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SÁBADO LUNAR OU
SÁBADO DO 7º DIA?
QUAL O VERDADEIRO SÁBADO BÍBLICO?
1ª Edição
ISBN-13: 978-1549965456
ISBN-10: 154996545X
São Paulo
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................ 1
1
GARTENHAUS, S.; TUBIS, A. The Jewish Calendar–A Mix of Astronomy
and Theology. Shofar, West Lafayette, v. 25, n. 2, p. 104–X, Winter Winter 2007
2007. ISSN 08828539. Disponível em: <
http://search.proquest.com/docview/275084552?accountid=53268 >.
1. COMO FUNCIONAVAM OS CALENDÁRIOS NO MUNDO ANTIGO? 5
2
A maioria das cronologias judaicas e cristãs primitivas estão de acordo com
Seder Olam Rabbah quanto ao início da criação, apesar de discordar em relação à
quando deve ser considerada a criação como tendo ocorrido. Para maiores
informações, ver BECKWITH, R. T. Calendar and Chronology, Jewish and
Christian: biblical, intertestamental and patristic Studies. Boston: Brill Academic
Publisher, Inc, 2001. ISBN 0–391–04123–1.
1.1. Cronologias e calendários no mundo antigo 7
acontecia por volta de uma vez a cada 365 dias. Mas obviamente, o
calendário de 365 dias baseado neste fato não era absolutamente
exato, e em 238 a.C. um dos reis gregos do Egito, Ptolomeu
Euergetes I, emitiu seu decreto de Canopus, propondo o acréscimo
de um dia a cada quatro anos, de modo a corrigir a discrepância. Mas
na prática, a reforma não foi adotada até entre 30 e 26 a.C., época em
que um calendário solar com base em princípios semelhantes
também tinha sido introduzido em Roma. Este foi o famoso
calendário Juliano, introduzido por Júlio César em 46 a.C. sob a
orientação do astrônomo egípcio Sosígenes, e foi suficientemente
preciso para manter o seu lugar, sem alterações, até o século XVI
d.C.
Para calendários babilônicos, egípcios, gregos e romanos, ver F.
Hommel, G. Foucart, H. J. Rose, L. H. Gray3; E. J. Bickerman, J. D.
Schmidt4; R. A. Parker5; Mishnah: E. Cohen6; O. E. Neugebauer7;
W. J. Woodhouse8.
Acontece que os registros cronológicos da Babilônia, Egito e
Grécia são notavelmente completos. Assim, com a ajuda de seus
calendários relativamente precisos, a transposição de suas datas em
termos do calendário romano, que é hoje o padrão, e no sistema
cristão de cronologia é bastante simples. Verificações adicionais são
possíveis quando os registros mencionam fenômenos astronômicos,
já que é possível para os astrônomos modernos calcular com um alto
grau de precisão, as datas em que esses fenômenos devem ter
ocorrido. Registros cronológicos romanos também estão bastante
completos, e depois da introdução do quase preciso calendário
Juliano, a cronologia da história romana pode ser estabelecida com
3
HOMMEL, F. et al. Calendar (Babylonian), (Egyptian), (Greek), (Persian).
Encyclopaedia of Religion and Ethics. v. 3 1910.
4
BICKERMAN, E. J.; SCHMIDT, J. D. Calendar III: Ancient Middle Eastern
calendar systems. Encyclopaedia Britannica 1974.
5
PARKER, R. A.; DUBBERSTEIN, W. H. Babylonian Chronology 626 B.C.
– A.D. 75. In: LOVEJOY, D. S. (Ed.). Brown University Studies. Providence:
Brown University Press, v.19, 1956.
6
COHEN, M. E. The Cultic Calendars of the Ancient Near East. Bethesda:
CDL Press, 1993.
7
NEUGEBAUER, O. E. The Exact Sciences in Antiquity. 2ª ed. Providence:
Brown University Press, 1957.
8
WOODHOUSE, W. J. Horae. Encyclopaedia of Religion and Ethics. v. 6
1913.
1.1. Cronologias e calendários no mundo antigo 9
9
MOOREY, P. R. S. Excavation in Palestine. Guildford: Lutterworth, 1981.
2. COMO FUNCIONA O CALENDÁRIO
GREGORIANO?
10
Para usar essa fórmula no excel / pages, use:
SE(OU(A2−(19×(ARRED(A2÷19;0)))=3;A2−(19×(ARRED(A2÷19;0)))=6;A2−(1
9×(ARRED(A2÷19;0)))=8;A2−(19×(ARRED(A2÷19;0)))=11;A2−(19×(ARRED(
A2÷19;0)))=14;A2−(19×(ARRED(A2÷19;0)))=17;A2−(19×(ARRED(A2÷19;0)))
=19);"Bissexto";"Normal")
Onde A2 é a célula que contem o ano desejado.
4. O ANTIGO CALENDÁRIO JUDAICO:
CIENTÍFICO OU PRÁTICO?
11
PARKER, R. A.; DUBBERSTEIN, W. H. Babylonian Chronology 626
B.C. – A.D. 75. In: LOVEJOY, D. S. (Ed.). Brown University Studies.
Providence: Brown University Press, v.19, 1956.
18 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
13
BECKWITH, R. T. Calendar and Chronology, Jewish and Christian:
biblical, intertestamental and patristic Studies. Boston: Brill Academic Publisher,
Inc, 2001. ISBN 0–391–04123–1. p. 51–70
14
WACHOLDER, B. Z.; WEISBERG, D. B. Visibility of the New Moon in
Cuneiform and Rabbinic Sources. Hebrew Union College Annual, v. 42, p. 227–
242, 1971. p. 227–242
20 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
18
ibid.
19
Jewish Encyclopedia, “Preface”, disponível em:
http://www.jewishencyclopedia.com/preface.jsp#12
6. OS SÁBADOS LUNARES E A ENCICLOPÉDIA JUDAICA 27
21
NORTH, G. The hoax of higher crítica, 1989, p.30
22
NORTH, G. The hoax of higher crítica, 1989, p.24
23
NORTH, G. The hoax of higher crítica, 1989, p.43
30 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
24
VEITH, W. J., Truth Matters, Amazing Discoveries, 2007, p. 206
25
NORTH, G. The hoax of higher crítica, 1989, p.32-33
6. OS SÁBADOS LUNARES E A ENCICLOPÉDIA JUDAICA 31
26
SILVA, M. Abordagens contemporâneas na interpretação bíblica, em Fides
Reformata 4/2 (1999), p. 142-143; ver também MAIER, The end of the historical-
critical method, p. 12-13.
27
Jewish Encyclopedia, article: “Pentateuch”, disponível em:
http://www.jewishencyclopedia.com/articles/12011-pentateuch
28
ibid.
32 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
29
SARNA, N. M.; STENDAHL, K. et. al. biblical literature. Encyclopædia
Britannica. Encyclopædia Britannica, inc., 2015. Disponível em
:https://www.britannica.com/topic/biblical-literature/Old-Testament-literature
30
Jewish Encyclopedia, “Week”, disponível em:
http://www.jewishencyclopedia.com/articles/14813-week
6. OS SÁBADOS LUNARES E A ENCICLOPÉDIA JUDAICA 33
31
WALKER, L. L. “Some results and reversals of the higher criticism of the
Old Testament”. Criswell Theological Review, 1.2, 1987, p. 281-294
32
THOMPSON, R. J., “Moses and the Law” in A Century of Criticism Since
Graf, v. 19, 1970, p. 70.
33
MEINHOLD, J. Sabbat und Woche im Alten Testament. Göttingen:
Vandenhoeck & Ruprecht. 1905
36 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
34
Pentecostal Gifts, RA, Vol. 1, 1891. p. 729;
35
"The Centennial of a Book on Religion," RA, Vol. 7, 1894, pp. 467-70.
Ver também: Pentecostal Gifts, RA, Vol 1, 1891, pp. 228-30.
36
God in Nature, RA, Vol. 13, 1897, p. 359.
37
“God's Revelation," RA, Vol. 14, 1897, p. 518.
38
MARTIN, B. The Religious Philosophy of Emil G. Hirsch. American
jewish archives, p. 66–82, June 1952. Disponível em: <
http://americanjewisharchives.org/publications/journal/PDF/1952_04_02_00_mart
in.pdf >.
6. OS SÁBADOS LUNARES E A ENCICLOPÉDIA JUDAICA 37
Outras fontes
Tendo examinado o significado por trás das Alta Crítica, estamos
agora em uma posição melhor para entender os antecedentes e
origens de algumas das reivindicações do Sábado lunar. É de vital
interesse observar a variedade de fontes que promovem essa teoria
da Alta Crítica. Como já vimos claramente, as origens da teoria do
sábado lunar são encontradas, não na Bíblia, mas na mente dos
Críticos literários. Esta informação é admitida pelas próprias fontes
que são usadas para defender a teoria do Sábado lunar. À medida que
analisamos algumas outras fontes que promovem essa mesma idéia,
devemos ter em mente que estas são reproduções dos pontos de vista
de críticos superiores. Aqui estão algumas:
A Lua Nova é fixa, e o sábado foi originalmente
dependente do ciclo lunar … Originalmente, a Lua
Nova foi celebrada da mesma maneira que o sábado;
gradualmente, tornou-se menos importante, enquanto
o sábado tornou-se cada vez mais um dia de
religião e humanidade, de meditação e instrução
religiosa, de paz e prazer da alma.39 – Ênfase
acrescentada.
39
Universal Jewish Encyclopedia, "Holidays", pág. 410
40
Universal Jewish Encyclopedia, Vol. X, “Week”, pág. 482
41
Jewish Encyclopedia, article: “Week”, disponível em:
http://www.jewishencyclopedia.com/articles/14813-week
38 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
Como pode ser claramente visto, qualquer fonte que cita essa
teoria é meramente réplica das reivindicações da Alta Crítica. O que
todas essas fontes têm em comum:
• Nenhuma fonte primária (arqueológica) que ligue o sábado
lunar aos hebreus
• Enorme quantidade de suposições como “é possível”,
“provavelmente”, “assumir” e etc…
Como pode uma enciclopédia que traduz o pensamento Judaico
dizer que o sábado foi se desenvolvendo enquanto a lua nova foi
perdendo seu valor, conforme as citações da pág 410 e 482, se na
bíblia diz claramente que o SENHOR deu o sábado à Israel e
simplesmente ordenou que o guardasse? A única explicação possível
é a óbvia, essa não é a posição bíblica, mas a posição humanista para
descaracterizar as verdades bíblicas.
Como então eles fazem essas suposições? Baseado nos cultos
pagãos documentados dos povos vizinhos, não dos próprios judeus, e
por assumirem o pressuposto de que Deus, a revelação e a criação
nunca existiram, concluem que a religião hebreia foi resultado da
aculturação semítica do antigo oriente próximo, e miscigenação com
mitologia egípcia.
Na mente dos Críticos literários, qualquer fonte é válida desde
que corrobore com o pressuposto humanista. A principal entre as
fontes apresentadas em defesa do sábado lunar é a Universal Jewish
Encyclopedia, uma enciclopédia humanista conforme já visto, que
promoveu esta teoria sem oferecer evidência ou prova em seu apoio
e sem divulgar a origem da teoria, mas por ter o nome Jewish no
título, induz os leitores desatentos a acreditar que essa seja a posição
oficial do judaísmo ou de qualquer um que creia na bíblia. A Jewish
Encyclopedia, por outro lado, admite que essa teoria é a visão da
Alta Crítica e mais nada. A semelhança do pensamento em todas
essas fontes é ampla prova de que eles estão apenas repetindo a visão
da Alta Crítica. É realmente assim que a teoria do sábado lunar
surgiu. Esta é a única maneira de vincular o sábado do sétimo dia à
lua.
