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Fundamentos do

Serviço Social na
Contemporaneidade
Material Teórico
Serviço Social Pós-Renovado

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.a Esp. Regina Inês da Silva Bonança

Revisão Técnica:
Prof.ª Me. Elisângela Pereira de Queiros Mazuelos

Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Serviço Social Pós-Renovado

• Introdução
• Fundamentos da divisão do trabalho

·· Estudar o significado da profissão de Assistente Social na sociedade capitalista,


além dos fatores que determinam a necessidade de sua existência e atuação.
·· Ver os interesses que permeiam a institucionalização e o desenvolvimento da
categoria profissional.
·· Estudar as condições sociais advindas da divisão do trabalho e de os indivíduos
produzirem valores de troca.

Para obter um bom desempenho, você deve percorrer todos os espaços, materiais e
atividades disponibilizadas na Unidade.
Inicie seus estudos pela leitura do Material Didático, composto pelo conteúdo teórico,
apresentação narrada e videoaula que sintetiza e amplia conceitos importantes sobre o tema
da Unidade.
Só depois realize as atividades propostas, são elas:
• Atividade de Sistematização (AS): são exercícios de múltipla escolha, de autocorreção
que possuem uma pontuação.
• Fórum de Discussão: você deverá, então, participar de uma discussão coletiva a partir
de uma questão colocada no fórum. Importante para ampliação de seus conhecimentos.
Bons estudos!

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Unidade: Serviço Social Pós-Renovado

Contextualização
Nesta Unidade vamos compreender o caminho histórico percorrido pelo Serviço Social na
construção de um projeto crítico e inovador.
Este projeto amparou-se em fundamentos téorico-metodológicos advindos da tradição
Marxista. E a profissão de Assistente Social consolida-se no conjunto das regulamentações
profissionais na divisão do trabalho como prática institucionalizada e legitimada na sociedade.
Este profissional atua como interlecutor e agente de execução nas políticas sociais, em seus
projetos de desenvolvimento possibilita a organização dos trabalhadores no exercício dos seus
direitos e deveres – em especial dos projetos sociais.
Abordaremos também o papel do profissional de Serviço Social na divisão social do trabalho
aos moldes da sociedade capitalista.

Vamos iniciar os nossos estudos assistindo o vídeo produzido pelo


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome (MDS)
em comemoração ao dia 15 de maio, o dia do Assistente Social.
Este vídeo conta um pouco da história da profissão no Brasil e
procura resgatar sua memória coletiva.
Disponível em: https://youtu.be/gq4YXI1pggg

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Introdução

O Serviço Social Brasileiro surgiu na década de 1930 e a categoria, nas décadas de 1970
e 1980, foi construindo um projeto profissional de caráter sócio-político e interventivo. Este
projeto coletivo e hegemônico foi denominado projeto ético-político.
Os assistentes sociais realizaram ações de caráter educativo junto as classes trabalhadoras,
com o objetivo de transformar o pensar dos trabalhadores e também as situações de sua vida
cotidiana, possibilitando a ampliação e a visibilidade no cenário público de suas carências
e necessidades.
Dessa forma, estimulando também a organização dos trabalhadores na defesa dos seus
direitos e deveres em especial os direitos sociais.
Este tipo de prática faz do Assistente Social um "profissional da Assistência", já que ele
opera com recursos institucionais para a prestação de serviços, racionalizando e administrando
sua distribuição, controlando o acesso e o uso desses serviços pela "clientela". Ele intermedeia
as relações entre instituições e "clientela", articula a população aos órgãos em que trabalha.
(Iamamoto, 2013, p.45-46).

Saiba Mais
Cartas do Cárceres. Antônio Gramsci (1891-1937)
A gênese do fascismo. Contra o afirmado polo filósofo idealista Benedetto Croce, que
entendia que o fascismo fora um «acidente» na história italiana, Antonio Gramsci explicava
o fascismo como uma prosseguimento do estado liberal fundado em 1860.
Fonte: https://goo.gl/zGBwcA

No conjunto das regulamentações profissionais o Serviço Social consolida-se, por meio do:

Código de Ética do Assistente Social


O código de Ética Profissional atualizou-se ao longo da trajetória profissional e em 1993,
após um fecundo debate com o conjunto da categoria em todo o país, foi aprovada a quinta
versão do código de ética profissional instituída pela Resolução 273/93 do Conselho Federal
de Serviço Social (CFESS).

