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PRÉ-PROJETO
TRABALHO CURSO DE PSICOLOGIA

Fernanda Souza Desprinda1


Kassiane Maganha da Silva Macagnan2
Wilian Antonio Lazarotto3
Orientador(a) Camila Meneguzzi4

1 - TÍTULO:

OS IMPACTOS QUE A SÍNDROME DE BURNOUT CAUSA NA SAÚDE


MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE.

2 - INTRODUÇÃO:

Este trabalho de conclusão do curso de psicologia tem por objetivo ressaltar


as variáveis no contexto hospitalar no desenvolvimento da síndrome de burnout.
Desta forma, identificar fatores de proteção da saúde mental nos
trabalhadores da área da saúde, e verificar se a pandemia da covid-19 têm
alguma relação que contribua para o agravamento da sindrome de burnout.
De acordo com Kovaleski e Bressan (2012), em 1969 utilizou-se pela
primeira o termo Síndrome de Burnout relatado por Brandley, mas somente em
1970 H. J. Freudenberger um médico psiquiatra e psicólogo, que trabalhava com
dependentes químicos em Nova Iorque, observou os sintomas como perda de
energia chegando a um esgotamento físico podendo gerar ansiedade e
depressão, e dessa forma aprofundou os estudos sobre a síndrome. Diante disso,
a síndrome de burnout teve seu pioneiro de estudo por Maslasch de forma
empírica, sendo publicado em 1986.
A Síndrome de Burnout recentemente foi oficializada pela OMS como uma
síndrome crônica, enquanto um “fenômeno ligado ao trabalho”, e que segundo a
agência de saúde OMS incluiu o Burnout na nova Classificação Internacional de

1
Acadêmica do 7° Período do curso de Psicologia do Centro Universitário - UNIVEL. - E-mail:
nandah76@gmail.com
2
Acadêmica do 7° Período do curso de Psicologia do Centro Universitário - UNIVEL. - E-mail:
kassianemacagnan@gmail.com
3
Acadêmico do 7° Período do curso de Psicologia do Centro Universitário - UNIVEL. - E-mail:
lazarottowilian@gmail.com
4
Especialista, docente orientadora do curso de Psicologia do Centro Universitário - UNIVEL.
E-mail: camila.meneguzzi@univel.br
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Doenças no (CID-11), dando entrada em vigor em 1º de janeiro de 2022. Com a


pandemia covid- 19, houve um agravamento na saúde psicofisiológica dos
profissionais da área da saúde, sendo os médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem e auxiliares, que necessitaram de um suporte psicológico e
multiprofissional para lidar com as diversas demandas deste cenário.
Assim sendo, o presente trabalho tem por finalidade contribuir para o
entendimento sobre a sindrome de burnout, fortalecendo a importância de buscar
ações que possam amenizar os impactos como estresse, esgotamento emocional
e físico, frustações e exaustão nos diversos profissionais de saúde.
A pandemia da covid-19 foi um fator contribuinte no aumento do estresse
ocupacional para profissionais da área da saúde no contexto hospitalar. No final
de 2019, foi marcado pelo início de um surto por um novo coronavírus (SARS-
Cov-2), sendo nomeado como COVID-19, se espalhando rapidamente por todos
as regiões do mundo inteiro.
De acordo com Costa, Servo e Figueredo (2020), traz que no dia 30 de
janeiro de 2020, a OMS (organização mundial da saúde) declarou uma
emergência de saúde pública de importância internacional, sendo que em março
do mesmo ano, a doença tomou conta sendo considerada uma pandemia.
Pesquisas retratam que até julho de 2020, teve mais de 1.577.004 casos de
COVID-19 no Brasil, dentre eles 64.265 foram a óbito.
Antes a estimada de leitos era de 2,23 por mil habitantes em 2010 no Brasil,
caindo para 1,95 leitos em 2019, sobrecarregando o sistema único de saúde
(SUS) e estruturas particulares também, expondo uma fragilidade estrutural no
sistema e distribuição desigual de profissionais da saúde e da infraestrutura.
O ambiente de trabalho e os fatores humanos acarretaram prejuízos em
relação a qualidade de vida do trabalhador, acarretando diversos problemas
físicos e emocionais. No que se refere ao contexto hospitalar, segundo Costa,
Servo e Figueredo (2020), os profissionais de enfermagem e medicina, estavam
vivenciando um cotidiano com dor e sofrimento, submetendo-os a jornadas
prolongadas de trabalho, baixos salários, relações humanas complexas e
escassez de materiais de trabalho, sem relatar o número desproporcional de
profissionais.
Com o avanço da pandemia de COVID-19, houve muito adoecimento de
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profissionais de saúde principalmente os da linha de frente como médicos,


enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares da saúde, comprometendo a
qualidade e a resolutividade dos serviços prestados. Os hospitais ficaram
superlotados, não possuindo recursos suficientes para suprir as necessidades da
população, nesse contexto afetou diretamente e negativamente os profissionais da
saúde, gerando muito ansiedade e sentimento de impotência e frustações
(COSTA; SERVO; FIGUEREDO, 2020, pág. 05).
De acordo com Prado apud Maslach et al. (2015) a síndrome de Burnout é
desenvolvida por meio das seguintes fases, o idealismo que é definido pelo que o
trabalho é interessante e preenche as necessidades do sujeito, a fase do realismo
que as expectativas não foram supridas, não satisfeito com as necessidades, as
recompensas e o reconhecimento foram ralos. A próxima fase é a estagnação e a
frustação que o entusiasmo e a energia são tomados pela fadiga crônica e
irritabilidade, por fim a fase da apatia onde o sujeito sente desespero, fracasso e
perda da autoestima e confiança.
Contudo, Costa, Servo e Figueredo (2020), expõe que o desequilíbrio entre
a demanda psicológica e o controle do trabalho gera muita tensão, perda de
habilidades e interesse, como resultado uma diminuição na autonomia
profissional, dessa forma pode resultar em estresse moral e sentimento de
fracasso.
Diante disso, o estresse ocupacional é decorrente a exigências psicológicas
em razão às demandas do serviço, a velocidade e intensidade que tem que
desenvolver esse serviço, a dificuldade de realizar essa atividade, menor controle
no processo de trabalho, assim como um apoio social diminuído (COSTA; SERVO;
FIGUEREDO, 2020, pág. 02).
Entretando a autora Prado (2015), trouxe que o estresse surgiu
originalmente da física para definir uma força aplicado a um corpo, que tem a
finalidade de desgastá-lo ou deformá-lo, o estresse produz algumas reações
sendo uma fase de alarme, resistência e exaustão diante do fator que causa o
estresse.
Para analisar e diagnosticar a Síndrome de Burnout, Maslach descreveu
uma escala bastante utilizada sendo chamada de inventário de Burnout, esse
instrumento possui 22 itens que analisam três dimensões da síndrome de Burnout,
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sendo exaustão emocional, despersonalização e realização profissional


(CAMPOS, et al. 2020).
Deve-se considerar questões biológicas, psicológicas e sociológicas, que se
complementam e estar ligadas entre si. A biológica caracteriza o estresse pelo
grau de desgaste do corpo, assim como os processos afetivos, emocionais e
intelectuais correspondem as questões psicológicas, a abordagem sociológica
refere-se as variáveis que o indivíduo está estabelecido no contexto da sociedade
(PRADO,2015, pág.287).
O estresse ocupacional afeta o sujeito e a sua prestação de serviço sendo
que algumas práticas como mudança da alimentação, relaxamento, exercícios
físicos, estabilidade emocional e qualidade de vida são fatores que auxiliam na
redução do estresse, práticas diferenciais por parte da gerencias do novo
ambiente de trabalho ajudam para não se tornar um estresse patológico,
proporcionando comunicação, seleção adequada, concessão de poder e
participação, metas definidas, capacitação de funcionários e apoio ás famílias,
fazem parte de um novo método para diminuir o estresse ocupacional.
(PRADO,2015)
Periciotti et al. (2020), traz informações da Organização Mundial da Saúde
de 2019 sobre os tratamentos e fatores de proteção para a Síndrome de Burnout,
sendo acompanhamento psicoterápico, farmacológico e intervenções
psicossociais. As intervenções no quesito individual, organizacional também
atuam como prevenção para diminuição do estresse ocupacional, contudo as
intervenções individual são relacionadas a aprendizagem de estratégias para
enfrentar os agentes estressores.
Diante disso, é importante a intervenção no nível pessoal, no autocuidado e
no apoio psicológico para fortalecer a resiliência pessoal e da equipe, criando
condições favoráveis de trabalho, dessa forma aumenta a qualidade da
assistência prestada e da qualidade de vida e saúde do trabalhador.
3 - OBJETIVOS:

3.1 Objetivo geral

 Observar as variáveis do contexto hospitalar no desenvolvimento da


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síndrome de burnout.

