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MÓDULO 3

DESCRIÇÃO Reconhecer o caráter fiscalizatório da profissão de assistente social e suas peculiaridades

Consolidação e conquistas da formação acadêmica e do exercício profissional no campo do Serviço Social.

INTRODUÇÃO
PROPÓSITO Neste tema, aprenderemos sobre as transformações no processo de consolidação dos principais eixos que
compõem a formação acadêmica do Serviço Social, como as diretrizes curriculares; e os assuntos
Compreender a construção da trajetória da formação acadêmica e da legitimação do exercício profissional relacionados à pós-graduação, tal como suas bandeiras de luta pela qualidade do ensino que preza pela
para o Serviço Social. formação de profissionais críticos. Vamos, também, explorar o processo da regulamentação e atuação do
assistente social no país, com destaque para a lei de regulamentação da profissão e a sindicalização dos
assistentes sociais. E, por último, mas não menos importante, entender um pouco mais sobre a importância
das ações fiscalizatórias manifestadas pelo conjunto CFESS/CRESS, órgãos diretamente responsáveis por
PREPARAÇÃO esse trabalho.

Tais assuntos objetivam a reflexão crítica quanto ao seu exercício profissional. Os conhecimentos trazidos
É importante que você tenha em mãos a legislação que será suporte para o estudo de nosso tema:
aqui devem fornecer subsídios para compreensão e discernimento diante da realidade social em suas

Lei Federal nº 3.252 de 27/08/1957; constantes transformações, assim como identificar os motivos e interesses das contradições históricas
vivenciadas por essa categoria. Contradições estas que também expressam um pouco do percurso

Decreto n° 994 de 15/05/1962; dinâmico da sociedade capitalista sob os enfrentamentos das expressões da questão social.

Lei Federal nº 8.662, de 1993.

MÓDULO 1

OBJETIVOS Identificar os principais eixos que compõem a formação acadêmica do assistente social

BREVE PANORAMA SOBRE A TRAJETÓRIA DO


MÓDULO 1
SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL
Identificar os principais eixos que compõem a formação acadêmica do assistente social
Até se tornar oficialmente uma profissão, com uma graduação e conselhos regulamentários, o Serviço
Social apresenta uma trajetória ligada às grandes mobilizações da classe operária do início do século XX,
perpassada por lutas, construções e desconstruções, recuando e avançando, assim como acontece com a
MÓDULO 2 dinâmica de qualquer outra área. Por isso, pensar sobre a formação acadêmica em Serviço Social é
essencial para formar profissionais alinhados com as demandas sociais do tempo presente.
Descrever o processo de formação, regulamentação e atuação do assistente social no país
participando das respostas institucionais e políticas às necessidades de sobrevivência da classe
trabalhadora, com a reprodução antagônica dos interesses sociais dos trabalhadores; e reforçando sempre
as dimensões contraditórias das necessidades e demandas sociais impostas à profissão, expressando as
forças sociais que as afetam: o fluxo de capitais, direitos, valores e princípios que fazem parte de
conquistas e ideias.

CFESS

Não deixe de conhecer o Site Oficial do CFESS. Além de informações acerca do serviço social, é possível
A profissão, em um primeiro momento, era entendida como uma aptidão, uma filosofia de vida baseada em encontrar publicação e periódicos (como a Revista Inscrita).
conceitos religiosos, mais especificamente em princípios cristãos. O papel do Serviço Social era ajudar as
pessoas a restaurar a ordem social. Porém, ainda que por meio de um trabalho técnico, deveria ser
"realizado com o coração", porque essas atividades seriam fruto da caridade.
 ATENÇÃO
Historicamente, para se adaptar aos cenários apresentados (ARAÚJO E MARINHO, 2016), o Serviço Social
teve que modificar suas bases teórico-metodológicas, práticas, ético-políticas e instrumentais, como
É essencial que esse profissional seja exposto a uma formação ampla e contínua, que amplie suas visões
aconteceu em 1960, com a renovação do Serviço Social a partir de processos que visavam a modernização
de mundo, tornando-o um cidadão e profissional crítico e ativo, ciente de sua capacidade de intervenção e
e a superação do conservadorismo, com uma intenção de ruptura; assim, modificando também o ethos
de transformação social, mesmo que ele esteja limitado às condições impostas pelo capitalismo vigente.
profissional.
Assim, ainda segundo Araújo e Marinho (2016), o grande desafio da atualidade é superar o capital por meio
de um direcionamento global e do engajamento universal em torno de um objetivo comum, que esteja mais
alinhado com os princípios-base do Serviço Social.

ETHOS

Palavra grega utilizada para identificar hábitos e costumes de determinada cultura ou mesmo de
determinado grupo de indivíduos.

Nosso objetivo neste módulo é discutir os principais eixos que compõem a formação acadêmica do
assistente social, como as diretrizes curriculares e os assuntos relacionados à pós-graduação. Para tanto,
vamos recapitular um pouco da história da regulamentação do Serviço Social no país.

Em 1957, a profissão de assistente social foi "regulamentada" no Brasil, mas duas décadas antes, em 1936,
surgiram as primeiras escolas de ensino para a formação dos profissionais da área. Como acontece com a
maioria das formações em nível superior, para exercer a profissão, os formados devem registrar seu
diploma no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) correspondente à Unidade Federativa
(UF)/região onde pretende atuar. E, como cobertura para todos os estados, existe o Conselho Federal de
Serviço Social (CFESS), que é responsável pela fiscalização do exercício profissional no país.

As condições que restringem o trabalho dos assistentes sociais expressam a dinâmica das relações sociais Dessa forma, o exercício profissional requer que seus praticantes tenham conhecimento adequado, pois
efetivas na sociedade. A prática profissional está fadada a se polarizar em função da estrutura das relações é de suma importância que os profissionais tenham a capacidade de sugerir ideias e negociar com a
e interesses sociais, e a participar dos mecanismos de exploração e governança, mas, ao mesmo tempo, organização na qual atuam os seus projetos, e de defender seu campo de atuação, suas qualificações e
títulos profissionais, tendo em vista que é preciso transcender as convenções institucionais para alcançar os
objetivos impostos pela profissão.

No movimento real e na força vital que se aproxima de nossa época, as tendências e possibilidades
existentes podem ser adaptadas pelos profissionais e transformadas em projetos de trabalho profissional.
Assim, no âmbito da divulgação e defesa dos princípios da democracia e integridade, as associações que
representam a categoria acreditam que o cumprimento de procedimentos públicos transparentes é uma
questão ética.

Para tanto, ou seja, para que esse profissional possa ter uma formação e uma atuação profissional
adequadas, é preciso que haja um direcionamento do meio, de forma a orientar os caminhos que o Serviço
Social e o assistente social devem percorrer, a exemplo do projeto ético-político da profissão:
Se até meados da década de 1940 a formação profissional era basicamente doutrinária e as escolas em
grande parte associadas a grupos católicos, na década de 1950 a formação voltou-se para o técnico. Por
muitos anos, apesar das constantes transformações, a linguagem da doutrina e a filosofia neotomista (que
naturalizava as contradições sociais para preservar o status quo) continuavam a influenciar os currículos
escolares, mas introduziu-se outro tipo de racionalidade: a linguagem funcionalista positivista.

