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UNIVERSIDADE FEDERAL

MATERNIDADE-ESCOLA DA UFRJ
DO RIO DE JANEIRO Divisão de Enfermagem

PROCEDIMENTO OPERACIONAL POP N° 81 Data: 07/12/2014


Revisão N° 03 Data: 13/04/2020
PADRÃO
Área de Aplicação: Alojamento
Título: Cateterismo Vesical de Demora em
Conjunto, Centro Obstétrico,
Adultos
Emergência Obstétrica
Responsáveis Nome Cargo
Elaboração Gabriela Fernandes de Araujo Residente de Enfermagem
Revisão Viviane Saraiva de Almeida Assessoria de Planejamento Supervisão
Isabela Dias Ferreira de Melo e Cuidado
Caroline de Lima Xavier Coordenadora da Admissão/Emergência
Obstétrica
Aprovação Ana Paula Vieira dos Santos Esteves Diretora de Enfermagem

1. EXECUTANTE

1.1 Compete ao Enfermeiro, de forma privativa, realizar a introdução de uma sonda ou cateter de
látex/silicone estéril através da uretra para o interior da bexiga, por meio de técnica asséptica.
1.2 Compete ao Técnico de Enfermagem auxiliar o enfermeiro durante o procedimento de
cateterismo vesical, monitorizar e registrar as queixas da paciente, das condições de drenagem,
débito urinário, balanço hídrico e manutenção de técnica limpa durante o manuseio do sistema
de drenagem.

2. RESULTADOS ESPERADOS

2.1 Promover a drenagem urinária.


2.2 Realizar o controle rigoroso do débito urinário.
2.3 Preparar o cliente para procedimentos cirúrgicos.

3. MATERIAL NECESSÁRIO

Rua das Laranjeiras, 180 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ


CEP 22240-001 Tel. (21) 2265 5194 ramal: 241
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3.1 Gaze estéril.


3.2 Xilocaína gel.
3.3 Seringa de 20ml.
3.4 Agulha 40 x12.
3.5 Luvas estéreis.
3.6 Campo estéril.
3.7 Máscara e gorro descartável.
3.8 Clorexidina aquosa 2%.
3.9 Ampolas c/ água destilada.
3.10 Coletor estéril.
3.11 Comadre estéril.
3.12 Biombo.
3.13 Bandeja de cateterismo vesical estéril.
3.14 01 campo fenestrado ou compressas cirúrgicas estéreis.
3.15 Esparadrapo.
3.16 Sonda foley de látex ou silicone (escolher o tamanho de acordo com o diâmetro da uretra em
mulheres de 14 a 16 Fr ).

4. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

4.1 Verificar a prescrição médica e conferir a solicitação do cateterismo vesical de demora.


4.2 Explicar o procedimento à paciente.
4.3 Indagar alergia a látex.
4.4 Encaminhar paciente ao banheiro para realizar a higiene íntima se ela estiver em condições
clínicas.
4.5 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
4.6 Reunir material.
4.7 Colocar biombo em volta do leito.
4.8 Colocar máscara e gorro descartável.
4.9 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
4.10 Calçar luvas de procedimento.

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4.11 Posicionar a paciente com as pernas fletidas apoiando os pés no leito, expondo a genitália.
4.12 Inspecionar o períneo e verificar a presença de eritema, drenagem e odor.
4.13 Realizar a higiene íntima (ver POP de Higiene Íntima), se necessário.
4.14 Retirar as luvas de procedimento.
4.15 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
4.16 Abrir a bandeja de cateterismo.
4.17 Colocar a clorexidina na cuba redonda.
4.18 Abrir todo o restante do material estéril sobre a bandeja de cateterismo.
4.19 Colocar o gel de xylocaína sobre uma gaze.
4.20 Aspirar 10ml de água destilada na seringa.
4.21 Abrir a luva estéril.
4.22 Calçar luvas estéreis (ver POP de Colocação e Retirada de luvas estéreis).
4.23 Verificar a integridade da sonda.
4.24 Acoplar a sonda ao coletor de urina deixando a pinça aberta.
4.25 Iniciar antissepsia com gaze embebida no antisséptico em movimento unidirecional de cima
para baixo.
4.26 Desprezar a gaze ao final de cada região seguindo a ordem: monte de Vênus, grandes lábios
do lado proximal para o distal.
4.27 Afastar com a mão não dominante, os grandes lábios.
4.28 Realizar antissepsia dos pequenos lábios do lado proximal para o distal, com a mão
dominante.
4.29 Manter os grandes lábios afastados com a mão não dominante de forma a visualizar o meato
uretral, realizar a antissepsia do meato em movimentos circulares do proximal para distal,
com a mão dominante.
4.30 Lubrificar a sonda com xilocaína gel.
4.31 Colocar o campo ou compressas estéreis entre as coxas da paciente.
4.32 Puxar a borda dobrada bem abaixo das nádegas.
4.33 Aplicar um campo ou compressa sobre o períneo.
4.34 Expor os lábios.
4.35 Pegar o cateter com a mão dominante enluvada.
4.36 Segurar a extremidade do cateter levemente enovelada na palma da mão dominante.

