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FlITA RUFFO
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TíTTA RUFFO
A — -I PAGLIA CCI-
'"The New YorK Life
Insurance VISITEM
Company. a exposição permanenfe de:
A CR.A.NDE. COMPANHIA INTERNA-
CIONAL DE. SE.GUR.OS DE. VIDA. 1 UmillOS (de mármore e granito)
346 e 348 Broadway . NEAV . YOR.K.
Presidente, Darwin P. Kingsley. Esíaíuas,
AGENCH PRINCIPAL PARA 0 BRASIL: Gerente geral, Fred.
H. Lowndes; Representante da CGmpanbía perante o gover.
Vasos, Cruzes,
no, dr. José Pires Brandão; Dlrecfor-niedito. dr. Raul Leitão
da Cunha. _______________ e íudo que diz respeiío á
*
SEGUROS em vigor em 31 de Dezembro de Í9U : arfe funerária,
4.142 253 apólices no valor de $ 2.347.09í.3í8(ouro america-
no), segundo foi verificado pela Repartição de Seguros
do Estado de Nova York. na acreditada
X^armoraria
Pagamento; elfectuados no BflJSIL durante o PRIMEIRO SEMESTRE de 1915.
APÓLICES SINISTRADAS
Dr Emiliano Pires Amorim — Bello Ho-
rizonte (Mrnas) 23:4OO$00O
José Augusto da C. Vicforio — Rio de
i avolaro
Janeiro .... 6:032$000
Antônio P. Ferreira — Palma (Estado de
Minos 2:980S000
Kodngo da Cunha Bastos—Nicleroy 20:8505200
Cândida de C. Carvalho — 5. Fidelis Grande Prêmio e Medalha de Ouro nas
(Estado do Rio) 1.6005000
João da Veiga Cabral — Pernambuco 6:0005000 Exposições de Milão-1QI1 e Roma-1913
Joaquim Pereira da Silvo — Porlo Ale-
gre (Estado do Rio Grande do Sul) 10:0005000
José Manoel Robalinho —Pernambuco. 2:2ft0$000
Antônio Carlos de Toledo — Sanlos (Es-
tado de S. Paulo) 5:5605000
Deposiío de Mármores
Frifz Kunzler — Rio de Janeiro . . . 10:0005000
Dr. Virgílio Ramos Gordilho — Rio de
Janeiro 77:2005000
Dr. Joaquim Condido de Andrade—Rio
de Janeiro 10;C-00$O00
Joaquim Ilha do Fontoura — Porlo Ale-
gre (Eslodo do Rio Gronde do Sul). 15:000$000
190:910$ 200
Rua da Consolação, 98
Apólices vencidos, pogos em vido dos
segurados
Empréstimos aos segurados
603:703$510
564:5805000
Teleph. 963 Caixa, 867
TOTAL .... 1.378:995$7 O
c o privilegio
de todos que
possuem um
bom grammo-
phone e bons
discos da Ca-
sa Edison de
S. Paulo
Escolhem
seus próprios artistas dentre os mais
famosos cantores, musicas e actores. Arranjam um programma
a seu gosto e ouvem-no quando querem. Para podar julgar o
valor de discos, que lemos em grande quantidade para sua es-
colha, publicamos aqui alguns números dos famosos discos
" VICTOR.. que importamos directamenie. sem intermediários, da ' VictorTalking Machine
Company„ de Camden. e vendemos a preços da fabrica, não obstante o cambio baixo.
Tenor ENRICO CARUSO. — 25 centímetros — Preço S$000. Solos de Piano por W. PACHHANN
57092 Canta pe me: canção napolitana. 25 centímetros — Preço 4$000..
87095 Love is mine. 64263 Mazurka. Sharp minor (Chopin)
87122 bccausc. 30 centímetros — Preço 6$500.
87128 Pimpinella : canzone liorenlina 74301 La Fileuse (Rad).
87135 Manon Lescaul "Donna non vuli mai.. 74309 Ba//aí/e (Chopin).
30 centímetros Preço lOJOOO
Solos de Víoloncello por VICTOR HERBERT.
88001 Mor/ha — "Wappari,
25 centímetros — Preço 4$000.
88002 ònheme (Puccini) "Che gélida monina.
88345 Lo Schiavi,. ária de Américo.
63239 The Lew Back d. Car. (S. Lever)
88346 Ba//o in Maschero — "Ma se p»*í forza Solos de Piano por W, BACKHAUS
perderlL. 30 centímetros — Preço é$500.
88347 Taranleltt sincera: canzone napolelana. 71041 The Harmcnious /acAs/n;7A(Hendel)
Barítono TITÃ RUFFO. — 25 centímetros — Preço «$000.
71042 Norwegian Wedding March {Grieg)
87153 Hamlel—"Spirito infernal. DE TURA, BADINI e HELINERIO.
87154 //am/e/—"Spellro Santo, 30 centímetros — Preço I0$000.
87148 Trovalore—"II balen dei fuo sorriso.. 88220 BoAe/ne—"Mimi è una civetla.
87155 Challerlon — "Tu sola a me rimani. GI0RG1NI, SANTORO e NICOUCCHU.
87156 Trovalore— "Per me ora falale, 25 centímetros — Preço 8$000.
BaritonoPASQUALE AMAT0. — 30 centímetros—Preço 10$ 88083 Manon; Finale "O dolor.
88326 Paijliacci: Prólogo TITTA RUFFO. TOSCA TITTA e ISCHIERD0.
58327 Cermen—"Toreador. 25 centímetros — Preço 8$000.
88328 O/e/Zo—"Credo. 87157 Trovalore "Di geloso amor sprez-
86229 harbiere di Seviglia : Largo ai fadofum zato..
Centenas de outros discos de egual valor podem escolher em nossa casa. onde
também encontram o maior stock de Grammophones os mais aperfeiçoados, que ren-
demos actualmente a preços extraordinariamente reduzidos.
Sala de visitas
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elegância e economia.
"A Residência»,
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REVISTA DE MAIOR CIRCULAÇÃO
NO ESTADO DE S. PAULO
PUBLICAÇÃO QUINZENAL
Num. XXVII Anno II
DIRECTOR. GELA5IO PIMENTA
S. Paulo. 30 de Selcmbro de 1915 Assignafura ; Anno 10SOO0 Num. avulso 600 réis
CHRONICA A
estação lyrica marca- a exceltente tournée de Tilta Rullo. nos dcem. emfim. a
cm São Paulo, o opera popular, como se faz em todas as grandes cida-
advento das elegâncias. des do mundo, onde se entende que os prazeres di-
Durante lodo esse período. vinos da musica e do canto são um dos melhores
a nossa vida noaturna agentes de educação e civilisação que se conhecem.
transforma-se, assjme um
requintado chie, revela-se
impregnada de parisianis- Uma destas noites o telegrapho transmittiu ao pu-
mo. As severas casacas e blico indifferente que lê jornaes. a noticia de ter mor-
os eslylisados ht/ií-refíeh rido em Lisboa Ramalho Ortigão. Às gazetas dedi-
mostram-se nas ruas. e caram, ao passemento dum dos mais raros e preciosos
luz crúo dos lampeõás ourives da prosa portugueza, o espaço que decente-
eleefricos. arvorados com mente não podia ser oecupado pelos echos do ultimo
toda a correcção. E. no crime. E esses mesmos necrológios, compactos e eru-
mundo feminino, os ioi.cl- ditos, d^ quanta gente teriam merecido uma leitura at-
/e^das grandes costureiras tenta ? . . . Um escriptor que morre é, em realidade,
refulgem com profusão, um facto muito menos importante que um banco que
suecedendo-sc ininterruptamente, c revelando uma p!e- quebra, ou que um syndicalo que Sc organisa O gê-
thorrt de luxo que é o mais eloqüente desmentido das nio, no fim de contas, não dá dividendo nem produz
visões que aflligcm os pessimistas sobre os nossos qualquer espécie de receita. Ainda com Q melhor von-
destinos. O Municipal, nestas noites de temperatura tade, é impossível moldal-o em negocio, cunhal-o. dar-
morna, é uma corbcilh riquissima. onde se engastam lhe um valor commercial. E. fora das respeitáveis re-
os melhores rostos de São Paulo, as melhores loilefles. giões de Deve e do Haver, não ha nada que possn
as melhores jóias e os melhores sorrisos. O aspecto interessar a curiosidade dos nossos contemporâneos.
da sala faz esquecer o do palco : dir-se-ia que Titta
Todavia, a morte de Kamalho elimina da activida-
Rufío. com a sua voz e o seu prestigio, não è mais
de literária da nossa lingua um dos mais tersos. mais
que um simples pretexto para o culto da evidencia e o
destros e mais opulentos cultores da prosa. Ramalho
rcclíimo dos aielirrs. pertenceu á gloriosa geração de antanho. ao grupo su-
Os que vão ao Lyrico por motivos de arfe — perior que contou em seu seio o divino Eça, o pro-
isto é para ouvirem c não para se mostrarem. — fundo Oliveira Martins, o santo Anfhero. o truculento
confcssim-se enthusiasmados com a temporada. O Guerra Junqueiro. — a mais legitima das oligarchias
grande boryíono italiano e os seus companheiros consti- que têm dominado uma epocha. O auetor da Hollanda
tuem, em realidade, um elenco superior, que sabe dar uma era um estheta sui generís que adorava a vida. as
execução correcta e sentida ao repeitorio dos grandes idéias claras, as roupas largas e os sãos prazeres da
opcrislas. Ào conjuneto da companhia nem fnlta o animalidade. Reputava um bom jantar muito superior
prestigio dos srducções feminines. encarnadas na intensa a uma bailada de Musseí. Viveu como um pagão.
dramaticidode de Kosa Kaisa e na graolidade de Gene- nas doçuras dum conlacto ininterrupto com a nature/n.
viéve Vix, que é uma adorável interprete dos composi- Era um forte de corpo c de espirito, que soube exer-
tores francezes Infelizmente p.-ira os apreciadores do cer, no seu meio. um duplo despotismo : o da influen-
bel-canlo, a arte. entre nós. continua a ser' um mono- cia literária e o da influencia mundana. À geração
pólio dos privilegiados da fortuna. Como lodo o ar- que se lhe seguiu copiou-lhe o eslylo, as polainas e o
tigo de importação, a arte no brasil é cara. E' uma charuto ; mas Io; incapaz de dar. ás lettras e ao mun-
arte para argentarios. As nossas convicções demo- danismo. um typo tão completo e tão superiormeníe
cráticas levam-nes a formular o d;sejo de que, apoz orgnnisodo como era o desse fino e sublil materialista
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DockEv? Club Paulistana
A chcgatla de um pareô de amndorcs Dn 1.° loiíar Luiz Pon(c?> I^ueno. piiofando Caiun
Um 2°: Celso Correia Dias, montando fongarô.
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Instantâneo tirado para "A Cigarra», no Prado da Moóca. durante um inler\allo das ultimas
corridas realísadas pelo Jockcy Club Paulistano.