A influência dos Estados Unidos também foi marcante nesse processo por meio de diversos acordos
É NECESSÁRIA A CLAREZA DE QUE A DIMENSÃO
firmados entre o governo estadunidense e o brasileiro. Desse modo, a Escola Latino-americana de Serviço
HEGEMÔNICA DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO NÃO SE Social recebeu o convite do governo dos Estados Unidos para participar da Conferência Nacional de
DESVINCULA DA ANÁLISE DAS FORÇAS SOCIAIS QUE O Serviço Social, realizada pela American School Association em Atlantic City, em 1941.

TENSIONAM E AFIRMAM – UMA VEZ QUE AS BASES QUE O A Conferência Nacional de Serviço Social resultou em um programa de bolsas para assistentes sociais sul-

LEGITIMAM SÃO TAMBÉM OS ELEMENTOS QUE O americanos, com o objetivo de melhorar a atuação desses profissionais, aprimorando as normas norte-
americanas. Impulsionada pela busca por uma metodologia do Serviço Social, seu ensino passou a ser
AMEAÇAM.
influenciado pelo modelo estadunidense. Assim, foram introduzidos os métodos e técnicas de serviço
social de caso, em um primeiro momento, e de serviço social de grupo e desenvolvimento
(GUAZZELLI; ADRIANO, 2016, P. 240)
comunitário, posteriormente.

É preciso ressaltar que, nos Estados Unidos, o Serviço Social do caso foi o mais desenvolvido durante o
período, com foco nas obras de Mary Richmond (1861-1928) e Gordon Hamilton (1892-1967).
PROJETO ÉTICO-POLÍTICO E PROCESSO DE
FORMAÇÃO ACADÊMICA
 SAIBA MAIS
Em relação ao debate atual sobre o projeto ético-político da profissão, é possível a menção da situação
atual e a crença de que o projeto tem se fragmentado durante a formação acadêmica, principalmente por O Serviço Social de Caso ou Casework orientava-se pelas teorias de Mary Richmond, Porter Lee e Gordon
conta da política de educação neoliberal do país, que estimula a formação de profissionais acríticos, ou Hamilton, cuja preocupação centrava-se na personalidade do cliente. O trabalho orientado por essas teorias
seja, que se adequem melhor às demandas do mercado e não às demandas sociais, o que reduz, buscava conseguir mudanças no indivíduo a partir de novas atividades e comportamentos. O indivíduo era
notavelmente as condições de garantia dos direitos dos usuários. visto como o elemento que deveria ser trabalhado, no sentido de ajustá-lo ao meio social e fazê-lo cumprir
bem seu papel no sistema vigente. (ANDRADE, 2008, p. 280 )
Deve-se investir na capacitação teórico-meto¬dológica, ético-política e técnico-operativa na formação
profissional.
Avançando um pouco na história, o serviço social se beneficiou da extensa luta pela democratização da GRADUAÇÃO LATO E STRICTO SENSU. INSERÇÃO NO
sociedade e da democratização do país, quando inúmeras lutas operárias culminaram na crise da ditadura
MERCADO DE TRABALHO: POR MEIO DE CONCURSOS
militar de 1964-1985. Com o surgimento dos movimentos sociais, as lutas em torno da elaboração e
aprovação da Constituição de 1988 e a defesa do Estado de Direito, à medida que a sociedade PÚBLICOS, PROCESSOS SELETIVOS, AMPLAMENTE
avançava, as práticas políticas de todos os níveis da sociedade civil questionavam essa categoria. DIVULGADOS EM ÓRGÃOS DE IMPRENSA, OU EM
MODALIDADES ESCOLHIDAS PARA OFERTA DE EMPREGO
OU SOLICITAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS
 ATENÇÃO ESPECIALIZADOS.

Tal processo limitou consideravelmente a atuação do Serviço Social no país e passou a exigir novas
(CRESS-SE, 2018)
respostas profissionais, o que levou a grandes mudanças no campo da educação, da pesquisa e da
organização política dos assistentes sociais. Desse modo, sindicatos, universidades e grupos
profissionais têm nessas categorias de organização suas atuações mais amplas e frutíferas, que dão
suporte aos projetos do serviço social brasileiro.  COMENTÁRIO
A grade curricular atual foi aprovada pelo Ministério da Educação (MEC) em 1982, tendo sido proposta
A ABESS teve seu nome alterado para ABPESS em virtude da comemoração dos seus 70 anos de
pela ABESS (Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social) em 1979 e incorporado alguns avanços
existência, em 2016, com a incorporação do Centro de Documentação e Pesquisa em Políticas Sociais.
no movimento de reconceituação latino-americana. Este currículo mínimo expressa um processo de
Objetivou-se o fortalecimento da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e promoção profissionalizante; o
transição que faz parte da resistência acadêmica e política do país à ditadura militar (1964-1984) e ao
estímulo à cientificidade das entidades; e ainda com o intuito de tornar a pesquisa mais orgânica.
serviço social. Estas diretrizes são o resultado de amplos e diversos debates acadêmicos em oficinas
locais, regionais e nacionais. Eles deram forma à proposta de “Definição de Currículo Mínimo” de 1996 É possível encontrar indicações de documentos e legislação que deram suporte a esse processo tanto no

(reformulado em 1999), pois grande parte dos intelectuais da área de Serviço Social assessoravam a site da CFESS como no da ABPESS.

ABESS na época.

Ainda de acordo com a ABPESS, consoante com o Conselho Regional de Serviço Social do Sergipe:

O CURSO, PROMOVIDO POR UNIVERSIDADES PÚBLICAS,


Ainda referente à grade curricular, é de suma importância destacar o trabalho da Executiva Nacional de
PRIVADAS E COMUNITÁRIAS, TEM-SE REALIZADO EM Estudantes de Serviço Social (ENESSO, cuja função é mobilizar e articular os estudantes da área de
QUATRO ANOS, NO MÍNIMO. ESSAS PRATICAM CURRÍCULOS Serviço Social no Brasil), em parceria com a ABEPSS, para:

ORIENTADOS PELA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E Atuar ativamente no processo de hegemonia da definição dos rumos sociais e políticos da formação

PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL – ABEPSS –, COM BASE profissional.

NAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS, APROVADAS Referendar as ligações entre essas entidades no nível organizacional dos grupos profissionais e estudantis,
sendo elas reconhecidas por sua parceria política historicamente conquistada pela categoria.
EM 1996. [...] EM TODO O PAÍS, HÁ CERCA DE 90 ESCOLAS
CADASTRADAS E MUITAS DISPÕEM DE CURSOS DE PÓS- Contribuir efetivamente para a construção de uma cultura política democrática no âmbito do serviço social.
 ATENÇÃO
NÚCLEO DE BASE TEÓRICO-METODOLÓGICA DA
VIDA SOCIAL
A formação precisa estar vinculada à pesquisa, à articulação, ao pluralismo e à socialização com os
profissionais atuantes no mercado de trabalho. Igualmente, os quadros docentes precisariam estar NÚCLEO DE FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DA
qualificados para realizar o ensino dos conteúdos referentes às demandas da sociedade, tanto em nível de
SOCIEDADE BRASILEIRA
graduação, como no de pós-graduação.

Por isso a importância de uma formação continuada para professores, principalmente para aqueles que NÚCLEO DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL
atuam na formação de assistente sociais, pois a sociedade está em constante transformação e os
processos de formação devem estar alinhados com essas mudanças.

