o repouso em
r noticia. Segundo aquelle histo- que vivem, a recompensa da belleza que o
I ' riador. havia todos os annos na- céo lhes recusou. X
•^ quella cidade um leilão de mu-
lheres, que eram levadas á praça publica
pelos respectivos pães. A primeira a ser Provérbios musulmanos de
posta a preço era a mais bella, que se
arrematava geralmente por importâncias África
fabulosas. Logo a seguir, porém, vinha
Freqüentemente uma palavra que te es-
a mais feia, cujo arrematante ficava com capa é uma espada que te ameaça.
direito á quantia obtida com a venda da
mais bonita. Isso eqüivalia, em synthese, A palavra, que reténs entre os lábios é
á exploração da belleza para consolo e tua escrava; a que soltas irreflectidamente
é teu senhor.
recompensa da feiúra.
Esse tempo e esses costumes me vieram São muitos os que possuem armas de
hontem á lembrança, ao ir depositar, no combate; porém nem todos os que teem
unhas são leões.
Correio Geral, á rua Primeiro de Março,
uma parte da minha correspondência. O Estar em correspondência com um au-
ministro da Viação resolveu, como se sa- sente eqüivale a encurtar de metade a dis-
be, ha dois ou três mezes, que o serviço de tancia que d'elle nos separa,
venda de sellos, na repartição central e Dois typos de homem insaciável ha no
nas agencias, fosse feito unicamente por mundo: o sábio e o avarento.
mulheres. E a primeira dependência a sof-
frer a innovação foi naturalmente a do Não é preciso ensinar a uma orphã de
que maneira se chora.
Correio Geral, cujos «guichets» foram oc-
cupados immediataraente por meia dúzia Um homem sem urbanidade é como
de moças expressamente nomeadas. uma terra sem estrume.
As nomeações, não obedeceram, porém,
A ignorância obriga-nos a fazer duas
ao mesmo processo de escolha: quatro ou vezes um mesmo caminho.
cinco, das senhoritas que vendem sellos,
são inimigas mais ou menos irreconcilia- Quando encontrares um homem, que te-
veis da formosura, destacando-se, entre- nha chegado ao cumulo da felicidade, roga
a Deus pela sua razão.
tanto, uma, por uma graça particular e
pelos encantos que são ordinariamente, o De um rato nãq pode nascer senão ou-
apanágio da mocidade. E essa desigual- tro.
dade estabelece um desiquilibrio inevitável
Antes de alugar uma casa, indaga que
na venda de sellos: os compradores, rapa- visinhos tem.
ALMANACH D E PORTO A L E G R E ^Wi^it o i 7Í7F7ÍN

/ \ emigração para o Brasil dendo aos aprestos para reencetar a im-


migração, prepara actualmente a hospeda-
Diversas legações e consulados brasilei- ria da Ilha das Flores. A directoria do
ros na Europa e na Ásia communicaram Povoamento do Solo já está provi-
ao governo que são constantemente pro- denciando para que sejam retirados os
curados por chefes de grupos e individuqs allemães alli alojados. Oito companhias
isolados que ljies vão pedir informaçõe^ inglezas de navegação, três norte-america-
sobre os meios de emigrarem para o Brasil. nas, cinco francezas, uma hollandeza, seis
A nossa legação em Vienna communi- italianas, duas japonezas, uma belga e uma
cou ao governo que homens das classes sueca, estão promptas a iniciar o trans-
instruídas, possuindo capitães representa- porte dos immigrantes.
dos por alguns milhares de coroas, pedem
O Ministério da Agricultura pode col-
com urgência informações sobre as con-
, locar já 20.000 trabalhadores em proprie-
cessões de terras a preços módicos e sobre
dades particulares, havendo, só em São
as condições de pagamento. Muitos já se Paulo, pedidos de 10.000. O governo, que
constituíram em commissões, que elege- estuda attentamente o problema da colo-
ram representantes para viajar na Ameri- riisação, talvez instai le núcleos coloniaes
ca do Sul, sendo um em cada paiz. Na capital nos Estados nortistas.
da Republica, já se acha o Sr.' Gamilsching,
destacado por uma dessas commissões para
reunir dados e informações. O Sr. Ga-
milsching, que a respeito de sua missão
conferenciára com o Sr. Padua Salles, Gente que vive do seu nariz
quando S. Ex. era ministro da Agricultu-' Na Inglaterra, centro do commercio do
ra, percorre agora os Estados. chá, na Europa, os grandes importadores
Pedidos idênticos foram recebidos pe- empregam pessoas de nariz muito sensí-
vel para apreciar a qualidade e o estado
las nossas legações na Inglaterra, na No- do chá que recebem.
ruega, na Bélgica e na Suissa. Ha 10.000 A obrigação d'estes provadores pelo ol-^
famílias, representando cerca de 500.000 facto é cheirar o conteúdo de cada uma
pessoas, que desejam emigrarvpara o Bra- das caixas que chegam aos armazéns.
Passam de 300 as pessoas que vivem,
sil, pertencentes a varias nacionalidades. pela delicadeza do seu olfacto,- no Reino
O sr. Simões Lopes, estudando os meios Unido, e que recebem ordenados altos pe-
de resolver praticamente o problema, co- los seus serviços, que são immensamente
gita da remodelação da lei de immigra- apreciados.
Quasi todos são cegos, o que se expli-
ção de molde a supprimir as exigências ca, porque sabido é que a natureza com-
rnopportunas. Essa modificação será fei- pensa os que perdem um sentido, augmen-
ta de fôrma a impedir a entrada dos «in- tando-lhes a finura e agudeza de algum
desejáveis», mulheres e crianças, que, for- outro. I
mando familiaS sem chefe, constituirão
uma sobrecarga para a população. O Mi-
Se me enganas uma ves, a culpa ê tud;
nistério da Agricultura/ que está proce- se me enganas outra vez, a culpa é minha.

CERVEJA COLOMBO-é deliciosa!


• >2*.Al.•-'-<-•-'-'-'-'£?.&• \ L M A \ A C H D E PORTO A L E G R E 'fêJSFHrlcto-

Viajante incançavel. as suas explo-


A exploração scientifica do rações oceanographicas a bordo dos
mediterrâneo yatchs «Hirondelle e «Princessc^Ali-
Um decreto do rei da Hespanha, ce» trouxeram a esse ramo do saber
estabeleceu' que, no dia 17 do cor- humano antft, tão obscuro, dados e
rente, se realize, em Madrid, uma con- ensinamentos de valor immesno. Co-
ferência internacional de exploração mo si não bastasse para rodear o
scientifica do Mediterrâneo. Dispõe- •pricipe de uma verdadeira aureola
se. nesse decreto, que se convide p-ira de gloria scientifica, não só creou o
tomar parte na conferência todos os Museu de Moníco, como também o
paizes que tenham costas naquelle Instituto Oceanographico, de Paris,
mar. subvencionando^ além disso, genero-
A primeira pessoa convidade foi o samente, toda empresa desse gênero
príncipe Alberto de Mônaco, que, co- de estudos, como o fez para o levan-
mo se sabe, é uni dos grandes culto- tamento do mappa batimctrico dos
res da oceanographia, justamente por- oceanos em 1905 e alguns trabalhos
quê elle trará o maior caudal de co- de exploração prehistorica.
nhecimentos para a elucidação da in-
teressante matéria.
Deve-se lembrar a este respeito que
o príncipe de Mônaco mandou cons- Escrever com lápis é o mesmo que falar
truir em 1910 um grande museu ocea- em voz baixa.
nographico, em que estão accumula- tf tf tf
dos e sabiamente classificados vários Entre amigos:
mares do Globo. » — Estou doido de contentamento!
A presença do referido príncipe na- — Muito folgo. Mas, porque?
quelra conferência tem também uma — Porque minha sogra acaba de casar
significação amistosa para elle. Al- com o filho de D. Isaura.
berto de Mônaco >é um grande admi- — E isso o que tem?
— Tem muito. Tem que ella, agora,
rador da Hespanha e tem o titulo de também tem sogra, e vae vêr o que é bom.
contra-almirante dessa nação. De
maneira, pois, que ha de ser o colla- tf tf tf
borador mais importante e mais cari- Não é tão perigoso fazer mal'a maior
nhoso da conferência promovida pelo parte dos homens, como fazer-lhes exces-
rei Affonso XIII. sivo bem.
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\-tt\-\~7\-r>\%'ò'ô'&c' ALMANACH D E PORTO A L E G R E ^vn.iB&òttWiíá 65 JvS-rK

0 QUe E' A GUERRA


Episódio da guerra russo-japoneza

Um dia, encontrei-me com um official passo cauteloso sobre a terra g e l a d a . . .


polaco, um capitão que voltava da Mand- E nem uma voz! E nem uma respiração.
churia. Sobre tão inútil, como sangrenta — Uma ronda, regressando ao acampa-
guerra, contou-me cousas de pôr os ca- mento, disse-nos que se ouviam, atravez
bellos em pé, cousas taes que a imagina- da planície, á direita, á esquerda, deante,
ção mais, loquejante não seria capaz de detraz, gritos, súplicas, lamentações, cla-
inventar, nem mesmo no reino do pesa- mores . . . Sem duvida os feridos, os des-
dello. E por mais extraordinariamente graçados feridos que se haviam perdido . . .
horripilantes que tenham parecido alguns Os da ronda esbarraram com os pés de
episódios que nos transmittiram as corres- alguns, mas, não podendo conduzil-os, dei-
pondências dos jornaes, elles não egualam xaram-nos f i c a r . . . E afinal para que tra-
o horror inédito dos que me contou o capi- zel-os para outro sitio? Para que?
tão, dentre os quaes, por não os poder con- — Eu, porém, exclamei:
tar todos, escolho um. Não é talvez o — «Vamos recolhel-os . . . Não deyemos
mais horroroso, mas por elle se pôde con- deixal-os morrer assim . . . Quem vem com-
cluir como serão os outros. migo ?»
Dedico esta narrativa aos militares de Ninguém respondeu.
todo o mundo, e dou a palavra ao capitão — Fui ter com o coronel: voltou-me as
polaco, que lhes perguntará se, emfim, de- costas. Dirigi-me ao general: afastou-se
pois de tanto derramamento de sangue, de mim, sem dizer palavra. Um cirur-
de tantas ruinas, de tantos crimes, se não gião graduado, a quem pedi para me auxi-
sentem ainda cançados de matar e de ser liar, disse-me: — «Mas onde é que os ha-
mortos. vemos de collocar ? Não temos maças . . .
O capitão fallou assim: remédios . . . ferros . . . Não temos nada . . .
— Era uma noite, depois dum combate Olhe, entregue-os ao diabo. Adeus!» —
infeliz, como sempre . . . Estávamos no Nenhuma palavra de justiça . . . nem com-
acampamento — rostos acabrunhados, co- paixão . . . nem mesmo de terror! Só uma
rações tristes, corpos consumidos . . . Ali- selvática indifferença... porque era a
mento não havia . . . nem ambulâncias . . . g u e r r a . . . e porque todos esses míseros,
nem lenha pára l u m e . . . As bagagens es- generaes, coronéis e soldados sabiam que
palhadas ao longe, sem se saber para on- a sua vez chegaria no dia seguinte.
d e . . . Um frio de vinte e cinco gráos cor- — Entretanto, procurando com afan,
tava-nos a petye, installando gelo nas pude encontrar algumas maças escanga-
veias ! . . . Ficar immovel, adormecer, era lhadas. A' força de reiteradas exhortações
a morte certa. Muitos, effectivamente, áquellas massas brutas, áquellas bestas
morreram nesta noite . . . Imagine esta cou- prostradas, consegui que uma centena de
sa que até parece impossível: — dez mil homens se decidisse . . . Partimos. A noi-
homens amontoados, dez mil homens si- te estava escurissima. Accendemos ar-
lenciosos, dos quaes apenas sé"ouvia um chotes. Depois de marchar em frente du-

Alm. P. Alegre • 3
^^«•^T>T:TH39B9K A L M W A C H D E PORTO A L E G R E -Irtrítífi-?!--:-

rante uma hora, as lamentações dos feri- vontade, justo é dizer-se, dirigi-me para
dos guiavam-nos melhor que a luz desses o lugar onde presumi que seriam o>> gri-
archotes, e>>a fúnebre luz que o vento fa- t o s . . . Inesperadamente, resaltando da es-
zia oscillar... E de vez em quando tro- curidão, illuminados pela chamma verme-
peçávamos com cavallos espantadiços, ro- llio-escura das tochas, vi dez, vinte, cem,
deados de despojos humanos. duzentos homens completamente nús, ges-
— Súbito senti-me detido, immobilisado ticulando, contorcendo-se, berrando, dan-
A terra. Como se fossem duas tenazes, s a n d o ! . . . Sim, é verdade. Ao mesmo
«enti duas mãos agarrarem-me aos torno- tempo que gelava a vinte e cinco gráos,
zellos, treparem pelas minhas pernas, ao havia corpos nús que patenteavam rostos
mesmo tempo que uma bocea, mordendo cobertos de sangue, peitos abertos, lace-
o couro das minhas botas, tentava dila- rações vermelhas, grandes golpes cheios
ceral-o, com furiosos uivos caninos... Aos de crostas de sangue coagulado... Al-
meus gritos aceudiram soldados . . . Viram guns rastejavam, saltitavam, apoiados nos
um ferido com ambos os fémures corta- cotos sangrentos; outros tinham nas mãos,
dos, que se torcia a meus pés, semelhante revólveres, espingardas, sabres, que bran-
a uma monstruosa larva... E não conse- diam, bramindo furiosamente... E lan-
guindo que elle largasse a sua presa, aca- çando-se a nós, que os iamos salvar, e que
baram de o matar a coronhadas no cra- elles já não reconheciam, gritavam: «Não
n e o . . . Ali passei, creia, um minuto, cujo se approximem... não se approximem...
horror não posso traduzir-lhe. Fora daqui».
Tinha-se tornado mais pallido: uma im- — Estavam doidos I . . .
pressão de pavor se notava na dilatação Depois de um pequeno silencio, repetiu:
das suas pupillas. A sua voz tremia e os — Doidos I Elles estavam d o i d o s ! . . .
seus dentes castanholavam. Por fim con- Ah ! que horror 1 . . .
tinuou : E acerescentou:
Eu tinha o coração dilacerado, o cérebro — Ouviram-se tiros... Um dos nossos
oppresso sob as sacudidelas do delírio. cahiu, rolou por terra... Em seguida
Querendo fugir ás trágicas visões dessa outro... Que fazer ? Voltei para traz...
noite, tive ainda forças para reunir os Por algumas horas, tendo apagado os ar-
meus subordinados. Ouvindo os gritos chotes, estive parado com o meu séquito,
dispersos pela planície, disse commigo: um pouco afastado daquelle bando de pos-
«Deixal-os arrebentar... Já não posso s e s s o s . . . Os seus clamores ainda se al-
mais». tearam... Depois, a pouco e pouco, abran-
— Estava resolvido a voltar para o daram, cessaram... Após o desappareci-
acampamento quando, de repente, chega- mento da sua louca excitação, o frio pro-
ram aos meus ouvidos uns clamores, uns duzira os seus naturaes ef feitos... Pela
rugidos . . . aleama cousa de mais selva- manhã, todos os feridos da planície esta-
gem, de mais furibundo que as supplicas vam m o r t o s ! . . .
de dôr já ouvidas. Bem contra a minha E terminou:

TTeexaa o .A.IDTTBO DPJRI^IOIS q.-u.e é o m e í l i o r


~—~- B I N S Sc JrTRIEIDKpiCIIS
A v e n i d a M i s s õ e s , 18 ———»«•-".. T e l e p h o n e 3181
• -'.•—I ,,;>„, Ti i~n,-yih\~'cy'f7\k
ALMANACH D E PORTO A L E G R E %fa\b\L;t''@@&8®á 67 7

— No dia seguinte também eu estava.fe-


n d o . . . Uma bala atravessara-me a ar-
ticulação do hombro esquerdo. Não sei
como escapei... Mas não tornarei a ser
T. BELTRÃO QUEIROZ & C. 1
bom... Vou agora para o sul, onde tenho i —
família... Desde que eu vi aquillo já não 4 Armazém de Seccos e
sinto amor á vida... De dia, de noite,
•M*

1 Molhados por grosso


I
é-me impossível afugentar a terrível, a
atormentadora visão... Sempre, sempre
aquelle sêpo humano, mordendo-me as | flssuear refinado
pernas... E sempre aquelles doidos... | e torrefação de café a vapor
Ah 1 pobres doidos | nús e sangrentos!...
O senhor não pôde/ imaginar... E agora I ++-
mesmo pergunto-me se não me tornarei I
dpido, se ainda não endoideci. Confesso,
mais me valia ter morrido naquella noite í Voluntários da Patria, I
sinistra. | 2 0 5
E emquanto nas ruas de S. Petesburgo,
Moscow, Varsovia, Lodz, Vilna, Riga; em- | PORTO ALEGRE
quanto em todas as cidades rebeldes do seu Endereço telegraphlco i QUEIROZ
vasto império, o czar mandava fuzilar o rK Telephone 272
seu povo pelos soldados, eis as torturas
que elle, na Mandchuria, lhes fazia soffrer.
OCTAVE MfRBEAU. Um jornal do interior dava, ha pouco
tempo, a seguinte noticia:
«Hontem, atravessou as ruas d'esta ci-
No tribunal: t dade um cão damnado, o qual, antes que
O juÍ3: — A testemunha declarou no seu os seus perseguidores conseguissem ma-
primeiro depoimento ter falado differentes tal-o, mordeu gravemente o nosso amigo
vezes com essa pessoa, e agora diz, que sr. dr. Soares e mais outros cães.»
não a conhece nem de vista? A contradic-
ção é manifesta. • ••
A testemunha: — Peço licença para
observar que não o é. O caso é bem sim- A mulher nas famílias pobres é a eco-
ples : falei-lhe pelo telephone. nomia, a ordem.

IKOT
n-nn
li ?-OÜC»^

Cosinha de primeira ordem & Excellentes


commodos para exmas. Famílias e Viajantes

ADRIANO DE FAVERI-Rua Uruguay, 4-6


V^-K fig - ^ ^ l ^ ^ j ^ ; ^ ^ ; ALMANACH D E PORTO \LEGRB &#?fàZ\'r&Í'-'-''->

São productos «desta fabrica as afamadas farinhas de trigo:


EXTRA FLOR, PRIMOR, ECLYPSE, COQUEIRO
e os resíduos CENTEIRINA, ROLÃO e FARELO
Depósitos para compras de trigo em CAXIAS e PASSO FUNDO
• • * -

VOLUNTÁRIOS DA PATRIA, 629 - Porto Alegre


Escriptorio: RUA MOURA AZEV6DO, 1 \
tt&à&ry&Sry&r ALMANACH DE PORTO ALEGRE >íl@M®èfà®$^'ff,- 69 SrSfSK

/Issrgnanfes dejornaes que leu a folha durante três annos, e


no fim delles vem com essas notas.
Pertence á sexta classe, que é dos
Diz um intelHgente colleccionador péssimos.
de curiosidades da vida jornalística
O entregador é chamado a contas:
que existem oito classes de assignan-
o assignante tal diz que não paga
tes de jornal.
porque este mez só recebeu o jornal
A primeira comprehende os cida- duas vezes. Não pôde! se eu lh'o en-
dãos de physionomia sympathicã, trego todos os dias . . . Talvez haja
olhar intelHgente e bem trajados que, equivoco da sua parte . . . Não ha taí!
vindo á redacção do jornal, tomam Afinal de contas, o sujeito, que vem
uma assignatura e pagam adiantada- furioso deseja fallar ao redactor. A's
mente. suas ordens. Como é que sendo eu
São da primeira classe e chamam- assignante, não sahiu na sua folha
se assignantes excellentes. uma noticia que mandei sobre o an-
Da segunda classe, fazem parte os niversario de minha sogra, nem outra
que recebendo a conta, isto é, p recibo sobre o baile do meu amigo coronel?
da^assignatura, pagam sem reclamar. Talvez não as tivesse recebido. Ora
São os optimos assignantes. qual. Fazerem isso a mim que sou as-
Da tenceira classe: chega o cobra- signante velho . . . Mas . . .^ Não assi-
dor do jornal no dia 1.°; o assignan- gno mais a folha. Oh! senhor; m a s . . .
te diz-lhe: venha no dia 5. Chega o Não assigno mais, já disse. E retira-se
dia marcado, paga a assignatura. São furioso. Deixal-o, diz o redactor.
conhecidos por muito bons. Pertence á oitava classe, que é a dos
No fim de cada trimestre, X, assi- «palermas».
gnantes, correm ao escriptorio para Ha também uma classe não incluí-
satisfazer o pagamento da assignatura da neste quadro: é a dos «f ilantes> ou
do trimestre seguinte. "Pertence á «usurarios», que devolvem o jornal e
quarta classe, que é a dos bons. mandam pedir emprestado o do visi-
No escriptorio, o cobrador prestan- nho . .
do contas: O assignante da rua tal, Nota importante: de todos os assi-
n. tanto, não pagou. Ha seis mezes! gnantes os mais remissos ao paga-
E' um massante! Diz sempre venha mento são sempre os mais exigentes
logo, venha amanhã, e nada de passar na pontualidade da folha e na publi-
o arame. Pertence á quinta classe, cação de suas noticias.
que é a dos' ruins.
Um hello dia a redacção recebe um
maço de jornaes com a seguinte n4>ta: O filho de um nobre, com grandes pro-
Devolvido á redacção por não poder sapias da sua fidalguia, dedicou-se recen-
temente á profissão de aeronauta, e o paé
continuar. jurou que não mais lhe falaria emquanto
Quem manda? E' um assignante elle exercesse profissão tão baixa.

Cigarros DÉLOS fabricados com fumo especial Turco


e Amarellinho - É um cigarro fraco e de delicioso paladar
•:?»sfc70^0IC*'Bé<r>-HeirHf ALMANACH D E PORTO A L E G R E ít-felSírh-;-:-

O KSPIRITO, DOS OUTROS


O álcool nos Estados Unidos
Um amanuense novato copia ura rela-
O Congresso nor- tório dirigido ao Ministro da Marinha e
te-americano votou pergunta a um collega mais antigo o que
a 16 de janeiro uma significam áquellas iniciaes:
emenda á Constitui- — Significam Sua Excellencia, respon-
ção, prohibindo a de o interrogado, mas é preferivel que es-
importação, a fa- creva de ora em diante essas palavras por
bricação e o consu-
extenso.
mo de bebidas alcoólicas, comprehendendo
o minho e a cerveja, em IIKIO<O território Xo dia seguinte, o amanuense copia o
da União. relatório de um capitão de navio: «O nosso
barco não pôde naquella tarde entrar no
A medida entrou em execução a 1 de ju- porto por causa de um forte vento de Sua
lho, mas só terá applicação adsoluta a 16 Excellencia».
de janeiro de 1920. Depois do voto do
Congresso, os anti-prohibitistas procura- • ••
ram obter uma attenuação da lei, em bene-
fício da cerveja e de algumas espécies de — E' exacto; a minha, só
vinho. O Presidente Wilson, na sua ul- por uma cousa não é inteira-
tima mensagem, intercedeu por essa solu- mente á medida dos meus de-
ção de conciliação. sejos: parece-me ser extra-
Mas o Senado norte-americano rejeitou ordinariamente esperta, e eu
por 44 votos uma moção do Senador Phe- — hum! — não tenho nenhu-
lan. da Califórnia, pedindo o adiamento ma predilecção pelas mulheres muito
da prohibição absoluta da cerveja e do vi- espertas . . .
nho. — não te apoquentes com isso, meu
Se não houver uma intervenção do Pre- caro; quando ella fór tua mulher, perde
sidente, os Estados Unidos se tornarão in- logo a* esperteza I
teiramente seccos a 16 de janeiro próximo.

Doente(á boitita enfermeira) : — Quer


N'uma sala, onde estão diversas visitas, ser minha mulher quando eu estiver resta-
está uma dama nova e formosa, cujo ma- belecido?
rido morreu ha menos de dois mezes. Con- Bonita enfermeira: — Com certeza 1
trasta com o seu pesado luto a sua no- Quero!
tável vivacidade. ' Doente:—Então n'esse caso... ama-me?...
Quando ella sae, uma amiga, que /ica, Bonita enfermeira: — Não; isso não.
diz para outra: Isto faz parte do tratamento. A minha obri-
— Reparaste como a viuvinha está sa- gação é não contrariar os doentes. Ainda
tisfeita? esta manhã eu prometti correr^ na cerca
— Reparei, — responde a do lado; — com um a quem cortaram ambas as per-
mas isso é natural. Hstá no seu luto de mel. nas! V

• ERVEJAS ORIENTE
*
T E L E P H O N E 86 NEGRITA
t Ghristovio Colombo, 61 e ELEPHANTE
I
I PORTO ALEGRE SAO AS TTIELHORES
-\H\-?,-Jò'ò\:J&888&k ALMANACH DE PORTO ALEGRE b\%\%,ffa\~\-W8&k 71 V&0Á

Ca^qlina:—Com
Cousas serias que então, sem-
pre é verdade
que vaes casar
Gabriel D'Annunzio, o vate com o velho Mi-
Glorioso, excelso e fecundo, lhões ? N u n c a
Por Fiúmc hoje se bate. imaginei que fos-
E assombra o mundo. ses tão interes
seira.
Margarida: —
DeSxa a lyra e, de arma ao hombro, Não sou tal. Ca-
Faz-se o poeta, guerreiro; 0 so com elle, mas é para o emendar.
Combate, e enche de assombro Caroliná: — Emendar! Nunca ouvi di-
zer, que elle tivesse maus hábitos.
O mundo inteiro. Margaridas — Tem um, que é péssimo.
Os seus amigos dizem que elle é um ava-
Dos quatro cantos da terra, rento.
Onde. se' escuta o seu brado,
Para ajudar-lhe na guerra Amigas:
Parte um soldado. — Nunca me foi possível ter um retrato
meu, verdadeiramente parecido.
Não se tarda ver o êxodo, — Pois, olha; dou-te os meus sinceros
Sua causa a tudo impelle. parabéns.
Causa santa. O mundo todo OVO
Está com elle. Entre escriptores novatos:
— Sabes o que hontem se atreveu a di-
Pela Itália dando a vida, zer-me o Magalhães? Que as minhas obras
Deixa a lyra e toma a espada: todas não valem um pataco!
Morre, por não ver partida — Não faças caso. O Magalhães não
pensa por conta própria: só sabe repetir o
A patria amada. que os outros dizem.

Que importa se um throno ruel • ••


A Humanidade 'se ufana O senhorio: — Previno-o, que já três
Desde que Fiume continue inquilinos se suicidaram no quinto andar
Italiana. que lhe estou alugando. Não se importa
com isso?
0 alugador — Absolutamente nada. E'
Latino, eu me maravilho, para fazer o mesmo que elles.
Minh'alma toda se expande
Vendo a Itália ter um filho • ••,
Assim tão grande. Ternuras conjugaes:
O marido despede-se para uma viagem
Salve, D'Annunzio! Perante de pouca demora.
Teu gesto, que se conclua — Has de escrever-me muito a miúdo,
Que a Itália nãé é mais de IKinir sim, meu querido r
— Escrev J :-, fica descançada.
A Itália é tua! — Quero uma carta todas as noites. Pro-
Belmiro Braga. mettes '
— Prometto. Todas as noites terás carta.
— Então, não te esquemas, toma cuidado.
A grai;a da mulher é enganosa c a sua Bem sabes que eu preciso ler sempre algu-
ma cousa para poder dormir.
virtude confunde-se com o vicio.
r!Tf-^ 72)!C*CtC^ !r!-:-:^l61$K A L M A N A C H D E PORTO A L E G R E HSlrlTKTH^X-lTWr.-

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Rua Volunt da Patria n.os 20 e 22


Caixa do Correio 58 - Endereço Telegraphico: A L L I A N Ç A

— PORTO ALEGRE — —
Estado do Rio Grande do Sul — Brazil
^\hn\-fc\?!$9&&&&8f%. ALMANACH DE PORTO ALEGRE #Si8fêfêr3e}8)S($S$K 73WS&.

A F F O N S O XIII E A CIGANA Barnabé tem por espo-


ksa uma mulher formosís-
Pouco antes de sua viagem á In- sima, sim; mas que não o ama.
glaterra, Affonso XIII encontrou — Deves ser muito infeliz, — diz-lhe
um amigo.
uma velha cigana, cuja physionomia — Muito mais infeliz é ella que e u . . .
o interessou. Eu tenho a fortuna de ter sempre deante
Quiz dar-lhe algumas moedas de de mim uma mulher a .quem amo, e
prata, o que ella recusou com desdém. ella tem a desgraça de viver "tom um ho-
mem a quem detesta.
— Rei — disse ella —'guarda teu
dinheiro. Minha raça é mais antiga • • •
do que a tua. Sou a ultima dos al- Lauto estipendio.
moravides, que reinaram em Marro- Barnabé relembra com prazer o facto de
cos e no sul da Hespanha, diirante os ter começado aos vinte annos, a vida de
jornalista.
séculos XI eXII. Sou eu quem te — E qpanto te pagava a administração
•quer offerecer uma moeda de ouro. do jornal?
A cigana pôz na mão do joven so- — 2$000 diários aos sabbados.
berano um zequi com a effigie de • ••
Ishog, filho de Tachefin e ultimo dos
reis almoravides, executado em 1147 Tio, desgostoso: — Estou resolvido a
pelos almohades. deixar toda a minha fortuna aos pobres e
necessitados.
— Conserva cuidadosamente esse Sobrinho gastador: — Deus lhe pague,
talisman, accrescentou. Elle te preser- tio, Eu sempre acreditei, que me não dei-
xava fora do seu testamento!
vará de todo perigo. Existe aqui tão
somente outro semelhante. Dei-o a ";-i'-íÍ^&^í':i'^":i'- ; '':-'-:":i;-;";^í' 1 :i:-^ , :- , -:'';y-:":-'-:':-:-:'' : ..-
uma pobre joven admiravelmente boa, O'.'! . íf/TvWvT\'.> t .... •..•.|.'..VI.»/Kli/l\'wl ..4 ...»....( .._._

que um dia passava a cavallo no mo-


mento em que eu cahia num fosso . . .
ISCHNEIDERS IRMÃOS & C. I
Hayia me ferido gravemente na ca-
beça. Ella desceu do cavallo e cu- Importação de ferragens,
rou-me. miudezas, louças, vi-
Os que a acompanhavam chama- dros e lampeões
vam-n'a alteza. Rei, si algum dia te
casares casa-te com essa joven; so-
mente ella pôde fazer-te feliz».
Assegura-se que Affonso XIII, no
momento em que houve a explosão da
bomba na esquina da rua Rivolí, em
Raris, tinha na mão a moeda de ouro, I Voluntários da Patria, h 9 1
'li- # ?>N

mostrando-a naquelle instante a |ç Caixa do Correio 311 ?K


Emile Loubet.
Pouco tempo depois, contrahiam I I
enlace Affonso XIII e a joven prin- ~'~ Endereço telegraphico: O d l a w s o ?É
ceza ingleza, a actual rainha da Hes- £
panha, a mesma que soccorrera a^çi- •orto Alegre %
gana.
• • • • • • • . • . ' . • •• • • • . • . . • • . • . • . . • . • . . •
•wèb 74 *?jeieB7*riVHeie}fi- ALMWACH I>E PORTO ALEiaiE -KTWT.-;-.-,-.-

Tudo é calma e tranquillidade... Ku-


flando as azas mansamente, passam as ul-
timas gaivotas pressurosas em busca de
seus calidos ninhos E as va-
Da janella da minha alcova, ouvindo o gas, continuando seu soluçar monótono e
ribombar do trovão e o sibilo do vento que tristonho, recebem os primeiros raios pra-
torce e quebra o cedro altivo, sob o ceu teados da rainha da noite, que surge na
plúmbeo, onde negras nuvens passam etherea mansão, entre as estrellas peque-
lenta e assustadoramente prenunciando a ninas. . . .
torrente pre'stes a cahir, contemplo a fú- Gelsumina Pinto Lima.
ria do mar fustigado pelo cyclone, rugindo
fragoroso, e o estertor das ondas deba- .«>••
tendo-se, impetuosamente, em vagalhões
ululantes, cujo dorso impávido erguem e • o
»'<££• :
arremesam contra as penedias da costa.
v °- o
E' a implacável e titanica lucta da tem-
pestade; é o temporal que ruge como in-
domita fera! Desculpa naturalissima.
E o tufão solto desencadêa a"^<;volta da O mestre escola: — Então Joaquim,
natureza, que se estorce em horríveis con- porque não vieste hontem, á aula?
vulsões, emquanto o fremente vendável em O Joaquim: — Estive com muita febre,
vertiginosa carreira vae destruindo ninhos, e fiquei de cama.
que tombam estraçalhados no seio ago- — Sim? Pois a mim me disseram que
nisante da matta e levando flores que, no perto do meio dia, ias, muito contente, a
impeto enfurecido da rajada, são arranca- correr pela rua I
das das hastes e arrastadas pelo turbilhão O Joaquim (corando muito) — Perto
a paragens longínquas, ignotas ! . . . do meio d i a ? . . . A h ! Já me lembro! Era
eu que me sentia muito mal, e ia chamar
Em tarde belíssima de estio, quando o o medico!
astro-rei, despendendo seus últimos raios,
fecha o leque luminoso que ornamentava
o horizonte, recostada em- um comoro, á O jogo é talvez o menos immoral dos
beira-mar, ouvindo o murmúrio indefinido modos de adquirir dinheiro.
das vagas, contemplando a placidez das
ondas e o conjuncto harmonioso de um pôr • ••"
de sol tão bello, medito na inconstância da
natureza!.. Elle: — E' isto que te digo: Meu pae
não corta o cabello ha dois annos.
Immenso e grandioso, o mar esparge
Ella: — Então, ha de o ter, já, de um
•MM-, águas em ondulações languidas, ro-
comprimento espantoso!
lando docemente no extenso semi-circulo
que meus olhos conseguem divisar... Elle: — Qual 1 E' completamente calvo-
desde esse t e m p o I . . .
O silente marulhar das ondas, beijando
a branca areia da praia que as margea, • ••
parece murmurar meigamente promessas
de paz constante e de amizade eterna... .Vum baile aristocrata:
Alem, levada pelo brando sopro do fa- Elle: — Ora, v. ex.* está com esses des-
vonio, passa galante barquinha, com as ve- dens, e afinal é capaz de corresponder ao-
las alvíssimas expostas aos derradeiros re- primeiro idiota que lhe faça uma declara-
flexos de ouro...' ção.
A natureza exhausta, fatigada pela Ella: — Talvez se engane. Para o quê r
lucta tumultuosa de outr'ora, repouza. experimente e verá.

Typo Pilsen
CERVEJA COLOMBIANA, é a melhor
ALMANACH D E PORTO A L E G R E r&r&TiriaOKCrlí 75 %§&K

Instrucções para a cultura humidos e alagadiços e outras em terras


seccas e arenosas.
do eucalyptus Para as differentes terras são aconse-
lháveis as seguintes espécies:
O eucalyptus é um gênero da família Terras seccas. Eucalyptus: polyanthe-
das .Myrtaceas, tribu das Leptospermeas, ma, longi folia, paniculata, etc.
que encerra cerca de duzentas espécies e Terras humidos. Eucalyptus: rostrata,
•variedades. tereticornis e robusta.
i Terras de subsolo humido. Eucalyptus:
Estas são na sua grande maioria origi- rostrata, tereticornis, glóbulos, citriodora,
nárias da Austrália onde constituem as pilularis, robusta, etc.
mais densas e vastas florestas e vegetam Terras alagadiços. Eucalyptus : robusta,
hoje em regiões afastadas do seu habitat rudis e botryoides.
natural em condições satisfactorias em Terras de beira-mar. Eucalyptus : robus-
virtude da sua fácil adaptação climaterica. ta, botryoides, glóbulos, etc.
São plantas que em geral attingem gran- Terras arenosas. Eucalyptus: panicula-
des alturas, encontrando-se todavia al- ta, trabuti, rudis, etc.
gumas espécies de porte mediano e arbus- Terras pobres. Eucalyptus: longifolia,
tivas. tereticornis, rostrata, gigantea, etc.
Clima. Os eucalyptus prosperam em Terras ricas. Eucalyptus: calophyla, sa-
•condições de clima muito diversas, varian- ligna, ficifolia, etc.
d o as exigências das differentes espécies Terras montanhosas. Eucalyptus: capi-
desse gênero. Algumas supportam bem a tellata, polyanthema, tereticornis e gigantea.
seccura e os prolongados calores da Aus- Para quebra-vento. Eucalyptus: botry-
trália Central e do norte da África; outras oides, robusta, tereticornis e gigantea.
o clima humido e frio da Escossia. Para sombra. Eucalyptus: robusta, bo-
Solo. Os eucalyptus são pouco exigen- tryoides, paniculata, etc.
tes quanto á fertilidade do solo, mas isto Para fins industriaes são indicadas as
não indica que elles não prefiram as boas seguintes espécies:
terras. Em regra geral, os eucalyptus vege- Contrucções civis. Eucalyptus: glóbulos,
tam satisfatoriamente em terrenos profun- longifolia, acmenioides, capitellata, macror-
dos e permeáveis constatando o experiência rhynca, maculata, gigantea, piperita, robus-
que se deve evitar a cultura em solos pou- ta, rostrata, saligna, citriodora, pilularis,
co profundos, sub-solos impermeáveis óu etc.
que assentem sobre rochas. Lenha. Eucalyptus: botryoides, glóbu-
Não se deve preferir arbitrariamente los, longifolia, rostrata, tereticornis, ma-
esta ou aquella espécie de eucalyptus; cada crorryncha, paniculata e polyanthéa.
espécie tem a sua exigência particular, ne- Marcenaria. Eeucalyptus : rostrata, gló-
cessitando por isso terrenos e regiões que bulos, tereticornis, botryoides, longifolia,
lhes sejam adequados. Espécies ha que ve- saligna, citriodora e maculata.
getam em condições normaes em terrenos Postes. Eucalyptus: botryoides, globu-

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33rfc76XICOX-Hèi-aaSfc ALMANACH D E P O R T O A L E G R E aaei^err&^^SPy^^-r

los, paniculata, rostrata, saligna, tereticor- tando cada caixote 100 mudas, ou para ces«
nis, citriodora e pilularis. tas, balaios, vasos, latas, etc.
Depois da transplantação convém abri-
Cercas. Eucalyptus: botryoides, eximia, gar as mudas de modo a evitar a radiação
glóbulos, longifolia, gigantea, robusta, ros- solar directa, em local apropriado, como:
trata e calophyla. galpões, ripados, orlas de bosques. Um a
Sementcira. A reproducção dos eucaly- dois mezes depois desta operação, proce-
ptus faz-se por sementes. Devem ser semea- dar-se-ha á plantação definitiva.
dos em alfóbres (canteiros), de Maio a Plantação definitiva. Esta operação será
Outubro. Qualquer terra, não muito argi- executada quando as mudas attingirem a
losa, presta-se á sementeira, preferindp-se altura mínima de 25 a 50 centímetros. Além
uma em cuja composição entrem duas par- dessa altura, não é aconselhável a planta-
tes de terra vegetal e uma de areia. Antes ção. Os dias chuvosos são os mais propí-
de se proceder á semeadura convém regar cios.
abundantemente os alfóbres para deste mo- O emprego de tutores, ou estacas, deve
do se evkar as regas antes da germinação ser abolido porque com esta pratica as plan-
das plantas. As semenus devem ser ligei- tas crescem desproporcionalmente em al-
ramente cobertas com terra pulverisada por tura com prejuízo da resistência do tronco*.
peneiração ou com areia. Empregam-se 50 Preparo do terreno. Desde que o ter-
grammas de sementes para cada metro qua- reno o permitta, convém que nelle se faça
drado de superfície, devendo um kilo pro- uma lavragem antes da plantação defini-
duzir approximadamente no mínimo 30.000 tiva, comprehendendo nesta operação a gra*
pés. dagem e", si possível, o emprego do rolo.
Transplantação. Esta operação deve ser Quando o terreno, pela sua disposição na-
feita dous mezes após á semeadura. Os tural, não permittir a lavragem, procede-se
eucalyptus serão mudados para caixões de logo a abertura das covas que devem ter 50
madeira com as seguintes dimensões geral- centímetros de cubo. Na abertura das co-
mente usadas: 0",60X0",10XO,n,6O, compor- vas é necessário que a terra do solo seja
separada do sub-solo, devendo aquella fi-
car no fundo da cova, e com esta comple-
tar-se-ha o seu alimento (enchimento).
Processos de alinhamento. O mais em-
ARMAZÉM TEIXEIRA pregado é o de linhas parallelas com o es-
paçamento de 2m,50, podendo-se também
D B usar o alinhamento em quadras, em quin-
concio.
Seccos e Molhados Desbastes. De um modo geral, o pri-
meiro desbaste dos eucalyptus deve ser fei-
Gêneros Coloniaes e Extran- to no quinto anno. O critério adoptado nes-
ta operação será quando existirem ramos
geiros, Ferragens, Tintas, seccos e cahidos por debaixo da fronde das-
arvores do massiço. Nesse primeiro des-
Louças, Miudezas, baste, a madeira é aprove"Havel para esta-
etc, etc. caria, postes e lenha.
Inimigos dos eucalyptus. Dos diffe-
rentes inimigos dos eucalyptus o mais per-
nicioso é a formiga saúva. Sem a sua
extineção, é impossível a sua cultura. O
capim ataca também os eucalyptus, porém,
Gasemiro Teixeira ia Silva a sua acção é isolada e não acarreta ma-
lefícios ás culturas. Quando novos, são
atacados algumas vezes por um fungus
Rua Riachuelo, 3 0 7 (cogumelo), que é facilmente destruído,
sendo bastante, para isso, o emprego da
Telephone Central 1495 areia fina ligeiramente aquecida. Outro»
parasitas infestam os eucalyptus, a maior
porte dos quaes não existem entre nós.
$@6^&hfr\:?Ò'&&&@@r?K ALMANACH DE PORTO ALEGRE ^ ^ e i i ; í ; T ; . u s j : 77 TB8K

Excentricidade de alguns Onde estão as pessoas que não são serias ?


compositores A dona da casa lê, de-
pois do almoço, os an-
Haydn tinha o costume de enfiar rou- nuncios da Gazeta de
pas domingueiras para compor. Empoava Noticias:
os cabellos e levava um annel que lhe dera «Uma pessoa séria,
Frederico 1 II, e sem o qual a inspiração lhe que dá execellentes re-
faltava, dizia elle. ferencias, deseja em-
Gluck amava o scenario da natureza. pregar-se . . .
Fazia transportar seu piano ao meio «Cavalheiro muito sé-
de um campo e ali, com algumas garra- rio, a quem sobram al-
fas de champagne, escrevia as suas deli- gumas horas do seu
ciosas melodias. emprego, offerece-se
Gounod confessava que as suas mais para...
bellas obras lhe tinham sido inspiradas «Rapaz de vinte an-
quando jogava as cartas. nos, tudo quanto ha de mais sério, pede
Rosini era muito indolente e durante a collocação . . . »
sua mocidade compunha sempre na cama. — E' curioso isto, observa a leitora, in-
Um dia estava quasi acabado um trio, terrompendo-se; são sempre pessoas serias
mas tendo a folha de papel lhe cahido das que pedem empregos! E as que não são
mãos, elle preferiu recomeçal-o, a ter que serias, o que fazem?
se levantar. — Ainda o perguntas! observa-lhe o ma-
Entretanto, o seu imortal Barbeiro de rido; essas já estão todas empregadas.
Sevilha foi escripto em treze dias!
Rubinstein detestava o estylo epistolar
• ••
e sempre escrevia cartas em máo humor. A amisade comporta a differença dos
Beethoven foi o escravo de singulares caracteres, como o amor a dos sexos.
hábitos. Mudava de aposento a cada mo-
mento e todos os dias, invariavelmente,
depois de jantar, por qualquer tempo, fa-
zia um enorme passeio. Quando compunha,
gemia de tal fôrma que muitas vezes os
seus visinhos o suppunham doente. Ti-
nha o costume de sahir vestido como um
ARIETA IRMÃOS
mendigo, levando sapatos rotos e acalca-
nhados. Importação e Commissão
Verdi, o veterano dos compositores, ti-
nha a mania dos cavallos e sua cochejra,
em Gênova, era admirável.

