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DELEGAÇÃO NAMPULA
Alsina Chaleca
Zita Mussimo
Alsina Chaleca
Zita Mussimo
1.1. Estado....................................................................................................................................4
1.2. O Reconhecimento................................................................................................................5
2. Sucessão de Estado......................................................................................................................5
CONCLUSÃO...............................................................................................................................10
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................................11
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é sobre um tema de grande relevância e o objecto do estudo do
Direito internacional e se faz presente na história de diversos Estados, só no século XX, por
exemplo houve o surgimento de novos estados ocorridos principalmente pela eclosão das duas
Grandes Guerras. Nesse sentido, no âmbito das nações unidas viu-se a necessidade de regular a
forma como tratar o fenómeno, assim existem dois instrumentos basilares que podem ser
destacados; a Convenção de Viena de 1978 em matérias de tratados e a Convenção de Viena de
1983 em matérias de bens, arquivos e dívidas de Estado.
Portanto, este trabalho analisara a questão do Estado, seu Reconhecimento, e será visto
como a Sucessão poderá se apresentar, seus efeitos e requisitos da sucessão.
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1. Reconhecimento do estado e do Governo
O Reconhecimento de Estado é um ato unilateral, expresso ou tácito, pelo qual um Estado
constata a existência de um outro Estado na ordem internacional, dotado de soberania, de
personalidade jurídica internacional e dos demais elementos constitutivos do Estado. O
Reconhecimento é indispensável para que o novo Estado se relacione com seus pares na
comunidade internacional.
Em geral, o direito Internacional exige o cumprimento de três requisitos para que um Estado
seja reconhecido por outros:
Que o seu Governo seja independente, inclusive no que respeita à condução da política
externa;
Que o Governo controle efectivamente o seu território e população e que cumpra com
suas obrigações internacionais; e
Que possua um território delimitado.
1.1. Estado
Os Estados soberanos são os principais sujeitos de direito internacional. Tanto que do
ponto de vista histórico quanto do funcional, já que é por sua iniciativa que surgem outros
sujeitos, como as organizações internacionais.
A ciência política de acordo com Jelinek, aponta três elementos indispensáveis à existência
do Estado e, em consequência, a sua personalidade internacional, a saber.
População;
Território; e
Governo.
Ademais dos elementos constitutivos mencionados acima, o Estado, para ser pessoa
internacional, deve possuir soberania, isto é, o Direito exclusivo de exercer a autoridade política
suprema sobre o seu território e a sua população. Ver o capítulo Natureza da norma jurídica
internacional.
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1.2. O Reconhecimento
É o ato unilateral através do qual um sujeito de direito internacional, sobretudo Estado,
constando a existência de um fato novo (Estado, Governo, situação ou tratado), cujo evento de
criação não teve sua participação, declarar, ou admite implicitamente, que o considera como
sendo um elemento com quem manterá relações no plano jurídico. Trata-se, portanto, de um ato
afirmativo que introduz o fato novo nas relações jurídicas entre os sujeitos de DIP.
O não reconhecimento é justamente dizer ainda que implicitamente, que o surgimento deste
novo Estado decorre de um ILICITO INTERNACIONAL, ou seja, está em desacordo com as
normas do direito internacional. Dito isso, estes Estado não estaria apto a manter relações com os
outros entes internacionais.
2. Sucessão de Estado
É uma teoria em relações internacionais quanto ao reconhecimento e aceitação de um
novo Estado criado por outros Estados, baseado em uma relação histórica percebida que novo
Estado possui com o estado anterior, a teoria tem suas raízes na diplomacia do século XIX.
Karl Von Gereis, professor académico disse: Sucessão pode se referir a transferência de
direitos, obrigações, e prioridade de um Estado anteriormente bem estabelecido, o Estado
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predecessor ao novo, o Estado sucessor. Transferências de direitos, obrigações, e prioridades
podem incluir activos estrangeiros (embaixadas, reservas monetárias, artefactos de museu).
E frisar que a maior parte da doutrina apoia a teoria declaratória, defendendo que o Estado
como tal já existe antes de seu reconhecimento de modo que sua existência não depende do
reconhecimento. Ao contrário, acredita-se que seu reconhecimento só e possível vez que o
Estado já existe. Na prática, a recusa do reconhecimento não impede a existência de um Estado.
O mesmo não ocorre na situação inversa; vez que se os demais elementos constitutivos não
se verificam, o reconhecimento, por si só, não tem legitimidade de criar um novo Estado.
Já o Reconhecimento de Governo por outros Estados ocorre sempre que um novo isto e, um
novo grupo político assume o poder em um estado com a violação de seu sistema constitucional.
E uma maneira pela qual os demais estados declaram qual o governo do pais em questão, em
especial quando há revolução que tornam o quadro político confuso, e pressionam o novo
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governo a cumprir com as obrigações internacionais assumidas pelo governo anterior em nome
do seu estado, não é ato obrigatório para os demais Estados.
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ANDRE RICCI DE AMORIM (-JUNH-2018)
O interessante nessa modalidade é que a separação para criar um estado sucessor não
extingue o estado predecessor continua a existir com todos os seus direitos e obrigações
internacionais intacto (SHW,2008, P 974.). Como exemplo, é possível citar a separação do
panamá da Republica da Colômbia, em 1903.
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3.1. Os Efeitos Da Sucessão
Passado o memento de análise das várias hipóteses de Sucessão de Estados, vê-se que a
forma de solucionar a questão não é uma tarefa fácil e seus efeitos podem repercutir tanto
internamente quanto exactamente.
Desse modo, e interessante atentar-se para alguns efeitos que esse fenómeno gera, em
especial no que refere ao bens e direitos dos particulares, no ordenamento jurídico, nos bens
públicos, nas dívidas do estado, nos tratados internacionais, na responsabilidade internacional, e
na nacionalidade do indivíduo, o último a ser analisado separadamente no tópico seguinte, com o
caso da disputa territorial envolvendo EL Salvador e Honduras.
A doutrina não é unânime quanto a questão dos bens e direitos dos particulares adquiridos
antes da constituição do estado sucessor, ou seja, como proceder quando o bem ou o direito foi
adquirido ainda sob vigência das regras do estado sucessor.
A segunda corrente entende que, ao garantir esses direitos, se estaria violando a soberania do
estado sob a liberdade de conduzir sua política económica, em especial na questão da
nacionalização de propriedades estrangeiras. Desse modo, seria lícito ao Estado sucessor não
honrar as garantias preexistentes, pois estas não foram assumidas por si (Almeida, 2003, p.249).
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CONCLUSÃO
Como conclusão podemos dizer que, conseguimos observar e considerar apenas quatro
tipologias possíveis, no tocante a sucessão, a saber; sucessão relativamente a parte do território, a
sucessão de Estados de recente independência, a unificação de Estados e a separação. No
entanto, entendimento diverso defende o Doutor Francisco Ferreira de Almeida, e o Doutor
Malcolm Shaw (2008, p.979), quando cintam expressamente que a dissolução é uma das
modalidades que a sucessão de Estados pode se apresentar.
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BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Francisco Ferreira de: Direito Internacional Público, 2 ed.coimbra: coimbrã Editora,
2003.
BRITO, Wladimir. Direito Internacional Público, 2ed. Coimbra: coimbrã editora, 2014.
REZEK, Francisco. Direito internacional público; 13 ed. São Paulo: saraiva, 2011.
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