NÚCLEO DE BASE TEÓRICO-METODOLÓGICA DA VIDA


SOCIAL
FORMAÇÃO ACADÊMICA E ATUAÇÃO
Núcleo/eixo responsável por tratar a existência social como o todo da história, fornecendo os componentes
PROFISSIONAL EM QUESTÃO básicos da vida social e explicando-os em detalhes a partir da realidade brasileira e do trabalho profissional.

No curso aprovado pelo MEC em 1982, a matriz de ensino do serviço social tem como foco as ementas que
incluem a história do serviço social e a articulação teórico-metodológica do serviço social; além dos
estágios supervisionados, que representam uma grande experiência teórica e de pesquisa. É a partir desse NÚCLEO DE FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DA SOCIEDADE
período que, tendo a prática profissional vinculada à política social pública, ela passa a ser introduzida no BRASILEIRA
campo da formação acadêmica e o significado social da profissão torna-se explicado por meio da relação
entre o Estado e a classe dominante da sociedade. Refere-se ao conhecimento da composição econômica, social, política e cultural, que se baseia na forma
industrial urbana e em suas diversidades regionais, sendo este conjunto o elemento básico da sociedade
brasileira, a particularidade histórica da nação.

NÚCLEO DA ATUAÇÃO PROFISSIONAL

O conteúdo central deste núcleo/eixo diz respeito à profissionalização do serviço social como
especialização do trabalho, e considera sua prática como a realização de um processo de trabalho que visa
Nesse sentido, é possível considerar que a formação e o trabalho profissional se encontram na base da múltiplas expressões das questões sociais vigentes.
realidade e, portanto, o alicerce de sua legitimidade e raciocínio está em sua história inerente, priorizando
uma perspectiva dual que pode ser rastreada até sua origem histórica. Assim, é preciso defender as
recomendações de formação profissional com enfoque no trabalho e no social, e confirmar princípios, como
o rigoroso tratamento teórico e metodológico da sociedade e das ocupações; tendo em vista que a
 COMENTÁRIO
interdisciplinaridade da investigação e a promoção docente são indissociáveis.
É importante salientar que o primeiro núcleo, responsável pelo tratamento do ser social enquanto totalidade
Sob orientação da ABEPSS, as Diretrizes Curriculares para os cursos de serviço social foram estabelecidas
histórica, analisa os componentes fundamentais da vida social, que serão particularizados nos dois outros
em três eixos básicos (núcleos de fundamentação) da formação profissional, a saber:
núcleos de fundamentação da formação sócio-histórica da sociedade brasileira e do trabalho profissional.
Portanto, a formação profissional constitui-se de uma totalidade de conhecimentos que estão expressos
nestes três núcleos contextualizados historicamente e manifestos em suas particularidades (ABEPSS,
1996, p. 08).

Os eixos que formam as conexões acadêmicas são indivisíveis e disseminados no campo do conhecimento
e, como a organização do ensino na estrutura curricular, constituem uma nova estrutura curricular.

Tais eixos devem seguir a Lei de Regulamentação da profissão (LEI nº 8.662, de 7 de junho de 1993), e o
código de ética que rege as práticas profissionais dos assistentes sociais, também datadas de 1993.

Segundo a ABEPSS (1996, apud XAVIER, 2015), durante a formação acadêmica referente às áreas de
conhecimento a serem estudadas, a grade curricular do curso deve contar com as seguintes
disciplinas:

Elaborar, implementar e aferir planos, programas e projetos na área social.

Promover a participação dos usuários na tomada de decisão institucional.

Sociologia, Teoria Política, Economia Política, Filosofia, Antropologia, Psicologia, Formação Sócio-histórica 3

do Brasil, Direito e Legislação Social, Política Social, Desenvolvimento Capitalista e Questão Social, Esquematizar, preparar e gerenciar as benfeitorias e serviços sociais.
Classes e Movimentos Sociais, Fundamentos Históricos e Teórico-metodológicos do Serviço Social,
4
Trabalho e Sociabilidade, Serviço Social e Processos de Trabalho, Administração e Planejamento em
Serviço Social, Pesquisa em Serviço Social e Ética Profissional. Realizar observações para subsidiar a formulação de políticas e atuações profissionais.

Essas áreas de conhecimento se desdobram em disciplinas, seminários temáticos, oficinas/laboratórios, 5

atividades complementares e outros componentes curriculares. Fornecer pareceres e consultas a organismos do governo, empresas e movimentos sociais sobre políticas

No que permeia o conteúdo do programa curricular mínimo, referente à exposição das diretrizes sociais e a proteção dos cidadãos de determinadas comunidades, referentes aos direitos igualitários destas.

curriculares básicas pertinentes à profissão, tem-se, de forma geral: 6

Orientar as pessoas a encontrar recursos para satisfazer e defender seus direitos.

Realizar entrevistas, perícias técnicas, relatórios, informações e opiniões sobre questões de assistência
social.

Neste contexto, pode-se afirmar que, como conceito de ensino, este Programa Curricular Mínimo funciona
como um guia para a compreensão do movimento dinâmico da sociedade, auxiliando na construção de uma
atuação profissional que cumpra sua função na garantia dos direitos sociais e na aplicação das políticas
públicas.
 RESUMINDO PROCESSO DE REGULAMENTAÇÃO E
A formação acadêmica deve abranger o desenvolvimento de competências e habilidades a partir da teoria, RECONHECIMENTO DA PROFISSÃO
da metodologia e da formação ético política, sendo este o requisito básico para a operação técnica desta
profissão. A história do Serviço Social no Brasil remonta à década de 1930 (governo de Getúlio Vargas), quando o
país passava por um período de turbulência, ocasionando várias manifestações da classe trabalhadora, que
exigia melhores condições de trabalho e justiça social.

Diante da pressão...

O governo estabeleceu normas de relações de trabalho e órgãos disciplinares, como o Ministério do


Trabalho, Indústria e Comércio.


A igreja católica começou a fornecer treinamento especial a moças de famílias tradicionais para atividades
sociais.


Em 1936, com o auxílio de Albertina Ferreira Ramos e Maria Kiel, integrantes do Centro de Pesquisas em
Vamos nos aprofundar um pouco mais na influência histórica da constituição do Ethos Profissional do
Ação Social, São Paulo fundou a primeira escola de Serviço Social, que era vinculada à Igreja Católica.
assistente social com a professora Nataly Barros Pereira. Assista!
Nas décadas de 1940 e 1950, a profissão de Serviço Social no Brasil passou a ser fortemente influenciada
pelos Estados Unidos, caracterizada pelo seu tecnicismo. Destacava-se nesta época as bases positivista,
sistêmica e funcionalista, fortemente relacionadas à sociologia.

Já entre os anos 1960 e 1970 (período mais duro da Ditadura Militar), iniciou-se um movimento de
renovação do profissionalismo com o objetivo de prover a reatualização do tradicionalismo profissional e
uma ruptura com o conservadorismo, buscando, desta forma, um aprofundamento crítico da profissão,
apesar da repressão por parte do sistema político vigente. É neste contexto sociopolítico que ocorre, em
1979, o Congresso da Virada, um marco no trabalho social brasileiro, fortalecendo suas bases nas

VERIFICANDO O APRENDIZADO décadas seguintes.