Eu, cada vez que via a espada de meu


avô, enthusiasmava-me, e a minha vonta-
de era entrar numa guerra!
Rua 7 Setembro, 83
— E então? O que admira isso? Telephone 1660
— Mas cada vez que via a perna de
pau de meu avô, o enthusiasmo resfriava, Endereço telegraphico: M O T O R
e logo as minhas idéias se tornavam paci- Códigos:
ficas. Ribeiro © A B C
• •• C a i x a postal 247
Todos os homens são filhos de um Deus,
sábio, bom, justo e misericordioso... r ©
Faz pena vêr tão bom pae com tão ma
"família.
•^pç. 7g :;^frfc}3};vq ;;-;-;. vLMANACII l>E PORTO A L E G R E -jePlT^I-WrH-X-r-X-v

MARCA TIGRE
I

I SÃO AS CONSERVAS PREFERIDAS


«I »«=::.= HO NORTE DO BRASIL

Paté em latas de Vs e 1/4 kilos


Salsichas em latas de V2 kilo
Salame em latas de V2 kilo
Presunto «osido sem osso
Bacon, Toucinho sal-
gado, etc, etc.
• •

Fabrica: S ã o feeopoldo

Escriptorio: Porto Alegre

Rua Voluntários da Patria n. 263


RIO GRANDE DO SUL
^H-frh\~\-\~\W&&&@á ALMANACH D E PORTO A L E G R E

Datas notáveis para os Estados jurada a Constituição da Republica Orien-


sul-americanos tal do Uruguay.
27 de Agosto de 1828 — Na cidade do
3 de Janeiro de 1826 — Declaração da Rio de Janeiro, firmaram-se as prelimina-
guerra da Republica Argentina ao Brasil. res da paz a estabelecer-se entre a Repu-
20 de Janeiro de 1817 — A praça de blica Argentina e o império do Brasil.
Montevidéo é tomada pelas armas portu- 10 de Setembro de 1829 — A Constitui-
guezas ao mando do general D. Carlos ção do Estado Oriental do Uruguay foi
Frederico Lecor. sanccionada pela Assembléa Constituinte.
1." de Janeiro de 1843 — No antigo Cabo 22 de Outubro de 1853 — Morre o briga-
do Sul collocou-se a pedra fundamental deiro-general D. João Antônio Lavalleja.
do templo anglicano na Republica do Uru- 24 de Novembro de 1828 — Installa-se
guay. em S. José (Republica Oriental) a As-
3 de Fevereiro de 1852 — Batalha ferida sembléa Constituinte.
em Monte Caseros, em que foi derrotado 25 de Novembro de 1828 — Os repre-
o numeroso exercito do general Rosas pe- sentantes da Republica do Paraguay, reu-
las forças alliadas de operações, sob o com- nidos no Congresso Geral, firmam a acta
mando do brigadeiro-general D. Justo Jo- da Independência Nacional.
sé de Urquiza, governador e capitão-gene- 10 de Dezembro de 1825 — Declaração
ral da província de Entre Rios, das quaes da guerra do Brasil á Republica Argentina.
se compunha parte da divisão oriental ao 27 de Outubro de 1917 — Declaração de
commando do general D. Cezar Diaz. guerra do Brasil á Allemanha.
15 de Março de 1880 — Tendo sido re-
nunciada a presidência da Republica Orien-
tal pelo coronel Latorre, foi, em seu logar,
eleito pelo tempo que lhe faltava, até 1.°
de Março de 1883, o doutor D. Francisco
TROVAS POPULARES
Vidal.
23 de Abril de 1829 — As forças bra- O meu coração é terra
sileiras deixam a praça da cidade de Mon- Que eu hei de mandar lavrar,
tevidéu. P'ra semear os desejos
" 26 de Maio de 1830 — A constituição Que tenho de te falar!
da Republica Oriental é approvada na
O O O
corte do Brasil pelos plenipotenciarios do
império e pelos da Republica Argentina. A mais verdadeira prova de ter nascido
11 de Junho de 1582 — Fundou-se a ci- com grandes qualidades é o ter nascido
sem inveja.
dade de Buenos-Aires, actual capital da
Republica Argentina.
ooe
9 de Julho de 1816 — O congresso, reu- N'uma reunião elogiam um político pelo
nido na cidade de Tucuman, proclama so- grande numero de amisades, que soube
grangear.
lemnemente a independência das provín- O interessado diz:
cias unidas do Rio da Prata. — E ' verdade, tenho muitos amigos;
9 de Julho de 1853 — Juramento da mas, entre todos, apenas um me tem sido
útil.
Constituição Federal da Republica Argen-
— Quem? — perguntam muitos a um
tina. tempo.
18 de Julho de 1830 — E ' solemnemente —i Um inimigo do meu adversário.
ifcfrrfc 80 S S t S B C O X i y,r&- ALMANACH IÍE TORTO ALEGRE -IríSiéKriTlTÍTH-l-l^rH-;-

8S
• «ooooooo oooooooa ô!°°«>o.
•* o_ *


SORTE GRANDE
COCOOCOCOCOCXDOOOOOOOO

A Fortuna é caprichosa... Chega, ás ve- um emprego seguro e estável. O mais que


zes, de surpresa, quando menos esperada, conseguira foi o logar de ajudante de
e mesmo até sem ter sido p e n s a d a . . . guarda-livros, num escriptorio de quarta
Quantos casos se conhecem de pessoas classe. Verificou, desde logo, que o pa-
que, cançadas de lutar, vão já ao desanimo trão era estúpido e que a sua vida ali seria
quando a Deusa apparece e, sorridente, uma continuação dos soffrimentos de sem-
lhes estende a mão? pre.
Por que, então, elle, Macario, havia de Mesmo assim foi esse o melhor tempo da
descrer da chegada do -eu dia, do seu sua vida torturada. Sobravam-lhe algu-
grande dia de todos os homens? Tinha mas horas por dia e aproveitava-as, len-
mesmo um presentimento de que a sorte do, estudando, escrevendo. Pensava até em
ainda o bafejaria. Nem toda a vida havia nunca deixar a collocação promettendo a si
de ser desgraçado. mesmo um esforço extraordinário para
Em criança fora quasi miserável. Em- supportar os vexames e as brutalidade» a
quanto os outros meninos iam á escola que, de continuo era sujeito. Mas, um dia
com os sapatos lu-tru-os e chapéus ele- foi despedido como um cão.
gantes, elle calçava botas cambadas e co- Na véspera enganara-se no endereço de
bria a cabeça com um bonet de feltro, cos- duas cartas. A um péssimo freguez man-
turado em casa, pela mama. Em rapaz, a dou uma série de períodos delicados, com
esforços próprios, mettera-se no collegio offerecimentos e altas considerações, e ao
secundário e não pudera nunca tomar par- melhor passou formidável descompostura,
te nas festas de fim de anno, porque nem exigindo prompto pagamento, sob ameaça
sempre tinha collarinho engommado, gra- de e x e c u ç ã o . . .
vata decente e roupa limpa. Verdade, po- O máo freguez não reclamou o trata-
rém, é que tanto o mestre primário, um mento ; mas, o optimo não acceitou as ex-
quasi philosopho, como os lentes do col- cusas.
legio tiveram-no sempre na melhor conta Macario, depois de ter recebido a ulti-
como estudante intelligente e applicado. ma parte do ordenado, saiu do escriptorio,
Macario aprendia tudo com rara facilida- humilhado, abatido, julgando-se um grande
de e nunca se embaraçara nos exames. desgraçado. Já no fim do mez. Tinha di-
Não freqüentava a roda dos collegas; vidas, compromissos a solver e o que pos-
mas, os rapazes elegantes pediam-lhe, ás suía mal dava para os cigarros c o bonde.
vezes, explicações sobre certos pontos das Atirou-se, com fúria, á procura de traba- (
matérias estudadas, a traducção do capi- lho. Foi a todos os conhecidos, bateu a to-
tulo mais difficil, a resolução de um pro- das as portas. Nada obteve.
blema i n t r i n c a d o . . . Num mesmo dia recebeu três intima-
No fundo, Macario odiava aquelles pe- ções: do senhorio, da lavadeira, da dona
lintras, cujos pães possuíam fortunas e da pensão.
que da vida só conheciam os encantos e os O primeiro deu-lhe uma semana para
prazeres. mudar-se, ou ver-se atirado á r u a ; a se-
Mas, quem sabe? um dia, também elle gunda concedeu-lhe cinco dias ou para pa-
poderia ser r i c o . . . E uma esperança fir- gar ou ficar sem a roupa que estava na la-
me impellia-o para frente, para o trabalho vadeira e a terceira marcou-lhe três dias
e para os livros. ou para entrar com o dinheiro ou ser co-
Aos trinta annos, em constante luta brado, á hora do jantar, publicamente, á
com o destino, era «ülustrado. Isso, po- frente de todos os hospedes . . .
rém, não lhe offereceu uma situação de Exgottados os prazos, não tinha -lidado
conforto, nem o auxiliou, na obtenção de nem um desses compromissos . . .
!
&r?&ff&&@&®&k ALMANACH D E PORTO A L E G R E r'l~'%~',-'^'~'<r •\-m 81 r&SK

O dono da casa appareceu-lhe, então, soubesse, á tarde, que elle fora premiado?
grosseiro e exigente. Entrou-lhe pelo Pensou mais um instante até que teve uma
quarto e disse-lhe que esperava até ao dia resolução. Entregou o bilhete ao cambista,
seguinte e que dahi em diante não atten- metteu o dinheiro no bolso e seguiu ligei-
<lena a mais nada. ro, como quem foge a uma tentação. Na
Macario desanimou. Possuía pouco primeira esquina, porém, parou. Não se-
mais de dez mil réis. Foi esse o seu peior ria uma loucura abandonar aquelle bilhete?
dia de vida. Não saiu e / á noite, desalen- Não seria metter os pés na Fortuna? Ati-
tado, atirou-se á cama e poz-se a pensar. rar com a sorte por água abaixo?
Mais tarde dormia e teve um sonho lindo. A Fortuna é caprichosa... Não é ver-
Estava rico, riquíssimo e era amplamen- dade que chega, ás vezes, quando menos
t e feliz.. Havia tirado a sorte grande de esperada?
•cem contos.
O sonho que tivera, o cego, aquelle nu-
Viu o dinheiro, teve-o em mãos, gastou mero, não seriam, porventura, um aviso
largas quantias, gosou, teve alegrias e pra- mandado pela Fortuna, por um capricho
zeres intensos.' curioso, naquelle momento critico da sua
Comprara um bilhete, ao acaso, na rua, vida?
e, conferindo : o, viu que estava premiado. Era. Voltou correndo. No mesmo logar
O bilhete terminava em 145 e era grande, estava o cego, com o bilhete que ninguém
bonitoi em cores . . . quizéra comprar.
Quando acordou teve uma enorme dece- — E ' o ultimo inteiro para hoje —
pção. E r a um miserável, sem casa, sem ^9.145.
pensão, sem roupa . . .
Macario tomou-lhe o bilhete, verificou
Levantou-se para ir, pela ultima vez, se' era o mesmo, pagou e não mais procu-
procurar um conhecido que promettera ar- rou a recommendação para a Light. Vol-
ranjar-lhe uma recommendação para a tou para casa e notou que ia plenamente
Light. Saiu de casa triste, sem esperança, satisfeito, que havia, no seu intimo, algu-
quasi sem forças e sem vontade de andar. ma cousa de novo, que elle não sabia o
Quando entrou na rua do Ouvidor, bem que e r a ; mas, que lhe dava uma grande
perto, annunciaram a sorte grande. ' E r a alegria.
sabbado, dia da extracção do plano de cem
contos. Volveu o olhar e deu com um cego, Fechou-se no quarto e, tranquillo, se-
com um bilhete na mão e que gritava: guro, absolutamente convencido de que
— E ' o ultimo inteiro. Cem contos por naquelle dia mudaria completamente d^e
dez mil réis. E'' o ultimo — 39.145. vida e de situação, entrou a fazer cál-
culos.
Macario estacou. Pediu o bilhete para
vêr. Examinou-o bem. Não restava a me- Cem contos! Logo que os recebesse pa-
nor duvida! era aquelle, positivamente, o garia todas as dividas, mudar-se-ia e pro-
bilhete que lhe apparecerá em sonho, que curaria um hotel onde ninguém lhe falasse
elle tivera nas mãos e que agora, em rea- do passado, por desconhecel-o inteira-
lidade, ali estava entre seus dedos trê- mente.
mulos . . . Esforçar-se-ia, elle próprio, por se es-
Metteu a mão no bolso e tirou tudo o quecer do que fora, do que soffrera e só
que possuía. Dez mil e quatrocentos réis. se preoccuparia do futuro e da vida nova.
Ficou indeciso um momento. Iria a theatros, a festas e havia de vin-
Olhou o bilhete; olhou o dinheiro . . . gar-se de muita humilhação soffrida em
Teve duvida entre adquirir aquelle pedaço penoso silencio! . . .
de papej ou deixal-o com o cego. Se o Poria cincoenta contos num banco; com
comprasse, ficaria com quatrocentos réis, quarenta tentaria vários negócios e dez ha-
a p e n a s . . . Mas, se o não comprasse e via de gastal-os só com a sua installação e

Para a horticultura e culturas annexas o A O I 7 B O


i^MlfcÊOIFL de BIIVS AL F R I E D E -
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H-IT^HTI-VM-W- ALM.WACII D E PORTO ALUGUE HrÍT^a^^SHSrrHrfStèiSfc

o seu preparo. «Toilettes>. jóias, livros, que o atordoavam. Passou-!he uma nuvem
tudo do melhor, tudo muito f i n o . . . pelo o l h a r . . .
E olhou com desprezo para a sua cama, Seria possível aquillo?
para a sua roupa, para os sapatos... Ter Estava como fora de si.
qu,e supportar aquillo ainda por um ou Fez um esforço, recuperou o sangue frio,
dois dias ! . . . dirigiu-se ao homem da agencia, que o
Nesse momento bateram á porta. Era o observava admirado, e perguntou se, de
senhorio. Macario levantou-se, mediu o facto, eram aquelles os números premia-
homem de alto a baixo e, com voz segura, dos. Não queria acreditar . . .
disse: — Ora essa! E' boa! Se são esses?
Quaes queria, então, o senhor, que fossem?
— Vou buscar o seu dinheiro. — Logo, este bilhete, 39.145 . . .
E saiu. Eram três horas da tarde. Cor- Nem pôde terminar. Estava commovi-
reu á agencia das loterias. dissimo. Metteu a mão no bolso e sentiu
Bem á vista, num enorme quadro negro, o contacto do nickel. Tirou-o; olhou-o;
em caracteres fortes, estavam os núme- examinou-o.
ros premiados. y — Que valiam quatrocentos réis? Que
Entrou. Leu. Conferiu o bilhete, tiran- eram quatrocentos réis?
do-o do bolso, se bem que soubesse o nu- Passou a mão pelos olhos, pela testa,,
mero de cór. pelos cabellos. Estava livido, offegante.
Olhou de novo os números e de novo o Afinal, com pasmo geral, suspirou, num
bilhete . . . Sentiu-se tonto . . . Pensou que grande esforço, como quem procura alli-
sonhava. Seria verdade? Podia ser ver- viar-se de um peso que está sobre o peito,
dade? opprimindo-o.
Pareceu-lhe que lhe cantavam aos ou- O 39.145 estava b r a n c o . . .
vidos uns sons exquisitcrs, como zumbidos, José Sizenando.

A' porta do cGlobo», um litterato vomi- N'uns exames:


ta cabras e lagartos contra um amigo seu. — Diga-me, o que é catalepsia?
— Cale-se, homem! diz-lhe um collega, — Ha diversas opiniões; mas eu sigo
que o estava ouvindo. — Eu tenho ouvido a do meu distincto cathedratico.
dizer que você lhe deve obrigações. — Muito obrigado. Exponha-a então.
— Não lhe devo nada. Um dia, fez-me — Aguardo que v. ex.m a exponha pri-
um favor que lhe pedi; mas, no dia se-
meiro, para depois eu adherir a ella.
guinte, pedi-lhe outro, e não m'o fez. Es-
tamos quites.
• ••
— Não entendo de modas femininas;
— Qual é a renda do terceiro andar porém ha um vestido que me agrada mui-
que está com escriptos?
to nas mulheres . . .
— Não serve para o. senhor.
— Ora, essa! Porque? E' aquelle que ellas despem deante de
— Porque o senhor é muito velho já, e mim.
o senhorio não quer que morra ninguém
no prédio. • ••
— Venho pedir-lhe a sua filha.
Para muitas mulheres a própria carida- — Como? Dar a minha filha a um sim-
de e um sport. ples escriptor?... Nunca!
— Bom; pois, então, empreste-m'a 1
jfOJCoSfêfêklOfêlCICIColêfêK ALMABÍACJH D E P O R T O A L E G R E -'^-Ò^ÒWÁ'-'-'-'.- 83 -1-H6K

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não corresponda ás exigências da moda, que


só aceita a pluma desfrizada, flexuosa, ma-
VESTIDOS * * niavel, dócil a todos enrolamentos e sujei-
ções da fantazia.
PARA 0 LÍRICO A renda também, por uma feliz reviravol-
0-«O«O'O'O-O'O^ ta da moda, entrou de novo em grande uso.
Não podemos deixar de nos felicitar por
Está novamente em foco a rogaçante
tal innovação. A renda é o enfeito ideal.
questão dos vestidos de baile.
As rendas de ouro e de prata salpicadas de
Das mangas já não resta senão o vago
palheta brilhantes ou polvilhadas de contas
indicio de um galão dourado, de uma fita,
de crystal luzente, são, por ora, as mais
de um fio de contas ou de um velludinho
geralmente usadas.
paradoxal para fingir não deixar cahir o
corpete, cada vez mais simplificado. O modelo Prémet, um mimo de fanta-
No passo em que andam os vestidos de zia de elegância, tendo por único enfeito
baile em breve não passarão da cauda... e um immenso «fichú» de renda de ouro.
da capa de s a i d a ! . . . Pela exiguidade do O setim negro da China e do corpete
tecido empregado, os vestidos de baile de- liso, absolutamente sem mangas, começou
l i a m ser muito mais baratos do que os ou- com vontade de ser magestoso e conserva-
tros vestidos; a lei de contradicção, porém, dor, mas ao chegar á barriga da perna ar-
que domina tudo quanto diz respeito á regaçou-se abruptamente na impertinencia
mulher, dia a dia vae augmentando o preço de um atrevido apanhado, de onde se alon-
das suas etiquettes. ga em delgada cauda pelo chão. O amplo
Já se não deveriam chamar vestidos, mas fichú, disposto ás soltas sobre a nudez dos
sim «despidos» tão pouca fazenda conso- hombros e' dos braços, cruza-se na frente
mem, mas a qualidade sobrelevando á quan- como um chalé clássico, mas, numa explo-
tidade, tem o topete de custar um, dois, três são de ousadia, encaracola-se em drape-
ou quatro contos de réis. jos embabadados de «paniérs» sobre as ca-
São, todavia, esses «despidos» de gala, deiras e, prolongando-se atrás em manto
dando o devido desconto ao exaggero dos de corte, acompanha de uma áurea esteira
decótes, verdadeiras maravilhas das mil de renda a estreiteza da cauda negra. O
e uma noites. effeito da renda em «redingote» sobre o
A pluma, dia a dia, se vae impondo. Pe- escuro da saia preta é graciosíssimo, tem
na é que a nossa arte plumaria nacional um «cachet» de originalidade picante e

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distincta a um tempo, que só Prémet sáUê" Dois outros pennachos palpitantes cerram-
imprimir ás suas lindas creações. lhe, na frente, o entreaberto revelador do
A toilette Chermit tem a pluma que apanhado da saia. Na graça esquisita de
constitue o único enfeite. A saia muito sua concepção essa «toilette» tem qualquer
curta tem um movimento de drapejo ao coisa de arrojado e de estranho, lembran-
lado, desenrolando-se a fina ca^uda em do a plumagem arripiada de uma ave es-
alongado rabo de peixe. O crepon de seda quiva. Imaginação dirão, talvez . . . Mas
preta de que é feito, pela sua flexibilida- ao que visa toda toilette senão suggerir á
de e molleza, presta-se ao envolvente do «folie du logis» o que o tecido por si só
feitio languido. O immenso decóte de- não poderia nunca exprimir. Ahi é que
brua-se de uma frisada ondulação de está toda a arte da costureira, quando a
plumas verde periquito. Um pennacho costureira é artista, o que não é lá muito
dessas mesmas plumas orna-lhe em ponta commum, verdade seja dita.
de faixa o arremate da cintura, atrás. Chiffon.

O professpr de Historia As abreviaturas não teem segredos para


Sagrada acabou de expli- Barnabé.
car á classe a parábola do Um dia, estava lendo um periódico, no
Filho pródigo. N o fim, qual se relatava, n'estes termos, a traves-
para averiguar da atten- sia verificada por uma pessoa de impor-
ção que os seus alumnos tância : " A viagem foi rápida e feliz. O
lhe prestaram, perguntou: navio foi sempre favorecido por vento de
— Quem foi que não te- SE."
' ve satisfação por o Filho E Barnabé leu em voz alta, sem vacil-
pródigo regressar? lar:
E logo um dos pequenos respondeu: " O navio foi sempre favorecido por
— Foi o bezerro gordo! vento de Sua Excellencia. '

+•• Tendo-se Carlos V., de Hespanha, ena-


morado perdidamente da duqueza de Me-
Conselho barato. — O que é isso. meu dinaceli, solicitou d'ella uma entrevista
caro? Tem o parecer tão apoquentado! secreta.
Dòe-lhe algum dente? Fora com elle! E ' — Senhor, respondeu ao monarcha a
arrancal-o. Se fosse meu é o que eu fazia. virtuosa dama, se eu tivesse duas almas
— Sim, meu amigo. Creia que, se fos- arriscaria uma para vós com prazer; po-
se seu, era, também, o que eu lhe fazia. rém, tenho uma só e desejo conserval-a.

VA :
V - ALIPIO CÉSAR & C
IMPORTADORES E EXPORTADORES

Fumos, Cerea.es, etc. em. grosso


PORTO ALEGRE-VOLUNTÁRIOS OA PATRIA, 102 -Telegramma: A l i p i o
-£t3-86*3eX-:-kvi:-;-:-:T ALMANACH D E PORTO ALEGRE ^ejeíftFlrl-hl-rrRrí-I-Hr^

va-se isso cortando-se algumas e deixando-


VIDA DOS CAMPOS se expostas ao ar mais ou menos durante
I M A A M i uma hora; se passado esse tempo se tor-
nam negras ou esverdeadas, é signal que
A conservação de productos por não estão ainda a ponto. Tem-se conser-
meio de cal vado batatas doces durante 6 mezes, man-
tendo-as simplesmente embebidas em cal
A cal é um dos melhores preservativos secca.
para grande cópia de productos culinários, Ha pouco tempo, na estação passada,
e assim tem sido empregada na conserva- fez-se na Argentina uma experiência inte-
ção de trutas, tuberculos e grãos. Para ar- ressante: as batatas eram primeiramente
mazenarem-se, conservados os productos, removidas em cal e logo encaixotadas, não
é essencial que hajam elles attingidos a seu hermeticamente, com a mistura referida.
gráo completo de maturidade, e além disso Para se conservar frescas durante um tem-
que. logo depois de colhidos, se tenham po não demasiadamente longo, passam-se
submettido ao que se chama o «processo em cal e se collocam em sitio secco e
de transpiraçáo». E--te processo tem por fresco.
fim libertal-os do que lhes sobra d'água Conservação em grãos para semear — E'
e até certo ponto pôde produzir algumas sabido que, a não ser que se façam provi-
transformações chimicas no produeto. sões especiaes, encerrando-se hermetica-
Fructas e limões — Encontram-se facil- mente em tanques, latas de kerozene, ou
mente em abundância durante os mezes submettendo-as a fumigações, e t c , a ques-
mais frescos do anno, mas difficilmente tão mais difficil no litoral é conservarem-
se podem obter no verão. Deve-se isso pro- se as sementes livres de gorgulhos.
vavelmente á sua pobreza de qualidades Descobriu-se que os insectosv não podem
conservadoras, e mais particularmente nas proliferar e multiplicar-se em grãos que
regiões dp littoral, onde, depois de colhi- não contenham uma certa porcentagem de
dos, se mantém frescos por espaço de tem- humidade. O trigo, por exemplo, pôde
po muito curto. tel-a pelo menos em 10 %.
Como conserval-os, que se não estra- Um methodo simplissimo de preservar
guem? A experiência já foi feita com o os grãos contra a humidade é usar vasi-
seguinte tratamento; ao colher, -ollocam- lhas que fechem' tão hermeticamente quan-
se em um sitio bem ventilado e.na sombra, to possível, como um tanque, uma lata de
durante dois dias, logo após collocados petróleo, etc. e ao guardarem-se nella as
em cal bem secca, os fruclos bem sementes juntar-se-lhes uma quantidade
separados uns dos outros. Se antes esti- de cal recentemente queimada. No caso
veram estes amontoados, seria necessária das vasilhas não fecharem bem, os saccos
repetir-se a operação passada uma sema- que contenham as sementes devem cobrir-
na, especialmente se a pelle da fruta é ao se completamente com cal.
mesmo tempo grossa e fraca. Póde-se de- A cal pôde misturar-se com os grãos,
posital-as em uma caixa de madeira fe- sem prejuízo para estes. Para verifical-o
chada hermeticamente, forrando-se e esta fizeram-se experiências repetidas, com re-
cobrinco-se de papel grosso. sultados concludentes.
Em uma experiência de ensaio sem o Releva notar ainda que o custo da cal
emprego da cal, os lin^ões se estragaram usada na conservação desses productos é
facilmente. insignificante, e não se perde, porque de-
Batatas — Para conservarem-se efficaz- pois dessa esterilização póde-se applical-a
mente os tuberculos, é indispensável que ainda á terra como adubo, quasi sempre
estejam completamente maduras. Compro- • com vantagens consideráveis.

Fabricados com fumos espe-


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| Banque Française et Italienne pour 1'Amenpe du Sud j


jEJ (Banca Francese e Italiana per 1*America dei Sud) EÊ
|| (SOCIEDADE ANONYMA) j |
f| Sede social: PARIS | |
= Capital pago Frs. 50.000.000,00 =
S Fundo de Reserva _ Frs. 25.393.537,87 s
= SUCCURSAES no Brasil: j=
= São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Santos, Curityba. SE
H AGENCIAS no Brasil: =§
= Araraquara, Botucatú, Caxias, Espirito Santo do Pinhal, Jahú, Mo- SE
ES coca, Ponta Grossa, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Pardo EE
Ei SUCCURSAL na Republica Argentina: =Ej
EE Buenos Aires, Cangallo Esq. 25 de Maio. EE
== ENDEREÇO TELEGRAPHICO: EE
== para Paris e Brasil: SUDAMERIS; para Buenos Aires: FRANCITAL =

AGENTES GERAES para o Brasil e Argentina dos:


BANCA COMMERCIALE ITALIANA, MILANO
SOCIETE' GENÉRALE POUR FAVORISER E T C , PARIS
LONDON JOINT CITY & MIDLAND BANK LTD, LONDRES
O Banco tem correspondentes em todas as praças do Brasil e do Ex-
trangeiro, e trata de todos os negócios de Banco ás condições
mais vantajosas.
O Banco é OFFICIALMENTE designado pelo THESOURO ITA-
LIANO e pelo GOVERNO FRANCEZ, como seu DELEGADO
para o pagamento no Brasil dos coupons de juros dos EMPRÉS-
TIMOS DE GUERRA Italianos e Francezes.
O Banco é também correspondente official da Direction des Postes
Suisses.
SUCCURSAL EM PORTO ALEGRE:
20 22, Rua General Câmara
Caixa Postal 161 Telephone: Central n. 71

(?
•Brl- 88 ••flrlqéatrBTÍrÍT:-^ ALMAXAC H D E PORTO A L E G R E rie^^O^^^Tfrr^firBrh

— Senhores jurados —
Prova do movimento da terra diz o presidente do Tri-
bunal — esta senhora re-
Colloque-se o leitor, de noite, ao norte clama desse cavalheiro
de um edifício, de uma torre de egreja, quinhentos mil réis por
por exemplo, e tire, sobre a esquerda d'esse lhe haver furtado um
edifício, uma estrella muito próxima de se beijo.
esconder por detraz do obstáculo; e, uma — Exactamente — diz
vez n'essa posição, não mova mais os pés um delles — V. s. deve
do logâr onde os tem. Verá, em pouco, a decidir si o beijo recla-
estrella desapparecer atraz do obstáculo, e, mado pôde ou não valer
se inclinar um pouco a cabeça para o lado — E', effectivamente, esse o ponto que
esquerdo, tornará a vêl-a novamente: de- temos a decidir, senhores jurados. Pode-
pois, ella esconder-se-ha ainda, e ser-lhe-ha ria a presidência mandarj dar-nos uma
preciso, ao leitor, inclinar a cabeça mais amostra ?
ainda para continuar a vela. Finalmente,
depois de 10 minutos, se não arredou os
pé*, tem de se inclinar de tal maneira para
vèr a estrella, que lhe -M-rá difficil con- — Dize-me, Carlinhos, quantos irmãos
servar-se n'essa posição, sem risco de tens mais velhos do que t u ?
cahir. — Tenho quatro, senhor professor.
Por conseguinte, ou a estrella andou — E quantos tens mais novos do que tu?
para se esconder por detraz da terra, ou a — Cinco. ^
estrella conservou-se no seu logar e foi — Ali! então são dez irmãos?
a terra que arrastou o leitor e a terra para — Não, senhor; somos onze.
leste, e para dcante da estrella, que deixou — Bem se vê que não sabes sommar.
de se poder vèr. N'ão foi a estrella que Quatro mais velhos e cinco mais novqs, e
andou, porque á distancia em que ella está, depois contando comtigo, são dez. Pois
ter-lhe-hia sido preciso andar n'esses 10 não é isto?
minutos dois ou três milhões de léguas, — E', sim, senhor; mas nós somos onze.
emquar.tn que não é preciso para a Tenho um mano da mesma edade que éu.
terra, senão effectuar um pequeno mo- Eu e elle somos gêmeos.
vimento. Foi, portanto, a terra que se
deslocou, e do poente para levante. •••
Quanto menos alta estiver, no céo, a Um dia, um rapazito foi para a escola
estrella escolhida para esta experiência, com as mãos sujas, e o mestre disse-lhe:
melhor se verá manifestar esta prova do — Joannico, não me tornes a apparecer
movimento do globo terrestre.
aqui, com as mãos sujas* d'essa maneira.
O que é que dizia, se eu viesse para a es-
cola com as mãos sujas assim?
A's mulheres, disse alguém, que as co- — Não dizia nada, respondeu Joannico
nhecia, sedul-as tudo que tem visos de promptamente. A minha boa educação
mysterio. chegava até ahi.

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dido mais de 75 % da sua producção xle


A reconstmcção econômica fonte e aço, 70 % da de hulha e 90 % do
minério de ferro, 94 % da lã, 90 % do
da França linho, 65 % do assucar.
Se a este quadro acerescentarmos uma
Nenhum grande paiz, mais do que a despeza total de 158 bilhões, que foi o
França, carece, ao iniciar a nova éra da custo de guerra, e uma divida superior e
paz, de alargar as possibilidades de sua 125 bilhões, sem fallar na perda de ho-
reconstrucção econômica e financeira, que mens superior a 2 milhões, teremps a ver-
a guerra abalou profundamente. dadeira situação da França, no dia da vi-
Emquanto a Inglaterra, os Estados Uni- ctoria.
dos, a Itália mesmo, apezar da invasão do A paz reintegrou seu território, que a
Veneto, soffreram a guerra pela perda de guerra de 1870 havia desmembrado, obri-
homens e pelo despendio de dinheiro, a gou o inimigo a reparar e indemnizar em
França teve o peso formidável accrescido espécie, e deu-lhe o usofrueto da região
pela invasão de zona mais industrial do mineira do Sarre por 15 annos, para com-
paiz, que foi destruída. pensar a destruição da bacia do norte,
Assim, emquanto outros paizes augmen- afora outras vantagens menores.
tavam, ao menos, suas producções natu- E' este o activo a compensar o colossal
raes, a França as via diminuir, minguar, passivo, que lhe peza sobre o dorso herói-
ameaçadas de desapparecer. co e, ajuntando-se as possibilidades de seu
De sua industria 30 % foi destruído; seu povo, retemperado na lucta gloriosa, jus-
rebanho ficou reduzido de 11.767.000 ca- tifica-se a serenidade com que encara o
beças; suas vias-ferreas desmantelladas, futuro.
pela invasão, ou pelas necessidades mili- Os outros grandes paizes carecem ape-
tares; suas cidades e aldeias derrocadas; "nas de organisar e expandir; á França é
sua tonelagem reduzida de 670.728, em fim, mister ainda mais, deve reconstruir até
gravemente feridas as fontes de riqueza o próprio solo revolto, pelas necessidades
nacional. Só, depois do Marne, havia per- da guerra.
Os Estados Unidos apresentam-lhe ge-
nerosos suas mãos dadivosas, para a re-
construcção preciza, num concurso, cuja
alta valia a guerra já mostrou.
Fabrica de Machinas Neste paiz, o alto commissario de Fran-
ça, sr. Eduardo Bailly, expoz, com sin-
Kundada em 1856 ceridade e franqueza, as circunstancias e
necessidades da França, nestes termos,
Fundição de ferro e b r o u e que dispensam qualquer commentario:
* e Estaleiro N a v a l 4 1." — Com a melhor parte do seu ter-
DE ritório destruído, a nação não pôde pro-
duzir, não se pôde abastecer do seu pró-
José Becker & Irmão prio carvão. Por tal razão, a França ver-
se-ha forçada a manter restricções para
proteger a sua industria, paio tempo que
fôr precizo. f —
'
2° — Para obter as matérias brutas,JHt-
• cessarias á sua industria, terá de lançar
mão da marinha mercante extrangeira.
Especialidade em agnhm di iimr miíiiraj 3." — O» commercio e a navegação estão
entrelaçados. Para reconstruir o commer-
Voluntários da Patria I cio extrangeiro desapparecido, a França
terá que construir navios.
335, 337 e 154 4 ° — Com o seu império colonial, a
(Anllfo Caminho Neto) França é actualmcnte, em território diz o
alto commissario, o quarto dos grandes
T e l e p h o n e n. . 5 2 9 paizes do mundo e, o quinto consideran-
do-se a sua população. A coadjuvaçãp
das colônias francezas durante a guerra.
fe;-:-sssK9i-:-:^

foi notável, tanto em supprimentos mate- O S E X O DOS OVOS DA G A L L I N H A


riaes quanto em homens. Cooperaram na
guerra 918.000 coloniaes. No desenvolvi- Numa das recentes sessões da Acade-
mento de suas colônias, a França vê uma mia das Sciencias de Paris, o sr. Edmond
das suas melhores prespectivas. Para at- Perrier analysou uma nota do sr. Lienard,
tender esse objectivo ella preciza consfruir professor na Faculdade de Nancy, sobre
navios. a determinação do sexo dos ovos da gal-
Em resumo, os francezes consideram linha.
como necessidades mais prementes: a ) re- Essas indagações têm um interesse pra-
construir o que foi dístruido; b) construir tico do ponto de vista da criação, porque
e comprar navios para importar materiaes é mais vantajoso xhocar ovos fêmeas do
brutas e expandir o seu commercio, tanto que ovos machos. Verificou-se que, dos.
com as colônias como com as demais na- ovos postos por gallinhas de raça pura, \
ções. 70 por cento dos mais pesados eram do se- '
xo masculino.
Vários especialistas têm confirmado
/ essas experiências. Scientistas norte-ame-
ricanos têm observado que os ovos de ge-
ma grande são em geral do sexo feminino.
Ora a gemma sendo 'mais leve do que a
clara, dahi resulta que os ovos mais leve
são os que dão productos do sexo feminino.