Lei da Regulamentação da Profissão


Em 27/08/1957, a Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15/05/1962,
regulamentou a profissão. Em virtude de muitas mudanças ocorridas na sociedade, como
também na categoria profissional um novo aparato jurídico se fez necessário para expressar
os avanços conquistados pela profissão e o rompimento com a perspectiva conservadora.
Atualmente a profissão é regulamentada pela Lei 8662 de 07/06/1993 que legitima
o Conselho Federal de Serviço Social - CFESS e o Conselho Regional de Serviço
Social - CRESS.

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Unidade: Serviço Social Pós-Renovado

Diretrizes Curriculares norteadoras da formação acadêmica


1. Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - ABESS foi criada em
1946, então denominada Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social, uma década
após a instalação do primeiro curso de Serviço Social no Brasil, na Escola de Serviço
Social da PUC- SP
2. Centro de Documentação e Pesquisa em Políticas Sociais e Serviço Social - CEDEPSS
foi criado na década de 1980, veio atender as novas demandas potencializadas com o
surgimento a partir de 1972 dos Programas de Pós-Graduação.
O exercício do profissional de Serviço Social tem sua atuação voltada para o Estado,
instituições privadas e Organizações Não Governamentais (ONG).

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Fundamentos da divisão do trabalho

Os homens produzem sua vida material ao produzirem os meios de vida. O modo de


produzir estes meios refere-se não só à reprodução física dos indivíduos, mas à reprodução de
determinado modo de vida.
A produção da própria vida através do trabalho e de outros, através da procriação,
dá-se numa dupla relação natural e social; social porque compreende a cooperação de
muitos indivíduos.
Portanto, determinado modo de produzir supõe, também, determinado modo de cooperação
entre os agentes envolvidos, determinadas relações sociais estabelecidas no ato de produzir, as
quais envolvem o cotidiano da vida em sociedade.

"Tal como os indivíduos manifestam sua vida, assim são eles. O


que eles são coincide, portanto, com sua produção: com o que
produzem, com o modo como produzem. O que os indivíduos são,
depende, pois, das condições materiais de produção."
(Marx e Engels, 1977.p.27-28)

O desenvolvimento da divisão social do trabalho manifesta o grau das forças produtivas do


trabalho, de maneira quantitativa e qualitativa na produção.
A atividade humana se expressa com o trabalho em um contexto que gera alienação e a
divisão do trabalho se expressa em caráter econômico e social do trabalho e causa o processo
de alienação.

"Uma vez que o trabalho humano não é mais que a atividade humana
dentro da alienação - manifestação da vida enquanto alienação da
vida - podemos dizer, também, que a divisão do trabalho não é
outra coisa que o estabelecimento alienado da atividade humana
genérica real ou da atividade do homem enquanto ser genérico".
(Marx,1975, p.99).

No processo da divisão do trabalho a circulação das mercadorias e por consequência sua


efetiva troca possibilita essa condição de materialização para as diversas formas de satisfação
das necessidades dos indivíduos.

"(...) as mercadorias trocadas são trabalho objetivado em


diversos valores de uso que representam o modo de existência
objetivado da divisão do trabalho ou da materialização de trabalhos
qualitativamente diferentes que satisfazem um conjunto de
necessidades diferentes".
(Marx,1972, p.559).

Podemos compreender que a divisão do trabalho resume as condições sociais, nas quais os
indivíduos tanto de ordem privada ou autônoma produzem valores de troca.

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Unidade: Serviço Social Pós-Renovado

"Se cada indivíduo encontra-se isolado e autônomo no seio do


processo de produção é devido à divisão do trabalho, que por
sua vez, baseia-se em uma série de condições econômicas que
determinam o lugar dos indivíduos no meio dos restantes e o
conjunto de modalidades de sua existência".
(Marx,1972, p.560).

A existência da troca e do valor de troca é condição da divisão de trabalho dominada pela


sociedade burguesa, que manipula o valor de troca desenvolvido de toda a produção realizada.
Lembrando que a divisão do trabalho na sociedade é construída em nosso tempo e história
e que o seu desenvolvimento iniciou-se com a separação do trabalho do campo e da cidade.
O que ocasionou um aumento significativo de densidade populacional, ampliação de
mercado de trabalho e das normas/ leis de regulação para trocas de mercadoria.