 SAIBA MAIS
MÓDULO 2
O Congresso da Virada, numa nova direção social, consolida os preceitos teórico-metodológicos e ético-
políticos fundamentados na teoria social crítica marxista, que já havia se colocado para a profissão na
Descrever o processo de formação, regulamentação e atuação do assistente social no país
década de 1960 e aprofundando na década seguinte com o Método BH. Fruto do amadurecimento teórico,
ético e político da profissão e também desse Congresso, o Serviço Social brasileiro elabora e materializa
seu projeto ético-político. O qual se manifestará no Currículo de 1982 e, posteriormente, nas Diretrizes
Curriculares de 1996. (CRESS/SC, 2019, p. 02-03 )

Referente à Lei nº 8.662 de 1993, é possível observar a manutenção da ambiguidade da Lei de 1957,
especialmente quando é definida como jurisdição e propriedade privada nos Artigos 4º e 5º. Nesse caso, a
autoridade e os atributos encontram-se em cláusulas distintas, pois o legislador pretende distinguir o
significado desses termos. Portanto, o Artigo 4 (Permissões) descreve as atividades que os assistentes
sociais e outros profissionais podem realizar e, consequentemente, é universal. Por outro lado, o Artigo 5
(Tarefas Privadas) enumera uma série de ações reservadas aos assistentes sociais.

O texto também fornece outras definições como, por exemplo, a fiscalização do exercício profissional, a
supervisão de estágios de alunos, a preparação para avaliação de assistentes sociais e funções
acadêmicas relacionadas à profissão. Todos estes itens estão descritos no Artigo 5º, mas trazem algum tipo
Na década de 1990, esse trabalho passou a ocupar grande escala no mundo e no Brasil, principalmente em de prejuízo aos assistentes sociais, pois visam especificamente a formação ou o controle entre pares dos
áreas que envolvem questões sociais e afetam direitos civis, morais e éticos. À medida que seu campo de aspectos básicos da carreira.
atuação se expandia, o profissional da área passava a atuar também no chamado terceiro setor, sendo
reconhecido como um importante aliado e articulador destas questões entre o Estado e a população.

A profissão referente à área de Serviço Social pode ser enquadrada no contexto das profissões liberais,
 ATENÇÃO
atualmente regulamentada pela Lei Federal nº 8.662, de 1993, sendo a primeira profissão na área social,
que foi reconhecida pela legislação nacional ainda na década de 1950, por meio da Lei Federal nº 3.252
Embora pareça ser apenas uma questão de âmbito jurídico, as ambiguidades neste dispositivo legal levam
de 27/08/1957 e do Decreto n° 994 de 15/05/1962.
à alguma confusão sobre os papéis e atividades inerentes ao trabalho dos assistentes sociais.
Referente à lei regulamentadora da profissão (BRASIL, 1962), deve-se atentar ao Artigo 1°, que afirma:
No texto elaborado de acordo com os autos das Comissões de Orientação e Fiscalização (COFIS),
"O Serviço Social constitui o objeto da profissão liberal de Assistência Social, de natureza técnico- verifica-se que os fiscais ainda relatam algumas dificuldades em apurar, identificar e distinguir o poder e
científica", corroborando desta forma as informações supracitadas neste parágrafo. pertencimento dos assistentes sociais, fazendo parte do processo natural de avanços e recuos que

Essa lei já continha a incerteza das responsabilidades do setor e vigorou até a década de 1990, quando foi qualquer área profissional passa ao longo de sua trajetória (CFESS, 2012).

promulgada a Lei nº 8.662, em 1993. No entanto, após a reconceituação, os novos instrumentos jurídicos Percebe-se a constante necessidade de pensar sobre o exercício profissional para que ele possa se tornar
aprovados no período de consolidação dos fundamentos teóricos e políticos do Serviço Social também mais adequado às demandas sociais e da profissão, sendo o processo de regulamentação e
avançaram pouco na definição das atividades profissionais. Esse fato está relacionado ao processo reconhecimento da profissão um ponto bastante positivo não só para os profissionais da área, mas também
legislativo que será discutido a seguir, tendo como principal ponto positivo, a regulação dos aspectos para toda a sociedade.
jurídicos, éticos e profissionais pertinentes à categoria.
PARA SE PENSAR SOBRE O EXERCÍCIO PROFISSIONAL
PARA ALÉM DA APARÊNCIA, A TODO MOMENTO SE FAZ
NECESSÁRIO EXERCITAR MENTALMENTE O MOVIMENTO
ENTRE SINGULAR E UNIVERSAL NO QUE DIZ RESPEITO AOS
ELEMENTOS ENVOLVIDOS NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
Com uma profissão regulamentada, os profissionais podem trabalhar com mais tranquilidade, tendo alguns COTIDIANO E SUAS INTERCONEXÕES COM A DINÂMICA
direitos garantidos e uma base de apoio que pode orientar sua atuação profissional em direção aos REAL DA SOCIEDADE, BEM COMO SE PENSAR EM
objetivos básicos da profissão, que, neste caso, é trabalhar na garantia e na aplicação dos direitos da
OBJETIVOS IMEDIATOS E MEDIATOS DO EXERCÍCIO
classe trabalhadora.
PROFISSIONAL, ORIENTANDO CADA PEQUENA AÇÃO
COTIDIANA A CONSTRUÇÕES MAIORES.

ENTENDENDO A SINDICALIZAÇÃO DA (LACERDA, 2014, p. 24-25).

PROFISSÃO O Serviço Social é duplamente afetado por esse processo. Confira:

PRIMEIRO PONTO
Em relação às organizações da classe trabalhadora em sindicatos, é preciso pontuar alguns itens e
As questões que são a base social e histórica de sua atuação profissional funcionam de acordo com sua
cenários, como: aumento do desemprego, diminuição do número de trabalhadores em empresas; e
atuação. As mudanças que o neoliberalismo tem produzido no tratamento das questões sociais se dão
aumento dos trabalhadores com contratos flexíveis (com pouca ou nenhuma representatividade), reduzindo
principalmente por meio de contrarreformas de políticas públicas que afetaram diretamente o trabalho da
assim o poder de negociação.
assistência social e também de outras esferas, como na redução de recursos, com foco na transferência de
serviços do Estado para o mercado privado e para o terceiro setor etc.

SEGUNDO PONTO
Trata do impacto do Serviço Social como ocupação remunerada, que vende mão de obra e é afetado pelo
desmonte dos direitos trabalhistas, consequentemente gerando a precarização do trabalho, a exemplo do
que ocorre em várias outras categorias profissionais:

É nesse chão de intensas contradições tensionadas pela luta de classes que o assistente social é chamado
a cravar suas ações sobre as questões trazidas e reconhecidas como sendo “direito do usuário” ao qual
deve buscar materializar por meio de suas ações profissionais individualizadas. Não há como ignorar que
Tal fato se agrava por outras características, como, por exemplo, os sindicatos patronais, que são as necessidades não são individuais, posto que são comuns a um conjunto de humanos no interior do
organizados de dentro da empresa por representantes dos empregados e patrões; antecipando mesmo movimento histórico de exploração do trabalho— refrações da “questão social” — e que a resposta
insatisfações e dando a impressão de que o sindicato dos empregados é inútil em negociações pertinentes a essas necessidades é fruto de direitos conquistados pela luta de classes, refuncionalizada a reprodução
à categoria que representa: do capital pelo Estado burguês, que é quem organiza o aparato institucional constitutivo das políticas
sociais. (LACERDA, 2014, p. 25)
Quanto à organização político-sindical da categoria (RAMOS, 2005), é possível concluir que a organização
política do Serviço Social consiste em três aspectos básicos: 
A DO EXERCÍCIO

A FORMATIVA
A ESTUDANTIL
1958
Cada campo tem uma entidade representativa, e cada qual tem uma relação de expressão política,
portanto, a luta e o movimento em cada grupo representativo são defendidos pelo grupo respectivo daquela Em relação às organizações trabalhistas, o primeiro sindicato dos profissionais de assistência social foi
categoria. Porém, neste módulo, será considerado apenas o aspecto profissional. criado no Rio Grande do Sul, em 1958. Neste período, outros sindicatos também foram criados, mas, de

A partir disso, é necessário traçar uma “linha do tempo”. Veja: fato, o movimento sindical no Serviço Social se fortaleceu e "rompeu" com o conservadorismo vigente
somente na década de 1970.


