Você está na página 1de 3

Nomes:

Patricia Silva Sousa 172915


Pedro Augusto 185059
Polyana Graciano 183099

O CASO DOS DENUNCIANTES INVEJOSOS

vocês deverão formular uma opinião sobre o caso (mesmo formato das opiniões que
são abordadas no livro). Utilizem as técnicas argumentativas!

Primeiramente devemos reconhecer a situação em que se encontrava o país que


iremos governar, que vem de um passado tranquilo e equilibrado, onde por muitas décadas
esteve sob um regime pacífico, constitucional e democrático.No entanto devido uma
profunda crise econômica e diversos conflitos entre grupos que se tinham ideologias
diferentes referente à econômicas, políticas e religiosas. Resultou em um país governado
pelas chamadas Camisas-Púrpuras que governavam como queriam e não respeitaram a
Constituição, muito menos o Código Civil e Penal já existentes. As leis foram claramente
violadas e tiveram sua compreensão manipulada, usando-as como instrumento para
justificar suas próprias ideias e necessidades, portanto a lei não existe mas sim a vontade de
ditadores e a partir dessa ideia nos encontramos cercados pelas palavras ditas por Locke
“Onde não há lei, não há liberdade”.
Após o governos das Camisetas-púrpuras, o que podemos considerar que foi um
verdadeiro caos e de muitas mudanças legislativas, enfrentamos também mais um
problema: O que fazer com as diversas denúncias realizadas pela população durante esse
período de instabilidades e desordem?
Primeiro ponto devemos reconhecer que as denúncias relatam atos e ações que iam
em desacordo com a legislação vigente, conforme o ordenamento atual seria o caso de
punições e sanções cabíveis. No entanto precisamos primeiramente antes de punir,
entender um dos princípio que rege o direito penal, o princípio da insignificância, que é
aplicado quando a conduta praticada causa uma lesão jurídica inexpressiva, com uma
conduta pouco reprovável, sendo minimamente ofensiva e não representando um perigo
social.
O princípio da ofensividade também será utilizado como norteador nesses casos,
onde exige o resultado jurídico concreto na avaliação da tipicidade penal. Não se considera
crime propriamente dito se não houver lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico
tutelado. Deve haver, portanto, efetiva lesão ou perigo real ou concreto, afastando-se o
perigo meramente abstrato ou presumido.
Não seria necessário punir todas as denúncias realizadas, uma vez que aplicado o
princípio da insignificância, onde o bem jurídico não teria sido efetivamente lesionado,
teremos uma demanda muito menor a verificar e solucionar. Após enxugar as diversas
demandas, ainda assim teremos muitos casos para resolver. Devemos observar estes
princípios para mantermos certa coerência ética, uma vez que, se nos mantermos fazendo o
que os ditadores passados faziam, qual seria nossa diferença se comparado com eles? Não
passaríamos de mais um político que se mantém no poder fazendo uso de palavras vazias.
Mesmo considerando que naquele período havia uma alta taxa de instabilidade,
muitas mudanças legislativas acontecendo e que o grupo governante criavam as leis visando
atender somente os interesses políticos atuais, mesmo que desrespeitando as leis vigentes à
época. Não seria correto desconsiderar todos os crimes cometidos naquela época. Não
podemos comparar, por exemplo, uma crime de roubo de pão para o sua sobrevivência a
um crime de homicídio por vingança. Assim será necessário ser adotado o princípio da
proporcionalidade e razoabilidade determinada pelo equilíbrio que deve existir na relação
entre crime e pena.
Além disso, o que ocorreu durante esse período tão conturbado foi que os
governantes também criaram leis condenando determinados comportamentos,
considerados legais seguindo os ordenamentos até então estabelecidos. A Lei efetiva
necessita que sejam conhecidas pelos seus destinatários, no entanto o desconhecimento da
lei é inescusável, ninguém pode alegar desconhecimento da lei.
O mais correto a se fazer é analisar todos os casos concretos e verificar a importância
e relevância, para que assim possamos punir da forma mais justa possível. Não podemos
fechar os olhos a todos os crimes cometidos ou a impunidade tomaria conta e os cidadãos
teriam o pensamento que poderiam realizar qualquer ato que seria absolvido pela justiça. O
que resultaria em um país sem controle e diversas revoltas.
Do outro lado da moeda, se julgássemos e condenaremos todos os atos como
criminosos realizados naquele período, não estaríamos reconhecendo a luta pela
sobrevivência, as dificuldades enfrentadas devido às instabilidades legislativas e a desordem
instalada. Como podemos julgar um pai de família que fez tudo o que pode para a
sobrevivência de seus filhos? Ou uma mãe que roubou remédio para ver seu filho adoecido
melhorar ? São questionamentos que precisamos fazer antes de querer fazer justiça aos
injustiçados.

Você também pode gostar