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Geometria e Álgebra II
Geometria e Álgebra II
CAPÍTULO
PROCESSING ...
GEOMETRIA E ÁLGEBRA II
Competências
c C3 e C6
Habilidades
Activity diagnostics
c H24, H32, H33 e H34
CK
TO
ERS
U TT
/SH
ART
IEN
M
DA
230
160
250
140
130 135
Modeling surface ...
230
190
230
160
250
140
130 135
CIRCUNFERæNCIA
Conduzir um veículo, de modo seguro e objetivo, do ponto de origem a um destino definido,
é prática comum no cotidiano de diversas pessoas. Embora a condução de alguns veículos possa ser
simples, essa prática pode exigir conhecimento de processos bem complexos em algumas situações.
Quando se trata de navegação marítima, por exemplo, pode-se destacar quatro diferentes métodos: a
navegação astronômica, a visual, a eletrônica e a estimada. Esses métodos podem ou não ser utilizados
simultaneamente dependendo do tipo de embarcação conduzida e do navegante.
Na navegação astronômica, a posição da embarcação é determinada por meio da observação
dos astros. Na navegação visual, são observados pontos de referência (os quais devem ser represen-
tados na carta náutica do local), ângulos, marcações e alinhamentos (horizontais e verticais), entre
outros elementos. A navegação eletrônica faz uso de informações obtidas de radares, satélites e
outros similares. Na navegação estimada, o condutor da embarcação se baseia na velocidade e no
intervalo de tempo entre as diferentes posições durante o trajeto, para determinar as posições futuras
de modo aproximado. É possível observar que os métodos de navegação utilizam áreas delimitadas
por circunferências para traçar as rotas. Os radares fazem varreduras circulares não apenas para traçar
rotas, mas também para detectar outras embarcações e elementos no trajeto. Leia o texto a seguir.
DDPROIMAGES/SHUTTERSTOCK
b
C
LAB212
0 a
x
Sendo P(x; y) um ponto qualquer a uma distância R do navio, é possível representar algebrica-
mente a circunferência que contém todos os pontos que estão a essa distância máxima de captura
e também toda a região detectável pelo radar.
2 2
R = ( x − a ) + ( y − b)
∴ (x - a)2 + (y - b)2 = R2
LAB212
25
20
15
10
C(-4; 3) 5
P(17; 3)
R = 21u
-25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 x
-5
-10
-15
-20
De acordo com a equação geral da circunferência, a linha limite de captura, para o navio na
posição (-4; 3), pode ser dada por:
(x - (-4))2 + (y - 3)2 = 212 ⇒
⇒ (x + 4)2 + (y - 3)2 = 441
Outros exemplos:
a) x2 + y2 = 144 é a equação de uma circunferência de centro C(0; 0) e raio R = 12, pois
x2 + y2 = 144 ⇒ (x - 0)2 + (y - 0)2 = 122.
b) (x - 1)2 + (y - 7)2 = 1 é a equação de uma circunferência de centro C(1; 7) e raio R = 1,
pois (x - 1)2 + (y - 7)2 = 1 ⇒ (x - 1)2 + (y - 7)2 = 12.
c) x2 + (y + 2)2 = 0,25 é a equação de uma circunferência de centro C(0; -2) e raio R = 0,5,
pois x2 + (y + 2)2 = 0,25 ⇒ (x - 0)2 + (y - (-2))2 = 0,52.
d) (x - 2)2 + y2 = -4 não é a equação de uma circunferência, pois não existe medida real para
R, tal que R2 = -4.
É importante citar que uma circunferência de equação (x - a)2 + (y - b)2 = R2 também pode
ser representada pela chamada equação normal da circunferência, que pode ser obtida desenvol-
vendo os binômios na equação reduzida.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1 Considere que, após um acidente, uma embarcação tenha perdido comunicação com o
porto e a guarda costeira e que esta última tenha recebido, juntamente com o alerta, a
H24 equação do radar da embarcação (x2 + y2 - 10x + 16y - 311 = 0).
y
25
20
15
B(-7; 8) 10
5
R = 20u
-25 -20-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 x
-5
C(5; -8)
-10
R = 20u
-15
-20
-25
A(-7; -24)
[...] por volta de 350 a.C., o matemático grego Menaecmus descobriu curvas es-
peciais chamadas de “seções cônicas”, que, segundo acreditam os estudiosos, ele usava
para resolver problemas de duplicar o cubo. Arquimedes desenvolveu a teoria sobre essas
curvas, e Apolônio de Pega sistematizou e ampliou o tema no livro Seções cônicas. O
que interessa, em particular, a Omar Kayyan, era a descoberta de que as seções cônicas
podiam ser empregadas para resolver equações cúbicas.
As seções cônicas têm esse nome porque podem ser obtidas seccionando um cone
com um plano, especificamente um cone duplo, como duas casquinhas de sorvete unidas
pelas pontas. Um cone é formado por uma série de segmentos de linhas retas, todas se
encontrando em um ponto e passando por um círculo adequado, a “base”. Mas, na geo-
metria grega, a gente pode estender segmentos de linhas retas quanto quiser, o que resulta
num cone duplo.
Os três principais tipos de seção cônica são a elipse, a parábola e a hipérbole. Uma
elipse é uma curva fechada oval que surge quando o plano corta apenas uma das metades
do cone duplo. Uma circunferência é um tipo especial de elipse, criada quando o plano é
perpendicular ao eixo do cone. Uma hipérbole consiste em duas curvas simetricamente re-
lacionadas que em princípio se estendem ao infinito, criadas quando o plano corta as duas
metades do cone duplo. A parábola é formada pela transição, uma só curva aberta, e nesse
caso o plano que corta o cone deve ser paralelo a uma das linhas da superfície do cone.
STEWART, I. Uma história da simetria na Matemática. São Paulo: Zahar, 2012. (Adaptado.)
Circunferência
LAB212
1 2 x
a) Determine a distância mínima sugerida que um cliente 3 A construção de uma peça é encomendada por meio da
deve manter do ponto P. equação 4x2 + 4y2 - 4x - 12y + 6 = 0. Responda:
Resolução: pela figura, podemos perceber que a distância entre H24
o ponto P e um ponto da circunferência formada é de 1 m, sendo a) Qual o formato da peça? Justifique.
esta a distância mínima sugerida. Resolução: dividindo todos os termos da equação por 4, temos:
3
x 2 + y 2 − x − 3y + = 0
2
Manipulando algebricamente a equação, obtemos a equação
equivalente:
b) Determine a equação que descreve a circunferência que
1 3
2 2
limita o distanciamento por este protocolo. x − + y − = 1
2
Assim, temos:
x
y
-3
-7
2
LAB212
2 4 x
A A
LAB212
10 x
LAB212
B
-10 B
LAB212
coordenados de um plano cartesiano com as distâncias em
metros. A(-3; 0) C(5; 0)
Responda:
Preocupado com o aumento do fluxo de carros nos cruza-
a) Quantos lados tem a figura a ser pintada?
mentos, o engenheiro responsável pelo trânsito propõe a
construção de uma rotatória, com formato de uma circun-
ferência, que passe pelos mesmos três pontos. Determine:
a) O ponto no plano central dessa nova rotatória.