Divisão do Trabalho e o Serviço Social


A partir dos estudos de Marx vamos compreender os elementos teóricos relativos:
• a divisão do trabalho na sociedade;
• aos modos de produção;
• a história dos movimentos evidenciados pelos estágios do capitalismo.
Para um melhor entendimento sobre a inserção da profissão de Assistente Social na divisão
capitalista do trabalho:

Saiba Mais
Karl Marx (1818 - 1883)
Karl Marx nasceu em Trier (na época no Reino da Prússia) em 5 de maio de 1818 e
morreu em Londres a 14 de março de 1883.
A teoria defendida por Karl Marx fundamenta-se na crítica radical do capitalismo, onde
predomina a exploração do trabalhador pela burguesia. Sob a sua ótica, havia aqueles
que possuíam o capital produtivo com o qual expropriavam a mais-valia, constituindo
assim a classe exploradora (burguesia); de outro lado estavam os assalariados que não
possuíam a propriedade (proletários).
Karl Marx defendia a educação pública e gratuita para todas as crianças. Esta era, na sua
visão, a solução para retirá-las do trabalho nas fábricas. Defendia, ainda, que a educação
deveria formar o homem nos aspectos físico, mental e técnico, trazendo os panoramas
do estudo, lazer e trabalho. O intuito fundamental deveria produzir seres humanos
desenvolvidos integralmente através do trabalho produtivo, escolaridade e ginástica.
Disponível em: http://www.infoescola.com/biografias/karl-marx/

A divisão do trabalho tem sua origem a partir do momento que a mercadoria começa a
mediar as relações sociais desde sua forma artesanal, na produção manufatureira até chegar a
grande indústria que é característica do sistema capitalista.

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Linha de montagem da Ford no Brasil, em 1920, cada trabalhador em seu lugar para executar sua tarefa.

Você sabia?
A divisão do trabalho corresponde à especialização de tarefas com funções
específicas, com finalidade de dinamizar e otimizar a produção industrial. Esse
processo produz eficiência e rapidez ao sistema produtivo.
A especialização delimitada de funções e tarefas nas etapas produtivas industriais
é derivada, principalmente, do crescimento do comércio, do capitalismo e
impulsionada pela intensificação da produção industrial.
A divisão do trabalho faz com que o trabalhador adquira, com a tarefa repetitiva,
uma agilidade maior e com isso fique "treinado" na execução de seus movimentos,
provocando assim uma diminuição no tempo gasto, o resultado é o aumento da
produção em todo período de trabalho.
Fonte: http://www.mundoeducacao.com/geografia/divisao-trabalho.htm

Institucionalizar é dar a qualquer coisa o caráter de instituição


Atenção

Em nossa sociedade os indivíduos se inserem em atividades profissionais específicas de


acordo com a divisão do trabalho e, dessa forma, o trabalho detém um caráter social por
ser executado na sociedade e por intermédio dela gera o processo de trabalho em modo
cooperdado por trabalhadores e maquinário no interior das indústrias.

"O Serviço Social só pode afirmar-se como prática institucionalizada e


legitimada na sociedade ao responder a necessidades sociais derivadas
da prática histórica das classes sociais na produção e reprodução dos
meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada.
À medida que a satisfação das necessidades sociais se torna mediatizada pelo
mercado, isto é, pela produção, troca e consumo de mercadorias, tem-se uma
crescente divisão de trabalho social, que pode ser considerada nas suas formas
gerais, passando pelas formas singulares e particulares dentro dos ramos de
produção, até a divisão do trabalho interior da fábrica".
(Iamamoto,2013, p.64).

A divisão de atividades e tarefas realizadas por máquinas e trabalhadores permite ações e


especialidades de formação diferentes para sua realização.

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Unidade: Serviço Social Pós-Renovado

Devemos ressaltar a necessidade de compreender o que ocorre a partir do momento


que a mercadoria produzida passa a ser agente de realização de trabalhos diferenciados em
decorrência de uma peculiar forma de produção e divisão que se realiza no interior da própria
sociedade e também nas características de produção capitalista.
Para isso a compreensão da historicidade possibilita apreender as diversas formas com
que a divisão do trabalho realiza-se, baseada nas condições de produção e nas relações dos
indivíduos que são o termômetro dessas condições.

Historicidade
Qualidade do que é histórico, do que pertence á história: a historicidade
Glossário de um fato.
Disponível em: http://www.aulete.com.br/historicidade

O Serviço Social está inserido na divisão do trabalho e consequentemente tem novas


demandas e perspectivas em decorrência da história.
Estes profissionais estão alinhados aos embates das classes sociais no que se refere ao
enfrentamento da questão social no estágio capitalista monopolista; as políticas públicas em
seu fundamento,planejamento e desenvolvimento para a configuração do profissional na
divisão do trabalho.

"O significado sócio histórico da prática profissional só é desvendado


a partir de sua inserção na sociedade, visto que o Serviço Social
se afirma como uma instituição peculiar na e a partir da divisão
de trabalho.
Para apreender o significado social da prática profissional
supõe inseri-la no conjunto das condições e relações sociais que
lhe atribuem um sentido histórico e nas quais se torna possível
e necessária".
(Iamamoto,2013, p.102).

