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CANINHA VERDE

Instrumental

Eu plantei caninha-verde
Sete palmos de fundura.
Quando foi de madrugada
A cana ‘stava madura.

Uai, uai, sete palmos de fundura.


Quando foi de madrugada
A cana ‘stava madura.

Instrumental

Eu tenho um chapéu de palha,


De pano não posso ter.
De palha eu mesmo faço,
De pano não sei fazer.

Uai, uai, de pano eu não posso ter.


De palha eu mesmo faço,
De pano não sei fazer.

Instrumental

Eu tenho um chapéu de palha


Que custou mil e quinhentos.
Quando eu ponho na cabeça
Não me falta casamento.

Uai, uai, que custou mil e quinhentos.


Quando eu ponho na cabeça
Não me falta casamento.

Instrumental

Eu plantei caninha-verde
Sete palmos de fundura.
Quando foi de madrugada
A cana ‘stava madura.

Uai, uai, sete palmos de fundura.


Quando foi de madrugada
A cana ‘stava madura.

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Instrumental

Eu tenho um chapéu de palha,


De pano não posso ter.
De palha eu mesmo faço,
De pano não sei fazer.

Uai, uai, de pano eu não posso ter.


De palha eu mesmo faço,
De pano não sei fazer.

Instrumental

Eu tenho um chapéu de palha


Que custou mil e quinhentos.
Quando eu ponho na cabeça
Não me falta casamento.

Uai, uai, que custou mil e quinhentos.


Quando eu ponho na cabeça
Não me falta casamento.

Instrumental

Pra cantar caninha-verde


Não precisa imaginá.
De qualquer folha de mato
Tiro um verso pra cantá.

Uai, uai, não precisa imaginá.


De qualquer folha de mato
Tiro um verso pra cantá.

Instrumental

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DANÇAS JUNINAS- FANDANGO

Dançado em várias regiões do país em festividades católicas como o Natal e as festas juninas, o
fandango tem sentidos diferentes de acordo com a localidade. No Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e até em São Paulo) o fandango é um baile com várias danças regionais: anu,
candeeiro, caranguejo, chimarrita, chula, marrafa, pericó, quero-quero, cana-verde, marinheiro,
polca, etc. A coreografia não é improvisada e segue a tradição.
O fandango se divide em três grupos nessa região:
1. Batidos: caracterizam-se pelo forte sapateado, barulhento, que quase abafa o conjunto de
tocadores. Apenas os homens sapateiam.
2. Valsados: dança lenta com pares fixos, do começo ao fim.
3. Mistos: as valsas são intercaladas de batidos.
Em São Paulo, o fandango é uma dança que se aproxima do cateretê e às vezes é sinônimo de
chula (bailado masculino muito comum no Rio Grande do Sul, de coreografia agitada e bastante
complexa).
No Norte do Brasil, o fandango não é baile nem dança de par ou individual. É sempre um auto
popular, seqüência de temas com certa articulação, que tem origem na convergência das cantigas
portuguesas, como aponta Cascudo (1988, p. 320 e 321), e está presente no nosso país desde a
primeira década do século XIX.
Já no Nordeste brasileiro, o fandango é o auto característico dos marujos, sendo conhecido
também como chegança dos marujos ou marujada.
A cana-verde, dançada principalmente no Sul e no Centro do Brasil, apesar de fazer parte do
fandango, também é bem popular em outras festividades. Nas festas juninas, as quadras dessa
dança são geralmente improvisadas, podendo encarregar-se dessa tarefa tanto os violeiros como
os próprios dançadores.
Eu plantei caninha-verde
sete palmos de fundura.
Quando foi de madrugada
a cana ‘stava madura.

Uai, uai, sete palmos de fundura.


Quando foi de madrugada
a cana ‘stava madura.

Pra cantar caninha-verde


não precisa imaginá.
De qualquer folha de mato
tiro um verso pra cantá.

Eu tenho um chapéu de palha,


de pano não posso ter.
De palha eu mesmo faço,
de pano não sei fazer.

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Eu tenho um chapéu de palha
que custou mil e quinhentos.
Quando eu ponho na cabeça
não me falta casamento.
Formação
Forma-se uma roda em fila, no sentido dos ponteiros do relógio. A cana-verde pode ser dançada só
por homens e também por pares.
Movimentação
Os participantes deslocam-se, saindo com o pé esquerdo (eu); no quarto passo, batem o pé direito
(verde) com uma palma para o centro da roda. Quando cantam ?madrugada?, a palma deverá
estar do lado de fora, sempre junto com o pé direito. No refrão (uai, uai) a roda faz meia-volta,
girando no sentido contrário, e segue sempre a mesma movimentação, ou seja, uma palma para
dentro e outra para fora, sempre batendo com o pé direito. No Maranhão, essa dança é executada
de forma bastante semelhante à da quadrilha.

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