9 0 O
A honestidade das mulheres é, freqüen-
Senhoras celibatarias temente, apenas o amor á sua reputação
e ao seu repouso. Isto é : um egoísmo.
Não ha, entre os inglezes, nenhuma pala-
vra que mais desagradavelmente sôe a
muitos ouvidos do que a palavra spinster,.
equivalente á palavra portugueza soltei-
rona.
P o r esse motivo, constituiu-se muito re-
COMPANHIA
centemente, em Londres, uma Liga de se-
nhoras com o fim exclusivo de supprimir
do vocabulário ingléz essa palavra odiosa,
e substituil-a pela designação Lady Ba-
chclor (senhora celibataria).
Predial e Agrícola
Parece que todas as damas, membros da
Liga, trabalham com afan para conseguir
a suppressão da palavra em todo o Reino Compra e vende
Unido. Mas tropeçam com serias d i f i -
culdades, entre as quaes figura em primei- immoveis *
ro logar a má vontade do baixo povo, que urbanos e ruraes
poz por alcunha á Liga, precisamente a
palavra que ella deseja supprimir.

Um comediante summamente feio fa-


zia uma corte assídua á primeira dama da
companhia. . .
Marechal Flonano n. 81
— H a muito tempo que a amo, dizia-lhe Telephone 126
elle n'uma oceasião; diga-me, tenciona ser
sempre inflexível comigo? PORTO ALE6RE
— Pelo menos, respondeu ella, ejnquan-
to Deus me conservar a vista.
-fetêf 92 T n C I C O i - 1 ^ * ^ ALMAS %«'II DE PORTO VLEGHE HÇHTrí^TR-HítrrílTfT

OCXXXXOCOCOOOCOO^000" °°%0<X>C>OCOOCOCOOOOO

HIGH-LIFE CLUB
ARTE:
LUXO!

^ A ^
RUA ANDRADE JSÍEN/ES JVÍ. 48
(ANTIGA RUA NOVA)

O Cabaret mais CHIC e lu-


xuoso da capital — PREFE-
RIDO PELA ELITE - Esme-
rado serviço de restauraní —
TODAS AS NOITES GRAN-
DES ESTRÉAS de artistas
vindos directamente do Rio, S.
Paulo, Montevidéo e B. Aires
TODOS AO CABARET DO

HIGH-LIFE CLUB
•:-M-kfêfêfêfèieiefèfêíefêfèK ALMANACH D E PORTO ALEGRE ^TlêfeKtXKKXSK93?HeH

Achar no céo as principaes constela-


ções e estrellas do nosso hemispherio
Supporemos conhecidas a posição e a fi- Sobre a perpendicular:
gura da Grande Ursa ou í/rja Afoior, tam- 7." A Cabeça do Dragão, quatro estrellas
bém chamada o Grande Carro, o Carro de em trapezio, bem visíveis, do mesmo lado
David. Trace-se uma linha, que passe pe- que a cauda da Grande U r s a ;
las duas rodas trazeiras do carro, e pro-
longue-se essa linha, imaginariamente, de 8.° A Cabra, bella estrella amarella da
modo que ella corte o céu em duas partes. constellação do Cocheiro, opposta á prece-
dente ;
Encontra-se-á sobre essa linha, a uma 9.° Aldébaran, bella estrella vermelha da
distancia proximamente egual a quatro constellação do Touro, mais baixo que a
vezes o intervallo das duas rodas, uma es- Cabra.
trella de bastante brilho: é a Polar, estrella
em torno da qual parecem girar todas as Nos intervallos:
outras do céu. Imagine-se uma perpendi- 10." Arcturo, bella estrella vermelha da
cular, tirada d'esta estrella sobre a pri- constellação do Boieiro, prolongando o ar-
meira linha. Então, poder-se-hão • notar: co formado pela lança da Grande U r s a ;
Sobre a primeira linha: 11.° A Espiga, bella estrella da constel-
lação da Virgem, continuando o mesmo
\." A Grande Ursa, da qual se vêm bem arco;
sete estrellas: as quatro rodas do carro e
três, que figuram a lança; 12.° A Coroa boreal, um pouco abaixo da
linha que une Arcturo á Cabeça do Dra-
2.* A Pequena Ursa ou o Pequeno Carro,
gão ; a mais brilhante estrella d'esta cons-
de que a primeira estrella é a Polar, a que
tellação chama-se a Pérola;
j á nos referimos. Esta constellação é se-
melhante á precedente, mas voltada em 13." Casfor e Pollux, duas bellas estrel-
sentido inverso; é necessária uma vista boa las da constellação dos Gêmeos, sobre a li-
para distinguir as estrellas do carro; com nha que juncta Regulo a Aldébaran;
um binóculo de theatro, vêm-se perfeita- 14." Procyon, bella estrella da constella-
mente ; ção do Pequeno Cão, abaixo dos Gêmeos;
15.° Orion, a mais bella constellação do
3° Cepheu, formada por três estrellas céu; é um grande quadrilátero, do qual
em arco de circulo, do outro lado da polar, duas estrellas são muito bellas: Bételgeuse,
com referencia á Grande Ursa; vermelha, acima, á direita; Rigel, branca,
4.° Cassiopêa ou a Cadeira, quatro es- á esquerda e abaixo. No meio, o Boldrié
trellas pricipaes, em Y invertido; se se vol- d'Orion ou os Três Reis Magos; a cons-
tam as costas á Grande Ursa, Cepheu fica tellação está abaixo da linha, que junta
á direita e Cassiopêa á esquerda da linha Procyon a Aldébaran;
de que falamos;
5.° Pégaso, grande quadrilátero, muito 16.° Sirio, a mais bella estrella do céu,
maior que a Grande Ursa; as duas ultimas branca, da constellação do Grande Cão, ao
estrellas estão quasi sobre a linha em ques- meio da distancia entre" Procyon e Bétel-
tão, mais baixo que Cepheu e Cassiopêa; geuse, mas mais baixo;
6.° Regulo, bella estrella da constellação 17." Andrómcda. Pégaso, á semelhança
do Leão, mais baixo que a Grande Ursa, da Grande Ursa, tem a sua lança de carro,
um pouco á direita da linha; quando dize- as três estrellas da qual compõem a cons-
mos mais baixo, é sobre a linha que une a tellação de Andrómeda.
estrella polar de que falamos, approxi- 18. Perseu, três estrellas em arco, cons-
mando-nos do horizonte. tellação situada entre Andrómeda e a Ca-

Fumar só MARYLAND, é o rei dos fumos


CA5fl NEGRA-Marechal Floriano,80-Porto Alegre
i£iéí-94*e{é}6J-;-;-:Ti-f:--:r!- ALMANACH D E P O R T O *LE«RE ;iCK':ctotc::ic>ch-:-:-;?:-b:->;

bra, contém a estrella Algol, que varia de J / v


j'h/X/P'/p'///O
brilho em 2 dias e 21 horas; rí./\/V\S
19." lega. bella estrella da constellação
d'a Lyra, "mais abaixo e um pouco á es- Por toda a parte a solidão, a bruma,
querda da Cabeça do Dragão;
Dorme a Natura, dcsfallccc a flora
20." Altair. bella estrella da constellação
da Águia, mais abaixo e um pouco á es- Xão vês? Alem a cataracta chora,
querda de Véga. E' a morte da cor que se consuma.
A's 10 horas da noite, com céu limpo,
vèr-se-hão perfeitamente bem:
Em janeiro: Castor, Pollux, Procyon, Da noite, a sombra immcnsa se avoluma.
Sirio; Inverno. Ha neve pela estrada afora.
Em fevereiro: Regulo e as precedentes; As folhas itilum, <• as illusões de outrora
Em abril Arcturo, a Espiga; Também cahindo vão uma por uma
Em maio: a Coroa boreal;
Em julho: Véga, Altair;
Em setembro: Pégaso, Andrómeda; Sinto-me triste assim como este inverno,
Em novembro: Aldébaran; E' noite... • como a noite é tão escuro
Em dezembro: Rigel, Bételgeuse. O vulcão que' no peito eu trago interno.

Andei... acho-me exhausto, desolado,


Diálogos sociaes: E em vez das phantasias do futuro
— O que, baroneza! Encontro as negras sombras do passado!
Pois v. exa. comprou
para o seu boudoir Sovembro de 1919. Pinto Lima.
uma mobilia comple-
I ta, estylo Império?
Fm "um erro K'rau-.~imo...
— Xo emtanto, o visconde deve saber,
que é a ultima m o d a . . .
— Será; mas não lhe fica bem, com es- A maior casa de bebidas do
se delicioso nariz Luiz XV, que a barone-
za tem! inundo
• • • A maior casa de bebidas do mundo fe-
chou as suas portas no dia 26 de Maio do
Ella: — Mas, afinal, qual é a sua verda- anno corrente, em Ohio, America do Norte,
deira opinião sobre o casamento? Entende
no dia em que este Estado se tornou seé-
que é uma loucura ou uma necessidade ?
Elle: — Eu lhe digo, minha senhora; co em virtude duma lei que prohibe a fa-
quando um homem casa com uma rapari- bricação e venda de bebidas alcoólicas.
ga, q'ue tem os olhes tortos, o nariz arrebi- Esta casa emprega 77 caixeiros e copeiros,
tado, e um pae com uns centos de contos
de réis, reconheço que é uma necessidade. tendo um balcão de 216 pés de compri-
mento. Durante os últimos dois annos
• •• as entradas diárias em dinheiro depo-
sitado no banco importaram em 5.000
— Aqui a minha visinha do lado está dollars. O proprietário é um millionario
aprendendo a tocar piano, dizia D. Joanna que diz nunca ter fumado nem usado be-
Soares a uma visita; o marido d'ella bidas alcoólicas. Elle também afirma
aprende violino; minha filha está apren-
dendo órgão, e meu filho a aprender que nunca oceorreu uma briga na sua ta-
flauta... verna, devido ao facto de elle não vender
— E v. exa. a aprender o que? a homens bêbados ou a menores.
— Eu estou aprendendo a * acostumar-
me a tudo isto.
•,&$&&&8&&&&R ALMANACH D E PORTO A L E G R E ?,?£&&?&&&&£& 95 TITBS

i©Ml©
Sonho é Fé! Sonho é toda a exaltação que cria:
Rocha — o cristal, corola — o odor, carne — a paixão!
A cor — sonho da luz, sonho do sol — o dia,
Na ,gloria dos seus fins, uma Exaltação.

Nebulosa é o labor de uma estrela tardia!


Sonho é esse afan de ser mais puro ou menos vão: •
Ruido ser som, calor ser chama, homem ser guia,
Criatura ser Criador de mundos que virão.

Sofredor! Quando a magua, em teu viver tristonho,


Te aflijir em segredo, e o teu drama interior
Se arrastar, repetindo o mesmo ato enfadonho...

Quando a existência atroz Calvário e crus te for,


Ergue essa alma, ergue-a a um ceu, ergue-a ás ancias de um Sonho,
E, então, serás feliz, dentro da tua dor.
\
Jusê Oiticica.

Uma planta piscivora O sopro mysterioso


ConhhecidaS sãó as Droserias, apanha- Supponha o leitor que lhe dão um funil
môscas, e outras plantas insectivoras. e que lhe propõem que, soprando por elle,
apague a luz de uma vela.
Um naturalista americano descobriu que A primeira cousa que, de certo, lhe oc-
a Utricularia vulgaris se alimenta de pei- corre é dirijir para a luz a parte estreita
xes. Tendo-a collocado em um frasco, que do funil, com o que o sopro é seguro e
efficaz.
continha peixes pequenos, poude certifi- A graça, porém, consiste em apagar a
car, passadas algumas horas, que a planta vela, pondo o funil invertido, isto é, so-
se havia apoderado de um certo numero prando pela parte estreita. Como o ar
d'elles, por meio de uma bexiga com que se espalha, pôde o leitor estar' soprando
dois dias a fio, que a vela não se apagará,
attrahe a presa. A maior parte dos pei- emquanto lhe não applicar adequado arti-
xes tinham sido apanhados pela cabeça, ficio.
e introduzidos na bexiga, onde immediata- O meio mais simples e efficaz de o con-
mente ficavam cobertos com uma capa vis- seguir é pôr ao nivel da chamma a borda
cosa, que carecia tel-os suffocado. do funil, pois por ahi, e não pelo centro,
é que sáe o sopro.
-Irl-H96rlrl-I-rrl-rl-lTrrír^í; * L M A \ A C H D E PORTO ALEGKE ffêl^IfírHrJrlrWTfrH-;-;-

Quem precisar (lestes artigos


Exija como garantia esta marca registrada:

CASA DE VAREJO :
RI A ANDRADAS, 194 — Porto Alegre
&
!&âi- \-&h\- ALMANACH D E PORTO A L E G R E W^'&@ft&&&rWi 97 ?Á'£à

I • < •l'MHI>fll.HI'IIXlll1|IW • lill. HlMIltlMll II - i ' ' i I I I I I . I •i"if>ij<ai<iuiiii(j


o systema mais rápido e simples consiste
; PARA SEMEAR \ na selecção mechanica, que se realiza to*
dos os annos por meio de machinas apro-
'•"•"•" •'"'•""•" • " •' í'*l«l» In,.,- r*i .!.«.[•! • l'l|lll,•>'<>• M ( „ | l , l ,|||, h ( , l lHll l .| l M|ll l ll».,|)l.liÍ7
priadas, que já se encontram em todos ós
mercados, e que limpam as sementes, s e -
SELECÇAO Ç A S S E M E N T E S param os grãos mais grossos, eliminando,
os tenros, o trigo inaproveitavel, e toda
O cultivo sempre repetido da mesma ter- espécie de sementes extranhas.
ra, as estações contrarias e oppostas, e a
má cultura promovem a degenerescencia Semeando, porém, o grão escolhido e
dos productos, isto é, pçrdem estes pouco grosso, indiscutivelmente obter-se-á um
a pouco suas boas qualidades de resistên- rendimento excellente.
cia, condimento, peso e volurrfe. BOA E M A ' S E M E A D U R A
Bôa pratica se faz com a mudança das
sementes, tratando-se de conseguil-as per- De duas maneiras se pôde semear: es-
feitamente limpas, de grão grosso bem palhando os grãos superficialmente e qua-
maduro, são, novo, de bom peso, bôa côr, si cobertos apenas de pequena camada de
de alto poder germinativo, de muito ren- terra, ou dispondo as sementes de modo
dimento e, se possível, de terra nova. T o - mais profundo, e em linha.
das essas qualidades são indispensáveis ao Pelo primeiro processo, perde-se uma
grão reproductor, e garantem uma bôa co- quantidade enorme de grãos, que não ger-
lheita, porque são quasi sempre hereditá- minam e que são literalmente comidos
rias. 'pelas aves; outros mergulham a grandes
Geralmente é, porém, difficil encontrar profundidades; ainda outros, e na maior
sementes com tão boas qualidades, e o parte ficam a flor da terra, mal cobertos.
cultivador tem a seu alcance um'meio fá- Dessa fôrma, produz-se a germinação sem
cil para obtel-a, melhorando anno por an- uniformidade, lenta, e uma eclosão de
no a que possue, semeando em um retalho plalitas dissemelhantes entre si.
de seu terreno o melhor grão de sua co- Ao invés disso, a semeadura em linha
lheita e das variedades que prefira. utiliza uma maior quantidade de sementes,
Uma vez chegada a época da maturi- todas são enterradas, e não se perde ne-
dade, colhe á mão as melhores espigas nhum grão. Assegura a uniformidade na
das plantas mais bellas e puras, e selec- distacia de separação entre as filas ou or-
cionando em seguida os grãos mais gros- dens, e permitte regularizar a maior ou
sos semea-os a parte- em terra especial. menor profundidade a que devem/chegar
Repetindo esta selecção natural durante os grãos, que germinam todos a um só e
alguns annos, obtem-se uma variedade tão o mesmo tempo, dando em resultado
pura e melhorada como mais excellente quantidade de arbustos fortes e robustos,
não pôde dar a terra nem o clima da zona. que produzirão na certa.
Que processo, porém, tão bom e ade-
quado que é ao mesmo tempo demasiada- PROFUNDIDADE DAS SEMEADU-
mente lento em seus resultados, exigindo RAS
tempo demasiado o seu emprego. Por isso, De ha muito tempo aconselha-se a se-

:.y, •3ss_
$ Telephone 2366 Wk
I w.
fe
St
ROSEK, IRMÃO & C. Wã

i Tecidos e Armarinho
% PORTO ALEGRE ANDRADE NEVES, 58 %g

Mm. V. Alegre - 4
•rfBfc 98 r&fl-ictèif.'-: rtrtCI; VLMANACH DK P O R T O ALEGRE

meadura a grande profundidade. O trigo profundidade de três a cinco centímetros,


è planta de raízes superficiaes, e mesmo e para as outras, incluídas as das regiões
que se a semeie em grande profundidade, arenosas, uma profundidade de 6 a 8 cen-
a o sair da terra a joven plantinha fôrma timetros, podendo-se attittgir e empregar
e desenvolve uma haste de raizes durado- até 10 centímetros em terrenos muito
ras e permanentes, mergulhadas na super- áridos.
fície. Seccam .e perdem-se as primitivas,
as que nasceram do embryãa do mesmo
grão; disso resulta que não ha necessida- CONSELHOS A UMA DONZELLA
de de aprofundar muito a semeadura, sen-
do facto que esta condição só pôde exer- Não ergas nunca os teus olhos, senão
cer influencia nos primeiros, períodos ve- para olhar o ceu.
getativos da planta. Sê dócil para com teus pães a tal ex-
A profundidade da semeadura do trigo tremo, que elles não tenham o incòmmodo
varia principalmente conforme a nature- de dizer-te com os lábios o que bastaria
za do solo e a quantidade d'água dispo- dizerem-te com os olhos.
nível. A pratica secular e a experiência Não dês entrada ao orgulho na tua al-
moderna sobre este detalhe concordam ma, porque o orgulho perde com mais #
em que em terras compactas, argilosas e segurança a mulher do que o homem, e
nas zonas frescas, humidas, com bastantes a este perde-o sempre.
chuvas, a semeadura deve ser superficial Colloca-te todos os dias na presença de
para evitar que apodreçam as sementes, Deus, sob pena de te. esqueceres de que
enterradas a muita profundidade, e não vives n'ella.
cheguem a sair do solo as plantinhas que Sê caridosa com todos os pobres, com
brotam; deve ou pôde, em troca ser" maior todas as misérias.
a profundidade em terras soltas, arenosas Não feches nunca o teu coração á tua
e em clima secco e pouco chuvoso. Na ter- mãe: deixa-a ler n'elle como em livro
ra commum pôde ser sufficiente e bôa uma aberto.
Usa vestidos brancos para harmonisa-
rem com a tua consciência e o teu cora-
ção.
No mundo não ha mulheres feias: o

i Pensão Elisa que ha é mulheres más e sem educação.


Se tens talento, esconde-o e se o não.
tens, esconde-te.
PROPRIETÁRIA A mulher é formosa aos quinze annos;
a bondade é-o aos quarenta.
| ELISA DAVIS São as criadas que passam certidões de
virtude das suas amas.
i A mais procurada das artistas (chie) A mulher que tem medo, nunca terá ne-
cessidade de valor.
O matrimônio é uma cadeia, que pôde ser
de flores; mas inda que ò seja, é cadeia.
Se teu marido é bom, imita-o, e se o
j Localisada em confortável prédio não é, faze com que elle te imite, sendo
tu boa.
| no centro da Cidade — Quartos Nunca tenhas amigas intimas.
) mobiliados luxuosamente — Opti-
j ma cosinha á Franceza e Italiana.
N'uma» reunião, fala-se de um musico
! BANHOS QUENTES E FRIOS celebre:
| BELLO E GRANDE JARDIM — Eu ia apostar que os senhores não
sabem a razão porque elle despediu o
creado? — disse um dos presentes.
! Jeronymo Coelho, 17 A - P. Alegre — Não, não sabemos. Porque foi?
— Porque qua/ido saecudia a roupa não
o fazia compassadamente.
•\~\-\-VHÒ\W&&f.. ALMANACH D E PORTO A L E G R E y@&&&&8@8&&tW%:£fo

Curiosidades arithmeticas Uma resolução louvável


Por um voto de 280 contra 117, os es-
ox 9 + 1 = 1 tudantes da escola de agricultura doEs-
ix 9+2=1 tado de Minnesota, America do Norte, de-
12 X 9 + 3 = 1 cidiram recentemente banir da escola o ci-
123 X 9 + 4 = 1 111 garro. Todos os estudantes confortnaram-
1234 X 9 + 5 = 1 111 1 se em adherir a esta resolução.
12345 X 9 + 6 = 1 111 11
123456 X 9 + 7 = 1 111 111 Milton, o immortal poeta inglez, "auctor
1234567 x 9 + 8 = 1 111 111 1 do Paraiso perdido, depois de desempe-
12345678 X 9 + 9 = 1 111 111 11 nhar um papel importante nas guerras
123456789 X 9 + 10 = 1 111 111 111 civis, não foi inquietado, quando se deu
a restauração de Carlos II.
Qs productos totaes são compostos do — Milton — disse-lhe um dia o rei —
algarismo 1, tantas vezes repetido, quanto não vos occorre ao pensamento que a ce-
o numero de unidades de cada numero gueira de que soffreis possa ser castigo
sommado. providencial ?
— Não, meu senhor; se as desgraças são
0 x 9 + 8 = 8 providenciaes, lembrae-vos que vosso pae
9 x 9 + 7 = 8 8 morreu no cadafalso.
98x9+6 = 8 88
987 X 9 + 5 = 8 888 — Porque se põe o freio aos cavallos?
9876 X 9 + 4 = 8 888 8 — Por ser preciso domal-QS.
98765 X 9 + 3 = 8 888 88 — Não, senhqr.
987654 x 9 + 2 = 8 888 888 — Por ser necessário guial-os.
9876543 X 9 + 1 = 8 888 888 8 — Também, não, senhor.
98765432 X 9 + 0 = 8 888 888 88 — Essa é boa! Então, porque ha de ser ?
987654321 X 9 + 1 = 8 888 888 888 — Porque elles não sabem pôl-ò.
• ••
Uma senhora, a um me-
dico edoso, que pelos seus
achaques e por estar rico
Typographia Unidade
deixou de exercer a cli-
nica : OFFIGINA GRAPHIGA DEI.» ORDEM
— Meu caro doutor! O ATELIER DE RECLAME
senhor, que dantes era
tão enérgico, activo e cui-
dadoso com os seus doen-
tes, como pôde agora passar sem elles ? Em Ernesto Mitzscherlich
que emprega a sua actividadè? \
— Agora, minha rka senhora, occupo-
me só a matar o tempo. DESENHOS, CLICHÊS
IMPRESSOS PAEA O0K-
• •• .
MEBCIO E INDUSTBIA
N'um pedacinho do céu, BOTULOS, CAETAZES
Ha sempre-occulta uma estrella; : : ESPECIALIDADE:
Quem a busca attentamentte,
IMPRESSÕES EM COSES
Acaba sempre por vêl-a.
Rua Dr. Flores n. 72
PORTO ALEGRE
Xão ha tolos incommodos como os que
teetn espirito.
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ECONÔMICO Artigos para Homens
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S os artigos desde o mais
modesto ao mais caro. — —

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amplo e Variado sortimento
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nas que trabalham com rapidez e
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1 • ' ' l.illllllllfliill.i ..iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiMiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuniu)

D E TODO o gênero em artigos do


ultimo rigor da moda e sortimentos
especiaes em R o u p a s b r a n c a s ,
CoUarinhos. G r a v a t a s , M e i a s ,
numa palavra: tudo quanto para a sua
toillete um homem não pôde dispensar.
Seja freguez de A LA VLLLE DE PARIS

Rua Vol.da Patria 159, esq. Pinto Bandeira


'i j;' ií! l: l!'* ')'• h '"''••' ftf;" ""Fffh un ••'
-'-'.W&cK ALMANACH D E PORTO ALEGRE W&\V^'3&6Bk 101 *S*9K

O AMOR
Não: o Amor não é das noites monstruosas
o peccado mortal d'outras remotas eras.
E' a seiva immortal que gira nas espheras,
e que fas arrulhar as rolas amorosas;
o sangue universal que tinge a côr das rosas;
o grande beijo astral, que dão, chorando, as ferasl

Amor não ê o monstro excepcional e serio,


fera d'olhos asues, corcel da Assolação.
Amor é esse ai espiritual, sidcreo,
que attenua e absolve o mal da Creação.
Amor é toda a ilha immensa do Mysterio.
Vai mais um ai d'amor que o cálice da Paixão!

Amor ê esse vinho extranho de delírios,


essa força vital de rubro magnetismo,
que enternece a panthera e o coração dos lyrios,
os íntimos dos soes e os íntimos do abysmo.
Amor é mais que a cruz e a esponja dos martyrws!
Teu osculo, 6 Mulher, é mais que um cathecismo!

(Ço Anti-Christo.)
Gomes Leal.

>«S<>'KX < <>:*<>*<>K>'K>*<>4<>*<>X>K^

A L I N G U A G E M DA MUSICA O piston lembra paixão de um soldado


por uma cantineira.
O piano lembra bons amores burguezes: O violoncelo traz á idéa amores de velho
«flirts» passados nos salões, onde o luxo por uma rapariga nova.
substitue a ausência da arte. A guitarra traz á lembrança a paixão de
O violino lembra amores românticos, ge- um portuguez pela cachopa que deixou
midos de amante apaixonado, scenas de na terra natal.
delicioso amor que invoca os typos de Ju- O bandolim dá-nos a idéa da paixão volu-
'lieta, de Beatriz, de Margarida. ptuosa de uma andaluza pelo seu «torero».
O trombone lembra o amor de um gen-
A flauta lembra ciúmes de poeta pobre ro pela sogra.
com mulher rica. Finalmente, o bombardão dá perfeita-
O violão recorda amores fáceis, com mulhe- mente a idéa dos amores dos velhos.
res cujo coração é um quarto de estalagem.
A viola traz-nos á lembrança os amores • ••
puros da ingênua camp»neza.
A gaita de foles lembra a paixão de ita- Três cousas des-
liano ausente da patria. ' troem o homem :
A clarineta recorda amores de um pa- muito falar e pou-
lhaço com acrobata. co saber; muito
A ocarina recorda amores de um cai- ' gastar epouco ter:
xeiro com uma costureira. muito presumir e pouco valer. — Y. Z.
r!6*8t; 102:OCÍXX::ox<( A L M A X A C H D E PORTO A L E C K E -:-:-:-^;KÍ>:+:-:-:'

FABRICA DE CONSERVAS
CAIXA DO CORREIO
M A R C A Endei> telegraphico :
JS O L
Num. 207 CONSERVAS

CARLOS H. ODERICH & C.


S. Sebastião do Cahy
Filial: N O V A PETROPOLIS '

ESCRIPTORIO:,

PORTO ALEGRE-GALERIA MUNICIPAL, n A

A mais antiga civilisaçâo do de ninho commum, que as une célmo mem-


bros de uma colônia; então, reconhecen-
mundo se já como companheiras.»

De uma conferência feita, ha poucos


mezes, em Lund, por Budde, conhecido
professor e naturalista, sobre os costumes Quando devem celebrar o
das formigas, extractamos estes períodos: seu anniversario natalicio as
«As principaes condições para a reali- pessoas nascidas a 29 de fe-
sação de uma alliança entre colônias de ivereiro de um anno bis-
formigas hostis, são: que as duas contra- sexto?
rias sejam de castas aparentadas, que se- Embora a Egreja, segun-
jam proximamente d'egual força, e por ' do o Martyrologio Romano,,
ultimo que se vejam obrigadas a viver transfira os santos de 29 de fevereiro,
juntas, sem se poderem apartar. Em taes quando o anno não é bissexto, para o dia
circumstancias passa-se rapidamente das 28 do mesmo, a pessoa que fizer annos n o
primeiras escaramuças a uma tolerância dia 29, ha de celebral-os no dia 1.° de mar-
indifferente e reciproca e da tolerância a ço seguinte, que seria o 29, no caso d o
um trato amigável: explica-se isto por- anno ser bissexto.
que em taes casos a prudência vence o
desejo de pelejar. Pelo contacto com as
antennas reconhecem-se como extrangei-
ras e intentam separar-se; mas como isto Juiz: — De que é accusado o réu?
não é possível vae ganhando preponderân-
cia no seu animo a convicção das seme- Policia: — De tentativa de suicídio.
lhanças á custa da convicção das differen- Juiz: — Explique a testemunha como
ças. Em resultado da convivência, ao prin- foi isso?
cipio forçada, vae-se formando um cheiro
Policia: — O réu tentou brigar commigo.
A L M A N A C H D E PO'RTO A L E G R E ae£$£lSJ9l9£ieK 103 %&&

vl canna de assucar A «kanvangire» é uma canna delgada;


muito alta, e de pouca grossura. Não obs-
Uma das contrariedades maiores da in- tante esta ultima devastagem ém relação
dustria da canna do assucar é, sem duvida", ás outras cannas mais grossas, debaixo
a série infinita de moléstias que atacam, de certas condições supera em rendimento
as plantações. Gastam-se sommas enormes a todas as demais. Quer em Porto Rico,
para se extirpar este mal e elle cada vez quer na África do Sul, onde é conhecida
mais se desdobra. debaixo do nome de Uba, a sua propor-
Agora\ parece que se encontra uma va- ção saccarina varia entre 14.38 % e o coef-
riedade immensa. E' a «kanvangire», ac- ficiente da pureza entre 84.6% e 89.6%. ,
climada em Tucuman, Republica Argenti- Estas vantagens, postas agora em evi-
na. Sendo assim tão perto dos nossos cen- dencia em Porto Rico e na África do Sul,
tros de plantação, nad.a mais fácil do que produzem actualmente, em Tucuman, uma
os nossos plantadores fixarem a attenção grande.jeacção benéfica. As grandes per-
sobre o caso. das destes últimos annos e o desanimo que
Em Tucuman, \já se havia desanimado estava a invadir os plantadores tucuma-
dé todo, em luta constante com as geadas nos se convertem no desejo intenso de au-
e as enfermidades, quando a estação ex- gmentar consideravelmente o plantio desta
perimental, após observações, acuradas, pô- privilegiada variedade, resistivel a todos
de encontrar na «kanvangire» a solução os males que atacam as raizes, ao apodre-
do problema. Feita a experiência decisiva cimento dos galhos e os parasitas suga-
em Tucuman, foram exportadas cem to- dores do tronco central das cannas. As
neladas para Porto Rico, onde as* planta- prevenções que até aqui se tinha com a
ções também estavam sujeites ás mesmas «kanvangire», eram o seu custo mais caro,
enfermidades. Essa remessa era acompa- a demora maior da madurez. Esses don-
nhada de três outras variedades, oriundas tratempos, porém, são compensados gran-
de Java. demente pelo maior rendimento de tone-
Os resultados da experiência foram co- ladas á hectarea, e de matéria saccarina.
roados de êxito. Plantadas diversas va- Depois a immunidade constitue também
riedades communs, conjunctamente coro, uma vantagem quanto á receita.
a «kanvangire», comprovou-se que só esta Ignoramos se já se-terá plantado aqui
se conservou sempre immune. Novas expe- a «kanvangire». Se não se tem feito, ha-
riências mais demoradas deram egualmegte verá toda vantagem em $e fazer alguns
resultados idênticos. ensaios.

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3E
ALMANACH D E P O H T O A L E G R E ^Ste&ifel&BfêK 105 *3S&

© liin Um cura de aldeia, indi-


tgnado, dirigindo-se á cosi-
'nheira:
E' uma palavra que foge — Joanna! Esta noite vo-
Da nossa bocea louça, cê poz dentro de casa um
E' o coração que diz — hoje — ' soldado para cear em sua
O olhar que mente — amanhã — companhia!
Dedos febris, dedos trêmulos, — Sim, padre. Era meu ir-
Com gestos intencionaes, mão.
Que se chocam de repente — Como seu irmão ? Não me disse você,
Como se chocam cristaes, ha dias, que não tinha irmãos?
E que entanto, a toda a gente, r~ — Sim, padre. Mas no seu sermão de do-
São dedos calmos, serenos, mingo disse que neste mundo, nós todos
Que nunca apertam de nvenos éramos irmãos.
Que nunca apertam de mais.
Mãd sedosa que se preme • ••
E que nos dá a impressão %
De que a nossa está fallando
Com cuidado c discreção.
Provérbios musulmanos
Mão que se fica apertando O teu inimigo vende-se a si mesmo na
De vagar, devagarinho, expressão do seu olhar, que não pôde dis-
Que é como um coraçãosinho
Que se" tivesse na mão. simular a sua alegria, quando te sobrevem
Numa expressão muito seria uma desgraça.
Uma phrase dieta assim:
— Ai, o amor é uma pilhéria, ! A mulher que te aborreça constituirá
Não acha? E, cm resposta um — sim.r.
para ti uma prisão de ferro como a teia de
Suspiro que a gente solta
Sem saber mesmo por que, uma aranha.
Olhar triste que parece
Que sonha ou que nadei vê. Come cebola durante um anno, se queres
Ar romântico ou de prece,
Gesto bregeiro ou leviano, saborear mel* o resto da vida.
Bocea que diz, por engano, ^
Vossa Excellencia c Você
Promessas loucas, algumas Se viveres sabiamente, serás rico como
Feitas mesmo sem mentir, um rei.
Phrases leves, como as plumas
Que vobem para cahir. Percorre ^g m u n d o . . . A água estagnada
4
A affectação de um desgosto,
N'uma estudada expressão) corrompe-se, emquanto que a água que
Uma alegria que\explodc, corre livremente é cada vez mais pura e
(
Sem menor explicação limpida.
E que os nervos nos sacode.
Um rodopio de valsa, y-
« 9 0
A- luva que se dcsâalça
Ou que se apanha no chão.
Olhar que a nossa alma falia
Si a bocea não quer foliar,
O • perfume que trescala ...
O 'beijo que fica no ar ...
Luiz- Edmundo.
(Rosa dos ventos)

Ha certas cousas que para se saberem


bem não basta tel-as aprendido.
\
KrBtí 106 a a e i r I S - H d B r B : ALMANACH D E POItTO ALEGUE

pelos grandes chapéos desabados, :om»


05 CHAPÉUS senão as pequeninastoques, enterradas atê
existem outros a quem não ficam bem
Afiançam as más línguas que, não raro, as orelhas. Physionomias de «canotier»
p.or causa de um chapéo, perde uma mu- e physionomias que só adquirem a .sua
lher inteiramente a cabeça. A nós* nos
verdadeira e mais bonita expressão á som-
parece mais verdadeiro perderem-se
bra vaporosa das amplas fôrmas emplu-
muitos formosos chapéos em cabeças que1
madas, ou arrepeladas de fios diaphanos
nada têm de formosas. Quando um cha-
de aigrettes.
péo assenta á physionomia è condiz com
o typo e o gênero da portadora, é o mais As flores assentam geralmente ás ca-
favorável dos complementos da toilette. ritas moças, cujo frescor primaveril lhes
Tornou-se vulgar ouvirmos de uma se- corresponde ao viça lustrqso e novo. Ha
nhora ou de uma moça: «E' bonita, sim, cabeças, porém, absoliWamjente refracta-
mas é muito mais bonita de chapéo». Es- rias ao chapéo, cabeças «inchapelaveis»,
ta pessoa encontrara naturalmente o cha- se nos querem excusar o neologismo, a
péo que melhor lhe assentava, tivera a que o chapéo desfigura e ridiculariza.
dita de encontrar o «seu chapéo»... São geralmente estas cabeças as infelizes
Os chapéos são como as almas, care- portadoras do chapéo deitado para trás,
cem de mysteriosas affinidades entre a o «chapéo no alto do cocuruto», que é uma
physionomia guarnecem e o estylo do gê- das mais feias expressões do máo gosto
nero em que foram feitos e dos enfeites humano. O chapéo no alto do cocuruto
que o ornam. Ha rostos só favorecidos desvaira a physionomia, dá um quê de

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= alli passam horas agradáveis, disputando =
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71
•\^\!r¥V@rW&á ALMANACH DE PORTO ALEGRE W%èm9&3í$'&®ií 107 $&£&

exdruxulo e desageitado á cabeça, arro- horrível o que lhe pareceu lindo na loja
ceirando desastradamente a pessoa. Dir- e accusa temerariamente a modista, de lhe
se-ia que um perpetuo pé de vento lhe ter mudado o artigo. Tão pessoal é o
desequilibra a harmonia da estabilidade, chapéo que só a própria futura dona o
transformando em fabricação suburbana o deve experimentar.
mais elegante modelo da rua do Ouvidor
ou da rue de Ia Paix. E' coisa sabida,
entre as modistas, que ha caras para cha-
péos, e é em regra geral, nessa privilegia-
•da classe que são escolhidas as vendedo- Fafleceu ha pouco, com a edade de 74
ras, tendo quasi sempre de experimentar annos, um cavalheiro que tinha umá pai-
os chapéos que agradam ao capricho da xão: a de fundar jornaes. O sr. Joseph
Tress — assim se chamava esse curioso
cliente.
norte-americano, fundou nada menos de
E ' dahi que muito equivoco se origina. 45 diários, quasi todos os quaes continuam
a viver, tendo mesmo alguns grangeado um
U m chapéo fica divinamente á cabeça bello prestigio.
loira da «vendeuse», a fregueza se encan-
A sua preoccupação, porém, era fundar
ta logo, e compra-o sob a recommenda- somente os jornaes. Assim que elles ti-
ção enganadora dessa appaarencia. Che- nham a sua prosperidade garantida, Joseph
gada á casa verifica destoar completamen- Três os vendia. «O que é divertido, 'dizia
elle, certa vez ao New York Herald» —
te da sua trigueira e redonda physionomia. é lutar. A partir do momento em que o
Desola-se, e não comprehendendo o por- jornal vae bem, nelle não me interessa
que dessa mudança, acha sinceramente mais.

íi
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Pensamentos árabes
O diamante, meimo no lodo é diamante.
{3>ppreíi(
ensao
O frango de hoje é preferível ao gallo Lola está pensativa, as mãos na face,
de amanhã. Sobre o marmor da mesa os- cotovellos;
Na espadua semi-núa> se despenha
Não extendas os pés mais além do co- A" onda negra e abundante dos cabellos.
bertor.

Muitps fogem da chuva e apanha-os o


O olhar meio velado em sombra tênue
granizo. Sossobra em mar de scismas e tristeza.
Que tens, Lola? Porque um ponto fitas
Que de certo lobrigas sobre a mesa?
O que-mal se adquire mal se perde.

Cura-se a ferida que uma espada faz; Ha ali um fio débil, serpentino,
i incurável o que faz uma língua. Más de prata luzida, scintillante,
Nelle bate a luz, refulge em feixes
O lobo gosta da escuridão. Semelhante á faceta dum brilhante.

O dedo que a lei corta não causa mais Eis a causa da pena que a domina,
damno. E' a primeira can que lhe viera I
"— Estou velha, ella o diz, em tom plangente,
O que é hoje para mim- será para ti Onde te foste, ó minha primavera ? 1
amanhã.
Já o inverno está perto, se avizinha...
A paciência é a chave da justiça. O' gelo, que me turbaste a alegria,
Porque cahiste agora, prematuro,
O louco tem o coraçSo na língua; NO Na trança donde a vida se irradia?
sábio tem a língua no coração.
Sol, que na esphera azul esplendes sempre,
Não levantes tua espada sobre a cabeça, Cuja chamma jamais, jamais se apaga,
de quem te peça perdão. Evapora nuns beijo a neve fria
Que de terror todo o meu ser alaga.
Não é por termos uma penna que nos
devemos julgar sábios. — Lola — não temas o rigor do tempo,
Trinta annos dizem quadra de pujança
Como e bebe com teu amigo; mas não A vida que exubera, o amor em febre,
faças negocias com elle. A mocidade ardente de esperança.
Com dois patrões n'um barco, o barco
E' planta exótica o torçal d'argento,
sossobra.
Longinquo vento o trouxe, á basta coma,
A's madeixas que estreitam, prendem, matam,
Quem atira \ pedra» á lama fica enla-
Quando tens um vulcão em cada poma.
meado.