Saiba Mais
O conceito de classe na tradição do pensamento social de Karl Marx e
Friedrich Engels se baseia nas relações de produção. Nesse sentido, em
toda sociedade, seja pré-capitalista ou capitalista, haverá sempre uma
classe dominante, que direta ou indiretamente controla ou influencia o
controle do Estado; e uma classe dominada, que reproduz a estrutura
social ordenada pela classe dominante e, assim perpetua a exploração.
Fonte: http://www.brasilescola.com/sociologia/classe-social.htm

Dessa forma compreende-se que o Serviço Social se efetiva como um tipo de especialização
para atender o trabalho na sociedade de forma a atender o coletivo. Porque se constitui nas
necessidades sociais derivadas da prática histórica das classes sociais e partir da na maneira
como produz e reproduz seu cotidiano, trabalho e relações sociais. Todos esse aspectos
constituem o processo de desenvolvimento da sociedade.

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O profissional em suas atividades também se relaciona com as questões e implicações sócio-
políticas determinadas conforme inscrição da divisão social do trabalho o que lhe confere
implicações de ordem política em sua prática que é gestada por interesses de classes e forças
sociais que se manifestam em determinadas conjunturas.
Segundo Iamamoto esta linha analítica supõe considerar:
a) as determinações históricas da prática profissional, isto é, a atuação profissional como
atividade socialmente determinada pelas circunstâncias sociais objetivas que conferem
uma direção social à prática profissional, o que condiciona e/ou ultrapassa a vontade e/
ou consciência de seus agentes individuais,
b) a profissão como realidade vivida e representada na e pela consciência de seus agentes
profissionais, expressa pelo discurso teórico-ideológico sobre o exercício profissional.
O entendimento sobre as expectativas, condições e efeitos da profissão e suas bases
legitimadoras para a prática desse fazer pode encontrar dimensões contraditórias entre o
discurso que embase este fazer e o resultado obtido por esse mesmo fazer.
A compreensão da profissão supõe que a mesma deve estar inserida no processo social em
sua dimensão objetiva ao conduzir e dar consciência subjetiva a situação problema.

"Por processo social, não entendemos o sentido intersubjetivo das relações


sociais, mas sim que as relações sociais são mediatizadas por condições
históricas e que os processos têm duas dimensões: a da consciência subjetiva
da situação e do sentido e direção objetivos que assume. Então, entre estes
sujeitos há uma realidade objetiva e construída, cujos significados podem ser
compreendidos de diferentes modos".
(Martins,1975, p.54).

Compreender a prática profissional na dimensão do tempo e da história que a caracteriza


como um processo permanente de renovação, decorrente das modificações e contradições
que se expressam no desenvolvimento de nossas sociedades.

"As constantes redefinições conformam mais uma "passagem prática" do que


uma prática cristalizada, o que muitas vezes é vivido pela categoria como "crise
profissional". Esta crise não é mais do que a expressão, na consciência de seus
agentes, da temporalidade dessas práticas, da necessidade de redefinições.
Diante desse quadro, as respostas de categoria não têm sido unívocas, porque
a categoria não é homogênea: ela reflete, em si mesma, as polarizações
presentes na sociedade".
(Iamamoto,2013, p.104).

Dessa maneira, coexiste uma prioridade de renovação permanente das bases que legitimam
o Serviço Social tanto no estado burguês como no sistema capitalista. Solicitando do Assistente
Social uma posição ativa ou passiva diante de seus propósitos de classe. Para o profissional
que aceita a "crise profissional" sem que para isso ocorra um questionamento das ideologias
políticas e legitimação do seu fazer a crise se apresenta como um aprimoramento pautado nas
mudanças do processo do capitalismo etambém em função da modernização do Estado.

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Unidade: Serviço Social Pós-Renovado

