O documento discute um livro didático de história para o 6o ano do ensino fundamental. Ele destaca que o livro segue as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e enfatiza a inclusão de diferentes grupos marginalizados na história, além de promover o respeito à diversidade na sala de aula.
O documento discute um livro didático de história para o 6o ano do ensino fundamental. Ele destaca que o livro segue as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e enfatiza a inclusão de diferentes grupos marginalizados na história, além de promover o respeito à diversidade na sala de aula.
O documento discute um livro didático de história para o 6o ano do ensino fundamental. Ele destaca que o livro segue as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e enfatiza a inclusão de diferentes grupos marginalizados na história, além de promover o respeito à diversidade na sala de aula.
Geração Alpha - 6º ANO História - São Paulo 4ª Edição/2022
Débora Yumi Motooka: Bacharelada e Licenciada em História pela Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Referêncial Curricular do Estado de São Paulo: Nos Anos Finais do Ensino
Fundamental, do 6º ao 9º ano, a abordagem cronológica, mais comum, foi preservada como na BNCC. Além das temáticas tradicionais , com ênfase nas experiências brasileiras e latino-americanas, procurou-sedestacar o papeldas mulheres, além do engajamento edas conquistas dos grupos marginalizados na história. Lembremos que todos os grupos têm sua contribuição sociocultural e econômica e devem ser igualmente reconhecidos e respeitados. O tratamento dessas questões tem por objetivo que os estudantes possam (re)conhecer as diferenças, valorizar a convivência respeitosa entre todos e superar desigualdades historicamente construídas. O livro utilizado como objeto de estudo tem logo de início a Base Nacional Comum Corricular (BNCC) e dialóga com a refêrencia curricular de São Paulo (Estado onde o livro é utilizado). As abordagens feita pela BNCC possibilita maior equidade educacional, pois procura assegurar que todos tenham as mesmas oportunidades de acesso à educação sem distinção de cor, raça ou genêro. “Por se tratar de competências globais, a todo instante as propostas da coleção as mobilizam, em diferentes abordagens e graus de aprofundamento. Por isso, na parte específica de cada volume deste manual, optou-se por apontar as possibilidades de trabalho com cada competência geral da Educação Básica (CGEB) nos momentos em que são acionadas com destaque.” O livro destaca que A área de Ciências Humanas, de acordo com a BNCC, tem como objetivo desenvolver a compreensão do mundo nos estudantes para prepará-los para agir de forma responsável na sociedade. Isso inclui a formação democrática do cidadão, incentivando questionamentos éticos sobre direitos humanos, respeito ao meio ambiente e à coletividade. A ênfase é dada ao fortalecimento de atitudes como solidariedade, liderança e protagonismo para o bem comum.A coleção utiliza categorias básicas como tempo, espaço e movimento para desenvolver um olhar crítico sobre ações humanas, relações sociais, poder e produção de conhecimento ao longo dos anos finais do Ensino Fundamental. Diversos contextos históricos, espacialidades e temporalidades são explorados por meio de textos didáticos, citações literárias, imagens, sugestões de recursos e atividades específicas. Os objetivos da BNCC incluem o estímulo à argumentação baseada em fatos para promover ideias e decisões que respeitem os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável. Além disso, destaca-se a importância do autoconhecimento, cuidado da saúde física e emocional, prática da empatia, diálogo, resolução de conflitos, cooperação e ação pessoal e coletiva com autonomia, responsabilidade, resiliência, determinação e base ética e inclusiva. Procedimentos de investigação, como identificar, classificar, organizar e comparar, são priorizados, seguindo a abordagem da atitude historiadora. Outro ponto que o livro destaca é a possibilidade de diálogo da História entre outras disciplinas como Lingua Portuguesa com o incentivo de ações como a leitura e a produção de textos. A utilização da notação temporal é fundamental para a elaboração de registros históricos, enquanto a habilidade de ler e criar tabelas e gráficos desempenha um papel crucial na construção do conhecimento histórico, facilitando a interação com conceitos matemáticos. Além disso, ao abordar a historicização dessa disciplina como uma expressão cultural, que funciona tanto como uma linguagem quanto como uma forma de representação e interpretação do mundo, estimula os estudantes a reconhecerem a presença da Matemática em suas vidas cotidianas e no currículo escolar. Isso, por sua vez, promove o protagonismo dos alunos no processo de aprendizagem. Essa integração se torna ainda mais significativa nas propostas de criação e leitura de diferentes linhas do tempo. O uso de diferente fontes é importante para a construção do conhecimento histórico, fontes materiais e imateriais, escritas ou não escritas. A relação do sujeito com os documentos, manifestada por meio das perguntas formuladas durante os processos de identificação, comparação, contextualização, interpretação e análise, desempenha um papel crucial para o êxito do processo de ensino-aprendizagem em História. Nesse contexto, o emprego de fontes históricas viabiliza a compreensão de que a narrativa histórica se constrói a partir dos vestígios remanescentes das vivências de indivíduos e sociedades em tempos e espaços distintos. No entanto, é importante destacar que o uso dessas fontes não implica a exclusão dos materiais provenientes da produção historiográfica. Por isso, o uso de documentos em sala de aula é justificado pelas contribuições que eles ofe?recem para o desenvolvimento da interpretação histórica. No entanto, o professor deve ser o me?diador nesse processo, articulando os “métodos do historiador” e os “métodos pedagógicos”, como afirma Bittencourt. As pinturas, as ilustrações, as