CIL IA RR A •O
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GELASIO PIMENTA sadores. A Cigarra só publicará trabalhos de
outros ouctores quando solicitados pela redacção.
REDACÇAO E ESCR1PTORIO:
VENDA AVULSA NO INTERIOR. — Tendo peno
RUA DIREITA, 35 de 400 agentes de venda avulsa espalhados em
todo o inferior de S. Paulo e nos Estados do
OFnciNAS: RUA DA CONSOLAÇÃO. 100-A Norte e Sul do Rrazil. o administração d' A
Citfarra resolveu, para regulorisar o seu servi-
SÃO PAULO D ço, suspender a remessa da revisto a todos os
D que estiverem cm atrozo. sem excepção de pes-
a soa alguma. A administração i' A Cigarre só
manterá os agente» que mondarem liquidar ns
1 odo a correspondência relohva é redocçõo ou admi-
nistração deve ser dirigida a Gelasio Pimenta, suas contas no dia 1 de cada me7.
director da revista e gerente da empreza e en-
dereçada á rua Direito n. 55. S. Paulo. AGENTES DE ASSIGNATURAS. — A odmimstro-
çõo d* A Cigarra avisa aos seus representantes
As pessoas que tomarem uma assignatura annual á'A no Interior de S. Paulo e nos Estados que só
Cigarra, despenderão apenas IOSOOO e terão remefterá a revista aos assignontes cujas segun
direito a receber o revista até 31 de Outubro dos vios de recibo, destinados á redacção. vierem
de 1916. devendo a respectiva importância ser ocomponhados da respectiva importância.
NATUREZA
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a sua predilecção por esta revista mais alto. Mario Cruz: o mais orgu-
levaram-nos a olferecer-lhes estas lhoso, Benediclo de Toledo; o mais
estudioso, João Procopio: o mais
columnas. para que possam manifes-
estimado, Jayme Candelária: o mais
tar as suas opiniões sobre assump- ingênuo. Armando Reis: o mais es-
los de nossa vida social, nos moldes troina. Alberto Leite; o mais louro.
dos que já lemos publicado. Guilherme Brown; o mais oculista,
Odilon Nogueira: o mais religioso,
Entre as cartas recebidas des- Joaquim Cruz: o mais namorador,
locamos paro este numero os se- Pedrado das Neves; o mais creança,
guintes : Olegario Almeida Filho; o mais chie,
Roberto Pereira Bueno: o mais amá-
Rapazes de Santa Cecília. vel, Plinio Moraes.
Fico-lhe desde já muito agiade-
Começaremos pela seguinte cor- cída. Da leitora e amiguinha Cc/ita..
tinho, ossignada por Nelly:
"Lendo o ultimo numero do Moças da Avenida Angélica.
"Cigarra,, fiquei satisfeitíssima vendo Eis o que nos manda dizer o
a nova secção destinada á publica- senhorita M. C. M. :
ção de cartas. Ha muito, desejava Confiada em sua benevolência.
que fosse publicada esta lista de rapazes lhe esta pequena lista de moças do
do bairro de Santa Cecília, a qual lhe en- Avenida Angélica, para que apporeça no
vio, esperando que seja estampada no pró- próximo numero da "Cigarro.. E' um ob-
ximo numero do nossa querida revista. séquio que lhe peço. pois faço empenho
O mais convencido. José Costa Netto: absoluto na sua publicação.
o mais namorador. Umbcrfo Penteado: o A mais enfeitada. Gildo Lefèvre: o
mais dissimulado. Nabor Alves: o mais con- móis retrohido. Ruth Molloso: o mais chie.
quistador. Edward Cormillo; o móis bonito. Guiomar Corrêa; a mais estudiosa. Monitta
Octovío Lefèvre; o mais sério. Jahyr Alves: Cunha: a mais espirituoso. Zoé Paula Lima:
o mais querido Rubens Salles: o mais pro- a mais engraçadinha. Isa Ferreira; a mais
sa. Cid Castro Prado: o mais encarado. pacato. Zizinha Camargo: a mais disfarça-
Luiz Camargo; o mais apoixonodo. Eugênio dc. Abigoil Dauntre: o móis bonita. Regina
Rocha: o mais sincero, Wílli Malfalfí: o Campos: a mais scismadora. Ruth Penteado.
mais disfarçado, Joaquim Silva Pinto: o A lista, como vê. sr. redactor. é muito
mais ingênuo. Henrique Meyer: o mais sym- curto e não lhe será muito difficil achar um
palhico, Carlos Rocho: o móis sim- pedacinho em bronco para publicol-o.
ples, Octacilio Junqueira: o de móis Suo ossignonte e odmiradora —
"pose», Erasminho Lara: o móis of- M. C. M..
ferecido. Armondo F. Roso: o móis
sonto, Boy Pereira Pinto: o mais sobre os predicados de alguns del-
Impressões da Avenida.
constante, Alfredo Rudge Ramos. les. paro que não pensem que estão
olvidados. Peço-lhe muitíssimo que A senhorita Luiza escreveu-nos
Sinceramente lhe agradeço —
publique o lista que lhe envio. Caso dizendo que. percorrendo um dia
Nelly...
seja satisfeito a minha vontade, bre- destes a Avenida Paulista, tomou a
Rapazes de Santa Ephigenia. vemente mondor-lhe-ei outro listo dos lápis os seguintes notos do que viu:
moças do mesmo bairro. Mlle. Ignezinho Mendes, satis-
Damos ogora esta outra carta O mais espirituoso. Tolico Cu- feita com o impulso que o "tennis.
Celica ■ nho: o mais elegante. Câmara Leal: vai tomando em S. Paulo: Mlle.
s OCIEDADE DE
CONCERTOS
CLáSSICOS
p STA annunciado porá o
'—■ próximo mcz de Ou-
fubro o segundo sarau da So-
ciedade de Conceríos Clássi-
cos, recenlemenle fundada nes-
la capilai e dirigida pelos srs. drs.
Alonso Fonseca. José Àugusfo Pe-
meça os seus trabalhos de
cfo. A nossa capital ha de ir per-
dendo, aos poucos, o habito de só
applaudir Kubeliks e Padercwskis.
Si quizermos
cultura coni
desenvolver a
o
princípaes monumentos da
conhecimento
conjun-
nossa
dos
literatura
reira de Queiroz e Àlberlo Penfeado. musical, não poderemos deixar de
O primeiro concerto da no^el recorrer aos elementos de que dispo-
inslüuição musical, de alto caraefer mos, a artistas que são nossos, que es-
educaíivo. comprehendeu a execução tão vinculados ao nosso meio e po-
de ires jóias do escrinio clássico : a dem proporcionar-nos um estudo per-
"ouverfurc.. Anacbrconíc, de Cheru- manente dos mestres através de fre-
bini, vasada cm eslylo brilhanle e qüentes audições de suas obras.
que jusüfica a fama de que gosou o Nas grandes capitães européas
direclor do Conservalorio de Paris, reserva-se uma parte dos applausos
sob Napolcão: o Concerto em dó aos artistas que. embora não sejam
maior, de Mozarf. um dos ulfimos cstrellos de primeira grandeza, sabem,
irabalhos escriplos pelo immorlol entretanto, levar aos corações a nola
VVolfgang para piano c orchesfra e sensivel e arrancar a lagrima de
de caracter a um lempo magesfoso uma emoção sincera.
e puro. de fácil concepção melódica
e claro desenvolvimento fhemafico: e a He-
róico, de Beelhovcn. — umas das mais
bellas obras do mestre de Bonn c cujo
ultimo tempo, de movimento fugado. apre-
GUIOMAR NOVAES
senta sérias difficuldades.
Si a Sociedade de Concertos Clássicos FRCUXE-NOS as suas despedi-
1
sustentar o critério de seu primeiro pro- das a notável pianista Guiomur
gramma. prestará exceMcnte serviço á cultu- Novaes, uma das maiores glorias
artisticas de S. Paulo.
ra musical de S. Paulo.
Guiomar Novaes, que jn foi con-
Não devemos exigir a per-
sagrada grande "virtuose_ nos prin-
feição de uma orchestra que co- cipaes centros europeus, vai íigora
em busca dos applausos dos norte-
americanos, habituados, graças á sua
riqueza e á sua opulencia. a apreciar
as maiores summidades mundiaes.
Convidada para umn excursão
aos Estados Unidos, a nossa insigne
patrícia embarcou no vapor "Vestris..
com destino a Nova York. em com-
panhia de sua exema. progenitora.
d. Anna de Menezes Novaes, e do
dr. José Carlos Rodrigues, represen-
tante do Brasil no Congresso Pan-
Americano. a reunir-se em S. Diego.
e que gentilmente se offereccu para
acompenhal-a.
Natureza privilegiada, capaz dos
— Fiz hoje um negocio da — A metade do que jos maiores commettimenlos nos domí-
China ! Quanto pensas que vendi d zer ? nios arlisticos: pianista dotada dt
de vestidos de senhoras ? >j» extraordinárias faculdades inferpreta-
— Sei lá . . . tivas e possuidora de uma fechnicrt
— Mas podes adivinhar... — TVnho um grande respeilo insuperável. Guiomar Novaes — es-
— Vá lá. A metade mais ou pela verdade .. . tamos certos—mais uma vez honrará
menos ... — E' por is!o que a guardas o nome brasileiro e regressará cober-
— A metade de que ? sempre a grande distancia. ta de louros e . .. cheia de dollars
A (CIGARRA /^^\ ^♦♦♦-
fifeiro. Dedé Lemos: o mais serio; Costa: namorador. Maurício Vieira: fícação das moças que residem no
João de Almeida Prado: o mais rato sjorducho. Joaquim Sampaio Vidal; Pensionato das Irmãs da Esperança :
de e^reja. Carlos Gomes; o mais smart. Câmara Leal; bohemio. Car- As mais altrahentcs, irmãs Ver-
miqucado. Nelson do Amaral; o móis dozo Menezes; pau de vira tripas. gueiro; a mais "mignone... Appareci-
requebrado. João Malta; o mais Luiz Philíppe Queiroz Lacerda; me- da Pontes: a mais modesta. Praxedes
vermelho. João Caetano Alvares; o taphysíco. Theodolindo Castiglione; Oliveira; a mais gorduchinha. Olga
mais apaixonado. Noemi F. Lemos: poeta. Joinville Barcellos; romancis- Pontes; a mais tristonha. Elvira Ri-
o mais amave!. Gusfnvo Aranfes: o ta. Raul Loureiro: jornalista. Paulo beiro; a mais chíc, Zelia Sampaio:
mais terrível. Roberto Caiuby: o Mattos; prosa. Gilberto Sampaio; a mais sympafhica; Lucilia S. Mello:
que mais "flirfa... Anlenor L. de carola, Pedro Alcântara; ínlernacio- a mais elegante. Theolinda Negreiros;
Macedo; o mais senfimental. Jacyn- nalisfa. Álvaro Penteado; "flirteur... a mais meiga. Therezinha Moita: a
tho de barros; o mais romântico. Milton Marcondes: sentimental. Pau- mais infelligente. Coralia Nascimento:
Lauro Carneiro. — fioridas.» lo Leonil: triste. Luiz Silveira: cofu- a mais travessa. Lydia Baldassari:
ba. Cassio Dias; "mignon„. Hippoli- o mais barulhenta. Guiomar Cintra:
A moda pegou . . . fo Ribeiro; barbudo. Luiz Correia; a mais critica. Carmen Dussef. o mais
forçudo. Luiz Sucupira: galante. Qui- sensata. Julieta benevides; a mais
Assignada pelo senhorita K.