11
Resposta: 1; −
4
Orientações no Manual do Professor.
LAB212
LAB212
5
A B
4
E D
2 b) Considerando que o ponto L pertence à circunferência
do círculo de centro K e que é o ponto de interseção das
1 retas t e s, em que t é a reta determinada pelos pontos P e
O e s é a reta determinada pelos pontos E e K, determine
C x a equação reduzida da circunferência de centro K, que
0
1 2 3 4 5 6 representa a piscina no plano cartesiano. Justifique sua
resposta apresentando os cálculos realizados na resolução
deste item.
a) x = 0 d) x2 + (y - 2)2 = 4 Resolução: conhecendo-se dois pontos de cada reta, é possível
b) y = 0 e) (x - 2)2 + (y - 2)2 = 8 determinar as equações das retas:
12 = 14a + b a = 1
c) x2 + y2 =16 Resposta: alternativa e. t : ⇒
14 = 16a + b b = −2
( )
2
localização da casa, do gazebo e da piscina. (x − 10) + ( y − 12) =
2 2
(12 − 10) + (10 − 12)
2 2
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48
REPRODUÇÃO/SISTEMA ACAFE
N
y 2 cm
14
REPRODUÇÃO/UNESP, 2018.
2 cm
12
M
10
8 O
6
A figura representa a cabeça de um bebê num exame desse
4
B tipo. Através de recursos computacionais, define-se uma
2 circunferência num sistema de coordenadas cartesianas
A
O através de três pontos: M(-3; 3), N(2; 8) e O(6; 0).
8 6 4 2 0 2 4 6 8 x
O comprimento dessa circunferência corresponde ao que os
2 médicos chamam de perímetro cefálico. No caso indicado
na figura acima, por um problema técnico, o computador
a) A área do pedaço de cerâmica é aproximadamente igual não indicou o comprimento da circunferência. Sabe-se que
à área do triângulo ABO. Calcule a área desse triângulo cada unidade linear do plano cartesiano que contém a figura
em cm2. corresponde a 1 cm da medida real.
Resposta: 14 cm2.
Orientações no Manual do Professor. Analise o caso e responda: qual a medida do perímetro
cefálico do bebê se π = 3,14.
a) Superior a 40 cm.
b) Entre 30 e 35 cm.
c) Inferior a 30 cm.
d) Entre 35 cm e 40 cm.
Resposta: alternativa b.
Orientações no Manual do Professor.
R
C
LAB212
dPC = R
C R
LAB212
dPC < R
P
γ
d
R
C
dPC > R
LAB212
y
15
Estrutura
semafórica 10
-15 -10 -5 0 5 10 15 x
Árvore
-5
Placa sinalizadora
Semáfaro
-10 para pedestres
-15
Processo de torneamento de
peça por meio da rotação e
desbastes axial e radial.
LAB212
Planos cartesianos determinados pelos eixos x, y e z.
[...]
As máquinas ferramentas CNC possuem orientação de coordenadas cartesianas prees-
tabelecidas por norma técnica [...]. Esta orientação estabelece valores positivos crescentes
conforme direção e sentido dos eixos x, y e z, bem como, rotação A, B e C, horária ou
anti-horária, em torno de cada um dos eixos respectivamente.
AZEVEDO, D. F. O. Linguagem de programa•‹o de CNC:
Torno e centro de usinagem. Mogi das Cruzes, 2014.
LAB212
Q
P
R
d λ
r ∩ λ = {P; Q}
LAB212
T
R
d λ
r ∩ λ = {T}
LAB212
r
d R
λ
r∩λ={ }
Para os três casos, podemos determinar:
ax 0 + by 0 + c
dC, r =
a2 + b2
ax + by + c = 0
r ∩ λ :
(x − x 0 )2 + (y − y 0 )2 = R 2
PARA CONSTRUIR
1 Uma empresa de rede de comunicações pretende realizar 3 Um terreno particular tem a forma de uma circunferência
H2 de equação x + y = 400, com as dimensões dadas em
4
2 2
os primeiros serviços em uma cidade. De início, o plano de
H24
inauguração planeja abranger uma região circular dada pela metros, conforme registro em sua documentação. Uma
equação (x - 2)2 + (y - 3)2 = 25. Se um habitante da cidade empresa ferroviária precisa construir um trilho e pretende
tem sua residência localizada no ponto P(5; 6), ele poderá usar a mesma documentação para saber quanto do espaço
receber o serviço? particular usará. A empresa percebe que a trajetória do trilho
Resolução: pela equação de circunferência fornecida, sabemos obedecerá à seguinte equação de reta: 2x + y = 20. Con-
que o raio da área abrangida é igual a 5, com centro em C(2; 3). siderando que será instalada uma cancela em cada ponto
Calculando a distância entre o centro do serviço e a residência,
temos: que o trilho cruzar o limite do terreno, determine:
d = (5 − 2) + (6 − 3) ⇒ d = 3 2
2 2 a) Os pontos em que deverão ser instaladas as cancelas.
Resposta: (0; 20) e (16; -12).
Assim, como d < r, essa residência pode receber o serviço, visto Orientações no Manual do Professor.
que está dentro da região abrangida.
2 Um parque de diversões pretende construir uma nova atra-
ção: uma roda gigante que apresentará cabines circulares.
H24
Quando planejada em um plano cartesiano, a cabine mais alta
tem equação x2 + y2 + 6x - 8y = 0, e a placa de iluminação
1,36 m. O parecer
do engenheiro b) A distância entre uma cancela e outra.
deve ser contrário Resolução: a distância entre as duas cancelas é a distância entre
à efetivação da os dois pontos de intersecção:
obra nesse projeto. (16 − 0) + (−12 − 20) ⇒ d = 16 5
2 2
d =
Orientações
no Manual do
Professor.
2 Em um jogo eletrônico, uma bomba apresenta uma área de explosão circular. Os elaboradores do jogo projetaram o lançamento
de um míssil contendo a bomba que é lançado em uma trajetória reta, passando pelos pontos A(3; 4) e B(5; 6). Determine:
H24
a) A equação que define a reta que contém a trajetória do b) A equação que delimita a área atingida pela explosão,
míssil enquanto estiver na trajetória retilínea indicada. considerando que AB é o diâmetro da região afetada.