A questão é, qual tablete, manuscrito, papiro, cuneiforme ou
qualquer outra fonte primária liga o sábado lunar ao judaísmo?
Resposta é: Nenhum! Mas como muitas outras culturas pagãs
vincularam o sábado à lua, o pressuposto humanista da alta crítica
assume que no judaísmo foi assim também, porém sem fonte
6. OS SÁBADOS LUNARES E A ENCICLOPÉDIA JUDAICA 39
51
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 63.
44 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
52
ibid. p. 2206
53
v. Tosaf. s.v.
7. TALMUD E O CALENDÁRIO LUNAR 45
54
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 157
55
FRIEMAN, S. Who's Who in the Talmud, Jason Aronson, Inc. 2000, p.
401-404.
46 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
58
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 729
59
FRIEMAN, S. Who's Who in the Talmud, Jason Aronson, Inc. 2000, p.
426-430.
60
ibid. p. 18-30
61
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 2280
48 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
62
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 2281
7. TALMUD E O CALENDÁRIO LUNAR 49
63
ibid.
64
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 159
50 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
66
ibid., p. 1399
67
ibid., p. 182
68
ibid., p. 220
52 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
69
ibid., p. 63
7. TALMUD E O CALENDÁRIO LUNAR 53
70
ibid., p. 2071
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI
ALTERADO?
1. Período pré–romano
Esse período foi explorado no capítulo “7. Talmud e o calendário
lunar,” vimos claramente que as fontes judaicas / rabínicas mais
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 55
71
A narrativa à seguir baseia-se na narrativa de Josefo, História dos Hebreus,
Capítulos 8 a 18.
Porém, por ser uma narrativa extensa, não serão dadas as fontes após cada
citação histórica, a partir daqui só será feito um resumo dos citados capítulos.
56 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
72
História dos Hebreus, Capítulo 8, § 467
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 57
73
História dos Hebreus, Capítulo 8, § 577.8
58 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
74
DONATO, H., História do Calendário, Instituto nacional do livro – MEC,
Editora da universidade da USP, 1976, pág 28. – Ênfase acrescentada
75
História dos Hebreus, Capítulo 15, § 589
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 59
78
História dos Hebreus, Capítulo 17, § 597.9.
79
História dos Hebreus, Capítulo 17, § 597.9.
80
História dos Hebreus, Capítulo 17, § 597.12.
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 61
81
História dos Hebreus, Capítulo 17, § 597.11.
62 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
82
Antiquieties XIV:10.12.
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 63
88
História dos Hebreus XVIII: 2: 760.5
66 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
parede interna. Então ele colocou um forte cerco que causou fome e
pestilência de raiva em toda a cidade.
Enquanto isso, os generais judeus dentro da cidade lutavam entre
si, matando-se por conflitos internos e desespero pela fome e doença.
Finalmente, os romanos apertaram o cerco ainda mais, e até a
primavera de 70 d.C., eles já estavam na última parede. O muro
finalmente caiu no mês de Tammuz. Os romanos atravessaram a
cidade, mas enfrentaram uma resistência incrivelmente feroz e
sofreram enormes vítimas dos guerreiros desesperados, porém,
seguiram em frente até cercarem a Fortaleza de Antonius, que
guardava o Templo.
Tito era um amante da arte, e pretendia manter o templo erguido,
dando ordens para que o Templo não fosse derrubado, porém Josefo
narra que
Quando todos aqueles soldados chegaram ao Templo
fingiram não entender as ordens que o imperador lhes
dava. Os que estavam atrás exortavam os mais
adiantados a pôr fogo e não restava então aos
revoltosos nem uma esperança de poderem impedi-
lo.89
Um soldado, então, sem para isso ter recebido ordem
alguma, e sem temer cometer um horrível sacrilégio,
mas, como levado por inspiração divina, fez-se
levantar por um companheiro e atirou pela janela de
ouro um pedaço de madeira aceso no lugar pelo qual
se ia aos edifícios, ao redor do Templo do lado do
norte. O fogo ateou-se imediatamente; em tão grande
desgraça, os judeus lançavam gritos espantosos.
Corriam procurando apagá-lo e nada mais os obrigava
a poupar suas vidas, quando viam desaparecer diante
de seus olhos aquele Templo que os levava a poupá-
las pelo desejo de conservá-lo.90
Tito foi avisado enquanto descansava, porém nada adiantou
correr e tentar apagar o fogo, estava forte demais, e nem toda a água
que todos os judeus jogavam podia conter as chamas, o fogo foi tão
intenso que até as pedras ficaram em chamas e o edifício colapsou.
O Talmud diz que ele queimou não só no final da tarde do nono da
Av, mas o dia inteiro do décimo.91 A única parte de todo o composto
89
História dos Hebreus XVIII:26:465
90
História dos Hebreus XVIII:26:466
91
De fato, há uma opinião no Talmud de que o dia da destruição deveria ser o
décimo de Av em vez do nono, porque o prédio foi realmente destruído no décimo.
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 67
No entanto, desde que começou no nono, e por causa da conexão com a destruição
do Primeiro Templo, nessa mesma data, o nono permaneceu o dia memorial para a
destruição de ambos os Templos.
92
História dos Hebreus XVIII:26:466.2
93
História dos Hebreus XVIII:45:498
68 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
94
História dos Hebreus VII:9:510.2
95
História dos Hebreus VII:14:516
96
Tertullian, Apologeticum 21.1.
97
AMES, C., "Roman Religion in the Vision of Tertullian," in A Companion
to Roman Religion, p. 467.
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 69
98
ESLER, P. F., Community and Gospel in Luke–Acts: The Social and
Political Motivations of Lucan Theology (Cambridge University Press, 1989,
1996), p. 211
Ver também:
RÜPKE, Religion of the Romans, p. 35;
GRAYZEL, S., ”The Jews and Roman Law," Jewish Quarterly Review, 59 (1968),
pp. 93-117;
Ben Witherington III, The Acts of the Apostles: A Socio-rhetorical Commentary
(Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1997), p. 542;
O'KEEFE, J. J., termo "Religio licita," em A Dictionary of Jewish-Christian
Relations (Cambridge University Press, 2005), p. 371.
99
ESLER, Community and Gospel in Luke–Acts, p. 215.
100
RUTGERS, L. V., ”Roman Policy towards the Jews: Expulsions from the
City of Rome during the First Century C.E.," Classical Antiquity 13 (1994), p. 73.
101
HASSELHOFF, G. K.; STROTHMANN, M, "Religio licita?" Rom und
die Juden, Series: Studia Judaica 84, 2017.
102
LIM, R. The Edinburgh Companion to Ancient Greece and Rome: Late
Antiquity. Edinburgh University Press. 2010. p. 114.
70 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
103
FREND W. H. C.. The Rise of Christianity. Fortress Press, Philadelphia.,
1984, p. 319. ISBN 978-0-8006-1931-2.
104
CLARKE, G., Third-Century Christianity. In The Cambridge Ancient
History, Volume XII: The Crisis of Empire, edited by Alan Bowman, Averil
Cameron, and Peter Garnsey. Cambridge University Press. 2005 ISBN 0-521-
30199-8.
105
MOSS, C.,. The Myth of Persecution. HarperCollins. pp. 145–151. 2013
ISBN 978-0-06-210452-6.
106
SMALLWOOD, E. M., The Jews Under Roman Rule: From Pompey to
Diocletian : A Study in Political Relations. Brill Academic Publishers. 2001,
p. 539. ISBN 978-0-391-04155-4.
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 71
107
GRIGG, Robert, "Aniconic Worship and the Apologetic Tradition: A Note
on Canon 36 of the Council of Elvira", Church History, 45 (4), 1976. pp. 428–433.
108
STEMBERGER, G. Jews and Christians in the Holy Land, A&C Black,
1999, p. 37-38, ISBN 0-567-23050-3.
SCHÄFER, Peter. The History of the Jews in the Greco-Roman World,
Routledge, 2003, p. 182, ISBN 1-134-40317-8.
109
GOLDSWORTHY, A. How Rome Fell: Death of a Superpower, Yale
University Press, 2010, p. 187.
110
GOLDSWORTHY, A. How Rome Fell: Death of a Superpower, Yale
University Press, 2010, p. 187.
72 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
111
Eusebiu, Life of Constantine Vol. III Ch. XVIII.
112
ibid.
113
LAZARE, B. Antisemitism: Its History and Causes. University of
Nebraska Press. 1995. p. 47.
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 73
114
SPIER, A., Comprehensive Hebrew Calendar, Feldheim, 1986, p. 12.
115
ibid, p. 15
8. QUANDO O CALENDÁRIO JUDAICO FOI ALTERADO? 75
116
BUSHWICK, N., Understanding the Jewish Calendar, Moznaim Pub Corp,
1989, p. 80–81.
117
Rabbi Hai Gaon ben Sherira Gaon, Sefer ha-Mikah veha-mimkar /
(Hebrew Edition), 2007
118
ibid. p. 122
76 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
120
NOTHAFT, C. P. E., Medieval Latin Christian Texts on the Jewish
Calendar: A Study with Five Editions and Translations, BRILL, 2014
9. ERRO HISTÓRICO NO CALENDÁRIO DO
SÁBADO LUNAR
121
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 937
122
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 938
123
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 939
80 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
124
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 1683
9. ERRO HISTÓRICO NO CALENDÁRIO DO SÁBADO LUNAR 81
dia 8 do mês seguinte, 13 dias, fazendo com que o sábado dia 8 fosse
o sábado do 14º dia.
Apesar de não ser um evento deveras comum, também não seria
tão difícil de acontecer, mas resultaria no colapso do calendário do
Sábado Lunar sem nem precisar sair da lógica, a única forma disso
não acontecer, é se o calendário já fosse calculado, e não observado,
isso mostra que o calendário do sábado lunar, na prática, é um
calendário calculado e engessado, apesar do calendário bíblico ser
100% observado. Porém, os argumentos bíblicos começam a partir
do próximo capítulo.
SEÇÃO II
PARTE
TEOLÓGICA
1. COMO CONTAR AS SEMANAS?
que também são luzeiros, têm sobre os ítens citados o DSL também
não explica, dando apenas uma interpretação seletiva para a
passagem.
Se formos pensar da forma mais lógica possível, veremos uma
nítida relação entre os luzeiros e cada uma das medidas de tempo
citadas no texto, temos 2 luzeiros (Sol e Lua) e 3 medidas de tempo
(Estações, Dias e Anos)
Estações eram medidas tanto pelo Sol quanto pela Lua. O
grande desafio em se construir um calendário era manter os
equinócio e solstícios sempre na mesma época do ano. Vendo essa
problemática, os hebreus adicionavam um décimo terceiro mês ao
ano, chamado de beAdar ou segundo Adar (último mês do ano), que
poderia ter 29 ou 30 dias (Tosephta: Sanhedrin 2:5; Babylonian
Talmud: Sanhedrin 11 a–b), quando o ano estivesse prestes a iniciar
porém as estações ainda não estivessem alinhadas. Por mais que os
motivos listados não tivessem explicitamente ligados à estação, o
motivo era obviamente por causa disso. As fontes antigas
mencionam ao todo 11 razões para a adição do décimo terceiro mês,
seis delas são consideradas razões principais:
1. A imaturidade do milho comestível
2. A imaturidade das árvores frutíferas
3. O afastamento do equinócio
4. O fato dos fornos pascoais ainda não estarem secos
5. O fato de que os judeus da diáspora ainda não chegaram em
Jerusalém
6. O fato das estradas e pontes que levam a Jerusalém precisarem
de reparos após o inverno.