Loura, recebemos as seguintes linhas rino Guolfiere; oculisfa. Mylciades estudiosa. M. do Carmo Sandi.
Porchat e a mais querida da "Ci-
sobre estudantes de Direito : Agradecendo-lhe desde já, com
garra.. K. Louro „
toda a estima A .
"Dos alumnos da Faculdade de
D.reito de 5 Paulo são : juriscon- "Pensionato da Esperança.,.
sulío. Sarti Prado: estudioso. Romeu
Camargo; applicado. Oliveira Lima: A senhorita A. enviou-nos a se- Além dessas temos out as cartas
mais barrigudo. Octavio Paranaguá: guinte classificação das moças do que nos foram enviadas e que, por
discurseiro. Arruda Filho; barulhen- Pensionato das Irmans da Esperança : íalta de espaço neste numero, serão
to. Marcilio Ayres: político. Pruden- "Peço-lhç a fineza de publicar publicadas no próximo, juntamente
te Moraes Netto: "elle... Dulcidio em sua conceituada revista a dassi- com outras que fomos recebendo.
Hrtes e Hrtistas
Grupo pholographado na Escola de Musica Figueiredo - Roxo. no Rio de Janeiro. Sentadas; M.mc Kendell.
Senhorita Celina Roxo. Em pé, da esquerda para a direita : Senhorilas Helena e Silvia Figueiredo.
Guiomar Novaes e Suzanna Figueiredo.
■D-
Aida Sflbino Brandão, recitando a o mais convencido. Frifz Queiroz; o ferenfe. Cecilia Alves; a mais alia,
uma sua aniiiiuinha a ullima poesia mais coradmho. Pcrnandinho de Oli- America Klmgelhoeíer: a mais "mi-
que leu : Mlle Nair Kocha Azevedo, veira; o mais conquistador. Edison gnonne.., Mory S. Vianna; a mais
no jardim do seu "chàicau suisse.. Franco; o mais passeador. Heitor ieufonica. Lydia Araújo: a mais clara.
preoccupada com uma "panne.. na Pires de Campos: o mais bomzinho. Pidalma V. de MeÜo
sua bicycletta : Mlle. Cecília Mendes. Humberto Penteado; o mais estudio- Desde já agradecida de todo o
ás voltas com o seu violino ; Mlle. so. Astor Azevedo; o mais sem gra- coração. Fchciié „
Marina Rabino, muito poética, na ça. Duarte Miranda; o mais granoso.
sua varanda en^alanada de rosas : Mario \ ieira; o mais americanizado. Senhoritas de Hygicnopolís.
Mile. Maria Mello Nogueira, no jar- Norman Bernardes; o mais inglez.
dim do seu "coftaiíc : Mlle Maria Alcibiades C ampos Júnior-, o mais Recebemos a seguinte aprecia-
Pereira de Queiroz, passeando em francezinho. Koberl Péiillier: o mais ção sobre as senhonlas de Hygic-
companhia do seu inseparável "Iiflle engraçadinho. Ignacio J. Uchôe, o nopohs:
dog.. : Mlle Marina Penteado, fazen- mais dedicado, José Carlos Gomes: À mais chie, Dulce Pereira de
do o "footinü,,; Mlles. Zuicika e o mais gorducho, O^^aido Pacheco: Queiroz, a mais faceira, Sylvia Mac-
Tefrazzim Nobre, "chez le frêre..; o mais acanhado, Kaul Villares: o Nicol: a mais apaixonada. Esther
Mile. Nina .Mendes, em companhia mais brigufnto, Luiz Ararine Sucu- Cunha; a mais pequenina, Maria
das primmhas: AMie. Aracv Álvaro, pira: o mais delicado, Noc Ribeiro Carolma Pereira de Queiroz; a mais
fazendo a Avenida cm companhia da o mais aeroplanaíico Renato Jun- meiga. Ida lia Diniz; o mais loura.
mama; Mlles. fernandes da Silva, queira: o mais desbotado. Roberto Lúcia Hcll: a mais graciosa. Zuleika
muito tjraciosas: Mlle. Àlbertma Lion, Lara Campos: o mais fazendeiro, Duarte Nunes; a mais quietinha.
sobraçando livros: Mlles Zuleika e Francisco Junqueira: o mais pros«, Sarah Pereira de Queiroz: a mais
rponina Piza, conversando com uma Luiz foledo; o mais cavalleiro. \\ al- attrahente. Maria da Candelária Di-
«misjuinha na esquina da rua Augus- demar Ooria; o mais feio. Paulo niz: Q mais delicada. Lola Hell; a
ta: Mlle fivan^clina P. Queiroz, vol- Rego Freitas. mais inlelligente, Odeffe Santos Nora:
tando da cidade: Mlles. Bourroul. a mais alfa. Jcnny Waller; a mais
no seu pittoresco jardim: Mile. Ja- Senhoritas da Capital. bonitinha. Maria Orminda Campos,
cyro Kocha Azevedo, na sua ferras- a mais gentil, Sylvia Pereira de
Escreve-nos a senhorife A. L. ■ Queiroz: a mais retrahida. Ruth Moc-
se, ao ar livre, lolheando um nume-
ro da " Cigarra „; Mlles Laura e " Venho, confiada em sua bon- Nicol; a mais elegante. Zaira Duar-
Heloisa de Oliveira, "toul à fait dade, pedirJhe em nome de algumas te Nunes; a mais risonha. Sara Ro-
chies,.; Mlles. Martins Costa, refe- collegas. que publique em sua revis- sina Cunha; a mais sentimental. Aida
rindo a uma amiguinha as impres- ta a lista abaixo : Duarte Nunes; a mais attenciosa.
sões da sua ultima viagem; e Mlles. Aida Guimarães, a mais engra- Abigail Dauntre: a mais religiosa.
Lacerda, na sua luxuosa "limousinc. çada: Àracy Pereira Correia, a mais Adelaide Maria José da Cunha; a
sympothira: Beatriz Livramento. a mais altiva, Maria Helena Silva Pra-
Votação de 10 senhoritas. mais vaidosa; Cecília Prcire, a mais do: a mais "mignon... Jandyra Bap-
bonifinha; I>iher de Albuquerque Iista Pereiro: a mais encantadora.
Pedem-nos a publicarão da se- Costa, a mais ciumenta: Esther .Mon- Volanda Penteado Prado: a mais
guinte lista. íeila por votação tle dez teiro, a mais ingênua: Aida Brandão, estudiosa. Mími Penteado Sellcs: a
conhecidas senhoritas : a mais altiva: Elisa Pt-nteado. a mais mais reconcenfrada. Elza Campos
morepimha: Hilda Pereira, a mais Esperamos da redacção d *"A
Dos rapazes de 5. Paulo
apaixonada: Hilda A. Cosía. a mais Cigarra., sua publicação, e desde já
O mais louro. Victor Busch; o constante; Leonor Sadocco. a mais muito agradecemos...
mais bello, Henrique Kudge: o mais gentil; Lourdes Viihena, a mais lou-
chie,.. .Mario Cruz: o mais cor tez, rinha; M. José Menezes, a mais san- Rapazes paulistas.
hrnesto Salerno; o mais claro. Òren- tinha: M José F. Rosas, a mais
no Vianna: o mais apaixonado. Mario desprevenida; M. José F. Monteiro, A senhorita Horídas mandou-
.Martins: o mais inlelügcnte, dr. Pau- a mais coroda. nos esta lisla ;
lo Setúbal: o mais bonito, dr. Paula Sua assidua leitora A. L. O mais querido, dr. Murtinho
Souza; o mais soberbo, dr. Cantidio Nobre: o mais engraçadinho. José
de .Moura C ompos; o mais amável, Lista elegante. Cerqueira Cezar; o mais endinhei-
dr. Nestor Seabrfi: o mais ri sonho, rado, Cnssio Soares de Souza: o
dr. José Garcia Braga: o mais dan- Da senhorifa Felicite recebemos mais popular, dr Adriano Ramos
sarino. Scbmil Pôster; o mais tímido, a seguinte lista com o titulo acima : Pinto; o mais convencido. Aureliano
Huijo Pracaroli: o mais "foot-baller... "A mais parisiense. Vera Para- Coutmho; o mais boniíinho. Paulo
Irincu Malta (que aliás devia ser nrguá: a mais belia, Zuleika de A. GaUão: o mais "bijou... Pedro de
aposentado); o mais esperançoso, Nobre: a mais chie. 1 etrazzíni de A. Souza Lima; o mais desemchabido.
Juvenal Campos Júnior: o mais afa- Nobre; a mais engraçadinha, Cybele Paulo Mattos: o mais celibatario.
mado. Chico Neíto; o mais admira- de Barros; a mais triste, Carmen Juvenal de Carvalho; o mais leal.
do, Octavio Egydio: o mais gordu- Supplicy; a mais expansiva. Baby P. Jayme Blandy: o mais germanophilo.
chinho. José Cezar; o mais more- de Souza: a mais boasínho. Branca major de Carvalho: o mais intrometido,
ninho. Waldemiro Mariz Oliveira; o P. de Souza: a mais pequena. Sylvia Henrique Dias; o mais volúvel Car-
mais feliz, Lahyr Azevedo: o mais Valiadão; a mais risonha, Maria los S. de Souza; o mais desbotado,
amigo das moças, Octavio Azevedo; Amélia Castilho; a mais sympafhica. dr. Ariosto Ferraz: o mais conquis-
o mais encantador, Alfredo Kudge; Margarida Al. Castro; a mais indif- tador, Marbano C. Rodrigues, o mais
■o-
JG?-
vezes com inlen(,-5es louváveis, mas freqüentemente com em que se mergulharam para sempre, iliuminam a hu-
propósitos sinistros ou sem propósito, o que vem a dar manidade, a que dão conselhos e de quem recebem
na mesma coisa, porque os sem propósitos causam si- honrarias em dias marcados do calendário. São mor-
nistros. Uns apparecem nas casas mal assombradas, tos que não mettem medo e, por isso, muito mais sym-
outros entram pelas Innchas das portas nas salas das pathicos (o amor e a sympathia acompanham os mor-
sessões espiritas, onde pintam a saracura. e ainda ou- tos) do que os mortos Iraquinas das casas mal as-
tros reincarnam-se. vegetalizam-se. mineralizam-se/ sa- sombrados.
tisfazendo os caprichos de todas as philosophias hu- Houve, portanto, sabedoria na restricção do ado-
manas. Às pessoas que vêem de mais, e que por isso gio popular, que limitou a apparição aos vivos. Quem
se chamam videntes alfesfam que os mortos voltam e é vivo sempre apparece.