Resolução: utilizando como base a equação de reta: Resolução: a distância entre A e B pode ser dada por:
y - yp = m ⋅ (x - xp)
(3 − 5) + (4 − 6) = 2 2
2 2
d =
Determinando m, que é o coeficiente angular da reta, a partir dos
pontos A e B, temos: Assim, o raio da área atingida será 2 .
6 − 4
m = ⇒ m = 1 Agora, como AB é diâmetro da região afetada, sabemos que o
5 − 3 centro será ponto médio deste segmento. Assim, temos que:
Assim, a equação de reta que passa pelos pontos A e B será: 3 + 5
y - 4 = 1 ⋅ (x - 3) ⇒ y = x + 1 x C = ⇒ xC = 4
2
4 + 6
yC = ⇒ yC = 5
2
Ou seja, C(4; 5).
Portanto, a equação da circunferência será dada por:
(x - xc)2 + (y - yc)2 = r2 ⇒ (x - 4)2 + (y - 5)2 = 2
3 O engenheiro de tráfego de uma cidade nota que uma área central de grande fluxo de carros tem a forma de um círculo de
diâmetro 6 km. Pelo centro dessa área passam duas grandes avenidas. Ao programar melhorias para o escoamento do tráfego,
H24 o engenheiro percebe que as avenidas apresentam equações r: 4x - 3y + 2 = 0 e s: 3x + 4y - 11 = 0. Determine:
a) O ponto em que as duas avenidas se cruzam. b) A equação que delimita a área analisada.
Resolução: com base nas equações fornecidas, temos: Resolução: utilizando como base a equação reduzida da
4x − 3y + 2 = 0 circunferência, temos:
⇒ y = 2 e x = 1 (x - xc)2 + (y - yc)2 = r2
3x + 4y − 11 = 0
Com diâmetro igual a 6 km, o raio da área será 3 km.
Assim, as avenidas se encontram no ponto (1; 2), referente ao Além disso, do item a, sabemos que C(1; 2).
centro da área analisada. Logo, temos que: (x - 1)2 + (y - 2)2 = 32
4 Em um estande de tiro esportivo, discos, também chamados de pratos, são arremessados VISUALSPACE/ISTOCKPHOTO/
GETTY IMAGES
6 (UFSC) A figura representa parte do mapa de uma cidade em que uma unidade linear do plano cartesiano corresponde a 1 km.
REPRODUÇÃO/UFSC, 2017
pela igreja também passa pelo banco.
(02) A reta que passa pelo banco e é perpen-
dicular à reta que passa pela igreja e pelo
hotel tem equação y = 8.
(04) A equação da circunferência com cen-
tro na praça e que passa pela escola é
x2 + y2 - x - 6y + 24 = 0.
(08) A distância da escola ao hotel é de 73 km.
(16) A área do quadrilátero convexo formado
pela escola, pelo banco, pelo hotel e pela
igreja tem 23,5 km2.
(32) O ponto da circunferência, com centro na
praça e que passa pela escola, que fica mais
próximo da igreja é (3; 4).
Resposta: soma = 28 (04 + 08 + 16)
Orientações no Manual do Professor.
H24 Dois corredores A e B partem do ponto P(0; 0) no mesmo instante e com velocidades de módulos constantes. O corredor A
segue a trajetória descrita pela equação 4y - 3x = 0; e o corredor B, a trajetória descrita pela equação x2 + y2 - 8x - 6y = 0.
As trajetórias estão no mesmo plano.
Assinale a alternativa que contém as coordenadas do ponto Q, distinto de P, em que haverá cruzamento das duas trajetórias.
a) (3, 4).
b) (4, 3).
c) (6, 9).
d) (8, 4).
e) (8, 6).
Resposta: alternativa e.
Orientações no Manual do Professor.
Conexões entre Geometria e Álgebra 97
8 (Imed) Atualmente, por questão de proteção, certas edificações como presídios, instalações militares ou governamentais, casas de
entretenimento e residências têm necessidade de bloquear o sinal de telefones celulares. Tal expediente causava transtornos até
H24
algum tempo atrás, pois exigia que fossem desativadas as torres de retransmissão de sinal, o que deixava um bocado de gente sem
comunicação. Atualmente, isso pode ser feito de modo mais pontual, com a utilização de aparelhos capazes de restringir o raio de
bloqueio a distâncias mais curtas. Em uma determinada região, desejava-se instalar um desses aparelhos em certa construção. No
entanto, havia um trecho de estrada passando próximo a essa construção. Um mapa da região foi plotado num plano cartesiano,
no qual a estrada corresponde a uma reta de equação x + y = 5 e a região em torno da edificação a partir da qual se estabeleceu o
bloqueio corresponde a uma circunferência de equação (x – 5)2 + (y – 3)2 = 9 . O centro da circunferência corresponde à localização
dessa edificação. Sabendo que cada unidade de distância no plano cartesiano corresponde a 10 km, entre as afirmações a seguir:
I. A circunferência se localiza no 1o quadrante do sistema de coordenadas cartesianas.
II. Um aparelho de telefone celular localizado no ponto B(3; 4) do sistema de coordenadas cartesianas está sob a ação do bloqueio,
já que ele é interior à circunferência.
III. A menor distância da estrada até a edificação é de 30 km.
É(são) verdadeira(s):
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) II e III.
Resposta: alternativa c.
e) I, II e III. Orientações no Manual do Professor.
9 (UEFS-BA) Em um sistema de coordenadas cartesianas, utilizando-se uma escala conveniente, o planejamento de localização de
três peças de arte no Museu Casa do Sertão: R, o busto de um vaqueiro, S, um animal empalhado e T, a estátua de uma mulher
H24 rendeira, representadas pelos pontos de intersecção das retas de equações r: y = 6x + 4, s: y = 4 e t: 2y - 3x + 1 = 0.
Nessas condições, é correto afirmar que os pontos que representam R, S e T estão contidos no menor círculo de centro na origem
e que pode ser definido pelo conjunto:
a) {(x; y) ∈ R2 ; x2 + y2 ≤ 25}
b) {(x; y) ∈ R2 ; x2 + y2 = 25}
c) {(x; y) ∈ R2 ; x2 + y2 ≤ 16}
d) {(x; y) ∈ R2 ; x2 + y2 = 16}
Resposta: alternativa a.
e) {(x; y) ∈ R2 ; x2 + y2 ≥ 9} Orientações no Manual do Professor.
Veículo
LAB212
Área de captação
da antena
600 m
Antena
900 m
Localizações
possíveis
Veículo
1 000 m
Antena 2 600 m
LAB212
Antena 1
Considerando que a segunda antena captou informações do veículo a uma distância de 1 km,
há um aumento muito grande na precisão da informação de localização, uma vez que, a 1 000 metros
de uma antena e a 600 metros da outra, temos apenas a posição real do veículo e um outro ponto
P. Desse modo, fica claro que, para a localização exata, são necessários os dados de três antenas,
completando o processo conhecido como triangulação, o qual determina apenas um ponto.