Por outro lado, também coexistem profissionais inseridos em um conjunto minoritário


da categoria que busca a redefinição dessa perspectiva direcionada para as classes sociais
subalternizadas, aliadas as necessidades sociais que requer do profissional um repensar a sua
prática profissional de maneira oposta à definição oficial.
A categoria "subalterno" e o conceito de "subalternidade" têm sido utilizados,
contemporaneamente, na análise de fenômenos sociopolíticos e culturais, normalmente para
descrever as condições de vida de grupos e camadas de classe em situações de exploração ou
destituídos dos meios suficientes para uma vida digna.
No pensamento Gramsciano, contudo, tratar das classes subalternas exige, em síntese,
mais do que isso.Trata-se de recuperar os processos de dominação presentes na sociedade,
desvendando "as opiniões político-culturais da hegemonia que escondem, suprimem, cancelam
ou marginalizam a história dos subalternos" (Buttigieg,1999,p.30).
Nesse momento ocorre um dilema profissional de ordem política. No sentido de que as
ações do profissional de Serviço Social são incorporadas para serem agentes de mediação do
capital e portanto, reproduzem o poder instituido pelo capital em sua prática de legitimar os
serviços, remunerar os profissionais como também de aprovar os estatutos profissionais.
Na inserção no mercado de trabalho um desafio é imposto a categoria de construir um novo
projeto profissional que consiga reagir não apenas ao exercício da demanda institucional, mas que
realize a construção de outras bases de legitimidade do Serviço Social com as classes trabalhadoras.

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Material Complementar
Sugerimos os seguintes materiais para sua consulta e ampliação de seus conhecimentos
acerca dos assuntos estudados no material teórico desta Unidade:
Vídeos:
Filme: Tempos Modernos
Um operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina revolucionária" para
evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu trabalho.
Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa, mas
desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise
generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma
marcha de operários em protesto. Simultaneamente uma jovem rouba comida para salvar
suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não têm mãe e o pai delas está
desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai
cuidar das órfãs, mas enquanto elas são levadas a jovem consegue escapar.
Disponível em: https://youtu.be/ieJ1_5y7fT8
Acesso em: 09/08/2015.

Vídeo: A Teoria Social de Karl Marx, no qual se apresenta uma breve síntese dos
principais elementos da teoria social de Karl Marx, tais como: materialismo histórico,
luta de classes, método dialético, natureza humana, alienação, capitalismo, comunismo,
revolução proletária, autogestão.
Disponível em: https://youtu.be/nWq5O0fHN8Q
Acesso em: 09/05/2015

Livros:
PIKETTY, Thomas. A Economia de desigualdade. São Paulo: Intrínseca, 2014.
A desigualdade é consequência da concentração do capital? É transmitida de geração a geração
ou deriva das diferenças salariais, que por sua vez resultariam do jogo de oferta e demanda do
mercado de trabalho? É possível reduzir a desigualdade de oportunidades com investimento em
educação? O sistema tributário moderno é capaz de promover a redistribuição de renda ou é
preciso uma grande reforma? "A Economia da Desigualdade" demonstra que o antagonismo
esquerda/direita do debate político não discorda necessariamente em suas noções de justiça social,
mas sim nos mecanismos econômicos que produzem a desigualdade e em como minorá-la. Em
edição atualizada, incluindo gráficos e tabelas, o livro é mais uma valiosa aula de Piketty sobre a
natureza da distribuição de renda e o cenário econômico mundial.

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Unidade: Serviço Social Pós-Renovado

Referências
BUTTIGIEG, J. Sulla Categoria Gramsciana di’subalterno. In. BARATA, G.; LIGUORI, G.
(Org.) GRAMSCI da un secolo all’altro. Roma: Editori Riuniti,1999.
IAMAMOTO, M. V. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social: Ensaios Críticos.
7.ed. São Paulo: Cortez, 2004.
________________. Legitimidade e crise do Serviço Social. Um ensaio de interpretação
sociológica da profissão. Dissertação (Mestrado) - Esalq /USP, Piracicaba,1982.
MARTINS, J. S. Capitalismo e Tradicionalismo. Estudos sobre a contradição da sociedade
agrária no Brasil. São Paulo: Pioneira,1975.
MARX, K. ENGELS, F. A ideologia alemã (FEUERBACH). São Paulo: Grijalbo,1977.
____________________. El capital: crítica de la economia política. 2.ed. México: Fondo de
Cultura Econômica, 1975.
____________________. Los fundamentos de la crítica de la economia política. Madrid:
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_____________________.Manuscritos econômico-filosóficos de 1848. In: K. Marx e F.
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NETTO, J. P. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. 5. ed.São Paulo: Cortez, 2006
___________ Crise do Socialismo e Ofensiva Neoliberal. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
PONTES, R. N. Mediação e Serviço Social: Um estudo preliminar sobre a categoria
.4.ed.São Paulo: Cortez,2007
SADER, E, S. Pós- Neoliberalismo: As Políticas Sociais e o Estado Democrático. São
Paulo: Paz e Terra, 2010.

Sites consultados:
http://www.abepss.org.br/paginas/ver/1
www.cressrj.org/br/servico_social.php.
http://www.dicionariodoaurelio.com/institucionalizar

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Anotações

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