1960

Essa ruptura levou à erosão dos serviços sociais tradicionais, que teve início na década de 1960 e foi

1946 acelerada pelo processo de modernização do país, em pleno período da Ditadura Militar.

Início da fundação da Associação Brasileira de Escola de Serviço Social (ABESS / ABPESS), que desde
então discute a formação dos profissionais da assistência social nos mais diversos níveis do ensino

superior.

Lembrando que, neste período histórico, a série de lutas travadas pelo movimento operário representava
um amplo avanço na construção da consciência de classe pelas diversas categorias profissionais
consideradas liberais, inclusive a dos assistentes sociais.
1957
O amadurecimento desse processo possibilitou aos serviços sociais brasileiros passarem pelo chamado

Já na década de 1950, mais precisamente no ano de 1957 (com a promulgação do primeiro marco Movimento de Reconceituação, acompanhando o movimento latino-americano. No plano nacional, três

regulatório da profissão), foram fundadas duas entidades: os Conselhos Federais de Assistentes Sociais aspectos se destacam, dois dos quais foram a atualização das práticas tradicionais sem desregular a ordem

(CFAS, depois denominado Conselho Federal de Serviço Social — CFESS); e os Conselhos Regionais de social: a visão moderna e a reatualização do conservadorismo. E o terceiro, denominado intenção de

Assistentes Sociais (CRAS, depois denominado Conselhos Regionais de Serviço Social — CRASS). ruptura, trouxe a perspectiva de ruptura dos serviços sociais tradicionais e suas conjecturas teóricas,
ressaltando que esse tipo de grupo de expressão pertence às alianças políticas e lutas sociais em prol do
progresso social, que constituíram um período de grandes bolhas políticas e mobilizaram a classe
trabalhadora na sociedade brasileira.

 ATENÇÃO

Ambas são mecanismos de articulação nacional das entidades sindicais da categoria (SANTOS, 2007, p.
03)!

A partir do ano 2000, a criação da FENAS (Federação Nacional de Assistentes Sociais) suscitou um
novo cenário, pois a instituição, ao contrário do projeto de construção de um discurso hegemônico para a
categoria, não envolveu um amplo debate em seu projeto de criação, o que levantou questões sobre sua
legitimidade.

Desde então, com o processo de retomada da abertura de sindicatos referentes ao Serviço Social, mesmo
com o posicionamento contrário (tanto no contexto político quanto histórico) mantido pelas instituições
CFESS-CRESS, a FENAS passou a impulsionar essa (re)abertura.

Assim, em 2016, totalizavam-se estas 14 instituições.

Nesse movimento, a categoria compreendeu seu papel como classe trabalhadora e passou a defender
seus próprios interesses e lutas. Assim como as organizações sindicais de serviço social tornaram-se
VEJA AS INSTITUIÇÕES
imprescindíveis ao longo desse processo. Lembrando que, como já mencionamos, esse processo também
Sindicato dos Assistentes Sociais do Acre (SINDSOCIAL).
está vinculado ao borbulhar social e político no Brasil, à luta contra a Ditadura Militar e à trajetória histórica
das organizações operárias e sindicais no âmbito do sindicalismo classista.
Sindicato dos Assistentes Sociais do Amazonas (SASEAM).
Neste período, houve ainda dois grandes eventos denominados "Encontro Nacional das Entidades
Sindicais". Sindicato dos Assistentes Sociais do Pará (SINASPA).

Veja:
Sindicato dos Assistentes Sociais do Maranhão (SASEMA).
O PRIMEIRO, OCORRIDO EM 1977
Teve como pautas: a instituição do piso e a equiparação sindicais; e a articulação da luta das entidades Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado do Ceará (SASEC).

representativas, quando foi decidida a redação de documento político, referente à Unidade Sindical para a
promoção de bases para as discussões pertinentes, no que diz respeito à categoria. Sindicato dos Assistentes Sociais de Pernambuco (SINDASPE).

O SEGUNDO, OCORRIDO EM 1978 Sindicato dos Assistentes Sociais de Alagoas (SASEAL).


Contou com 8 entidades de representação profissional (no ano anterior foram apenas 4).
Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe (SINDASSE).
O TERCEIRO, OCORRIDO EM 1979
O encontro histórico de 1979, também conhecido como “O Congresso da Virada”, contando com 15 Sindicato dos Assistentes Sociais da Bahia (SASB).
entidades.

Muitos outros movimentos como esses encontros tiveram sua relevância para a profissão, como podem ser Sindicato dos Assistentes Sociais do Distrito Federal (SAS-DF).

citadas as criações de entidades, como a Comissão Executiva Nacional de Entidades Sindicais de


Assistentes Sociais (CENEAS) em 1979; e a Associação Nacional de Assistentes Sociais (ANAS) em 1983. Sindicato dos Assistentes Sociais do Rio de Janeiro (SASERJ).

Sindicato dos Assistentes Sociais do Paraná (SINDASP).


Em um momento repleto de desafios, luta e resistência são necessárias para conter a onda que visa a
Sindicato dos Assistentes Sociais de Barretos e Região (SASBR-SP).
restrição de direitos, sendo extremamente necessário e urgente o estabelecimento de alianças políticas que
pretendem alterar a relação entre intervenção profissional e poder no espaço social; baseando-se nos
Sindicato dos Assistentes Sociais no Estado do Rio Grande do Sul (SASERS).
interesses de classe (proletariado) e no envolvimento dos profissionais na luta pela conquista e garantia
Em relação à organização dos sindicatos dos assistentes sociais, é possível fazer duas observações: desses direitos. Neste contexto, a ampliação e aplicação dos direitos sociais com base nos princípios de
democratização da gestão pública, universalização do serviço e justiça social são um compromisso
1. Fechar as entidades sindicais dos assistentes sociais e sindicalizá-las por setor
constante do profissional formado em Serviço Social.
2. Manter os tipos de sindicatos.

Isso mostra dois rumos políticos distintos, sendo que o objetivo é a decisão de se organizar em um
sindicato por ramos de atuação, para evitar a divisão excessiva e promover o
desenvolvimento/aprofundamento da identidade de classe. Portanto, esses profissionais apresentam
(principalmente os que estão associados a essas entidades sindicais) um papel importantíssimo na luta
conjunta com toda a classe trabalhadora brasileira, uma vez que, como membros desta, sofrem os efeitos
da instabilidade do trabalho e da deterioração de suas condições no espaço profissional.

 ATENÇÃO

É preciso cautela em relação a como os assistentes sociais percebem suas entidades representativas, pois,
no que se refere às lutas travadas pelo conjunto dos conselhos CFESS/CRESS sobre as melhorias
hegemônicas para a categoria enquanto classe trabalhadora, muitos profissionais ainda desconhecem
essas ações e ainda acreditam apenas nas operações sindicais; o que é uma questão preocupante, já que Qual é a importância de conhecer e associar-se às Entidades Regionais e Nacionais do Serviço Social?

os conselhos se tratam de órgãos fiscalizatórios que garantem a regulamentação profissional e a proteção Veja a resposta com a professora Nataly Barros Pereira:

de seus direitos.