TDHSTER/SHUTTERSTOCK
Analisando as posições relativas entre circunferências, tomadas duas a duas, temos quatro
possibilidades distintas. Considerando as equações algébricas dessas circunferências, temos a relação
parcialmente dada pela solução do sistema:
(x − a )2 + (y − b )2 = R 2
S(λ1 ∩ λ 2 ) :
1 1 1
(x − a )2 + (y − b )2 = R 2
2 2 2
C1 C2
λ2
LAB212
T
T C2 C2
C1 C1
Podemos ver que λ1 e λ2 podem ser tangentes externa ou internamente. Desse modo, para
especificar o caso, podemos determinar as distâncias entre os centros das circunferências, separando
em duas situações:
i) tangente externamente para: dC1C2 = R 1 + R 2
▶ λ1 e λ2 são disjuntas se S não tem solução, o que também pode ocorrer de dois modos:
externa ou internamente:
λ1
λ1
λ2
λ2
LAB212
C2 C2
C1 C1
▶ λ1 e λ2 são congruentes se S tem infinitas soluções, o que significa que suas equações são
equivalentes (seus coeficientes estão na mesma razão):
λ1 ≡ λ2
LAB212
C1 ≡ C2
Observação: nesse caso, λ1 e λ2 são concêntricas e com raios congruentes. Se forem concêntricas
e os raios tiverem comprimentos diferentes, temos o caso anterior.
NIGITA/SHUTTERSTOCK
LAB212
Se efetuássemos um corte das ondas pelo diâmetro de suas circunferências,
veríamos a representação à direita.
As ondas sísmicas podem ser classificadas em dois grupos: ondas de volume (ou de corpo),
que são aquelas que se propagam pelo interior do planeta, e ondas de superfície, que se propa-
gam, como o nome diz, na superfície do planeta tal como as ondas na superfície de um lago. [...]
A distância de uma estação sismológica ao epicentro de um terremoto, chamada de
distância epicentral, pode ser medida ao longo da superfície da Terra (Δ km) ou pelo ângulo
central correspondente (Δo) considerando o centro do planeta [...].
Estação Sismológica
'km
a
ond
da
ia
ór
jet
DRMAKKOY/GETTY IMAGES
Epicentro
Tra Raio da
Terra
'o
O raio da primeira circunferência é 1 m; e o da segunda, é 2 m. Portanto, as circunferências são disjuntas, e a distância entre as
circunferências é 5,83 - 3 = 2,83. Portanto, o comprimento da parte que permite manutenção é 2,83 m.
2 Ao projetar duas engrenagens que vão trabalhar juntas, um engenheiro inicialmente pensou na circunferência que dá origem
a cada uma delas.
H24
Ao ajustar essas engrenagens a fim de que se toquem para realizar o movimento e representá-las em um plano cartesiano, a
equação que representa a primeira é expressa por (x + 1)2 + y2 = 5; e a equação da segunda por r (x - 1)2 + y2 = 8.
Determine em que pontos do plano cartesiano as engrenagens se interceptam.
Resolução: isolando o y2 nas equações e igualando as duas, temos:
3
(x + 1)2 - 5 = (x - 1)2 - 8 ⇒ x = -
Agora, para y, temos: 4
3
2
79
y 2 = −− + 1 + 5 ⇒ y = ±
4 4
LAB212
3 Durante um projeto que está sendo executado em uma máquina industrial, foi necessário ajustar uma coroa circular.
H32 Nesse ajuste, foi usado um plano cartesiano para realizar o corte. Se as duas circunferências devem ser concêntricas e o raio da
maior deve ser 3 unidades maior que o raio da menor, qual é a equação da circunferência maior, sendo que a da menor é
x2 + y2 - 4x - 6y - 3 = 0?
Resolução: inicialmente, temos que determinar o centro e o raio da circunferência menor, assim:
B
x2 + y2 - 4x - 6y - 3 = 0 ⇒ x2 - 4x + y2 - 6y - 3 = 0 ⇒
⇒ (x - 2)2 + (y - 3)2 = 42
Portanto, o raio da circunferência maior deve ser 7, e seu centro em (2; 3). Assim, a equação dessa
circunferência é:
A
(x - 2)2 + (y - 3)2 = 49
LAB212
LAB212
y
7
6
LAB212
y
7 e
5
6 4
d E
5 3 f
c G
4 2
A C
3 1
2 F
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 x
1 -1
-2
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 x
-1 -3
-2
-3
Como é possível observar, essas circunferências são tangentes
internas. Com isso, determine a equação que dá origem a
Determine a equação que dá origem a cada uma dessas cada uma delas. Mostre, por meio de suas equações, que
circunferências de forma que elas sejam tangentes entre si. elas são tangentes em F.
Com isso, represente a equação que dá origem a cada uma Resolução: pelos dados do gráfico, temos que o centro da maior
circunferência é (3; 3), e o seu raio é 3; no caso da circunferência
delas e mostre que elas são tangentes. menor, o centro é (3; 2), e o raio é 2.
Resolução: com base na posição da primeira circunferência, sua Portanto, as equações que descrevem essas circunferências são:
equação é: (x - 3)2 + (y - 3)2 = 32 e (x - 3)2 + (y - 2)2 = 22
(x + 3)2 + (y - 3)2 = 22, e a da segunda é (x - 2)2 + (y - 3)2 = 32. Resolvendo o sistema formado por essas equações, obtemos
Com isso, a distância entre os centros é dada por 2 − (−3) = 5, e x = 3 e y = 0, ou seja, as circunferências são tangentes em F(3; 0).
a soma dos raios é 2 + 3 = 5. Portanto, são tangentes exteriores.
4 No plano cartesiano a seguir, faça um esboço das circun-
ferências cujas equações são (x + 1)2 + (y - 1)2 = 4 e
H24
(x - 1)2 + (y - 1)2 = 1 e determine a relação entre elas.
REPRODUÇÃO/UEL, 2015
C (1,1) D (1,1)
2,5 cm
2 1 A 0 1 2
Resposta: alternativa c.
Orientações no Manual do Professor.
ELIPSE
Os tampos industriais, muitas vezes chamados de calotas, são utilizados para o fe-
chamento de tanques e/ou vasos pressurizados. Possuem várias formas geométricas e
geralmente recebem o nome da própria forma geométrica. Os exemplos mais comuns são:
semielípticos, toro-esféricos, semiesféricos, cônicos, torocônicos e planos. Os tampos são
produzidos conforme o projeto e necessitam de cálculos específicos e análises de tensões
para resistir às solicitações mecânicas.
Onde são utilizados os tampos industriais?