Quem serve depressa serve duas vezes. Foi um raio do sol que quiz amar-te
A fronte madona, e ardendo em zelo,
Uma flor não» faz primavera. Escondeu-se na trança olente e cheia,
O ebano resaltando do cabello.
Beija i mão, que não puderes cortar.
E' cedo ainda para os vãos receios,
Para o louco todos os dias são de festa. Da lucta o amor ainda não te alija;
E's bella, a carnação tem tons de rosa;
O excesso de luz produz a cegueira. O contorno é correcto, a carne rija.

Escuta mil vezes^ fala uma só. Sípoííinqrío 'Porto iffíegre.


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32, VOLUNTÁRIOS DA PATRIA, 32 Peçam prospectos e catálogos


PORTO ALEGRE das cores
'•f&ney&&éWff&k ALMA1VACH D E PORTO ALEGRE i'ffr 111 rie!6K

commenda aos nossos criadores. Empre-


A criação de porcos é uma riqueza ga-se, porém, de preferencia a raça York,
como na Argentina. Esse porco é de cabe-
ça pequena, bracchicéphala, focinho curto,
A variedade «Lincoln» e o typo tYork- unindo-se os ossos do nariz aos frontaes,
, mediano» em angulo recto. Possue as orelhas1 curtas,
estreitas, e dirigidas sempre para cima; o x
A criação de porcos . . . Mas já ax te- tronco cylindrico <}e dorso .recto, ou ligei-
mos, dirão. . Sim, em. quasi todas, senão ramente curvo, e as patas curtíssimas.
em todas as fazendas criam-se porcos. O porco de raça mediana, como o Lin-
Mas essa como todas as industrias do coln, adquire bom peso, em pouco tempo,
campo já hoje se não exercem com os pro- mas jamais alcança o daquella. raça irmã;
cessos primitivos e de certa fôrma ingê- também lhe é inferior na qualidade de car-
nuos, que se usavam outr'ora. A vida nos ne. Em compensação, excede-lhe em preco-
campos progride, e . . . se complica, para cidade. Pesando um exemplar mediano
melhorar no aproveitamento racional de ao nascer 1 kilo e 200 grammas, attinge
suas riquezas. elle quatro kilos em 15 dias; dezeseis kilos
Naturalmente se aos dois mezes, setenta aos seis e cento e
vinte ao contar um anno.
comprehende o
futuro extraor- Pôde mesmo pesar mais, não lhe sendo
diffrcil alcançar 160 a 180 kilos. Nas colô-
dina rio que
nias inglezas
aguarda a in- predomina so-
dustria das car- bre todos os
nes nas nossas fazendas, quando intelli- outros a raça
gentemente encaminhados os fazendeiros York, média.
para exploral-a. E assim é justo, e oppor- Em toda a _
tuno traçarem-se normas seguras e avisa- Hollanda p ó - = J
das para o desenvolvimento dos suinos, de a í firmar-
que se prevê vae entre nós uma das indus- se que quasi se não vê outra. E o grande
trias mais importantes. successo alconçado na Dinamarca por essa
Entre as raças mais procuradas figura industria, é attribuido ao desenvolvimento
a Lincoln, criada no condado inglez de seu
nome, e á qual vários autores e criadores que ali se deu ás criações da raça York,
chamam «curly còated» pelo aspecto curio- typo médio.
so do pello que apresenta. Os estudiosos no assumpto chegaram á
Segundo dizem observadores entendidos conclusão de que para melhorar o gado
na matéria, esses suinos têm a caracterís- suino é o mais indicado o cruzamento com
tica de engordarem com extrema facilida- á raça York — e isso porque o cruzamen-
de, são de tamanho mediano, e desenvol- to desse typo, com os de raças inferiores,
vem-se completamente em pouco tempo. o celta, por exemplo, tem dado resultados
Apezar de ser de antiga origem, somente magnificos.
ha poucos annos despertaram a attenção Não surprehendem nem admiram pois as
dos inglezes, que consideram essa raça preferencias que esse typo goza, fazendo
como a de animaes eminentemente pró- essa variedade abrir-se caminho e conquis-
prios à industrialização. Aproveitaram-n'a tar os campos como, por exemplo, entre
e colheram com ella os melhores resulta- os vaccuns a raça Shorthorn.
dos, principalmente cruzando-a com a raça Ahi fica a lembrança para os nossos fa-
húngara de porcos mongolezes. zendeiros e os criadores em geral. E j á
As experiências realizadas em 1910 pela que a York de ha muito lhes goza a sym-
Sociedade Nacional de Agricultura da pathia, é aproveitarem-n'a, no typo me-
Hungria comprovaram que o peso do por- diano, que citamos, e é o que melhores e
co Lincoln-Mongolez aos 14 mezes de maiores resultados parece actualmente es-
edade, é virtualmente análogo á do Mon- tar Nlando para os criadores extrangeiros.
golez de puro sangue aos vinte e seis me-
zes. Se as orações do cão chegassem ao céu,
Esses dados demonstram que é essa uma choveriam ossos.
raça de suinos que excellentemente se re-
-:-:- m^-ÍTvríeieiévSTít ALMANACH DE PORTO ALEGRE jieíei-íA}-;-;-;-:-^;-

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TECHNICOS BRASILEIROS NAS'EM- e outras designadas pelo governo brasi-


/PREZAS INDUSTRIAES DA INGLA- leiro.
TERRA Essas firmas concederão aos technicos
brasileiros um pagamento inicial sufficien-
te para a sua manutenção na Inglaterra,
Telegramma de Londres diz que as em-
pretendendo depois aquelles que provarçm
presas «R. A. Lister Company», communi-
ter amor ao trabalho, para tomar conta
caram á Federação dos Industriaes Bri-
tannicos que acceitam o projecto drgani- de suas agencias commerciaes no Brasil.
sado pelo delegado brasileiro Simonsen, Outras firma?~tmportantes também estão
de chamarem á Inglaterra technicos bra- estudando a questão.
sileiros. 'Estas firmas já'offereceram do-
ze logares, de conformidade com esse pro- O ganho tem uma irmã, que se chama
jecto. Esses industriaes offerecem fazer perda.
contractos com moços que tenham ter-
minado os seus i cursos nas escolas su- Xa mesma bainha não cabem duas es-
periores. padas.

Os jovens technicos devem ser escolhi- Um sábio sem crenças é uma arvore
sem fructos.
dos pelas congregações das escolas supe-
riores do Brasil, entre as quaes as Esco- A justiça não ha de ser patrimônio do
las Polytechnicas do Rio de Janeiro e de juiz. ' _
São Paulo, a Escola de Minas de 03ro O que deres n'este mundo acompanhar-
Preto e a Escola Agrícola de Piracicaba te-ha no outro.

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U,» Ao pór em marcha e também ao


parar o automóvel, deverá ter especial cui-
AUTOMOBILISMO dado em detel-o ou avançai o gradual-
mente, sem movimentos bruscos, pois as-
E N S I N A M E N T O S PRÁTICOS sim diminuirá consideravelmente o des-
O automobilista que deseja economisar gasto dos pneumaticos.
dinheiro com concertos custosos, assim 12." — Applicará o freio lentamente e
com os seus pneumaticos, fazendo-os du- certificar-se-á uma vez por outra, se este
rar muito mais tempo do que usualmente exeVcc igual pressão sobre as duas rodas.
duram, não deverá deixar de lêr atten- 13.» — Deterá immediatamente o auto-
tamente os conselhos que se seguem e de móvel quando verificar que alguma das
pol-os em pratica. rodas está vazia. Continuar a marcha so-
1." — Deverá usar pneumaticos de me- bre pneumaticos vazios, ainda que seja
dida corresporídente ao peso do automó- uns poucos metros, eqüivale a destruir
vel quando carregado com o numero máxi- tanto as câmaras de ar como os pneuma-
mo de passageiros para que foi construído. ticos. .
2.° — Terá o cuidado de conservar os 14.° — Se, se tornar imprescindível o
pneumaticos sempre bem cheios. uso de correntes, empregará as da medi-
3." — Estará alerta e comporá imme- da exacta dos pneumaticos tendo o cuida-
diatamente qualquer rasão, ruga, etc, des- do de as deixar um pouco frouxas.
de o momento que os descubra, pois qual- 15.° — O uso moderado de talco evita
quer demora, por mais insignificante que o attricto entre a câmara de ar e o pneu-
seja, occasionará muito maior despeza. matico, prolongando assim a vida de am-
4." — Observará se as rodas estão sem- bos.
pre bem parallelas. As rodas descentra- 16.° — Evitrá caminhar sobre vallas ou
das destróem facilme"nte os pneumaticos sulcos, os quaes rompem fatalmente os
mais resistentes. Nenhum pneumatico por coitados dos pneumaticos,'em cima do ta-
melhor fabricado que seja, poderá resis- lão.
tir aos desgastes que este defeito occasiona. 17." — Limpará os aros cuidadosamente
5.° — De vez em quando deverá lim- com um panno molhado em gazilina, ti-
par os pneumaticos, sobretudo na parte rando com o mesmo toda a graxa, azeite
que está em contacto com os aros, para ou ácidos,substancias estas muito nocivas e
evitar a accumulação de lodo, mofo ou que destróem a borracha em pouco tempo.
oxido de ferro que são os seus peores ini- 18.° — Terá cuidado de que os pneuma-
migos. ticos não peguem nos para-lamas ou em
6." — Deverá rever com freqüência os qualquer outra parte do automóvel.
aros. Se estão mellados, empastadas as 19." — Os pneumaticos deverão ser
suas bordas, ou oxydadas, estes defeitos mantidos bem cheios, sempre com ar puro.
se converterão facilmente em verdadeiras As bombas automáticas ou o gaz do mo-
serras e cortarão o rebordo do pneumati- tor, destróem irremediavelmente os pneu-
co, em muito pouco tempo. maticos.
7° — Evitará tanto quanto possível os 20." — Os pneumaticos ou câmaras de
trilhos dos bondes. O degasto lateral que ar que se levarem como sobresalientes no
estes occasionam é sempre fatal aos pneu- automóvel, deverão ser cobertos cuidado-
maticos. samente e <estar abrigados contra o sol
8.° — Para evitar rasgões ou que os e a humidade, em logar onde não lhes
pneumaticos rebentem, tomará toda a pre- possa cair graxa, azeite, etc.
caução com meios fios das calçadas ou 21." — Adoptará todos os cuidados pos-
outro qualquer obstáculo, embora peque- síveis nos caminhos ruins e assim econo-
no. misará dinheiro e evitará aborrecimentos,
9.* — Quando verificar a formação de poupando dos pneumaticos, as câmaras de
alguma bolha, deverá logo em seguida ef- ar e o combustível.
fectuar a sua reparação. 22." — Recommenda-se especialmente o
10.° — Para que as camaradas de ar uso das super-medidas em todos os au-
resvalem facilmente dentro do pneumatico, tomóveis, não só porque supportam «mui-
após a sua introducção, applicará um pou- to maior p e s o , como t2mbem porque o
co de pó de talco, operação esta que de- seu emprego torna-se muito mais econô-
verá ser feita conscienciosamente. mico.
• Wffh&A ALMANACH DE PORTO ALEGRE W&$&&i&tf&&á 115 S6H*

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No Estado do Rio Grande do Sul já se usam muitos nas fazendas, nos arro-
zaes, chácaras etc, Juntamente com machinas agrícolas especialmente cons-
truídas para isso com o tractor „FORDSON". Os senhores pretendentes
podem consultar a- qualquer dono, respeito as bondades do FORDSON-

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6m torno de um hymno á Paz


Viva a paz universal
Hymno — Lettra e musica do Maestro E. G. Calderon
de La Barca — Traducção de Zeferino Brasil.

AO PÉ DA LETTRA INTERPRETAÇÃO

As guerras cruentas As luctas cruentas


e sanguinárias semeiam a dôr,
são condemnadas e são odientas
pelo Creador. a Nosso Senhor.

Com ellas derrubam Derrocam com damno


obras immortaes obras immortaes
que o gênio humano que o engenho humano
um dia creou ergueu, diVinaes.

A patria se reduz
por falta de homens. A patria, ferindo,
A terra se tinge reduz, com fragor,
de roxa cor. a terra tingindo
de rubente côr.
As mães soluçam
por um ser querido As mães, nesse embate,
que em rude combate choram, pois se deu
a vida perdeu. que um filho em combate
a vida perdeu.
E' feito bem feroz.
As bestas selvagens E' feito bem feroz,
que povoam o universo Da selva as pantheras

Coro
Coro
Não dão exemplo
tão fero e atroz não dão mais atroz
Ah! morra a guerra! exemplo, e são feras.
Viva paz! Morra a guerra fatal!
Que renasça a cultura"e o progresso Viva a paz!
[universal. Para o progresso universal
Viva a paz! Viva! Viva a paz! Viva a paz! Viva! Viva a paz I
-'r'Phh\^&&nfí&0êM^^\ ALMANACH D E PORTO A L E G R E -•JCWFX^C?&&&.\ 117 H9Í9S?

/
A propósito desse hymno e dessa tra- Caro Zeferino,
ducção, trocaram Benjamim Flores e Ze- Que te hei de dizer, sinão que corres-
ferino Brasil as seguintes cartas: pondes-te, por completo, *ho , conceito e
\ na forma, á minha natural espectativa,
Meu caro Benjamim, quando, certo da tua bondade, appellei
A' hora do dia 18 de Novembro (dia para o teu talento?
para mim fatal) (*) em que me veiu seu Limito-me hoje a essas breves palavras,
recado manuscripto com o hymno que o porque já amanhã, pela madrugada, se-
acompanhava, estava eu sob a dôr sem guirei para Rio Pardo, em visita a uma
remédio de uma das mais cruéis punha- filha que, no coração de uma afilhada,
ladas que podem ser vibradas em um co- teve o meu a fortuna de colher.
ração de pae. Perdóa-me esta expansão que vae, tal-
Por isso, só uma semana depois tive co- vez, agravar a tua tristeza e revolver a
nhecimento nítido do que se tratava. tua saudade dessa filha que te foi, também
Tantas são as gentilezas, aliás tão pró- pelo sangue, que tão cedo perdeste e da
prias do seu fidalgo temperamento, de qual ainda me falas no lindo bilhete de
sua nobilissima bondade e alta educação, hontem, de tão penetrante emoção.
que lhe devo, que de logo teria feito a tra-
ducção solicitada. Muito teu, Benjamim.
M a s . . . o dilecto amigo me dbmpreen- De casa, 19— 12=r918.
de...
Só hoje, quando volto ao trabalho da
penna, me é dado cumprir tão agradável
encargo. Dizer-lhe que foi o primeiro tra-
balho em que puz a mão, depois dos dias
negros que atravessei (e ainda atravesso)
é, creio, dar-lhe provas do quanto me é
querida a sua amisade e são acatadas as O PI MO
suas ordens.
Lamento que a traducção saísse aquém Febril, nervosa, exhausta; ella cosia
do meu desejo. O coro, principalmente . . . ferindo os dedos no trabalho insano;
Que quer? Eu prefiro produzir a tra- tinha só um desejo — era um piano:
duzir . . . mesmo do castelhano . . . por isso a pobre nem sequer dormia.
Meu prezado amigo, usando da franque- Ganhou, chorando, a insólita quaritia,
za a que tem direito, pode communicar- depois de dias longos como um anno,
me si p trabalho que ora lhe encaminho, que lhe exigiu a usura de um tyranno
é o do seu desejo. judeu que nessas illusões não cria.
De todo o coração, abraços do
\ Quattdo afinal a escura água furtada
, x
Zeferino. veiu adornar o mimo cubiçado,
De casa, 18—12—9Í8. como a rosa num túmulo plantada,
com o seio ardente, o rosto desmaiado,
Benjamim Flores resjbondeu, imme- ella pousou-lhe a mão enregelada
diatamente, assim, ao grande poeta: e morreu a sorrir sobre o teclado.
(*) Dia em que lhe fallecera uma filha dilecta. Luís Guimarães.
'Jrtèh 118itaSHriri-iClOtOk' ALMANACH D E POHTO A L E G R E -{rH-B-W-H-I-K-:-;-;-;

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*r*$fc 120^firir} tXtCOrSK ALMAXCH D E PORTO ALEGRE ^iTlflrírír-l-l-I-iSÍSrSrSi-f:-

************** Raças de aves yankees


Entre as Tariedades de aves mais fa-
voravelmente apreciadas, segundo infor-
ma um especialista no assumpto, distin-
guem-se de maneira especial as de raça
Plimouth Rock Carijó e os de raça Rod
* * * Island Reds. São ellas as que melhores
resultados, produzem para o avicultor.
A Plimouth Rock Carijó, de origem
americana, foi sempre a preferida pelos
interessados em virtude de sua precocida-
de e de seu rápido desenvolvimento.
Essa variedade apresenta os typos bran-
co, " barreda ", " prateado ", " pincelado "
e colombiano. Em quakjuer dessas cores,
o typo é sempre elegante; emquanto que
'0^VèoNS»DERQDo'L'/V suas qualidades productoras são bastante
° ° V remuneradoras. .*-
Pesam, geralmente, 9 libras, ou sejam
DENlIFRÍCIOví quatro kilos e -300 grammas, o macho, a
sete libras e meia, ou sejam 3,kilos e 400
grammas, a fêmea. E' esta excellente co-
mo incubadora, para a postura, e para a
criação, coisa não muito commum entre as
gallinhas de raças seleccionadas.
MELHOR Põem, annualmente cento e cincoenta
' PREPARADO ovos, havendo mesmo exemplares que at-
tingíem e até passam da cifra de duzentos
' PARA A HYGIENE ovos.
DA
Também é excellentemente recommenda-
BOCCA vel a " Rod Island Reds". Maravilhosa-
t CONSERVAÇÃO ocs DENTES mente fecunda e de carne" saborosíssima, é
SABOR A6RADAVE.I- apreciadissimá dos fazendeiros.

1
Raça egualmente americana possue ca-
racterísticos especiaes que muito a recom-
^&ORATO RI O-"'O M E G ^ " mendam, e por isso é grande a saa pro-
LiRO „,,
HCG.-srf-O0- cura pelos bons conhecedores.
Quanto a seu peso, conta o gallo quatro
kilos, e a gallinha 3 kilos e 400 gçammas.
AGENTES E DEPOSITÁRIOS: Sua postura média por anno é de 150 ovos,
ALVES &CERONI que não raro se eleva a mais. A plumagem
RUA DOS A N D R A D A S H. 2 2 9 desse typo é exclusivamente vermelho e
POBTO ALEGRE castanho.
• ••
\-'ff&ffdk ALMANACH D B ' PORTO ALEGRE HSBSEÍrierSefe^ 121 J8f&

Feliz quem junto a ti esquece as horas!


Quem,^ mirando em teu rosto a formosura,
Se sente renascer na vida escura
Trapiche Daudt DE
Entrevendo nos céus gentis auroras!

Esparges doce effluvio de ventura


Oscar Daudt
Se ris, se a face límpida déscoras... Concessionários da Carta Patente n. 7366 do
Ooverno Federal
Se falas com meigüice, se até choras,
Que effeito divinal que se perdura!
Encarrega-se
Quem não ama a figura esvelta e casta, de qualquer serviço inhe-
Rescendendo a fragrancia de açucenas, rente á. carga e descarga de
Alva do jaspe que o cinzel dcsbasta.- navios, e de armazenagem
i
de / todos òs gêneros de
Porém, não gostam d'effusões tão plenas estiva.
Silencio, pois, d'enthusiasmos basta!
Sejamos mudos ante as grandes scenas!
Conta
cApolÜnario 'Porto Alegre com ás facilidades neces-
sárias para o adeantamento
de fundos, sob a garantia
A PULSEIRA DO REI DA INGLA- de mercadorias, títulos e .
TERRA outros valores caucionados. !
O fajlecido rei Eduafdo da Inglaterra
trazia constantemente uma pulseira de
ouro no pulso esquerdo. Como não a ti-
rava nunca, não havia ninguém da sua
amizade ou do seu serviço, que não co- Opera em seguros
nhecia esse objecto- singular; porém a
procedência e a historia d'ella não são marítimos e
tão conhecidas pela moior parte da gente.
A pulseira é de recordação profunda- terrestres
mente trágica, pois pertenceu ao desventu-
rado imperador Maximiliano, do México,
o qual também a usou sempre, até ao dia
em que o executaram. Tiraram-lh'a depois NICO depositário da
de morto, e ao fim de muita volta chegou
á posse do rei Eduardo, quando este era
ainda príncipe de Galles, e desde então a
Ú Uzina da Capella.
Fabrica de Productos Chi-
usou, até a sua morte.
micós-Technicos.
• ••
/
N'uma exposição:
— Meu taro pintor, vou-me embora. Accéita em consigna-
Aqui só se podem apreciar os teus quadres. ção todos os produ-
— Lisongeiro!...
— Não! E' que ha tanta geute^deante ctos nacionaes
dos outros . . .
H-B" 122-!-!-:-l-^-^ffrTrC^ ALMAIVA» II I I E P O R T O A L E I Í U E -J-H-!'-

oiiiiiuininin i. ,i üiiinmilliuinui' -s iiiiiiniiiii;:iiiii!iii:..iMiiiiiiiini • 1 ií i- uni,., 1 !'', .iiüLirtii" :ri'

13-ULSL D i . Piores
55

03* O mais bem sur-


«Mp ' ^ O centro que dá tido Restauraní
mais diversões
aos seus as- da Capital
sociados

Cosinha de pri-
Novidades todos meiríssima
os dias ordem

Associem-se ao
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<>*><>><K<>*<>*<>^&
~&!6ví A L M A N A C H D E P O R T O A L E G R E i&£^&ê>n&'£}- 123 ¥£'&

lhe encosto em uma solida estaca que lhe


FLORICULTURA mllimillMimii"
ampare do vento a ramagem.
Quando é ainda enxerto, necessitam ser
cortados sempre os rebentos que appare-
A ROSA cem logo abaixo do lugar em que se faz
a liga, porquanto esses rebentos, bem ap-
Incontestavelmente a pellidados ladrões, que recebem primeiro
flor que maior encanto as ceiva que sobe pela haste, consomem na
dá a um jardim é a rosa. maior • parte a força que deveria desen-
Porém, sua belleza é volver o garfo enxertado.
mais attrahente, s«u vi- Florida a roseira, deve-se, quando se
ço se reveste de maior queira colher alguma flor, cortar a haste
explendor, seu brilho e de forma que fique ainda no galho am-
imponência resaltam putado três ou quatro tuberculos, pois as-
com mais pujança e frescura quando se sim, dentro de oito ou dez dias, brotarão
ostenta entre flores de outras espécies, por elles novos botões e conservará a
quando sua côr sempre deHcada, seu aro- roseira sempre florida.
ma inegualavel, fazem contraste com ou- Dahi se vê a vantagem de ser feita a
tras cores, com outros perfumes também colheita por pessoa não extranha aos mis-
subtis. \ teres do jardim a qual terá este e ainda
Então ella se destaca, se 'eleva, se torna outros cuidados indispensáveis á conserva-
ção das plantas de qualidades.
soberana entre suas rivaes, reina em abso-
luto no pequeno paraíso que se faz seu Além das recommendações expostas con-
império. vém trazer sempre limpas de parasitas e
galhos seccos os pés das roseiras, para que
Para se obter essa rainha das flores, possam se desenvolver com facilidade e,
de modo a que chegue á culminância de sobretudo, do que mais se deve convencer
seus encantos, mister se faz que se dedique o bom floricultor, que possue boas qualida-
em seu cuidado.uma somma.de esforços des de rosas e bem sellecionadas, é concor-
permanentes e methodicos, pois sua vida e rer ás exposições de flores, para que as
saúde se prendem muitas vezes a cousas tão demais pessoas possam apreciar as bel-
insignificantes que escapariam a vistas me- lezas que se occultam dentrp de seu jar-
nos perspicazes que não estejam af feitas ás dim.
exigências e até parece extravagâncias
dessa flor. Em 29 — Outubro — 1919.

Primeiro que tudo, preciso se torne a Orlando Motta.


extincção completa da formiga, terrível
inimigo da roseira, que lhe extingue as
forças quando lhe corta os rebentos. O homem mais corrupto sente, mau gra-
do seu, uma espécie de respeito pela vir-
Depois, é também necessário arranjar- tude. — Madame de Verzure.

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A LUA E SEUS MYSTERIOS


Quando o indivíduo, arrastado pela curio- se a longitude da sombra que ante o sol
sidade das coisas astronômicas, quer em- projectam; e deste calculo se deduziu que
prehender uma viagem de investigação pe- algumas chegam a attingir sete mil metros;
lo espaço infinito, a primeira estação em muitas passam de seis mil e grande parte
que forçosamente tem de deter-se, por ser deltas alcança cinco mil metros. Se é
a mais próxima e, porventura, a mais in- verdade que, dentre as nossas montanhas
teressante, é a Lua. Situada a 384.000 ki- mais altas, poucas ha que alcançam oito
lometros distante de nós, quasi que se kilometros de altura, veja-se que differen-
pôde dizer, sem hyperbole, que ella é uma ça existe, quanto á sua rugosidade, entre
provincia^terrestre. E como se logra con- a Lua e a Terra,
templar o seu conjuncto de uma vez, pó- muitas passam de seis miltas passam de
de-se, sem exaggero também, affirmar que A differença de rugosidade da crosta en-
a Lua, depois dos progressos ópticos des- tre uma e outra é enorme, e essa diffe-
tes últimos annos, é mais conhecida que rença ainda se torna maidr tendo-se em
a Tefra, onde ha extensas regiões ainda conta que a Lua é 49 vezes menor que o
inteiramente desconhecidas. nosso planeta.
Uma photographia obtida em Sik Obser- Quanto ao volume da distancia é coisa
vatory (Califórnia) recentemente nos dá que facilmente tem sido resolvida e com
a conhecer uma secção vizinha dos bordos grande exactidão pelos astrônomos. Quan-
da, Lua, onde se vêm as crateras chamadas to ao peso da Lua os processos para de-
Petavio, Vendelis, Langres e t c , bem co- monstral-o são vários, ora por meio do
mo a região mais septentrional da Lua, e effeito que produz sobre o movimento da
onde se distingue a grande cordilheira dos Terra, ora pela sua acção sobre os oceanos)
Appeninos lunares e as enormes crateras elevando a massa das suas marés ou por
que têm o nome de Archimedes, Aristolo outros resultados ainda. Tudo, neste sen-
\ e outros. tido, se reduz a problemas de mechanica
Estas crateras, como todas que têm a cujos resultados têm sido perfeitamente
Lua, affectam a fôrma quasi circular; concordantes.
esta fôrma e a deslocação tormentosa das Como sempre apresenta á Terra a mes-
muralhas que a circumdam, proclamam ma face, é forçoso que, em seu movimento
eloqüentemente que ellas foram verdadei- ao redor delia, que se realisa em cada vinte
ras crateras vulcânicas no remotíssimo e sete dias, sete horas, quarenta e três mi-
tempo em que a primeira e débil crosta do nutos e onze segundos, executa em cgual
nosso satélite se resfriou para se solidifi- tempo o gyro sobre si mesma. Se assim
car. Essa primeira crosta era débil demais não fosse, poderíamos descobrir alguma
para oppôr barreiras ás convulsões in- coisa do outro hemispherio' invisível aos
teriores do núcleo igneo selenita. nossos olhos e occulto ás nossas cogita-
Essas montanhas são altíssimas. A sua ções.
altura é calculadq perfeitamente, medindo- A razão disso não está Jiem esclarecida.

GRAJSÍDE PADARI/\ PRIMOR : h


MONTEIRO, GOMES «Sc Cia. |
Edifício construído expressamente para o ramo, dispondo das mais ',
aperfeiçoadas machinas. Grande producção de pão, '.
biscoutos, bolachinhas, doces e^c T
Rua Demetrio Ribeiro 195 = Porto Alegre - Telephone 1446 / f
\
•miá 126^£twrBcrSe(- ALMANACH IÍE I»OHTO A L E G R E ifcJHHr:-:

A hypothese que parece mais acceitavel c car, reduzir o infinito, relegando-o ao pa-
A que admitte que a massa lunar não é pel secundário de fundo decorativo da
uma esphera, mas um corpo que aftecta a Terra no espaço, a Sciencia glori ficando o
fôrma approximada de uma pera. Creador, trata de descobrir maiores pro-
,Não é improvável que a forte atracção porções em sua obra.
terrestre a houvesse deformado, nos pri-
meiros tempos da sua existência, como as-
tro independente da Terra. E se isto é A viuva do Pina chora incessantemente
assim, se o centro da gravidade do nosso seu defunto marido.
satélite*se acha desviado do centro da fi- — Mas se tu própria,—diz-lhe uma ami-
gura uns 59 kilometros, como crê Hansen.
póde-se bem admittir que exista na su- ga, — não te cançavas de repetir, que elle
perfície humida do hemispherio opposto era um animal 1!...
uma região menos árida, talvez provida de —Pois, sim; mas eu tinha-o já tão bem
atmosphera, que se conserva em depressão, domesticado...
permittindo a vida naquella região da Lua.
E' preciso que se comprehenda qiie não nos
referimos á vida, tal como a concebemos
em nosso planeta, possível tão somente em
certas e limitadas circumstancias, mas á
vida segundo uma concepção mais 'ampla,
porque a Creação faz garbo em ostentar
a tàateá
Altas esguias, mysticas e quedas,
a vida numa infinita variedade. Nada im- Vivem as pobres arvores do outono,
pede que, nas condições mais extranhas e Perdidas pelas longas alamedas,
mais contrarias á nossa, seja possivel a Pelas desertas ruas do abandono.
existência de outros organismos, bem di-
versos, por certo, dos que vivem em nosso Hontem, tão mocas! Hoje, vão pendendo
globo. Se a vaidade humana tentou apou- Os langues braços os antigos ramos . . .
Ai, coitadinhasl — vão se envelhecendo,
Deixando a vida como nós deixamos!

Os passarinhos não n'as querem mais.


Fugiram deltas esquecendo os ninhos . . .

ED. JEANNERET — Que dôr nas arvores sentimentaes!


— Que enorme ingratidão dos passarinhos!

Agente para o Estado do relógio Elias me lembram, quando as vejo, uns longeft
De éra remota qire me faz chorar . . .
ZENITH — São como grande procissão de monges,
Uns taciturnos monges a rezar . . .

V Vendo-as, tristes velhas amarellas,


Que tristeza em minh'alma se alvoroça!
Qualquer cousa de humano eu vejo nellas.
Casa especial em Relojoaria Porque ellas têm «, vida como a nossa.
e Óptica. Instrumentos para
As arvores, coitadas! são velhinhas
Engenharia. Ferramentas para Que vão morrer, levando uma saudade
Relojoeiros e Ourives, etc. Do sol, do céu azul, das andorinhas,
Das primaveras todas do outra idade!

Vão morrer . . . Cariem as folhas das retorta»


Frondes... Ah! são as ultimas das franças!
507, AÍTORADAS, 507 As folhas seccas — esperanças mortas —
São também como as minhas esperança»..-.
PORTO ALEGRE Rio
Astrogildo César.
-\W-'3&ftr\- ALMANACH DE PORTO ALEGRE -?&a>&&&&®&m. \27 ?&&é

toses». Admitte-se, em geral, que a glân-


é\s espinhas do rosto dula ovariana contem três hormônios: 1.°,
\vv\\\\%\\\v\\^«
o que preside a funcção própria da mu-
Quantas vezes lher ; 2°, o que regula a nutrição dos ór-
fce /não faz ao gãos; 3.°, uma espécie de ministro das re-
medico esta per- lações exteriores: é o harmonio que liga
gunta : a glândula aos outros órgãos de todo o
— Doutor, o organismo; está em relação e troca «estí-
que é bom para mulos:», com os outros hormônios.
estas espinhas ? Já pelos trabalhos de Armand Gauthier
Não ha meios de se sabia que a glândula thyroide contem,
me ver livre dis- além de outras substancias, iodo, phospho-
to? ! ro e arsênico, que têm por fim excitar a
Em geral os que se queixam são clien- nutrição da pelle, dos pellos e das unhas.
tes jovens: dos 15 aos 20 annos. Seus Contra esta theoria vieram os trabalhos
rostos se apresentam crivados por peque- de Maria Inchanitzky — Ries e J. Ries,
nas saliências; umas com uma pontinha que affirmaram ser a mucosa uterina e,
hjanca, outras não. particularmente, as glândulas uterinas que
A medicina de hontem, era impotente: contêm e accumulam o arsênico; e que o,
fricções, pomadas, etc. E o paciente fi- arsênico de sangue menstrual provem des-
cava com o rosto irritado e com o bolso sas glândulas.
alliviado por mais uma despeza de phar- Dutoit, depois de examinar os factos,
macia...
Se elle era rico, disseminado cpm os
médicos, recorria aos famosos «Institut de
soins de Beauté». Pratica mais própria
das senhoras. Ali, a coisa peiorava. Ar- ALFAIATARIA
ruinavam-lhe o rosto e a fortuna com cos- DE
méticos caros. Emquanto isso, iam pas-
sando-se os annos, as glândulas de secrp-
ção interna entravam em funccjonamento
normal e o mal desapparecia e o «Insti-
F.".
tut» annunciava mais uma victoria!
*
* *
Do estudo das glândulas citadas resul-
tou o conhecimento do «Hormônios» —
estímulos que, em synthese, se pôde diifer
têm por fim manter a harmonia entre os
••••••••
diversos órgãos do corpo. A «Urologie
and cutanious Reviéw», de São Luiz, pu-
blica a esse respeito, em seu tomo X X I I I ,
um interessante artigo de Dutoit, que
vamos resumir por «sonamicapi»
O titulo é: tDos hormônios ovarianos
nos suas relações com as diversas Derma-
•:-Hfc 128-Í-:T;-HT!-:-:-:T;- A L M A N A C H D B PORTO ALEGRE

acha que as espinhas, as dermatoses e ou- Casas de alumínio


tras erupções da pelle, sem causa apreciá-
Chicago inaugura o emprego do alumí-
vel, dependem de modificações physiologi- nio na construcção de edifícios, com a edi-
cas dos ovarios e do metabolismo arse- ficação de uma casa situada n'uma das
nical e iodico, sendo este elemento pro- principaes avenidas da populosa cidade.
veniente da thyroide pela perturbação des- iVesta obra, empregam-se fortes vigas
tas glândulas, como associadas da glândula de ferro, guarnecidas de chapas de alumí-
nio, ou antes de um bronze composto de
ovariana. De modo que taes erupções da vinte partes de alumínio e dez de cobre.
pelle seriam comparáveis ás dermatoses Esta liga possue um coefficiente de dila-
tóxicas. O «ache da puberdade» seria com- tação muito reduzido. .
parável á intoxicação iodica, quando em A casa tem de altura 64 metros e com-
põe-se de 17 andares. A fachada é reves-
longo uso de ioduretos. As chloroticas são tida de chapas da dita liga, de cinco mi-
mais victimas do que as outras. límetros de espessura, cuidadosamente
E \ pois, no sentido das desintoxica- burnidas.
ções iodicas e arsenicaes que se deve a
therapeutica das espinhas, isto é, recorrer
aos antídotos das substancias citadas. Escripturação abreviada.
O marido, examinando o caderno das
Dr. Nicoláo Ciancio. despezas domesticas: — Mas, não vejo
aqui algumas verbas que esperava encon-
t r a r ! . . . o concerto da mobília, o cabellei-
Quando um povo vos applaude não é reiro, o massagista, a ida aos banhos . . .
uma garantia de que não pedirá vossa ca- Ella — Tudo isto está incluído no titu-
beça "oito dias depois. — G. Tournade. lo : Reparações. *

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homenagem de respeito e admiração ao illustre
dr. José jYíontaury de /íguiar Leitão, intendente
municipal, a quem a nossa capital deue os
mais assinalados seruiços.

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Prata e M e n ç õ e s H o n r o s a s
Exposição Estadual, 1901; S. Luiz, 1914; Centro Econômico Porto Alegre,
1915; Agrícola e Pastoril Pelotas, 1905; Exposição Nacional Rio de Ia-
neiro, 1908; Exposição Oeral de Industrias (2 medalhas), 1919.

Deposito Geral das Perfumarias e Sabonetes:


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As quedas dágua no Estado e sua ntilisação para força hydro-electrica


O que será da industria metalúrgica, do deterioradas e inutilizadas para muitos
commercio, da navegação, dos transportes annos? Com as greves nos outros centros
e de tudo que necessita de força motriz, minerarios, em conseqüência do cháos em
de carvão, etc. depois da guerra, estando que se encontra o mundo actualmente? Fe-
as melhores e maiores minas da Europa liz o paiz que tiver água . . . rios, quedas ...
set-: ?&&&&&£&%. ALMANACH D E PORTO A L E G R E J|gf^.J9}tjejCj$g{í X31 W3&á

•3
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a hulha branca, e felizardo este Estado, plas do capital vertido, e em correlação á


que está sulcado por immensos rios, e efectiva medida dos mútuos.
soberbas quedas 1 Para constituir o Capital Social, devem
Trata-se de dar vida a um novo ente, concorrer os estabelecimentos bancários,
de caracter financeiro-technico pois, creando uma Sociedade de tal gêne-
Este organismo deve surgir com a for- ro, ha necessidade de mantel-a, dando col-
ma de Sociedade Hydro-Electrica, dotada locação ás suas acções, para multiplicar a
de bastante capital, por acções, com cha- potência do Capital-Social. Assim é que
mada de capital, á medida que as necessi- para ser a obra completa será necessário
dades forem urgentes, nas relações múlti- dotal-a de meios que a levem, no menor
mm 1325r9f6tírreBr6*9<eK ALMANACH DE PORTO ALECrtlE HrBSrri SkM-y.H-í-

tempo, «o mais amplo desenvolvimento capital particular e no extrangeiro, mere-


Isso será obtido da seguinte forma; ce especial cuidado; e se não é um so-
( A ) O Estado concorrerá, auxiliando nho o meu, tenho a convicção que n'um
moralmente, na medida do possível, a So- tempo não distante, o Rio Grande, devido
ciedade, e, também, caso o deseje, como ao seu desenvolvimento industrial, agrário e
accionista. commercial, poderá diminuir, em grande
escala, a necessidade de importar muitas
( B ) Os estabelecimentos bancários,
matérias primas e productos de outros
creadores da Sociedade terão interesse di-
paizes.
recto material e moral, ,para a collocação
das acções, seja no meio da própria clien- Tratarei mais do espaço, das quedas
tela, seja entrando parcialmente com as d'água do Estado, dos melhores methodos
próprias reservas. para obter d'ellas o maior rendimento Hy-
dro-Elcctrico, e do emplanto dos estabele-
(C) Os negociadores de títulos com o
cimentos desse gênero.
extrangeiro deverão esforçar-se para a
J. M.
collocação das acções da nova Empresa.
Porto Alegre, 10 — 11 — 919.
D'esta maneira, tendo presente o modo
v de funecionamento da Empresa, a acção,
teria uma absoluta garantia de seriedade,
e qualquer artificio, e quiçá pressão, usa- Eu #ou indigna de ouvir bellos sermões,
dos para a sua diffusão, seriam justifi- porque não posso deixar de dormir: o tom
cadas. dos pregadores adormece-me logo. — Du-
A collocação da acção do Hydro, entre o queza d'Orléans.