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Oulra sala de espera do Conservalorio Drarnalico e Musical, ás se(e horas
da noife, destinada ás alumnas menores.
m^m^m^mm
H temporada lírica
E' por isso que apparece hoje nas columnas da se da mesa de operações para o calabouço, como es-
roíifa Cigaira quem míintfvc esla secção duranle al- pião leulonico. /n v/no como sub chloroformio a ver-
guns onnos num dos jornaes mais bem feitos do Bra- dade apparece como um espectro.
zil. a cuin sombra Esculapio grangi-ou bom numero de Si a leitora gentil precisar de um anesthesico para
leilores. que lhe rasguem algum panaricio. não acceite o chlo-
Escrevendo agora para A Cigarra. Esculapio tem roformio, ou, si o acceitar, não permitta a presença do
i esperança de conquistar as ultimo namorado. O nome do
svmpalhias das suas innume- primeiro pôde comprometler
raveis leitoras, e a troco de o situação e levantar uma
conselhos não pedidos, ou suspeita de que a primeira
mesmo dos que forem solici- impressão não esteja de todo
tados. apagada.
Outro provérbio popular F. todos sabem como as
diz que conselhos só se dão primeiras impressões duram.
a quem pede, mas como os Cautela com o chloroformio.
conselhos são dados de gra S. PAULO. 26-9-915.
ça. o conceito fica modificado
ESCULAPIO
pelo deste outro : " cavallo
dado. não se repara a edade.. — CO o
E. por falar em edade. não
pensem os leitores que Es- Não chores...
culapio é um velho conselhei- (A uma genfilissima senhorila)
ro, de barbas brancas. Elle
Foi á tardinha... Entre flores,
é mais moço dois annos do Na quadra alegre de amores,
que uma sua irman que. ha Sem que tenhas dissabores,
tempos, fez trinta e cinco an- Eu vi-te chorar, creança.
nos. e delles não passou. To- Mas não cri na tempestade.
Neste rosto de bondade.
dos os annos ella festeja as De meiguice e de amizade.
suas trinta e cinco primave- Só pôde reinar bonança.
ras, que. pela mesma razão,
fazem voltar aos bons tempos Eu vi-te a lagrima pura,
Como vejo em noute escura.
o outomno de Esculapio. O Mostrando a trilha segura,
prudente conselheiro é inca- Muita estreita scintillante...
paz de desmentir uma senho- Eu vi-te a lagrima santa,
ra e, sobretudo, sendo sua Como vejo o que me encanta,
Com tanta luz, tanta, tanta.
irman, e pour cause. Quanto â da luz mais brilhante.
«•«
Do teu segredo de posse,
E agora o primeiro con- Eu vi-te a lagrima doce
selho. Cuidado com o chlo- Como se de orvalho fosse
Gotta cabida em botão.
y
roformio ! Este aneslhesico de £ vi-te tão contrafeita...
uso tão freqüente em cirur- Tinhas a face desfeita.
gia, commette as sues indiscri- Imagem da dor perfeita.
ções, muitas vezes compro- Que estalou-me o coração.
mettedoras. Um allemão que se achava pacificamente ENTRE AMIGAS Basta, creança. Da vida
na Inglaterra, nesta época dolorosa de conflagração, Estás na quadra florida.
A primeira : Não queiras, assim, sentida,
leve necessidade de sujeitar-se a uma operação. O
subdilo do Kaiser, que falava bem o ingiez, como um —Acreditas qve meu A juventude empanar.
marido me possa amar Não chores, que o pranto é triste.
londrino, a ninguém era suspeito. Mas, sob a acção Que ao pranto ninguém resiste.
do chloroformio e durante o periodo em que o anes- quando fõr velha ? £... ainda não te assiste
lhesico torna o individ^o alegre e loqunz, o pobre ho- A outra (num tom 0 direito de chorar.
mem disse tudo qunnto lhe veiu á cabeça e no mais de propheta) : Sdcmbro- 1915.
genuino idioma allemão. Tanto bastou para que sahis- — Breve o saberás! DINAMERtCO RANGEL
Repetição de imagem
Repetition of image
H temporada lyrlca
—o o o
L. por falar em edade. não
nensem os leitores que Es- Não chores...
>, ulapio é um velho conselhei- (A uma gcntili^simâ senhorila)
i o. de barbas brancas Elle
é mais moí/o dois annos do
Foi à tardinha... Entre flores.
Na quadra alegre de amores.
que uma sua irman que lia Sem que tenhas dissabores,
lempos. fez trinta e cinco an- Eu vi-te chorar, creança.
nos. e delles não passou. 1 ti- Mas não cri na tempestade.
dos os annos ei Ia leste jíi as
Neste rosto de bondade.
De meiguice e de amizade.
'-uas Irinla e cinco pi imave- Só pôde reinar bonança.
i as. que, pela mesma razão,
fazem voltar aos bons tempos Eu vi-te a lagrima pura,
Como vejo em noute escura.
>> outemno de Fsculapio. O
Mostrando a trilha segura,
prudente conselheiro é inca- Muita estrella sdntillante.. -
paz de desmentir uma senho- tu vi te a lagrima santa,
ra e. sobretudo, sendo sua Como vejo o que me encanta,
irman, e pour câí/se.
'vj' / Com tanta luz, tanta, tanta.
Quanto á da luz mais brilhante.
s
Ha pouco, quando meus olhos passeavam por so- maior boneca vinda ao Brasil. Foi enviada da Bélgica
bre um mundo de flores, súbito surgiu a minha visinha,
pela senhora belga E. Groosens, para a kermesse a
a dona do jardim, como uma branca apparição. exten-
dendo as suas formosas mãos para umas rosas cor realisar-se no Jardim da Luz, e foi vesfida em S.
de chá. Paulo pela exema. sra. d. Rosalia Godoy.
SÍ^^&££X.
W vv
Um senhor enlra na loja de um clectricisla c pede- um dos meus empregados, o mais novo.
lhe que lhe mande examinar a campainha da porfa de E chamando o aprendiz, pergnntou-lhe :
sua casa. que não funeciona mais. — Você nio foi em casa desle senhor, á rua 5. João ?
Horas depois, o mesmo senhor volfa. queixando-se — Fui. patrão, mas levei cinco minutos calcando a
de que a campainha coníinúa a não funecionar. campainha da porta da rua. e como ninguém apparc-
— Não é possível ! exclama o electricisfa. mandei iá cesse, vim-me embora.
H temporada lyrlca
1 , i : ^
Os drs. Sampaio Vidal, Oscar Rodrigues Alves e José Rodrigues Alves, saboreando um refresco,
no "foyer,, do Municipal, duranle um infervallo da "Carmen...
de comprehcnder. A mulher lem um infinito poder de sumiram uma innocente mentira.
seducção e íodos os recursos para fazer friumphar a Faça isío. minha boa amiga, que triumphará, por-
sua belleza. O ponfo está em querer transigir com que o seu Jorge — quasi ia presfaando um juramento !
as idiosyncrasias amorosas do marido. — é um desses homens com os quaes as mulheres
Desde que Jor^c não comprehendeu a elevada devem tomar precauções, que são, afinal, uns peque-
virtude de sua mulher em amal-o o serio, que sua mu- ninos nadas encantadores, indispensáveis á visão mór-
lher seja a primeiro a abrir-lhe os olhos, como no pe- bida dos temperamentos irregulares . . .
ríodo doirado do namoro, requintando na foiletle, no
penteado, nas phrases convencionaes. que fanla vez re- 5. Paulo. 25-9-1015. MANLT.L LEIKOZ
Grupo photographado para "A Cigarro,., na estação da Luz, por oceosião do embarque
de Guiomar Novaes, que seguiu para a America do Norte.
sadfc em omenagem ao seu brilhante fundador c director. dr. Gomes Cardim. no dia do seu anniversario naíahcio
hstou com vontade, si até
m [F(ES¥ffi MCD CE lá não morrer . . .
O corvo ficou surpreso e arris-
cou mais uma piado, sabendo que o
sapo não agüenta caminhadas :
(FOI.K -LOKF. (
- Vaes com os peregrinos ?
ESTAVA annunciada para aquel-
Qual o que ! Saio na ma-
les dias a íjrandr festa no no rumor do vnto que vinha da
nhan da festa c assisto-a. De tarde pouco .
céu. Tudo que na ferra havia montanha, a harmonia dispersa das canlo .
estou de volta
de 'nois garrido se ap^esfa- cvlharas. o echo indisfinefo das an-
O corvo incrédulo ficou infer-
va e se punha em demanda, em lon- fiphonias archiangelicos . . .
diefo
ga lifhania. da montanha sagrada E ao crepúsculo, o céu se iri-
Olha ! Sapo. não sejas ga-
pendida nos confins do horisonte. de savo de astros, do fulgor de todos
bola, Não passas de um parlapafáo !
onde pelas nuvens próximas a gente os astros, c o Universo resplandecia
— Veremos, urubu malandro.
sem azas ascendia á mansão dos de luz. de tanta luz. que as asJirns
Si quer. vamos juntos. Você traz de
eleitos e contemplava cm exlase o do mar e dos rios ficavam (rnnslu-
caso a viola e eu me compromelfo
coro dos seraphins. cidas e os peixes vinham a tona
a dançar no céu o "passo da g'a_.
Foi isto. antes, muito onfes da completar, com o brilho de suas es-
- Fisfá leito ! quinta, ás oito
torre de R>abel, no tempo em que os camas, a maravilha da noite des-
da manhã, pas^o em tua cosa. Foi-se
animoes lallavam . . . lumbranfe.
o corvo paro o seu iía!ho. pensando
^ia-se caminhar pela estrada
que ia por o sapo numa intalladello
empoeirada. qje levava á sagrada
e num ridículo sem eguol.
montanha, a procissão inlerminnvp] Dias antes tia peregrinação, o
de peregrinos de todas as raças, corvo surprchrndeu o sapo macnm-
climas e cdades, empunhando palmas buzio á beira do brejo Approximou-
e cantarolando na antevisão heafrea se deüc e. para chasquear. pergun- Ouinla-fciro. ós oito, o sopo.
do Paraizo, fcu-lhe : que eslovo o espreita no janeilo. viu
Naquellcs dias. os homens, que — Sapo velho, vaes á festa o corvo vjr voando de viola em
haviam renegado o senhor, ouviam. no céu . punho.