Os tampos industriais são utilizados principalmente em:
• Vasos de pressão; • Tanques rodoviários;
• Tanques para postos de combustíveis; • Cervejaria;
• Autoclaves; • Indústria química;
• Compressores; • Tanques de laticínios.
MMMX/SHUTTERSTOCK
HRAMOVNICK/SHUTTERSTOCK
TOMAS PAVELKA/SHUTTERSTOCK
22AUGUST/SHUTTERSTOCK
Tampos
industriais
em diversos
formatos.
Devido às suas aplicações, eles devem ser projetados atendendo a padrões e normas rígidas.
▶ Tampo rebordeado
LAB212
LAB212
▶ Tampo semiesférico
LAB212
▶ Tampo semielíptico
LAB212
Como vimos anteriormente, as elipses podem ser obtidas ao seccionar um cone por um
plano inclinado.
LAB212
Eixo
Geratriz
Elipse
Sejam dois pontos do plano (F1 e F2) denominados focos, distantes 2c unidades entre si,
denominada distância focal. Define-se como elipse o lugar geométrico dos pontos P tais que
PF1 + PF2 = 2a, sendo 2a uma constante tal que 2a > 2c:
2C F2
F1 ε
LAB212
▶ Centro: C
B1
b a
LAB212
A2 A1 2b
F2 C c F1
B2
2c
2a
Pela observação dessa ilustração, podemos ver que a distância semifocal e os comprimentos
dos semieixos formam um triângulo retângulo de lados a, b e c, tal que a2 = b2 + c2.
Vimos que o tampo semielíptico deve seguir a relação de 2 : 1 entre os semieixos. Essa relação é
derivada da excentricidade (e) da elipse a qual, por sua vez, é dada pela razão entre a distância focal
2c c
e o comprimento do eixo maior, ou seja: e = =
2a a
Como 0 < c < a, temos que 0 < e < 1. A excentricidade tem influência no achatamento da
elipse, de modo que quanto mais e se aproxima de 1 mais a elipse é achatada, e quanto mais essa
excentricidade se aproxima de 0 mais a elipse se aproxima de uma circunferência.
B1 (0, b) P (x, y)
F1
P (x, y)
F2 F1
LAB212
B2 (0, –b) F2
A2 (0, –a)
Nos dois casos, como F1 e F2 são os focos e a distância focal é igual a 2c, e considerando o lugar
geométrico descrito pela elipse, temos que todo ponto P(x; y) pertence à elipse se, e somente se,
satisfaz PF1 + PF2 = 2a.
( (x + c) + y ) = (2a − )
2 2
2 2
2
(x − c) + y 2
2 2 2
(x + c) + y 2 = 4a2 − 4a (x − c) + y 2 + (x − c) + y 2
2 2 2
(x + c) + y 2 − (x − c) − y 2 = 4a2 − 4a (x − c) + y 2
2
4cx − 4a2 = −4a (x − c) + y 2
cx − a2 = −a (x − c)2 + y 2
Elevando ambos os lados ao quadrado e fatorando, temos:
(a2 - c2)x2 + a2y2 = a2(a2 - c2)
Como temos a2 = b2 + c2 ⇒ b2 = a2 - c2, substituindo na expressão anterior e dividindo ambos
os membros por a2b2, temos:
x2 y2
b 2 x 2 + a 2 y 2 = a 2b 2 ⇒ + =1
a2 b2
O procedimento para (II − eixo maior na vertical) é semelhante e gera:
x2 y2
+ =1
b2 a2
Podemos extrapolar essa situação para o centro em um ponto qualquer C(x 0; y 0):
2 2
(x − x 0 ) (y − y 0 ) 2
(x − x 0 )
2
(y − y 0 )
+ = 1 para o eixo maior paralelo ao eixo x ou + =1
a2 b2 b2 a2
para o eixo maior paralelo ao eixo y.
PARA AMPLIAR
Algumas possibilidades de aplicações das elipses
REPRODUÇÃO/JURACÉLIO LOPES
Fragmenta•‹o do C‡lculo Renal
REPRODUÇÃO/JURACÉLIO LOPES
O bilhar elíptico possui uma única tabela no formato de uma elipse com um buraco
num dos focos conforme ilustra a figura. Uma bola colocada no segundo foco ao ser
atirada em qualquer direção do bilhar deverá cair no buraco. O mesmo acontecerá com
a bola se ela for colocada em qualquer outra posição do bilhar e atirada em direção ao
segundo foco.
LOPES, J. L. Cônicas e Aplicações. Orientador: Prof. Dr. Wladimir Seixas. 2011. 184 f.
Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática) – Instituto de Geociências e
Ciências Exatas, UNESP, Rio Claro, São Paulo, 2011. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/91061/
lopes_jf_me_rcla.pdf?sequence=. Acesso em: 20 jul. 2020.
PARA CONSTRUIR
1 Uma área de conservação de resíduos em uma indústria foi Faça um esboço da vista superior dessa peça.
Resolução: pela expressão, temos uma elipse cujo eixo horizontal
delimitada pelo quadrilátero ABCD, representado na figura
H24 mede 8, e o vertical mede 6.
a seguir.
LAB212
y
5
y A
4
3
2
1
D B
LAB212
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 x
x -1
-2
-3
-4
C -5
= 1 ⇒ x = −4 ou x = 6
LAB212
preendimento com base na expressão 4x2 + 6y2 - 24 = 0, y
H24
mostre que esse teto terá o formato de uma elipse. 5
4x 2 6y 2 24 x2 y2 4
Resolução: + = ⇒ + = 1
( 6)
2
24 24 24 22
3
Portanto, temos uma elipse com eixo horizontal 2 6 e eixo 2
vertical 4, cujo centro é em (0; 0).
1
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 x
-1
-2
LAB212
y
LAB212
y 5
5
4 4
3 3
2
2
1
1
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 x
-1 0 1 2 3 4 5 x
-2
-3 Resolução: analisando a figura, podemos fazer uma estimativa
-4 da área entre 6 e 6,5 quadrados de 20 m × 20 m, conforme
representado na figura.
-5
Portanto, a área é algo entre 6 ⋅ 20 ⋅ 20 = 2 400 m2
e 6,5 ⋅ 20 ⋅ 20 = 2 600 m2.
5 x2 y2
3 Para a construção de um setor de uma empresa, deve-se A órbita de um cometa é dada pela expressão + = 1,
4 16
4x 2 + y 2 ≤ 16 H24 e a previsão é que um outro corpo celeste atinja esse primei-
H34
delimitar a região descrita pela expressão x ≥ 0 . ro. Considerando que a trajetória do segundo corpo é dada
y ≥ 0 pela expressão 3x + 2y = 6, determine em quais pontos a
colisão deve ocorrer.