ALFREDO DILLENBURG & C*


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\h\Vé?'c?rWk ALMANACH D E P O R T O A L E G R E H S B B T I ^ T K T Í S K 133 # 3 6 *

fr T I A AIvIEELIÇA ,g
Esgaseou medonhamente os olhos, na blica, etc. Morava ali mesmo, rua do
vesguice dolorida do ultimo estertor, os Lampadario, esquina Pinheiro Guedes.
membros todos foram, súbitos, corridos Naquella casa de aspecto carrancudo, de
por um arrepio; a bocea escancelou-se, tarasca, fanara-se a tia America numa
cheia de rictus e feias contracturas. Aca- existência fosca de picuinhas soezes, me-
bou-se, emfim. xericos e enredos, retaliações e zumzuns.
Tinha morrido a tia America. Não era bôa abelha essa*tia America.
Minutos antes afirmára-me o medico Nada do que acontecesse no mundo lhe
que aquelle cancro, assim, na língua, po- subia ás narinas com cheiro de honesto
dia ser fatal á doente. Precisava que ella ou de bom. Tudo era ruim. Tudo lhe
tiveàse muito cuidado. Não pronunciasse sabia mal Merecia-lhe uma enojada tor-
uma palavra sequer. Segredos lá da me- cedura de-nariz. E tanto aquelle seu na-
dicina que eu não comprehendo. riz cheiradiço torcera e retorcera que fi-
A tia America era uma solteirona en- cara, ao cabo, torto para um lado, num
cruada dos seus quarenta e oito, muito geito perenne de aleive e reprimenda.
murchos, muito chupados. Possuía o seu Era má a tia America. Alta, repuxada
quê, algumas casas, apólices da Divida Pu- para cima, a modos que fisgada por um

•^•^•<$>«^>»4>«<^«^»<$>«<g>»<$>»<{>»^>«<í>«<s>«^>»<í>«(S>«<í>«<j.«<{,«<«>»<S>«<$>«^«<S>»^«<$>»^»<&

—*. I M P O R T A D O R E S ^»—
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JrSríK 1 3 4 r ! r i e O X O X O ( ALMANACH DK PORTO ALEGRH ^HrhHTtT+TK-v

anzol invisível, dava tia America, no an- America, porque destoava do seu m«n
dar, no arrastar a cauda do vestido, lon- de viver, era reprovável e imnuindo.
go, bem espendurado das duas pontas- A mais leve e innocente manifestaçi
cabides dos quadris, a impressão exacta de amor parecia-lhe um crime de fórm;
e bizarra de um rabo de panno desses pa- monstruosas.
pagaios de criança em baixo vôo. De per- Um casal de pombos que procurasse <
fil era um bico pontudo de ave pernalta seus trabalhos para 0 idyllio era logo t<
em attitude de espera. O busto, liso, e cado a pedradas e pragas.
sem a ternura maternal dos seios, sem Os gatos da casa não podiam realiz;
a promessa de carinhos, era uma in fecun- pelo quintal, os seus sabbahs de amor
da fonte, donde nunca manaram caricias de orgia.
e onde só pdlisaram olhos indifferentes e Tudo, á sua passagem severa e risp
desejos frios. da, se encolhia; os próprios moveis at
parece, que a temiam. Cahiam ao chã
Tia America passara pela mocidade,
freqüentemente as coisas ao rumor secc
numa ante-velhice mirrada, sem provocar
e estalado dos seus passos, no assoalhi
o mínimo enthusiasmo no sexo contrario.
Os cães rosnavam; as crianças fugiam,
Eu, quando a conheci, já ella transpuze-
as pessoas recolhiam-se para dentro de
ra esse marco da existência para além do
mesmas. E lá ia ella sempre de nari
qual não vão nunca os cantares de amor.
torcido, olhos duros em alvo recto, as pe
Ella conservára-se inviolável e sagrada láncaras do rosto bambolindo flaccidas.
como um dogma de virtudes. Semelha-
va, nesse ultimo quartel da vida, um fru- Na rua do Lampadario nimguem a tol<
to secco filho duma flor enfesada, sobre rava. Todos tinham por ella uma aversã
a qual não adejaram colibris, em manhãs séria.
de sol e de orvalho. Ella nunca sentira Adoeceu. Coisa de nada no comece
a maciez dos rocios vespertinos, nem o Cócegas na ponta da lingua. Um bota
áffago das noites de luar. Vivera des- vermelho que apparece, abre, depois, er
conhecendo o amor e a poesia da vida. Não bordos escuros, congestiona-se, enrubeci
comprehendera jamais porque é que ha Veio o medico.
arrulhos nos ninhos, porque ha segredos Tia America, pudica ao extremo, tinh
nas sombras, e cochichos e murmúrios em vergonha de mostrar a lingua. Engrola
toda parte onde ha seres de sexos diffe- va, tartamudeava, corava-se. Ia-se o me
rentes. Vivera ignorando a natureza e a dico.
si mesma. Peiorava a doente. Cuidados e carinho
nenhuns porque ninguém podia approxi
Por isso murchara depressa, sem nunca mar-se de tia America, que, de cama, do
ter tido uma hora de viço e de calor. lorida, sentia pejo que a estivessem ven
Dahi esse ódio fino « cortante contra do assim, deitada, embora se rebuçass
o mundo e as gentes. Um ódio sem ra- até o queixo.
zão que nada perdoava. Tudo, para tia Difficil o tratamento. Mas como era

Para o cultivo de Arroz, o ADUBO Pr^ITTlOF


KalDrica. de Bins & KriederictLS -
"(%^%*&^r%%%i
# AV6HIDA MISSÕESn. 18 ^^^^^^^^k-^^^^pVk
HTIT:-;- I-TÍTTSBÍ ALMANACH DE PORTO ALEGRE me\ÇmS¥è&£m. 135 X&S*

afinal, a enferma, dona de alguma coisa Era tarde. Nem vela nem crucifixo
não se cansou o facultativo. conseguimos pôr-lhe nas mãos. Inteiri-
Reiteraram-se as suas visitas. çou-se, arrepiou-se toda, etc. »
Por fim foi feito o exame. Constactou- Fora, numa roseira, havia um surdo
se enfermidade grave. Era imminente o zumzum de bezouros e beijaflores. As
perigo do tétano. andorinhas tagarelavam nos beiraes em
— Que ella não falasse, não fizesse o connubios amorosos e pelos telhados ia
menor movimento com a lingua, fora , a um cochichar de cambaxirras numa ale-
recommendação expressa da medicina. gre festa de amor e mocidade.
Mas a fatalidade até hoje tem o seu po- Aguiar Moreira.
der sobre os nossos destinos mau grado
andemos, tanta vez, embuidos de idéas
de livre arbítrio, etc.
Tia' America, que nunca recebera cor-
tezia dos visinhos nem de ninguém a não
ser do medico, de um ou outro curioso,
foi distinguida á ultima hbra, com a
.sorridente visita de um casal de noivos.
Entraram, alegres e felizes naquelle quar-
to calado e austero. Por um momento Os inglezes e o chá
mostraram-se penalisados, recolheram o
Uni inglez — (parece impossível! —
riso das physionomias jovens. Mas logo, escreve numa revista coisas maravilhozas
apertaram-se as mãos. Sahiram, em pas- a respeito do chá. Diz que esta bebida
se leve e esperto, para a sala. Ficaram lá estimula as energias 'do cérebro, que de-
arrulhando. senvolve a força, que conserva a saúde, e
não sabemos o que mais.
Tia America arregalou muito os olhos, Mas, depois de dizer estas coisas lindas,
fincóu-os numa imagem da Virgem que vae observando que o estômago, constan-
lhe estava defronte e numa voz de espanto temente inundado de chá, torna-se rebelde
inquiriu á criada: que está sendo estimulado em excesso e
é ineficaz como orgam digestivo, porque
— Justina, quem é que está na sala? o poder de secreção de suas glândulas é
— O José e a Maria, senhora dona enfraquecido pela incitação constante a que
America 1 estão sujeitas.
E não 'fica só por aqui. Diz mais que
— Só . . . sósinhos! o chá não é de modo algum alimento,
Um brilho estranho passára-lh/; pelo ainda que tenha o poder de fazer desap-
olhar. Veio-lhe ainda aos lábios um co- parecer temporariamente a sensação da
meço de palavra: fome.
— Só, só . . . ziii... *
Corremos todos. Justina com a vela,
Os homens não se fizeram para os pra-
eu com o crucifixo. zeres, mas os prazeres se fizeram para os
— Tia America! Tia America! homens. — Christina, rainha da Suécia.
04*>KXX>*0+0*0*0*<>*<>K>4<>*<>*^

Bebam Cerveja BEGKER


jBJSf; 136 r^TrirrléfcvaiêK ALMANACH » E PORTO A L E G R E "B-K-V

O RELÓGIO QUE SEMPRE SE IMPOZ PELA SUA ABSOLUTA PRECISÃO, §


PELA SUA ELEGÂNCIA E SOLIDEZ '
= l n | ; i l lllllllllllllll!llllllllllllllllllll!lllllllllllllllllllllllllllllll!!lllll!|llil
Únicos concessionários para es Estados do a
Ria Qrandt do Sul e Santa Catharina =
crer no contrario, dá uma lista dos» acon-
Em. & Ed. Aaron ! tecimentos felizes para a America que se
realizaram na sexta-feira.
Numa sexta-feira 21 de Agosto de 1492
embarcou Christovão Colombo para des-
cobrir a America; sexta-feira 12 de Ou-
tubro de 1492, elle, pela primeira vez, des-
cobriu a terra; sexta-feira 4 de Janeiro
de 1493 partiu para a Hespanha; seleta-fei-
ra 15 de Março de Í493 chegou a Paios;
sexta-feira 22 de Novembro de 1493 che-
gou a Hispaniola, fazendo a sua segunda
viagem; sexta-feira 23 de Junho de 1494
descobriu o continente do novo mundo.
Sexta-feira 5 de Marca de 1495, Henri-
que VII da Inglaterra deu a William "Ca-
bot a commissão á qual se deve a desco-
berta da America Septentrional. Sexta-
feira 7 de Setembro de 15.65, Melendes
fundou a cidade de Santo Agostinho, a
mais antiga dos Estados Unidos.
1
= K I I I I I ! l l l l l l l l l l l l i r i l H l l l l l l l I I.IIIIIIIIIIIIIMIIIIIIIIIIIIIIII:)! Sexta-feira, 22 de Fevereiro, nasceu
Washington.. Sexta-feira, 16 de Junho,
SEXTA-P%IRA NA HISTORIA Bunker's Hill era tomado e fortificado.
Sexta-feira, 7 de Outubro de 1777, ren-
Desde tempos immemoriaes foi a sexta- dia-se Seratoga- Sexta-feira, 19 de Ou-
feira considerada um dia aziago, e mes- tubro de 1781, era YYork-Town .tomada.
mo hoje que a superstição, e s ^ em deca- Sexta-feira, 7 de Julho de 1776, declara-
dência, muitos ha que não eniprehende- va o Congresso a Independência dos Es-
riam em tal dia a realização de,um im- tados Unidos.
portante negocio. O «Norfok Beacon»,
jornal dos Estados Unidos, para provar
que os americanos mais que outros devem O coração resta crédulo muito mais tem-
po que o espirito. — Guy Delaforcst.
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Secção de importação § Secção de Representações


Tem stock perma- o
Acceita represen-
nente de" papeis g tações de Fabri-
de todas as quali-
dades, drogas para g cas Nacionaes
o
o
industrias, óleos, o
o

ferragens etc. ::
o
o
o
o
o
Secção de Minérios
o

SeCÇãO de eXpOrtaÇãO Io Compra minérios


o
o
Secçfto de productos de estiva: o
o
o
e faz qualquer ne-
o
Compram cereaes
o
o
o
gocio com minas
a
e productos do de reconhecida ca-

§0?0$<>tO-^^<>èOèO®0$Om$<^
Paiz i :; pacidade v.
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O centro de diversões nocturnas
mais elegante e bem mon-
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Possue e s p a ç o s o s e l u x u o s o s s a l d e s
Em seu palco scenico estreiam se-
manalmente artistas de real mereci-
mento, procedentes das capitães
platinas, Rio de Janeiro, S. Paulo, etc.
Excellente orchestra sob a direcção
do provecto maestro
MILTON CALAZANS
Funcções de "cabaret" sob a direcção do intelHgente
Cabaretier RAUL NORIAC

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A PE5TC APHTOSA
' • Nllluill |"|<i <|iilt|ll]'llllll'Mlllll • i l W W » | I W I I W " l ' J M

i"ão do dr. Danton Seixas, il- minimas; mortandade directa dos ani-
lustre director das interessan- maes adultos atacados* de formas apo-
tes revistas <A Estância* e pletica, intestinal e maligna; difficulda-
kSul Rurah, as seguintes obser- de de engorde; diminuição da productivi-
vações e conselhos sobre a pes- dade de leite e impropriedade deste para
te aphtosa, que grassa, com ca- a alimentação; inaptidão dos animaes pa-
racter endêmico, em os nossos ra o trabalho; aborto e esterilidade das
campos: fêmeas-
As enormes perdas que advêm dos fa-
n febre aphtosa é uma moléstia viru- ctos acima mencionados justificam plena-
¥ I lenta, extraordinariamente contagio- mente as fabulosas sommas despendidas
*" sa, que ataca os bovinos, suinos e pelos governos de diversos paizes com o
ovinos, podendo transmittir-se também ao fim de extinguir esse terrível flagelíb e
homem. a severidade das medidas de policia sani-
O seu micróbio especifico ainda não foi tária pelos mesmos adoptadas.
descoberto. Consoante muitíssimas expe- Raros serão, de resto, os criadores rio-
riências effectuadas, sabe-se que elle per- grandenses que não tenham tido opportu-
tence ao mundo ultra-microscopico, á ca- nidade de conhecer, «de visu» os damnos
tegoria dos microorganismos filtraveis. causados pela febre aphtosa.
A experiência demonstra que o micró- Os animaes atacados apresentam sym-
bio da febre aphtosa se encontra abun- ptomas geraes e locaes.
dantemente na saliva, nas secreções e nas Entre os primeiros destinguem-sç os
dejecções dos animaes doentes, podendo seguintes: febre de 39,5 a 41°; tristeza,
ser transportado á grande distancia, por prostração, falta de appetite, andar peno-
meio de "qualquer vehiculo, seja elle ob- so, batimento dos flanços (ruminantes),
jecto, pessoa ou animal e até mesmo pe- etc.
lo vento e pelas águas. Essa circumstan- Localmente, verifica-se a salivação abun-
cia explica, cabalmente, a rápida diffu- dante cahindo da bocea em fôrma de ba-
são daquella moléstia que facilmente se ba, erupções vesiculòsas preferentemente
irradia em todas as direcções, com assom- na bocea (lábios, lingua, céu da bocea),
brosa rapidez. no focinho, nos uberes, nos espaços inter-
A febre aphtosa, apezar do seu decur- digitaes e na coroa.
so geralmente benigno, é uma das formas As innumeras tentativas effectuadas no
mórbidas que maiores prejuízos occasio- sentido de obter a immunisaçâo contra a
na á pecuária. Esses prejuízos podem ser febre aphtosa, até aqui têm sido infrueti-
resumidos do seguinte modo: mortanda- feras.
de indirecta dos animaes adultos, em Nestes últimos annos, tem-se aconse-
conseqüência do estado de extrema ma- lhado a «aphtosação», processo que con-
greza e depauperamento que lhes acar- siste na infecção artificial, o que se faz
reta, tornando-os assim susceptíveis de embebendo um panno ou algodão na baba
succumbirem sob a influencia de causas dos animaes doentes e esfregando-o á
•¥^m 140'rrrBryewlO{X)CK ALMANACH D E PORTO ALEGRE

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É um cigarro que satisraz 'ao mais exigente paladar
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bocea dos sãos, afim. de produzir nes'tes to de 1900, que regulamenta o serviço de
uma forma benigna e immunisal-os, ao Policia Sanitária.
mesmo tempo, contra novos e eventuaes A effectividade desse importante de-
ataques da moléstia. O processo da «aph- creto constitue uma das mais momento-
tosação», porém, constitue um perigo no sas medidas para a salvação e grandeza
caso de se praticar a infecção com ba- da pecuária riograndense.
ba proveniente de animaes atacados da Como a grande maioria das moléstias,
forma maligna, e acarreta o inconveni- a febre aphtosa ainda não dispõe de um
ente de produzir contemporaneamente a medicamento especifico.
moléstia em muitos animaes, difficultan- Não tendo sido possível estudar o seu
do o respectivo tratamento. microorganismo pathogeno que ainda não
A prophylaxia da febre aphtosa, a nos- foi descoberto, como é natural, a thera-
so ver, emquanto não se dispuzer de um peutica empregada tem sido, geralmente,
processo efficiente de immunisação por empírica.
meio de soros ou vaccinas, terá de ba- Afora os preceitos hygienicos, dieteti-
sear-se exclusivamente na hygiene e na cos e a cura symptomatologica, nada mais
policia sanitária; do contrario, nada se podemos aconselhar..
conseguirá. Os animaes que se apresentarem em
E aqui vem a péllo lamentar a inexis- peores condições' devem ser recolhidos
tência de um serviço da policia sanitária para próximo de casa e tratados segundo
em nosso Estado. A justiça manda, po- as normas abaixo referentes aos animaes
rém, reconhecer que o facto não repre- estabulados.
senta uma lacuna de administração esta- E' indispensável o maior asseio possí-
doal, pois ha muito tempo já o benemé- vel quanto aos estabulos.
rito dr. Borges de Medeiros havia reco- As camas dos enfermos devem ser
nhecido essa notável necessidade, como ' muito macias e dadas as condições pou-
demonstra o Decreto n. 319 de 3 de agos- co favoráveis para a mastigação em que

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•\-'í-:\-\-\-\-'-'rJ-\^&f-:VHÍ ALMANACH D E PORTO A L E G R E W&ê&tê&n&W,- 141 * * *

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elles se encontram, torna-se necessário para a cura da peste do casco das ove-
ministrar-lhes alimentos tenros, bebera- lhas.-
gens, sopas, tuberas e raizes cozidas. A applicação 4e seccativos nas ulce-
Terminadas as rações, pratique-se aos ras produzidas pela rqtura das vesciculas
mesmos a lavagem e desinfecção da boc- exteriores é indicadissima,. principalmen-
ea por meio de uma injecção com qual- te com o fim de accelerar a cicratisação.
quer das seguintes soluções: chloreto de As vaccas leiteiras devem ser ordenha-
sódio, alume, chorato de potassa, ácido das, ao menos duas vezes ao dia, e o leite
borico ( 3 % ) , vinagre ( 1 0 % ) , ácido phe- somente pode ser ministrado aos ternei-
nico ( 1 % ) , creolina ( 4 % ) , lysol (3fo), ros ou utilisado, depois de fervido.
ácido ' salicylico ou ácido borqp (4-%), A's aphtas dos uberes, também usa-se
ácido sulfurico e formol (1 % ) . applicar pomada boricada e óleo creolina-
Para a desinfecção das aphtas exte- do ( 3 % ) , etc. •
riores podem-se utilisar áquellas mesmas Nos casos de aphta maligna, como
soluções, porém será melhor usar o sul- quando houver separação do casco, se fôr
fato de ferro ou de cobre ( 5 % ) . possível, convém chamar um veterinário.
Em se tratando de muitos animaes a Curados os animaes, se procederá á
desinfecção das aphtas interdigitaes e dS desinfecção, dos estebulos, o que se pôde
coroa deve ser effectuada em tanques es- fazer utilizando as soluções já notadas,
peciaes. em doses mais fortes. /
Esses tanques, indispensáveis em todo
o estabelecimento moderno, devem ser
Entre moças amigas:
construídos nos bretes afim de facilitar a
Emilia: — Aquillo é um cego fingido!
passagem do gado por dentro dos mes- Pois não ouviste elle dizer-me: «Uma es-
mos. mola pelo amor de Deus minha linda me-
Poderão ter uns 4 metros de compri- nina !»
Angélica: — Ouvi, sim. Mas elle disse v
mento a largura do brete e 25 centíme- para tu te convenceres que, realmente, é
tros de profundidade e servirão também cego!

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AVICULTURA fundas raizes — é de que as frangas não


prestam para chocar. Elias se prestam, e
são até muito boasinhas; só o que exi-
E' melhor chocar ovos de frangas? gem é um pouco mais de attenção, nos-
dois ou três primeiros dias. ,
Em vista das
Também é falsa a idéa de que os fran-
radicaes trans-
gos incubados ou criados artificialmente
formações por
não são tão fortes como os incubados por
que tem pas- gallinhas. Os apologistas das machinas se
sado, nestes úl- dizem inclinados a acreditar que a incu--
timos vinte an- bação artificial tende a eliminar os pro-
nos, os pro- ductos anormaes, ao passo que, incuba-
cessos em uso dos por gallinhas, nascem muitas vezes
da avicultura, pintos que seria melhor não nascerem.
acontece que, Querem elles dizer: Pintos incubados ao
hoje em dia, se fazem muitas coisas de calor artificial são positivamente fortes.
real vantagem que, ha poucos, annos, nem
E quanto ás machinas de criar, uma
se sonhavam, ou que poderiam parecer
vez bem dirigidas, é incontestável que ali
inverosimeis. Um d'elles é se fazerem se criarão melhor os pintos, que pelos
chocar ovos de frangas, em vez dos de processos naturaes: a gallinha poderá ser
gallinhas já formadas: sempre se pensou um viveiro de parasitas, o que não acon-
antigamente que taes ovos davam produ- tece com a criação artificial, de limpeza
ctos fraquinhos, o que, no emtanto, está e desinfecção facillimas. Todo o princi-
já verificado á saciedade — não é verda- piante deverá estrear em terreno onde não
de. tenha havido gallinhas, e comprar ovos e
Ha avicultores diligentes e intelligentes os incubar artificialmente, porque assim
que, na actualidade, e com reaes vanta- seria possível manter sua criação inteira-
gens, estão vendendo ovos de excellentes mente livre de parasitas.
gallinhas — muitas dando até uma mé-
dia de 250 ovos por anno — pondo para
incubar exclusivamente os de frangas,
filhas de excellentes poedeiras. Dizem el- POSTAI,
les que assim procedem, porque quando
Cante, alaúde sonoro,
a gallinha é grande poedeira também Tua egrégia formosura,
grande é o numero de ovos estéreis por E com rhymica doçura
ella fornecidos; dizem mais que, quan- Vibrem suas cordas de ouro.
do nascem não são fáceis de criar os pin- Tu, que possues um thesouro
De encantos e gentileza',
tainhos, dos quaes, considerável propor- — Regia, oriental princeza! —
ção é fraca. Preferem, dizem os que as- Emquanto no mundo vivas,
sim pensam, uma producção menor que, As almas verás captivas
entretanto, lhes garante vitalidade maior. De tão divinal belleza!
De Charny.
Acompanhando essa maneira de ver,
encontram-se hoje muitos criadores que
fazem tirar raça a novilhas de dois a três Um poltrão não poderia por muito tem-
annos e a éguas, de três. po agradar a uma mulher. — Madame du
Outra idéa errônea — e essa criou pro- Barri.
rBrfc 144 aa?T$uoioa:sfc ALEGRE ^HT;-;-;-;-;-;-;-;

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Uma industria ^inexplorada entre nós


Jk.m pelles de coelho
Porque não se criam coelhos entre nós? um tratamento especial para'que a pelle
Isto é, porque se não os cria em grande a aproveitar-se dê os resultados deseja-
escala, para exploração da incalculável ri- dos.
queza que representam? Conforme experiências realizadas em
Principalmente para a industria das França, onde mais se tem adeantado ul-
pelles, os trefegos coelhinhos são de valor timamente a respeito, os coelhitos devem
inapreciavel: de ha muitos annos são as cojlocar-se' em amplas construcções em
suas pelles que vêm substituindo, nas in- fôrma de «hangar», fechado por todos/os
dustrias de agasalhos, as de outros ani- lados, excepto uma em direcção ao sul, e
maes mais raros e de criação menos fá- cobertas de tellas, pois está demonstrado
cil — tendo porém os industriaes o cui- que as installações devem todas orien-
dado de não confessar francamente que tar-se para o sul, para que esses animaes
as pelles que vendem são realmente de se subtraiam de certa fôrma á acção
coelhos... causticante do sol, que os prejudica. E»'
Os nossos agricultores das regiões do conveniente também preserval-os do frio
sul estão em magnificas condições para no inverno, devendo-se para esse fim
explorar a industria »das pelles dè coe- collocar pelles abundantes no interior das
lhos, porque todas as qualidades desses gaiolas, que por sua vez devem ser fabri-
animaesitos preciosos, que na Europa'We' cadas de madeira.
produzem e se aproveitam, acclimatam-sp Para que a cria e conservação se dê ef-
e se multiplicam perfeitamente nas nos- ficaz e útil, convém que se installem os
sas regiões do sul, como na visinha Re- animaesitos separados em raças, cada
publica Argentina. grupo na sua. Assim tratal-os-á melhor
As variedades mais aptas para apro- e mais facilmente o agricultor, sem risco
veitamento na industria das pelles, são de misturas prejudicialissimas.
as denominadas: Chinchilla, Havana, Po- Outra questão muito importante é a que
loneza, Azul de Vienna, Claska e Negro se refere á distribuição de comidas aos
de Fogo. Todos esses dão perfeitamente animaesitos, mister em que é necessário
nas regiões que citámos. empregar-se- um cuidado especial.
Os agricultores, porém, para consegui- Na Europa, logo que a verdura, a pa-
rem bom proveito no applicarem-se a essa lha e a água que se lhes pôz foram inge-
actividade industrial, necessitariam, antes ridas pelos coelhos, retiram-se das gaiolas
de tqda e qualquer outra coisa, realizar as sobras, para conservar-se nellas a
uma selecção prévia — além do que, es- mais rigorosa e perfeita hygiene.
sas raças deverão manter-se sujeitas a Para se conseguir os melhores produ-

Caporal Pavão, fraco e suave, não teme com=


petencia com os seus similares. $ $ $ $ $ $
39K ALMANACH DK PORTO ÁLKGRK ifàbtiHrki-'<-'.-

ctos, não se empregam os machos repro- auxilio ao robustecimento cia nossa po-
ductores senão quando já contam pelo tencialidade econômica. Encontramo-nos
menos seis mezes. num momento em que o paiz precisa pro-
A gestação prolonga-se por 30 a 31 dias, gredir e desenvolver-se em todos os sen-
e a aleitação por umas seis semanas, con- tidos, sem desprezar possibilidade algu-
forme o numero das crias. Quando o par- ma.
to é superior a 5 ou 6 indivíduos, é prefe- A intensificação da criação dos coelhos,
rível não prolongar demasiado o período para aproveitamento de suas pelles na
da aleitação, que fatigaria por demais a industria, não está ahi facillima de le-
mãe; quando, porém, o parto é de menos var-se a effeito, e não merece ser toma-
de 5 indivíduos, aquelle período deve ser da em- consideração pelos nossos criado-
prolongado. res e fazendeiros?
Em seguida, os coelhitos minúsculos são
collocados juntos em pequenas gaiolas, a
dois ou três em cada uma; quando attin- — Não imagina o talento que minha fi-
gem a edade de três mezes e meio sepa- lha tem! Se visse os versos, que ella es-
ram-se por sexos. creve !
Ahi estão regras dentre as quaes po- — Oral então, muito mais talento tem
der-se-á entre nós iniciar em grande es- a minha I
cala a exploração dessa riqueza, que in- — Porque? O que faz ella?
dubitavelmente representaria, um grande — .Não oi escreve.

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o
Mrl-l-I-l-l-rW^^TrBfêBBBieK ALMANACH DE PORTO ALEGRE SrSfSEféKOaOtOSE 147 •&%&

O CASTIGO calvicie absoluta, de modo a ver-se obri-


gada, sempre, a recorrer ás cabelleiras
postiças. As suas amigas ignoram, porém,
A pessoa — homem ou mulher
completamente, o que lhe succedeu, de
— que se prevalece de postiços
modo que até elogiam com sinceridade o
,para encobrir defeitos physicos
azeviche perpetuo do seu cabello. A uma
lou reparar os inconvenientes da
dessas amigas succedeu, porém, a mesma
idade, não pôde, jamais, vi-
infelicidade; e como o seu cabello seja
ver em socego. A Nature-
ouro, são unanimes, igualmente, os lou-
za {em ao seu serviço, uma
vores ao ouro fluido da sua cabelleira.
i infinidade de sentinellas
Uma destas noites, na festa do sr. mi-
vigilantes, que agem, sem-
nistro da Bolívia, a linda creatura loura
pre, no momento opportuno, .para casti-
não podia ir, tão tarde, para o seu pala-
gar as vaidades humanas.
cete em Copacabana.
O caso occorrido recentemente em cer- — Dormes lá em casa! convidou a
to palacete da praia de Botafogo é uma outra.
prova de que se não pôde burlar facil- Madame aceitou o convite, e, uma vez
mente a intelligencia da Natureza. E o no palacete de Botafogo, resolveram dor-
episódio é claro, simples e sem enredo. mir, as duas, na mesma cama, que era de
Uma senhora, viuva, ali residente, foi casal. Apagada, porém, a lâmpada, cada
castigada, ha uns cinco annos, com uma uma cuidou de guardar disfarçadamente a

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cabelleira, pondo-a sob * o travesseiro. E


m
dormiram. m
De manhã, porém, ainda com escuro,
I AMARO & SANTOS m
W
cada uma despertou, repoz os cabellos, e ARMAZÉM POR ATACADO
••dara«o Tatoanpklcot AMABAHTOI fr«lq,lu>oa, • !• ffi
dormiu de novo. A primeira, porém, que
despertou, soltou um grito. A outra pu- si IMPORTADORES DE ESPECIALI- S
DADES E COMESTÍVEIS FINOS S,
lou da cama e, apavorada olhando a ami- {§ Únicos recebedores dos afamados chás g
ga, gritou também. i CARMELITA e LAN CEIRO, puro Ceylao £
Elias haviam, de madrugada, trocado as 91 e do cacau BAHIANA. marcas rogistr. m
cabelleiras. E como adivinhassem, muda- | R n a M da Patria, 80-PORTO ALEBp jf
mente, o mysterio daquella transformação, a
atiraram-se, chorando, uma nos braços da
outra... — A". X. fflS

E ÁGUA INGLEZA CRUZ 1


| TONIGA, APPERITIVA E ANTI FEBRIL g
A uma senhora, que conversava em voz
baixa com um rapaz, n'uma sala, pergun- 1 DEPOSITO EM PORTO ALEGRE: "
ta-lhe o marido: C A S A XTECT S T A R
— Em que estás tu falando com essa fi- DE
gura ? . . .
— N'uma cousa, que te vae parecer im-
I LADISLAO COÜSSIRAT J." §
possível : falávamos bem de ti 1 ü Ândradas n. 525 — Porto Alegre |
SI ° »
• < $ ^ > ^ ^ $ > ^ ^ ^ ^ > ^ > ^ > ^

fl TIOSSA CAPA
COMPANHIA
O trabalho artístico da capa do Ajmo-
} Florestal Riograndense f nach de Porto Alegre é do reputado ar-
tista José Morini, nome já sobejamente
; Ctitt I I Eirriii' 24 Tiliphmi I » . 3108 conhecido, não só na musica, de que é
fervoroso amante e delicado interprete, co-
;; End. telegraphico : FLORESTAL nto na pintura, a que se entrega com cari-
nho e dedicação.
| Exportação de Madeiras
ESCRIPTpRIO: — Disseram-me que seu filho anda via-
jando?
: Roa Andradas n. 309,1° andar — Anda; Portugal parecia-lhe pequeno.
Precisava ver mundo, ter aventuras, af-
f rontar perigos . . .
'. DEPOSITO: — E, onde está elle, agora?
— Em Santarém.
! Sua Voluntários da Patria, 246 • ••
I PORTO ALEGRE Os Ídolos são mais caros ao homem do
que os deuses. — Emile Augier.
:-:-ir7r3Br$r3t9i6}9!9K A L M A N A C H D E P O R T O A L E G R E aeiefSK £149*6*6*

(•ia BÍH®Saf»lí«!®EB®fflBffiEBiiaaifflffl8BfflffiSSaÍ
1*1
t+i
t ' A d eusít
»]
(*i
Garage Polo Norte j Immerso u coração em funda dòr.
1+1
•i Vem te traser a triste despedida . . .
BI
1*1 Os melhores automó- Por lembrança tu levas, doce flôot,
m A minha apixonada e doida vida . . .
l+l
l+J veis para passeios ::::
1*1
{+1 Chamados a toda hora Não te esqueças de mim, nunca! querido/
Que suggestivo e terno é esse penhor
W
ffl
l+l
Rua do Rosário n. 47 A m Que aqui te deixo, á hora da partida.
Acenando no lenço — u eterno amdrt...
ai | Telephone 3 8 8
Parte, sim, vael Jamais olvidarei
As promessas que sempre te jurei,
Co rubro fogo, o ardor, da nosso idade .. .

1 SILVEIRA MARTINS & C . « E quando o sol partir, em roseo vèo,


Eu mandarei, aos, echos, para o cio,
si si A meiga cavatina da Saudade .. .
g BARRACA DE COUROS E g A. de FAVERI
g MAIS FRUCTOS DO PAIZ 1
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SI Escriptorio: SI
Discutir seriamente uma , opinião com
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SI um tolo, é levar uma lanterna adeante de
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•11
G. P L.
ESTABELECIMENTO DE
VOCAÇÃO MATHEMATICA PRIMEIRA ORDEM
J s m recompensa da sua assiduidade, o
Carlinhos, que conta seis annos, passou a 120 QUARTOS BYGIEN1C0S E
uma classe .superior, na Escola Acadêmica.
Um diá d'estes, trepando a uma escada, "" CONFORTÁVEIS
-teve a infelicidade de cahir d'ella, feliz-
mente sem conseqüência grave. TELEPHONE N. 44
A mama, que viu o desastre, correu a
TELEPHONE FILIAL N. 875
levantal-o, exclamando, afflicta:
— Como foi que tu cahiste, meu filho?...
— Verticalmente, mama, respondeu o
Rua Vol. da Patria, 31-33-34 |
pequeno, com toda a gravidade.
*èf& '50 tVHétCi0i>:fét3,.;fTT;r; ALMANACH DE 1'OHTO ALEGUE ^XKÍCHTI-X-XTK-:-

xeiro viajante metteu o dinheiro debai-


O MENSAGEIRO
<\\V^\\V\\\\\x\\N\\\\\\\X\NX\N\\N\\\N\\\\N\\VN\\W.V«.V do do travesseiro da cama e dormiu
pensando no milagre.
O Sr. Octaviano Almeida, Ao acordar de manhã, apalpou o di-
caixeiro viajante de uma casa nheiro, para vêr se não se tratava de um
commercial da rua da Alf"\ii- sonho, de um pesadello, de uma illusão,
dçga, é um desses homens dirigindo-se, em seguida, ao quarto da es-
honrados e pacificos, que posa, onde se dera o prodígio. Esta dor-
atravessam a vida sem gran- mia ainda. E elle viu, então, que se tra-
des obstáculos. Uma cousa, tava de um auxilio divino, enviado por
entretanto, o preoccupou sempre: o di- algum mensageiro mysterioso.
nheiro para a vida mundana da familia, Desde esse dia, o sr. Octaviano vive ex-
isto é, da esposa, e, não menos, para AS clusivamente dos soccorros do céo, cu-
pequenas despezas de viagem, que lhe jo enviado já encontra, á noite, a porta li-
consomem, na média, cerca de trcs con- geiramente entre-aberta... — X. X.
tos de réis por mez.
O ordenado que lhe dão é de quatro-
centos e cincoenta mil réis. A esposa pos-
sue no quintal uns quatro pés de moran-
go que lhe dão uma renda de dois contos.
O «déficit» é, ainda assim, de quinhentos
e cincoenta mil réis, mensalmente.
Era nesse «déficit» que pensava, uma
noite, o pacifico Octaviano, quando lhe
surgiu a idéa de conferir uns cinc i^nta
mil réis que havia deixado no bolso, da
calça, a qual ficara no cabide, no compar- O Padre Santo me disse:
timento da esposa, contíguo ao seu. «Que te esqueça, que te esqueça I»
Respondi-lhe: «Padre "Santo,
Pé ante pé, entrou no quarto, que es- Não m'o peça, não m'o peçal »
tava ás escuras, e procurou, tacteando, o
cabide. Encontrada a calça, metteu a mão O Padre Santo me disse:
no bolso, arrancando de lá um maço de «Que a deixasse, que a deixasse I»
cédulas e voltou ao seu dormitório. E te- Mas eu disse-lhe: «Que não...
ve um susto. 'Nem que elle excommungassel»
— Dois contos de réis no meu bol- O Padre Santo me disse:
so! ? . . . exclamou. — Mas, eu só possuía
«Não te importe, não te importei»
cincoenta mil réis... Como foi isso?
Respondi-lhe: «Padre Santo,
Intrigado com o caso, o honrado cai- Só por morte, só por morte!»
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Cabellos negros, de esplendor sombrio,
Wor onde corre o fluido vago e frio
Dos brumosos e longos pesadellos...
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Tudo que lembra as convulsões de um rio,
.Vassa na noite èalida, no estio
*Da noite tropical dos teus cabellos;
Passa attavez dos teus cabellos quentes}
Pela chamma dos beijos inclementes,
Das dolencias fatâes, da nostalgia..

Aureola negra, magestosa, ondeada,


Alma da treva, densa de perfumada,
Languida ê/Xjoite da melancholia J
Cruz e Souza.
)
<X<H<H<>*<>«K>«K>^<H<H<>+^^
NOVÍSSIMAS A bondade é o pricipio do tacto, e o res-
\ peito por outrem a primeira condição do
Irmã dos indígenas — 2—1 saber viver. — Amiel.
Essa herva na musica é um perverso — A pequenez de espirito faz-se sobretudo
2—1 sentir nas grandes coisas.—G. M. Valtour.
A criminosa pede e protesta — 1—2
O amor nos ensina todas as virtudes. —
Pae em tempos de domínio — 2—3 Plutarco.

