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UNIVERSIDADE FEDERAL

MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ
DO RIO DE JANEIRO Divisão de Enfermagem

PROCEDIMENTO OPERACIONAL POP N° 66 Data: 15/10/2012


Revisão N° 03 Data: 03/09/2020
PADRÃO
Área de Aplicação: Admissão, Centro
Título: Punção Venosa Periférica em Adultos Obstétrico, Alojamento Conjunto

Responsáveis Nome Cargo


Elaboração Ana Carolina de Sá Moreira Catão Enfª Chefe do Ambulatório/ Admissão
Priscila Borges de Carvalho Matos Enfª Rotina Ambulatório/Admissão
Revisão Viviane Saraiva de Almeida Assessoria de Planejamento, Supervisão e
Isabela Dias Ferreira de Melo Cuidado
Aprovação Ana Paula Vieira dos Santos Diretora de Enfermagem
Esteves

1. EXECUTANTE

1.1 Compete ao Enfermeiro e ao Técnico de Enfermagem a realização do procedimento que se


caracteriza pela instalação de um dispositivo (cateter venoso curto flexível) no interior do vaso
venoso para administração de fluidos, de forma direta (bólus) ou em infusão contínua.

2. RESULTADOS ESPERADOS

1.1 Promover uma via de acesso segura para administrar drogas intravenosas e/ou hidratação.

3. MATERIAL NECESSÁRIO

3.1 Luva de procedimento.


3.2 Álcool 70%.
3.3 Gaze.
3.4 Garrote de látex.
3.5 Cateter periférico não agulhado (jelco ).
3.6 Esparadrapo antialérgico.
3.7 Dispositivo de duas vias (polifix).
3.8 Soro fisiológico 0,9%.
3.9 Seringa 10ml.

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3.10 Cuba rim.

4. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

4.1 Explicar o procedimento ao paciente.


4.2 Realizar a higienização das mãos (Ver POP Higienização das mãos).
4.3 Reunir todo o material em uma cuba rim.
4.4 Calçar as luvas de procedimento.
4.5 Preencher o dispositivo de duas vias com soro fisiológico 0,9%.
4.6 Selecionar o local para a punção. Em caso de sujidade visível no local da futura punção,
removê-la com água e sabão antes da aplicação do antisséptico.
4.7 Selecionar o tamanho do cateter de acordo com o calibre da veia, levando em consideração que
cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela
cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso.
4.8 Aplicar o garrote 5 a 10 cm acima do local da punção desejado.
4.9 Solicitar que o paciente abra e feche a mão várias vezes.
4.10 Realizar antissepsia do local a ser puncionado com gaze e álcool 70%, em movimentos
circulares de dentro para fora, três vezes, substituindo as gazes e aguardando a secagem (ver
Figura1).
4.11 Retirar a proteção do cateter periférico flexível.
4.12 Segurar o braço do paciente de forma que a veia selecionada fique bem visível e tracionada.
4.13 Posicionar o cateter ao nível da pele para penetrar a veia (num ângulo de 45º da pele).
4.14 Introduzir a agulha com o bisel voltado para cima através da pele com movimento lento e
contínuo (ver Figura 2).
4.15 Visualizar o refluxo do sangue pelo cateter para certificação de que o mesmo se encontra
dentro do vaso (ver Figura 3).
4.16 Soltar o garrote.
4.17 Puxar a agulha para trás a fim de separar a agulha do cateter, e avançar apenas o cateter para
dentro do vaso (ver Figura 3 e 4).