Aspecto geral do salão do Conservatório Dramíitico c Muaical de S. Paulo, durante o festa ali realisada l omenagem ao
^Â (^IGAHRA
Para evilar um bando viaQeiro contro vertiginosamente. A uma dis- mais houve festa no céu em que
de andorinhas, mudou de rumo. de tancia ainda grande, precisou com o apparecesse um sapo. Também quan-
repenle. Qualquer coisa arrastou-se, olhar onde iria cahir. Justamente em do é noiünha. a saperia do brejo
enfão. denlro do inslrumenlo. O cor- cima de uma grande pedra. E então para chasquear do corvo põe-se a
vo iníriijado tornou o vôo plano c poz-se a gritar como um possesso ■ grifar: "Oh ! Lucas, tu vaes á festa ?
comtçou a sacudir a viola, curioso. — Arreeo pedra, si não te ra- Eu não ! Eu vou ! E tu ? Eu não I
Tanfo saendio que o sapo precipi- cho ! Arrcda pedra, si não te racho ! Eu vou ! E tu V E fu ? Eu vou ! Eu
tou-se pcia abertura. Ao vcl-o. luzi- E a pedra immnvcl na planicie. não !. . .
dio, no espaço, o corvo exclamou — Àrreda pedra . . . E o caboclo que está pitando,
admirado : Não teve tempo de acabar a de cócoras, na soleira da porta, ex-
-- Ah I matreiro, vieste á mi- phrase. F,spatifou-se. dando um es- clama descuidado: "Escuita creança-
nha custa 1 Àíjora voltas sosinho ? talo, em cima da pedra. da ! Lá está o sapo mexendo c'o
fi' mais fácil descer que subir ! urubu. Eta I bicho picuinha ! Não
fim breve distanciou-se delir, sesquece . . .
perdeu-o de vista. Ahi está como o sapo. mais la- 5ETEMBRO DE 1915.
O pobre sapo vinha descendo, dino que o corvo, pagou tributo ã
descendo Via a terra ir-lhe ao en- morte da sue esperteza. F. nunca LEVEN VAMPRE'
A sabido dos convidados que assistiram ao casamento do sr..;Carlo5 Eduardo Monteiro de Barros De Niooc
com o exema srta. d. Florinda de Lacerda Soares, celebrado na Egreja de Santa Cecília
-4r
poeira dos aslros. o echo _ IN5TANTANT.OS gua. espiou pela porta do céu. Lú
dos instrumentos musicaes. cm baixo, na lerra. começavam a
Mestre corvo, embe- accender os lompeões. Era já cre-
vecido no cspectaculo, che- púsculo.
gou a esquecer omolfada- — Compadre sapo. está escu-
do companheiro. Depois recendo. Chega de pândega, que eu
começou o pensar que o não sei andar no escuro. Toca pra
sapo merecia uma corri- casa.
^enda para não ser intru- — Espere um pouco, amigo
jão c mentiroso. "A pri- corvo. Estou derreado. preciso des-
meira vez que o vir. dou- cançar um bocado . . . vou beber ali
lhe umas bicadas na ca- um capilé.
beça chata... murmurava - Sim. vá, mas volte depressa
comsigo mesmo convicto. que a noite não tarda.
A procissão tinha pas- O sapo afastou-se cauteloso e.
sado. emquanto o corvo procurava com-
Agora, era maflar o prchender o motivo de uma disputa
tempo até a hora dos io- havida entre o papagaio e o macaco
gos de um cigano, tornou a metler-se
O corvo, sempre de dentro da viola deixada a um canto
viola embaixo da aza. foi Dez bons minutos decorreram
espairecer. espiando de sem que o sapo voltasse.
barraca cm barraca os pe- O urubu impacientou-se e co-
regrinos e procurando al- meçou a gritar : "Sapo velho, vaes
gum conhecido da espé- ou não vaes ? Oh ' Lucas ! Vocês
cie. O sapo seguia-lhe viram por ahi o Lucas ! _
no encalço, a distancia. Ninguém sabia do bicho. O
No largo, junto ao corvo ficou irado.
chafariz, topou mestre cor- "Te arrenego. sapo desca-
vo alguns urubus cava- rado„ e segurando na violo com os
queando. cm roda. e di- Trc grau pés. célere, lançou-se no espaço.
zendo pilhérias. Appro.xi-
mou-se e foi logo metlen-
-v- A ferra, ao longe, eslavo cora-
dinha da luz do oceaso.
do A sua colher de pau
na cenversa :
- Viram vocês por ahi Lu- INSTANTÂNEOS
cas, sapo velho ?
A hilaridade foi geral Ondc é
que já se viu sapo no céu
O sapo. que ouvira. clícn no
meio da roda :
— Cá estou, urubusada. ha mais
tempo que vocês todos. Kepinica na
viola, compadre, que eu vou cumprir
a promessa . . .
O pinho gemeu afinado, repini-
cando. A!argou-sc a roda e o sapo
sahiu bamboleando a pan^a. de pé
nas pernas trazeiras. saracoleando
no "passo da gia., com tanto gcito
que os parceiros não agüentaram a
suggestão e a maxixada generalisou-se.
Mestre corvo enlhusiasmado ti-
rava íaisca da viola. O pessoal es-
covado temperava o passo na con-
formidade da musica. K. durante par-
te do dia só se ouvia dizer ; —
"Quebra nho Juca„ ! "F.ntra c"o
joho Maneco ! ., "Sustenta a nota.
faceira ! .. "Agüenta jacaré ! „ " ta !
sapo damnado ! .. —.
Aspeclo externo do novo edifício onde foi inslallodo o Fórum Civel. vendo-se as foces que dão para as
ruas do Thesouro e Quinze de Novembro
apresentando agora um verdadeiro aspeclo de "casa O aclo da inslallação foi honrado pelo sr. Pre-
da jus(iça„. sidente do Estado, pelos seus secretários, pelo alto
No dia da inauguração, todos os elementos que lunccionalismo. todos os quaes felicitaram o sr. dr.
alli trabalham e constituem um dos três poderes do Eloy Chaves pelo beneficio geral que acabava de pres-
Lstado pareciam ter entrado num regimen novo de li- tar á população e á justiça de São Paulo, affirmando
berdade, haurindo a largos hauslos o ar puro. E' que ao mesmo tempo o seu grande tino administrativo
só quem visitou o prédio da rua Onze de Agosto e
veiu depois para o da rua Thesouro. pôde ter uma Foi uma excellente medida a de s. exa. e cujo
idéa de quanto deve ter solTrido a justiça durante alcance o pessoal do Foro Civel e a nobre classe dos
estes últimos vinte annos. advogados são os primeiros a proclamar.
IZIII:
D roTwm crive r, jcn
:VoxPopoIí.
guardaria o resentimento resultante te. . . um só.. . que foss bahú bem
da falta de confiança que. como disse fechado. . ., túmulo bem cerrado. . ,
ha pouco, você manifestou, furtando- boquinha bem arrolhada. um as-
Elle — Que bella valsa, não se a confiar-me um pedacinho do sim.. . como eu por exemplo, oh !...
acta ? isso não fazia mal!
Ellà — Estupenda : é a Ella — Mas.. . dizem que os
valsa predilecta ! homens, quando começam ter a
£//e — OK ! então queira des- certeza de que são queridos, .. fo-
culpar-me : si eu soubesse, não teria gem ! Será verdade ?
vindo tiral-a. . . Elle — Não creia ! Quando el-
Ella — Porque ? les querem mesmo. . . Mas. . . . pelo
Ellç — Ora. unia musica tão. que estou ouvindo, você ê um caso
predilecta devia ser aproveitada com perdido. . . Esse dr. Soares é um
um par todo especial. . felizardo !
Ella — Mas . . . infeliz- Ella — Oh ! estou fa-
mente as moças não podem lando em these; não se trata
escolher os seus pares! da minha pessoa !
Elle — Justamente por Elle — E si, porventura.
isso é que lastimo ter impedi- se tratasse da 5ua pessoa, você
do que a escolha fosse feita me confiaria os seus segredos 1
por ouírem. ou antes, que o Ella — Si você me con-
seu par... todo especial viesse oc
os seus..
Elie - Os meus ? E logo a
cupar a meu lo<íar. . .
Ella— Oh I isso seria impossível ! você ? Oh ! nunca !
Ella — Nunca, porque ?
Elle — Impossivel. porque? Por-
Elle — Porque quando as mu-
\cnlura não terá c//e vindo ao baile?
lheres começam a ler a certeza de
Ella — Veio. . .
que são queridas. . .
Elle Está dansando ?
Ella — E si eu não contasse
Ella - Parece-me que sim. . .
a ninguém ?
Elle E pode-se saber com
Elle — Ainda assim ella viria
quem ?
a saber. . .
Ella Oh ! isso nunca.. .
Ella — Não comprehendo: quei-
Elle E nunca porque? Será
ra exolicar-se. . . Então, si eu guar-
elle tão feio assim ? Mas. . . que
dasse absoluta reserva, seria possi-
lolo que sou . e eu que não tinha
que ella viesse a saber ?
percebido ! .. l' verdade ; vou tra-
Elle — Talvez. .. j não poderia
lar de observar ; já me haviam con-
dar-se o caso d ella estar por aqui. . .
tado umas cousas . Eil-o que vem
muito pertinho?
valsando alli. com a filha do Ba-
Ella — Mas. . . nós estamos
rão !
dansando e. .
Ella — Quem? O dr. Soares?
Elle — Ora. deixemos de toli-
Era só o que faltava ! Isso é inven-
ces : sejamos sensatos ; combinemos
ção sua. . .
uma cousa : você diz o nome delle
Elle — Pois me garantiram que
e eu. ao mesmo tempo, direi o nome
o senhora é quasi noiva desse ra-
tye//a .- assim nenhum de nós será o
paz ! Àté achei que fez uma bôa
primeiro. Quer ?
escolha. . . 5ó fiquei muito sentido,
Ella — De inteiro accordo.
porque... sendo tão seu camarada,
Elle — Então vamos ; um, dois
nem siquer fui disfinguido com uma
e . . .
parficipaçãosinha... assim em confi-
Parou a musica ; era a ultima
dencia. . . : e. de mais a mais. lodo
valsa do baile ! Um ligeiro aperto de
o mundo já sabia. . . Deveras, fiquei
muito sentido com essa sua falta de ^ mãos. . . e separaram-se !
Separaram-se, e nunca mais se
confiança. .. seu segre do. afinai d< contas. ..
viram. . . ; nunca mais tiveram ocea-
Ella — E ficou sentido só por ed( era : todo
aquillo nem mais segredo
sião de juntos. . . contar até três !
isso ? ! . . . o mundo já sabia. . .
E o publico que nada ouvira,
Elle — Naturalmente! 5i você.-. Ella — Sabia do que, meu
mas que sempre faz a sua psycho-
oh ! queira desculpar-me... Deus ? Eu nunca confiei os meus
logia. não quer saber de historias
Ella — Ora. . . não faz mal. . . segredos a pessoa alguma !
e. desde aquelle baile, vive a pro-
pôde tratar de foce; até me dá Elle — Então nunca teve con-
clamar, por toda a parte, que os
prazer ! fidentes ?
dois são noivos enlre si'.