Vale lembrar que a maioria dos sindicatos dos assistentes sociais foi extinta quando a categoria decidiu se
organizar por ramos de atuação como estratégia política da classe trabalhadora ligada à sua área de
atuação. Desse modo, levantar bandeiras em relação ao retorno dos sindicatos dos assistentes sociais
representa marcas de uma postura neoconservadora dentro do Serviço Social, pois questiona a hegemonia
do projeto ético-político da profissão.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 3
Reconhecer o caráter fiscalizatório da profissão de assistente social e suas peculiaridades
Dessa maneira, criada a Ordem dos Advogados do Brasil, outras categorias profissionais começaram a se

CONTEXTUALIZAÇÃO E EMERGÊNCIA DAS mobilizar, dada a crescente oferta de empregos e a expansão de cursos universitários. No entanto, em
relação ao Serviço Social, esse processo sofreu um pouco de atraso devido à forte influência conservadora
ENTIDADES FISCALIZATÓRIAS DO SERVIÇO que a profissão vivenciou em sua gênese.

SOCIAL
Neste módulo, o objetivo é levantar a discussão de como se opera a fiscalização no exercício profissional
do assistente social. Para isso, devemos descrever sua construção junto às transformações societárias que
a profissão vivenciou para melhor entendermos este processo e, a partir dessa perspectiva, não nos causa
prejuízo reafirmarmos algumas informações postas nos módulos anteriores a respeito de determinados
marcos dessa profissão a exemplo de datas importantes que marcaram a categoria.

O Serviço Social é uma profissão voltada a atividades caritativas e filantrópicas, o que revelou enormes
dificuldades para transitar a um exercício regulamentado reconhecido como trabalho assalariado e logo
Dadas as transformações políticas, econômicas e sociais vivenciadas na sociedade brasileira nos anos de
sujeito à fiscalização e suas respectivas funções comprometidas com a normalização de sua conduta
1930 (LIMA, 2018), o Estado brasileiro começou a descentralizar suas funções por meio da autorização de
profissional:
conselhos de fiscalização profissional designados a fiscalizarem o trabalho das profissões que estavam
sendo regulamentadas:

EMBORA O SERVIÇO SOCIAL TENHA SIDO RECONHECIDO


A PRIMEIRA ENTIDADE QUE PODE SER CITADA COMO PROFISSÃO LIBERAL PELO MINISTÉRIO DO
FORMALMENTE COMO REPRESENTANTE DOS CONSELHOS TRABALHO POR MEIO DA PORTARIA Nº 35 DE 19 ABRIL DE
DE FISCALIZAÇÃO É A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 1949, A REGULAMENTAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
(OAB), CRIADA EM 18 DE NOVEMBRO DE 1930, SÓ FOI CONQUISTADA COM A APROVAÇÃO DA LEI DE Nº
CONCOMITANTE À EXPANSÃO DOS CURSOS JURÍDICOS 3.252, DE 27 DE AGOSTO DE 1957 QUE, POR SUA VEZ, SÓ FOI
PELO PAÍS NA ÉPOCA. VALIDADA PELO DECRETO Nº 994, DE 15 DE MAIO DE 1962.

(LIMA, 2018, p. 322)


(LIMA, 2018, p.322)
A regulamentação da profissão no ano de 1957 trouxe consigo a institucionalização dos Conselhos Federal
e Regionais, como representações legais e legítimas perante o Estado, diante da necessidade de
normatização e fiscalização do exercício profissional. Inicialmente, foram denominados como CFAS
(Conselho Federal de Assistentes Sociais) e CRAS (Conselhos Regionais de Assistente Sociais). Décadas
à frente, em 1993, com a aprovação da atual lei de regulamentação da profissão, o CFAS passou a chamar-
se CFESS (Conselho Federal de Serviço Social) e os CRAS passaram a ser chamados de CRESS
(Conselhos Regionais de Serviço Social).

Vale saber que, analisando os avanços e recuos históricos que a profissão vivenciou, sua regulamentação
profissional não se deu como uma continuidade à “racionalização da filantropia” ou a uma suposta
“organização da caridade”, mas foi vinculada às mudanças da própria ordem societária, onde esta categoria Desta maneira, diante das mudanças ocorridas no mundo do trabalho e no campo dos direitos sociais, os
ensaiava seus primeiros passos na busca de ferramentas de legitimação que caminhassem no sentido de anos de 1980 e 1990 foram períodos de grandes transformações para o Serviço Social. O que,
uma ruptura com as suas protoformas, ou seja, suas primeiras formas de trabalho. consequentemente, é refletido nas legislações que respaldam a categoria como a aprovação do Código de

Lembremos que o período era de questionamento das bases tradicionais do Serviço Social. Ética de 1986, que caminhou na superação da perspectiva a-histórica e acrítica da profissão e que mais
tarde foi readequado como o novo Código de Ética Profissional (1993), e ainda a nova Lei de
Em contrapartida, sem tanta surpresa, nos marcos do Serviço Social tradicional, os conselhos federal e
Regulamentação da profissão (1993), firmando assim seu projeto ético-político.
regionais desta categoria, não distante de uma perspectiva conservadora, não iam além de um papel de
controle, em nome do Estado, sobre os assistentes sociais. Eram conselhos que se preocupavam apenas Assim, o conjunto CFESS/CRESS, para além das suas atividades burocráticas e normativas, busca agora

com as funções burocráticas e repreensoras do exercício profissional (BARROCO, 2001), até porque, era acolher as demandas provenientes do cotidiano do trabalho dos assistentes sociais como forma de garantir

um momento que o Serviço Social ainda não se reconhecia enquanto classe trabalhadora e a legislação o comprometimento de uma profissão voltada para os princípios da equidade social e da defesa

profissional resguardava os embasamentos neotomistas e positivistas, nos quais a questão social era vista intransigente dos direitos sociais, fortalecendo sua competência técnica, a crítica teórica e os compromissos

como problema de desajustamento social, basta considerarmos os Códigos de Ética de 1947, 1965 e de ético-políticos.

1975.

Com isso, é possível dizer que o movimento de renovação da profissão, visto como importante ciclo
histórico e denominado intenção de ruptura na década de 1970, fomentou o fortalecimento de debates no OPERACIONALIZAÇÃO DO CONJUNTO
contexto universitário promovidos pelas entidades da categoria que pensavam rupturas com o
tradicionalismo na defesa de um novo embasamento teórico-metodológico que prezasse pela formação de CFESS/CRESS
profissionais críticos e comprometidos com os interesses da classe trabalhadora.

Contudo, diante do momento de obscurantismo decorrente da ditadura no país, a possibilidade dessa nova
identidade profissional, assim como as mudanças no modo de atuação dos conselhos federal e regionais,
ainda que permeadas por tensões e esforços, só foram permitidas com o fortalecimento da democracia e
consequentemente com o desenvolvimento e amadurecimento intelectual da profissão.

CÓDIGOS DE ÉTICA DE 1947, 1965 E DE 1975

No site oficial do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), é possível encontrar essas Edições do
Código de Ética.
apenas exigir a inscrição dos novos assistentes sociais inseridos no mercado de trabalho e realizar a devida
cobrança dos tributos obrigatórios (anuidade) pelo exercício profissional ativo.