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A casa de João de Barros £p::

1
Uma das curiosidades or-
nithologicas da fauna brasi-
leira é, como se sabe, o «João
CASAFABRICIQ;
de Barros», o interessantíssi-
mo pássaro que symbolisa, na
frivolidade do mundo de pen- FAZENDAS, TT7IUD6ZA5, [i
nas, a trágica severidade da vida matri- ARTIGOS PARA HOMENS :;
monial. E' uma ave amarella e graciosa,
que tem uma risca esbranquiçada por ci- E ROUPAS [\
ma dos olhos e cujos ninhos, fabricados
de barro, constituem o mais alto docu- Vende incontestável mente :.:
mento do progresso architectonico entre pelos menores preços ;j
as ligeiras creaturas de bico.
Esses ninhos são exhibidos nos museus, | LUIZAMOReTTV&C. \
e era um delles que, ha dias, no Mu-
seu Nacional, o sr. dr. Bruno Lobo nos â Marechal Floriano, 1-3 l
mostrava pacientemente, a mim, ao dr.
Venancio Moraes e á exma. esposa deste, POf^TQ ALEGRE
que era a mais interessada naquella visi-
ta scientifica. E mostrando-nos a casa do
íi
«João de Barros»,. o dr. Bruno explicou:
o«o»o«o«o»o«o»o«o«o«o« — O «João de Barros» é o verdadeiro

o
FRIGORÍFICOS symbolo dos rigores domésticos, e o mo-
delo mais interessante do antigo chefe de

o <
o família.
Não ha, realmente; ave mais carinhosa
0 o para os filhos, para a companheira, para
0 o o lar. O seu ninho, como estão vendo, é
uma verdadeira casa humana, com uma
0 o porta na frente. Quando Mme. João de
o i—i
< o Barros está no interior do seu «ban-

o l-H o gals», o esposo não se afasta da porta, vi-


giando-a, olhando-a, fiscalisando as visi-
o o nhanças do galho onde se acha suspenso
o H 52! o o «chalet». E' um exemplo admirável de
solicitude, de zelo, de attenção. No. dia,
o CL, o porém, em que elle desconfia da mu-
o lher. ..
? Todas obras de carpintaria 0 — Que é que tem? — interrompeu, in-
• teressada, a senhora que o ouvia.
Germano Steigleder Sbr. 0 E o dr. Bruno, continuando:
0
! Telephone, 156 P. ALEGRE õ — Que é que tem? E' uma verdadeira
tragédia: o esposo dá uma surra de bi-
>*o«o«»o*o«*o*o«»o*o*o«*o*o
:-:-;333333333333; ALMANACH D E PORTO A L E G R E T I 3 3 3 3 3 3 3 3 3 6 K i55jje*3í

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PORTO ALEORE As honras outhorgadas sem razão são
molas das fortunas.

co na mulher, manda-a entrar para o ni-


nho, e exerce, então, a sua vingança ter-
rível : tapa com barro a porta de entra-
da, e foge para longe, deixando-a entre- fl MUiançcJ
gue aos horrores do seu destino!
Quando o ilustre director do Museu Joslharia, brilhantes, pratas,
acabou de explicar essa curiosidade, nós mefaes, óptica, relojoaria de
nos afastamos, todos, para ir ver outros
objectos interessantes. Antes de sairmos, precisão e novidades •'
porém, da sala, eu fui encontrar Mme.
Moraes, de novo, diante do ninho do «João Offícinas para fabricação e
de Barros», examinando-o por todos os
lados, virando-o e revirando-o nas mãos. concertos — Preços módicos
E' que ella não acreditava, absoluta-
mente, que aquella casa não tivesse, co-
mo as dos homens, uma porta aos fun- F. Jeanselme
dos . . . X.
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0> \erdadeiros dramas do coração não


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têm acontecimentos. — Paulo Bourget. fàéfm\\à\(m\\*s\{*\\ik^^
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• Tabeliã dos dias de 15ai<
• r
• Linha Sul - Norte
• Primeira parte

<* VIAGENS SEMANAES
• IDA"* VOLTA
V

Saida de Porto Alegre 4* feira Saida de Rio de Janeiro . Dom.
• » » Santos
» » Pelotas . 5* feira . 2* feira
• » » Rio Grande. 6* feira » » Paranaguá 3" feira
<S> » » Florianópolis Dom. » » São Francisco . 4" feira
• » » Paranaguá 2* feira » » Rio Grande 6' feira
• » » Antonina 2* feira » » Pelotas Sabb.
'» » Santos. :.. 3" feira Chegada a Porto Alegre . Dom.
• Chegada a Rio de Janeiro 4' feira
•<$>
Linha SnJ - Norte
Primeira parte
VIAGENS SEMANAES
IDA VOLTA
Saida do Rio de Janeiro.. Sabb., Saida de Recife Sabb.,
» » Victoria Dom. » Maceió- Dom.
» » Bahia 3* feira » Bahia feira
» » Maceió -. . .. 4* feira » Victoria.. feira
Chegada a Recife .._ 5' feira Chegada a Rio de Janeiro 5* feira

Linha Subsidiaria Norte


VIAGENS SEMANAES'
s
Nota — Em Continuação da linha SUL- NORTE, escalando uma semana na pri-
meira linha e outra na segunda, das que se seguem:
PRIMEIRA LINHA
•> IDA VOLTA
Saida de Recife. 5* feira Saida de MossoróouMacau. 2 ou 3* feira
» »~Cabedello_ 6* feira » » Natal_ 3" ou 4" feira
» » Natal Sabb. » » Cabedello 4* ou 5* feira
Cheg. a Mossoró ou Macau. Dom. Chegada a Recife 5' ou 6* feira

Agencia; Sete cie Setembro, 27


• • • * • < ; • . . • • • » . • • - • » • y% . • ; « » « ^ « ^ « - 4 . « ^ « V » < V » ^ « ^ » ^ » < í > » < í . » ^ « ;-• '. ••$<• • • • • • • '
• : 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 9 ! 3 < : A L M A N A C H D E P O R T O A L E G R E H 3 3 3 3 3 3 3 3 3 8 t ; 1S7 %&9£

•^•^•^•^^•«••^•^•••^•^•<».«^«^#^»<g,(i^#^a)^a)^#^a>4>0^a)^04>»^«^«^0^«^#4^

de Navegação Costeira | — » o

e de Chegada dos Vapores <•>

Linha Subsidiaria Norte


SEGUNDA LINHA
IDA VOLTA
Saida de Recife 6* feira Saida de Macau ou Mossoró 3' feira
» » Natal Sabb. » » Natal 4* feira
Cheg. a Macau ou Mossoró. Dom. Cheda a Recife.. 5* feira

Linha Subsidiaria Sul


VIAGENS SEMANAES
IDA VOLTA

Saida do Rio de Janeiro 5* feira. Saida de Porto Alegre... Dom.


Santos 6* feira » » Pelotas 2* feira
Paranaguá Sabb.. » » Rio Grande 3" feira
Antonina Sabb.. » » Paranaguá , 5* feira
Florianópolis Dom.. » » Santos _.• 6* feira 6>
Rio Grande 3* feira Chegada a Rio de Janeiro..- Sabb.
Pelotas 4* feira
Chegada a Porto Alegre 5* feira

Linha Auxjjiar
TRES VIAGENS MENSAES
IDA VOLTA

Saida do R. de Janeiro... Dias 8-18-28 Saida de Pelotas... - Dias 19-29- 9


» » Santos » 9-19^29 Rio Grande 20-30-10
» » Paranaguá... » 10-20-30 Imbituba 22- 2-12
» » Aqtonina » 11-21- 1 Florianópolis.. 23- 3-13
» » São Francisco. » 12-22- Itajahy... 24- 4-14
» » Itajahy » 13-23- São Francisco. 25- 5-15
» » Florianópolis... » 14-24- Paranaguá 26- 6-16
» » Imbituba » 14-24- Antonina 26- 6-16
» » Rio Grande » 17-27- Santos... 27- 7-17
Chegada a Pelotas » 17-27- Chegada a Rio » 28- 8-18

Agente: Mario Mwrillo Barboza |


a 3 3 ; 1S8X3333CO0O33: A L M A N A C H D E P O R T O ALEGRE -•-'_•-*-:-«-:
Kí~ ÍT>TlT.—\-~i -

O indivíduo normal tem a tendência ma-


nifesta de transmiftir a outrem o que jui-
- RELIGIÃO e IDEAL I ga bom e útil; a solidariedade da espécie
dá ao indivíduo a força irresistível de
expanjão que o faz communicar a todos
Para Cármile Bcncvanga aquillo que julga ser a sua felicidade e
fará a felicidade da espécie.

E M todo o homem normalmente des-


envolvido ha um ideal latente de
perfeição e para o qual tendem os
seus esforços moraes.
Dahi a tendência, entre os indivíduos
cujas aspirações se tornam approximadas
ou idênticas, de se unirem (religare), au-
gmentando assim a potencialidade de ex-
E' uma aspiração, ás vezes vaga, de
pansão do ideal.
manifestações intermitentes; ás vezes

preoccupando-o continuamente, preenchen- • *
do-lhe a vida e dando-lhe a esta uma ra-
zão de ser. Na sua forma mais positiva, A religião é o espectro das idéas, a som-
essa aspiração tende a se expandir, a se bra do pensamento humano; é o passado,
communicar a outros indivíduos, a procu- os • ideaes attingidos, envelhecidos e re-
rar o contacto das intelligencias e a unil- legados para almas timoratas que se ar-
as numa communidade de pensamento em receiam do futuro.
busca de um ideal de belleza, de harmo- O ideal é o reflexo das idéas, a meta
nia e de bondade. que nos chama para a frente, a anciã pa-
ra o melhor, o elance para a perfeição,
Essa manifestação do ideal no homem
para o porvir.
torna-se, ás vezes, tão positiva e inso-
A proporção que o homem evolue, no-
phismavel, que sobrepuja todo o interes-
vos idéaes lhe illuminam o caminho.
se material do indivíduo, e este sacrifica,
O ideal attingido envelhece, crystaliza^
sem vacillar, a própria vida para manter
se: torna-se religião. Esta busca a sua
intangível o que elle julga ser um ideal
justificativa no passado; os ideaes do fu-
supremo de perfeição humana.
turo para ella são herezias. A religião
Esse ideal vago, confuso, indefinido nas acompanha o homem como a sua som-
raças inferiores, confundindo-se muitas bra ; o ideal precede-o como o seu refle-
vezes com as necessidades materiaes do xo. Este é o futuro, aquella o passado.
indivíduo ou com o temor do desconhe- Nas etapes da sua ^evolução, o ho-
cido, acompanha o homem atravez das mem atravessou idades em que o ideal
idades, evolue com elle: é o 'reflexo da
sua intelligencia.
ittm;»»»»t:»»»»»»i»n»i»»iiiiiim»?
Da mesma forma que o homem, evolu-
indo, cada vez mais se preoccupa com a PHARMACIA FIBMIANO
belleza physica, aspirando a um desenvol- Fundada ba mais de 70 annoa
Drogas puras, manipulação rigo-
vimento completo do corpo, corrigindo-o rosa. Stock de vaccinas, soros |
até, adquirindo dahi o sentimento da es- productos opotherapicos. ---
thetica, isto é, do bello, parallelamente Pedidos pelo telephone n. 279 |
nelle se desenvolvem as suas faculdades Entrega gratuita em domicilio
de raciocínio e do desenvolvimento dessas
faculdades nasce o ideal do bem, do per- ,
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feito e da harmonia. PORTO ALEGRE
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só se podia tornar permanente com um


objtcto de retenção que o materializasse: Numa lousa
fetiches, santos, imagens. Avançando, essa "Todos tranquilks, desde aquelle
objectivação tornou-se puramente imagi- {instante.
Esqueceram-se d'elle, menos eu.
naria, abstracta : deus, dividade, creador.
Só mais tarde pôde a intelligencia huma- I
na conceber um ideal que se contivesse em Nasceste. E, todos, ao redor do leito
Em que nasteste, cheios de alegria,
si mesmo. Tornando-se desnecessário o Te cobriam de beijos fartamente.
cotejo entre o bem e o mal (deus e dia- Somente eu, como si de pedra feito
bo, egoísmo e altruísmo), o indivíduo Fosse, não te beijava nesse d i a . . .
pratica indifferente e continuamente o Eu, eu somente I
bem, sem sancção, nem obrigação, porque II
isso corresponde-lhe^ a uma necessidade
Cresceste. Moça te fizeste. E_ sei,
moral, como conseqüência do seu ideal de Toda gente, feliz, te cortejava.
perfectibilidade humana! Eras alvo do olhar de toda gente . . .
Somente eu, orgulhoso- como um rei,
7 Não te fazia a corte nem te olhava.. .
Eu, eu somente!
Polydoro Santos1
III
{Pontos de vista).
Morreste. E, em torno ao teu caixão doirado,
Todos se uniam, todos, eu bem v i . . .
Mas . . . ninguém uma lagrima mostrava I
Somente eu, triste, teu semblante amado
Vendo, chorava, suspirar por til
Só eu chorava!
Nelson Cardia
NOVÍSSIMA

'Não vae bem a torrada no tributo


1—2

Uma voz gritou nos ares,


f Que todos a ouvissem bem;
„Quem quizer viver tranquillo,
Não tenha amor a ninguém.'" BOLO DE AVEIA
Põe-se a ferver um litro de leite. Quan-
aitüiiiiiiiniiimiiiiuiiiiniiitiiiiiiiiimmm do estiver fervendo, despeja-se sobre 1|4
de aveia, de fôrma que se formará uma
espécie de papa.-
• ^ Adoça-se á vontade e perfuma-se com
f Dr. H#rto Selbach gessencia de baunilha, de flor de sadas em
laranja ou canella. t
Desde que a aveia esteja bem cosida,
ogado juntam-se-lhe 4 gemmas e 2 claras muito
ff. ' *T' - .J : •
bem batidas e mexe-se tudo bem.
A Despeja-se em forma untada com cal-
Rua Marechal Floriano n. 21 ji
da grossa que se leva ao forno, ou cosi-
e Altos do Mercado 61 nha-se em banho-maria.
imiiiiiiiiiiiitiiiiiiuiiiiiiiml Serve-se com creme de baunilha.
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POLÔNIA E' dos recentes massacres havidos na-


Polonia que aqui vou escrever.
•—•— r- Procurou-se ali extinguir uma das mais
A inveja sempre J o j um dos factores, antigas raças, a' qiiem o mundo deve a
senão o principal, de todas as baixezas, de maior parte dos seus (progressos, uma
todos os crimes, como também das guer- raça quasi legendária, porque a todos que
ras. a conhecem não tem passado desaperce-
Ha pouco ainda, tivemos occasião de bido a, persistência com que sempre tem
assistir a mais terrível das tragédias, que luctado, para impor pelos seus dotes ad-
envolveu o nosso planeta como numa fo- miráveis, o sentimento de admiração bem
gueira, cujas labaredas attingiram a todos, merecida, dadas a sua antigüidade e as
sendo preciso, para a extinguir, um mar suas gloriosas tradições, que em todas as
de sangue humano, de que ainda hoje a épocas, tem guardado sem mancha, nem
terra está humida, e, para ficar enxuta, macula.
longos annos terão que decorrer. E' lima raça, que após tantos mil annos
E nella, como em todas as outras, a in- de existência, após dois mil annos de exí-
veja, aluada á ambição, teve papel de des- lio e de martyrio cruento, persiste ainda,
taque. conservando intactas as suas crenças, in-
Também a inveja ainda é a causadora tactas a sua fé immorredoura, jamais per-
de mais uma degradante posição a que dendo a esperança de algum dia ser in-
uma nacionalidade pôde attingir! dependente de algum dia recuperar a
Refiro-mme á Polônia, ou antes aos sua terra, que é o symbolo da sua raça,
Polacos. a gloria do seu passado e o porvir do
Tem-se já faliado tanto a este respei- seu futuro.
to, tem-se já commentado tantas e por E para lá voltarão l voltarão, porque a
tal variadas formas que creio ser des- terra, o céu,' as estrellas que sempre têm
necessarío\dizer qual o assumpto que que- sido testemunhas do seus soffrimentos,
ro abordar! confidentes dos seus segredos, não podem

U. B. I. P. A.
As cinco iniciaes acima, assim dispostas, formam uma palavra que os nos-
sos leitores á; conhecem, através das referencias que a imprensa lhe tem feito,
e traduzem, nada mais, nada menos, que um útil empreendimento que tem re-
volucionado a industria dos cereaes em o nosso paiz, graças á_ iniciativa e ao
esforço intelHgente do adiantado capitalista coronel Victor Henrique da Silva.
U B I P A — é o que se lê juntando as cinco iniciaes supra e quer dizer —
U S I N A D E B E N E F I C I A M E N T O E IMMUNISAÇAO D E P R O D U C T O S
A G R Í C O L A S para a exterminação de gôrgulho, larvas e ovos dos cereaes,
separando o producto bom do ruim, esmaltando-o, de modo a permittir a sua
conservação e armaztnagem por longos mezes, sem que seja possível a sua de-
terioração.
A U B I P A está muito bem installada na rua 7 de Setembro, ao lado do
Arsenal e em frente ao Trapiche Arnt.
Telephone Central 624 — End. telegr.: U. B. I. P. A. — Porto Alegre
A B C 5* edição
Códigos Ribeiro
Borges
•Í33:16<-:3333333r^i3- ALMANACH D E PORTO A L E G R E ^3333:t:tCM:t:f;t;»333-

mais contemplar o filho desterrado, a imm»»tn»m»i»innnm»n»»»nmraH


mãe supplicante, soluçante ha dois mil an-
nos, formando com suas lagrimas grandes
ribeiros que, se preciso fôr, inundarão o
mundo para" desforra do seu infortúnio,
CASA LUX DE
para vingança do seu coração triturado, e
então o céu, a terra e as estrellas serão
também os únicos espectadores d'uma
EMÍLIO DIEHL & Cia.
scena sobrenatural, uma scena em que a Installações electricas em geral
vontade omnipotente de Deus ha de se
manifestar, salvando novamente o seu fi-
lho predilecto Israel como no tempo de
Noé, numa arca colossal, em que somen-
Rua d<n$ 4ndradas, 485
te elles terão acesso, sucumbindo então os Bmt»»»»»»»n»nnnmw»»t»»»ttmtfi
sacrilegos como succumbiram os bárbaros
daquelle tempo! trás nações, nenhuma quer largar a presa,
Jerusalém! Jerusalém! que tão bons rendimentos lhes traz.
E ainda se fosse só issot Não lhe,s bas-
Não ouves os gritos lascinantes dos ta ter roubado a mãe patria, é também
teus filhos? preciso martyrisar o filho, torna-se ne-
Acolhe, em fim, as supplicas de teus fi- cessário extinguil-o, e para isto todos os
lhos que clamam piedade 1 Basta estar meios são bons quando dão resultado.
separado ha tantos mil annos da mãe, jun- Nisso tudo, a inveja tem a sua grande
ta ás tuas as nossas preces e então tal- parcella, porque os judeus, em qualquer
vez Deus nos ouvirá! ! paiz, têm sempre gozado dum certo bem
E o que sempre tem sido o sonho, o estar, graças á sua actividade e á sua in-
único objectivo da raça judaica, porém telligencia, que o tornam apto para qual-
tem também sido objecto de cubiça de ou- quer cargo, tanto no commercio, na di-

FUNDADO KM lfOt

F E L O T A S — Sarfcado do R i o Qxa.3o.de do S u l — SRJLSXLi


CAPITAL R*. 15.000:000$000 - RESERVAS Rs. 8.002:626$150
F I L I A E S E!M :
Alegrete Caxias Itaquy Porto Alegre Santa Maria São Gabriel
Bagé Cruz Alta Livramento Rio Grande Santa VictoriaSao Vicente
Bento Gonçalves Dom Pedrito N. Hamburgo Santa Cruz São Borja Uruguayana
Cachoeira Estrella Passo Fundo
A G E N C I A S E1VÍ i
Alfredo Chaves Carlos BarbozaGuaporé Mareei.4 RamfisRio Pardo S. S. do Cahy
Antônio Prado Encruzilhada Ijuhy N. WurtenbergRosario Soledade
Bom Retiro Erechim Lageado Palmas Santo Ângelo Taquara
Caçapava Garibaldi Lavras Porto União S. Fr.° de AssisTaquary
Carasinho General Osório Montenegro Quarahy S. Jeronymo Vaccaria
S. Leopoldo Venancio Ayres
CORRESPONDENTES NAS DEMAIS PRAÇAS
Recebe dinheiro em conta corrente com retiradas livres e em depósitos com aviso ou prato fi-
xo para retiradas á taxa de juros de 2 a 7% ao anno. Encarrega-se de cobranças de letras, ju-
ros ou dividendos de apólices, geraes, estaduaes e municipaes, de acções e de debentures de
Bancos e Companhias. Adianta dinheiro em conta corrente, desconta cambiaes, promissó-
rias, letras de cambio e outros títulos. Effectua pagamentos em qualquer praça do Brasil.
Compra ou veade cheques ou letras sobre as Republicas do Prata. America do Norte, Eu-
ropa, etc.
Com
DFPOSITOÇ I IMITA DOC «utorisação do Governo Federal, o Banco
L»L,I-V7ai 1 U O L i m i 1 flUUa Pelotense, com sede em PortoAlegre, suas filiaes e
agencias recebem pequenos depósitos ao juro de Syi% capitaltsados em 30 de junho e 31 de
dezembro. Cada conta não poderá ser iniciada com quantia inferior a Rs. 50$000 c as. en-
tradas subsequentes deverão ser de Rs. 20$000 no mínimo.
C O M P R A E V H N D B O U R O
Caiu Filial em Porto Alegre — Rua 7 do Setembro, 127 (Edifício próprio)
•:r:-:Vc*y^r$r%r5f%K ALMANACH D E PORTO ALEGRE Wd&&^ZYXXX. 165 ; £ £ £

E os nossos mortos, quem os relembra?


Ninguém!
P C. Berlese & Cia. E nós, judeus, que fomos os mais pre-
judicados, porquanto não fomos recom-
IMPORTADORES, EXPORTADO- pensados, tem alguém uma palavra de elo-
RES — COMMISSÕES, CON- gio por nossos mortos ? uma" palavra de
SIGNAÇÕES, REPRESENTA- consolação aos nossos feridos? uma pala-
ÇÕES E CONTA PRÓPRIA vra de enthusiasmo por nossos soldados
Ttligt.! ..rasOASBia" - Tslspa.: central 1710 vivos? ou uma palavra de consolação para
Co4.: "BorgM", "BflMlro À.B.O. Sth 14." quem perdeu os seus filhos, único amparo
da sua velhice?
R. Vol. da Patila, 371 P. ALEGRE Porque, em toda a parte,'os judeus no
Rio Orande do Sul — Brasil afan de bem servir o paiz em quç nas-
ceram, offereceram as suas vidas, os seus
bens em paga do abrigo que lhes é dado,
plomacia e nas lettras, em que os judeus assim mesmo "muitas vezes de má vontade,
têm grandes gênios 1 e jamais um Judeu hesitou em offerecer a
E no commercio não ha também quem sua vida em paga d'um beneficio recebido.
os sobrepuge, e a prova temos na Ingla- Ninguém os sobrepujou em heroísmo,
terra, na França, na Norte America, etc, ninguém os ultrapassou em bravura e em
paizes onde os principaes capitães são abnegação.
judaicos, e também paizes em que os ju- Os feridos judeus soffriam duplamente,
deus têm figuras de maior destaque no gottejava sangue das suas feridas, porém
mundo político e nas lettras! mais pungentes eram as dores d'alma 1
Todas as nacionalidades têm agora o Soffriam porque se viam abandonados,
maior empenho em relembrar os seus sa- soffriam porque as suas consciências ac-
crifícios, relembrar os seus mortos e re- cusavam-nos-de fraticidas, pois muito bem
vivifical-os por meio da historia! podiam ter morto um irmão, no ardor do

CLÜB EXCELSIOR
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Adubae as vossas terras com o ADUBO PRIMOR, da fabrica de


B i n s & F r i e d e r i c h s , á AVENIDA MISSÕES, 18 Telephone 3181

combate não se escolhe a quem matar, e Mas, ao começai* pela Polônia, um gri-
havia judeus por ambos os lados, havia to dilacerante, um grito de dór sae dos
judeus nas tropas dos aluados e os havia nossos lábios, porque aos nossos olhos se
nas tropas dos Impérios • Centraes. Por- nos depara um quadro negro, horrível e
tanto, um irmão atirava contra o outro, e tetrificante, um quadro que faz recuar
não só as leis judaicas prohibem a matan- espavorido, allucinado.
ça de irmãos por irmãos, como também as Fico quasi a duvidar da providencia di-
leis humanas e as leis que a nossa cons- vina, se- não tivesse a certeza de que Deus
ciência nos dictam! Porém, não se podia espera muito mas paga inexoravelmente
fugir ao combate, o dever de soldado im- Mas emquanto esperamos o auxilio de Deus
punha-lhe obrigações, e um judeu nunca confiamos nos homens que não podiam
foge aos deveres de soldado, e prefere mentir totalmente quando tomaram para
morrer pelas suas próprias mãos do' que estandarte a divisa: Liberdade, Igualdade e
commetter uma covardia no campo de Humanidade!
batalha!
Judrustras
E porque fôrma os agradecem?
Ainda não se pôde responder a f i r m a -
tivamente a esta pergunta, porquanto o
futuro da Palestina, que é, ao mesmo
tempo, o futuro dos Israelitas, ainda está Entre dois litigantes, aquelle que vence
envolto num brumoso manto- de densa at- pleito fica em camisa, que o perde
mosphera. fica nú.

Brande Fabrica de Chapéos


de Pello, l ã e Palha
FABRICA E ESCRIPTORIO:

Volunt. da Patria 138 - P. Alegre


Caixa postal 157 - Endereço telegr. : KESSLER
SECÇÕES DE VAREJO i
Porto Alegre
Chapeltria Americana Rua Andradas, 3 2 0
Chapelaria Moderna Rua 24 de Maio, 2 0
S a n t a Afaria.
Chapelaria Americana-Rua do Commercio, 211
Cachoeira
Chapelaria Americana Rua 7 de Setembro
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Filial e Deposito:HIO DE JANEIRO, Rua Theophilo Ottoni, 147


•\<<Wf&&éWtW&tt&éyê. A L M A N A C H D E P o n T O A L E G R E : 8816!ekr3r$Í7&5Sr9Kl67$ieieR

CULTURA metro e meio, e colloçando-se duas ou três


sementes de 60 em 80 centimetros no re-
Tendo se escolhido uma área de terre- go. Si o terreno fôr pequeno, empregar-
no appropriado, d e v ^ s e primeiramente se-á um plantador de uma só linha, mas,
arroteal-o bem, numa profundidade de 7 1 para areàs maiores, convém empregar-se
pollegadas no minimo, si a superfície fi- um plantador de duas linhas. Si se não
car relativamente lisa, use-se em seguida puder obter um plantador, abra-se a linha
de uma grade, até que o deixe comple- com o cultivador singelo, de um só cepo,
tamente quebrado e pulverisado. Si a su- chamado de Geórgia, usando um de ponta
perfície contiver torrões ou estiver dura de 6 ou 7 pollegadas, de fôrma de pá. A
depois de arroteada, emprega-se primei- semente pôde então ser deitada com a mão
ro um forte destorroador.depois do que se e coberta por meio de uma grade leve ou
gradea completamente, como acima. Este uma taboa pesada, ligada ao pé do arado
preparo será feito um ou dois mezes no acima descripto, cobrindo-se a uma pro-
minimo, antes da plantação. fundidade de cerca de duas pollegadas.
A estação própria para plantação, no Dez dias depois de nascerem as plantas,
Brasil, é de Outubro a Fevereiro, mas é far-se-á uma limpa ligeira com o arado
conveniente que o algodão esteja em con- de duas aiyecas, sendo os meios arrotea-
dições de colheita nos mezes de Maio a dos e lavrados com um cultivador leve
Junho do anno seguinte. afim de se arrancar as hervas e manter
São necessários de 6 a 7 mezes para sua a humidade. A plantação toda será capi-
maturação. Quando a chuva se prolonga nada de dez em dez dias ou cada duas
pelo inverno a dentro, também o tempo semanas, conforme fór necessário, logo
de maturação se dá com atrazo, o que que o solo o permittir. Relativamente a
concorre para o augmento da producção. isto, notar-se-á que o algodão se nutre em
O único inconveniente da plantação tardia, grande parte na superfície, podendo, con-
isto é, além do tempo referido, é que as seguintemente, dar resultados prejudiciaes
seccas que possam apparecer mais cedo, uma lavra mais profunda. Use-se uma en-
prejudicam d ? muito o rendimento. xada para desbastar as hastes e destruir
as hervas que o arado não arrancou.
Quando as plantas tiverem sufficiente des-
PLANTAÇÃO
envolvimento, devem ser desbastadas, pa-
ra ficar uma só em cada cova. A capina
Geralmente, a plantação deve ser „ feita
deve ser continuada até que amadureçam
tão próxima do nivel quanto possível,
nos galhos os primeiros casulos. Quando
afastando-se as linhas, de um metro a um

/ \ Agencia Commercial de ANTUNES & FILHO


fornece ao commercio o mais bem feito e regular serviço de manifestos de importação
e exportação, de Porto Alegre, pelos quaes se conhece todo o movimento de entradas e
sahidas de mercadorias.
RUA 7 D E S E T E M B R O , 133 — P O R T O A L E G R E
End. Telegraphico: COMINDUS — Caixa Postal, 275
ÍÍSJefc 168 -írlrirfêfSBBlTríB'- ALMANACH DE PORTO ALEGRE H6rf;-

as hastes attingírem a altura de 3 a 4 pés,


será conveniente cortar ou podar os ramos
mais altos, afim de forçar a maturidade
BRANDÃO à C?
Estabelecimento de prlntlri ordem montado com
dos botões já formados e impedir que os
machiniimoi aperfeiçoados movldoi é electrlcldidt
galhos cresçam de mais para cima, diífi-
cultando a colheita.
Deposito de vinhos nacionaes e extrangeiro»
cm barris e garrafas
COLHEITA
Engirrafadores dos excclleutei vinhos de
Caxias: ÁUREO e AMETHISTE
O tempo da colheita é quando se abrem
4 ou 5 casulos, na média. Algum tempo
Grande manufactura de saccos de papel-
antes, serão preparados cestos e saccos
Torrefacçio e moagem de café. Moagem
apropriados, assim como um armazém de tempero», assucar. etc. Confecçto de
para guardar o algodão. Os cestos devem bailas, caratnellos, bolaxas e biscoutos de
ser de capacidade sufficiente para rece- todas as qualidades. Bnsaccadores da es-
pecial farinha para pastellaria Jaape (re-
berem 50 kilos ou mais, e serão colloca-
gistrada) — Commissões c Consignações.
dos em intervallos convenientes no cam-
po, para nelles recolherem os apanhadores
o algodão com que enchem os seus saccos. Rua Pantaleio Telles, 163 165
E estes cestos com algodão serão pesa- PORTO ALEGRE
dos duas vezes diariamente e esvaziados Ttltphone, 484 Telegraamus : CARIOCA
no armazém que tiver sido preparado pa-

)-»0-»0~Q; ra guardar a colheita. Os saccos devem


ser feitos dum tecido forte e ter tal com-
DROGARIA primento, que possam ser arrastados pelo
ALBINO MARTINS DE SOUZA chão, presos ao hombro do apanhador por
uma alça resistente. Esta disposição evita
Endereço telegraphico: J a c a r é que o apanhador supporte todo o peso da
sua carga.
Rua 7 de Setembro, 115 E' de muita importância ensinar ao
Orande importação de Drogas, Pro- apanhador o uso de ambas» as mãos pa-
ductos Chimicos e Pharmaceuticos ra colher o algodão, pois, desta maneira,
e Accessorios para Pharmacia com pouca pratica, pode colher uma a
duas centenas de kilos por dia; effecti-
Depositário dos productos do Labo- vamente, conheceu o autor um homem que
ratório Paulista de Biologia, de São podia apanhar 350 kilos diários.
Paulo, e dos preparados do
13i-, W I L S E X G O L D : DESCAROÇAMENTO E V E N D A
L y c t i n e ,
D r y o l , Muitos negociantes e fabricantes prefe-
rem comprar o algodão bruto, porém, é
F»liyti;ol
mais usual mandarem os fazendeiros des-
es O x y l i n e caroçoar o algodão em engenhos que dis-
so, se encarregam, depois do que, elles o
::-Sfête!€>r$íeie«8i$fèJ9K A L M A N A C H D E P O R T O A L E G R E 3COX*Xi6)9EtSK 169 asi9*

•o»o«o»o«<>»o«o«o»o»o«o rendimento também deve ser muito maior,


O e as melhores terras de alluvião, sujei-
5 Anglo-Brazilian Agency & tas a uma cultivação própria, produzirão
o três ou cinco vezes mais que aquella quan-

o Commercial Company, Ltd. o tidade. O Brasil, si seguir instrucções


apropriadas, poderá tornar-se um dos
o
o maiores paizes produetores de algodão do
IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO o mundo.
o
O ESCOLHA E MELHORAMENTO DA
Bua General Gamara, 5 o
o Caixa Postal, 346 — End. telegr.: BRAZAHOLO o
SEMENTE

o o Em nenhum caso tem melhor applica-


o POETO ALEGRE
o ção o principio de que «vence o mais
o Matriz: LONDON, Inglatarra
preparado», e o agricultor adeantado não
deixará de escolher, cada anno, as suas
o o sementes para a estação seguinte. Isto pô-
o Püiaes:
o
de ser feito, indo ás plantações antes de
começar a colheita, escolhendo e assigna-
o BIO SE JANEIRO, SÃO PAULO, BAHIA,
o lando, para semente, as plantas que, de
o CUBIT72A e PELOTAS
o qualquer modo, pareçam as melhores da
safra. Quando estiverem abertos os casu-
o>«o»o»o«o»o»o«o»o»o»o«<
vendem ao negociante, ou, directamente,
ás fabricas de fiação.
O peso usual dos fardos é de 250 ki-
los ou, approximadamente, 500 libras, e CINEMA-THEATRO
.são necessários de 750 a 800 kilos de al-
godão bruto para se obter um fardo de
rama.
COLOMBO
DE
Antigamente, dava-se muito pouco uso
Schilling S Van der Hallen
a semente, usada apenas para alimenta-
rão de gado, mas ha poucos annos, sur-
SUA CEBIST07AX COLOMBO, 1S0 i
giram industrias nos paizes algodoeiros,
que fabricam com a semente muitos pro- É o mais ventilado s a l ã o
ductos de uso doméstico, como outros de
desta capital. Exhibições
maior valor que o próprio fio. A farinha
das melhores producções
e o bolo obtidos da trituração da semen-
em FILMS d e t o d a s a s
te são de grande valor como alimento para
o gado e como adubo. fabricas mundiaes :: ::

O rendimento médio de algodão de se- Diariamente pregrimmas novos « de


mentes, nos Estados meridionaes da União sensação
Norte Americana, é de cerca de 800 kilos
por hectare; mas, devido a que a estação
<lo crescimento no Brasil é mais longa, o
-Kl-:- 170 )rOrOr010K>COO:-:-:: ALMANACH DE PORTO ALEGRE •-w-!-:-:-!-!

los, apanhem-se somente os que primei- O celebre moralista francez. conde de


ro se abrirem e os mais maduros. O algo- Larochefoucauld, chegando a uma certa
dão escolhido deste modo será guardado idade, tinha a vaidade de pintar o cabello
em logar secco e limpo, ou, si fôr ne- para fingir-se moço.
cessário descaroçar, a semente será posta Encontrando-se num baile com o cava-
em saccos novos e limpos, guardados cui- lheiro de Bassompierre, que tinha a mes-
dadosamente, até que seja precisa para a ma idade, mas que havia engordado e
plantação. creado barriga, e que não se importava
Deve-se ter sempre todo o cuidado pa- que os cabellos ficassem grisalhos, que-
ra evitar que se misture com outras se- rendo mettel-o em bulha, disparou-lhe o
mentes. Desta maneira a espécie se pô- seguinte epigramma:
de conservar pura e melhorada quanto á Ehl mr. de Bassompierre, vous voilá
maturidade mais rápida, á quantidade de toujours gras, gros et gris.
producção e á qualidade. Um coro de gargalhadas acolheu o dito,
pela originalidade de três adjectivos ap-
T. R. Day. plicaveis ao mesmo indivíduo, somente
com a mudança da terceira lettra.
Mas Bassompierre, que foi o homem
de mais espirito da corte de Luiz XIII,
como se já esperasse o ataque e trouxes-
se a resposta engatilhaqa, respondeu íogo:
Et vous, mr. de Larochefoucauld, vous
voilá toujours peint, teint, feint.
Os três participios, variando só na pri-
meira ^ettra e applicaveis todos três ao-
interlocutor, fizeram redobrar o côrp de
gargalhadas.
CREME DE BAUNILHA

Em uma garrafa de leite a ferver, dei-


ta-se um pedaço de baunilha e assucar até OVOS MIMOSOS
adoçar bem.
Quando o leite estiver bem aromatisa- Cosinha-se até que fiquem bem duros,,
do, retira-se do fogo e misturam-se-lhe, a quantidade de ovos que se quizer.
mexendo sempre, 4 gemmas e 2 ovos in- Uma vez descascados, divide-se ao meio-
teiros, batendo-se bem tudo.' no sentido do comprimento e tiram-se as
Passa-se o liquido em peneira fina e gemmas que se substituem por presunto
deita-se em um prato onde se deixa to- picado.
mar-consistencia. Polvilha-se o creme com Feito isso, arranjam-se os ovos em um
assucar na occasião de servir, collocando- prato e cobre-se-os com mayonnaise.
se um pouco antes, durante minutos, um Enfeitam-se com gemmas passadas no-
texto com brazas em cima. amassador de batatas.