Elle — ... si você ficasse noiva Ella — Deus me livre ! E agora, digam si a voz do
do dr. Soares, nem por isso iria Elle — Faz muito bem ! As
povo é ou não a voz de Deus.. .
cortar relações com os velhos ami- confidencias são causa de muitas
gos, não é assim ? Pois bem : si a intrigas. . . origem de muitos embru- S Paulo. Setembro dr 101 5.
nossa camaradagem continuasse na lhos ! Nesse ponto, estamos de in-
mesma, creio que não haveria moti- teiro accordo : nunca tenha confiden- GAROTO DE LISBOA
melharsmentas da Capital
■J&
desde logo — eu... deleslo os poetas o Trislão á Cavallería Ruslicana ... ( Em casa )
romanlicos e adóro os idealistas... (I) o Parsival ao Rigolello ? Osr. DE FAROFAS e a CARLOTA
— Sim.. ., tem bom gosto. .. — Naturalmente! A musica de
Mas, qual a difterença que você faz Wagner é mais transcendejile ! — Ih !... Carlota. que bife du-
entre essas duas escolas? — Mas.... que é que você ro ! Este prato está incomivel!
—Oh !. . , ainda ha poucos dias. entende por musica transcendente ? — Com certeza você andou fa-
tivemos, aqui no Club. uma discussão — E' boa. .. musica transcen- zendo lurch, no Club...
muito interessante sobre esse ponto dente ê aquella que transcéde isto — Não comi nada na cidade I
e a minha opinião sahiu vencedora. é. que. pela sua delicadesa e melo- A cozinheira é que não presta; si
Eu sustentava, como ainda hoje sus- dia, faz a nossa sensibilidade ce- continuar assim, é por p ra fora. Ou
tento, que os poetas românticos são der.... adaptar-se á scena que é então, eu não venho mais jantar em
aquelies que, em todas as suas poe- representada no palco! À musica casa... fico lá pelo Club...
sias, fa/em verdadeiros romances; italiana, não ha duvida, é mais cho- — Ora.... você já não pára
são poesais com enredo... longas., . . rosa, mais symphonica. mais cheia mesmo em caso...
sem fim. . . . verdadeiros cacetadas... de rythmo. . .. mas está longe de — E você.... que fez duran-
Já os idealistas são menos prolixos. possuir os recursos, a harmonia, a te o dia ?
w
mais syntheticos...; só escrevem ver- sonoridade da orcheslração wagne- — Eu... li o dia todo...: es-
sos ideaes. isto é. sonetos que. em riana ! (!,,,) tou terminando um livro muito inte-
poucas palavras, encerram grandes ressante: David Copperfíeld. de Di-
— Sim senhor I Como se co-
idéias. . . (!) ckens.
nhece musica nesta casa ! Você tem
— Muito bem ! Gostei de ou- feito um progresso extraordinário! — Então, está dando para lêr
vir ! . . . Agora.... diga-me uma cou- Mas, Santo Deus, comendo empadas philosophia allemõ?
sa : você tem apreciado o Tiíta-Ruffo? desse geito, você não janta! Já são
— Nõo..., é um romance mui-
— Só apreciei as operas de seis horas!
to delicado, de um autor... Então
Wagner. Aquillo sim é musica ! — Quel ! Eu só vou para casa você não sabe que Dickens é um
— Não ha duvida; musica para lá pelas oito e meia, e ás dez, aqui escriptor inglez muito conhecido?
se ouvir de olhos fechados.... em estou de novo. para o Pocker!
êxtase..., dormindo.... roncando... — Sim.... eu sabia ... eu....
Então, meu caro. você prefere mesmo camprehende eu estava brincan-
A
i^S^S CIGARRA
-♦♦♦J sgL/B8i\j9 '♦♦♦-
O CLUB
I !
O
O sr. DE FAROFAS — Rapaz ele-
o
gante, de monoculo. pulseira.
"palelosinbo,. curfo : vagabun-
: - Bom, vamos terminar: as- do. Filho do velho e conhecido
sim, nessa hora e meia. teremos o capiíalisfa João de Farofas, só-
PEDKO e JOSÉ — modestos empre- nosso serviço prompto e você estará cio principal da firma J. Faro-
gados da casa commerda/ "J. completamente livre.
fas & Cia.
Farofas d- Cia. .. — Fim de Num confortável salão do
anno. — Época de balanço. (Em casa ) 'Club.. . palestrando com um
JOSÉ' ■ LILI amigo.
— Vamos tomar alguma cousa.
aqui no Pro^redior ? Precisamos ter- -— Então. Lili, cançou de es-
minar o nosso trabelho antes das perar r1 -— Olá. você aqui pelo Club.
oito horas ! Que custo ! Até pensei que que novidade !
— Que pressa ! Vamos jantar você não viesse mais ! — Vim visitar as novas instal-
bem socegadamenfe . . . você já per- — E você ja jantou ? lações. . .
deu mesmo a hora. . . , é um dia ex- —- Ainda não. —Sente-se ; vamos dar ume pro-
traordinário. . - , encerramento de ba- Menina. . . isso não está di- sa : você anda tão sumido !
lanço. . . . não laz mal ficar até um reito I Você já é tão fraquinha e — Você é que ficou graúdo.
pouco mais tarde ! não se trata. . . Pois devia ter to- depois que se casou !
mado uns ovos. um prato de sopa... — E que tal está achando o
— Não : não posso ; a Lili está nosfo Club ?
Não. eu preferi esperar você.
a minha espera. . . é capaz de ficar
— Então vamos jantar. Tentei — Muito bem installado I
afílicta com a minha demora ; eu
comer alguma cousa na cidade, e — Que boas poltronas, hein ?
nunca voltei tao tarde assim. . . O
não consegui. Com franqueza. . . . quando me sento
garçon. sandwiches !
Ui ! Que frango gostoso. . . que numa bicha destas, aíé me esqueço
— Não senhor ! Que sandwi- arroz bem feito 1 A Benedicfo, hoje, que tenho casa... mulher... o dia-
ches daonde ! Sem jantar, eu não acertou com o tempero ! bo!... O garçon : deux vermouths:
volfo para o serviço. Era só o que —- Não. . . o arroz foi feito por quelques impades (\), des fruits,
faltava. . . A menos que você queira mim. . . ciqares! Esses francezes, afinal de
deixar o encerramento para amanhã I — Não acredito. . . , primeiro, contas, são uns grandes pândegos. . .
— Está bom. . . seja feita a sua porque já prohibi você de ir á co- chamam charuto de cigarro. . . Isso
vontade : vamos jantar. zinha, e segundo, porque um erroz até estraga a pose !
— Bravos ! O garçon -. sopa desse. . . só uma cozinheira muito — Mas, meu caro Farofas, por-
d aspargos. depois.. . robalo á ba- experimentada ! que você se dirige em francez a
hiana. . . lombo com batatinhas. . . - Você vae vêr: ó Maria, esses creados ?
pato assado . . salada, sobremesa, quem fez este arroz ? — Ah ! E* preciso. . . é chie. . .
fruetas e uma garrafa de Coílares, - Isso lá foi a p /roa. E sabe que, de vez em quando, aqui
bem gelada ! - Então ! Viu ? no Club, só se fala francez ? Tam-
— ih !. . . Santo Deus. . . está - Menina. . . si você continuar bém, nesses dias. eu volto para casa
muito comprido esse jantar ! Isso não a me desobedecer. . . eu fico enér- com uma dôr de cabeça dos diabos...
tem mais fim ! gico ! Essa historia de estar procurando
— Paciência, meu amigo... sem — E si você soubesse, José. termos complicados, na lingua dos
paciência não se ganha o céo, . . que cu gosto de vêr você enérgico '... outros, cança pra burro !
— Pedro. . . que lombo infamt! — Ah ! nesse caso. já não fico — E, depois dizem que vocês
Duro... sem tempero. . . O' garçon : mais enérgico. . . aqui se divertem.. .
mostarda e molho inglez ! Viu ? Quer sempre me contra- Mas... escute. . .aqui ha bôa
— Pois o meu está estupendo ! riar. . E assim, então, que você prosa ... bôa leitura... discussões
— E o vinho. . . que zurrapa ! agradece o trabalho que tive com o muito interessantes!
— Quer saber de uma cousa. prato de arroz? — Cortando a vida alheia ! .. .
José ? O seu paladar é que está — Estou brincando, Lili...; tan- — Não senhor: literatura,. . ar-
completamente estragndo! Aposto que to que, em homenagem ao prato de te.. .
você está com o sentido na Lili ! arroz, vamos assistir, no Paihé, ao — E você tem lido muito, ulti-
Deixe a mulherzinha em paz. e írafe AAax Linder. numa estupenda fita cô- mamente ?
de comer socegado I Ella que espe- mica, que figura no programma de — Alguma cousa.
re ! Você precisa deixar de ser rabo hoje. . . Quer ? — Qual o gênero de leitura que
de saia. . . — Vamos; espere um minuto ; você prefere ?
— Rabo de saia, não senhor ! vou pôr o chapéo. — Eu sou louco pela poesia. . .
A questão é que eu não gosto de — E qual o seu poeta predi-
vel-a sosinha em casa, esperando lecto ?
por mim. . . Não janta. . . , fica im- E lá se foram os dois. radian- — O meu poeta predilecto ?!. . .
paciente. . . , nervosa... tes. . ., sòiisfcilos da vida ! .. . Espere. . . eu.- . — é preciso dizer
A PREGUIÇA. tue geralmente o seu maior
Iriumpho,
Mas é conveniente ob-
A preguiço lambem já servar que se a preguiça
leve os seus poelas. pôde ser um mol dulcissi-
Amiel escreveu um dia : mo, conslituc entretanto um
Por maior que seja a mal e deve ser trotado
fascinação das emoções como dependente da neu-
em geral, não sei se al- raslhenia, isto é, como
gumas dellas poderá egua- uma moléstia da energia,
lar a suavidade dessas ou como dependente do
horas de grande recolhi- prazer, isto é, como uma
mento em que se gosom moléstia do vontade.
as doçuras colnemplalivas
do paraíso . . . E quando
se lem o impressão da
RIVALIDADES.
existência sob uma form^
absolutamenle pura. sob Um mocinho vai con-
a forma mais clherea do sultar uma das nossas
ser, islo é, a consciência mais faladas cartomanles .
de si mesmo. E' o eslado — Adoro uma senho-
dominical, lalvez o estado rita, mas tenho um rival.
de além tumba de alma i Trogo-Ihe aqui uma mecha
E Musset cantava "Jaime Bcllo trabalho do dtsfincto esculptor Jorge Theissig. de cabellos da amada crea-
ei je veux chanter Ia joic turo para que a senhora
ei Ia paresse — Ma folie me annuncíe o seu futuro.
experience et mes soucis — Pois não.
dun jour„. O preguiçoso, A cartomante, exami-
o indolente — escreve Tar- nando a mecha de cabel-
dieu na "Revue. são los. começa:
geralmente pessoas dota- — Esta mocinha, ca-
das de bom humor, plá- sando, ficará viuva pou-
cidas, de pouca emotivi- cos mezes depois.,.
dade: esses gosam tudo, — Que me diz ? !!
mais profundamente, com — Àh ! caro senhor.
as suas forças adormeci- eu nunca me engono !
das . ,, O seu maior de- —Neste coso vou dei-
feito, aquelle que lhes xal-a casar primeiro com
acarreta maiores damnos o outro. . .
é a imprevidencia, embora
não sintam sinão grandes
golpes desferidos direefa-
menle.
UMA REPARAÇÃO.