Duas das três primeiras razões deviam se aplicar
simultaneamente afim de que a admissão de um décimo terceiro mês
fosse decretado, e o mesmo pode ser o caso com os outros três.
Quatro razões secundárias também são mencionadas:
7. Que os cabritos ou cordeiros estão muito magros
8. Que as rolas estão muito frágeis
9. Que o tempo está muito frio ou com neve
10. Que os judeus da diáspora não terem sido capazes de se
preparar (Tosephta: Sanhedrin 2:4–6, 12; baraitas e cartas em
Babylonian Talmud: Sanhedrin 11 a–b).
Considera–se que estas apenas servem como razões auxiliares
para a inserção do décimo terceiro mês, mas mesmo se os motivos
86 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
125
BALY, D. The Geography of the Bible. Londres: Lutterworth, 1959. p.
47–52.
Ver também: WACHOLDER, B. Z.; WEISBERG, D. B. Visibility of the New
Moon in Cuneiform and Rabbinic Sources. Hebrew Union College Annual, v. 42,
p. 227–242, 1971. p. 233.
1. COMO CONTAR AS SEMANAS? 89
126
Richard S. Hess and David Toshio Tsumura. Editors. "Genesis and
Ancient Near Eastern Stories of Creation and Flood: An Introduction". 1994. pp.
55
127
Richard S. Hess and David Toshio Tsumura. Editors. "Genesis and
Ancient Near Eastern Stories of Creation and Flood: An Introduction". 1994. pp.
57
128
Wilfred G. Lambert. Atra–Hasis: The Babylonian Story of the Flood.,
1999, p. 35.
E.O. James. The Cult of the Mother Goddess., 1994. p. 7.
Alexander Heidel. The Babylonian Genesis., 1994. p. 64. e The Gilgamesh
Epic and Old Testament Parallels.,1946. p. 221
Benjamin R. Foster. From Distant Days, Myths, Tales and Poetry of Ancient
Mesopotamia. 1995. p. 44
129
Authority and Archaeology, Sacred Texts and Profane: Essays on the
Relation of Monuments to Biblical and Classical Literature., p. 312.
90 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
130
LEWIS, A. H. Biblical Teachings, concerning the Sabbath and the Sunday.
Alfred Centre, N. Y.: The American Sabbath Tract Society, 1888. 140.
131
29 dias, 12 horas, 44 min 2,8 segundos
132
7 dias, 9 horas, 12-13 min
1. COMO CONTAR AS SEMANAS? 91
um único texto que indique que o primeiro dia da semana tem a ver
com qualquer uma das fases da lua. Além disso, todo texto que fala
de semana, indica sempre nem mais nem menos que sete dias:
Gên 2:2 E, havendo Deus terminado no dia sétimo a
sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua
obra que tinha feito.
Êxo 16:26 Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o
sábado; nele, não haverá.
Êxo 20:9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.
Êxo 20:10 Mas o sétimo dia é o sábado do
SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem
tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo,
nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro
das tuas portas para dentro;
Êxo 20:11 porque, em seis dias, fez o SENHOR os
céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao
sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR
abençoou o dia de sábado e o santificou.
Êxo 23:12 Seis dias farás a tua obra, mas, ao sétimo
dia, descansarás; para que descanse o teu boi e o teu
jumento; e para que tome alento o filho da tua serva e
o forasteiro.
Êxo 31:15 Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia
é o sábado do repouso solene, santo ao SENHOR;
qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra
morrerá.
Êxo 31:17 Entre mim e os filhos de Israel é sinal para
sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus
e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento.
Êxo 34:21 Seis dias trabalharás, mas, ao sétimo dia,
descansarás, quer na aradura, quer na sega.
Êxo 35:2 Trabalhareis seis dias, mas o sétimo dia vos
será santo, o sábado do repouso solene ao
SENHOR; quem nele trabalhar morrerá.
Lev 23:3 Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o
sábado do descanso solene, santa convocação;
nenhuma obra fareis; é sábado do SENHOR em todas
as vossas moradas.
Deu 5:13 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.
Deu 5:14 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR,
teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o
teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua
serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal
algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para
dentro, para que o teu servo e a tua serva descansem
como tu;
1. COMO CONTAR AS SEMANAS? 93
antes dele ter sido descoberto pela água, e como estamos falando de
uma arca e não de um submarino, então a não pode ser verdadeiro.
Se b for verdadeiro, então os 5 meses e os 150 dias começam no
mesmo dia, é portanto, necessário admitir que as águas do mundo
todo voltaram ao nível normal, isso é, foram absorvidas pela terra,
em 2 a 3 dias desde o momento em que a arca repousou sobre o
Ararate. Levando em consideração que o atual Ararate está 5.137 m
acima do nível do mar, e toda a água deve ter sido absorvida em, na
melhor das hipóteses, 72 horas, o nível da água teria que baixar na
melhor das hipóteses 71,4 metros por hora, 1,2 metros por minuto, 2
centímetros por segundo, o que é geológica e fisicamente
improvável, alem de geral uma era glacial instantânea na terra.
Portanto, muito provavelmente b não pode ser verdadeiro.
Se c for verdadeiro, então 150 dias só pode se referir ao mesmo
período de tempo dos 5 meses, pois a arca não poderia ter repousado
sobre o monte 2 a 3 dias antes da terra começar a aparecer, de novo,
é uma arca, não um submarino, e assim, 1 é verdadeiro, e portanto,
o calendário dos DSL é falto.
Portanto, na melhor das hipóteses, os DSL devem se apegar à
maior das improbabilidades para não admitir o mais provável, que o
seu calendário é falso.
3. A SEMANA DE ÊXODO 16
134
BOWEN, A.; JANZEN, M. PROOF: Weekly Sabbath Days Are
Determined by the Moon, 8 ed. Ministers of the New Covenant. 2013, p. 21
98 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
de o SENHOR ter feito o povo viajar no dia 15135 (Êxo 16:1), e logo
em seguida mandar que eles não viajassem aos sábados (Êxo 16:29)
é um forte indício de que o dia 15 definitivamente não era um
sábado, a menos que mais uma vez o SENHOR estivesse se
contradizendo, conforme pregam os DSL (Para contradição que os
DSL atribuem a Deus, ver o Capítulo 6. A redundância dos dias de
descanso, bem como o capítulo 6.1. A redundância da Lua Nova).
Então:
1. No 15º dia, Moisés garante ao povo que veriam a glória do
SENHOR na manhã seguinte (Êxo 16:7)
2. A glória do SENHOR é vista (nira’ah) na manhã do dia 16
(Êco 16:10)
3. O SENHOR promete mandar codornizes naquela noite – dia
16 – e maná na manhã seguinte – dia 17 (Êxo 16:12)
4. A partir do dia 17, o maná cai por seis dias, portanto até o dia
22 (Êxo 16:5 e 22)
5. O dia seguinte – dia 23 – foi sábado (Êxo 16:23)
Essa é a conclusão lógica da maneira mais rápida, minimalista e
instantânea de ver as coisas, como se o povo todo pudesse se
organizar e todos os eventos acontecessem basicamente ao mesmo
tempo. No entanto, se leva em consideração que saíram do egito
cerca de 600 mil homens a pé (Êxo 12:37),136 sem contar mulheres e
crianças, as melhores estimativas simulam cerca de 2 a 3 milhões de
pessoas,137 seria impossível que todo acampamento fosse montado e
135
Êxo 13:31 diz que era o SENHOR que decidia quando o povo andava ou
parava através do movimento da coluna de fogo de noite e da nuvem de dia. Nee
9:19 garante que essa nuvem/coluna nunca se apartou deles, e Num 9:17 afirma
que o povo seguia o movimento da nuvem, então se o povo viajou no dia 15, foi
porque o SENHOR os mandou fazer.
136
Esse número bate com os números dos dois recenseamentos feitos em
Israel posteriormente em Num 1:46 e 26:51)
137
BRIGHT, J., História de Israel, Nova Coleção Bíblica, n°7, 2 edição,
Paulinas, São Paulo 1981, pág.170-174.
Os número apresentado no Êxodo têm sido questionados pela crítica, pois até
a saída do Egito foram 430 anos (Êxo 12:40; Ato 7:6 e Gal 3:17), porém os dois
textos do Novo Testamento confirmam que esse cálculo começa em Abraão e não
no cativeiro (também confirmando por Joséfo Ant. II, XV, 2) o tempo de cativeiro
seria cerca de 150 anos apenas, tendo em vista que apenas 66 homens entraram no
Egito (Gen 46:26), cada homem precisaria ter em média 17 filhos homens para que
houvessem 600 mil homens em 3 gerações de 50 anos, ou 6,5 filhos homens em 4
gerações de 37,5 anos., o que é a hipótese mais provável.
3. A SEMANA DE ÊXODO 16 103
E se pensarmos na lua nova como sábado, que não cai maná, isso
resultaria em 3 dias seguidos sem cair maná?
112 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
eles tivessem que colher 4 vezes mais, então o mês teria um dia
extra. E por isso, necessitaria de um quinto texto:
1. Um texto que mostre Deus avisando a cada 6º dia da última
semana do mês o quanto o povo teria que colher a mais
naquele dia,
Infelizmente para os DSL, tudo que temos são textos que
afirmam que:
a. Cairá maná por 6 dias
b. No 6º dia o maná será recolhido em dobro (nunca triplo ou
quádruplo)
c. No 7º dia não cairá maná (nunca 8º ou 9º)
d. Logo, a lua nova só pode estar dentro de um dos 6 dias de
trabalho
Toda semana, e cada semana por 40 anos caiu o maná (Êxo
16:35) ensinando sistematicamente o povo que o sábado vem
invariavelmente depois de 6 dias de trabalho, e o povo guardou o 7º
dia a cada 7 dias por 40 anos, aprendendo semana após semana que o
sábado é sempre o 7º dia, e depois de mais 6 dias, o próximo é
sempre o sábado! Em nenhuma única oportunidade Deus se
preocupou em dizer que naquela semana cairia maná 7 dias ou que
naquela semana não cairia maná por dois ou três dias seguidos. A
única conclusão possível é que o calendário dos DSL é
completamente desaprovado pelos testemunho dos textos Bíblicos.
Junte tudo isso com os fatos levantados no capítulo “9. Erro
histórico no calendário do sábado lunar” e poderá ter até “Sábado do
14º dia”, “13 dias colherás maná” o que não é nem preciso nem
dizer: É um absurdo inimaginável. Entre vãs filosofias da alta crítica
e a bíblia, sem titubear, escolha a Palavra de Deus.
4. ERA PROIBIDO TRABALHAR DO DIA DE LUA
NOVA?
2. 2Rs 4:23 E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova
nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.
