Nesse vídeo contaremos, de forma sucinta, o processo educacional dos
indígenas com a chegada dos colonos europeus ao Brasil. É fácil observar que o objetivo desse processo era a distinção das classes, e por consequência disso, a subserviência dos indígenas aos homens brancos. O sistema educacional usado pelo grupo de jesuítas, era na verdade uma forma de reprimir a cultura indígena, seus ritos e suas noções de trabalho e sociedade. Após esse capitulo na história dos nativos brasileiros, instaurou-se a reforma pombalina, que fez com que os índios não tivessem mais acesso ao ensino, priorizando assim os colonos. Não obstante, a escola, ao longo dos séculos, caminhou para ser um instrumento de poder.
A escola brasileira, surge de forma embrionária em 1550, por obra da
Companhia de Jesus. Tinha o objetivo de educar os povos indígenas à mesma reprodução de cultura europeia, facilitando sua cooperação as expedições terra adentro e o trabalho em canaviais. A partir desta data, as capelas se tornaram onipresentes em todos os engenhos, sendo essa a primeira estruturação de rede de ensino, que se multiplicou ao longo de dois séculos sobre o Brasil. As aulas de linguagem e religião eram comuns a todos, porém as disciplinas de matemática e história eram veiculadas apenas aos filhos dos colonos, dos senhores de engenho, os mestres do açúcar, os caixeiros e os feitores-mor. É importante ressaltar que desde o princípio, a educação teve o objetivo de fazer indígenas e brancos distinguirem sua classe, uma subserviente a outra. A oposição as normas das noções de trabalho e sociedade indígenas e a demonização de seus ritos culturais, foram um projeto de dominação cultural bem-sucedido. Pois criava tensões dentro das mesmas etnias. Em 1772, a reforma pombalina dá os primeiros passos na criação de um ensino estatal com a desestruturação da escola jesuíta. Algo que fez com que os índios perdessem espaço no sistema de ensino, priorizando os colonos. Por outro lado, a reorganização tornou o professor uma figura central do processo educacional. Neste período, surgem as aulas-régias, ministradas por docentes concursados, que a serviço do Estado vinham para o Brasil lecionar para uma aristocracia emergente.