Com isso, faça uma representação desse projeto. Resolução: para determinar os pontos de possibilidade de
Resolução: determinando a equação da elipse, temos: colisão, devemos fazer:
4x 2 y2 16 x 2 y2
+ = ⇒ + + = 1 14 96
16 16 16 4 16 ⇒ x = 2 e y = 0 ou x = − e y =
25 25
x2 y2 3x + 2y = 6
⇒ 2
+ 2 = 1
2 4 14 96
Portanto, os pontos de possível colisão são (2; 0) ou − ; .
Portanto, temos um centro em (0; 0), um eixo horizontal de 25 25
medida 4 e um eixo vertical de medida 8.
REPRODUÇÃO/UEPB, 2012
10 m B buição e aproveitamento delas, concluímos que a distância
em metros entre as torres é
x
REPRODUÇÃO/UFPB, 2011
10 m 10 m
80 m
A F1 F2 C
x
x
y
2
2
2
y
10 m D F1 0 F2
120 m
retângulo MNPQ.
REPRODUÇÃO/ESPCEX, 2012
x
M N
22 m
Assim, a distância entre as retas MN e PQ é
O aplicador do gesso afirmou que saberia desenhar a elipse, a) 48 m
desde que o arquiteto informasse as posições dos focos. Para
orientar o aplicador do gesso, o arquiteto informou que, na b) 68 m
direção do eixo maior, a distância entre cada foco e a parede c) 84 m
mais próxima é de: d) 92 m
Resposta: alternativa e.
a) 3 m b) 4 m c) 5 m d) 6 m e) 96 m Orientações no Manual do Professor.
Resposta: alternativa c. Orientações no Manual do Professor.
AVIGATOR FORTUNER/SHUTTERSTOCK
Vista aérea de tanques de sedimentação em estação de tratamento de água industrial.
O formato das pás dos misturadores hiperbólicos é ideal para a homogeneização de efluentes
nas ETEs (Estações de Tratamento de Efluentes). Como vimos anteriormente, a hipérbole é um tipo de
curva que se pode obter ao seccionar um cone duplo por um plano que intercepte suas duas partes.
LAB212
LAB212
P
F1 F2
Elementos da hipérbole
A hipérbole tem dois eixos de simetria (principal e secundário) sobre os quais ficam seus eixos
real e imaginário.
▶ Vértices: A1 e A2
▶ Centro: C
Eixo secundário
c b
a
LAB212
F1 A1 a C A2 F2 Eixo
principal
C C
B2
Assim como para a elipse, podemos ver que a distância semifocal e os comprimentos dos semieixos
da hipérbole formam um triângulo retângulo de lados a, b e c. No entanto, agora temos c2 = a2 + b2.
De modo similar ao que vimos com relação à elipse, a excentricidade (e) da hipérbole é dada
c
por e = . Como temos sempre c > a, a excentricidade da hipérbole é sempre maior do que 1,
a
sendo que a hipérbole é cada vez mais achatada quanto maior é o valor de e; e mais aberta quanto
mais próximo de 1 for o valor de e.
LAB212
y y
F1(C;0)
F1(0;c)
P(x;y)
F1(c;0) C F1(c;0) x C x
F2(0;c)
Caso o eixo real esteja na direção vertical e centro na origem, temos os focos em F1(0; c) e
F2(0; -c). Nesse caso, o desenvolvimento é similar ao anterior e temos:
PF1 - PF2 = 2a
2 2
x 2 + (y + x) − x 2 + (y − c) = 2a
Caso o centro da hipérbole esteja em um ponto qualquer (x0; y0), e eixos paralelos aos eixos
cartesianos, a hipérbole sofre translação, de modo semelhante ao que ocorreu para as elipses. Nesse
caso, temos para o eixo real horizontal:
2 2
(x − x 0 ) (y − y 0 )
− =1
a2 b2
2 2
(y − y 0 ) (x − x 0 )
E para o eixo real na vertical: − =1
a2 b2
(a;b) b (a;b)
LAB212
a a x
Podemos notar que as curvas da hipérbole tendem a se aproximar de duas retas concorrentes.
Essas retas são chamadas de assíntotas da hipérbole. No caso da hipérbole com centro na origem do
b b
plano cartesiano, essas retas têm coeficientes angulares iguais a e − , sendo 2a e 2b, respectiva-
a a
mente, os comprimentos do eixo real e do eixo imaginário.
Assim, as equações das retas assíntotas são:
b
bx − ay = 0 ⇒ y = ⋅ x
a
b
bx + ay = 0 ⇒ y = − ⋅ x
a
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1 (EsPCEx) Uma hipérbole tem focos F1(−5; 0) e F2(5; 0) e passa pelos pontos P(3; 0) e
Q(4; y), com y > 0. O triângulo com vértices em F1, P e Q tem área igual a:
H24
a) 16 7 b) 16 7 c) 32 7 d) 8 7 e) 8 7
3 5 3 3 5
y
6
Q(4; y)
2
F1 P(3; 0)
LAB212
-6 -4 -2 0 2 4 F2 6 x
-2
-4
Q(4;y)
2
F1 P(3;0)
LAB212
-6 -4 -2 0 2 4 F2 6
É possível notar que a base F1P do triângulo é um segmento horizontal, cujo comprimento
pode ser dado por 3 - (-5) = 8.
Além disso, a altura do triângulo corresponde à ordenada do ponto Q, ou seja:
4 7
h =
3
b ⋅h 16 7
∴ A = ⇒ A = u.a.
2 3
PARA CONSTRUIR
1 Um engenheiro estava projetando as hélices de um misturador e, para isso, modelou a seguinte equação para a forma deles:
16x2 - 9y2 + 144y - 224x + 352 = 0. Qual é o formato dessas hélices?
H24
Resolução: primeiro, devemos identificar o tipo de curva:
16x2 - 9y2 + 144y - 224x = -352 ⇒
⇒ (16x2 - 224x) - (9y2 - 144y) = -352 ⇒
⇒ 16(x - 7)2 - 9(y - 8)2 = -144 ⇒
⇒ (x − 7) − ( y − 8) ( y − 8) (x − 7)
2 2 2 2
= −1 ⇒ − = 1
9 16 16 9
LAB212
Para ajudar na identificação da localização da aeronave no momento em que o
sinal foi perdido, foi considerada a representação dessa situação em um plano
cartesiano com a origem exatamente entre as duas torres, as quais se localizavam sobre o eixo horizontal. Sabendo que o sinal
1
emitido pela aeronave trafega a 300 ⋅ 106 m/s, e a torre mais distante recebeu o sinal segundo depois da mais próxima,
375
quais as coordenadas da aeronave no momento da emissão dos sinais?
a x
-500 500
VALADZIONAK_VOLHA/FREEPIK/LAB212
x2 + y2 = 225 e uma hipérbole de equação x2 - y2 - 25 = 0.