3. Eze 46:1 Assim diz o Senhor JEOVÁ: A porta do átrio
interior, que olha para o oriente, estará fechada durante os
seis dias, que são de trabalho; mas, no dia de sábado, ela se
abrirá; também no dia da lua nova se abrirá.
4. Ams 8:5 dizendo: Quando passará a lua nova, para
vendermos o grão? E o sábado, para abrirmos os celeiros de
trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e procedendo
dolosamente com balanças enganadoras,
138
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 726
139
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 727
122 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
140
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 931
141
ibid.
4.1. DAVI FESTEJAVA NA LUA NOVA COM SAUL? 123
2Rs 4:23 E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é
lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.
Aqui já estamos um pouco mais longe da Torah, cerca de 550
anos de distância, e até agora, nenhuma ordem de não trabalho na
Lua nova. Esse texto é o mais simples, ele não fala exatamente nada,
apenas que assim que o filho dela morreu, ela correu atrás do
profeta, e não era nem sábado, nem lua nova. Nem mesmo o mais
criativo DSL poderia inferir a esse texto qualquer tipo de apologia ao
“não trabalho” para a Lua Nova, apenas afirma que o sábado e a Lua
Nova eram dias mais comuns para pessoas buscarem os profetas, por
motivos óbvios, eram os dias festivos mais comuns (semanal e
mensal) mas nada implica que eles eram dias para não se trabalhar
nesse texto. Qualquer coisa além disso, não passa de mera
imaginação.
4.3. Era Proibido vender na Lua Nova?
142
O equinócio de outono no hemisfério norte é 23 de setembro, na pior das
hipóteses, o texto se refira ao final de Elul, logo antes de começar Tishri.
128 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
29:1), não por causa da Lua propriamente dita, esse dia sim era uma
festa com tudo o que tinha direito, inclusive não trabalhar. Em
nenhuma outra lua nova do ano, o trabalho era proibido, apenas
nessa.
O texto portanto fala do ritualismo cego de cumprir a lei
exteriormente, mas interiormente estar desejoso de buscar o seus
próprios interesses, não guardando a lei de coração, mesmo assunto
tratado em Isa 58:13–14.
Em suma, usar um texto que fala de Yom Teruah e aplicar a todas
as luas novas é no mínimo desonesto, é tirar completamente um
texto do contexto, assim, já nos afastamos 600 anos da Torah, e
ainda não há uma única ordem para não trabalhar na lua nova, nos
resta apenas o texto base para toda a argumentação do calendário do
sábado Lunar:
4.4. A Lua Nova poderia cair em um dia de trabalho?
adicional como “mas esses dias são apenas feriados”, não importa,
diferente da lua nova, a Bíblia explicitamente diz que não se deve
trabalhar em nenhum desses dias, então não se pode chamar de
dia de trabalho, mesmo caindo no 1º, 2º ou 6º dia da semana, e não
sendo lua nova e nem Sabbath, obviamente será necessário criar a
quinta categoria de dias, “os dias de trabalho que não se pode
trabalhar”. E a mesma pergunta pode ser feita em relação ao dia da
Expiação no segundo dia da semana e Pentecostes no primeiro dia da
semana. Assim, fica definido que:
• Havia dias de trabalho que eram festivos
• Havia dias festivos que se devia trabalhar
• Havia dias de trabalho que não se podia trabalhar
Logo, tendo visivelmente encontramos pelo menos uma quinta
categoria de dias que não é descriminado em Eze 46:1, os “dias de
trabalho que não se podia trabalhar", é derrubada a primeira
premissa de que só há 3 tipos de dias. Então, segue obviamente que:
1. É possível que um dia que era proibido trabalhar sobrepor um
dia de trabalho
2. Caso um dia que era proibido trabalhar sobrepusesse um dia
de trabalho, a proibição do trabalho tem prioridade sobre o
trabalho.
3. Assim, não existe uma lei que proíba que um tipo de dia
sobreponha outro tipo de dia
Então as duas premissas do argumento não se sustentam pelo
próprio exemplo bíblico. Estudada a lógica modal do texto, resta
agora analizar a sua estrutura gramatical. O hebraico do texto diz
literalmente:
“Assim diz Adonay YHWH porta o átrio interior lado leste é
fechada seis dias trabalho mas dia o Sabbath aberta e dia o Hodesh
aberta”
Primeiramente, absolutamente nada na construção da frase exige
a interpretação de que só existe 3 tipos de dias (até por que já vimos
que por essa lógica existe pelo menos 5 tipo de dias) e muito menos
que um tipo de dia não possa se sobrepor ao outro. Nada na
gramática exige que o dia da Lua Nova seja “seu próprio dia”, não
um dia de trabalho ou um Shabat. Já foi determinado que:
• Um dia festivo pode sobrepor um dia de trabalho, tendo as
leis do dia festivo prioridade sobre as leis do dia de trabalho.
134 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
143
Sabbath (Lev 23:3), Páscoa/Pães ásmos (Êxo 12:16 (2x); Lev 23:7, 8; Num
28:18, 25), Festa das semanas / primícias (Lev 23:21; Num 28:26), Primeiro dia da
festa das trombetas (Lev 23:24; Num 29:1), Yon Kippur (Lev 23:27; Num 29:7),
Tabernáculos (Lev 23:35, 36; Num 29:12).
136 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
• Construísse o Templo
Claro que provavelmente nem tudo tenha sido feito no mesmo
dia, e independente deles terem começado naquele mesmo dia ou 10
anos depois, o fato é que Deus ordenou que trabalho fosse feito
no primeiro dia do mês, e tanto Zorobabel, quanto o filho do Sumo
sacerdote e o povo inteiro obedeceram às palavras do Senhor, no
primeiro dia do mês!
Como se não bastasse, a tradição rabínica do século IV a.C.
(Pouco depois do exílio, menos de 200 anos de distância de
Ezequiel) já nos garante essa igualdade da lua nova com um dia de
trabalho, conforme apresentado claramente no capítulo “7. Talmud e
o calendário lunar.”
Assim, parece mais lógico que o texto esteja simplesmente
dizendo que a porta do átrio fica fechada a semana toda, os 6 dias,
porém contrastando aos seis dias, o sabbath, que não faz parte desses
seis dias, a porta seria aberta, e além do Sabbath, no dia de Lua Nova
ela também seria aberta. Não há uma conexão causativa como:
“a porta fica fechada nos seis dias de trabalho, portanto só será
aberta no sábado e lua nova”
Essa frase certamente indicaria que o sábado e a lua nova não são
dias de trabalho, pois o portanto conclui que tanto sábado quanto
Lua Nova definitivamente não são dias de trabalho. Porém, não é
isso que diz o texto, de forma mais simplista possível, o texto tem
uma frase longa que diz que a porta fecha seis dias e abre no sábado,
contratando os seis dias com o sábado, e então uma conjunção
aditiva, “e na lua nova abre”.
“A porta do átrio interior estará fechada nos seis dias de trabalho
mas no sábado aberta e na lua nova aberta”
Duas vezes o texto diz: “aberta” porém há apenas uma partícula
adversativa entre os seis dias de trabalho e o sábado. Porém, o que
une a oração da lua nova à oração do sábado é uma conjunção
aditiva, o que indica soma, não contraste, isso é, além do sábado,
haverá mais um dia que a porta se abrirá: Na Lua Nova! Nada nesse
texto contrasta a lua nova com os seis dias de trabalho, a conjunção
está fazendo apenas uma soma, abrindo uma exceção.
O argumento todo dos DSL pressupõe que a Lua Nova não possa
cair em um sábado nem em um dia de trabalho, mas não há nada no
texto que obrigue essa pressuposição. O silogismo cai em assumir
que a Lua Nova precisa de “seu próprio dia” e que não possa cair
4.4. A LUA NOVA PODERIA CAIR EM UM DIA DE TRABALHO? 137
1. Nunca foi ordenado que não fosse feito nenhuma obra no dia
de Lua Nova
2. Nunca foi ordenado que não fosse feito nenhuma obra servil
no dia de Lua Nova
3. O dia de Lua Nova nunca foi chamado de Santa Convocação
4. O dia de Lua Nova nunca foi chamado de Repouso ou
Descanso
5. O verbo “descansar” jamais foi usado em associação à Lua
Nova
6. Nunca foi ordenado que se guardasse o dia de Lua Nova
7. Nunca foi ordenado que se celebrasse o dia de Lua Nova
8. Nunca foi ordenado que santificasse o dia de Lua Nova
9. O dia da lua nova nunca foi chamada de Assembléia Solene
10. A Bíblia nunca falou de mais de uma Lua Nova no mesmo
mês
11. Havia um costume de se visitar profetas no dia de Lua Noa
12. Unicamente no dia de Lua Nova do sétimo mês foi proibido
qualquer trabalho.
13. Havia dias de trabalho que eram festivos
14. Havia dias festivos que se devia trabalhar
15. Havia dias de trabalho que não se podia trabalhar
16. É possível que um dia que era proibido trabalhar sobrepor um
dia de trabalho
17. Caso um dia que era proibido trabalhar sobrepusesse um dia
de trabalho, a proibição do trabalho tem prioridade sobre o
trabalho.
18. Assim, não existe uma lei que proíba que um tipo de dia
sobreponha outro tipo de dia
19. Não existe nenhuma estrutura gramatical ou texto que
obrigue a interpretação de um dia exclusivo para a Lua Nova
20. Os escritos rabínicos desconhecem uma proibição de trabalho
no dia da Lua Nova
140 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
Logo, não era, nunca foi, e nunca vai ser proibido trabalhar na
lua nova. Apenas isso é suficiente para invalidar a tese do sábado
Lunar, porém, não acaba por aqui.
5. QUAL O MELHOR CALENDÁRIO FESTIVO?
144
A sequência dos meses é: Nissan, Iyar, Sivan, Tammuz, Av, Elul, Tishrei,
Cheshvan, Kislev, Teve, Shevat, Adar, e quando necessário, BeAdar.
142 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
5. QUAL O MELHOR CALENDÁRIO FESTIVO? 143
era o primeiro dia da festa dos Pães asmos, então a noite seria do dia
16, um dia depois do momento certo de comer a Páscoa. A lógica do
argumento está correta, apenas a contextualização não está.
De fato os evangelhos se referem ao dia, e dizem que era o
primeiro dia da Festa dos Pães asmos,146 então logicamente a noite já
iniciaria o segundo dia da festa, então, o dia 16. Porém, Lucas e
Marcos são mais cuidadosos e alem de afirmar que era o primeiro
dia dos asmos, ainda explicam que era o dia em que se fazia
o sacrifício da Páscoa. O que parece ser uma clara contradição, já
que claramente o cordeira pascal era sacrificado no dia 14 e comido
naquela noite, no dia 15, e não sacrificado no dia 15 e comido no dia
16. Mas tanto Lucas quanto Marcos não são apenas cuidadosos
quanto ao dizer que era o dia do sacrifício, como também, antes
mesmo de falar isso, cada um deles já explicam o que eles chamam
de Pães asmos:
Luc 22:1 Estava próxima a Festa dos Pães Asmos,
chamada Páscoa.