O preguiçoso trans-
forma-se no bohemio que Um inquilino que toi
irá por si mesmo até á fazer uma reclamação ao
prisão, ou no diletlante proprietário recebeu deste,
para quem a tragi-come- homem genioso, uma for-
dia da vida é um espec- midável lapona.
taculo ao qual elle assiste Não reagiu e no dia
sentado numa poltrona : seguinte mandou-lhe uma
para elle não exislem pai- certinha, nestes termos :
xões demoradas, o seu "O senhor oITendeu-
animo é morno e o seu me I Tenho direito a uma
coração é quasi insensi- reparação. Exijo-a I Mon-
vel, Elle sobe esperar, não D. Miguel Kruse. — Outro trabalho do esculptor de forrar de novo a sala
se enerva, e isto consti- Jorge Theissig, que «cfualmente reside em S. Paulo. de visitas,.
do . . . mas . .. quaes são mesmo as VICENTE DE CARVALHO quente collaboreção, somos muito
obras desse Dickens ? gratos por tão captivante gentileza,
— DavidCopperíleld.LilfleDor-
a qual muito nos desvanece.
ríí, Hislory of England...
— E qual mesmo o enredo des- POR nos ter chegado tarde ás
se David? Coelho IMotto
mãos, deixamos para o próximo
— Nesse livro, Dickens procura
pintar quadros de sua própria vida: numero a linda poesia que Vicente J-. M caria que nos dirigiu do Rio
começa narrando que e de Carvalho estava concluindo es- •—■ de Janeiro, o brilhante estylista
assim termina o capi- Coelho Netto, cuja
tulo que eu estava len-
preciosa collaboração
do quando você entrou.
conseguimos para to-
— Bom, até logo,
Carlota! Ih!... dez ho- dos os números d'.4
ras.... os parceiros Cigarra, participa-nos
já estão esperando... que, por motivo de
Até logo, até amanhan.
saúde, não poude es-
crever o conto que de-
via sahir hoje.
Fon, fon I Fon,
Como o incom-
fon !... E lã se foi
elle monologando: Di- modo que acommetteu
ckens..., escriptor..., o illustre escriptor
romancista inglez ... é de caracter pas-
escreveu Lillle Dor-
sageiro, podemos
ril, History of En-
gland. David Cop- prometter para o
per/ield.... obra mui- próximo numero a
to delicada..., qua- sua collaboração es-
dros de sua própria
pecial.
vida... Hoje sim,
vou levar muita gen- Apresentamos a
te á parede, no Coelho Netto os nos-
Club'.... Faço ques- sos votos de prom-
tão de discutir litera- pto restabelecimento.
tura. .. e vou accre-
scenlar : li Dickens,
no original... escriptor
Rodrigues
notável... metaphysí-
co... realista... sym- Barbosa
bolico e accaciano !
Que letra ! Que sue- 1VEMOS o gran-
TIV
cesso ! E depois, si
de prazer de abra-
consigo UVí Royal flush
no Pocker. está o dia çar em nossa redacção
ganho ! Que belleza ! o illustre critico musi-
Que sorte vou dar cal do Jornal do Com-
hoje !... Instantâneo ã porta da Egrrja de Santa Cecília mercio e nosso bri-
lhante collaborador —
Eram, de fado,
dez horas : — a Lili, Rodrigues Barbosa, de
no cinema, ao lado do seu ma- pecialmente para A Cigarra, e que quem demos, em um de nossos últi-
rido — um simples empregado do haviamos promettido para hoje. mos números, um esplendido artigo
sr. De Farofas — ria-se, a bandei- Rimas ao acaso é o titulo que o sobre a notável pianista Antoniefta
ras despregadas, das mil peripécias
grande poeta brasileiro deu ás es- Rudge Miller.
de uma fita do Max Linder...
plendidas estrophes que estão em Rodrigues Barbosa veiu a pas-
E a Carlota, coitada, em casa,
sosinha... lia o ultimo capitulo do nosso poder e cuja publicação teve seio e teve oceasião de assistir a vá-
Copperfíe/d c, com uma resignação a amabilidade de confiar á Cigarra. rios espectaculos da companhia lyri-
de santa, esperava esperara a Publical-as-emos em duas pagi- ca que trabalha no Municipal.
madrugada,... o amanhecer.... a
nas, com illustração de Madeira de O auetorizado critico vai escre-
hora de se fechar o Club...
Freitas. ver para A Cigarra um artigo sobre
S. Paulo. Seltmbrodc 1915. A Vicente de Carvalho, que tem o talentoso compositor brasileiro
THÉO. honrado A Cigarra com a sua fre- Glauco Velasquez.
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Visitem a exposição de MOVE.IS, DE,CORAÇÓES e MOBÍLIAS E.S TO F A I> A.V
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Limited. Telephone, 13.
S. PAULO.
Rua 15 de Novembro.
KsQ\iina da Rua da Quitanda.
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1 iii <i->;)Cvto da "marche (iii\ lln nine.mx., realisada pelo f üri,ti Publica tle S Poulo. no dia
7 iic >cteihbfo. tirado no Lir^t do PòLicio pelo repórter pliolo^ruplmo .1 "A CI^.HT.I..
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[.terno--. íOin ^ CíJI IJH-II. 1)! I I- uniu rspciie üi Icniplo
ilc Vcstn. em que t.t.l.: xu lo lu.nn de D.unhio rr.i Ur-.ul 11 tiro. nuis oii\ i L lu car o
o L luP dos Kdptos. luil.ln.lo poi II.M LíMIPO de ^cnlll- meu ciutomo\il
liomens irldiuie/es pm i 77o e pr. ifn')ii3o em i.Si1!!, por l.n^.inou se |. nnnha stirru que tslã ronc.in
si-; o lo^<ir em que se i, oinbiiiíi\ ,iin o- i npto-. d.i - i .i- do no qu.if to <u. \,KU\
[ifiiijns rivíis. i ii|n união [tntr;inoni,il i cpi c--enla\ <i u
^uquisi^âo (íe luitunn W-j Ainerivu .Io \orie. porem. OOO
ii )tr. c m^l.tuu.õrs ,i!iM.i nuii- IA r.i\ fi^a1 tes t tmio o
Cluh .tos l.udrõfs > om,)o-,to ,!c p.-s-,o.i- u.i melhor 1 m vri^Mbundo enli.i a noite no Jurdirn du I.uz
sociedtide Paru >er u.Imilti Io como sol IO o i um J i íu'.» t- e-.lende-se num imiu o pain dornur.
eru obi i^udo a pro\,ii que li.i\ ;<i praluado [x o -i enos I^mco tlepois clie^<i um guarda, qiii- He dl/
um roubo elefante IJU WU VMK *> L lub Oo feijão O. seu chefe, vamos fechar o Jardim.,
branco era composto de quarenlu sócios apenas, todos Pode (echar. mas de va^nr porque o imiulho
-olteiros. o- quaes se reuniam uma \e/ por nnno. das portas me incommoja
ORM/GA
JORNAL OAS '
CRBANQAS
V
assombro, que eslavo
ÓVÓ5INHA. conto d historm num deslumbrante pa-
que você promeífcu. . conta. lácio de fados, repleto
MUI. vóvósinho f de luzes, de flores, de
L o pcquenci l.uzita, âmcigando mesas cobertos de igua-
ü \oz. paisou os bi «(.os cru forno rias . .
AQ pescoço do ovó. que. enternecida.
Como Joãozinho
molhados os olhos que n velhice já se achasse muilo cen-
tornara esbranqui^odos, ti estrellou çado e tivesse fome.
Lonfra o peito. pois sohiro de casa
Que historia .-' havia muitas horas,
— Aquella. vóvósinho. o que lia logo uma das fadas, a
que xocê promctleu hontem. . que parecia a prin-
À avó fel-a sentar-se nos seus
cipal de todas, o fez
toelhos. Depois, com o fala cheio sentar a uma das me-
do tremor dos annos c da commo- zas e comer gostosas
Vão. não se quiz mais lazer de ro- petisqueiras.
^atia. Começou.
• tra uma vez um menino mui- E Joãozinho co-
to travesso, muito I A mamãe delle meu de tudo. Depois,
vivia a ralhar contra as suas traqui- quando acabou, ei Ia
nices. mas qual! não conseguia nada lhe disse com ternura :
com isso. Uma das peiores coisas — Olha escuta.
do Joãozinho. que assim se chamava Quem te tez errar hoje
o menino, era o costume que linha o caminho fui eu. a
de sahir para a rua e aiastar-se rainha das fadas. Fil-o
tanto de casa que. depois, precisa- de propósito paro le
aconselhar que nunca O frrrrunn Armênio, filho do sr. Armênio Augusto.
vam sempre ir procurai-o. t não
mais saias de casa. socto da Qasà Verde.
havia meio de se corrigir.
A
---íiè\ Í^ICARRA
No PALATINO
ru'i() liic dissente que nio o pcrmiflin^ '. . .
I orno c qur eu poíiia 'f eu nno
^ci lri:a[ íronrez
O
Hei lio tropos, jasmins, ^ erbenas. tuberosas,
Na maciça aspersão de Ivno.s e de rosas,
1 )e \ 'olenlo perfume, erguem em to*Ia a parte
1 n Inmno ã L tirne. um íurnn > ao Cioso, um h\ mo ã .Arte
Pires de Souza. Virginia Siqueira Rosa Paes de Barros. Carlota Enoul. de Arrude. Néné Livramento. David
Malta, Felippe Branco de Oliveira l.aura Figueiredo. Antoniela M. La- Arruda. Rodolpho P. de Queiroz.
Neves. Izaura D. LAvarais. Malvine cerda, Ruy Ramos. Paulo de Ca- Evandro Pimenta de Campos, Car-
Thelspskausen. Léo Walfer Levy. margo. Elza de A. Sampaio, Carlos los Pimenta de Campos, Heloisa
Wanda Levy. Percy Levy. Roberto Zanotta Nello. Francisca Prcyer. Nil- Lobo Vianna, Dinorah da Silveira
Levy, Haroldo Levy, Herberlo Levy, da Vcrona. Maria de Lourdes Bit- Carneiro. Carmelina Mosca. Fran-
Hilda Silva, Carmen Silva. Jacintho tencourt. Maria Verona. Raphael cisco Mesquita de Carvalho. Maria
Silva Filho. Manoel Villaça Moura Aurienne, Waldyr Peixoto. Baby Sol- Augusta Mesquita de Carvalho. Al-
Camargo. Zilda Domingues. Hernani les da Veiga. Maria Maia. Luiz cides Veiga. Baby Salles Veiga. Ma-
Campos Seabra. Celso Àrafangy, RuITo. Túlio Leal. Alfredo B. Nunes. na Cruz. Waldemar Costa, Paulo
Eliza O. Ribeiro. Leduina Riedel. Nair Porchat Bellegardc. Herbert de Plínio Barreto. Julia Gontijo de Car-
Sylvia Justina Pereira. Fioriano B. À. Pereira, Eliza dos Santos Ross, valho. Edgard P. Oliveira. Rosalvo
Arruda. Olga Braga. Dulce Simões Yvonne Salles, Armando Barretto, Picarelli. Eduardo Picarelli, A. Bres-
Corrêa. Carlos Simões Corrêa. Ma- Edith Blattmann. Dagobertinho Sal- ser, Nahyde Bresser, Andréa Wor-
ria Justina Pereira. Coraly Reis. les. Maria A. Campo? Viegas, Luiz ms, Marcello Wormo. Gastão Wor-
Haydée Lourdes Reis. Amadeu Fias- BelIizia.Florinda Bellizia. ÁlvaroBelli- mo. Fausto G. de Carvalho, Luis
se R. Martins. Hernani Hasse R. zia. AntonioE.de Barros. Ernesto Mar- de Almeida Barros. Jacintho Mo-
Martins, L. dos Reis. Maria Appa- fins, Sylvio D. de Aguiar. Agostinho reira Guedes.
recida S. Góes, F. Sampaio Vidal.