E com a redemocratização da sociedade...

Houve avanços em direção às demandas da categoria em que se busca apresentar maior transparência
sobre a aplicação financeira dos recursos arrecadados pelas anuidades pagas (estabelecidas em
assembleias) e, dentre os esforços dessas entidades, destacamos ainda o fortalecimento da realização de
encontros nacionais anuais pelo conjunto CFESS/CRESS, que passaram a ser instâncias máximas de
deliberações para a categoria aprovando como exemplo a obrigatoriedade de realização de eleições diretas
de três em três anos para as direções dos CFESS e dos CRESS com voto não obrigatório para os
profissionais, validando o interesse em democratizar as suas ações imprimindo uma nova direção política
às entidades.

De acordo com a Lei 8.662/1993, o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais
POLÍTICA NACIONAL DE FISCALIZAÇÃO (PNF)
de Serviço Social (CRESS) são autarquias com personalidade jurídica de direito público (federal no caso do
CFESS e estadual para os CRESS) que têm a atribuição de orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e
Em consonância com as transformações vivenciadas pela categoria profissional, as entidades
defender o exercício profissional do assistente social em sua jurisdição de atuação no Brasil. Em conjunto,
representativas caminharam para um conjunto de mudanças em suas ações, revelando o processo de
essas entidades, desde a consolidação dessa lei, vêm promovendo ações político democráticas sempre na
amadurecimento teórico‑ético‑político e normativo do conjunto CFESS/CRESS que aprimorou os
defesa dos interesses da categoria enquanto classe trabalhadora.
instrumentos para a fiscalização do exercício profissional:
Tendo por base o território nacional, os CRESS, para efeito da constituição e da jurisdição, foram divididos
inicialmente em 10 regiões somando em cada uma delas mais de um estado e/ou território (exceto São
Paulo). Atualmente, segundo os endereços disponíveis no site do CFESS, essas bases estaduais
chegaram ao número 27 e ainda faz-se o destaque para as seccionais que fazem parte de alguns CRESS
em estados com grande número de profissionais inscritos e que desempenham atribuições executivas, a
depender do número de inscritos no estado e na região.
É NA DÉCADA DE 1980 QUE O CONJUNTO CFESS/CRESS
INICIA O PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO
 EXEMPLO PÚBLICO DE FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
COM ADOÇÃO E APRIMORAMENTO DE UM SISTEMA DE
O estado de São Paulo congrega o maior número de profissionais inscritos e, para conseguir efetivar suas INSCRIÇÃO E CADASTRO; INSTITUIÇÃO DAS COMISSÕES DE
ações, conta com 11 seccionais.
ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO; ESTRUTURAÇÃO DA
Tais conselhos também são responsáveis pela aprovação do Código de Ética dos assistentes sociais,
FISCALIZAÇÃO DOS ESPAÇOS OCUPACIONAIS;
funcionando como tribunais de ética profissional dentre outras funções administrativas, conforme apresenta
a Lei Federal de regulamentação da profissão.
MAPEAMENTO DE ESPAÇOS DE TRABALHO;
PROFISSIONALIZAÇÃO PELA CONTRATAÇÃO DE AGENTES
Sabe-se que os conselhos profissionais nos seus primórdios se constituíram como entidades autoritárias,
que não zelavam pela construção de um espaço coletivo de interlocução. Assim, o seu principal interesse FISCAIS, E UNIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS.
sua organização administrativo-financeira, vista como principal objetivo das ações da fiscalização que era
(SILVEIRA, 2007, p. 11) A cada três anos (período de eleição para os conselhos), também há uma rotatividade dos integrantes das
comissões. O que também nos leva a perceber a necessidade de explicar a atualização dessas normativas:

“As experiências de fiscalização realizadas pelos CRESS nesse período histórico [2007-2019]
demonstraram a importância dessa atribuição, principalmente nos termos colocados pela PNF, sob uma
visão ampliada e de caráter orientador, na identificação do compromisso profissional com a democracia,
com os direitos e com o projeto ético-político do Serviço Social.” (CFESS, 2019, p. 7)

Por conseguinte, entende-se que a operacionalização da fiscalização é de competência dos CRESS em


suas respectivas regiões. Em cada um deles existe uma Comissão de Orientação e Fiscalização (COFI),
composta por:
E no bojo desse processo, sob as conquistas da aprovada a Lei de Regulamentação da profissão de 1993,
Agentes fiscais que são inseridos nos CRESS por meio de aprovação em Concurso Público, logo,
assegurou-se à fiscalização possibilidades mais concretas de intervenção, culminando em um processo de
recebem um salário mensal como pagamento pelo seu trabalho.
ampliação que se consolidou na Política Nacional de Fiscalização (PNF) elaborada em 1999, resultante
01 conselheiro como coordenador da comissão, que é eleito pelo voto da categoria na região para a
da articulação do conjunto CFESS/CRESS. Adquirindo a partir de então as seguintes dimensões (CFESS,
direção e não recebe salário para desenvolver esta atividade.
2007, p. 08):
Profissionais de base inscritos no CRESS, que desejam e aceitam o convite de sua direção, também sem
I — DIMENSÃO AFIRMATIVA DE PRINCÍPIOS E
recebimento de salário para sua participação.
COMPROMISSOS CONQUISTADOS
Em geral, quando as despesas excederem o orçamento, as diretorias devem prezar pela prioridade da
Expressa a concretização de estratégias para o fortalecimento do projeto ético-político profissional e da
fiscalização do exercício profissional no conjunto de suas ações, assim como devem utilizar as condições
organização política da categoria em defesa dos direitos, das políticas públicas e da democracia e,
financeiras como critério para o número de contratação dos agentes fiscais. Mas o alto índice de
consequentemente, a luta por condições condignas e qualidade dos serviços profissionais prestados.
inadimplência por parte dos profissionais geralmente acarreta conselhos que apresentam uma quantidade
II — DIMENSÃO POLÍTICO-PEDAGÓGICA de profissionais insuficiente para atender todas as demandas e logo gera uma sobrecarga de trabalho. Essa
situação carimba uma preocupação não só dos assistentes sociais, mas da classe trabalhadora como um
Compreende a adoção de procedimentos técnico-políticos de orientação e politização dos assistentes
todo.
sociais, usuários, instituições e sociedade em geral, acerca dos princípios e compromissos ético-políticos
do Serviço Social, na perspectiva da prevenção contra a violação da legislação profissional.

III — DIMENSÃO NORMATIVA E DISCIPLINADORA


Abrange ações que possibilitem, a partir da aproximação das particularidades socioinstitucionais, instituir
bases e parâmetros normativo-jurídicos reguladores do exercício profissional, coibindo, apurando e
aplicando penalidades previstas no Código de Ética Profissional, em situações que indiquem violação da
legislação profissional.