Na sequência, dessa circunferência são recortados os triân-
gulos cujos vértices são o centro da circunferência e as in-
terseções dessa curva com a hipérbole.
10
LAB212
C D
-10 −5 0 5 10
A B
−5
LAB212
x2 y2 x
seja − = 1 e que a medida do diâmetro tenha
225 400
10 metros a mais que a distância focal, então a medida d
será igual a 60 metros.
y
a) Determine os pontos de interseção entre a hipérbole e
B1 a reta de equação y - 2 = x + 2.
1
Resolução: substituindo y = na equação da reta e resolvendo
F1 F2 x
A1 A2
2b a equação de segundo grau, temos:
0 x
1
REPRODUÇÃO/UFSC, 2017
− 2 = x + 2 ⇒ x = −2 + 5 ou x = −2 − 5
B2 x
2a Neste caso, temos:
2c y = 5 + 2 ou y = − 5 + 2
x2 y2
(02) A excentricidade da elipse da equação − =1 b) Determine os pontos de interseção entre a hipérbole e
25 4
1 a reta de equação y - 2 = -x - 2.
é . 1
3 Resolução: substituindo y = na equação da reta e resolvendo
x
Resolução: (01) (V) Da equação, sabemos que:
F1O2 = 225 + 400 ⇒ F1O = 25 a equação de segundo grau, temos:
Assim, a distância d será: 1
− 2 = −x − 2 ⇒ x 2 = −1
d = 2 ⋅ 25 + 10 ⇒ d = 60 m x
(02) (F) Da equação dada, sabemos que: Neste caso, a solução não pertence aos reais, portanto podemos
a2 = 25 e b2 = 4 dizer que não há intersecção entre a hipérbole e a reta.
Assim, c2 = a2 - b2, de modo que:
c2 = 25 - 4 = 21 ⇒ c = 21
GENA MELENDREZ/SHUTTERSTOCK
O forno solar consegue aquecer os alimentos que estejam posicionados em seu foco.
GONÇALVES, J. Pesquisadores brasileiros fabricam fogão solar para substituir botijão de gás. BBC Brasil,
25 jun. 2018, 18:05. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2018/06/pesquisadores-
brasileiros-fabricam-fogao-solar-para-substituir-botijao-de-gas.html. Acesso em: 7 jun. 2020.
Podemos refletir sobre quais propriedades puderam ser usadas pelo professor para o desenvol-
vimento desse forno solar. Como uma estrutura tão simples permite que o aro central receba tanto
calor a ponto de ser usada como forno? Além disso, como pode o calor ser tão direcionado a ponto
de o entorno não ser tão quente quanto essa região central? Parte do que justifica esse funcionamento
é a definição de parábola.
Parábola é o lugar geométrico dos pontos que têm a mesma distância de um ponto F
(foco da parábola) e uma reta d (reta diretriz da parábola).
F
LAB212
LAB212
d
Vamos tomar o exemplo a seguir, com foco F(0; 1) e diretriz em y = -1. Tomando um ponto
qualquer P(x; y) e representando as distâncias desse ponto à diretriz e ao foco, temos:
P(x,y)
d1
F(0,1) d2
LAB212
y 1
Equacionando as distâncias:
(x − 0) + (y − 1)
2 2
▶ d1 =
▶ d2 = y - (-1) ⇒ d2 = y + 1
Como essas distâncias são iguais, temos:
2 2 x2
(x − 0) + (y − 1) = y + 1 ⇒ y =
4
Para uma parábola com diretriz horizontal, a equação será sempre redutível a: y = ax2 + bx + c.
Para esse caso, vale o que estudamos sobre as parábolas anteriormente. Por exemplo, com
vértice em V− b , − ∆ e com as raízes obtidas fazendo y = 0.
y
F
p
2
V p
2
d
B
LAB212
0 x
p
(x - x0)2 = 2p(y - y0), com V(x0; y0), Fx 0 ; y 0 + p e d: y = y0 - .
2 2
p V
2
F
LAB212
0 x
p
(x - x0)2 = -2p(y - y0), com V(x0; y0), Fx 0 ; y 0 − e d: y = y0 + p .
2 2
LAB212
F(0,1)
d1
d2 P(x,y)
x 1
▶ d2 = x - (-1) ⇒ d2 = x + 1
Como essas distâncias são iguais, temos:
2 2 y2
(x − 0) + (y − 1) = x + 1 ⇒ x = −y
2
Para uma parábola com diretriz horizontal, a equação será sempre redutível a: x = ay2 + by + c.
Para esses casos, vale o que estudamos sobre as parábolas anteriormente. Por exemplo, com
b ∆
vértice em V− , − e com as raízes obtidas fazendo x = 0.
2a 4a
F
V
p p
LAB212
2 2
0 x
p
(y - y0)2 = 2p(x - x0), com V(x0; y0) e Fx 0 + ; y 0 .
2
F
B
V
LAB212
0 p p x
2 2
Nesse caso, temos:
p
PARA AMPLIAR
Convergências para o foco
A transmissão do sinal de televisão da estação terrena para o satélite é efectuada por an-
tenas parabólicas, cujos diâmetros variam entre 9 e 12 m. Estas uplink dishes são relativamente
grandes, quando comparadas com as antenas utilizadas na recepção com vista a maximizar a
potência do sinal de ligação ao satélite.
O sinal enviado pela estação terrena para o satélite é designado por sinal ascendente,
ou por uplink, e usa a frequência específica para o qual o transponder do satélite foi previa-
mente programado. Por sua vez, este retransmite o sinal de volta para a Terra, por um sinal
descendente, ou downlink, agora numa frequência diferente de modo a evitar interferências
com os sinais ascendentes. [...]
OLLLIKEBALLOON/SHUTTERSTOCK
(A) Antena com corte parabólico. (B) Antena com corte
semiparabólico (veja que a linha roxa completa a parábola).
A convergência para o foco da parábola, como vimos para o funcionamento das antenas parabó-
licas, também pode ser usada para comunicadores acústicos, em que uma pessoa fala no ponto
focal de uma parábola e outra escuta posicionando-se no foco da outra parábola. Uma versão
simples desse comunicador pode ter os refletores a 35 metros de distância.