Lucas deixa claro que os termos Pães asmos e Páscoa eram
usados intercambiavelmente, mas uma objeção poderia ser
levantada: “Mas Lucas diz que só os Pães asmos eram chamados de
Páscoa, não a Páscoa de Pães asmos”. Apesar do texto não limitar o
termo ao “só” como na objeção, mas parecer deixar claro que ambas
as festas compartilhavam os nomes, Marcos também dá uma dica
sobre essa nomenclatura para acabar com a dúvida:
Mar 14:1 Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa
dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os
escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e o
matariam.
Marcos diz que ambos:
1. Páscoa
2. Pães asmos
Aconteceriam juntos, em dois dias, e foi justamente o dia em que
mataram o cordeiro, logo, é inequívoca a conclusão de que na
terminologia neotestamentária, os sinópticos chamam tanto a Páscoa
de Pães asmos e os Pães asmos de Páscoa. Por qual motivo
chamavam a páscoa do dia 14 de Pães asmos? Simples, por que era
nesse dia que o povo devia começar a comer Pães asmos:
146
No grego, nenhum dos evangelhos usa a palavra ἑκλ ή (eorte - festa) nem
ἄλ κμ (artos - pão), apenas dizem literalmente: “chegou o primeiro dos asmos”
164 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
147
Antiq. II, 15.1
7.2. A ÚLTIMA PÁSCOA DE JESUS 165
tempo a outra, pois como afirma Beckwith, elas não eram tratadas
como mutuamente exclusivas148. A falácia aqui é que mesmo que
isso fosse correto, a diferença só poderia ter sido quanto a data da
parte escura do dia, e não do dia inteiro. Uma vez que todas as
atividades ocorriam na parte clara do dia (exceto a refeição pascoal),
é o dia em que seria datado, e não a noite, se falasse da noite anterior
ou da noite seguinte, dataria unicamente o dia. Desde que o
Pentateuco requeria que o cordeiro fosse morto no dia 14 e comido
na noite seguinte (Êxo 12:6-10), e uma vez que o sacrifício no
primeiro século era realizado a partir do meio dia do dia 14 até o
entardecer desse mesmo dia,149 não faria nenhuma diferença na
prática, para fins cronológicos, se a noite seguinte era considerada
parte do dia 14 ou parte do 15, pois ainda seria a noite após o dia
que, em ambas as formas de contagem do dia, era chamado de dia
14, e em que a páscoa era sacrificada.
Estas diferenças conjunturais de calendário foram deixadas de
lado pela demonstração das verdadeiras diferenças entre os
calendários das escolas judaicas de pensamento predominantes na
época e o dos essênios. O crédito para essa demonstração pertence
principalmente ao Mile Annie Jaubert. Em seu livro juntamente com
vários artigos relacionados, ela provou, para a satisfação da maioria
dos estudiosos, que o calendário solar exposto em 1 Enoque e no
Livro dos Jubileus, que era realmente praticado em Qumran, atribuía
exatamente 52 semanas, ou 364 dias, para o ano, e o dia do ano novo
era sempre uma quarta-feira. Consequentemente, o 14º dia do
primeiro mês, quando os cordeiros pascais eram sacrificados, era
sempre uma terça-feira, e Jaubert tenta usar este fato para explicar a
diferença entre os sinópticos e João, ao sugerir que Jesus seguiu o
calendário essênio, enquanto seus adversários seguiam o calendário
lunar padrão. Infelizmente, esta engenhosa proposta se mostra
vulnerável a algumas objeções.
1. Embora muitos eventos seguem sucessivamente entre a
última ceia e a morte de Jesus, todos os Evangelhos colocam
148
BECKWITH, R. T. Calendar and Chronology, Jewish and Christian:
biblical, intertestamental and patristic Studies. Boston: Brill Academic Publisher,
Inc, 2001. ISBN 0-391-04123-1. p. 1-9
149
PHILO, De specialibus legibus libri, 5.145, 149
JOSEFO, Wars, 6.9.3
Mishnah: Pesaḥim 5:1
7.3. A TEORIA DOS CALENDÁRIOS RIVAIS 169
150
JOSEFO, Ant. 18.1.5
151
BECKWITH, R. T. Calendar and Chronology, Jewish and Christian:
biblical, intertestamental and patristic Studies. Boston: Brill Academic Publisher,
Inc, 2001. ISBN 0-391-04123-1. p. 93-140
170 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
152
DALMAN, G. Arbeit und Sitte in Palästina. Tubinger: SLM Press, 2013.
EDERSHEIM, A. The Life and Times of Jesus the Messiah. Grand Rapids:
Eerdmans, 1953.
JEREMIAS, J. The Eucharistics Words of Jesus. Londres: SCM Press, 2011.
ISBN 978-0334004141. p. 41-84
STRACK, H. L.; BILLERBECK, P. Kommentar zum Neuen Testament, 6
Bde., Bd.2, Das Evangelium nach Markus, Lukas und Johannes und die
Apostelgeschichte. Munique: C. H. Beck, 2009.
153
Pois os sacerdotes do Templo nunca teriam oferecido o cordeiro um dia
mais cedo, e Jesus nunca teria tentado apresentar o cordeiro pascoal como algum
tipo de outro sacrifício de maneira enganosa.
154
JEREMIAS, J. The Eucharistics Words of Jesus. Londres: SCM Press,
2011. ISBN 978-0334004141. p. 80-82
7.3. A TEORIA DOS CALENDÁRIOS RIVAIS 171
155
Ver por exemplo: Josephus, "Ant." xvi. 6, § 2
174 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
158
Mandamentos humanos que “protegiam” a lei divina.
7.6. JESUS MORREU EM UMA SANTA CONVOCAÇÃO? 185
(Jer 17:21), arrumar a lenha, fazer o fogo, que sem fósforo, isqueiro
ou combustível era uma tarefa trabalhosa, e por isso no sábado isso
não poderia ser feito. Porém, o próprio Deus ordena que essas tarefas
sejam feitas no santuário durante cada sábado (Num 28:9–10), e
também durante cada festa (Num 28:11–31; 29:1–40), o que
significa que no sábado, os sacerdotes mesmo violando o sábado
segundo a lei, ficam sem culpa, pois estão realizando o ofício que
Deus ordenou, foi exatamente isso o que Jesus falou:
Mat 12:5 Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os
sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem
culpa? Pois eu vos digo:
Assim, mesmo que houvesse um texto que afirmasse que julgar o
povo seria uma obra serviu do sacerdote, as obras do sacerdote em
prol do povo ou santuário são deixadas impunes por Deus, além
disso, especificamente no quesito julgamento, há um exemplo claro
de julgamento durante o sábado pelo próprio Deus, através de
Moisés:
Num 15:32 Estando, pois, os filhos de Israel no
deserto, acharam um homem apanhando lenha no
dia de sábado.
Num 15:33 Os que o acharam apanhando lenha o
trouxeram a Moisés, e a Arão, e a toda a
congregação.
Num 15:34 Meteram-no em guarda, porquanto ainda
não estava declarado o que se lhe devia fazer.
Num 15:35 Então, disse o SENHOR a Moisés: Tal
homem será morto; toda a congregação o
apedrejará fora do arraial.
Num 15:36 Levou-o, pois, toda a congregação para
fora do arraial, e o apedrejaram; e ele morreu, como
o SENHOR ordenara a Moisés.
No exemplo do texto, um homem é capturado, julgado e
condenado no dia de sábado, que por sinal é muito mais restritivo
que os outros dias de santa convocação, e não dá nem para dizer que
“isso foi comportamento humano” pois foi o próprio Deus quem
ordenou isso. Por mais que o sacerdote devesse preparar fogo no
sábado, isso era proibido a qualquer outro filho de Israel, motivo
pela qual o ofício de montar e desmontar o santuários também nunca
foi realizado num sábado, pois isso exigiria o deslocamento não só
do sacerdote, mas também do povo, o que era proibido ao sábado.
Portanto, o argumento que o dia 15 necessariamente não era
santa convocação por que os sacerdotes estavam envolvidos em um
190 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
chegado apenas no dia 3, 24h depois de ter “ido para Tokyo”, pois
essa expressão indicaria apenas a saída, e não a chegada. Na
casualidade de não chegar, em nada mudaria o sentido do foi: “Foi
para Tokyo lajeio dia do dia 1, mas por um problema técnico, fez um
pouso de emergência e parou na Europa.”
Logo, no português já fica claro que Jesus saiu de Efraim seis
dias antes da páscoa, na impossibilidade de fazer tal viagem num
sábado, a única opção que resta é admitir que foi numa sexta-feira
que Jesus saiu de Efraim, tendo a ceia após o pôr do sol daquele dia,
que a priori, já se trata de um sábado.
Mas para tirar qualquer dúvida, o texto grego diz:
῾Ο κ θ ᾿Ιβ κῦμ πλὸ ι ἡη λῶθ κῦ πά χα ἦζγ θ ἰμ
βγαθίαθ
literalmente, “então o Jesus antes seis dias a páscoa
partiu (foi) para (em direção à) Betânia.”
O texto claramente indica a movimentação de Jesus de onde ele
estava (Efraim) para seu destino (Betânia), usando o verbo erxomai
seguido da preposição eis, e não apenas a chegada. O verbo erxomai
pode indicar tanto “ir” como “vir”, isso é, ele sozinho poderia dizer
que Jesus “foi” ou Jesus “veio”, porém o verbo “vir” indica o
movimento em direção ao narrador, e sabendo que João não estava
em Betânia, a única tradução possível seria “ir”, no aoristo, “Jesus
foi”. A preposição eis indica destino “para, em direção à”, não é
possível a tradução “chegou para Betânia”, mas “foi para (em
direção à) Betânia” com sentido de “partiu para Betânia,” ligando–se
claramente à origem, apontando para o destino, que ainda não
aconteceu, e nem importa quanto tempo demore para acontecer, ou
mesmo se acontecerá.
Todos os usos bíblicos no verbo erxomai no segundo aoristo
indicativo ativo na terceira pessoa do singular com a preposição eis
(ἦζγ θ μ – hlthen eis) confirmam isso, a seguir estarão apenas um
exemplo de cada evangelho e um do livro de atos:
Mat 9:1 Entrando Jesus num barco, passou para o
outro lado e foi para a sua própria cidade.
Toda ação ocorre antes de ir para a sua própria cidade, que era o
destino, mas o tempo da frase acontecia na saída, quando passou
para o outro lado, e não na chegada, independente de quanto tempo
levasse. Jesus não foi para sua própria cidade quando chegou lá, mas
a partir do momento que passou para o outro lado.
7.7. A ENTRADA TRIUNFAL 197
161
The Jewish War iv. ix. 9
7.7. A ENTRADA TRIUNFAL 199
disso, Jesus não viajou sozinho, pois seus discípulos estavam com
Ele em Efram (Joã 11:54) e também estavam com Ele na ceia (Joã
12:4). Mesmo que fosse permitido aos sacerdotes viajar no sábado, e
que Jesus fizesse uso desse suposto direito, aos discípulos ainda
seriam proibidos, e, Jesus os incentivando a transgredir a lei, estaria
a transgredindo também. Portanto, não havendo qualquer texto
Bíblico que desculpasse sacerdote algum de viajar no sábado, e Jesus
não abrindo essa excessão nem a Ele nem a ninguém, afirmar que
Jesus viajaria no sábado sem nenhum problema não passa de mero
“achismo”, até por que, mesmo que tudo isso fosse verdade, nenhum
judeu concordaria com isso, e as acusações viriam com certeza.