Nicia Gomes da Silva. Alcides Jus-
íino Pereira, Maria Apparecida 5. 26.o CONCURSO í ONSISTE este concurso em dizer o que é que
Vidal. Hildebrond de Castro, Odilla ^— estão dizendo estas quatro creanças aqui estam-
Fonseca. Berlha Celeste Homem de padas. Cada uma dcllas pronuncia uma syllaba, que
Mello. Hilda de Abreu. Horacio Cor- poderá ser facilmente comprehendida pela posição da bocea. de modo que
rêa, Baldomero Rusfiano Leituga. todas juntas dizem uma palavra muito querida e conhecidissima dos galantes
Nair Leituga. Juarez de Paula. Ma- leitorezinhos. Antes da palavra referida ha um artigo, que é a svllaba pro-
ria Apparecida Ferreira Aguiar. Vera nunciaria pela primeira creança.
Ferraz, Prudente Moraes, Benedicto
Oliveira, Maria Stella Arantes, Maria
V, Queii \U
Souza. Moacyr de F. Souza. Djanira'' ■
de A. Leite. Thereza J Seabra. Ma-
noel Gomes dos Santos. Lavinia
Rudge Ramos. Arthur Voigllaender.
Sylvio Galhardo Araújo. Baby Pinto
Ferreira. Nina Galhardo. Lauro M.
da Cruz, Francisco Souza. Maria
Pasquale, Renato Pasquale, Carlos
Pasquale, Laurinha Maria S. Ayrosa. Ofíerecemos um Prêmio de lOSOOO, em dinheiro, ao primeiro sorteado.
Percides Nogueira. Apparecida Voss. Outro Prêmio de 3$000, em dinheiro, ao segundo sorteado. £ mais 30
Maria Leite. Cafharina Prado, José prêmios em lindos e variados brinquedos.
Armando Azevedo, Isaura Ramos Todas as creanças que no» enviarem solução devem remetter-nos o seu
Martins. Luciano R. Pinto, Leonor endereço bem claro e o nome de seu pae. As creanças do Interior ou dos
Braga. Maria Benedicta de Godoy. Estados que forem comtempladas com prêmios em dinheiro, receberão a res-
Lvdia Martins. José Prado. Anna pectiva importância em vale postal.
a mãe de Luzjta e a excellenfe velha, 13.o prêmio — Álvaro Bresser (um Maria de Lourdes Kannebley. Glan-
aponfando-a, murmuiou á nela ; gymnasla). cia Prado Olynlho, Ismar Chaves
— Era e é. Muilo bonila e 14° prêmio — Nair Leiluga (um Vasconcellos, Maria de Lourdes Le-
muito bôa ! E tu has de sahir a bébé). mos Amaral. Zorobabél Ferreira de
ella. meu anjo j 15° prêmio — Fábio Sampaio Vi- Sá, Ignacio Uchõa da Veiga, Deo-
— E o menino era papae. . . dal (uma boneca dançarina). linda Leite, Silverio de Almeida, Fla-
Comprehendo ! 16.o prêmio — Antônio E. barros vio R Ramos, Maria Lucilla Ramos,
A avó envolveu Luzila num tur- Filho (um trem de ferro). Lygia Ferreira da Silva, Maria Ap-
bilhão de beijos. Emquanlo ella já 17.° prêmio — Manoel AAagro Pros- parecida F. Silva, Itagyba Nogueira
nos braços da mamãe, ia tomar chá pero (uma pistola) de Sá, José N. de Sá. João Esco-
para deitar-se. a doce velha quedou. Itt.o prêmio — Rulh Oliveira (um bar. Antônio de Barros Martins.
o queixo apoiado sobre o peito, os bébé). Mario de Moura Albuquerque. Zilda
olhos annuviados. a recordar a me- 19.° prêmio — Maria da Gloria Oli- Puiggarl Ramos. Eliza Alves M. Lima,
ninice de seu rico João. do seu es- veira (um bébé). Ernani Arruda, Irene Arruda, Thalia
tremecido filho. . . 20.O prêmio — Álcina Araújo (uma Silveira Moita, Maria Antonielta Ca-
Luzifa, que era uma creança boneca). margo, Cândida Camargo, Júlio C.
infelliçíenle. arregalou mais os olhos : 21.o prêmio — Boanergers Rallo Archambeau. Jondyra de Paiva Ma-
— Como. vovó ? Mas então, a (uma pistola). nila. Pedro Rocha Filho. Maria Lui-
rainha das fadas. . . 22.o prêmio — Fausto Quirino Si- za Torres. Arnaldo Rocha. Cassio
— A rainha das fadas era vó- mões (uma espada). José de Toledo. Antônio José de
vózinha. . . 23.° prêmio — Benedicto de Oli- Castilho, Zulmira Brosiiiense da Cu-
veira (um carrinho). nha Leol. Rosalvo Brasiliense da Cu-
24.° prêmio — Roberto Mafra (um nha Leal, João Baptista da Cunha
24.0 CONCURSO carrinho). Leal, Norberto Tellucci Magro, Irene
25.° prêmio — Raphael Aurienne .Manila, Aldemar P. Barros. Amélia
Mais um grande suecesso assi- (um carrinho). Marques. Rulh de Arco e Flexa.
gnalou A Formiga com o sorteio deste 26.° prêmio — Maria de Lourdes Fábio de Mesquilo Barros, Marina
concurso. O salão do Coriservalo- Soares (uma boneca). de Castilho, Jandyra Chagas, Alfre-
rio Dramático e Musical, onde o 27.o prêmio — Olga Kleine (uma do Cecilio Lopes, Edith Felicissimo.
mesmo se rcalisou, encheu-se de boneca). Annita Gasparian. Dulce de Mattos,
creanças e exmas. senhoras e senho- 2a.0 prêmio — Paulo Camargo (um Plácido de Mattos, Reynoldo de
rifas. reinando entre todos a mais burrinho). Mattos, José de Campos Viegos,
expansiva alegria. 29° prêmio — Itagiba Nogueira de Waldomiro Puiggari Ramos, Dulval
O sorteio foi presidido pelo di- Sá (um brinquedo). Puiggori Ramos, Marilio G. de Foro
reefor d "A Cigarra' . dando o se- 30.o prêmio — Silvia Juslina Pe- Freire, Adherbal de Andrade, Maria
guinte resultado : reira (uma boneca). de Andrade, Asdrubal de Andrade,
31.o prêmio — Coraly Reis (uma Humberto Ayres de Lima, Odette
l.o Prêmio — Uma nola de boneca). Magalhães, Luiz Ayres Filho, Dimas
lo$ooo — Coube á menina Maria 52 o prêmio — Hernani H. Rocha Ayres, Ida Ayres, F.liza Branca de
do Carmo Passalacqua, filha do dr. Martins (um brinquedo). Moraes. Neyde Arruda. Jocundo S.
Paulo Américo Passalacqua. juiz de de Mello Leitão. Maria Apparecida
Direito da 2 a Vara Criminal da
Baker. Maria Lúcia Ferraz. Vayá
Capital e residente á rua Pedroso
Ferraz, José Geraldo de Lacerda,
numero ]ô. 25o CONCURSO Helena Camargo, Eliza de Camorgo,
Trinta e Dous prêmios em brin- Bella de Camargo, Joanna D Are
quedos : A solução deste concurso é:
de Camargo, Beatriz de Camorgo,
VICENTE DE CARVALHO Zczinho Vila, Arlhur Lombardi, Ma-
l.o prêmio — Maria de Puula Can-
tinho (uma boneca). Acertaram e têm direito a um ria da Glorio, Rulh Oliveira, Durval
2.° prêmio — João de Oliveira sorteio paro a adjudicação de um Peixoto, João de Oliveira, José Sal-
(uma bolu de fool-ball). prêmio de 10$000. (em dinheiro.) c lamine de Oliveira, Geisha Oliveira.
3° prêmio — Geisha de Oliveira mais 30 outros prêmios em brinque- Lygia Oliveira, Benedicto Oliveira
(um bébé). dos, as creanças cujos nomes men- Sallaminc. José Burlamaquc de An-
4.o prêmio — Virgini-i de Siqueira cionamos abaixo. O sorteio realisar- drade. Antônio Bruno. Oswaldo Qui-
Malta (uma boneca). se-ã terça-feira. 5 de Outubro, ás rino Simões. Fausto Quirino Simões.
5.° prêmio — Floriano Arruda (uma quatro e meia da tarde, no saião Celina Quirino Simões, Eliza Quiri-
espada). do Conservatório Dramático Musical. no Simões, Gil Spilborghs, Hilda
6.o prêmio — Alfredo Pereira de á rua de S. João. Spiiborghs, Galileu Spilborghs. Ma-
Queiroz (uma espada). Pedimos o comparecimento de ria da Penha Coníinho. Cynira Can-
7.o prêmio — Arthur Voigtlander todas as creanças e de suas exemas. tinho. Antônio Benedicto Cantinho.
(uma espada). familias. Carlos Dale. John Coochman. Alice
6.o prêmio — Maria Stella Aran- Coachman, Evangelina Coachmen,
F.is a lisla dos turunas que es- boanerges Rallo, Armando Rallo,
les (uma boneca).
tão habilitados para o sorteio :
60 prêmio — Vicente Lapastine Nicolau Rallo, Reg'na Beatriz Ratto,
(um palhaço). Lygia Bicudo, Eunydice de S. Lois Mello, Jenny Mtllo, Francês
lO.o prêmio — Antônio Bruno (um Cruz. Jupira Fontes. Aicyone Galhar- Dole, Armando Berti. Mario de Lo-
burrinho). do. Alcina Araújo, João M. de C. urdes Soares. Mario .Mendonça, Va-
ll.o prêmio — Cecilia Fonseca (um Araújo Júnior. Laura Maffei. Oswal- lentina Ratto, Helena Rotto. José
bébé). do AÁaffei. João Eduardo Alves de Lydio Dias, Mario Verona, Luizo
12.o prêmio — Silvio Araújo (uma Lima, José Luiz M. Gonçalves Dente, Aurienne, Raphael Aurienne. Vicente
malinha). Margarida M. Maranhão G. Dente. Lapaslino, Nilda Verona, Adelaide
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