3.2 Objetivos específicos

 Conhecer os principais fatores que influenciam o desenvolvimento da


síndrome de burnout no contexto hospitalar.
 Identificar fatores de proteção da saúde mental dos trabalhadores da área
da saúde.
 Destacar a relação entre a pandemia COVID-19 e os aumentos de casos
de síndrome de burnout no contexto hospitalar.
4 - HIPOTESES:

Positiva:
 No contexto hospitalar possui mais agravantes para o desenvolvimento da
síndrome de burnout.
 Com o avanço da pandemia COVID-19, ocorre o agravamento dos casos
de síndrome de burnout.
Negativa:
 No contexto hospitalar as chances diminuem para o desenvolvimento da
síndrome de burnout.
Neutro:
 O contexto hospitalar e o desenvolvimento da síndrome de burnout não
possuem ligação.
5 - JUSTIFICATIVA:

O objetivo deste estudo é trazer conhecimentos que englobam a síndrome


de burnout considerando a pandemia COVID-19, no qual os profissionais da área
da saúde como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares, que
necessitam de um suporte psicológico para lidar com as diversas demandas no
que diz respeito a estresse, esgotamento emocional e físico, frustações,
angústias, desgotamento e exaustão. Nesse sentido, o presente trabalho tem
finalidade encontrar fatores de proteção para a saúde mental dos profissionais de
saúde relacionada a síndrome de burnout, e identificar as causas que contribuem
para o estressor diário no local de trabalho dos profissionais de saúde.
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Com esta pesquisa, pretende-se realizar um levantamento de dados com


finalidade de expressar o agravamento da síndrome de burnout no contexto
hospitalar por serem profissionais da saúde que sofrem excessos emocionais e
físicos no trabalho. Para a pesquisa será considerado o cenário de pandemia
covid - 19, desta forma trazendo um conhecimento abrangente sobre a síndrome
de burnout que atualmente é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) agência especializada em saúde, como doença ocupacional.
6 - METODOLOGIA:

6.1 Tipo de pesquisa

Foi realizada uma revisão bibliografia com materiais que se referem a


Síndrome de Burnout, que busca contribuir com fundamentos/evidências, presente
no cotidiano nos profissionais da saúde no contexto hospitalar. A pesquisa
apresenta uma abordagem quantitativa e teve como bases os dados retirados:
sciELO, google acadêmico, revista oficial do conselho federal de enfermagem
“Revista em foco”, sendo utilizado palavras-chaves: síndrome de burnout, estresse
ocupacional, COVID-19, profissionais da saúde, contexto hospitalar, esgotamento
físico e saúde mental. O recorte temporal desta pesquisa foi considerado os dados
de 2012 a 2022.

7 - CONSIDERAÇÕES PARCIAIS:

Diante das pesquisas realizadas foram encontrados fatores que


predominam para o agravamento da síndrome de burnout como questões
biológicas, psicológicas e sociológicas, e diante a pandemia COVID-19 foi
constatado que de fato o estresse ocupacional ampliou para os profissionais de
saúde no contexto hospitalar, principalmente os que atuam de linha de frente
como enfermeiros, médicos, técnicos e auxiliares, pois tiveram que suportar com
jornadas mais longas e cansativas, sendo que o salário permaneceu o mesmo
independente das horas a mais trabalhadas, deixando os profissionais exaustos e
frustados.
O fato de ter que se isolar e perder o apoio social pelo risco da
contaminação e transmissão afetou de forma drástica os trabalhadores do meio
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hospitalar, desenvolvendo uma angústia por estar sempre em estado de vigilância


e alerta para medidas de biossegurança, sendo que o autocuidado reduziu, e a
insuficiência de informações e descontrole sobre a situação afeta a vida dos
profissionais.
8 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:

9 - BIBLIOGRAFIA/REFERÊNCIA:

CAMPOS, I.C.M., et al. Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey


(MBI-HSS): revisão integrativa de sua utilização em pesquisas Brasileiras.
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. Umuarama, 2020. Disponível em:
https://pdfs.semanticscholar.org/b6a5/7823ba9809c5ef73a1d79a76a648a67b3610
.pdf. Acesso em: 10 jun. 2022.

COSTA, N. N. G.; SERVO, M. L. S.; FIGUEREDO, W. N.. COVID-19 e o estresse


ocupacional vivenciado pelos profissionais de saúde no contexto hospitalar:
revisão integrativa. 12 ago. Bahia, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/
reben/a/t7P6RzgVjBWHMcmfszqw8sJ/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 1 jun.
2022.

KOVALESKI, D. F.; BRESSAN, A. A síndrome de Burnout em profissionais de


saúde. Santa Catarina, 2012. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/2653/
265323670015.pdf. Acesso em: 7 jun. 2022.

PERICIOTTI, P. P. et al. Síndrome de Burnout nos profissionais de saúde:


atualização sobre definições, fatores de risco e estratégias de prevenção.
Rev.SBPH. São Paulo, 2020. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/
v23n1/05.pdf. Acesso em: 04 jun. 2022.

PRADO, C. E. P. do. Estresse ocupacional: causas e consequências. São


Paulo, 2015. Disponível em:
http://www.anamt.org.br/site/upload_arquivos/revista_brasileir
a_de_medicina_do_trabalho_volume_14_n
%C2%BA_3_1312201617327533424.pdf. Acesso em: 31 maio 2022.
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