Jesus chegou em Betânia, portanto, no mesmo dia 8 em que saiu
de Efraim, e o texto diz que ali, lhe serviram uma ceia.
Joã 12:2 Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta
servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à
mesa.
Uma ceia só poderia acontecer à noite, já que a possibilidade de
Jesus ter feito a viagem no dia 7 é descartada pelo texto, só nos resta
dizer que era a noite do dia 9 aqui, após o pôr do sol do dia 8 para o
9. Os eventos até o verso 8 ocorreram naquela mesma noite do dia 9,
os eventos dos versos 9–11, a multidão querendo ver a Jesus e
Lázaro, não são atados a um tempo, se aconteceram naquela noite ou
no dia seguinte, mas o fato é que são eventos do dia 9. A narrativa
continua:
Joã 12:12 No dia seguinte, a numerosa multidão que
viera à festa, tendo ouvido que Jesus estava de
caminho para Jerusalém,
Joã 12:13 tomou ramos de palmeiras e saiu ao seu
encontro, clamando: Hosana! Bendito o que vem em
nome do Senhor e que é Rei de Israel!
Se todos os últimos eventos se tratavam do dia 9, o dia seguinte
só pode ser o dia 10, o dia em que, segundo a lei, cada família judia
separaria um cordeiro para o sacrifício (Exo 12:3). Portanto, foi
nesse mesmo dia que Jesus entrou na cidade e foi saudado com
ramos de oliveira.
Agora, aplicando essa cronologia ao calendário do sábado lunar,
temos o seguinte:
Se o dia 14 foi no 6º dia, então:
• dia 13 foi no 5º dia
• dia 12 foi no 4º dia
• dia 11 foi no 3º dia
7.7. A ENTRADA TRIUNFAL 201
162
O culto do recebimento do Shabbat, realizado pelo judaísmo.
202 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
163
Em apocalipse, Cristo é chamado de cordeiro repetidas vezes, a palavra
grega é diferente, e não convém entrar nessa discussão, então serão mencionadas
apenas as ocorrências que de alguma forma relacionam o tema do sacrifício.
204 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
164
Vicário significa substitutivo, a morte de um em lugar de outro.
165
Expiatório no contexto Bíblico significa que purifica pecado.
206 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
166
Tamid pode indicar qualquer um dos rituais diários, tais quais manter o
candelabro aceso, trocar os pães da proposição, manter o incenso aceso e etc. O
sacrifício especificamente era o Korban Tamid, mas para encurtar, alguns chamam
apenas de Tamid, mas no contexto de sacrifício.
208 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
h) Sacrifícios festivos
Em outras palavras, cada uma das outras ofertas, inclusive as
ofertas das outras festas, só teria validade por causa do sacrifício
contínuo e enquanto este estivesse queimando, por isso o Korban
Tamid era chamado de “sacrifício completo” ou “máximo”. Na
discussão rabínica sobre o principal Pasuk (trecho) da Torah, a
disputa ficou entre apenas três versos:
Ben Soma disse: Encontramos um pasuk que inclui
tudo, “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o
único SENHOR.” (Deu 6:4)
Ben Nannas disse: Encontramos um pasuk que inclui
tudo, “amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Lev
19:18)
Ben Pazai disse: Encontramos um pasuk que inclui
tudo, “Um cordeiro oferecerás pela manhã e o outro, a
tarde.” (Êxo 29:39)167
A interpretação que se tornou padrão foi que de acordo com
Shimon Ben Pazai, a permanência consistente da Avodat HaShem
(adoração à Deus) é representada pelo Korban trazido todos os dias,
de manhã e de tarde, esse é o princípio fundamental da Torah.168
“Pela nossa tradição, nós temos mantido nosso equilíbrio por muitos
e muito anos… e por causa da nossa tradição… cada um de nós sabe
quem é e o que Deus espera dele.”169
A primazia do Korban Tamid sobre os demais serviços do
santuário é evidente em todos os aspectos. Cada dia, ao oferecer sua
cabra ou cordeira em oferta pelo pecado (Lev 4:27–35), o israelita
poderia ver que antes mesmo de sua oferta, o cordeiro do sacrifício
contínuo já estava lá, tornando esse local um ponto de encontro (Êxo
29:42), e por isso, a sua oferta seria aceita. Mesmo na páscoa, ao
oferecer o seu cordeirinho entre tardes, o israelita poderia ver que o
cordeiro do Tamid já estava lá queimando, tornando aquele lugar um
ponto de encontro com Deus, e por isso, o seu sacrifício seria aceito.
O sacrifício contínuo jamais parava, nem em dia de sábado (Num
28:10), nem na lua nova (Num 28:15), nem na páscoa (Num 28:23),
nem na semana dos pães ásmos (Num 28:24) nem em qualquer outra
festa (Num 28:31; 29:6, 11, 16, 19, 22, 25, 28, 31, 34, 38 e 39). Não
167
Parshat Tetzaveh
168
Netivot Olam, Netiv Ahavat Ha'Reia 1
169
Tevye de Fiddler
7.8. CRISTO, O CORDEIRO DE DEUS 209
171
b. Ber. 26b, Gen. R. lxviii). para esses rituais no período do segundo
templo, ver Talmud Babilônico, Ber.33a, Meg. 17b
7.8. CRISTO, O CORDEIRO DE DEUS 211
uma vez que acontecia todos os dias e um único cordeiro para todo
Israel, mesmo quando outras festividades sacrificariam outros
cordeiros.
É perceptível que todos os textos que remetem Cristo a um
cordeiro, encontram plena correspondência unicamente no cordeiro
do Tamid, porém, o que fazer com 1Co 5:7 nesse ponto de vista? O
texto não é bem claro de que Jesus é o cordeiro pascal? Seria esse o
único texto a fazer correspondência direta de Cristo com o cordeiro
pascal?
1Co 5:7 Lançai fora o velho fermento, para que sejais
nova massa, como sois de fato, sem fermento. Pois
também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.
Muito provavelmente, o dito popular de que Jesus teria morrido
no dia 14 provém da conclusão de Paulo chamar Cristo de cordeiro
pascoal, e o cordeiro pascal era definitivamente morto no dia 14 de
Nissan, afinal, Paulo não cometeria um erro tão crasso de chamar
Jesus assim se Ele não tivesse morrido precisamente no dia 14,
certo?
Não há como questionar que um frase tão precisa como essa
dificilmente poderia ser rebatida, porém, antes de fazer teologia em
volta de um texto, é importante se perguntar o que o autor disse, e
por que o autor disse isso, e para isso, será feito uma investigação
em duas etapas: Análise textual e análise contextual.
1. Analise textual
O primeiro fato a se levantar aqui é o fato de que Paulo jamais
chamou Jesus de cordeiro pascal, observe o textus receptus:
1Co 5:7 ἐεεαγάλα κ θ θ παζαδὰθ αύηβθ, ἵθα ἦ
θέκθ φύλαηα, εαγώμ ἐ ἄαυηκδ. εαὶ γὰλ ὸ πά χα
ἡη θ ὑπ λ ἡη θ ἐ ύγβ Χλδ όμ·
Lit.: então limpai o fermento velho, para que sejais
nova massa, já que sois asmos, e pois a páscoa nossa
por/sobre nós foi imolada Cristo.
Esse texto é particularmente complicado de ser traduzido, mas de
cara, pode–se ver que a palavra “cordeiro” não existe no texto. A
expressão “nossa páscoa” e “nosso cordeiro pascal” acarretam
diferenças conceituais e teológicas enormes.
Além disso, outro problema é que nos melhores e mais antigos
manuscritos do século IV, esse verso está consideravelmente menor:
216 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
2. Análise contextual
Mas mesmo que a frase fosse “ὀ Χλδ όμ ὸ πά χα αηθκ ἡηῶθ
ἤ β ἐ ύγβ” isso é: “Cristo, nosso cordeiro pascal, já foi sacrificado”
não há nenhum problema em admitir que a páscoa apontava para
Cristo, assim como a novilha vermelha apontava para Cristo, a cabra
da oferta pelo pecado também apontava a Cristo, bem como
qualquer ritual do santuário apontava direta ou indiretamente para
Cristo, então, não há problema algum em afirmar que a páscoa ou
mesmo o cordeiro pascal apontava para Cristo, a questão é: 1Co 5:7
procura manter a relação de similaridade entre a páscoa e Cristo pela
data do sacrifício do cordeiro ou pelo significado do rito?
Um texto nunca vem sem contexto. O próprio apóstolo Pedro já
alertava que frases soltas de Paulo pode ser isoladas de seus
contextos a fim de mudar o sentido do que ele realmente queria dizer
(2Pe 3:14–16), e a Bíblia está cheia desses exemplos.
Se for olhar para o símbolo, possivelmente todos concordem que
o bode para o Senhor do dia da expiação seja um símbolo exato do
sacrifício de Cristo, o próprio autor do livro de hebreus faz essa
comparação (Heb 9:11–14; 10:1–18), porém, mesmo tendo uma
comparação Bíblica direta entre a morte de Cristo e a morte do
animal, ninguém procura estabelecer um padrão de similaridades de
datas entre os dois eventos, pois a relação é sobre significância, e
não data, porém em relação à páscoa, mesmo não havendo nenhum
texto que ligue a data da morte de Cristo ao sacrifício do cordeiro
pascal, e ainda tendo o testemunho dos evangelhos de que Cristo
comeu a páscoa com seus discípulos na noite anterior à sua morte,
por tradição, e unicamente por isso, continua-se afirmando essa
inexistente paridade.
Ao buscar pelo contexto do texto de 1Co 5:7, vemos
primeiramente que, em nenhum lugar do capítulo se discute a morte
de Cristo, se Paulo de fato exprimisse uma afirmação categórica da
data da morte de Cristo em meio à discussão do capítulo, isso seria
algo bem fora do seu próprio contexto.
Nos 5 primeiros versos de 1Co 5, Paulo diz estar ciente de
imoralidade entre os Coríntios, ainda maior do que entre os gentios,
220 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
pois havia alguém que teve relações sexuais com a mulher de seu pai
(v.1), embora não fique claro se era a sua mãe, ou outra mulher de
seu pai. Paulo reclama com os crentes de Corinto que não estão
tomando nenhuma atitude para banir esse indivíduo do meio deles
(v.2), então Paulo apela que esse indivíduo seja retirado do meio e
entregue a Satanás (vs. 3 a 5). Aí então, Paulo compara essa situação
de condescendência com o pecado ao pão sem fermento, que, ao
misturar um pouco de fermento, se torna impossível separar o
fermento da massa, fermentando toda a massa (v.6), como o assunto
é pão sem fermento, Paulo imediatamente liga à páscoa, perceba que
essa ligação vem do pão, que tecnicamente é a festa dos pães asmos,
mas a Bíblia sempre a chamou de páscoa, e Paulo faz o mesmo,
dizendo para lançar o fermento fora, isso é, parem de ser
condescendentes com o pecado, para que sejam uma massa nova,
sem fermento, já que são de fato asmos, isso é, Cristo já os libertou
do pecado, não há mais negociação entre o Cristão e o pecado, e
como Justificativa, remete o pensamento do crente de Corinto à
páscoa.
Perceba que o assunto não é o cordeiro, mas os pães asmos, o
problema é que, segundo a Torah, o fermento só seria removido e os
pães asmos só seriam servidos a partir da páscoa
Êxo 12:15 Sete dias comereis pães asmos. Logo ao
primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas, pois
qualquer que comer coisa levedada, desde o
primeiro dia até ao sétimo dia, essa pessoa será
eliminada de Israel.
