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Instrumental
Eu plantei caninha-verde
Sete palmos de fundura.
Quando foi de madrugada
A cana ‘stava madura.
Instrumental
Instrumental
Instrumental
Eu plantei caninha-verde
Sete palmos de fundura.
Quando foi de madrugada
A cana ‘stava madura.
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Instrumental
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DANÇAS JUNINAS- FANDANGO
Dançado em várias regiões do país em festividades católicas como o Natal e as festas juninas, o
fandango tem sentidos diferentes de acordo com a localidade. No Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e até em São Paulo) o fandango é um baile com várias danças regionais: anu,
candeeiro, caranguejo, chimarrita, chula, marrafa, pericó, quero-quero, cana-verde, marinheiro,
polca, etc. A coreografia não é improvisada e segue a tradição.
O fandango se divide em três grupos nessa região:
1. Batidos: caracterizam-se pelo forte sapateado, barulhento, que quase abafa o conjunto de
tocadores. Apenas os homens sapateiam.
2. Valsados: dança lenta com pares fixos, do começo ao fim.
3. Mistos: as valsas são intercaladas de batidos.
Em São Paulo, o fandango é uma dança que se aproxima do cateretê e às vezes é sinônimo de
chula (bailado masculino muito comum no Rio Grande do Sul, de coreografia agitada e bastante
complexa).
No Norte do Brasil, o fandango não é baile nem dança de par ou individual. É sempre um auto
popular, seqüência de temas com certa articulação, que tem origem na convergência das cantigas
portuguesas, como aponta Cascudo (1988, p. 320 e 321), e está presente no nosso país desde a
primeira década do século XIX.
Já no Nordeste brasileiro, o fandango é o auto característico dos marujos, sendo conhecido
também como chegança dos marujos ou marujada.
A cana-verde, dançada principalmente no Sul e no Centro do Brasil, apesar de fazer parte do
fandango, também é bem popular em outras festividades. Nas festas juninas, as quadras dessa
dança são geralmente improvisadas, podendo encarregar-se dessa tarefa tanto os violeiros como
os próprios dançadores.
Eu plantei caninha-verde
sete palmos de fundura.
Quando foi de madrugada
a cana ‘stava madura.
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Eu tenho um chapéu de palha
que custou mil e quinhentos.
Quando eu ponho na cabeça
não me falta casamento.
Formação
Forma-se uma roda em fila, no sentido dos ponteiros do relógio. A cana-verde pode ser dançada só
por homens e também por pares.
Movimentação
Os participantes deslocam-se, saindo com o pé esquerdo (eu); no quarto passo, batem o pé direito
(verde) com uma palma para o centro da roda. Quando cantam ?madrugada?, a palma deverá
estar do lado de fora, sempre junto com o pé direito. No refrão (uai, uai) a roda faz meia-volta,
girando no sentido contrário, e segue sempre a mesma movimentação, ou seja, uma palma para
dentro e outra para fora, sempre batendo com o pé direito. No Maranhão, essa dança é executada
de forma bastante semelhante à da quadrilha.