O exercício da fiscalização passou por um processo de transformação, amadurecimento e ampliação da


sua concepção, pois deixou de ter um caráter meramente disciplinador, superando concepções e práticas
arcaicas daquilo que seria unicamente atribuído à atividade fiscalizatória — fundada em valores
corporativos e voltada para o desenvolvimento de ações de controle simplesmente burocrático e punitivo
sobre os assistentes sociais — e adquiriu dimensões que expressam o compromisso com as lutas da Mesmo diante do desemprego estrutural que atinge a maioria dos trabalhadores, não sendo diferente para
classe trabalhadora, evidenciando a preocupação com a qualidade dos serviços prestados enquanto o Serviço Social, nos últimos anos temos visto um aumento no número de cursos de graduação em Serviço
direitos conquistados, na defesa do projeto ético-político profissional. Social e, assim, um maior número de profissionais inscritos nos CRESS, ou seja, em atuação.
Essa dupla situação atravessa diversas questões a serem abordadas pela categoria que diariamente contribui para uma cultura democrática na profissão na perspectiva de estabelecer uma práxis política
enfrenta a precarização de políticas públicas e busca melhorias das condições de trabalho na efetivação de emancipatória.
seus direitos. O que exige uma maior atuação política e jurídico-normativa dos conselhos em defesa de
nossa categoria e que preze pela qualidade dos serviços prestados à população. Logo, exige também um
maior comprometimento em termos de financiamento para que as ações fiscalizatórias possam ser
efetivadas com sucesso.

 ATENÇÃO

Os profissionais desta área de atuação precisam levar em consideração a importância da natureza jurídica
da anuidade e o motivo de seu pagamento, tendo em vista a relevância deste valor como um símbolo de
compromisso de retorno na defesa dos direitos da própria categoria.

Desconhecer a necessidade dessa condição sobre as atribuições do conjunto CFESS/CRESS enquanto


órgãos públicos, que carecem dentre outros motivos de retorno financeiro para existir e fiscalizar o exercício
profissional, leva muitas vezes à confusão de que eles devem funcionar como um sindicato no qual os
Veja a importância da PNF para a atuação do assistente social nas palavras da professora Nataly Barros
profissionais têm a liberdade de se associarem ou não. Por isso, no ano de 2017, foi lançada a Política
Pereira:
Nacional de Enfrentamentos à Inadimplência do conjunto CFESS/CRESS, colocando como ações
prioritárias as intervenções político-pedagógicas a fim de orientar e esclarecer a real função destas
entidades representativas.

POLÍTICA NACIONAL DE ENFRENTAMENTOS À


INADIMPLÊNCIA

No site oficial do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) é possível encontrar a íntegra desse VERIFICANDO O APRENDIZADO
documento.

É preciso destacar o rico processo de articulação do conjunto CFESS/CRESS com as demais entidades
representativas da categoria profissional, tais como, ENESSO — Executiva Nacional dos Estudantes de
Serviço Social (que dirige a mobilização do movimento estudantil de Serviço Social) e ABEPSS —
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (que dirige o debate sobre o processo de
CONCLUSÃO
formação profissional), materializam uma direção política e histórica de um projeto comprometido com os
interesses da classe trabalhadora.

Essa articulação é enriquecida por meio da participação conjunta em eventos, atividades e demais lutas
coletivas, sendo um elemento fundamental para força e manutenção do projeto ético-político do Serviço
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Social, na medida em que este só se mantém por meio de uma base social de sustentação política e
Elaboramos, nestes três módulos que constituem o tema, uma apreciação dos principais aspectos que Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS). Diretrizes gerais para o curso
compõem a formação acadêmica e o fazer profissional do assistente social. de serviço social: com base no Currículo Mínimo aprovado em Assembleia Geral Extraordinária de 8 de
novembro de 1996. [S. l.]: Rio de Janeiro-RJ, 1996.
Tais módulos apresentam conceitos importantes relacionados com o processo de amadurecimento crítico e
atuante do Serviço Social, a exemplo do momento em que ela se reconhece enquanto classe trabalhadora. BARROCO, M. L. S. Ética e serviço social: fundamentos ontológicos. São Paulo: Cortez, 2001.
O fortalecimento de suas bases analíticas e sua competência teórica e ético-política é capaz de maximizar
CFESS. Conselho Federal de Serviço Social. Consultado em meio eletrônico em: 23 de marc.2021.
a luta pelos enfretamentos das desigualdades sociais, tendo como mediações os direitos sociais numa
CRESS-SE. Conselho Regional de Serviço Social de Sergipe. Consultado em meio eletrônico em: 23 de
perspectiva democrática e de universalidade e luta por tudo aquilo que está relacionado, desde o cotidiano
marc.2021.
do espaço estudantil, como buscas na melhoria e na qualidade do ensino, até a legitimação de suas
práticas profissionais. CRESS-SC. Conselho Regional de Serviço Social de Santa Catarina. Consultado em meio eletrônico
em: 23 de marc.2021.
Acreditamos que você — movido pela atitude investigativa que a profissão tanto defende como uma de
suas dimensões, isto é, a curiosidade em sempre se mostrar disposto a aprender — desnaturalize o GUAZZELLI, Amanda; ADRIANO, Ana Lívia. Formação profissional em serviço social: fundamentos e
pensamento do senso comum e seja capaz de desenvolver um pensamento crítico a respeito dos assuntos desafios ético-políticos. Temporalis, Brasília /DF, v. 16, ed. 31, p. 237-260, 2016.
aqui abordados.
LACERDA, Lélica Elis P. de. Exercício profissional do assistente social: da imediaticidade às
possibilidades históricas. In: Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 117, p. 22-44, jan./mar. 2014.

LIMA, Micarla De Moura. Fiscalização do exercício profissional dos/as assistentes sociais e suas
peculiaridades. Temporalis, v. 18, p. 320-335, 2018.

RAMOS, Sâmya Rodrigues. A mediação da organização política na (re)construção do projeto


profissional: o protagonismo do Conselho Federal de Serviço Social. Orientador: Profª Dra. Alexandra
Monteiro Mustafá. 2005. 332 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Serviço Social,

 PODCAST Universidade Federal de Pernambuco, Recife/PE, 2005.

SANTOS, Tássia. Dilemas e perspectivas da organização sindical dos(as) assistentes sociais no

Ouça os principais pontos de Serviço Social: Formação Acadêmica e Prática Profissional com a professora Brasil: da redemocratização ao contexto neoliberal. III Jornada Internacional de Políticas Públicas São Luís

Nataly Barros Pereira: – MA, 2007.

SILVEIRA, J. I. Política nacional de fiscalização: a centralidade da dimensão político-pedagógica. In:


CFESS. Instrumentos para a fiscalização do exercício profissional do assistente social. Brasília, 2007.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
XAVIER, Natasha de Sousa Germano. A identidade profissional do serviço social e a formação
acadêmica: uma relação em construção. 2015. 90 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Serviço Social) -
Curso de Bacharelado em Serviço Social da Faculdade Cearense, Fortaleza/CE, 2015.

REFERÊNCIAS
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ARAÚJO, Yashmin Michelle Ribeiro d; MARINHO, Cristiane Maria. Pensamento pós-moderno e formação Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:

profissional em serviço social. Temporalis, Brasília /DF, v. 16, ed. 31, p. 219-236, 2016.
Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64, de José Paulo Netto. Sua
relevância está em apresentar as transformações que a profissão vivenciou da sua gênese até o
movimento de reconceituação que culminou, por exemplo, no projeto ético-político.

Projeto profissional, espaços ocupacionais e trabalho do assistente social na atualidade, de Marida


Villela Iamamoto.

A hegemonia em xeque. O projeto ético-político do serviço social e seus elementos constitutivos, do


professor Marcelo Braz.

Condições de trabalho e a luta dos (as) assistentes sociais pela jornada semanal de 30 horas, de
Ivanete Boschetti.

CONTEUDISTA
Nataly Barros Pereira

 CURRÍCULO LATTES

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