Êxo 12:18 Desde o dia catorze do primeiro mês, à
tarde, comereis pães asmos até à tarde do dia vinte e
um do mesmo mês.
Êxo 12:20 Nenhuma coisa levedada comereis; em
todas as vossas habitações, comereis pães asmos.
Essa é a imagem que Paulo procura evocar. Sua mensagem após
comparar o fermento com o pecado é inequívoca: “Qualquer um que
continuar de mãos dadas ao pecado será eliminado do povo de
Deus, pois a páscoa já começou e vocês ainda têm fermento em
casa, tirem logo isso daí, vocês já estão atrasados!”
É nítido que a intenção de Paulo em nenhum momento foi datar a
morte de Cristo nesse verso, isso os evangelistas fazem
detalhadamente nos quatro evangelhos, a intenção de Paulo foi dar
uma mensagem de urgência, nesse contexto a páscoa é a experiência
da conversão, o abandono das práticas da carne, e uma vez salvo
7.8. CRISTO, O CORDEIRO DE DEUS 221
174
Tu Quoque significa “você também”, é um último recurso para apontar um
erro do oponente a fim de mascarar o erro dele e colocar em evidência o erro do
oponente, como por exemplo dizer: “Como você pode mandar eu ser vegetariano
se você adora usar sapatos e cintos de couro?”
224 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
176
São 3 dias completos de 12h + 3 noites completas de 12h, isso é: ((3 dias ×
12h) + (3 noites × 12horas)) = 72h.
177
São 1 min do 1º dia + a 1ª e a 2ª noite inteira + o 1º e o 2º dia inteiro + 1
min da 3ª noite, isso é: ((2 dias × 12h) + (2 noite × 12h) + (1 min do dia 1 + 1 min
da noite 2)).
Outros dizem que é 1 segundo ao invés de 1 minuto.
7.9. E SE JESUS MORREU EM OUTRO DIA? 227
30), Jesus prediz a sua morte pela terceira vez (Mat 20:17-19), mas
garante que ressuscitaria ao terceiro dia:
Mat 20:19 E o entregarão aos gentios para ser
escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro
dia, ressurgirá.
Luc 18:33 e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a
vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará.
Isso novamente indica que para os evangelistas, ambas as
expressões eram sinônimas, apenas dois modos diferentes de dizer a
mesma coisa. O ultimo texto em que aparece a expressão depois de
três dias é:
Mat 27:63 disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de
que aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: Depois
de três dias ressuscitarei.
Os fariseus estavam inseguros sobre a possibilidade de roubarem
o corpo de Jesus, já após a sua morte, e afirmam perante Pilatos que
Jesus havia predito que “depois de três dias ressuscitaria”, os
mesmos fariseus, em seguida, pedem a Pilatos se eles poderiam ter
uma guarda de soldados para proteger o sepulcro “até o terceiro
dia”
Mat 27:64 Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado
com segurança até ao terceiro dia, para não suceder
que, vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao
povo: Ressuscitou dos mortos; e será o último
embuste pior que o primeiro.
Note que eles não pediram guarda até depois do terceiro dia, mas
somente até o terceiro dia. Logo, a frase “depois de três dias” só
pode ter sido equivalente a “ao terceiro dia”, ou caso contrário, os
fariseus teria pedido uma guarda de soldados até o quarto dia (até o
dia depois do quarto dia), deixando claro que a expressão depois de
três dias só se extende até ao terceiro dia.
Alguns argumentam que os fariseus pediram que a guarda fosse
feita até ao terceiro dia desde o dia em que eles estavam, e no verso
62 deixa claro que já era o dia seguinte à morte de Jesus, então esse
até ao terceiro dia na verdade se referia sim ao quarto dia. Isso seria
problemático por que em primeiro lugar, criaria uma evidente
contradição com todas as afirmativas do Senhor no próprio
evangelho de Mateus e nos demais evangelhos de que a ressurreição
seria ao ou no terceiro dia, e não no quarto. Em segundo lugar, o
adverbio de tempo ωμ (eos – até) indica um período de tempo
continuado (enquanto) concordando com a sentença anterior, isso é,
7.9. E SE JESUS MORREU EM OUTRO DIA? 229
178
Jerusalem Talmud: Shabbath ix. 3; Babylonian Pesahim 4a
7.9. E SE JESUS MORREU EM OUTRO DIA? 231
Mas então por que por que falar três noites se não intentava que a
terceira noite fosse contada?
Em primeiro lugar, o texto de Mateus 12:40 não é nem de longe
uma ordem expressa para contar três dias, e contar três noites, como
veremos no capítulo seguinte, sobre a festa do Pentecostes:
Lev 23:15 Contareis para vós outros desde o dia
imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o
molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão.
Lev 23:16 Até ao dia imediato ao sétimo sábado,
contareis cinqüenta dias; então, trareis nova oferta de
manjares ao SENHOR.
Jesus não deu uma ordem para computar três dias e três noites,
apenas um usou uma expressão idiomática quem dizia a mesma
234 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
coisa que ele já havia dito tantas outras vezes, que ressuscitaria
durante o terceiro dia.
Em segundo lugar, o exagero é considerado uma forma de humor
em quase todas as culturas, assim como na judaica. É por isso que
parábolas Jesus usava tanto exagero, como a parábola do credor
incompassivo por exemplo, onde um trabalhador assalariado devia
10.000 talentos, soma de dinheiro que provavelmente ele jamais
poderia conseguir durante a vida inteira. O exagero é uma forma de
chamar atenção para verdade que você quer expressar.
Alguém pode explicar porque chegou atrasado no trabalho da
seguinte forma: “Eu passei o dia inteiro esperando o ônibus, e ele
não chegava…” obviamente seu chefe sabe que o empregado não
passou literalmente o dia inteiro esperando o ônibus, caso fosse, nem
sequer haveria chegado ao trabalho para contar isso, porém o chefe
entendeu a comparação hiperbólica de seu empregado, que ressaltou
o fato do ônibus ter atrasado, sem contudo, concluir que o
empregado estivesse mentindo ao dizer que esperou ou ônibus o dia
inteiro.
Jesus chamou atenção para fato de que ressuscitaria ao terceiro
dia com a expressão três dias e três noites, quem pode não ser uma
expressão muito comum em nossa cultura, porém, Os judeus que ali
estavam ouvindo, certamente entenderam o que Ele quis dizer.
7.10. Conclusão parcial do capítulo
Os DSL não passam por esse dilema, uma vez que no calendário
deles as duas interpretações podem ser alinhadas a um mesmo dia.
Sendo o 15º dia um sábado todos os meses, e no primeiro mês sendo
também o primeiro dia dos Pães ásmos, o “dia imediato ao sábado”
se encaixa como o 16º dia de Nissan tanto considerando o sábado
semanal, como a festa dos Pães ásmos. A única dificuldade quanto
ao dia de início, seria o fato de Deus deixar explícito o dia de início
de todas as festas, e nessa resolver dizer simplesmente “no dia
imediato ao sábado” o que não faria sentido se fosse uma data fixa,
mas como a desculpa pode ser um simples: “por que Deus quis” e
isso não poderia ser provado como necessariamente falso, tudo que
concluiremos até aqui é que “o dia imediato ao sábado” se trata
inequivocamente ao sábado semanal da semana da Páscoa,
referindo–se, desse modo, ao primeiro dia da semana, e até esse
ponto, não há debate com os DSL. O grande problema aparece em
seguida.
8.1. Shavuot - a contagem para a festa
Porém, por mais bem explicado que pareça ficar, as coisas não
são tão simples assim, note que convenientemente, nenhum dos dias
de lua nova foram contados, com base na interpretação do termo
“inteiras” da expressão “sete semanas inteiras”, e há ainda várias
dificuldade com esse calendário nessa contagem, mas para início de
conversa, podemos citar que no hebraico, não há a palavra semana
no texto.
Existe uma palavra no hebraico que significa semana, essa
palavra é: shabuá ( ) que também pode ser escrito (shabua)
ou (shebua) que é uma palavra derivada de sheba ( ) que
significa “sete” – seria mera coincidência?
A Tanach usa shabua sempre que quer falar de semana, no
sentido de sete dias, no plural e no singular, tanto na Torah quanto
em todo o resto da Tanach:
244 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
180
LXX é a Septuaginta, ou tradução dos setenta, é a mais antiga tradução da
Bíblia hebraica para o grego, datando do III século ao I século a.C.. A tradição
sustenta que 72 sábios, 6 de cada tribo de Israel, traduziram o pentateuco em 72
dias, todos eles de maneira independente, e no final, todas as traduções estavam
exatamente iguais.
181
O argumentum ad verecundiam ou argumentum magister dixit é uma
expressão em latim que significa apelo à autoridade ou argumento de autoridade.
É uma falácia lógica que apela para a palavra ou reputação de alguma autoridade a
fim de validar o argumento. Este raciocínio é absurdo quando a conclusão se
baseia exclusivamente na credibilidade do autor da proposição e não nas razões
que ele apresentou para sustentá-la.
8.2. Por que os Judeus contam o Shavuot após a
Páscoa?
diferentes. A Festa dos Pães ázimos de sete dias vai do dia 15º ao 21º
dia do Primeiro Mês Hebraico (Nissan) e marca o Êxodo do Egito.
As três facções conectaram a expressão “desde o dia imediato ao
sábado” com a Festa dos Pães ázimos, mas diferiram quanto ao
tempo e conexão exatos. As três facções que discutiram o momento
de Shavuot foram os fariseus que escreveram a Mishná e o Talmud,
os essênios que escreveram os pergaminhos de Qunran, e os
saduceus que constituíram o sacerdócio do templo.182
O Talmud, apesar de não ser exaustivo sobre o assunto, esclarece
como eram os pensamentos de alguns desses grupos:
O primeiro trabalho de [Anan ben David] foi separar-
se dos judeus fixando a data de Pentecostes para
cinquenta dias após o primeiro sábado depois da
Páscoa, como os saduceus o fixaram
anteriormente. As datas do Ano Novo e o Dia da
Expiação, a Páscoa e a Festa das Cabanas foram
determinadas pela busca da lua nova, que não
concordava com as datas judaicas.183 – Ênfase
acrescentada.
Anna ben David foi um reformador, mas os fariseus execraram
ele, por discordar com a interpretação deles da contagem do
Shavuot, e insistir que as datas de festas deviam ser marcadas pela
observação da lua, e não por cálculos, ambas as práticas eram
adotadas pelos saduceus antigamente, mas discordavam dos fariseus
que adotaram sua forma única e peculiar de contar os dias para as
festas.
Os fariseus e os Bathusees também disputavam a data
em que a festa de Pentecostes era para ser
comemorada, os últimos afirmando que, como está
escrito [Lev. xxiii. 15]: “E deveis contar para vós,
desde o dia seguinte ao sábado . . . sete semanas
completas, “o dia de Pentecostes deve
necessariamente cair no primeiro dia da semana;
mas os fariseus, através de R. Johanan ben Zakkai,
sustentavam que a passagem implica que a
contagem deve ser iniciada no dia seguinte ao
primeiro dia do festival, e, portanto, a festa de
182
VAN DER WOUDE, A. S. (ed.), Bible Handbook, Vol. II. The World of
the Old Testament. Translated by S. Woudstra. 1989, p. 387–8.