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4.18 Pressionar a veia acima da extremidade do cateter com o dedo, a fim de evitar refluxo do
sangue e remover lentamente a agulha, mantendo apenas o cateter inserido no paciente (ver
Figura 5).
4.19 Acoplar o dispositivo de duas vias ao cateter e injetar o soro fisiológico a fim de certificar-se
da perviedade do acesso venoso, observando hiperemia, obstrução, infiltração ou desconforto
(ver Figura 6).
4.20 Aplicar o curativo com esparadrapo antialérgico para fixar o acesso venoso (ver Figura 7).
4.21 Registrar no esparadrapo do curativo a data, o calibre do cateter e o nome do profissional
que realizou o procedimento.
4.22 Substituir a seringa conectada ao dispositivo de duas vias por uma tampinha contida na
embalagem do dispositivo.
4.23 Registrar o procedimento na folha de evolução do paciente.

5. CUIDADOS

5.1 Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 96 h. A
decisão de estender a frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente
indicado dependerá da adesão da instituição às boas práticas recomendadas pela Anvisa, tais
como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade
da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e
permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização estéril.
5.2 Um novo cateter periférico deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo paciente.
5.3 Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de conservantes para flushing e lock dos
cateteres periféricos.
5.4 Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter utilizando seringas de diâmetro de 10 ml
para gerar baixa pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de resistência.
5.5 Avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e áreas adjacentes quanto à presença de rubor,
edema e drenagem de secreções por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto e
valorizar as queixas do paciente em relação a qualquer sinal de desconforto, como dor e
parestesia. Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por turno.
5.6 A avaliação de necessidade de permanência do cateter deve ser diária.

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5.7 Remover o cateter periférico tão logo não haja medicamentos endovenosos prescritos e caso o
mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas.
5.8 O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene das mãos. No cuidado específico com
cateteres intravasculares, a higiene das mãos deverá ser realizada antes e após tocar o sítio de
inserção do cateter, bem como antes e após a inserção, remoção, manipulação ou troca de
curativo.
5.9 Limitar no máximo a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo, quatro
no total. Múltiplas tentativas de punções causam dor, atrasam o início do tratamento,
comprometem o vaso, aumentam custos e os riscos de complicações. Pacientes com dificuldade
de acesso requerem avaliação minuciosa multidisciplinar para discussão das opções apropriadas.
5.10 Indicado para pacientes com prescrição de medicações a serem realizadas por via
intravenosa.
5.11 É contra indicado em caso de infecção de pele ou subcutânea em área próxima à punção.

6. REFERÊNCIAS

1. NETTINA, S.M. Prática de Enfermagem. 7.ed. v.1.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
2. TORRES, M.M.; ANDRADE, D.S.; SANTOS, C.B. Punção venosa periférica: avaliação de
desempenho dos profissionais de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enferm. v.13, n.3, mai/jun
2005, p. 299-304.
3. Guidelines for the prevention of intravascular catheter – related infections – CDC, 2011.
Disponível em: http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/guidelines/bsi-guidelines-2011.pdf. Acesso em
12/11/2012.
4. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de
Saúde. 2017, 201p. Disponível em: Acesso em: 08/04/2020

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7. FIGURAS

Figura 1: Antissepsia da pele

Figura 2: Introdução do Cateter

Figura 3: Visualização do refluxo sanguíneo e tracionamento do guia

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Figura 4: Introdução do cateter

Figura 5: Contenção do fluxo sanguíneo para retirada total do guia

Figura 6: Conexão do sistema (equipo/polifix)

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Figura 7: Fixação do acesso venoso

HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
DATA VERSÃO ELABORAÇÃO/REVISÃO APROVAÇÃO
15/10/2012 1 Ana Carolina de Sá Moreira Catão Gustavo Dias da Silva
Priscila Borges de Carvalho Matos/
Viviane Saraiva de Almeida
18/04/2018 2 Ana Carolina de Sá Moreira Catão Ana Paula Vieira dos Santos
Priscila Borges de Carvalho Matos/ Esteves
Viviane Saraiva de Almeida
08/04/2020 3 Ana Carolina de Sá Moreira Catão Ana Paula Vieira dos Santos
Priscila Borges de Carvalho Matos/ Esteves
Viviane Saraiva de Almeida
Isabela Dias Ferreira de Melo

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