Para o cultivo do milho, batatas, fei- 41)1111 A P D I M A D que é o


jão, mandioca e eucalyptos usem o A U U D U I AlÍTlUil melhor
~—» - B I N S & f R I E D E O I C H S ^^^-^-^
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-HyrW&&êfôgfôry@á ALMANACH DE PORTO ALEGRE ^I^T^iOiOOOiTrS^ Vi a9f9rí

ti Creança de Tíewe nha, porém, mais esclarecido sobre a ori-


gem das creanças. E como não fosse tolo,
chamou no dia seguinte o pequeno para
Em uma reunião elegante, ha doi^ ou
três dias, uma senhora dístinctissima. hoje irem juntos á caça.
viuva, apresentou-me ti sua filhinha mais — Bianchino — gritou — vamos ás le-
nova. bres?
— Chama-se . . . ? — perguntei. Ao regressar, vinha, porém, sozinho.
E a pequena: — Bianchino, onde está Bianchino, Gen-
— Branca! naro? — implorou a esposa.
O marido fez uma cara de choro e con-
Esse nome fez-me sorrir e eu me lem-
fessou, doloroso:
brei, então, daquella famosa historia do
— Bianchino? Bianchino... derreteu-se,
Bianchino, occorrida ha muitos annos em
filha 1
uma aldeia italiana das proximidades dos
A mulher tombou com um terrível ata-
Alpes.
que 8e nervos, mas ficou sabendo, nesse
Em certa região alpina da Itália, havia
dia, que os maridos têm o direito de der-
um casal de gente simples e honrada, em
reter, sempre que as encontrem em casa,
que o marido andava constantemente lon-
as creanças nascidas da neve.
ge do lar, acompanhando viajantes ou
apascentando rebanhos. Certa vez, ao vol-
tar á casa, encontrou elle, com sorpreza,
a mulher com uma creancinha nos braços.
— Que é isso? — indagou, espantado.
A esposa, que o suppunha um toleirão,
explicou-lhe, atirando-se lhe ao pescoço:
— Não te lembras daquella tempestade
de neve que cahiu o anno passado? Pois,
olha; nesse tempo, eu fui me divertir com
as bolas de neve, e, mezes depois, me vi
sorprehendida com esta creança! Casava-se uma joven por interesse, e
como a modista notasse as grandes mani-
E, entre o espanto do marido, aceres- festações de alegria da noiva ao receber
centou: as jóias e vestidos do enxoval, não pôde
— Não estás vendo como é branca, bran- deixar de exclamar:
— Pelo que vejo, senhorita, aprecia
ca, branca? E' porque nasceu da neve, na mais o presente do que o futuro.
tua ausência!
O pastor, que era louco pela mulher, dis-
simulou as suas suspeitas de coração, e,
concordando que o pequeno tomaria o no-
mo de Bianchino, por ter a alvura da ne-
Casa de Penhores
_ DE —
ve, partiu para outra viagem demorada.
Tempos depois, voltou, A creança, cresci-
da e forte, parecia-se enormemente com o
LUIZ A- PARANHOS
professor do logar, mas bastava olhar-lhe Roa Marechal Floriano, 162
a côr inconfundível da pelle, para ver que
(Antiga Bragança) — PORTO ALEGRE
se tratava, realmente, de uma creança de
neve. Ao regressar dessa villegiatura, vi-
331% i74-;-:-;T:-:-r;r!-)8f8Bf: ALMANACH U E PORTO ALEGRE H-I^Iflri-IrlrrH-I-H-!-:

Cultivemos o trigo! « &


Dentre as varias condições de que de- Realmente o trigo germina e cresce c
pende o desenvolvimento do trigo, desta- progriede mais segura e rapidamete em
ca-se a do terreno em que tiver de ser certos e determinados terrenos como se-
plantado. jam os argilosos, contendo cal.
Effectivamente, é necessário preparar o Outro cuidado que se deve observar na
solo antes de installar-se um trigal. cultura deste cerear é a da época em que
O trigo germina e produz em toda par- deverá ser elle plantado, época esta que
te sob a influencia de vários climas, não varia de maio até agosto (fim).
exigindo terreno -especial, o que é devido E' sempre - preferível descançar o ter-
á sua rusticidade: tanto vive na Norue- reno, tornando-o muito apto a esse gêne-
ga a 65° lat. como na America a 62°,S lat. ro de lavoura; essas plantas são repre-
As altitudes n | o lhe estorvam o cres- sentadas pelos tuberculos e pelas raízes,
cimento, conforme se verifica pela assis- e tão real se revela esta aptidão que dis-
tência deste cereal a 3.200 metros, no pensa ao terreno qualquer estrumação ul-
Equador. terior.
Todavia, admitte-se que elle não pôde Preparado o terreno, tratamos de es-
germinar abaixo de 6° c. colher a semente.
Mas quando se trata de grandes plan- Duas condições deverão ser aqui res-
tações, deve-se attender a certas condi- peitadas : a integridade e a qualidade das
ções, não só referentes ao solo, mas tam- sementes.
bém ás sementes, á variedade do trigo, ao As centenas de variedades do trigo se
modo de semear, de ceifar, etc, afim de relacionam com o clima e o terreno em
que seja possível auferir maior proveito que podem ser cultivadas. Assim, pois,
da lavoura. devemos preferir as variedades de trigo
duro ou de verão, que resistem mais ao
^^^i^^^^^^M^^^^^^^^^^^^^^^^S^ calor, além da vantagem de serem refra-
ctarias ás doenças.
Lindolpho Bohrer & C. Para isso, dispomos das variedades de-
nominadas Roxo, Cangica, Barletta, Da-
Grande e variado sortimento de piare, Hybrido, Candeal e Gigante.
Verificada assim a condição de quali-
objectos para uso doméstico dade, tratamos agora de garantir a in-
gridade das sementes.
Telephoae; Esta operação consiste em lançar num
1541 vaso d'agua, as sementes de trigo, e só
Telegr.: destinar ao plantio as que forem ao fun-
do do vaso, abandonando-se as que flu-
Código; BOHRER ctuarem; estas revelam, deste modo, a sua
BORGES incapacidade de germinar.
Outra operação indispensável para ga-
Ferragens, Tintas, Vernizes, Cutela- rantia do bom êxito de semeadura con-
rias, Frigorifigos, Artigos Sanitários, siste na desinfecção, que se procederá nas
Utensílios, para Chácaras e Jardins sementes, emergindo-as durante 10 minu-
Depositário* tos (não prolongar este tempo), na solu-
ção seguinte: '
De fogões americanos, da a/a-
mada tinta esmalte JAPANOL Sulfato de cobre 2 kilos
e das machinas BRASILEIRAS Água ._...... _ 100 kilos
para matar formigas Cal virgem..- _ 3 kilos
Esta quantidade basta para tratar 2.000
527 - AXDRADAS 529 litros de sementes de trigo.
PORTO ALEGRE E' a isto que se chama «sulfatagem>,
operação que tem por fim destruir as do-
ÍnrVòW#9&&&k ALMANACH DE PORTO ALEGRE %XlCOXU0Sa9K 175 336%

curas do trigo, entre as quaes está a O INCENSO NAS CERIMONIAS RE-


«ferrugem». LIGIOSAS
Convém que a lavra para o plantio do
trigo seja effectuada pelas machinas agrí- E' difficil assentar si o fundamento do
colas de grande efficiencia. emprego religioso do incenso residiu no
As matérias fertilisantes absorvidas pe-
lo trigo são: azoto, ácido phosphorico, po- cheio fragrante d'essa substancia, ou no
tassa e cal. facto de se acreditar, desde antiquissimos
A potassa e a cal são os elementos fer- tempos, na virtude desinfectante das es-
tilisantes que os cereaes absorvem com pécies queimadas.
mais avidez. O incenso dísempenhou papel proemmi-
Alémodas condições já mencionadas, re-
lativamente ás sementes, deve-se preferir nente nas cerimonias religiosas dos povos
a variedade de trigo dotado de precoci- antigos entre elles, o Egypto, a Assyria,
dade, o que importa num augmento do Babylonia, Pérsia e índia. Os primeiros
rendimento do trigal.j ( christãos começara a usal-o nas cata-
Vale a pena plantar o trigo no Bra- cumbas de Roma, para desinfectarem
sil? Sim, vale.
Esse gênero de cultura, aliás, não é no- aquelles recintos, que tanto tinham de tem-
vo em nosso paiz, pois, já ha tempos bem plo como de necropole, pois sabido é que
remotos, se cultivara esse cereal no Rio nas catacumbas se dava sepultura aos
Grande do Sul, onde se fizeram colheitas adeptos do christianismo, durante as per-
superiores a 80 mil toneladas annualmen- seguições.
xte.
O trigo é a mais importante das plan- O-O
tações cultivadas, porque do seu grão fa- A malevolencia é o primeiro movimento
zemos a farinha, com que fabricamos o
pão. dos tolos. — De Falloux.
Além das nossas vantagens de se po-
der contar nos tempos de paz como nos
tempos de guerra com esse gênero de pri-
meira necessidade, estabelecendo descar-
te a nossa independência' econômica, pu-
demos mesmo elevar a nossa produtção
ao ponto de ponder attender ás necessida-
des dos mercados exóticos. Rua fieneral Gamara n. 1 "
Só no anno de 1915 importámos kilos Telegrammas: PAPYRUS
370745.399 de. grão e 82.139.267 kilos de Código: RIBEIRO
farinha de trigo, importando numa des-
pesa de 167.372:024$000. Telephone n. 330
A média de nossa importação annual de P O R T O uA-LECriSE
trigo orça, na verdade, por cerca de 120
mil contos.
Com o fim de estimular o cultivo do
trigo, instituiu o governo prêmios, con- Papel de embrulho de
stando de machinas agrícolas.
Cultivemos o trigo! varias qualidades e em di-
versos acondicionamentos;
Tudo é preciso ganhar na vida, até o papeis de cores e papelão
tempo. — Gabriel Hanoteaux.
para encadernação e carto-
Para certas pessoas a fraqueza consis- nagens. ^ ^ ^ ^ W
te na expressão brutal dos seus sentimen-
tos torpes.
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A cara do pae dellas, pôde motivar, entretanto, desgos-


tos imprevistos, como o que eu tive ura
destes dias em uma casa de Botafogo. O
Um dos cuidados que eu sempre tive chefe da família, diplomata illustre e co-
na vida e com o qual ia, até ha pouco, nhecidissimo, havia me convidado para
me dando muito bem, foi o de achar as um almoço intimo, em sua residência. Fui,
crianças que me apresentam muito pa- e, no momento opportuno, elle me apre-
recidas com o respectivo pae, isto é, com sentou a esposa, uma senhora joven e lin-
o esposo da mãe dellas. As senhoras fi- da, que, por sua vez, me apresentou os
cam geralmente satisfeitas com isso, e os
dois filhinhos, um de cinco annos e outro
maridos, ignorando que assim procedo
de seis.
systematicamente, soltam quasi sempre
Ao ver os meninos, derramei-me nos
um suspiro de allivio, como se eu lhes ti-
elogios de costume, achando-os bonitos,
rasse do espirito uma gravíssima preoc-
cupação. Esse processo, eu o obtive ha fprtes, admiráveis, até concluir com o en-
muitos annos com a decepção do José thusiasmo :
Dias, do «Dom Casmurn», de Machado de — E parecem-se extraordinariamente
Assis. O dono da casa tinha um filho a com o pae. São a sua phisionomia, os
que puzera o nome de Ezequiel, e que seus traços, sr. ministro!
se parecia 'mais cpm o padrinho do que Ante a minha declaração, a senhora re-
com o pae. O pobre do José Dias, igno- colheu Io seu sorriso encantador, empal-
rando os segredos da physiologia, mas lideceu/ Outras pessoas presentes, mostra-
conhecendo, por leitura ligeira, algumas ram-se, também, reservadas. Depois, foi
passagens da Bíblia, costumava tratar bi- que eu vim a saber de tudo: as crianças
blicamente o pequeno: apresentadas4- pela senhora pareciam-se,
realmente, com o ministro, mas eram, am-
— Como vae isso, filho' do homem? bas, filhas do seu primeiro maridoI...
Ou, então:
— Onde estão os teus brinquedos, fi- X. X.
lho do homem?
Um dia, porém, a mãe do menino,.agas- \
tada, perguntou-lhe: VITELA LARDEADA E ASSADA
— Que filho do homem é esse?
A alcatra ou castellos cobertos é que se
— São os modos de dizer da Biblia, — usa para isso. Depois de temperada a car-
Expireou-lhe José Dias. ne, com sal, pimenta do reino e um pou-
E ella, com aspereza: quinho de vinagre, ajunta-se-lhe toucinho e
embrulha-se em uma folha de papel un-
— Pois eu não gesto delles; é bom não tada de banha ou manteiga e leva-se ao
repetir. forno quente.
O systema de achar nas -crianças gran- Quando estiver bem assada, tira-se o
de semelhança com o marido das mães papel e deixa-se a carne tomar côr.
Serve-se com um molho qualquer.

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Querem dormir bem? BEM FEMININO


Se alguns dos nossos leitores padecem — Ahi como eu gostava de dar bailes,
de insomnias, cessem todo o trabalho in- ter uma boa casa, uma sala magnífica,
tellectual meia hora antes de se deitarem. que pudesse conter muita gente!
Uma vez na cama, respirem por meio de — Para o prazer de convidares as tuas
fortes .aspirações e deixem o ar sahir pe- amigas ? . . .
lo nariz. Se tiverem sede durante uma in- — Sim . . . mas, sobretudo, para o pra-
somnia, bebam leite e não água. zer de não convidar algumas.
A bulha monótona da água cahindo
gotta a gotta em um vaso qualquer ador-
mece muitas pessoas; outras aífirmam, que
pôr-se a contar é um remédio soberano, SOPA A LA CRÉCY
como qualquer outro exercício automáti- Cortam-se em pedaços pequenos, algu-
co do espirito. mas cenouras, nabos e alhos doces. Dei-
ta-se em uma caçarola uma colher de man-
teiga, cheia, e ajuntam-se os legumes.
RECHEIOS PARA DIVERSAS PEÇAS Quando estes estiverem bem embebidos
DE CARNES da manteiga, mistura-se o caldo de ante-
mão preparado, de carne ou de frango, e
deixa-se cozinhar por espaço de 2 horas.
Enteze-se numa caçarola um bocado de Passa-se em seguida tudo em peneira fi-
carne de vitella em tiras; cortem-se em na e leva-se novamente ao fogo para que
seguida pequenos bocados de toucinho e ferva.
gordura de vacca, tirem-se-lhe as pelles, os Deita-se sobre fatias de pão torradas
nervos e os filamentos, e pique-se tudo
junto com pão molhado em caldo. Ligue- ou passadas em manteiga.
se tudo em três gemmas de ovo, e forme-
se um recheio com o qual se encherá o in-
terior de um peito de vitella ou de qual-
quer outra peça de carne.
Si o recheio estiver muito espesso, po-
de adelgaçar-se com caldo ou nata, tendo o
cuidado de não encher demasiadamente as
peças que se recheiam, porque o calor, fa-
zendo-o fechar faria rebentar a pelle que
as contém. , .
Querendo um recheio de refrigerante,
podem misturar-lhe espinafres, alfaces ou
outras hervas leguminosas.

Perguntou uma donzella a Zénon:


— Os sábios também amam?
— Muito infelizes serieis vós, formosas
— respondeu Zénon — se no altar da vos-
sa formosura só queimassem incenso aos
tolos, gente que não sabe amar, mas que oaaeaaaaaaaaaaaaaaaaaa
e^tá costumada a aborrecer.
aetsfê i82^:3r!T!r:ívf:--£:-riT ALMANACH DE PORTO ALEGRE -:-;-:-:-;-;-:-:-:-;-:

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Barometro econômico Geada: Formar-se-hão crystaes no fun<


do do frasco.
E' fácil aos leitores recreiarem-se, ins- Podem ainda estudar-se os seguintes
truindo-se ao mesmo tempo, se quizerem prognósticos:
construir, por suas próprias mãos, um ba- Se ameaçar cahir neve, formar-se-ha
rometro, que» tem a grande vantagem de uma pequena pedra de gelo, a qual subirá
ser exacto. progressivamente, á medida que o frio se
Em álcool puro, façam dissolver sepa- tornar mais intenso.
radamente, em quantidades eguaes, cam-
phora, salitre e sal ammoniaco. Para
abreviarem a dissolução, aqueçam a ba-
nho-maria.
N'um theatrinho aristocrático:
Introduzam depois as três dissoluções Ao terminar a representação, dirige-se
em um frasco estreito e alongado, como D. Barnabé á condessa, felicitando-a pelo
os que servem para a água de melissa, e seu triumpho artístico.
jsjhem-o hermeticamente com cera. Sus- — Ora, não diga isso 1 — respondeu a
pendam esse frasco. Produzir-se-hão dif- condessa, modestamente. — Para fazer
ferentes phenomenos, conforme as varia- bem o meu papel é preciso ser nova e
ções do tempo; assim : bonita.
Bom tempo: O liquido estará muito lim- — Pois, v. ex". minha senhora, — res-
pido4 ponde galantemente D. Barnabé, — é pre-
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Põe-se a derreter cm uma caçarola 1 <MJ
grs. de manteiga, á qual se junta uni pou-
co de cebola picada.
Muitas veies não sei si devo ou ri não det>o
Deixar de amar e crer, no que não ha raslo . ..
Pica-se bem fino o espinafre e lava-se
muito bem.
Olho » cio: ha um sigma!; olho a terra: ha um
Irclevo
Qunado a manteiga estiver bem quen-
te, deita-se-lhe o espinafre. Ajunta-se
£ ' o relevo e â o signal de uma interrogação.
também um pouco de farinha de- trigo c
um pouco de leite para que o espinafre
Sigo além . . . pairo além . . . pelo asul circums- não fique muito ligado.
l crevo Tempera-se com pimenta do reino e sal
Trajectorias por onde os sonhos todos vão. . . e misturam-se-lhe 100 grs. de queijo suis-
Volto, hesito e não sei... só sei que me atrevo so ralado.
A comprehender o que poucos comprehenderão Depois de ferver, tira-se do fogo.
Separadamente batem-se muito bem 3
claras e juntam-se-lhes as gemmas.
Torno ser o que sou neste máu padecer. .. Mistura-se bem tudo e leva-se ao for-
Quero ser o que fui nos felites momentos . . . no bem quente onde se deixa por espaço
Ah! que afflicção de ser o que não posso ser! de 10 minutos. <"

£ ' uma sede infinita a um Melhor que não vem...


Ahi si o Bem tanto custa e vale soffrimentos, Podemos parecer grandes num empre-
Mais vale não soffrer que conseguir-se o Bem. go abaixo do nosso mérito; mas parece-
mos pequenos, muitas vezes, num empre-
Raul Bopp. go maior do que nós.

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pelle} Tintura para tingir cabellos; Verniz liquido para unbas; Finíssimo Pó de
Arroz; Água da Colônia; Água para cabello e o afamado C R E M E I D E A L .
LABORATÓRIO I D E A L - JORGE DE CARVALHO
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Club Aurora |
2 DE FEVEREIRO N. 27 j
í Rua Andrade Neves n. 40
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J — distracçOes !i • Presidente—M. Tavares •
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y&WÓfàôtôfàtt ALMANACH D E PORTO ALEGRE }&l£B'â
m-tmí

O VINHEDO
A industria e o commercio de vinhos
Gerto, não somos entre nós, attentos os progressos que no
ainda um dos paizes estrangeiro lhe são introduzidos.
grandes productores Esses progressos, inicialmente experi-
e exportadores de vi- mentados nas sciencias physico-chimicas e
nhos. Estamos mes- biológicas, ao serem applicadas aquella in-
mo muito longe ain- dustria formam-lhe a base do seu desen-
da de conseguir uma volvimento racional. Emquanto a produ-
collocação de desta- cção dos vinhos continuar no caracter ex-
-\f que entre os paizes clusivamente rural, como tem sido geral-
que o são. Não quer isso dizer, porém, mente feita, enfermará dos mesmos de-
que em futuro talvez não muito remoto feitos porque passaram outras producções
tenhamos attingido essa situação. agrícolas, cujo aperfeiçoamento só se de-
senvolveu, e grandemente, quando se in-
Porque, afinal de contas, a uva temol-a
dustrializaram.
nós, e excellente. As culturas do dr. Luiz
Pereira Barreto provaram que S. Paulo Nesse mesmo sentido se manifestou o
produz a uva.de todas as espécies, de to- Congresso Internacional de Agricultura,
das as mejhores qualidades. Mas só em reunido, em Madrid em 1911, dizendo em
S. Paulo? Não. Para o Sul, principal- uma de suas conclusões que — «o máximo
mente no Rio Grande, os vinhos têm pro- de aperfeiçoamento na elaboração dos vi-
vado excéllentemente, e já se produz vi- nhos communs será conseguido quando
nho muito apreciável, que tem tido aceita- obtida na epocha própria a matéria mor-
ção larga. Podemos, pois, affirmar que ta, conservada sem fermentação mediante
caminhamos pára a fabricação dos vinhos o gaz sulfuroso ou outro processo ade-
quado, e sua transformação em vinho se
com esperanças muito justificadas de suc-
faça de maneira continua, perdendo seu
cesso.
caracter rural para entrar no de uma or-
Attribue-se ao sábio Agarriz o vaticinio ganização semelhante ás assucareiras ou
de que o Brasil estava reservado para cons- ás de fabricação das cervejas>.
tituir-se no futuro o celeiro do mundo. O Vejamos, pois, a possibilidade disso, sen-
celeiro fortíssimo. De tudo quanto pre- do antes preciso estudar chimicamente a
cisar o mundo, havemos suppril-o, — e matéria prima.
mal ficaríamos se o supprissemos de tu-
do^— e estivéssemos privados de suppril-o A UVA — Os bagos se compõem de 10
do vinho, o nectar que o inundo aprecia a 2 0 % de pelles, 70 a 8 0 % de polpa, e
como acompanhador forçoso para esse 2 a 4 % de sementes — essas percentagens,
tudo... segundo as classes, as phases, o cultivo e
Precisamos, pois, attender com carinho a sanidade da uva. A polpa, matéria do-
cada vez mais dedicado e assiduo, a in- minante, é uma solução de assucar a 1 9 %
dustria e o commercio também do vinho approximadamente, com pequenas propor-
*6teK i»8 HXO>X«C40iOIC<s- ALMANACH D E PORTO A L E G R E -:-:~t—:—:—:—!€+=:

ções de outros elementos. A cellulose pre- nelle certas «correcções». Nas regiões on-
domina na pelle, para dar-lhe a necessária de abundam os «mostos» pobres de assu-
consistência, mas não contém assucar. No car, é licito addicional-o. Obtem-sc ou
sumo predomina a água, mas não contém augmento de acidez com addição modera-
assucar; em compensação contém álcool, da de ácido tartarico ou ácido citrico, ou,
depois de fermentação, que o absorveu du- então, o sumo de uvas verdes, que é mais
rante esta, E* conveniente separal-os. E' econômico. Existem também certos phos-
elle rico em ácido, tanino e matérias mi- phatos, que augmentam a acidez mediante
neraes. A semente é rica em tanino e óleo, reacções chimicas naturaes. A addicção de
respectivamente, 10 ou 8 %, que ordina- tanino precipita as matérias albimiinoides
riamente não se aproveitam. em um «mósto» de uvas alteradas.
No emtanto, durante a guerra, o Esta-
do em França explorou uma fabrica dessa FERMENTAÇÃO — Uma vez rompi-
natureza, pagando a 12 francos por 100 da a uva espontaneamente, pouco tempo
kilos de sementes seccas, com tolerância depois se póe a fermentar, e vulgarmente
apenas de 15 a 20% de humidade. No ferve. Deve-se este phenomeno á acção
«Monitor Vinícola», L. Mathieu calcula de micróbios chamados de «leveduras» e
que o aproveitamento total das sementes que na uva madura se encontram sobre a
de uva em França representa 10.000 tone- pelle, junto com outros germens que o ar
ladas de azeite com um valor de 40 mi- sempre carrega. Depois de ensaiadas e
lhões de francos, com outros 20 milhões tidas como certas uma multidão de theo-
de francos, com outros 20> milhões de re- rias falsas, Pasteur descreveu a verdadei-
síduos aproveitáveis. Na província de Ali- ra natureza da fermentação. Para de-
cante fundou-se uma sociedade privile- monstrar sua these baseou-se em 40 re-
giada para desses residuos produzir óleos, sultados de analyse, divididos em 4 se-
sabões, taninos, tinfas, etc. A difficulda- ries de 10:
de dessa industria está em obter-se a ma- 1." serie — contendo o mósto, que sem
téria prima concentrada e secca, pois fa- tratamento nem processo algum fermen-
cilmente se altera. tou ; conclusão: a causa da fermentação
reside no próprio môsto;
O «MOSTO» — Nem sempre o «Mósto»
reúne as condições necessárias para a ob- 2.* serie — contendo môsto fervido; não
tenção de um bom vinho. As leis, geral- se produziu a fermentação. Conclusão: a
mente, permittem ao fabricante realizar fermentação é devida a um ser vivo, que
morre com a ebulição;
3.* serie — contendo mósto fervido, com
água procedente de lavagem das uvas:
Pharmacia Allemã fermentou. Conclusão: os germens da
DE fermentação encontram-se na pellicula das
uvas;
JÚLIO SCHROEDER & Cia-
PORTO ALEGRE 4.* serie — contendo «mosto» extrahido
do interior das uvas : não fermentou Con-
Rui Vol. da Patria n. 51 Teleph. 738 clusão: os germens de fermentação nio
Uma das mais acreditadas d'esta Capital se encontram no interior dos bagos dai
Preços módicos uvas. Essas theorias de Pasteur, repro-
duzidas em analyse por 10 vezes, manti-
!^-$)0fCt3K ALMANACH DE PORTO ALEGRE aXtXOSOCKXK 189 W&k

vcram-se concordes e não deixaram logar ção desenvolve, um «môsto» de 10° Bau-
a duvidas. mé, completamente fermentado, produz
Referindo-se ás declarações dos gran- calorias sufficientes para augmentar sua
des sábios, conta-se que Pasteur, na inti- temperatura a 17 %, mas grande parte se
midade da família, aconselhava sempre perde pela irradiação ou pelo desprendi-
que se lavassem bem as uvas servidas á mento, sempre refrigerante, do ácido car-
mesa. De certa vez, distrahido, bebeu a bônico.
água de que se havia servido para lavar
as uvas, e uma sobrinha lhe perguntou A temperatura optima deve conser-
que adviria dessa jnconsequencia; ao que var-se a 25° pois a 65 morre a levedura.
o sábio se rendeu, sem saber o que di- As temperaturas baixam e paralysam, mas
zer. não a matam.
Ha uma infinidade de espécies de «leve- Ao lado das leveduras encontram-se
sempre outros micróbios nocivos na uva,
duras», e resta muito por estudar neste
que disputam o assucar, e segundo sua
assumpto. O exame microscópico não re-
força e sanidade de cultura, chegam a al-
vela entre ellas differenças apreciáveis.
terar a boa marcha e o resultado das fer-
Deve-se-as distinguir por seus resultados
mentações. — (Ext.)
em germens, em rendimento, e por suas
propriedades de desdobrar-se nas diver-
sas constituições do «môsto».
Muitas casas cultivam «leveduras», se-
leccionadas para o commercio. Sua prin-
cipal vantagem é a de estarem isenitas^de
germens pathogenicos, assim se conseguin- A PROFUNDIDADE DO MAR
do obter a reproducção de fermentos pu- Recentes experiências permittem apre-
ros. ciar a profundidade que tem o mar em
Segundo o citado sábio Pasteur, as «le- differentes latitudes.
veduras» decompõem o assucar da fór* As operaçeõs de sondagem praticadas no
ma seguinte: Mediterrâneo accusam um máximo de
Álcool 46,65 %; — l ácido carbônico, 3.500 metros; as do Atlântico dão uma pro-
48,36 % ; — glycerina, 3,25 % ; ácido suc- fundidade de pouco mais de 6.000. No
cinico 0,61 % ; outros productos, 1,22 %. Pacifico, as medições chegam a 9.400 me-
Na pratica, admitte-se que o assucar se tros, que é, até agora, a maior profundi-
decompõe por partes eguaes em álcool e dade conhecida.
em ácido carbônico, e que 16 grammas de
assucar em 1 litro d'agua, completamente
fermentados, produzem um gráo centesi-
mal de álcool. Churrasco para Pic-Tlics
Emquanto o assucar e o elemento prin- só no
cipal para as «leveduras» o excesso delle
actua conto antiseptico, e aproveita-se em
propriedade para diversos misteres. AÇOUGUE PROVENZANQ
O mesmo álcool produz a levedura,
chegando a 17 % e é também tóxico para
a mesma. As temperaturas influem no- Telephone: 1413 - MERCADO
tavelmente. Com o calor que a fermenta-
%^): i9o^^;^ciCr?kr£i-; A L M A N A C H » E P O R T O A L E G R E -:-:-;-:-:-:-;-:-:-:-:-:-

Ha diversas espécies de curiosidades: ADIVINHAR UM NUMKRO PENSADO


uma fie interesse, que nos leva a desejar
Façam triplicar o numero pensado; ac-
aprender o que nos pôde ser útil; e ou-
crescentar 1 ao resultado; triplicar o nu-
tra de orgulho, que provém do desejo de
mero obtido e accrescentar o numero pen-
saber o que os outros ignoram.
sado. Pergunte-se qual a somma encon-
• •• trada; tire-se d'ella 3, e o numero pensa-
do.
— Vê, senhor professor; sempre que Supúnhamos que o nummero pensado
eu estou a tocar piano, o meu pequeno in- seja 23. O triplo mais 1 é 23 X 3 + 1; o
terrompe-me e incommoda-me. É, com
certeza, bem pouco amador de musica!... triplo, 23 X 9 + 3; mais o numero pensa-
— Ou antes, muito amador. do, 23 X 10 + 3 = 230 + 3; menos 3, = 230.

K>K>«><^K>«K>'K>*X>K>,:'0,X>,:-<CK'^^O<:I<>:^<O<^<>X>'>O*O

Café Colombo

E , sem duvida, a primeira casa no gênero no Estado do Rio Grande do Sul; sua secção de fi-
arnbres é a mais completa da capital, pois ali se encontram as melhores conservas nacionaes e extran-
geiras, assim como as deliciosas fruetas crystalisadas da Casa Colombo do Rio de Janeiro e fruetai
seccas d Elvas, de Portugal.
Sua galeria é hoje o ponto preferido da Elite porto-alegrense, tendo diariamente concertos por
™ professores.
-•^\^\^r^0rWrW^m^m ALMANACH D E P O R T O A L E G R E ^\?f&\-\z'&8c£)á 191 ¥06*.

JVLTIJTJ&.S IDO B T J T I ^
• IIIJIIIIIIIIUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMIIIillllllMIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMIIIIIIIHIIIIMIIIIIIIIIIIIIIIIMIMIMIMIIII

MUNICÍPIO DE S. JERONYMO

Companhia Garbonifera Rio-Grandense #

Carvão de pedra escolhido e beneficiado


Producção actual: 6 mil toneladas mensaes
Fornecedora do Cstado, da
IntendencialHunicipal de Por-
to Alegre, de varias fabricas,
estradas de ferro e compa-
nhias de navegação ••

Cscriptorio em Porto Alegre:

Rua dos Andradas n. 186


TELEPHOT1E TI. 1685

Agencias em Rio Grande e Pelotas


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Única de capitães genuinamente rio-grandenses


^:-i°2^fe*3íêfcr:f:-H€<e{-3- ALMANACH D E P O R T O A L E G R E -W-:-;-;-;-:-*-;-. :-:-:-;-;-:•

•<<>»<>'frCK<>*<>KX<>»:<>»;<x-o»x^^

U. B. I. P. A. —••*—

Uzina de Beneficiamento e Immunisação


de Productos Agrícolas

VICTOR H.*DA SILVA


! PRIVILEGIADO PELA CARTA P A T E N T E N. 9.805

Esta Uzina por este processo, beneficia (peneira), cata (selleccio-


na, separa o grão bichado do são), brune (esmalta dando brilho ao
grão) e immunisa (conserva e expurga os parasitas) todas as quali-
dades de cereaes; bem assim fornece saccos, faz repezagens e arma-
zena mercadorias, incumbindo-se também do desembarque e embar-
que da mesma, do despacho, frete, carreto, seguro, imposto, etc, etc.

o PEÇAM PROSPECTOS E TABELLAS

RUA DOS ANDRADAS n. 30


ao lado do Arsenal de Guerra
3><<><<>:^<<><<>i<><<><i<><^^
m
-'.r.-r.^-hWMr;',- ALMANACH D E PORTO ALEGRE rfrfrfrl-h&Tcfflrt; '93 bH%r.

ÍPÜM CONTO DE AMO B 0 M ? |


V

u*r Tradueçle á* folfdoro Santos

Horteur, o fundador de UEtoile, e di-


> &
J

«Ha que restituir», como disse o procu-


rector político e litterario da Revuc \'a- rador ao juiz, depois do sermão do bom
tionalc e do Nouveau Sièclc IIlustre; Hor- irmão Maillard. Fazei a esmola para não
teur, recebendo-me em seu gabinete, fa- restituir. Dae pouco para guardar muito e
lou-me, repoltreado em sua cadeira reda- em seguida tranquillisae-vos. Outr'ora o
ctorial: tyranno de Samos lançou o seu anel ao
— Meu bom Morteau, faça-me um con- mar a Némesis dos deuses, porém, não
to para o numero especial do Nouveau quer receber esta offerenda: um pescador
Sièclc. Trezentas linhas, e adequado ao devolve ao tyranno seu anel, no ventre de
«anno novo». Alguma cousa para gente um peixe e Polycrates foi despojado de
distincta, com perfume de aristocracia. todas suas riquezas.
Respondi a Horteur que para cousas — V. caçoa!
assim eu não servia; entretanto, de mui- — Não caçoo. Eu quero fazer «ompre-
to boa vontade faria um conto. ender aos ricos que elles são bemfeitores
— Eu quizera — disse-me — que se o com abatimento e generosos de boa conta;
, intitulasse: «conto para os ricos». que elles não fazem mais que contentar o
— Eu, em vez, quizera que fosse: «con- credor e que não é assim que se fazem os
to para os pobres». negócios. E' esta uma advertência que lhes
— Bem, é o que eu quero. Um conto que pôde ser muito útil.
inspire aos ricos piedade para com os po- — E V. quer vasar semelhantes idéas
bres. no Nouveau Sicclc para fundil-o? Xada
— E' o que, precisamente, eu não que- disso, meu amigo, nada disso!
r o : que os ricos tenham 'piedade dos po- — Porque quer V. que o rico proceda
bres. com o miserável de maneira differente do
— E' curioso! que com os poderosos ? Paga-se ao credor
— Não é curioso, mas racional. Eu creio o que se lhe deve; se nada se lhe deve,
que a piedade do rico para o pobre é in- nada se lhe paga. Isso é a probidade. Si
juriosa e contraria á fraternidade huma- s,e é probo, que se faça o mesmo com os
na. Si V. quer que eu fale aos ricos, dir- pobres. E não diga você que os ricos na-
lhes-ei: «Guardai vossa piedade para com da devem aos pobres; não creio que um
os pobres: não têm necessidade delia. Por só rico pense isto. Unicamente sobre a
que piedade e não justiça? Vós sois seus quantidade devida não ha certeza; e o peior
devedores. Acertae vossas contas. Não é de tudo é que não se apressam em sahir
dessa incerteza. Preferem antes ficar na
questão de sentimento; é assumpto eco-
duvida. Se sabe que se deve; não se sabe,
nômico. Si o que graciosamente daes aos
porém, quanto se deve, e, de tempo em
pobres é para prolongar sua pobreza e
tempo dá-se alguma cousa por conta. Isto
vossa riqueza, este dom é iniquo, e as
chama-se philantropia e isto é conveni-
lamúrias com que costumeis acompanhar a
ente. . .
dádiva, não a tornará mais equitativa.

Alm. P. Alegre — 7
•&AzU 19* -Irlflfl^XTJcfôBK ALMANACH D E PORTO ALEGRE KrH-I-I-Id^rfcfrBírH-:-

— Mas o que você está dizendo não que pedem. Os trabalhadores nada pedem
tem sentido commum, meu querido colla- E nada recebem.
• boradorl Eu sou, talvez, mais socialista — Porém, os orphãos, os doentes, os ve-
• que você. Sou pratico, porém. Supprimir lhos?...
um soffrimento, prolongar uma existên- — Elles têm o direito de viver. Para
cia, reparar uma pequena ponta das injus- estes eu nunca imploraria a piedade; in-
• tiças sociaes, isto é um resultado. O pou- vocaria o direito 1
1
co de bem que se faz está feito. Não será — Tudo isto não é mais que theoria.
'tudo, mas é já alguma cousa. Si o peque- Volvamos á realidade. Você me fará um
no conto que vos peço, enternece a uma pequeno conto a propósito- do anno novo
centena de meus ricos assignantes e os e porá nelle um pouco de socialismo. O
jpredispõe a dar, já se terá ganho algo so- socialismo está muito em moda. E' ele-
• bre o mal e sobre o soffrimento. E é as- gante. Não me refiro, bem entendido, ao
•sim como se torna supportavel, pouco a socialismo de Guesde, nem ao de Jaurés, e
pouco, a condição dos pobres. sim ao bom socialismo, que as gentes do
— E julga bom que a condição dos po- mundo oppõern com sprit ao collectivis-
bres seja supportavel? A pobreza é indis- mo. Ponha no conto figuras jovens. Elle
pensável á riqueza como esta é indispensá- será illustrado e é bom que os clichês re*
vel aquella. Estes dois males originam-se presentem imagens graciosas. Ponha em
um ao «outro e um ao outro se mantêm. O scena uma senhorita, uma formosa senho-
que ha a fazer não é melhorar a condição rita. Isto não é difficil.
dos pobres; é necessário supprimir a po- — Não, não é difficil.
breza. Eu não induzirei aos ricos a que fa- — Não podia também introduzir no
çam esmolas, porque sua esmola está em- conto um pequeno limpador de chaminé?
peçonhada; faz bem a quem a dá e mal a Tenho uma illustração feita, um clichê a
quem a recebe, e, porque, em fim, sendo a cores, que representa uma formosa joven
riqueza, em si mesma dura e cruel, não é dando esmola a um pobre limpador de
necessário que ella se revista com a enga- chaminé sobre a s . grades da Magdalena.
nadora apparencia de doçura. Já que você Seria uma bôa oceasião para empregal-o.
quer que eu faça um conto para os ricos Faz frio, neva: a bella senhorita faz a ca-
dir-lhes-ei: «vossos pobres são vossos cães, ridade ao garoto... Vê V. o effeito de tu-
que alimentais para morder. Os soccorridos do isto?...
servem aos ricos de matilha para ladrar — Si v e j o ! . . .
aos proletários. Os ricos não dão senão aos — V. bordará algo sobre esse thema.

ROMEO SILVA Dinheiro ?


Leiloeiro mais procurado Empresta, sob penhores
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"t - t " i Vtt&r&Xrr.
yt'7t"/' ALMANACH DE PORTO ALEGRE m&ttr?'éB'£&& 195 jJSB-'

— Descreverei o pequeno limpador de chama... Está elle tão entretido que nem
chaminé, transportado de agradecimento, a vê, nem a ouve.
se lança ao pescoço da formosa menina, — Meu querido Morteau...
que é, nem mais nem menos, a filha do — Está elle tão occupado que nem a
conde de Linotte. Dá-lhe um beijo e im- vê nem a ouve. Chega o conde. Este tem
prime sobre a rosea face da joven um O a alma de gentil-homem. Toma o peque-
de tisna, um pequeno O formoso, bem re- no limpador de chaminé pelos fundilhos,
dondo e bem negro. Elle a ama. Edmée que precisajnente se lh'os apresentam aos
(ella chamar-se-á Edmée) não é insensí- olhos, e o arroja pela janella.
vel a um sentimento tão sincero e ingê- — Meu querido Morteau...
nuo. . . Parece-me que a idéa é bastante — Abrevio... Xove mezes depois o pe-
suggestiva. „ queno garoto casa-se com a nobre joven.
— S i m . . . poderia V. fazer alguma cou- E já era tempo. Eis ahi as conseqüências
sa. . . de uma caridade bem applicada!
— Alente-me para continuar... Entran- — Meu querido Morteau...
do em sua sumptuosa habitação da aveni- — Termino. Tendo casado a senhorita
da Malesherbes, Edmée sente, pela pri- Linotte, o pequeno limpador de chaminé
meira vez, repugnância em lavar-se: qui- se converte em conde de Pape e arruina-
zera guardar sobre o seu rosto o sello dos se nas corridas de cavallos. Elle é hoje
lábios que ali pousaram. Entretanto, o pe- em dia cigarreiro na rua de Ia Gaite, em
queno garoto, que a seguira a t é ' á porta, Montparnasse. Sua mulher attende ao ne-
fica-se extatico, olhando as janellas da gocio e vende salamandras a 18 francos,
vivenda da adorável jovenzinha... Vae pagaveis em oito mezes.
bem? — Meu querido Morteau, isto não é
— Mas, s i m . . . delicado, bello...
— Prosigo. Na manhã seguinte, Edmée, — Cuidado, meu querido Horteur! O
deitada em sua caminha branca, vv o ga- que acabo de contar é, no fundo, a «Que-
rotinho sahir da chaminé' de seu quarto. da de um anjo», de Lamartine, e a «Elo-
Lança-se elle ingenuamente sobre a deli- há», de Alfredo de Vigny. E no' fim de
ciosa menina e a cobre de pequenos O O O contas, isto vale mais que as nossas peque-
de tisna, muito redondos e negros. Esque- nas historias lamurientas, que fazem ás
cia-me de dizer que elle era de uma ma- gentes julgarem-se muito boas quando é
ravilhosa belleza. A condessa de Linotte tudo o contrario, que fazem bem quando
os surpreende nesse doce enlevo e grita. fazem mal, que lhes é fácil serem bem-

•<H><-e><«><«x«x^^<-^^«-»^->^<->^-«-«->

Empreza de Mudanças ..Cunha"


Mais antiga e preferida
Mudanças, Enjrradainentos de Moveis
e Transporte de Bagagens
x
RUAS ^ JOSE* DO FATSOCXVXO, 83
Telephones { 133344--9
A L P Í I E B O M . T3JL. CT7£T23:.â.
%&?'.• i96-:riéWB!-:T!riTíí-;TK A L M A N A C H D E PORTO A L E G R E -irir-:-:-;-:-;-:-^^?-:-;-;-:

feitoras quando é isto a cousa mais dif- Exportação de madeiras


ficil do mundo. Meu conto é moral. Além
disso é optimista e acaba bem, pois Edmée Durante' os annos de 1910 a 1918, foi a
encontra em sua tenda da rua de Ia Gaite, seguinte a exportação de madeiras do Bra-
a felicidade que havia procurado em vão sil para o extrangeiro:
nas diversões e nas festas mundanas, si
ella houvesse desposado um diplomata ou Annos Toneladas Valor
um of ficial... Meu querido director, res- 1910 1.223 000$000
pondei-me: aceitaes para o Novo Século 1911 1.275 000$000
Illustrado o meu conto: «Edmée ou a ca- 191' 1.611 000$000
ridade bem applicada»? 1913 20.310 2021 000$000
1914 — 1.302 000$000
Anatole Francc 2.622
1915 "38.375 000$000
1916 88.137 6.668 oooiooo
1917 62240 6.152 000$000
N'uma sala, fala-se de um baile de mas- 1918 179.799 21.090
2 000$000
caras, realisado, dias antes, em casa de
uns conhecidos aristocratas.
— A condessa de M. ia admiravelmente.
— Que treje levava? E ' o amor, não sei que cousa,
— De dama franceza, do tempo do pri-
meiro império. Que no coração se esconde,
— A h ! ia de contemporânea de si mes- Que começa, não sei como,
ma. E acaba, Deus sabe aonde.

Club Jítente Cario


C a s a cie p r i m e i r a o r d e n a
Orchestra composta de 10 babeis professores, sob a regência de RAUL MORAES
Elenco artístico do melhor que ha em Porto Alegre
Trabalham diariamente 15 artistas com números
de attracção. sob a direcção do Cabaretier

Secção de Baar e Restaurant a preços reduzidos "••


Flores. Musica, Alegria, Arte e Ziuz
A DIRECTORIA

Sede: Rua das Flores n. 4


r'ò'-\~{r'-'-'-'-3\^ A L M A X A C H D K PORTO A L E G R E r'ffrA~\- M 197 -JrAB-.

Certo marquez, muito' conhecido, não


TESTAMENTO era fácil em pagar suas contas.
Um credor, mais tenaz de todos os ou-
(Inédito}- tros, jurou pregar-lhe uma peça.
Durante mais de seis mezes enviava-lhe
Quando morro, lungo Ia terra mossa todos os dias uma carta lithographada,
reclamando, polida, mas categoricamente, o
Non piantate il cipresso e Ia mortella, seu debito.
10 Ia mia tomba non Ia voglio bella, Esse emetico epistolar não deu melhor
Ma giovevole altrui piü che si possa. resultado.
Teimoso, irrompeu um dia pelo palácio
do marquez:
A che servono i fior sopra Ia fossa — Senhor marquez, a sua conducta é
Se 1'alito d'april non rinnovella inqualificável!
Le membra, il cor, Ia vita e le cervella, — Como assim?
Vestito un giorno ed anima dell'ossa? — Verdadeiramente inqualificável, já
disse! tenho escripto mais de duzentas
cartas, e V. Ex. ainda não fez o menor
Piantateci Ia vite! II suo giocondo, caso d'ellas.
11 suo celeste grappolo spremuto, — Engana-se, exclamou o marquez
Diverrá vino ghiotto e rubicondo. apontando com ar frio, mas digno, para
um pequeno volume que estava sobre um
velador, eu acabo de fazel-as encadernar.
E cosi, benchè morto, il mio tributo
Ai vivi pagheró, rendendo ai mondo
Qualche goccia dei vin che gli ho bevuto. Pode perder-se uma campanha ganhan-
Lorenso Stecchctti do todas as batalhas.