reproduções de gravuras e de esculturas, as fotos, os organizadores gráficos, os mapas e outras imagens são utolizadas não apenas como um complemento de textos escritos, mas também como elementos que evidenciam os discursos de uma sociedade, civilização em uma época e lugar definidos. Outra fonte interessante para trabalhar em sala de aula são os filmes. A exibição integral ou parcial de filmes durante as aulas de História oferece uma oportunidade adicional para a interpretação histórica. No entanto, é crucial estabelecer premissas claras em relação aos objetivos almejados ao realizar essa atividade, a fim de evitar que o filme seja apenas uma representação animada do conteúdo. A preparação para essa abordagem começa com a cuidadosa seleção da obra cinematográfica. Esta deve agregar valor ao processo de ensino-aprendizagem, conferindo significado para os estudantes. A escolha do filme deve estar diretamente relacionada aos temas abordados, sendo uma decisão didática que requer a introdução do conteúdo pelo professor, o acompanhamento durante a exibição e a posterior problematização. É fundamental que os estudantes compreendam os motivos que embasam essa escolha para uma experiência educacional. O livro aborda também sobre a História enquanto campo ciêntifico. Inicialmente, destaca-se a concepção iluminista de uma única história da humanidade, que, no entanto, foi historicamente influenciada por uma visão eurocêntrica na historiografia europeia, especialmente durante os séculos XIX e XX. Essa perspectiva eurocêntrica, embora tenha desempenhado um papel significativo na construção da História Universal, tornou-se anacrônica diante da globalização. O autor discute impasses contemporâneos na História, questionando a relação entre a História e a história, bem como a viabilidade de narrar uma única história. Além disso, aponta a crise das grandes narrativas e a multiplicação de objetos de estudo, incluindo a ênfase crescente nos estudos de história cultural. O texto culmina com a proposta de abordar o cotidiano como um tempo presente, destacando as ações individuais diante das circunstâncias da vida. Essa perspectiva sugere uma abordagem mais ampla e dinâmica da História, considerando o presente como um ponto de interseção entre passado e futuro. Assim, o texto aborda a complexidade e os desafios do campo científico da História, incluindo a diversidade de abordagens e a necessidade de repensar as narrativas históricas. A linguagem é de extrema importância e o livro destaca que entender a linguagem significa perceber as conexões entre o que está escrito no texto e o que o leitor pensa, conclui e deduz por conta própria, com base em seu conhecimento e experiências. Fazer inferências permite ao leitor refletir e criar novos conhecimentos a partir das informações no texto, que se tornam parte do que ele sabe. A habilidade de fazer inferências é crucial para compreender a linguagem, pois, assim como o leitor memoriza as informações explícitas, também incorpora as informações que deduziu. A inferência é quando você pensa ou supõe algo que não está explicitamente escrito no texto, usando sua observação e conhecimento cultural. Isso envolve tirar conclusões ou identificar indícios ao estabelecer relações. Para entender um texto, é importante fazer inferências, pois os textos têm informações óbvias e outras que precisam ser deduzidas pelo leitor. Durante a leitura, ao relacionar as informações do texto com o que você já sabe, você dá sentido ao que está sendo dito, compreendendo detalhes, sequências e relações de causa e efeito. Fazer inferências é uma habilidade essencial para atuar de maneira consciente na sociedade, permitindo entender contextos históricos, discernir disputas políticas e propor soluções para problemas cotidianos. Na sala de aula, o exercício da leitura inferencial pode ser feito de várias maneiras, como formular perguntas que incentivem os alunos a antecipar informações, verificar se suas suposições fazem sentido e explicar o que está implícito no texto. Isso ajuda os estudantes a desenvolverem habilidades de análise e resolução de problemas. O livro fala sobre a importância do respeito às diferenças dentro da sala de aula. A escola pública, devido à sua política de aceitar todos os alunos, acaba por ter em suas salas de aula estudantes com diferentes características econômicas, sociais, políticas, identitárias e de instrução. Em meio a essa diversidade, é importante conhecer as particularidades dos alunos, suas dificuldades e facilidades, para promover uma inclusão mais significativa. Cada estudante pertence a diferentes grupos sociais, classes ou comunidades, e isso deve ser considerado na prática educativa para tornar o ensino mais concreto. Portanto, uma abordagem educacional focada nos alunos requer que os objetivos de aprendizagem sejam adaptados às características de cada estudante, evitando práticas que ignorem as diferenças existentes no grupo. Além disso, é fundamental identificar as habilidades dos alunos e reconhecer o que já sabem para que se envolvam completamente no processo de aprendizagem. Isso é crucial para que possam fazer mudanças em suas vidas e no que aprendem. O livro destaca a importância do professor nessas questões. Com relação ao componente curricular de História, convém ao professor pôr em discussão e buscar maneiras de incorporar os vários interesses e motivações dos estudantes às atividades individuais e coletivas que envolvem resolução de problemas, argumentação, troca de opiniões e escuta. Desse modo, o desenvolvimento das competências leitora e argumentativa pode se dar de forma mais orgânica e integrada ao projeto de vida do estudante. Ademais, pode-se desafiar o estudante a realizar pesquisas e produzir análises críticas de temas que agucem sua curiosidade e tenham relação com sua identidade, com base na ciência e em informações idôneas. Assim, o professor poderá ajudar o estudante a ultrapassar barreiras e limites, acolhendo-o e motivando-o a traçar seu percurso para além da sala de aula.