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4.37 Retrair cuidadosamente os lábios, com a mão não dominante para expor completamente o
meato uretral.
4.38 Inserir o cateter num total de 5 a 7,5 cm até que a urina flua para região externa do cateter.
4.39 Avançar o cateter por mais 2,5 a 5 cm, após a saída da urina.
4.40 Soltar os lábios.
4.41 Segurar o cateter firmemente com a mão dominante.
4.42 Insuflar lentamente o balão com 10ml de água destilada ou de acordo com a recomendação
do fabricante.
4.43 Promover uma leve tração da sonda.
4.44 Retirar o campo ou compressa.
4.45 Fixar sonda na face lateral interna da coxa, evitando tracioná-la.
4.46 Posicionar a paciente confortavelmente.
4.47 Reunir o material.
4.48 Organizar a unidade do cliente.
4.49 Retirar as luvas.
4.50 Realizar a higienização das mãos (ver POP de Higienização das Mãos).
4.51 Registrar o procedimento na folha de observação informando volume e características da
urina drenada e intercorrências durante o cateterismo.

5. CUIDADOS

5.1 Nunca elevar a bolsa coletora acima do nível da bexiga.


5.2 Fazer a limpeza completa 2 (duas) vezes ao dia ao redor do meato uretral
5.3 A prática de testar o balão do cateter de demora não é mais recomendada, devido à possibilidade
de formação de sulcos que podem causar traumatismos na uretra durante a inserção.
5.4 Nunca desconectar o sistema de drenagem fechado.
5.5 Realizar troca da sonda na vigência de sinais inflamatórios, sangramento periuretral,
contaminação do coletor, presença de grumos no coletor, dor ou ardência na uretra.
5.6 Indicações:
5.6.1 Controle de diurese horária nos casos de instabilidade hemodinâmica.
5.6.2 Retenção urinária.

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5.6.3 Avaliar a eliminação e mensuração do débito urinário.


5.6.4 Coleta de urina para realização de exames.
5.6.5 Instilar medicamentos.
5.7 É contraindicado no caso de obstrução uretral.

6. REFERÊNCIAS

1. POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 6ed.
Rio de Janeiro. Guanabara, Koogan, 2009.

2. POTTER, P. A.; PERRY, A.G.; STOCKERT, P.; HALL, A. Fundamentos de Enfermagem.


9ªed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.

3. SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico-
cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

4. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção


Relacionada à Assistência à Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília: Anvisa,
2017. Disponível em:
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicações/item/medidas-de-
prevencao-deinfeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude-3. Acesso em 13/04/2020.

5. RESOLUÇÃO COFEN 450 de 11 de dezembro de 2013, que Normatiza o procedimento de


Sondagem Vesical no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-04502013-4_23266.html. Acesso
em 13/04/2020.

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7. FIGURAS
Figura 1 - Limpeza local (higiene íntima):

Figura 1: POTTER, 2009

Figura 2 - Introdução do Cateter:

Figura 2: POTTER, 2009

Figura 3 - Fixação do Cateter

Figura 3: POTTER, 2009

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Figura 4 – Coletor de urina fixado no leito

Figura 4: POTTER, 2009

HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
DATA VERSÃO ELABORAÇÃO/REVISÃO APROVAÇÃO
07/12/2014 1 Gabriela Fernandes de Araujo/ Ana Paula Vieira dos Santos
Jaqueline Souza da Silva Esteves
Viviane Saraiva de Almeida
17/10/2018 2 Gabriela Fernandes de Araujo/ Ana Paula Vieira dos Santos
Jaqueline Souza da Silva Esteves
Viviane Saraiva de Almeida
13/04/2020 3 Gabriela Fernandes de Araujo/ Ana Paula Vieira dos Santos
Viviane Saraiva de Almeida Esteves
Isabela Dias Ferreira de Melo
Caroline de Lima Xavier

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