Refletor 1 Refletor 2
LAB212
F1 F2
TECNOLOGIA
Formação de cônicas no GeoGebra
Vamos usar uma aplicação do GeoGebra para observar a formação das cônicas no cone duplo. Para isso, acesse o link: www.geogebra.org/
m/uj2bfSJV. A tela inicial da aplicação será:
REPRODUCÅÕ/GEOGEBRA
2. Experimentando os botões de arraste, explique como podemos notar a variação da excentricidade de uma cônica.
Existem várias possibilidades de notarmos a alteração da excentricidade pelo achatamento de uma cônica nessa aplicação. A seguir, vamos
exemplificar um desses modos. Ao acessar a aplicação, temos a formação de uma elipse por uma intersecção do plano por um ângulo de 65° e um
ângulo de 40° entre a geratriz e o eixo do cone. Ao arrastar o segundo controle para a esquerda, aumentamos a inclinação, formamos elipses mais
esticadas, aumentando rapidamente o comprimento do eixo maior e a distância entre os focos, de modo que a diferença entre esses valores se
torna mínima e a razão entre eles se torna próxima de 1, deixando a elipse mais achatada.
PARA CONSTRUIR
1 Em um circuito de testes de automóveis, quer-se construir um seguir. Para o estudo do comportamento dessa estrutura,
trecho curvilíneo para o teste de estabilidade em curvas, em o engenheiro precisa determinar uma função f(x) para essa
H24 curva. Forneça essa expressão.
alta velocidade. Por segurança, na parte interior do circuito
fica sempre posicionado um carro de apoio com equipe Y
LAB212
médica. Além disso, os boxes com as equipes mecânicas
x
ficam em uma rua retilínea fora do circuito. A construção
desse trecho curvilíneo deve levar em conta que, em qualquer
d
ponto que se precisar de apoio, nessa curva, a distância a ser
percorrida pela equipe de apoio médico deve ser a mesma
distância mínima possível a ser percorrida pela equipe me-
cânica. Faça um esboço dessa situação e descreva o tipo de
curva a ser construída. Resolução: distância do foco à reta diretriz: p = 2.
Resolução: Como o vértice fica no ponto médio dessa distância, temos:
V(-2; -2).
LAB212
Pista
Equipe Considerando (x - x0)2 = -2p(y - y0), temos:
médica (x + 2)2 = -2 ⋅ 2(y + 2) ⇒ x2 + 4x + 4 = -4y - 8 ⇒
−x 2 − 4x − 12 x2
⇒y = ⇒ f(x) = − − x − 3
4 4
4
1
Portanto, a parábola em questão tem vértice em (-1; -7) e p = .
4
1 55
Assim, seu foco tem coordenadas −1; − 7 + = −1; − .
8 8
1 57
E sua diretriz tem equação: y = −7 − ⇒ y = −
8 8
2 Em uma construção, está sendo projetado um arco parabólico com base de largura 3 m e altura de 4 metros. A 2 metros do
solo será colocada uma viga horizontal para ajudar na sustentação do arco, como mostra o esquema a seguir. Qual deverá ser
H24 o comprimento dessa viga?
Resolução: sem perda de generalidade, podemos representar essa situação por:
f3
A 2 B
LAB212
-–1,5 0 1,5
Viga
Como o arco pode ser representado por essa parábola de raízes em -1,5 e 1,5 e vértice em (0; 4),
podemos escrever:
f(x) = a(x + 1,5)(x - 1,5) ⇒ f(0) = a(0 + 1,5)(0 - 1,5) = 4 ⇒
16
⇒ a(0 + 1,5)(0 - 1,5) = 4 ⇒ a = −
9
Para f(x) = 2, temos:
16 3 2
− (x + 1,5)(x − 1,5) = 2 ⇒ x = ±
9 4
LAB212
3 Um forno solar parabólico está sendo construído conforme o esquema a seguir. Determine o comprimento c da haste onde
deverá ser colocado o aro de apoio.
H24
Resolução: para que o calor seja direcionado a esse aro, ele deve ser
localizado no foco da parábola. Pela definição de parábola, ao tomar a distância
de um de seus pontos ao foco, essa distância deve ser a mesma até a reta
LAB212
⇒ 1 + (0,25 − c) = (0,25 + c) ⇒
2 2
c
⇒ 1 + 0,0625 − 0,5c + c 2
= 0,0625 + 0,5c + c 2 ⇒
⇒ c = 1
REPRODUÇÃO/UFF-RJ
faixa Resolução: o elemento decorativo possui
formato de arco de parábola, em que o centro
do vitral é seu foco e a faixa é sua reta diretriz.
vitral
Essa parede foi ornamentada com um elemento decorativo em forma de uma curva que tem a seguinte característica: cada
ponto da curva está situado a igual distância do centro do vitral e da faixa.
Pode-se afirmar que o elemento decorativo tem a forma de um arco:
a) de elipse. b) de hipérbole. c) de parábola. d) de circunferência. e) de senoide.
5 (Uema) Uma família da cidade de Cajapió (MA) comprou uma antena parabólica, e o técnico a instalou acima do telhado.
A antena projetou uma sombra na parede do vizinho, que está reproduzida a seguir, coberta com uma folha quadriculada.
H24
y
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Ponto F
2
1
0 x
Resposta: alternativa a.
0 1 2
Orientações no Manual do Professor.
Note que a figura projetada na parede é uma cônica. Considerando as medidas mostradas e o sistema cartesiano contido na
folha quadriculada, a equação que representa a cônica será:
12
a) (y - 2)2 = 7(2x + 1) c) (y - 3)2 = 12(x + 1) e) (y + 3)2 = (x – 1)
7
1
b) (y + 2)2 = 7(2x + 1) d) (y - 2)2 = 7(2x - )
7
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ao ângulo de reflexão. Essa lei implica que os raios de luz verticais, encontrando a parábola no Foco
ponto (a; a2), serão refletidos na direção da reta 4ay + (1 - 4a2)x = a.
Sendo assim, calcule o ponto em que os raios de luz verticais refletidos em (1; 1) e (2; 4) se
encontrarão.
Resolução: utilizando os pontos fornecidos, temos: (a; a2)
(0; 0)
4y − 3x = 1
⇒ −9x = 0 ⇒ x = 0
8y − 15x = 2
1
Logo, substituindo x, encontramos y =
4
1
Assim, o ponto de intersecção será dado por 0;
4
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P2 Trajetória do asteroide
Trajetória da terra
FERNANDO FAVORETTO/
CRIAR IMAGEM
Para traçar essas curvas, vamos usar garrafas PET com líquido colorido dentro.
No caso da circunferência, basta colocarmos o líquido colorido dentro da garrafa e
apoiarmos a garrafa sobre a mesa. Em seguida, destacamos o contorno do líquido e
fazemos o recorte ou molde. Essa construção também pode ser feita com compasso.
Para traçar a elipse, devemos inclinar o líquido dentro da garrafa: quanto maior
a inclinação, mais excêntrica fica a elipse.
FERNANDO FAVORETTO/
CRIAR IMAGEM
⇒ ⇒
Pronto! Com esse modelo, você pode recriar situações como a da extinção dos dinossauros,
ou mesmo construir planetários, em que planetas com órbitas elípticas coexistam com planetas
com órbitas circulares. Nessas simulações, você
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