183
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 3016
8.2. POR QUE OS JUDEUS CONTAM O 255
SHAVUOT APÓS A PÁSCOA?
184
ibid., p. 2178
185
LIGHTFOOT, John., A Commentary on the New Testament From The
Talmud and Hebraica, vol. 4, CreateSpace Independent Publishing Platform,
ISBN-13: 978-1481946018, 2013, p. 23-24
256 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
186
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 2178
187
FELDMAN, R. H., The 364-day “Qumran” calendar and the biblical
seventh-day sabbath, Graduate Theological Union, 2009.
8.2. POR QUE OS JUDEUS CONTAM O 257
SHAVUOT APÓS A PÁSCOA?
188
ANKORI, Z., Karaites in Byzantium: The Formative Years, 970-1100, 597
ed., Columbia University Press, 1959, p. 276-278.
189
The Babylonian Talmud, Translated by RODKINSON, M. L., Vol. 1-10,
1918, p. 3118
258 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
190
DRANE, J.,The World of the Bible, Lion Hudson, ISBN-13: 978-
0745952505, 2010, p. 389.
8.2. POR QUE OS JUDEUS CONTAM O 259
SHAVUOT APÓS A PÁSCOA?
191
A expressão latina Argumentum ad antiquitatem, também chamada de
apelo à tradição, é uma falácia que consiste em dar autoridade a algo em função de
sua antiguidade, ou ainda afirmar que algo é verdadeiro ou bom porque é antigo ou
“sempre foi assim”.
8.3. Conclusão parcial do capítulo
192
LEWIS, A. H. Biblical Teachings, concerning the Sabbath and the Sunday.
Alfred Centre, N. Y.: The American Sabbath Tract Society, 1888. 140.
262 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
193
Kabbalah é um espécie de mitologia judaica que interpretava as escrituras
de modo alegórico.
194
The speech of a lifetime: John XXIII's words dedicated to the Moon,
disponível em http://www.romereports.com/en/2014/04/24/the-speech-of-a-
lifetime-john-xxiii-s-words-dedicated-to-the-moon/ data de acesso 8 de ou. 2017.
195
MOREY, R. A.The Islamic Invasion: Confronting the World's Fastest
Growing Religion. Xulon Press. 2011, p. 256
CONCLUSÃO 263
venha. Ele permite que essas falsas doutrinas fluem para testar suas
pessoas obedientes para ver se eles têm o que é necessário para
permanecer no Seu reino para a eternidade.
Foi visto que em relação à teoria do sábado lunar:
• Não há evidência histórica que confirme o uso de qualquer
calendário que observasse o sábado lunar no judaísmo.
• Não há evidência na tradição judaica que confirme o uso de
qualquer calendário que observasse o sábado lunar.
• Não há evidência bíblica que confirme o uso de qualquer
calendário que observe o sábado lunar.
• Há muitas evidências que desaprovam o calendário que
observa o sábado lunar.
⁃ O sábado sempre aparece na bíblia como o sétimo
dia.
⁃ O sábado sempre aparece na bíblia como o último dia
de sete dias.
⁃ Semana vem da palavra – Sete – e nada tem a ver
com a lua.
⁃ Os meses de Gên 7 a 8 são meses fixos de 30 dias.
⁃ A lua nova era um legítimo dia de trabalho.
⁃ Nada em toda a bíblia proíbe qualquer tipo de
atividade na lua nova que já não seja proibida em
qualquer dia.
⁃ Nada em toda bíblia indica que a lua nova tivesse um
dia só para ela, que não fizesse parte da semana.
⁃ O calendário dos DSL invalida o sábado semanal,
reduzindo a restrição nas festas que caem ao sábado,
fazendo de Deus um Deus auto–contraditório.
⁃ O calendário dos DSL invalida a festividade das
trombetas, tornando num dia sem importância alguma
para o calendário.
⁃ O primeiro 14º dia do primeiro mês em Canaã caiu
num sábado, não numa sexta-feira como previa o
calendário dos DSL.
⁃ Seis dias antes da páscoa era o sexto dia da semana.
⁃ Jesus morreu no 15º dia de Nissan, que foi o 6º dia da
semana.
⁃ A contagem do Shavuot deixa claro que a semana não
pode ter nem mais nem menos de 7 dias.
264 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
196
BACCHIOCCHI, S. Doutoral Tesis: From sabbath to sunday: A historical
investigation of the rise of sunday observance in early christianity. Vidimus et
aprobamus ad normam Statutorum Universitatis, 1974.
197
Para a pergunta se o sétimo dia da criação foi um sábado ou apenas um
sétimo dia qualquer, ver: COLE, R. The Sabbath and Genesis 2:1-3. Avondale
College. 2003
CONCLUSÃO 265
existem, como por exemplo, uma ordem para não trabalhar na lua
nova, um texto que afirme que a lua nova é um tipo diferente de dia
que não entra na semana e etc. O fato, é que o calendário do Sábado
lunar jamais foi instituído por Deus, que foi quem instituiu o sábado
do Sétimo dia, todo sétimo dia é o sábado do Senhor desde a criação
do mundo. O calendário do sábado lunar foi pressuposto pela alta
crítica, que inseriu este calendário ao judaísmo por comparação com
povos pagãos, rejeitando a inspiração ou qualquer evidência bíblica.
Porém, como toda mentira, o calendário do sábado lunar
encontra um grande empecilho na propagação de sua teologia: a falta
de qualquer texto bíblico que aprove a mentira.
José tomou Maria e Jesus e foi para a terra de Israel. Foi quando?
Assim que tomou o menino e sua mãe, e partiu, não quando chegou.
Relação Foi / Chegou:
LITV 1 / 0
KJV: 1 / 0
JFAA: 1 / 0
JFAC: 1 / 0
KJA: 1 / 0
Mat 9:1 Καὶ ἐηίὰμ μ πζκῖκθ δ πέλα εαὶ ἦζγ θ ἰμ θ ίαθ
πόζδθ.
(LITV) And entering into the boat, He passed over and came to
His own city.
(KJV) And he entered into a ship, and passed over, and came
into his own city.
(JFAA) Entrando Jesus num barco, passou para o outro lado e
foi para a sua própria cidade.
(JFAC) E, entrando no barco, passou para a outra margem, e
chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado
numa cama.
APÊNDICE 2 279
KJA: 6 / 0
Mar 6:1 Καὶ ἐιῆζγ θ ἐε ῖγ θ εαὶ ἦζγ θ ἰμ θ πα λί α α κῦ·
εαὶ ἀεκζκυγκῦ δθ α ῷ κ ηαγβ αὶ α κῦ.
(LITV) And He went out from there and came to His
fatherland. And His disciples followed Him.
(KJV) And he went out from thence, and came into his own
country; and his disciples follow him.
(JFAA) Tendo Jesus partido dali, foi para a sua terra, e os seus
discípulos o acompanharam.
(JFAC) E, partindo dali, chegou à sua terra, e os seus discípulos
o seguiram.
(KJA) Então, partiu Jesus dali e foi para sua terra natal, na
companhia dos seus discípulos.
Mar 9:33 Καὶ ἦζγ θ ἰμ Καπ λθακύη· εαὶ ἐθ ῇ κ είᾳ
ΰ θόη θκμ ἐπβλώ α α κύμ· ί ἐθ ῇ ὁ ῷ πλὸμ ἑαυ κὺμ δαζκΰία γ ;
(LITV) And they came to Capernaum. And having come into
the house, He questioned them, What were you disputing to
yourselves in the way?
(KJV) And he came to Capernaum: and being in the house he
asked them, What was it that ye disputed among yourselves by the
way?
(JFAA) Tendo eles partido para Cafarnaum, estando ele em
casa, interrogou os discípulos: De que é que discorríeis pelo
caminho?
(JFAC) E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-
lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?
(KJA) Então chegaram a Cafarnaum. Quando já estavam em
casa, indagou-lhes: “Sobre o que discorríeis pelo caminho?”
(LITV) And He went with them and came to Nazareth and was
being subject to them. And His mother carefully kept all these words
in her heart.
(KJV) And he went down with them, and came to Nazareth,
and was subject unto them: but his mother kept all these sayings in
her heart.
(JFAA) E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso.
Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração.
(JFAC) E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes
sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas.
(KJA) Contudo, Ele seguiu com eles para Nazaré, pois lhes era
obediente. Sua mãe, entretanto, meditava silenciosamente em seu
coração sobre todos estes acontecimentos.
JFAA: 11 / 1
JFAC: 7 / 5
KJA: 11 / 1
Joã 1:7 κ κμ ἦζγ θ ἰμ ηαλ υλίαθ, ἵθα ηαλ υλή ῃ π λὶ κῦ
φω όμ, ἵθα πάθ μ πδ ύ ω δ δ᾿ α κῦ.
(LITV) He came for a witness, that he might witness
concerning the Light, that all might believe through Him.
(KJV) The same came for a witness, to bear witness of the
Light, that all men through him might believe.
(JFAA) Este veio como testemunha para que testificasse a
respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele.
(JFAC) Este veio para testemunho para que testificasse da luz,
para que todos cressem por ele.
(KJA) Ele veio como testemunha para que testificasse a respeito
da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele.
Esse é o único texto que não fala de um lugar, João batista foi /
veio para testemunhar.
Joã 12:1 ῾Ο κ θ ᾿Ιβ κῦμ πλὸ ι ἡη λῶθ κῦ πά χα ἦζγ θ ἰμ
βγαθίαθ, πκυ ἦθ Λάααλκμ ὁ γθβεώμ, θ ἤΰ δλ θ ἐε θ ελῶθ.
(LITV) Then six days before the Passover, Jesus came to
Bethany, where Lazarus was, who had died, whom He raised from
the dead.
(KJV) Then Jesus six days before the passover came to
Bethany, where Lazarus was which had been dead, whom he raised
from the dead.
(JFAA) Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde
estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos.
(JFAC) Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia,
onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos.
(KJA) Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde
estava Lázaro, que havia morrido e fora ressuscitado dentre os
mortos.
288 SÁBADO LUNAR OU SÁBADO DO 7º DIA?
Essa era uma viagem que não se realizava no mesmo dia, porém
Lucas é enfático em afirmar que Paulo foi para Corinto no momento
que deixou Atenas, e não apenas quando chegou lá, e isso é
unanimemente visível a todas as versões.
Relação Foi / Chegou:
LITV 15 / 0
KJV: 15 / 0
JFAA: 13 / 2
JFAC: 9 / 6
KJA: 13 / 2
APÊNDICE 2 289
KJA: 13 / 3
LITV 16 / 0
KJV: 16 / 0
JFAA: 14 / 2
JFAC: 10 / 6
KJA: 13 / 3
Ainda podemos perceber que a versão mais parafraseada foi a
que apresentou maior ocorrência de trocas verbais, por apresentar
uma tradução mais conceitual e interpretaria do que literal. Tendo
por base que não é a tradução que define o significado grego, mas
deveria ser o contrário, vemos que não nenhum verso em que os
tradutores sentiram necessidade real de trocar o verbo, sendo assim,
a tradução “chegar” é no máximo uma hipótese completamente
descartável e sem base Bíblica, apenas baseada em algumas
traduções selecionadas a dedo.