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CARRAPATEIRA
•\ OU RICINO ,-
A planta que fornece o óleo de ricíno, buídas aos agricultores de S. Paulo gran-
algumas vezes chamada Palma Christi, des quantidades de sementes dessa plan-
por causa das suas bellas folhas palma- ta, tomando o seu cultivo grande incre-
das, é muito conhecida de todos os ha- mento.
bitantes dos paizes quentes. Julga-se que
A variedade vermelha de Pernambuco é
o ricino é originário da índia, porém elle
inferior á variedade branca. A ultima tem
é hoje vulgar em toda a zona tropical e
a dehiscencia mais demorada e os agri-
cultivado não só nos paizes mais quentes
cultores affirmam ser a mais rica em óleo.
da Europa, como no Brasil, na Argentina
O ricino commum ou Palma Christi ou
« nos^Estados Unidos. Nas Antilhas des-
mamoneira branca (Ricinus communis) é
envolve-se bem, crescendo espontaneamen-
o mesmo Ricinus Africanus. A haste é es-
te nas terras mais pobres, para ser até, em
branquiçada, attinge de 20 a 28 palmos de
certos logares, uma herva má. As pro-
altura; as suas folhas são grande e têm
priedades da planta foram conhecidas nos
sete digitações; as flores uniseicuaes for-
tempos mais antigos e delia foram acha-
mam cachos, encontrando-se as femininas
das sementes nos túmulos egypcios jjue
no alto das espigas e as masculinas na
<levem ter 4.000 annos. O seu óleo era
base; as fructas ou bagas são de tama-
empregado pelos gregos e romanos e al-
nho regular.
gumas autoridades pensam que a mamona
é a cabaça mencionada nas Escripturas. A mamoneira vermelha (Ricinus san-
Os romanos, notando a semelhança entre güíneos) não attinge, em Pernambuco, á
a semente e o desagradável insecto conhe- altura e á grossura da mamoneira ou car-
cido hoje pelo nome de — carraça —. rapateira branca (Ricinus communis). A
chamaram Ricinus aos dois e este nome sua haste ou caule e as folhas são de um
latino foi adoptado pelos botânicos con- vermelho purpureo e as sementes são man-
temporâneos para indicar o gênero da chadas de vermelho e pardo. A variedade
planta. purpura não passa de uma modificação
A mamonejra ou carrapaieira é de fa- da vermelha. A mamona miúda (Ricinus
cilimo cultivo; desenvolve-se perfeitamen- minor) está depreciada. A carrapateirinha
te em todo o Brasil. A mamoeira branca e ou mamoninha é uma variedade espontâ-
a miúda, denominada caturra, são as mais nea nos roçados novos da Parahyba, do
cultivadas no norte do paiz, notadamente Rio Grande do Norte e Ceará. Poucas ve-
em Pernambuco, na Parahyba, no Rio zes attinge á altura de um metro, o fru-
Grande do Norte e no Ceará. cto é estimado pelas aves do campo e
pelas gallinhas. Deve ser cultivado nos
VARIEDADES terrenos destinados á criaçãc^ de aves do-
mesticas. A variedade caturra, de caule
Durante o anno de 1905 foram distri-
-li'-'.: 200 -IflrféJêJrvrfêlrXèK ALMANACH DK POKTO ALEGRE flrl-H-X-.'-!-;-:'

grosso e pouca altura, deve ser a escolhi- ^^^m^i^^^9^^^^^^^^-'


i> •-•»^è,
da para a grande cultura.
A mamona miúda fornece de 36 a 40 %
de óleo de boa qualidade, a zanzibariensis
| Casa de Penhores l
::: — DE — .;,
de 25 a 30 % e as variedades de cor es-
branquiçada (brancas) cultivadas em Per-
nambuco, na Parahyba, e t c , de 45 a 50 %.
I Luiz A. A, Paranhos í
Acredita-se que as sementes ou bagas pe- 162 - Rua Marechal Floriano -162 '••
quenas fornecem melhor óleo para a me- (antiga Bragança) *,
dicina e as demais, um óleo inferior, usa- Porto Alegre %
do para lubrificação, illuminação e saboa-
ria.
As tortas são empregadas no adubo de Queima-1 lentamente e é, por conseqüên-
terra para feijão, e t c , e servem para a cia, econômico; d á luz branca, é livre de
alimentação do gado, quando se elimina o perigo e produz pouca fumaça. Graças a
tortorato de potassa que contém ( o qual estas vantagens, é empregado para esse
irrita os animaes), macerando-as u'agua mister em todos os caminhos de ferro da
durante um dia. í n d i a ; extraído a frio dá a melhor luz.
O homem do campo deve plantar a ma-
O Fl(uCTO moneira em torno de sua casa e nas ca-
poeiras visinhas, porque a plantação não
O fructo é composto de três cellulas es- é trabalhosa e é fácil a venda da peque-
pinhosas, contendo cada uma dellas uma na ou grande producção. O trabalho é qua-
semente. As flores, ás vezes, são polyga- si todo o de cortar os cachos, expôl-os a o
mas c, outras vezes, monoicas. As folhas so^ para seccar e extrair-lhes a casca, ser-
são lobuladas. Constituem cáustico enér- viços que podem ser feitos sem maiores
gico e têm propriedades galactagogas. cuidados. E ' uma bella e útil plantação á
O óleo de ricino foi empregado, de tem- margem das linhas férreas, preservando
po immemorial, como purgativo e como de incêndio as demais culturas que lhe fo-
óleo de illuminação; nestes últimos tem- rem visinhas.
pos tem sido usado largamente pa-
ra untura ou lubrificação de machinas, SOLO E C L I M A
relógios, pêndulas, etc. E ' um dos melho-
res óleos que se conhecem para lâmpadas. A planta é robusta e resistirá á grande

Grande Padaria TRÊS ESTRELLAS


A MAIS APERFEIÇOADA EM PANIFlCAÇAO
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jj R u a F e r n a n d e s Vieira, 6 — P O R T O A L E G R E j |
• '• T e l e p h o n e ri. 1O05 —
| r * r - ? ~ t -• Í • ?••••••!•?••-.-••"--—•?-•--». •• ••••»•-?••» - • »•*•—••.•-• • ••....-.««-. .(J
ALMANACH DE PORTO A L E G R E ^\-\^WÒ'crWi~é^ 201 flrlr;-

JOOOOOCOOCOOOOOOCOOOOOOOOOCÇ quando apodrecidas, abram canaes para a


penetração da atmosphera e assim possam
augmentar a matéria orgânica do terreno.
E ' deste modo que se explica a opinião
iii | iiiiiiiiiii'r , 'i:"iiiiii!i i SnTBÍiílESÍlff^Tffi!^^
errônea de que a cultura do ricino enri-
quece o solo.

ESTRUMES

A venda em toda parte O estrume de curral, as varreduras das


)OC)OOOOCOOOOCOC)OOC)COOOC)OOOC$ casas, o estrume colhido do bagaceiro ou
os estrumes vegetaes são muito úteis á ma-
variedade d e ' climas. Nas regiões tropi- moneira.
caes desenvolve-se bem desde o nivel do
mar até a lattitude de 5.000 pés 1.500 rh). ADUBOS CHIMICÔS
Vive, durante o verão, na Inglaterra e na
parte septentrional dos Estados Unidos da A mamoneira cultivada em terreno
America. Nos climas temperados, todavia, abundantemente estrumado de cal ou em
a planta é annual, emquanto que debaixo terra calcarea produz um fructo que dá
dos trópicos se torna um arbusto vivaz, óleo superior. Aduba-se um hectare com
attingindo, algumas vezes, á altura de 30 150 a 300 kilos de sulfato de potassa e
a 30 pés. O melhor solo para o seu culti- magnesia, 400 a 600 kilos de kainite, 400
vo é o arenoso ou argilloso, rico e bem a 500 kilos de superphosphato e 500 de
•drenado, devendo-se evitar as areios leves sulfato de ammoniaco.
e brancas, assim como os solos pesados e
humidds. MULTIPLICAÇÃO
Dizem alguns agricultores que a planta
augmenta a riqueza do solo onde vegeta; Multiplica-se a mamoneira por semen-
isto, porém, é um erro, porque contendo tes maduras. Conservando-se as sementes
as suas sementes muito azoto, potassa e de molho durante 24 horas, a germinação
ácido phosphorico, as colheitas abundan- será mais rápida.
tes tiram ao solo quantidades consideráveis A cura ou desinfecção das sementes, pa-
destas substancias, embora as suas raízes, ra expurgal-as de insectos e fungos, se
que penetram profundamente na terra, faz pela caldagem e sulfatagem dos grãos.

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Pratica-se a caldagem, deitando-se em uma com 2 kilos de cal apagada ou dcsanhy-


tina ou alguidar um litro de cal viva e drada e pulverulenta. No fim de poucas
sobre esta 10 litros de água fervendo, pa- horas as sementes estarão seccas e'podem
ra se obter leite de cal, juntândo-se depois ser plantadas. A proporção ou quantidade
a tudo isso dois litros de urina de cavallo de sulfato de soda bruto e da água a em-
ou de vacca. pregar depende da de sementes a serem
Espalham-se as sementes de carrapatei- empregadas. Vinte e cinco litros de se-
ra em um grande taboleiro ou qualquet mentes reclamam cerca de 1.250 grs. de-
vasilha larga: deita-se-lhes a mistura e sulfato de soda, 25 litros de água e meio-
mexem-se os grãos, para que fiquem b_em kilo de cal apagada.
molhados. Os grãos que sobrenadarem se-
rão recusados. A semeadura deve reali-
CULTURA
zar-se no dia seguinte a esta operação.
Para o processo de sulfatagem (sal de
Clauber) se dissolvem 5 litros de sulfato A melhor época para a plantação da car-
de soda bruto em 1000 litros de água e 500 rapateira no Brasil é, em geral, no come-
a 600 grs. de sulfato de soda em 8 litros ço do inverno, fevereiro ou março, quan-
de água. Reunem-se os grãos em uma va- do, dizem os agricultores, o terra ainda
silha larga, aonde são mexidos atú ficarem está quente. Entretanto, no norte planta-
bem humedecidos, pulverizando-os depois se muito bem, nos mezes de junho a julho,

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.0<&O#0#O*O®OKXí O -O • O *>^0«0*0<SO<^<KÍ<>*>03*>«<>3>0«0^

pelos aceiros dos roçados ou plantações de pollegadas de altura, arrancam-se todos


canna de assucar. os pés que nas ceram fraco.
A mamoneira é reproduzida, como já Cetra de 10 dias depois de plantadas, as
dissemos, por sementes que são lançadas sementes germinarão; as plantas crescerão
directamente no campo ou roçado. A terra raipdamente, sendo, então, necessário lim-
•é limpa e preparada de maneira commum; pal-as bem como chegar-lhes terra aos
uma lavra profunda e, em seguida, uma pés para ficarem firmes e as hastes vigo-
dragagem são necessárias para tornar o rosas, f
solo limpo e brando, de maneira que as
Como o objectivo do plantador é obter
raize6 possam penetral-o facilmente.
arvores que tenham muitos ramos que
Antes de semear, não se usando do pro- dêm fructos, será necessário cortar, com
cesso já descripto, deitar-se-á água quente a unha ,a haste principal da mamoneira,
sobre as sementes, havendo mesmo vanta- quando ella crescer demasiadamente de-
gem em doixal-as molhadas durante 24 ho- pressa ; de outro modo só se obterão lon-
ras. As sementes são plantadas de 6 em 6 gas hastes delgadas com poucos botões
pés (l m ,80) ou de 8 em 8 (2 m ,80) em solo floraes. Os galhos que tiverem dado fru-
rico. A melhor época para a sementeira cto devem ser também podados, depois das
é a mais próxima da estação chuvosa. colheitas e posteriormente, depois de duas
Deitam-se de 2 a 4 'sementes na mesma ou quatro colheitas de cada pé, é conve-
cova, á distância de 6 pollegadas uma da niente decotar toda a planta bem rente á
outra. Quando as plantas têm de 6 a 10 terra. Das hastes que brotarem deixar-se-

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e succursaes.
A. s u c c u r s a l nesta, cidade ê a r u a V d e Setembro, 7 6
•*H~',- 204 -iTlTi-f^In-rrrlTlrrr:- ALMANACH IÍE PORTO A L E G R E •H-X-I-MrX-l-X-fH-'.-

ão apenas duas. A não observação desse


processo é a causa do pouco rendimento
de certas culturas. ! Dr. Ivo Corseuil I
$ MEDICO f
COLHEITA

A mamoneira fructifica no quarto mez,


tornando-se as colheitas successivamente
abundantes á proporção que as jilantas i Avenida Theresopolis, 46 J
crescem. Platada em junho, a colheita se *s* TELEPHONE n. 205 (MENINO DEUS) X
faz no verão, época magnífica para o sec-
camento dos grãos. O corte ou colheita dos
cachos se realiza logo que as cápsulas ou ou lubrificação. As pequenas semeutes dão
eiwoltorios dos grãos vão tomando a côr de 38 a 40 % de óleo de melhor qualidade
escura, afim de evitar a perda das semen- e esta variedade é de que se tira o óleo.
tes pela dehiscencia ou abrimento das cá- medicinal extraído a frio.
psulas. Alguns agricultores affirmam que um
hectare produz sete mil kilos de gão. Nes-
Cultivam-se duas espécies de sementes
ta hypothese colher-se-iam 466 arrobas de
de ricino, a grande e a pequena variedade.
sementes que a 1$800, na praça do Recife,
As sementes volumosas dão de 25 a 30 %
dariam um lucro magnífico de 838$800,
de óleo, porém este óleo é de qualidade
embora sujeito ás despezas de cultura, be-
inferior e apenas se presta á illuminação
nefiamento e fretes. Outros sustentam
que um pé de carrapateira produz 666 g r s .
de grãos.
2 S U L BRASIL | S E C C A M E N T O DOS F R U C T O S
0 Companhia de Seguros Terrestres e Marítimos •
õ Fundada em 30 de Novembro de 1909 • Os cachos de fruetos, uma vez corta-
Õ Capital Z7~TÕ00:000$000 • dos, são levados ao seccador e estufas ou
à Sinistros Pagos 0 expostos ao sol em terreiros. Durante o
• (até 30 de A dia viram-se e reviram-se os cachos com
J Junho, 1919) 1.065:027$830 • ancinho ou rolo, de maneira a permittir
v Directores: • que os de baixo recebam também os raios
A Commendador João Aydos V do sol. Em 2 ou 3 dias as cápsulas esta-
• J. Lima Coelho A rão quebradas e as sementes poderão ser
A
José Pereira Rojão » separadas das cascas e de outras matérias
! Effectua todas as operações de se- 0 extranhas pelo peneiramento. Si sobre-
Y guros contra fogo e riscos de trans- {
portes. vem chuva durante o tempo em que os
0 fruetos em pilhas cobertas com encerados,
TAXAS CORRENTES
o lonas ou taboas. Como as sementes «sal-
tam» a alguma distancia é costume fechar
5 Sede: ANDRADAS, 216 (sobr.) 2 o logar em que são postas a seccar com
J PORTO ALEGRE j um tapume de madeira de 4 a 5 pés
? Agencias em diversas localidades do Estado 0 (l m ,20 a 1"\50) de altura. Os cachos de-
vem ser estendidos em camadas que não-
Wk'Ò'arM2f&\y^'H'f-:&Á ALMANACH I)E PORTO ALEGRE -rSttr^^SÍTrrttTr 205 •&'(?£

fervura tem princípios acres e tóxicos. O


óleo novo, obtido pela simples pressão, a
I Dinheiro? frio, nem sempre é purgativo, tornando-se
Empresta á juros módicos | porém, quado velho, medicinal. Obtem-
sob penhores $ | T * se o óleo medicinal, comprimindo-se as

I Lc//z i4. i4. Paratihos


sementes entre dois cylindros sob a acção
do calor brando.
1
| Rua Marechal Floriano, 162
As sementes submettida á pressão dão
um óleo graxo, muito solúvel em 22° e áci-
* P O E T O -A.LEO-EE do estearico-ricino, fusível a 130°. Recti-
''£ ^Vl,^-"-iIi-,'-i'^'-LU-í'--,i."-l.,i.,'--,--"-^
-'-•í\S»,-«vi.-í.v»v'í»vt,-.ivi\-/*vt*'/.-.t
, ,
'-l'--.,'--,--"--
-M- , i--ír.i.-M-..
,
-..- i--"-i
l
--"--':
'<.- ,.'..-
w
. '•- ficado ou refinado perde o principio acre
e irritante e dá um cimento muito duro
tenham mais de 6 pollegadas de espessu- que serve para preparar betume, bastante
ra ; quanto mais delgada fôr a camada, usado pelos chinezes para calafetar em-
mais rápido será o seccamento. barcações.
Os seccadores ou evaporadores e as es-
tufas são, de preferencia, empregados pa- INIMIGOS
ra seccar as sementes, em tempo humido.
Em temperatura elevada, as cápsulas de- A planta que fornece o óleo de ricino
seccam e Se abrem' facilmente, empregan- tem poucos inimigos, porque a maior par-
do-se também baterias apropriadas. De- te dos insectos foge delia.
pois de seccas, as sementes devem ser em- E' por esta razão que se aconselha que,
pilhadas ou guardadas em barricas ou sacl-
cos, sempre em logar arejado.
fij=
v
Ó L E O D E RICINO

O olo extraido a frio é preparado na


AO BOM GOSTO
Europa e na America por diversos pro- ALFAIATARIA de
cessos, bastante complicados, o que reclaj-
ma o emprego de machinas custosas e HENRIQUE FACINI
muita habilidade; ha sempre, porém, ven- •S****i**JS-r**f****t*<

da segura, nos grandes mercados, para o


óleo bruto, o qual é algumas vezes refina- Neste casa, encontra-se lin-
do e outras vendido, sem mais preparo, do sortimento de casemiras
para lubrificação.
Antes de limpas as sementes para a fa-
Nacionaes e Extrangeiras

bricação do óleo, são ellas submettidas a
uma ligeira torrefação, o que lhes torna a Esmero
casca quebradiça e facilmente separavel. t a n t o n o corte c o m o n o feitio
Assim se consegue um óleo de superior •
qualidade. PREÇOS SEM CONCURRENCIA!
Obtem-se também o óleo, submettendo-
se as sementes esmagadas, dentro de um
sacco, a uma fervura em água commum.
3 5 - S u a Marechal Floriano-35
Este óleo é industrial. O oteo obtido pela =iit
M—J6Í-; 206 ^Ti-rlfírr^r'<rB'r. A L M A N A C H H E PORTO ALEURE

quando insectos atacam outras plantas, vada, com granulações avermelhadas. Ha-
c.olloquem algumas touceiras de ricino in- bita Pernambuco, Pernambuco, Rio de Ja-
tercaladamente rios roçados ou plantações neiro, Espirito Santo, Minas e S. Paulo.
infestadas. A casca das hastes de muitas A solução de sulfato de cobre é appli-
mamoneiras velhas, entretanto, é atacada cada contra estes e outros insectos, não
por diversos insectos, como os coacus e os devendo ser preparada em vasilha de fer-
acarus. Quando se percebe que estes inse- O bicho da seda do Brasil ou mariposa
ctos prejudicam as plantas, é fácil matai- de espelho (Attacus hesperus L.) se ali-
os com uma mistura de cal, ou por meio menta primeiramente das folhas de ma-
de uma solução de petróleo. moneira, depois das folhas da madresilva,
Uma lagarta (Emesis mundana Cram) do cafeeiro, do cajueiro, etc, e prejudica
vive sobre as rolhas de mamoneira. E' muito a producção das sementes. O seu
amarella-alaranjada e pelo corpo tem casulo fornece seda grossa, porém de
muitos tuberculos também alaranjados. A grande valor commerciar, resistente e leve.
chrysalida é amarella e tem negros os an- No Museu Nacional ha uma fita tecida
neis. Outra lagarta (a consmaticus ma- com um fio dessa espécie, com 3 centíme-
gnicornis Butl) vive sobre as folhas da tros de comprimento e 26 millimetros de
carrapateira e de muitas outras plantas. largura. v
Habita o Rio de Janeiro, o Chile, etc. Uma Este bicho de seda tem tuberculos côr
outra lagarta (Antomeris Brasiliensis de laranja. A chysalidá é grossa e de côr
Walk) ataca a mamoneira, o algodoeiro ruiva. A espécie dá 3 a 4 gerações por an-
da praia, etc. A chrysalida é negro-arrui- no. As fêmeas põem cerca de 300 ovos.

325 - RUA DOS WIMtADAS — 327


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eJma<Jcm da inatatidão Gado abatido nas xarquea-


O giic t « neste lindo panorama
das e frigoríficos em
Que ante os olhos, brilhante, se desata? 1918
Não {• ribeirão d'águas de prata?
F tronco secular que espalma a rama? Municípios Cabeças Valor médio
A arvore que nos ares se derrama
Bagé 131.741 24.372:085$0O0
E soberba na lympha se retrata,
Entre ds folhas, cuidosa, não acata Livramento 60.432 11.175 :353$00O
Convolvulo que mostra subtil trama? Itaquy 22.702 4.086:360$000
/ Rio Grande 15.593 2.806:740$000
O que veras, depois de muitos annos, Caxias 6.703 ll072:248$900
No theatro da immensa solidão,
Senão painel de negros desenganos?! Jaguarão ... 6.809 1221:930$000
São Borja 1.130 203:400$000
A enrediça, crescendo em proporção, Santa Maria 796 135:230$000
Ao nobre vegetal causa os damnos Júlio de Castilhos 21.268 3.615:560$OO0
Que entre homens faz também ingratidão.
Uruguayana 16.636 3.077:660$000
Apollinario Porto Alegre. Quarahy __._ 22.675 3.953:390$000
São Gabriel 26.348 4.742:640$000
Passo Fundo 9.690 1.647:300$000
Com a farinha de trigo clarificam-se ra- Pelotas 88.398 16.353:630$000
pidamente os vinhos; dilue-se em água Rosário 127.712 22.988:160$000
fria e deita-se no vinho a pasta assim Cachoeira 1.650 280:500$000
formada, são necessárias cem grammas
para clarificar um hectolitro. Sommai 560.283 101.732:276$000

Durante o anno funecionaram 34 esta-


belecimentos salederis e de frigoríficos.
Deixaram de funecionar 6 estabeleci-
mentos saladeris.

Conferências sobre a sociedade.


Ao terminar o .seu discurso, o orador Crcada de quarto (ao hospede recemche-
disse aos ouvintes: gado) : — Por quem me toma o senhor?
— Vimos hoje a mulher em geral; Eu sou uma mulher decente. Não dou at-
amanhã, segunda-feira, veremos as sol- tenção ao primeiro que chega.
teiras ; terça-feira, passaremos revista ás
casadas, e quarta-feira, ultimo dia das Hospede: — Pois por isso mesmo, mi-
conferências, acabaremos com as viuvas. nha filha. Eu cheguei no ultimo comboio.

A Agencia Commercial de ANTUNES & FILHO


encarrega-se de todo e qualquer serviço perante a Junta Commercial, taes como : contra-
ctos, distractos, registro de firmas, livros e marcas, etc.
Tem correspondentes especiaes para este serviço em todo o interior do Estado.
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OLHOS VERDES
Canção da despedida
Olhos verdes são falsos.
Quando eu, um dia. me fór. São falsos e, no emtanto,
Pelo mundo fera, assim, também S. Pedro foi falso,
Levado ao triste sabor mas não deixou de ser santo.
De uma deipraça sem fim...

Minha vida, meu amor São falsos os olhos verdes,


Xunca te esqueças de mim. mas guardam tud» o que é meu;
também S. Pedro foi falso
Quem parte tem na garganta e guarda as chaves do céu.
Uma canção a vibrar.
Lembra o vento, quando canta.
Recorda as ondas do mar. j

Tristeza tamanha, e tanta. *.


Ninguém a sabe contar ... Entre sogra e g e n r o :
— Deve lembrar-se de que j á estamos
Mas eu, aonde fôr dar, na quaresma, e de que precisa, por isso,
Aonde quer que fôr ter, -\ impor a si mesmo algumas penitencias.
Hei de ver o teu olhar
Dentro de mim a nascer... — Tem razão, m a m a ; sahirei todos oJ
dias a dar um passeio comsigo.
Não queiras tu olvidar
Quem nunca soube esquecer. tf tf tf

N'uma desgraça mais forte, Entre amigos:


Outro dia irei, assim, — E ' verdade, Ricardo, já me. esquecia
Para a Jornada da Morte ... perguntar-te: Tens tido boas noticias de
Jornada que não tem fim. teu tio?
/ — Sim, tenho; ainda hontem me disse-
Mas nem então, d'essa sorte, ram que elle está agora gravemente bom.
Nunca té esqueças de mim.
:
(De Ribeiro de Carvalho). ^
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a syphilis em todos'os períodos.
Dryoli O especifico soberano
contra a tosse.
Phyteol: O mellior regenerador
dos glóbulos sangüíneos. O fortifi-
canle preferido pelos anêmicos.
— Então, que foi isso, Possidonio; o Oxylinet Excellente medicamento
que aconteceu ? para combater a tuberculose pulmonar.
— Quebrei. Perdi tudo que tinha.
— O que? Pois é possível? Tinham-me
dito, que dispunhas de grandes capitães;
Único deposito: DROGARIA MARTINS
mas nunca imaginei que fossem t e u s ! . . .
R u a V cie S e t e m b r o n . 1 1 5
Vi: *

o*o*o*K>*04<>*<>>o->o«:<>*<>:<x<><<>*o*o^
Já experimentaram o Adubo PRIMOR?
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Dr. Renato Barbosa | § Dr. Ulysses de Nonohay


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?!rteBB!$fêS$fê}9fèB{r&-5£K AfcMAMACH E P O R T O A I . I : Í ; R E -fè}StX<OiXlCICiCK 213 -fefcy

Quadro da producção agrícola do Rio Grande


do Sul em 1915
PRODUCTOS Producção Valor médio
Arca e m em em
hectares toneladas mil réis
Milho 671.300 1.409.700 169.164:000$000
Hortaliças 210.000 420.000 63.000:000$000
Herva-matte 190.000 171.000 51.300:000$000
Trigo 117.342 140.810 35202:500$000
Feijão 90.355 99.390 25.841:400$000
Mandioca 65.000 135.000 32.400:000$000
Batata doce 60.000 180.000 9.000:000$000
Arroz 57.000 114.030 34209:000$000
Abóboras 50.000 75.000 15.000:000$000
Canna 45.000 31.500 15.750:000$000
Batata ingleza 37.080 111.230 16.684:500$000
Fumo 31.500 15.250 6.100:000$000
Vinho 30.000 90.000 22.500:000$000
Alfafa 30.000 165.000 19.800:000$000
Cevada 6.500 6.500 1.170:000$000
Favas 6.500 7.000 1.400:00O$00O
Centeio 6.200 6.200 930:000$000
Aveia 6.100 7.500 1.050:000$000
Amendoim 2.500 12.500 1.625:000$000
, Ervilha 2.200 2.200 660:000$000
. Cebola 2.100 21.000 3.150:000$000
Lentilha 1.800 3.000 1.350:000$000
Alho 800 4.000 880:000$000
Tremoço 650 650 130:000$000

Total.. 1.721.127 3227.860 529.596#:000$000

Si addicionarmos a este expressivo quadro os dados referentes á producção de


fructas, e assim expressos: 800.000 hectares com uma producção de 400.000 toneladas no
valor médio de 100.000:000$; teremos o seguinte total para a producção agrícola e
horticola:

Área em hectares 2.521.127


Producção em toneladas 3.627.860
Valor médio em mil réis _•• 629.596:000$
Valor da producção na zona colonial 409.237 :400$
0«0^0#0€0#0(«OtO^O«0*0§<X»0 • O OK>«O^OsOíOrO«0-0«0«0®0«0#0«Oí

O Doutor — Diga-me uma cousa. Sabe Dialogo e n t r e . . . amigos :


se costuma falar quando dorme ? . . . — Então, não acreditas na amisade?
O Doente — Não sei. Costumo, porém, — Xão.
falar quando dormem os outros. Sou pre- Porque?
gador. — Porque, para mim, a amizade é um
chapéu de chuva, que se volta do avesso
sempre que faz máu tempo.
A saúde é uma cousa que depende das
precauções que se adoptam para conser-
vai-a, muito mais do que dos remédios, Ha povos cujo peor governo é sempre o
que se tomam para recuperal-a. que têm.
i£U{.2i4r:r:r;-£:T:T£-!€K-:T ALMANACH » K POHTO AI.KCÜIK -WrW-I-;-!-!-!-!-!-;

txeo&o®&&^^

Dr. V e l h o P y 8 1 Alfredo Araújo Sobrinho


Professor de Hygiene na Despachanfc geral
= da Alfandega
Faculdade de Medicina. TELEPHONE N. 936
Residência: Andradas, 52 F»or*to A l e g r e

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=& A o s herdeiros dos segurados fallecidos R«.. 2.700:8298673
;& A o s segurados sobreviventes e m liqui-
Tf dacão de apólices vencidas e resga-
3J; tadas R s . 2.549:5639709
3£ Lucros distribuídos a o s possuidores de
3? apólices de accumulaç&o R s . 819:3129279
.<£ Total Peco ao Exercido aos segurados e %
2i seus Denefleiarios Rs. fí. 159:7009661 '£.
& ACTIV0 : Rs. 48.578:4229920 &
3? SOBRAS — Fundos apartados para attri- -M
3£ buiçào de sobras á s apólices de ac- ir
3Ç cumulaçao , ; Rs. 3.260376995* jjf
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Ho)i- sinto-me assim, cheio de desalentos,
no Estado do Rio Grande
e abafo Ímpetos vis de proferir insultos. . . do Sul em 1918
Tenho no coração as paixões em tumultos,
r incapazes de luta os nervos fastientos.
Municípios Aut(
Sou um barco sem leme, á mercê de máos i-entos.
Guerreiro em noite má, com ultrages, insultos, Alegrete 1S
ferido, a tropeçar em corpos insepultos, Arroio Grande b
cercado pela Dôr com trinta regimentos. Bento Gonçalves 1
Olho dentro de mim e fico com pavor. . .
Cachoeira 40
Quem quisesse trocar su'alma pela minha, Caxias ...- . . 5
faria a um pobre enfermo um supremo favor. D. Pedrito 16
Encruzilhada 3
Ventura de poeta é enganosa miragem:
Que bom ser imbecil como certa gentinha. "in:>oré 1
e incapaz de sentir 1 oppressão da paisagem! Itaqui 9
MARCELLO GAMA Júlio de Castilhos. 8
Lavras 17
Monteegro 1
Passo Fundo 7
Pinheiro Machado... 2
Quarahy 12
Rio Pardo 7
Santa Cruz 12
Santa Victoria 4
— Eu não falo nunca do que não sei! Santo Ângelo 4
— X'esse caso deves-te aborrecer bas-
tante, i São Gabriel 50
—Porque? S. João de Camaquam.. 2
— Porque tens de estar sempre calado! S. Lourenço 4
S. Sebastião do Cahy... 2
São Vicente 5
MARIA Taquara 5
Torres 2
Maria, linda Maria, Vaccaria 4
que estranhos olhos possues!
Parecem verdes de dia; Viamão 1
Mas, á noite, são azues. Al fredo Chaves 2
Bagé 158
Bemdita seja a mudança Caçapava 6
que o Senhor te concedeu:
De dia dás-me esperança Cangussú 5
E á noite lembras-me o céu. Cruz Alta 12

Qual é o melhor adubo? È o PRimOR!


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oooooooooo A Agenda Commercial de ANTUNES & FILHO


i,tfcrece ao commercio os seus serviços, como intermediário, para importação e exporta-
ção. Procede-se ao respectivo despacho e póde-se adeantar o dinheiro necessário para to-
das as despezas.
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buco, Montevidéu e Buenos Aires.
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Dores de Camaquam. ROSAS


Estrella 2
Ijuhy Nasce uma rosa vermelha
Jaguarão ... 12 como uns lábios de mulher,
Lageado 7 logo apparece uma abelha
Livramento 63 depois da rosa nascer.
Palmeira 4
Murcha uma rosa vermelha.
Pelotas 188
Perdem-se as folhas no ar,
Porto Alegre 460
não mais lhe poisa uma abelha
Rio Grande 10
depois da rosa murchar.
Rosário 5
Santa Maria 20
Santiago do Boqueirão.. 5 Xenophonte costumava dizer que é cou-
São Borja 15 sa mais illustre e mais louvável deixar
São Jeronymo 8 após si muitos benefícios, do que deixar
S. Leopoldo 8
muitos tropheus.
. • • •
S. Luiz Gonzaga 3 O remorso, impotente para operar uma
São Sepé ., 5 conversão, é o maior martyrio dos homens
Taquary „ 2 débeis.
Uruguayana 110 • ••
Venancio Ayres 5 Amamos nos outros as nossas idéas, os
nossos gostos, as nossas opiniões... — E
os nossos talentos? — Não.
Estado 1.367
Os turcos cumprimentam collocando a
mão sobre o coração.

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Esta companhia, tendo iniciado em Setembro de 1919 as suas


grandes vendas de carvão, tem collocado preferentemente o seu car-
vão entre as Companhias de Navegação, em virtude da superioridade
do seu producto) que vai satisfazendo plenamente ás exigências dos
seus consumidores.
Acceita pedidos para pequenas ou grandes partidas entregando
o carvão no costado dos vapores tanto em Porto Alegre como Pelotas
e. Rio Grande e encarrega-se também de embarcal-o na Viação Férrea
para o interior do Estado.

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Sulfato de cálcio — ~ 0,015
Bexiga, Rins, Fígado, Apparelho biliar, Sulfato de magnesio ... 0,003
Gotta, Diabetes e Arthritismo. Sulfato de manganez 0,051
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Soberana no tratamento da Azia e da Chloreto de sódio - 0,014
0,0004
boa digestão. 0,012
ANALYSE DE POTABILIDADE Mineralisação por litro 0,7008
O resíduo a 120 g. pesava Gr. 69.090
Còr (em gr. de caramello p. 100 li-
tros) . _.... 0,4 A água contém vestígios imponderáveis de
Cheiro Nenhum lithio.
Gosto _ _ _ Alcalino Determinação da radioactividade:
Grau de dureza (em oxydo de cál- O coefficicnte da radioactividade da água
cio) — 0,3 mineral do Chapadão determinado pelo me-
Contém em 100 litro»: thodo de sulfato de baryo, foi de 0,00174 mi-
Resíduo mineral .... 66 gr. 960 crocurie por litro. São águas mineraes alcalino-
Resíduo volátil 2,350 bicarhonatadas de boa qualidade. No dia 7 de
Chloro _ „ 0,365 setembro 1916, em que foi feita a capitação
Ammoniaco salino 0,000 das amostras pelos analystas, a temperatura
Ammoniaco albuminoide 0,001 da água éra de 24,5 c.
Substancias orgânicas (em permg.
de potássio) _ - 0,000 S. Paulo, em 3 de março de 1917. H. Potel
Nitratos (em anhyd. azotico) 0,032 (chim. da Rep. de Águas do Estado).
Nitritos -. Não tem Adelino Leal (chim. do Lab. Chim. do Es-
Corpos em suspensão . _____ 0,000 tado).
A analyse determinativa feita pelo Laboratório Nacional de Analytes do Rio do Janeiro
acha-se registrada na Directoría do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo

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T*. B E I V T O &. CÜ__
Rua Voluntários da Patria n. 175 — PORTO ALEGRE
Wr ALMANACH DE PORTO ALEGRE ?&h'&Á&&'&ri&3Á 2*1 ?W&

DO TEXTO
Pags. Pags.
Almanach de Porto Alegre 1 e Exploração do Mediterrâneo . .. 62
Janeiro - _ _ _ 6 D que é a guerra 65
Calendário do agricultor 7, 9, 11, 13. 15. No Tribunal ... 67
17, 19, 21, 23, 25, 27 29 Assignantes de jorriaes . ... 69
Fevereiro 8 O álcool nos Estados Unidos _ 70
Dilcmma 9 Cousas sérias _ 71
Problema intrincado . 9 Affonso X I I I a cigana _ 73
Março „ _ 10 Santo estipendio ... 73
Leiam isto . . . ..... 11 Paysagens _ - 74
Abril _ 12 O eucalyptus _ ... 75
Maio 14 Excentricidade de cmopositores 77
Junho 16 Onde estão as pessoas que não são sérias 77
Julho ._ _. 18 Datas notáveis _ 79
Agosto 20 Trovas populares _ . 79
Setembro „._ _ 22 Vestidos para o lyrico 84
Colônias de Símios 24 Sorte grande : 84
Outubro _ _. 24 Vida dos campos _ 86
Novembro _ _ 26 Prova do movimento da terra 88
Dezembro _ _... ._. 28 Reconstrucção econômica da França 90
O Anno de 1920 _ _ 31 Senhoras celibatarias _ 91
Calendário para 20 annos 32 Sexo dos ovos de gallinha 91
Datas nacionaes _ 33 Achar no céo as constellações estrellas . . 93
estaduaes _ 3i Inverno .. .„ „ 94
extrangeiras 35 A maior casa de bebidas 94
Festas nas legações consulados... 37 Sonho ... 95
Festas religiosas moveis 39 Planta piscivora 95
fixas 40 Sonho mysterioso _ 95
Tabeliã das Paschoas 41 Para semear „ 97
Começo das estações .... 42
Conselhos a uma donzella
98
Calendário do criador 42
Resolução louvável _ ...
99
Tabeliã de cambio 45
Curiosidades arithmeticas
99
Revolução Rio-Grandense 47
O Amor
100
Corvo . ._ _ _ 48 101
Linguagem da musica
As verdades do barqueiro
48 lOi
A mais antiga civilisação .
Mandinga _. 49 103
A canna de assucar
O que revelam as unhas ....
56 105
O flirt
; 57 105
R " Grande Mental Provérbios musulmanos . . . .
60 106
Castigo da formusura Os chapéos
60 109
1'roverbios musulmanos Pensamentos árabes _
61 109
Emigração para o Brasil _ Appreensão
61 111
Gente que vive do seu nariz .. A criação de porcos
5 ^ ^ 232 KrieBei-seifieíeféfc ALMANACH D E PORTO ALEGRE -iriri-:-:-

Pags.
Technicos brasileiros na Inglaterra _ 113 Bolo de aveia IV)
Automobilismo ——__ —— ... 114 Polônia 16.1
Em torno de um hymno á paz 116 O algodão 167
* O pianno ._ 117 Ovos mimosos 170
Aves yankees .... 121 . Creme de baunilha 170
Soneto — — _.. 121 A creança de neve 173
Floricultura „ 123 Cultivemos o trigo 174
A lua e »eus mysterios _ 125 O incenso ,.— 175
Arvores - — _. 126 A cara do pae — 178
As espinhas do rosto ... 127 Vitella assada 178
Casas de alumínio 128 Quereis dormir bem ? 181
As quedas d'agua no Estado 130 Cosinha domestica — 181
Tia America - 133 Barometro econômico _, 183
Os inglezes e o chá ...___ 135 Incontentado 184
Sexta-feira na historia - — 136 O Vinhedo .*. 187
A peste aphtosa .... - 139 Profundidade do mar 189
Avicnltura 143 Advinhar numero pensado . 191
Postal — 143 Um conto de Anno Bom 193
As pelles de coelho 145 Exportação de madeiras 196
O castigo 147 Testamento ' 197
148 Carrapateira ou ricino
A nossa capa — 199
149 Gado abatido em 1918
Charadas (casal) 209
149
Vocação mathematica Imagem da ingratidão 209
150
Adeus! _ — Canção da despedida 210
150
O Mensageiro — Olhos verdes 210
153
Cabellos Producção agrícola do Estado
153 213
Charadas novíssimas
A casa de João de Barro 154 Horas Pardas 216
Charadas - 155 Maria _ .216
159 Os automóveis no Estado 216
Religião e Ideal ...
159 217
Numa lousa Rosas

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